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Município de Bailundo

Junho – 2014 1

Bailundo,

Este documento foi possível graças ao apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), sob o Programa de Fortalecimento do Sistema Angolano de Saúde – ForçaSaúde (Cooperative Agreement No. AID-654-A-11-00001). As opiniões aqui expressas são as dos autores e não reflectem necessariamente a declaração política oficial ou de Governo dos Estados Unidos ou da USAID.

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Bailundo, Huambo

Município de Bailundo, Huambo

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Prefácio

No quadro do despacho presidencial de 84/11 de 27 de Outubro sobre a elaboração do Plano nacional de saúde Pública e das instrutivas existentes sobre a elaboração dos planos municipais para o desenvolvimento sanitário para o período 2013-2017, foi criada a comissão multissectorial municipal coordenada pelo titular da Administração Municipal, Ireneu Cândido Leonardo Sacaála.

Nesta conformidade, a Administração Municipal do Bailundo, considera importante os esforços empreendidos pelo Executivo Angolano, que visam melhorar os indicadores económicos e sociais do País, no cômputo geral e particularmente para a população do Bailundo, no tocante a consolidação dos programas do sector da saúde, de acordo com o consagrado na Constituição da República de .

Para o Bailundo, a implementação deste plano Municipal, trará melhorias na qualidade de vida e sobretudo na redução da morbimortalidade materno – infantil e aumentará a esperança de vida.

A sua materialização na extensão territorial do Município dará avanços significativos no crescimento da rede sanitária, o que nos propõe esforços extraordinários na formação de quadros, para corresponderem as exigências e o reforço da capacidade institucional á todos os níveis da saúde do Município.

Acreditamos termos grandes desafios, principalmente nas zonas onde existem condições mínimas. Por esta razão deveremos empreender mais esforços, dedicação e força de vontade, para garantir que os cuidados primários de saúde, sejam abrangentes ä toda população, atingindo desta forma as metas preconizadas pelo Executivo.

A visão do PMDS é de considerar a saúde como factor primário de crescimento do Município, no domínio da justiça social. Nesta ordem, procuraremos colocar as exigências técnicas em acção, trabalhando dentro dos programas e projectos prioritários e estruturados em função das necessidades do Município, com destaque para a mulher, a criança e a 3ᵃ idade.

Desta forma estaremos a dar o nosso contributo no desenvolvimento do País, da Província e do Bailundo em particular.

MAIS SAÚDE, MELHOR DESENVOLVIMENTO PARA O MUNICÍPIO

O ADMINISTRADOR MUNICIPAL

IRENEU CANDIDO LEONARDO SACAÁLA

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Bailundo, Huambo

Índice

Prefácio...... 3 Abreviaturas ...... 6 Resumo ...... 8 1. Introdução ...... 13 1.1 Caracterização física e demográfica do Município ...... 13 1.1.1 Localização geográfica ...... 13 1.1.2 Superfície e fronteiras ...... 13 1.1.3 Clima ...... 14 1.1.4 Hidrografia e recursos naturais ...... 14 1.1.5 Vegetação e fauna ...... 15 1.1.6 Riscos ambientais ...... 15 1.1.7 Agro-pecuárias e pescas ...... 15 1.1.8 Dados demográficos ...... 16 1.2 Caracterização Institucional ...... 17 1.2.1 Composição da equipa da Direcção Municipal de Saúde...... 17 1.2.2 Autoridades tradicionais ...... 19 1.2.3 Sociedade civil ...... 19 1.2.4 Sector privado ...... 20 1.2.5 Parcerias ...... 20 1.3 Determinantes sociais da saúde ...... 22 1.3.1 Educação e cultura ...... 22 1.3.2 Habitação...... 24 1.3.3 Água ...... 25 1.3.4 Saneamento ...... 25 1.3.5 Energia ...... 26 1.3.6 Protecção social ...... 26 1.3.7 Acesso, transportes e comunicações ...... 27 1.3.8 Políticas transversais ...... 29 1.4 Perfil sanitário do município ...... 32 1.4.1 Malária...... 33 1.4.2 Doenças Diarreicas Agudas ...... 35

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1.4.3 Doenças Respiratórias Agudas ...... 36 1.4.4 Tuberculose ...... 37 1.4.5 Sarampo ...... 38 1.4.6 VIH/SIDA ...... 39 1.4.7 Tripanossomíase ...... 40 1.4.8 Cólera ...... 40 1.4.9 Lepra ...... 41 1.4.10 Doenças negligenciadas ...... 41 1.4.11 Saúde materna e infantil ...... 42 1.4.12 Doenças crónicas não transmissíveis ...... 45 1.5 Serviços de Saúde e Sistema de Gestão ...... 46 1.5.1 Infra-estruturas ...... 46 1.5.2 Recursos humanos ...... 48 1.5.3 Gestão e Distribuição dos Medicamentos ...... 49 1.5.4 Medicina Tradicional ...... 51 1.5.5 Sistema de informação ...... 51 1.6 Principais Problemas e Prioridades ...... 53 1.7 Enquadramento do PMDS ...... 54 2. Principais Programas e Projectos do PMDS 2013-2017 ...... 56 Programa I: Prevenção e Luta Contra as Doenças Prioritárias ...... 59 Subprograma de doenças transmissíveis ...... 60 Projecto 1: Prevenção e controlo das doenças imunopreveníveis com destaque para a erradicação da Poliomielite ...... 60 Projecto 2: Prevenção, controlo e eliminação da Malária...... 63 Projecto 3: Prevenção e controlo do VIH/SIDA e da Sífilis ...... 66 Projecto 4: Prevenção e controlo da Tuberculose ...... 71 Projecto 6: Prevenção, controlo e eliminação das doenças negligenciadas ...... 74 Projecto 7: Prevenção, controlo e eliminação da Lepra ...... 76 Subprograma de prevenção e resposta às epidemias e emergências de saúde pública ...... 79 Projecto 8: Prevenção e resposta às epidemias ...... 79 Subprograma de doenças crónicas e doenças não transmissíveis ...... 82 Projecto 9: Prevenção e tratamento das doenças crónicas e transmissíveis ...... 82 Projecto 13: Prevenção e tratamento das doenças de nutrição ...... 85 Projecto 15: Prevenção e tratamento de doenças buco-oral ...... 88

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Subprograma de atenção específica para grupos etários da população ...... 90 Projecto 18: Prestação de cuidados de saúde para a sobrevivência materna, infantil e infanto- juvenil ...... 90 Projecto 19: Desenvolvimento de cuidados de saúde promocionais, preventivos e de rastreio a adolescentes ...... 94 Programa II: Cuidados primários e assistência hospitalar...... 96 Subprograma de promoção para a saúde de hábitos e estilos de vida saudáveis ...... 97 Projecto 21: Promoção para a saúde e hábitos de estilos de vida saudáveis ...... 97 Projecto 25: Informação, educação e Comunicação para Saúde ...... 100 Projecto 26: Saúde Escolar ...... 103 Subprograma da operacionalização da prestação de Cuidados Primários e de Serviços de Saúde ...... 105 Projecto 28: Municipalização da atenção primária (cuidados primários) ...... 105 Projecto 33: Gestão dos Resíduos Hospitalares e de serviços de saúde ...... 109 Projecto 34: Medicina Tradicional ...... 112 Subprograma de segurança transfusional ...... 114 Projecto 35: Revitalização do Serviço Nacional de Sangue ...... 114 Subprograma de gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios ...... 116 Projecto 36: Gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios ...... 116 Programa III: Planeamento, gestão e desenvolvimento de recursos humanos ...... 118 Subprograma de planeamento e gestão de recursos humanos ...... 119 Projecto 38: Planeamento e fixação dos recursos humanos em saúde ...... 119 Subprograma de desenvolvimento de recursos humanos ...... 122 Projecto 44: Formação permanente ...... 122 Programa IV: Gestão e ampliação da rede sanitária ...... 125 Subprograma de gestão e ampliação da rede sanitária ...... 126 Projecto 47: Gestão e Ampliação de Infra-estruturas Sanitárias ...... 126 Programa V: Gestão, aprovisionamento e logística, desenvolvimento do sector farmacêutico e dos dispositivos médicos ...... 129 Subprograma de gestão e desenvolvimento do aprovisionamento e logística ...... 130 Projecto 48: Gestão e desenvolvimento do aprovisionamento e logística, sector farmacêutico e dos dispositivos médicos ...... 130 Programa VI: Desenvolvimento do sistema de informação e gestão sanitária ...... 134 Subprograma de gestão e desenvolvimento do sistema de informação sanitária ...... 135

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Projecto 51: Sistema de Informação e Gestão Sanitária para o apoio à tomada de decisões estratégicas, e ao planeamento ...... 135 Projecto 52: Melhoria da vigilância integrada das doenças e preparação das respostas a eventuais surtos e epidemias ...... 137 Programa VII: Desenvolvimento do Quadro Institucional ...... 140 Subprograma da Inspecção Geral de Saúde ...... 141 Projecto 54: Inspecção-geral de Saúde ...... 141 3. Quadro de Execução ...... 144 3.1 Coordenação das actividades do PMDS ...... 144 3.2 Organismos e órgãos responsáveis pela execução ...... 144 3.3 Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação ...... 144 Bibliografia ...... 145 Ficha técnica ...... 146 Anexos ...... 148 Anexo 1 Boletim epidemiológico 2009-2013 ...... 148 Anexo 2 Resumo dos principais problemas e conclusões ...... 154

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Abreviaturas

ACS Agentes Comunitários de Saúde ACT Anti maláricos Combinados AM Administração Municipal AT Aconselhamento e Testagem BCG Bacilos Calmette-Guérin CONU Cuidados Obstétricos e Neonatais CPN Consulta Pré Natal CPS Cuidados Primários de Saúde CTNM Comissão Técnica Nacional de Medicamentos DCNT Doenças Crónicas não Transmissíveis DNME Direcção Nacional de Medicamentos e Equipamentos DNRH Direcção Nacional de Recursos Humanos DNSP Direcção Nacional Saúde Pública DOTS Directly Observed Short Course. (Tratamento sob Observação Directa) DPS Direcção Provincial da Saúde DRA Doenças Respiratórias Agudas GEPE Gabinete de Estudos Planeamento e Estatística H1N1 Influenza A (Gripe Aviaria) HG Hospital Geral HPL Hospital Psiquiátrico de IEC Informação Educação e Comunicação ITS Infecções de Transmissão Sexual LNME Lista Nacional de Medicamentos Essenciais M&A Monitoria e Avaliação MB Multibacilares MCN Mecanismo de Coordenação Nacional MDR Multidroga Resistência MDT Medicamentos Para a Terapia Combinada MED Ministério da Educação MINSA Ministério da Saúde OGE Orçamento Geral do Estado OMA Organização da Mulher Angolana ONGs Organizações Não-governamentais OSC Organizações da Sociedade Civil PAV Programa Alargado de Vacinação PFA Paralisia Flácida Aguda PID Pulverização intra-domiciliar PMDS Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário PNCM Programa Nacional de Controlo da Malária

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ilundo- Huambo PNDS Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário PNLCT Programa Nacional da Luta Contra a Tuberculose PTV Prevenção da Transmissão Vertical de VIH PVVIH/SIDA Pessoas vivendo com VIH e SIDA RMS Repartição Municipal de Saúde SIDA Síndrome de Imunodeficiência Adquirida SIS Sistema de Informação Sanitária SMNI Saúde Materna e Neonatal Infantil TARV Tratamento Anti-Retro Viral TB Tuberculose THA Tripanossomíase Humana Africana TIP Tratamento Intermitente e Preventivo da Malária VIH Vírus de Imunodeficiência Humana

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Resumo

Através do Despacho Presidencial nº 84/11 de 27 de Outubro, foi constituída a Comissão Multissectorial coordenada por Sua Excelência Senhor Ministro da Saúde, a quem foi incumbida a elaboração do Plano Nacional de Saúde Pública para o período 2012-2025. O Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário (PNDS) consolida os diferentes planos e tarefas constantes do aludido Despacho Presidencial, considerando a sua interligação e as vantagens operacionais do seu tratamento, num único instrumento de planificação.

Consolidado que foi este instrumento, dele surge a necessidade da elaboração dos Planos Municipais de Desenvolvimento Sanitário (PMDS) para o período de 2013-2017 com a orientação saída no 22º Conselho Consultivo Nacional, realizado em em Março de 2013.

O PMDS 2013-2017 visa promover o cumprimento do direito à saúde consagrado na Constituição, o acesso universal aos cuidados de saúde, assegurando a equidade na atenção, melhorando os mecanismos de gestão e de financiamento do Sistema Municipal de Saúde, oferecendo serviços de qualidade, oportunos e humanizados, na perspectiva do combate à pobreza e reforço do bem-estar da população.

O PMDS do Município do Bailundo desenvolveu-se com base nas seguintes prioridades para o desenvolvimento sustentável da saúde:

• Aumento da esperança de vida à nascença; • Redução acelerada da mortalidade materna, infantil e infanto-juvenil, bem como da morbimortalidade por diversas causas. • Melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano e promoção do alcance dos Objectivos do Milénio; • Consolidação do processo de capacitação institucional, nomeadamente a nível Municipal e Comunal; • Ampliação da rede sanitária a todos os níveis; • Elaboração de planos de formação de técnicos e profissionais de saúde a curto e médios prazos, bem como a distribuição dos recursos humanos de acordo com as necessidades e objectivos do Plano; • Plano de incentivos aos profissionais de saúde; • Atribuição ao sector de saúde, um financiamento adequado e sustentável; • Gestão eficiente e moderna dos recursos do Sistema Nacional de Saúde ao nível municipal;

Este Plano é um documento fundamental, que serve para materializar as orientações estratégicas fixadas na Estratégia de Desenvolvimento a Longo Prazo “Angola 2025”.

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ilundo- Huambo 1. Perfil Sanitário do Município

Apesar da melhoria significativa de alguns indicadores de saúde no Município do Bailundo, deploram- se ainda as elevadas taxas de incidência das grandes endemias como doenças respiratórias, malária, diarreicas e doenças infecciosas e ITS além das parasitárias (febre tifóide e disenteria). Por outro lado, persistem a prevalência da tuberculose, níveis moderados de malnutrição no seio de menores de 5 anos, SIDA, e a existência de doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) não controladas. As doenças transmissíveis ainda são responsáveis pela ocorrência de inúmeros óbitos nas comunidades muitas das vezes não reportados.

As necessidades em saúde e os problemas actuais que o Município enfrenta estão principalmente relacionados com: (i) uma cobertura sanitária insuficiente e fraca manutenção das unidades sanitárias; (ii) dificuldade de acesso a algumas unidades sanitárias, comprometendo o acesso universal, fraco sistema de referência e contra referência; (iii) recursos humanos e técnicos de saúde insuficientes de forma quantitativa e qualitativa; (iv) fraqueza no sistema de gestão, incluindo problemas no sistema de informação, de logística e de comunicação; (v) fraca expressão nas determinantes sociais com grande relevância o acesso a água potável, saneamento básico e energia eléctrica.

2. Objectivos do PMDS 2013-2017

O PMDS do Bailundo, serve como instrumento de identificação e priorização dos problemas de saúde ligados as determinantes sociais e integração com outros sectores para a programação, execução e seguimento das grandes orientações estratégicas do Executivo para o período 2013-2017, visando os seguintes objectivos:

i. Melhorar a prestação de cuidados de saúde com qualidade no Município, nas vertentes de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, reforçando a articulação entre a atenção primária e os cuidados hospitalares dos Municípios limítrofes e Provinciais. ii. Operacionalizar a prestação de cuidados de saúde a nível comunitário e em todas as unidades sanitárias do Município. iii. Melhorar a organização, a gestão e o funcionamento dos serviços Municipais de Saúde, através da afectação dos recursos necessários e implementação adequada de normas e procedimentos que aumentem a eficiência e a qualidade das respostas do SNS. iv. Participar na transformação das determinantes sociais da saúde e promover a integração das parcerias e todos os sectores, em prol da redução da mortalidade materna e infantil e dos programas de combate às grandes endemias. v. Acompanhar e avaliar a implementação do PMDS, incluindo o desempenho do sector, através do SIS e estudos especiais.

3. Metodologia

O PMDS do Município do Bailundo foi concebido e elaborado num processo participativo que envolveu os seguintes sectores: saúde, finanças, comércio, reinserção social, energia, água, saneamento, ambiente, transporte, telecomunicações, urbanismo e habitação, construção, agricultura, e educação.

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ilundo- Huambo Estes sectores realizaram um diagnóstico da situação municipal e identificaram os problemas inerentes com impacto para a saúde e o bem-estar da população. Além disso realizou-se um Workshop de seis dias no Município do Huambo, entre os dias 9 e 14 de Junho de 2014 onde se procedeu a consolidação da análise de situação do Município e a identificação de problemas cadentes que exigem intervenção urgente, pelo que foi elaborada uma listagem dos mesmos de forma hierarquizada por anos de execução até 2017, tendo em conta a prestação de serviços de saúde em regime fixo, móvel e avançado a nível primário e sobretudo para áreas isoladas e ainda não cobertas pelos serviços de saúde. Foram então definidos objectivos e metas operacionais para cada Programa, tomando como orientação os objectivos e metas do PNDS. As actividades concorrentes para a implementação das estratégias foram estabelecidas bem como os mecanismos de seguimento e avaliação do Plano. A viabilidade de cada Programa foi analisada tendo em conta o quadro legal existente, a disponibilidade de recursos, com realce para os recursos humanos, a existência de parcerias e ao grau de funcionamento dos órgãos comunitários de concertação.

4. Estrutura e conteúdo do PMDS 2013-2017

O PMDS 2013-2017 do Bailundo na primeira parte realiza uma análise abrangente da situação da saúde municipal incluindo aspectos que descrevem as características física e demográfica do Município, uma caracterização dos componentes institucionais da saúde, o estado actual dos determinantes sociais da saúde, uma de descrição do perfil sanitário de saúde, e finalmente una descrição da situação actual da gestão e dos serviços de saúde no Município. Este diagnóstico inicial reflecte com precisão o estado da situação sanitária e as tendências dos principais indicadores de saúde da população no Município.

Posteriormente identifica quais são os principais problemas de saúde que enfrentam a população e as estruturas de gestão dos serviços de saúde, e, em seguida, identificam-se cuais são as prioridades que, eventualmente foram registados ao nível dos programas, subprogramas e projectos. Os projectos têm a estrutura seguinte: (i) metas; (ii) estratégias; (iii) actividades e intervenções; (vi) organismos e instituições responsáveis pela execução; (v) indicadores de avaliação; e (vii) mecanismos de seguimento e avaliação. Para a viabilidade deste PMDS são estabelecidos mecanismos de implementação, gestão, monitorização e avaliação, bem como de enquadramento e coordenação das parcerias em saúde.

Em suma, a concretização do PMDS passa pela implementação dos sete (7) programas, que estão subdivididos em catorze (14) subprogramas e vinte e sete (27) projectos:

i. Programa de Prevenção e Luta Contra as Doenças subdividido em quatro (4) subprogramas: (i) subprograma de doenças transmissíveis; (ii) prevenção e resposta às epidemias e emergências de saúde pública, (iii) doenças crónicas não transmissíveis e (iv) atenção específica para grupos etários da população. Estes subprogramas incluem um conjunto de onze (12) projectos.

ii. Programa de Prestação de Cuidados Primários e Assistência Hospitalar: articula os serviços desde a comunidade até ao nível mais complexo, com quatro (4) subprogramas: (i) promoção para a saúde de hábitos e estilos de vida saudáveis; (ii) operacionalização da prestação de cuidados e serviços de saúde; (iii) segurança transfusional; (iv) gestão e desenvolvimento da

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ilundo- Huambo rede Municipal de laboratórios. Estes subprogramas incluem um conjunto de sete (8) projectos.

iii. Programa de Gestão e Desenvolvimento dos Recursos Humanos representa um pilar importante para a implementação do PMDS e é composto por dois (2) subprogramas: (i) planeamento, gestão e desenvolvimento de recursos humanos; (iii) desenvolvimento de recursos humanos. Estes subprogramas incluem um conjunto de dois (2) projectos.

iv. Programa de Gestão e Ampliação da Rede Sanitária constituído por um sub programa com um único projecto. Este programa estabelece critérios para a expansão da rede sanitária até 2017, normas para a padronização e manutenção dos diferentes tipos de unidades sanitárias, de forma a reunirem condições para oferecem cuidados e serviços de saúde por nível de atenção.

v. Programa de Gestão, Aprovisionamento e Logística, Desenvolvimento do Sector Farmacêutico e dos Dispositivos Médicos composto por um (1) subprograma e um projecto. Este programa dará uma atenção particular ao reforço das capacidades do Programa Municipal de Medicamentos e Equipamentos.

vi. Programa de Desenvolvimento do Sistema de Informação e Gestão Sanitária composto por um (1) subprograma e dois (2) projectos. É um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento adequado e sustentável do Sistema Municipal de Saúde.

vii. Programa de Desenvolvimento do Quadro Institucional cujas estratégias, acções e intervenções serão implementadas através do projecto inspecção-geral de saúde.

5. Principais estratégias do PMDS 2013-2017

A elaboração do presente Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário teve como fonte de inspiração o PNDS, sem perder de vista a realidade de Bailundo e os programas de desenvolvimento em curso, sobretudo os inerentes ao Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate a Pobreza. Para o efeito, foram traçadas as seguintes estratégias:

i. Integração das acções contingentes do sector da saúde no quadro geral dos problemas do Município, interligando-os, sobretudo, com outras determinantes sociais. Neste sentido, privilegiar-se-á a coordenação das acções multissectoriais.

ii. Melhoria das condições de assistência médica e medicamentosa, baseada no reforço da capacidade dos serviços, mormente na qualificação e requalificação do pessoal existente e no recrutamento do pessoal em falta. Esta melhoria inclui a construção de um Hospital Municipal, de modo a aumentar o nível de especialização dos serviços.

iii. Expansão da rede sanitária do Município, privilegiando numa primeira fase as Sedes Comunais, de modo a encurtar as distâncias percorridas pelas populações na procura de assistência.

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ilundo- Huambo iv. Envolvimento de todas as forças vivas do Município na elevação dos níveis dos indicadores de saúde, privilegiando acções de educação para a saúde, de modo que as populações apropriem-se do conhecimento relativo ao carácter preventivo das doenças.

v. Intensificação das campanhas de vacinação, visando diminuir a incidência de doenças preveníveis.

vi. Mitigação do impacto do VIH-SIDA, mediante a criação de condições de diagnóstico, aconselhamento e tratamento.

vii. Melhoria da qualidade dos serviços de saúde, na base de um esquema coerente de priorização, tendo em conta a escassez de recursos.

viii. Asseguramento da disponibilização de medicamentos essenciais e produtos farmacêuticos, mediante a construção de um depósito Municipal de medicamentos.

6. Mecanismos de execução, seguimento e avaliação

O seguimento e a coordenação da implementação do PMDS do Bailundo são da responsabilidade do Administrador Municipal, sendo igualmente coordenador da Comissão Multissectorial, coadjuvado pelo Director Municipal de Saúde e membros da equipa técnica e responsáveis dos distintos programas de saúde pública.

O Grupo Técnico Multissectorial, também coadjuvado pelo GEPE, deverá:

i. Supervisionar a implementação do PMDS; ii. Assegurar a coordenação Municipal dos diversos Planos Operacionais, Programas e Projectos; iii. Reportar através de relatórios trimestrais e anuais a execução do PMDS; iv. Preparar o Plano Anual para aprovação pela Comissão Multissectorial; v. Preparar reuniões trimestrais e semestrais para avaliação de indicadores.

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1. Introdução

1.1 Caracterização física e demográfica do Município

1.1.1 Localização geográfica

O Município do Bailundo situa-se na região do Planalto Central no Centro-Oeste de Angola, à 71 Kms de distância ao Norte do Huambo Sede da Província do Huambo, numa altitude de 1,570 metros sobre o nível do mar (msnm), nos 12o 11’ de latitude Sul e 15o51’ de longitude Este (Figura 1).

Figura 1 Localização geográfica de Bailundo

1.1.2 Superfície e fronteiras

O Município do Bailundo ocupa uma superfície de 7.065 km2, dividido em cinco comunas, i. Bailundo, ii. Lunge, iii. Bimbe, iv. e v. . Bailundo tem limites, ao Norte, os municípios do Waco- Kungo da Provincia Kuanza-Sul e Mungo da Província de Huambo; ao Sul, a confluência do Município de Huambo, -Cholohanga e Cachiungo; ao Leste, os Municípios de Kunhinga (Bié); e ao Oeste, o Município de . A Tabela 1 faz um resumo do Município incluindo superfícies das comunicas, densidade, número de aldeias e famílias.

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ilundo- Huambo Tabela 1 Divisão Administrativa do Município Densidade Nº Comuna Superfície Aldeias Famílias Ombalas Populacional 1 Bailundo 838 111.151 128 17.658 20 2 Bimbe 1.004 19.630 77 3.953 10 3 Hengue 1.510 35.840 65 7.151 11 4 Lunge 2.163 54.143 166 9.681 20 5 Luvemba 1.550 37.205 137 9.083 18 Total 7.065 257.969 573 47.526 79 Fonte: Administração Municipal do Bailundo

1.1.3 Clima

O clima predomina no Município de Bailundo é o tropical temperado e enquadra-se na zona de alternância de climas húmidos e secos, que determinam duas estações: a das chuvas, de Outubro a Abril e a seca, de Maio a Setembro, com temperaturas mais baixas. Atendendo a altitude a que o Município encontra se (1.570 msnm), a temperatura média de Bailundo é de 16 ° C na época seca e 21 ° C na temporada chuvosa. O clima do Bailundo, como os outros municípios da Província do Huambo, é fortemente influenciado pelos ventos predominantes, que vão desde a oeste, sudoeste e su-sudoeste. Enquanto os índices de pluviosidade, estima se entre os 200 – 250 mm, e a maior precipitação ocorre no período de Novembro a Março, acompanhada por violentas tempestades.

Durante a época chuvosa, o excesso de chuvas traz consequências negativos que causam danos às casas de habitações precárias nas comunidades e um aumento das doenças mais comuns (transmissão vectorial e parasitarias) pela degradação das condições de higiene e saneamento ambiental em geral. Por outro lado, na época seca pelas baixas temperaturas regista-se o aumento das doenças respiratórias e as diarreicas pela carência de água de consumo humano.

1.1.4 Hidrografia e recursos naturais

O Município possui importantes bacias hidrográficas constituídas pelos rios Keve, , Kusso, Kupassi, Kuvila, Kunhoñamua, Kurindi, Cucãi, Chitonga e Culêle. Enquanto esses rios não são usados para a navegação, os agricultores utilizam a água dos rios na época seca para a prática de irrigação. Abundam também no Município cadeias montanhosas tais como: Lumbanganda, Chilino, Luve, Luvondo, Niti, Capali, Namba e Monte Halavala. Existem no Município alguns recursos naturais tais como: Ferro, Diamante e outros a serem descobertos. Abaixo a Tabela 2 ilustrativa: Tabela 2 Hidrografia e recursos naturais Sua Utilização Nome Dos Rios Água Para Fonte De Energia Exploração De Irrigação Navegável Turismo Pesca Consumo Eléctrica Recursos Naturais Culele Sim Sim Não Não Não Sim Sim Keve Não Sim Não Não Não Sim Sim Chitonga Não Sim Não Não Não Sim Não Catoio Não Sim Não Não Sim Não Não Kunhongamua Não Sim Não Não Não Sim Não Cucãi Não Sim Não Não Não Não Sim Kusso Não Sim Não Não Não Sim Não Kuvila Não Sim Não Não Não Sim Não Kupassi Não Sim Não Não Não Sim Não Kuvo Não Sim Não Não Não Sim Não Fonte: Administração Municipal do Bailundo

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1.1.5 Vegetação e fauna

Na região predominam várias cadeias montanhosas, uma extensa bacia hidrográfica, além de florestas e de uma fauna abundante. Nas suas extensas florestas naturais destacam-se árvores de médio porte, que suportam as pequenas indústrias familiares de produção de carvão e lenha, para além das plantas comestíveis e medicinais. A população local tira igualmente proveito dos diversos frutos silvestres para sua alimentação, bem como as flores de beleza natural que servem para ornamento. Em relação a fauna, a maior parte do território do Bailundo é coberta por savanas intensas onde encontram-se as seguintes espécies de animais: hipopótamo, macacos, cabras do mato, javalis, leões, coelhos, ratos e aves como águias, corujas, perdizes, rola, etc. Existem também sáurios e répteis extremamente perigosos pela sua voracidade e veneno, tais como o jacaré e as serpentes que habitam nos lagos e rios da região.

1.1.6 Riscos ambientais

A poluição atmosférica e do solo por queimadas, feita por pequenos agricultores, assim como o derrube anárquico de árvores para o aproveitamento da lenha e fabrico de carvão contribuem negativamente para a desertificação dos espaços outrora verdes, surgimento das doenças respiratórias agudas. A infertilidade dos solos por sua vez causa a baixa qualidade da produção de alimentos. A exploração de inertes, pelos construtores, provoca ravinas. A existência de inúmeros cemitérios tradicionais nas proximidades de lençóis freáticos e a defecação ao ar livre contribuem para a contaminação das fontes de água. Por outro lado, sendo uma zona montanhosa, ocorrem muitas trovoadas que provocam mortes humanas e dos animais. Não existem incineradoras ou indústrias de transformação de lixo no Município, sendo a recolha de resíduos domésticos e hospitalares, apesar de organizada, irregular. A exploração mineira e florestal desordenada e sem fiscalização vêm contribuindo de forma negativa na degradação do meio ambiente, e em consequência, no aquecimento global e extinção de algumas espécies animais, que têm o habitat natural destruído.

1.1.7 Agro-pecuárias e pescas

A maior parte dos habitantes do Município é camponesa, dedicando-se a produção de cereais, leguminosas, hortícolas e tubérculos, nomeadamente: milho, feijão trigo, batata rena e doce, ginguba, mandioca, além de outros produtos que de uma forma directa têm servido para auto-subsistência. Na área da pecuária, o município constitui uma potência na criação de gado, tendo em conta as condições climáticas e a sua vegetação, tanto no sector tradicional como empresarial, chegando a controlar, até meados de 2014, perto de 10.260 bovinos, 30.821 caprinos, 188 ovinos, 13.000 suínos, 98.988 aves, 1.012 canídeos e 153 felinos. Pratica-se igualmente a pesca artesanal em todos os rios do Município onde são capturados principalmente o bagre e o cacusso.

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ilundo- Huambo No que concerne à silvicultura, o município possui 260 florestas naturais afectas pela degradação consequente ao fabrico anárquico de carvão de cozinha por parte de munícipes ávidos de lucro. As mesmas clamam por uma boa estratégia de repovoamento. É de frisar que está em curso o levantamento e estudo da fauna.

1.1.8 Dados demográficos

Segundo os resultados preliminares do Censo 2014 indicam que residiam no Município de Bailundo 282.150 pessoas, sendo 133.100 do sexo masculino (47%) e 149.050 do sexo feminino (53%). O Município de Bailundo concentra um 14,9% da população da província do Huambo.

Tabela 3 População do Município do Bailundo Crianças menores Crianças entre Crianças menores Mulheres entre Mulheres População Comunas de 1 ano 6-59 meses de 5 anos 15-45 anos grávidas total (4,3%) (17,9%) (20%) (21%) (5%) Sede 121.570 5.228 21.761 24.314 25.530 6.078 Bimbe 21.470 923 3.843 4.294 4.509 1.074 Hengue 39.200 1.686 7.017 7.840 8.232 1.960 Luvemba 40.692 1.750 7.284 8.138 8.545 2.035 Lunge 59.218 2.546 10.600 11.844 12.436 2.961 Total 282.150 12.132 50.505 56.430 59.252 14.108 Fonte: INE. CENSO 2014. Resultados Preliminares do Recenseamento Geral da População e da Habitação de Angola 2014

Bailundo é constituído por 5 Comunas, 79 Ombalas e 573 aldeias (Ver tabela 3). Grande parte da população activa esta distribuída nos vários sectores da vida económica e social, sendo quase 80% da população camponesa e que se dedicam a actividade agro-pecuária de auto-subsistência.

Enquanto a densidade populacional do Município está estimada em 36,5 habitantes /km2, a Comuna Sede (Bailundo) alberga quase a metade da população total do Município, seguida pela comuna do Lunge com quase 1 quinto da população.

Constituição etno-linguística

A população do município do Bailundo é maioritariamente composta pelo grupo etnolinguístico Umbundu integrando também outros grupos etnolinguístico do país. A estrutura familiar e social encontrava-se duma certa forma desestruturada por consequências da guerra e em seguida ao processo da paz, tendo ambos processos contribuído para fenómenos de migração interna. De uma forma paulatina este fenómeno tem estado a voltar a normalidade devido as acções de política social do Governo e nota-se uma certa reorganização das comunidades, não se verificando neste município, grupos populacionais propriamente isoladas ou vivendo em áreas de difícil acesso.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 1.2 Caracterização Institucional

1.2.1 Composição da equipa da Direcção Municipal de Saúde

A Repartição Municipal da Saúde é o Serviço desconcentrado da Administração Municipal incumbido de assegurar a execução das competências sanitárias do Município. Ela depende orgânica, administrativa e funcionalmente da Administração Municipal apesar de metodologicamente depender da Direcção Provincial da Saúde, como órgão de especialidade. A Repartição Municipal é dirigida por um Chefe de Repartição, nomeado por despacho do Governador Provincial, sem prejuízo do disposto no artigo 38º do decreto-Lei nº 17/10 de 29 de Julho. O edifício onde funciona a actual Repartição Municipal de Saúde do Bailundo comporta todos os gabinetes de apoio aos programas, mas é fisicamente muito antigo, não dispondo de água canalizada, comunicação, balneários em número adequado. Em suma, já não reúne boas condições de trabalho para a aludida Direcção. Além da Chefia, a Direcção Municipal de Saúde conta com os seguintes Pontos Focais: Malária, Tuberculose, Saúde Reprodutiva, Nutrição, VIH/SIDA, Programa Alargado Vacinação (PAV), Vigilância Epidemiológica e Promoção da Saúde. O Orçamento programado pelo OGE (Orçamento Geral do Estado) para o município em 2013 foi de 191.520.000,00AKZ (Cento e Noventa e Um Milhões, Quinhentos e Vinte Mil Kwanzas); sendo o OGE a principal fonte de financiamento da saúde no Município, através dos Cuidados Primários de Saúde, e sob a gestão directa da Administração Municipal. Esta verba tem tectos pré-estabelecidos pelo nível Central do Governo, pelos quais são alocados, por igual, a todos os municípios, sem ter em conta parâmetros específicos de cada município. Para além disso, o facto do processo de planificação ser novo, não contava com as ferramentas adequadas nem pessoal capacitado para implementá-las. Tendo como resultado, o facto de alguns municípios terem taxas de uso de recursos ineficientes e inadequadas e desse modo continuar a oferecer serviços de baixa qualidade à uma população insatisfeita. Sabe-se igualmente que o Ministério das Finanças aloca as verbas mensalmente através da Administração Municipal. Em alguns casos e quando existe uma boa relação entre a Repartição Municipal Saúde e a Administração Municipal, verifica-se uma certa fluidez na execução financeira ou nas facilidades de uso das técnicas de contrapartida interna, entre as diversas rubricas de cabimentação financeira. Noutros casos, as verbas das rúbricas pouco utilizadas são desviadas para outras finalidades, levando as equipas de saúde a enfrentar muitas dificuldades na justificação da sua utilização. Contudo, a Repartição Municipal de Saúde do Bailundo reconhece uma dívida no valor de 69.983.362,89, para com os fornecedores diversos do ano económico 2013.

Tabela 4 Composição da equipa da Direcção Municipal de Saúde Funções Nível académico Masculino Feminino Total Chefe da Repartição M. Saúde Licenciado em Enfermagem 1 1 Chefe Secção S. Pública 3º Ano do Instituto Superior 1 1 Enfermagem Chefe S. Administrativa 11ª Classe 1 1 Hospital Municipal Lic. em Medicina 1 1 Hospital de Chilume Lic. em Medicina 1 1 Centro materno Infantil Técnica M. Enfermagem 1 1 PS de Catuta Técnico Básico Enfermagem 1 1

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ilundo- Huambo Funções Nível académico Masculino Feminino Total PS de Candandi Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS de Chingolo Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS da V, Chica Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS da Jamba Técnico Meio Enfermagem 1 1 PS de Monte Belo Técnico Meio Enfermagem 1 1 PS M. Hanga 2º Ano do Inst. Sup. Enfermagem 1 1 CS do Bimbe 4º Ano do Inst. Superior Enfermagem 1 1 PS de Utende Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS de Nganda Técnica Meio Enfermagem 1 1 CS da Hengue Técnica M. Enfermagem 1 1 PS de Chituno 2º ano do Inst. Superior Enfermagem 1 1 PS de Ngumba Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS de Capali Técnico Básico Enfermagem 1 1 CS de Luvemba Lic. Em Enfermagem 1 1 PS de Chi teta Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS de Chinhala Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS de Calombeu Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS do Janju Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS M. Janju Técnico Meio Enfermagem CS do Lunge Técnico Meio Enfermagem 1 1 PS do Ulundo Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS de Cassenje Técnico Meio Enfermagem 1 1 PS de Chilombe Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS de Golongo Técnico Básico Enfermagem 1 1 PS de Chilemba Técnico Básico Enfermagem 1 1 Total 27 4 31 Fonte: Repartição Municipal de Saúde, Bailundo.

A Tabela 3 mostra a distribuição do corpo directivo das unidades sanitárias segundo o sexo e nível académico, observando-se um predomínio do sexo masculino representando um 87%. Segundo a carreira profissional, confirma-se a predominância da Enfermagem, do grupo de Técnicos Médio de Enfermagem (91 %).

O organigrama da RMS de Bailundo (Figura 2) é como se segue:

Figura 2 Organigrama da RMS do Bailundo

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ilundo- Huambo 1.2.2 Autoridades tradicionais

Existem a data 637 Autoridades Tradicionais, dos quais 13 Sobas Grandes, 66 Sobas, 494 Séculos, 13 Ajudantes de Soba Grande e 52 Ajudantes de Soba, conforme a tabela abaixo. As mesmas são repartidas em 79 Ombalas e 573 Aldeias.

Tabela 5 Autoridades tradicionais Soba Ajudantes de Ajudantes de No. Comunas Sobas Séculos Ombalas Aldeias Grande Sobas Grandes Sobas Pequenos 1 Bailundo 3 17 108 3 12 20 128 2 Bimbe 2 8 67 2 7 10 77 3 Hengue 2 9 54 2 5 11 65 4 Lunge 3 17 146 3 13 20 146 5 Luvemba 3 15 119 3 14 18 137 Total 13 66 494 13 51 79 553 Fonte: Administração Municipal do Bailundo, 2013

Importa realçar que as Autoridades tradicionais desempenham um papel importante no seio das comunidades onde, além da sua autoridade moral e garante da preservação dos usos e costumes tradicionais, trabalham e contribuem na elevação das competências familiares, na mobilização e desenvolvimento das actividades da Saúde.

1.2.3 Sociedade civil

Da sociedade civil destaca-se as Organizações/Instituições não-governamentais que operam no Município e que desenvolvem um dinamismo relativo no Município. Além existem no Município 28 Instituições religiosas reconhecidas pelo Estado e 7 não reconhecidas. As organizações/instituições não-governamentais que operam no Município, conforme as respectivas actividades abaixo descritas:

• ONG´s: OMS, WORLD VISION, ABT, MENTOR, FORÇA SAÚDE, AMOSMID • Associações de camponeses: 104 • Cooperativas agrícolas: 6 • Instituições religiosas: 35 • Instituições Juvenis: 01 • Instituições da mulher: Promáica 6 OMS: (apoio aos serviços de vigilância epidemiológica e vacinação); WORLD VISION: trabalha com os agentes comunitários na sensibilização das mamãs para aderirem a vacinação das crianças e controlo pré-natal, cadastramento das famílias, buscas ativas de patologias; ABT: vigilância epidemiológica, pesquisa entomológica e pulverização domiciliar contra a malária; MENTOR: formação do pessoal técnico e pessoal de farmácias privadas, Informação Educação e Comunicação através de palestras e teatros área de malária; FORÇASAÚDE: Melhoria de qualidade dos serviços de saúde, fortalecimento do sistema de saúde (SIS), e o apoio ao processo de municipalização;

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ilundo- Huambo AMOSMID: trabalha com os agentes comunitários na sensibilização das mães para aderirem a vacinação das crianças e controlo pré-natal, assim como no cadastramento das famílias. Quanto as associações e cooperativas agrícolas a Tabela 6 descreve as quantidades das mesmas que contribuem na dinâmica económica municipal.

Tabela 6 Movimento de Associativismo do Município Nº de Nº de Nº de associados Nº de cooperativas Comuna cooperat. associações Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Sede 64 1.212 741 1.953 4 196 138 334 Bimbe 2 28 7 35 - - - - Hengue 14 543 413 956 - - - - Lunge 9 153 12 165 1 100 56 156 Luvemba 14 238 89 327 1 28 7 35 Total 104 2.174 1.262 3.436 6 324 201 525 Fonte: Administração Municipal do Bailundo, 2013

1.2.4 Sector privado

O sector privado tem uma grande relevância no Município, em especial na Comuna Sede do Município, onde se encontram instaladas indústrias, centros comerciais formais e informais e empresas agrícolas. As indústrias e empresas que operam no Município têm acordos institucionais com o sector público, em particular com o Governo Central e Provincial. As médias e pequenas empresas, assim como alguns estabelecimentos comerciais têm colaborado com o Sector Público, em matérias de: a) Fornecimento e manutenção de equipamento da Administração. b) Transporte em apoio a algumas actividades da administração. c) Reabilitação de algumas estradas que dão acesso às Unidades Sanitárias.

Tabela 7 Sector Privado Comunas U.S. Privadas Farmácias Sector escolar Lojas Sec. Bancário Seguradoras Sede 5 15 41 108 4 3 Bimbe 0 1 14 3 Hengue 2 1 21 8 Luvemba 2 4 23 15 Lunge 0 0 26 15 Total 9 21 125 149 4 3 Fonte: Administração Municipal do Bailundo,2013 A Tabela 7 mostra cuais são os principais estabelecimentos do sector privado no Municipio por área económica. O funcionamento do Sector do Comércio no ano de 2013, foi qualificado como regular. Comercializam-se assim produtos agropecuários, horto-frutículas e produtos de Importação.

1.2.5 Parcerias

O Município do Bailundo conta com um número aceitável de parceiros directos que trabalham na saúde, contribuído na melhoria da cobertura e da qualidade dos serviços oferecidos às populações. A

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Tabela 8 a seguir apresenta os diferentes parceiros por ramo de actividade e por localização geográfica no território sanitário do município.

Tabela 8 Parceiros que trabalham no município do Bailundo No. Parceiros do Município Tipo de Actividade Localização/Comuna 1 Força Saúde Implantação de novos serviços, Melhoria da oferta e qualidade dos Em todas as comunas do serviços de VIH/SIDA, Malária e Planeamento Familiar. Planificação e município Orçamentação dos cuidados primários de Saúde, elaboração do Plano Municipal Desenvolvimento Sanitário 2 UE Programa Apoio Planificação estratégica. Em todas as comunas do Sector de Saúde II Sistema de informação Sanitária. município (com inicio previsto, (PASS) Municipalização. Nov. 2014) Planificação e gestão de recursos humanos. Formação permanente. Saúde materna e infantil 3 Visão Mundial Apoio na gestão de casos de malnutrição Em todas as comunas do município 4 Fundo Apoio Social Facilitação para o desenvolvimento local Em todas as comunas do (FAS) município 5 Organização Mundial Vigilância epidemiológica e vacinação Em todas as comunas do de Saúde (OMS) município 6 AMOSMID Projecto de formação e gestão do trabalho dos agentes comunitários Em todas as comunas do de saúde. Município Projecto SORRISO enquadrada na saúde escolar 7 ABT Associate Projecto de pulverização intra-domiciliar Em todas as comunas do Município 8 Cooperação Cubana Luta anti larval e Fortalecimento da APS (Atenção Primária de Saúde) Em todas as comunas do município Fonte: Repartição Municipal de Saúde do Bailundo, 2013

Bailundo é um dos municípios que mais se beneficia das parcerias, principalmente no âmbito da luta contra a Malária e também no programa de VIH/e SIDA. Este apoio dos parceiros tem permitido a melhoria de competências dos profissionais envolvidos no funcionamento da Direcção Municipal da Saúde

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1.3 Determinantes sociais da saúde

1.3.1 Educação e cultura

Educação

Este sector depara-se com vários problemas, entre os quais, a insuficiência de salas de aula, pelo que necessita da construção de 306 escolas de 6 salas cada, para o 1º e 2º Ciclos (correspondentes a 1.837 salas de aula). A maior parte dos alunos percorre longas distâncias para ter acesso à uma escola pública. O número de Professores existente no Município revela-se insuficiente. A situação agrava-se ainda, uma vez que 115 professores encontram-se em via de reforma. Existe um (1) núcleo de ensino superior na sede municipal onde se administram cursos de Psicologia e História. A Tabela 9 amostra que os homens são os que mais acedem (53%) ao sistema de ensino e aprendizagem ao nível do Município.

Tabela 9 Número de escolas e alunos por sexo Comuna Escolas Número de Alunos Ensino Primário 1º Ciclo 2º Ciclo Universidade Masculino Feminino Total Bailundo 38 2 3 1* 19.473 18.929 38.402 Bimbe 14 1 - - 3.447 3.769 7.216 Hengue 21 1 - - 6.976 5.321 12.297 Luvemba 21 2 - - 7.172 6.041 13.213 Lunge 26 1 - - 5.955 4.523 10.478 Total 120 7 3 1* 43.023 38.583 81.606 *Corresponde ao núcleo do Ensino Superior Privado, que funciona numa das escolas do 1⁰ Ciclo. Fonte: Repartição Municipal da Educação, Ciência e Tecnologia do Bailundo,2013.

Tendo em conta a insuficiência de escolas e o distanciamento entre elas, verifica-se a ausência de alunos em idade escolar que encontram-se fora do sistema de ensino, sendo o número total estimado em 19.758 (Tabela 10).

Tabela 10 Professores e alunos inscritos no sistema educativo Nº de crianças fora do sistema de Comuna Nº de professores Nº de alunos inscritos ensino em 2013 Comuna Sede 1164 38.402 3.770 Bimbe 131 7.216 2.400 Hengue 167 12.297 5.052 Luvemba 236 13.213 4.341 Lunge 163 10.478 4.195 Total 1.861 81.606 19.758 Fonte: Repartição Municipal da Educação, Ciência e Tecnologia do Bailundo em 2013.

Além disso a tabela 10 mostra a relação de professores e alunos inscritos. As comunas de Hengue e Lunge são as menos favorecidas com 74 e 64 alunos por professor, respectivamente. No entanto, a comuna sede tem uma relação de 40 alunos por professor.

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ilundo- Huambo Tabela 11 Número de Salas Definitivas, Provisórias e Ar Livre por Comuna No. Comunas Nº de Salas Turmas ao Ar Livre Definitivas Provisórias 1 Bailundo 65 303 367 2 Bimbe 3 37 165 3 Hengue 3 96 147 4 Lunge 16 33 203 5 Luvemba 21 75 257 Total 108 544 1.139 Fonte: Repartição Municipal da Educação, Ciência e Tecnologia do Bailundo, 2013.

Além do ensino geral, foram instituídos 2 projectos com o intuito de se reduzir o índice de analfabetismo e acelerar a aprendizagem. Estes projectos são designados por ”Método SIM, eu posso” e Aceleração Escolar, respectivamente. Existem actualmente 236 alfabetizandos a beneficiar do método, a luz dos dados da Secção de Alfabetização e Ensino de Adultos do Município de Bailundo, discriminados na tabela abaixo.

Tabela 12 Programa de Alfabetização Programa Método SIM, eu posso Masculino Feminino Total Alunos inscritos no programa de alfabetização 236 851 1.087 Fonte: Repartição Municipal da Educação, Ciência e Tecnologia do Bailundo, 2013.

A tabela 12 mostra os resultados iniciais deste programa no entanto espera-se que o mesmo possa ser mais abrangente ainda.

Aspectos Culturais

Do ponto de vista cultural, a Administração tem promovido mensalmente reuniões de trabalho com as autoridades tradicionais e palestras sobre a medicina tradicional, incluindo temas sobre a circuncisão, nas quais, participam também alguns alunos.

A Administração tem também auspiciado actividades culturais com os grupos de danças tradicionais (Ochinganji, ohatcha e Ongonjo), para celebrar cerimónias ou rituais, sendo os mais comuns:

Elilekiso: Apresentação da criança à comunidade Evamba: Celebração da passagem da fase de adolescente à adulta (altura da circuncisão). Eyele: Festa tradicional, onde participam sobas grandes, sobas, ajudante de sobas, com o objectivo principal de fazer a demonstração de produtos agrícolas cultivados nesta região. Okayongo: É um acto comemorativo apôs um ano de falecimento de um individuo que tenha sido circuncisado com todos os rituais desta tradição.

Apesar dos riscos envolvendo esses costumes, varia famílias aderem a esta prática cultural, que em algumas vezes termina com complicações graves ou até mesmo com mortes.

No caso do Elilekiso por exemplo, o facto de o recém-nascido não poder sair de casa reforça o seu afecto para com a mãe, o que é salutar para questões tais como o aleitamento materno e outros

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ilundo- Huambo cuidados de saúde infantil. Por outro lado, alguns destes hábitos, sobretudo ligados a circuncisão, tem influenciado negativamente o surgimento de casos de tétano e VIH e SIDA, pelo uso de instrumentos não esterilizados.

Otras manifestações culturais no Município são:

Teatro: Sete (7) grupos teatrais dos quais (6) são grupos religiosos- esses grupos jogam um papel importante na sensibilização da população contra as varias doenças, através de demonstrações publicas.

Cinema: O Município controla dois Cineteatros, localizados no Clube Recreativo e Centro Cultural Mbalundu.

Bibliotecas: Possui uma biblioteca, localizada no Centro Cultural, para apoiar os cidadãos comuns e estudantes com uma média mensal de aproximadamente 88 leitores. Nela estão expostos livros relacionados com a saúde pública e saneamento básico, o que contribui para o desenvolvimento psíquico-mental, social e civico dos municipes.

Artes Plásticas: Esta parcela do território conta com10 (dez) artistas plásticos reconhecidos, que através do seu trabalho ilustram aspectos positivos ligados a saúde.

Música, Dança Edição e Produção Discográficas: Neste, estão controlados (26) grupos distribuídos da seguinte maneira:

 Dança Tradicional (12) Grupos  Dança Moderna (14) Grupos  Existem artistas e compositores.

Discografia: Existe um estúdio de produção e de gravação de música. De referir que a populacao do município e nao so, tem vindo a assistir as sessões de venda de discos e lívros, assim como a oferta de autógrafos por parte de varios músicos e escritores.

1.3.2 Habitação

A maior parte das moradias é de construção provisória e precária. O número de casas de construção definitiva ainda é reduzido, tal como se verifica na tabela abaixo:

Tabela 13 Situação da habitação no município por comunas Tipos de construção Comuna Total Casas de Habitação Precária Provisória Definitiva Sede 4.309 5% 70% 20% Bimbe 936 36% 60% 4% Hengue 1.985 32% 62% 6% Lunge 2.716 13% 76% 11% Luvemba 1.893 27% 65% 13% Fonte: Administração Municipal do Bailundo, 2013

O município tem-se beneficiado de novas centralidades habitacionais com condições condignas.

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1.3.3 Água

Água de consumo a nível do Município oferece condições de potabilidade. A Tabela 14 mostra que apenas 29,5% da população tem acesso a água tratada, porém 65% abastecem-se a partir dos rios. Esta fonte de água periga a saúde da população em particular com o surgimento de doenças tais como as DDAs agudas e as parasitoses, entre outras.

Tabela 14 Abastecimento de água no Município de Bailundo Indicador Percentagens de casas com acesso à água canalizada 15% Número de chafarizes funcionantes no município 68 Percentagem de casas em que o abastecimento de água é feito a partir dos rios 65% Percentagem de casas em que o abastecimento de água é feito a partir de furo com bomba manual 4,5% Percentagem de casas com acesso à água tratada 25% Fonte: Empresa Municipal de Energia e água do Bailundo,2013

O método de captação de água no Município e por adução forçada e por gravidade. Por outro lado, o estado da Rede de Distribuição é razoável. No entanto, há necessidade de se ampliar a rede de distribuição de abastecimento de água nas cinco sedes de comunas.

Número de Consumidores da rede pública é de 89.900 habitantes em toda sua extensão do Município. A fonte de captação, tratamento e distribuição de água do rio Culele, tem uma capacidade de cobertura de 38.400 consumidores. A água é bombeada por sistema forçada e distribuída ao consumidor final por força de gravidade. As comunas de Lunge e Bimbe contam com sistemas de adução forçada, e as Comunas de Hengue e Luvemba beneficiam dos sistemas de distribuição de água por gravidade.

Dentro do Programa Água para Todos, esta a surtir um grande impacto positivo, visto que o acesso das populações á água potável esta a aumentar.

1.3.4 Saneamento

As condições de saneamento básico no Município são deficientes, devido aos elevados custos de recolha de resíduos sólidos, a sua complexidade e extensão. Apenas as casas do casco urbano da comuna sede beneficiam da recolha de lixo deste sistema (Tabela 15).

Tabela 15 Saneamento básico Indicador Percentagem de residências com casas de banho 9% Percentagem de casas com latrinas 60% Número de aterros sanitários no Município 0% Percentagem de casas que beneficiam de recolha organizada de lixo 10% Fonte: Repartição Municipal da Fiscalização da Administração Municipal do Bailundo,2013

A insuficiência de latrinas e das casas de banho, faz com que um número elevado da população tenha o hábito de defecar ao ar livre, o que traz consequências negativas a saúde pública.

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1.3.5 Energia

A Administração Municipal, através da Empresa Municipal de Energia e Águas têm trabalhado na recuperação dos sistemas de energia em toda extensão do Município de Bailundo. A generação de energia por alternativas hidroelétrica não existe no Município de Bailundo. O abastecimento de energia para as comunas é também assegurado pelas centrais térmicas (constituído por grupos de geradores) de Bailundo com a capacidade instalada de 2000 KVA. Da mesma forma, nas restantes comunas são abastecidas por centrais térmicas com as potências seguintes: Bimbe por 33 KVA, Hengue por 110 KVA, Lunge por 100 KVA e Luvemba por 100 KVA. O número de consumidores ao nível do Município é de1.899 lares e a população servida é de 6.513. No entanto, o estado da rede de transporte e distribuição de energia funciona com inrregularidade em todas as sedes comunais. Porém, não é suficiente para suprir as necessidades das populações. A Tabela 16 a seguir espelha a cobertura em energia eléctrica no município.

Tabela 16 Consumo de energia eléctrica Indicador (%) Percentagem de casas que beneficiam de energia eléctrica da rede 20% Percentagem de casas que beneficiam de energia alternativa 25% Percentagem de casas sem qualquer fonte de abastecimento 55% Fonte: Empresa Municipal de Energia e água do Bailundo,2013

Como se pode constatar, a minoria de casas beneficia se de energia eléctrica da rede pública o fontes de abastecimento alternativa. Ainda existem bairros urbanos que não são beneficiados com a energia eléctrica, e que nem toda a população possui recursos financeiros para fazer face as necessidades de energia eléctrica por fontes alternativas. As escolas, hospitais, centros, postos de saúde e instituições públicas, têm como fonte de energia as centrais térmicas e grupos geradores.

1.3.6 Protecção social

O programa de protecção social do Estado e dos seus parceiros incide na melhoria da vida social das pessoas vulneráveis, como: Idosos em situação de dependência física e económica; Pessoas portadoras de deficiência; Crianças ou adolescentes necessitando de protecção especial; Pessoas ou familiares em situação de pobreza; Desempregados em risco de marginalização; Antigos combatentes, deficientes de guerra ou familiares de combatentes falecidos. A Tabela 17 descreve os grupos vulneráveis alvo assistidos pelos programas.

Tabela 17 Protecção de Grupos vulneráveis pelos programas sociais Grupo populacional vulnerável Total Número de crianças órfãs 566 Número de crianças de e na rua 38 Número de idosos 5.016 Número de pessoas portadoras de deficiência 712 Fonte: Repartição Municipal dos Serviços Sociais do Bailundo, 2013

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ilundo- Huambo Quanto a assistência a terceira idade, existe ao nível do Município 5.016 idosos, distribuídos da seguinte forma: i. Sede Bailundo 2.728; Bimbe 202; Hengue 270; Lunge 1120; Luvemba 696. Neste grupo vulnerável, estão incluídos 28 idosos portadores de deficiência, cuja maioria carecem de bens de primeira necessidade, apesar dos esforços envidados neste sentido pela Administração Municipal. Apela-se às instâncias superiores no sentido de continuar a olhar para esta franja da sociedade, incluindo especial o apoio almejado com artigos domésticos (próprios para lares de terceira idade). Em termos estatísticos, o Município, regista provisoriamente (712) portadores de deficiência.

Adicionalmente, destacan-se as seguintes acções de aiuda para estos grupos as seguintes: Distribuição de muletas canadianas, cadeiras de rodas; Distribuição de diversos materiais tais como: catanas, sachos, pás, cobertores e outros; Visitas às famílias vítimas de calamidades naturais.

Finalmente o Município conta na Sede de Bailundo com os serviços do Centro Infantil Comunitário (CIC), para o atendimento de crianças particularmente em risco, da faixa etária compreendida entre os 2 aos 5 anos de idade.

1.3.7 Acesso, transportes e comunicações

A acessibilidade no Bailundo é satisfatória, pois a vila municipal tem as ruas asfaltadas, enquanto as ligações rodoviárias entre a sede comunal e os municípios do Mungo, Londuimbali, Cachiungo e Huambo (estradas primárias e secundárias) são feitas em boas condições. Uma das grandes preocupações da Administração Municipal é a reabilitação das estradas terciárias que encontram-se em estado de degradação avançada. Existe uma pista de aterragem de aviões de pequeno porte, em mau estado de conservação. Por outro lado, as pontes necessitam de manutenção enquanto algumas ravinas carecem de intervenção técnica imediata, de forma a facilitar a circulação de viaturas, particularmente nas comunas de Bimbe, Hengue e Lunge. Não existe serviço público de transportes, mas sim, um serviço alternativo regular e funcional, que é fornecido pelo sector privado, geralmente designado por candongueiros ou Kupapatas, que garantem a circulação e ligação entre as sedes comunais. O Município de Bailundo é servido por 10 autocarros a cargo da Empresa “Rodas em Serviços” que circulam nos troços intermunicipais e comunais, transportando pessoas e suas mercadorias. No seu todo, o sector dos transportes do Município controla um total de 722 veículos pesados e ligeiros, além de 4.386 motociclos. Em termos de comunicações, o Município é servido pelas antenas da Movicel e Unitel, registando-se de vez em quando cortes da comunicação afectando qualquer uma das redes. O Município também possui uma estrutura dos Correios, Telégrafos e Telefones (CTT) em funcionamento. Entre as Unidades Sanitárias e as de referência, as distâncias e o estado de comunicação encontram descritos na Tabela 18 que se segue.

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ilundo- Huambo Tabela 18 Situação de acesso, transporte e comunicação das unidades sanitárias

Distância com a Tipo de Unidade Meios de Nº. unidade sanitária Meios de acesso Tipos de transporte Sanitária comunicação de referência

Comuna Bailundo 1 0 Km Hospital Municipal Estrada asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel de telefone. 2 4 km Hospital de Chilume Estrada não asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel 3 0 Km Centro materno Infantil Estrada asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel 4 17 Km PS de Catuta Estrada asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel 5 28 Km PS de Candandi Estrada não asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel 6 9 Km PS de Chingolo Estrada não asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel 7 4 Km PS da V, Chica Estrada asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel 8 18 km PS da Jamba Estrada não asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel 9 33 km PS de Monte Belo Estrada asfaltada Carro e motorizada Rede fixa e móvel 10 7 km PS M. Hanga Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Rede fixa e móvel Comuna Bimbe 11 65 km CS do Bimbe Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 12 120 km PS de Utende Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 13 155 km PS de Nganda Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura Comuna Hengue 14 85 Km CS da Hengue Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 15 70 Km PS de Chituno Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 16 115 Km PS de Ngumba Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 17 120 Km PS de Capali Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura Comuna Luvemba 18 43 Km CS de Luvemba Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 19 25 Km PS de Chiteta Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 20 33 Km PS de Chinhala Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 21 53 Km PS de Calombeu Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 22 85 Km PS do Janju Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 23 81 km PS Missão do Janju Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura Comuna Lunge 24 34 km CS do Lunge Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 25 25 km PS do Ulundo Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 26 88 km PS de Cassenje Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 27 69 Km PS de Chilombe Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 28 46 Km PS de Golongo Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura 29 83 Km PS de Chilemba Estrada não asfaltada. Carro e motorizada Não tem cobertura Fonte: Repartição Municipal de Saúde do Bailundo, 2013

Existe um grupo de 9 aldeias, que compõem a Ombala Nete, com uma população de 1.838 pessoas, e que apresenta bastantes dificuldades de acesso as unidades sanitárias. Em consequência a RMS de Bailundo implementa as equipes móveis e avançadas, que no município têm conformado 27 equipas avançadas de vacinação (uma por cada unidade sanitária), e uma equipa móvel e avançada na sede municipal. Na Tabela 19 descreve as estratégias utilizadas para os grupos mais isolados.

Tabela 19 Estratégia para prestação dos serviços de saúde aos grupos populacionais isolados Comuna Povoação Distância Grupo populacional isolado Estratégia Estratégia da comuna sem excesso a cuidados móvel avançada (US) assistenciais Sede Caundi (Cambonga e Essangui) 50 Km População geral Sim Sede Aldeia de Alimuati 12 Km População geral Sim Sede Aldeia Chipuli, Chissanji, Gando e 15 Km Sim Tanganica) População geral Sede Catuta (Missassa, Chata e Utalamo 6 Km População geral Sim Sede Monte Belo (Chissanga, Chimbundo, População geral Sim Chiteva, Bonga, Chivava, Chindombe) 7 Km Sede Jamba (Cajabão, Sta Rosa, S. Pedro, Banje, 6 Km População geral Sim Numbo, Chisseque) Bimbe Lindo (Etalangala, Mukumbue e Estrela) 27 Km População geral Sim

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Comuna Povoação Distância Grupo populacional isolado Estratégia Estratégia da comuna sem excesso a cuidados móvel avançada (US) assistenciais Bimbe Nete (Catolongolo e Chicumbi) 40 Km População geral Sim Bimbe Cacuti, Canjaia e Calongolola 15 Km População geral Sim Hengue Namba (Candombo, Chimanda e Chissoi) 25Km População geral Sim Hengue Bambi (Lossesse, Chitiko, Chinjamba e 13 Km População geral Sim Chilianoko Hengue Vila Graça, Chicunda, Camupa, Luvangue e 12 Km População geral Sim Vila Bela Luvemba Cambenje, Essavi, Cavinda, Catande, 15 Km População geral Sim Chinjamba e Chissanga Luvemba Calombeu, Capoko, Epila, Chiquelo e 10 Km População geral Sim Sim Calikoke) Luvemba Janju (Imaculada Sachipupa, Missene, 7 Km População geral Sim Candemba e Cahuahossi) Luvemba Chinhala (Cambala, , Bango e 5 Km População geral Sim Canguengue) Luvemba Chiteta (Camussamba, Chiculo, Nganda, 10 Km População geral Sim Sim Cassave, Chipembe e Jamba Cita) Lunge Chilemba (Chicumbi, Uchia e Lomanda) 10 Km População geral Sim Sim Lunge Cassenje (Chipanji, Chieta, Cachipipa e 107 Km População geral Sim Nongue) Lunge Chilombe (Calufenla S. Bento, Canela, Can População geral Sim jamba e Cape pula) 8 Km Lunge Ulundo (Chicano, Chinen, Cayumbuca, Ussolo Sailundo velho e novo) 8 Km População geral Sim Lunge Etunda Nassaré, Chissole, Chicala, Catolo 25 Km População geral Sim e Capoco) Fonte: Repartição Municipal da Saúde do Bailundo,2013

Destaca-se que no processo de organização cada uma destas estratégias a estratégia móvel deve ser garantida pela equipa municipal (RMS) e a estratégia avançada deve ser garantida pela unidade sanitária da área mais próxima.

1.3.8 Políticas transversais

Com vista a reduzir as assimetrias e combater a pobreza a curto, médio e longo prazo, o Município tem vindo a desenvolver vários programas, nomeadamente:

i. *Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate a Pobreza (PMIDRCP): Este programa tem como objectivo levar os serviços sociais básicos às populações necessitadas através dos programas específicos, tais como: Cuidados primários de saúde, fomento agrícola, merenda escolar, água param todos e outros.

A nível do município, teve início em 2011 e abrange as 5 comunas do Município, prevendo a construção de matadouros, mercados, fomento de actividades agrícolas, apoio às associações e cooperativas dos camponeses, construção de armazéns comunitários, etc.

Estão em curso às obras de construção, reabilitação e ampliação de habitaçoes, estradas, centros e postos de saúde, assim como, outras ligados ao sector social. Ilustram-se abaixo os projectos em curso:

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ilundo- Huambo Tabela 20 Execução dos Projectos transversais no município de Bailundo No. Designação de Projectos/Acção Custo Total Situação Observações 01 Construção do Balcão Único do Empreendedor (BUE) na Vila do 20.957.143,00 Em curso Bailundo 02 Terraplanagem de 43 km de estrada no troço rodoviário 35.000.000,00 Em curso Concurso feito Bailundo/comuna de Lunge (rio Luvulo) em 19/03/2013 03 Reabilitação de duas (2) pontes sob os rios Luvulo e Kacuanza, 13.874.293,00 Em curso Concurso feito Comuna de Lunge em 19/03/2013 04 Requalificação da Secção de estomatologia do Hospital 4.807.977,63 Concluída Por inaugurar 05 Reabilitação da Lavandaria, deposito de medicamentos, farmácia, 11.170.000,00 Em curso e armazém de viveres do Hospital Municipal 06 Construção da Repartição Municipal da Saúde 41.500.166,40 Em curso 07 Fornecimento da merenda escolar 11.440.000,00 Em curso Concurso feito (leite achocolatado e bolacha água e sal) em 19/03/2013 08 Fornecimento da merenda escolar 23.316.000,00 Em curso Concurso feito (Sumo de fruta e bolacha doce) em 19/03/2013 Fonte: Administração Municipal do Bailundo, 2013

ii. Programa de água para todos: Tem como objectivo garantir o acesso a água potável às comunidades e animais de todo o município, através da construção de furos de água, instalação de bombas manuais e solares. A seguir apresenta-se o mapa do grau de implementação do programa:

Tabela 21 Execução do Programa de Água para Todos No. Designação de Projectos/Acção Custo Total Situação 09 Manutenção dos sistemas de abastecimento de água nas (5) sedes Comunais do 5.550.000,00 Concluído Bailundo 10 Reabilitação de (10) pontos de água equipados com bombas manuais (manivelas) nas 4,750,000.00 Concluído Comunas de Bailundo, Bimbe, Hengue, Lunge e Luvemba 11 Construção de (3) furos de água, equipados com sistemas solares, nas aldeias de 27.000.000.00 Concluído Talangala, Namba, e Catolo, comunas de Bimbe, Hengue e Luvemba, Município do Bailundo 12 Fiscalização da construção de (3) pequenos sistemas de abastecimento de água, nas 2.700.000,00 Concluído aldeias de Talangala, Namba, e Catolo, comunas de Bimbe, Hengue e Luvemba, Município do Bailundo. Fonte: Administração Municipal do Bailundo, 2013

iii. Cuidados Primários de Saúde: visam assegurar a prestação de serviços de assistência primária de qualidade às populações, promovendo a adopção de comportamentos e estilos de vida saudáveis.

Tabela 22 Execução dos Cuidados Primários de Saúde (Quadro da Municipalização) Orçamento Bailundo Diferença entre Designação Tectos Orçamentais (Ano 2013) Teto e Orçamento 01 Outros Serviços 30.000.586,00 30.000.476,88 109,12 02 Outros Mat. E Utensílios Duradouros 4.250.000,00 4.082.000,00 168.000,00 03 Outros Materiais C. Corrente 10.300.576,00 9.340.436,00 960.140,00 04 Serviços Transp. Pessoas e Bens 16.212.785,00 11.597.780,00 4.615.005,00 05 Material C. Corrente Especializado 44.474.068,00 35.420.373,51 9.053.694,49 06 Serviços Limpeza e Saneamento 14.176.834,00 13.792.231,40 384.602,60 07 Subsídios de Deslocação 1.983.050,00 1.566.450,00 416.600,00 08 Víveres e Géneros Alimentícios 10.536.172,00 8.007.999,76 2.528.172,24 09 Combustíveis e Lubrificantes 9.667.950,00 7.829.970,00 1.837.980,00 10 Serviços Manutenção e Conservação 51.278.331,00 45.982.982,14 5.295.348,86 11 Serviço de Protecção e Vigilância 1.592.220,00 1.592.200,00 20,00 12 Materiais e Utensilios Duraveis 0,00 0,00 0,00 Sub Total 194.472.572,00 169.212.899,69 25.259.672,31 Fonte: Administração Municipal do Bailundo, 2013

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ilundo- Huambo iv. Método SIM Eu posso: Utilizado com objectivo de reduzir o índice de analfabetismo. Existem cerca de 101 alfabetizadores contratados e 703 em regime de voluntários, todos eles a prestar serviços ao nível do Município

v. Merenda escolar: É um programa que visa evitar a fuga e insucesso escolar. No Município do Bailundo foram seleccionadas para o fornecimento de merendas em (7) sete escolas, nas Comunas de Bailundo e Lunge, abrangendo um total de 4000 crianças (ver tabela 25 abaixo).

Tabela 23 Execução do Programa de Merenda Escolar Localização Nº Nº de alunos Comuna Aldeia/bairro Designação das escolas 01 Bailundo Chingolo Escola Primária nº 7 Chingolo 608 02 Bailundo Cahiti Escola Primária nº 19 - Cahiti 400 03 Bailundo Canjabão Escola Primária nº 28 - Canjabão 602 04 Bailundo Monte Belo Escola Primária nº 43 – Napica 807 05 Bailundo Bonga Escola Primária de Bonga 303 06 Bailundo Calãnge Escola Primária de Calãnge 680 07 Lunge Lunge – Sede Escola Primária nº 45 -Lunge 600 Total 4.000 Fonte: Administração Municipal do Bailundo, 2013.

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1.4 Perfil sanitário do município

O perfil sanitário do Município de Bailundo não é muito diferente do resto da Província. Apesar da implantação e funcionamento regular de programas como da Imunização, Saúde Reprodutiva, Vigilância Epidemiológica, Nutrição, VIH/SIDA, Tuberculose e Lepra, Doenças Negligenciadas, Medicamentos Essenciais e da Malária, as principais doenças que causam maior morbi mortalidade continuam a ser as doenças parasitárias, as doenças respiratórias agudas, a malária e as doenças diarreicas agudas. A tabela 24 descreve as principais causas de morbilidade e mortalidade do Município de Bailundo por faixa etária durante o período 2009 – 2013.

Tabela 24 Principais causas de morbilidade e mortalidade por faixa etária. Período 2009 - 2013 Casos Óbitos No. Doenças <5 anos 5-14 anos >15 anos Total <5 anos 5-14 anos >15 anos Total 1 Doença Respiratória Aguda 61.230 46.202 39.295 146.727 128 20 36 184 2 Malária 42.156 35.998 25.416 103.570 142 34 67 243 3 Doença Diarreica Aguda 25.611 12.178 12.379 50.168 11 1 1 13 4 ITS 119 715 6.919 7.753 0 0 0 0 5 Febre tifóide 316 608 1.179 2.103 1 0 1 2 6 Disenteria 783 333 457 1.573 0 0 0 0 7 Má nutrição aguda 1.440 82 8 1.530 84 11 0 95 8 Tuberculose 12 43 677 732 0 0 46 46 9 SIDA 13 13 324 350 0 1 7 8 10 Sarampo 73 66 0 139 2 1 0 3 11 Lepra 4 1 62 67 0 0 0 0 12 Schistosomíase 0 1 25 26 0 0 0 0 Fonte: RMS – Bailundo

As doenças respiratórias se apresentam como a principal doença no perfil sanitário do município do Bailundo (Tabela 24 e Figura 3) com mais de 53 mil casos no ano 2013 representando um aumento de quase seis vezes dos casos observados em 2009 (9 mil casos). Embora o gráfico além mostra que o número de casos diagnosticados de malária diminuiu drasticamente durante o período de 2009-2013.

Figura 3 Comportamento das quatro doenças mais frequentes.

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ilundo- Huambo A Tabela 25 apresenta alguns indicadores da situação de saúde no Município do Bailundo. Apesar da melhoria de alguns indicadores (coberturas de vacinação com sarampo penta 1e 3, e mulheres grávidas que fizeram o TIP e mulheres grávidas VIH positivas inclusas no programa de prevenção da transmissão vertical), a situação sanitária é precária, especialmente em relação as baixas coberturas de crianças com administração de vitamina A, percentagem de mulheres grávidas que fizeram o teste de VIH, percentagem de mulheres que usam método anticoncepcional e percentagem de mulheres grávidas com CPN. O Anexo 1 contém o boletim epidemiológico do município referente aos anos 2009 a 2013.

Tabela 25 Situação de alguns indicadores de saúde no município No. Indicadores 2008 2009 2010 2011 2012 2013 1 População menos de 1 ano 9.044 9.333 9.632 9.940 10.258 11.092 2 Número total de U.S 14 15 18 20 26 29 3 Percentagem de crianças vacinadas com penta 1 56% 97% 96% 114% 91% 129% (acesso à vacinação) 4 Percentagem de crianças vacinadas com penta 3 34% 87% 96% 104% 81% 115% (cobertura de vacinação) 5 Taxa de abandono penta 1 e penta 3 (eficiência) 39% 10% 0% 9% 10% 11% 6 Percentagem de crianças vacinadas com sarampo 40% 74% 85% 107% 71% 131% (cumprimento ODM ligados a saúde) 7 Percentagem de crianças com administração de 52,8% 14% 14% 16% 23% 26% vitamina A 8 Número de mosquiteiros distribuídos a crianças 9.570 8.139 9.547 10.170 9.091 9.176 menores de 1 ano 9 População M I F 10.937 12.096 12.332 11.881 13.991 59.849* 10 População de mulheres grávidas esperadas 11.622 12.125* 11 Percentagem de mulheres que usam 1 método 26% 40% 23% 45% 3,4% 0,8% anticoncepcional 12 Percentagem de mulheres grávidas com TT2 35% 63% 66% 65% 48% 82% 13 Percentagem de mulheres com CPN3 33% 41% 41% 48% 49% 14 Percentagem de mulheres grávidas que fizeram o 71% 43% 60% 60% 63% tratamento intermitente da malária (TIP) 15 Percentagem de mulheres grávidas que fizeram o teste 38% 21% 28% 38% 63% de VIH 16 Percentagem de mulheres grávidas VIH positivas 57,9% 66,7% 70% 51% 30,7% 83,9% inclusas no programa de prevenção da transmissão vertical Fonte: Repartição Municipal de Saúde do Bailundo, 2013

1.4.1 Malária

A malária é a segunda causa de morbilidade no município do Bailundo, sendo que de 2009 a 2013 foram registados um total de 103.570 casos de malária. É de destacar que a Malária continua a baixar nos últimos 3 anos, observa-se que houve uma diminuição na incidência de casos da malária de 62.267 em 2009 para 9.347 casos em 2013 (Tabela 26).

Tabela 26 Casos e óbitos de Malária por faixa etária. Período 2009 – 2013 Casos Óbitos Anos Total Total <5 anos 5-14 anos >15 anos >5 anos 5-14 anos >15 anos 2009 26.803 22.797 12.667 62.267 62 16 34 112 2010 5.093 5.031 3.053 13.177 46 10 21 77 2011 4.508 2.988 3.445 10.941 27 2 8 37 2012 2.415 2.527 2.896 7.838 7 4 3 14 2013 3.337 2.655 3.355 9.347 0 2 1 3 Total 42.156 35.998 25.416 103.570 142 34 67 243 Fonte: RMS – Bailundo

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ilundo- Huambo Destaca-se que durante o período de análise ainda é a primeira causa de mortalidade no Município com 243 óbitos. A maior parte dos óbitos aconteceram em crianças menores de 5 anos (58%).

Quanto aos casos, segundo a Figura 4 descreve o comportamento da malária no Município por faixa etária. Os mais afeitados durante o período 2009 – 2011 foram as crianças menores de 15 anos (41%) e em segundo lugar as pessoas no grupo etário de cinco a catorze anos (35%).

Figura 4 Comportamento da Malária por faixa etária

Entre os aspectos positivos a destacar o Município conta com uma equipa constituída por um Supervisor da Malária, um Assessor de Luta Anti larval e 6 operadores de pulverização extra domiciliária e aplicação de biolarvicidas. O supervisor é responsável pela gestão e supervisão destas actividades. A implementação do Programa da Malária no Município contribui para a diminuição dos casos observados em relação aos anos anteriores, não obstante registo contínuo de casos em algumas áreas, o que leva a equipa anti larval a manter aí as suas acções. Entretanto, existe um plano de supervisão e monitorização para todas as unidades sanitárias, no sentido de considerar casos positivos apenas aqueles confirmados laboratorialmente ou com testes rápidos (TDRs).

As actividades desenvolvidas pelo Programa para a prevenção da malária foram: Palestras nas US para orientação da população sobre as medidas preventivas; Mapeamento de charcos, lagoas, represas, cacimbas e canais, com vista a aplicação de produtos biológicos (Bactirec e Gerselesf, pela brigada cubana); Fumigação extra domiciliar e pulverização intra-domiciliar, em algumas comunas; Distribuição de mosquiteiros às mulheres grávidas e às crianças menores de 5 anos; Profilaxia com Fansidar nas mulheres grávidas nas consultas pré-natais. Porém, para prevenir a Malária, será necessário envidar e manter esforços multissectoriais tais como: melhoria do saneamento básico, oferta de água potável, se possível, através da rede canalizada, disponibilidade logística para optimizar as intervenções preventivas, além do diagnóstico precoce e o tratamento adequado dos casos.

Os parceiros envolvidos neste processo têm sido, Abt – Association que realiza a pulverização residual intra-domiciliar, pesquisa entomológica e vigilância epidemiológica; e Mentor – initiative, que apoia o Ponto Focal do município na realização de palestras, monitoria e avaliação.

Os problemas e constrangimentos na implementação do programa são: A rotura de stock de TDR, mosquiteiros e ausência de laboratórios para os exames microscópicos na maioria das unidades

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ilundo- Huambo sanitárias; Rejeição da pulverização intra-domiciliar por populares da comunidade que alega reacções alérgicas e problemas de intoxicação das vias respiratórias; A rotura de stock, a nível nacional, de medicamentos para a prevenção da malária nas grávidas e crianças menores de 5 anos; Dificuldade na aquisição de equipamento para as actividades do programa de luta anti vectorial.

1.4.2 Doenças Diarreicas Agudas

As doenças diarreicas agudas (DDAs) são a terceira causa de morbi mortalidade no município. No período de 2009 a 2013 foram registados um total de 50.168 casos de DDA (Tabela 27).

Tabela 27 Número de casos e óbitos de DDA. Período 2009 – 2013 Casos Óbitos Anos Total Total <5 anos 5-14 anos > 15 anos >5 anos 5-14 anos > 15 anos 2009 1.342 510 249 2.101 0 0 1 1 2010 2.550 1.507 798 4.855 2 0 0 2 2011 4.934 2.210 3.053 10.197 2 0 0 2 2012 7.312 3.737 2.857 13.906 4 0 0 4 2013 9.473 4.214 5.422 19.109 3 1 0 4 Total 25.611 12.178 12.379 50.168 11 1 1 13 Fonte: RMS – Bailundo, 2013

A Figura 5 ilustra uma tendência de aumento no número de casos de DDA durante o período de análise, o que é motivo de preocupação para as autoridades de saúde do Município.

Figura 5 Comportamento das DDA por faixa etária

A RMS de Bailundo conta uma Supervisora com o apoio de 29 técnicos de saúde das distintas unidades sanitárias do Município. As actividades desenvolvidas para a prevenção das DDAs em Bailundo resumem-se em: Realização de palestras nas Unidades Sanitárias, diariamente, através de agentes comunitários e da equipa móvel de saúde, conforme o plano de actividades; Distribuição de hipoclorito de cálcio para desinfecção da água e aumento dos níveis de oferta de água potável à população.

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ilundo- Huambo Os problemas e constrangimentos na implementação do programa são: nas unidades sanitárias a insuficiência de equipamento adequado e a carência de técnicos qualificados; e nas comunidades as dificuldades com o abastecimento de água com a qualidade desejada, agravado pelo facto de a população não possuir a cultura de ferver a água, nem de lavar as mãos antes de comer e depois de usar a latrina reflectindo maus hábitos de higiene individual e colectiva.

1.4.3 Doenças Respiratórias Agudas

As DRA são a primeira causa de enfermidade no município. De 2009 a 2013, foram diagnosticados um total de 146.727 casos de DRA (Tabela 28). No entanto, desde 2011, tornou-se a principal causa de morbidade. O clima é o principal factor de risco que propicia para o surgimento desta patologia, especialmente durante a época chuvosa além da época fria.

Tabela 28 Número de casos e óbitos por DRA. Período 3009 – 2013 Anos Casos Total Óbitos Total <5 anos 5-14 anos >15 anos >5 anos 5-14 anos >15 anos 2009 4.560 3.188 1.603 9.351 28 4 3 35 2010 5.291 2.821 5.573 13.685 7 3 7 17 2011 12.970 11.253 5.381 29.604 26 3 3 32 2012 16.818 7.034 17.222 41.074 32 5 6 43 2013 21.591 21.906 9.516 53.013 35 5 17 57 Total 61.230 46.202 39.295 146.727 128 20 36 184 Fonte: RMS – Bailundo, 2013

A Tabela 28 e o gráfico da Figura 6 mostram um crescimento acelerado do número de casos nos anos 2011 a 2013, que em 2013 representa um crescimento de quase 6 vezes em comparação com 2009. A faixa etária mais afectada são crianças menores de cinco anos (42%) e depois as pessoas do grupo etário de 5 até 14 anos (31%). Além disso os 70% dos óbitos foram registados na faixa etária de menores de cinco anos.

Figura 6 Comportamento das DRA por faixa etária

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ilundo- Huambo Entre os aspectos positivos a destacar o Município conta com uma equipa constituída por um Responsável das DRA que é o Supervisor de Vigilância Epidemiológica. Além, todos os membros do pessoal das unidades sanitárias do município estão treinados para realizar as actividades de vacinação. Portanto, é de realçar o esforço que tem vindo a exercer a RMS, colocando caixas isotérmicas de 7 dias em todas as unidades sanitárias, sem posto fixo de vacinação, de forma a captar a maior parte da população alvo e assegurar a coberturas de Penta 3 e Pneumo 13.

Para melhorar a eficácia na atenção das DRA, pensa-se em intensificar as acções das equipas avançadas e móveis e intensificar as actividades de treino em serviço para melhorar as competências dos profissionais, no tratamento desta doença.

O constrangimento na implementação do programa nas unidades sanitárias é a fracas competências no diagnóstico e tratamento.

1.4.4 Tuberculose

A tuberculose é oitava causa de enfermidade no município. No período 2012 a 2013, foram diagnosticados um total de 732 casos (Tabela 29) e foram registados 46 óbitos. A faixa etária mais afectada são as pessoas de mais de 15 anos (92%) e além disso o 100% dos óbitos foram registados na mesma faixa etária. Ainda deve-se continuar a fazer pesquisa para a identificação/detecção dos portadores desta doença no seio da população.

Tabela 29 Número de casos e óbitos por Tuberculose. Período 2009 – 2013 Casos Óbitos Anos Total Total <5 anos 5-14 anos >15 anos >5 anos 5-14 anos >15 anos 2009 1 4 33 38 0 0 0 0 2010 5 6 89 100 0 0 2 2 2011 3 9 133 145 0 0 5 5 2012 3 11 368 382 0 0 27 27 2013 0 13 54 67 0 0 12 12 Total 12 43 677 732 0 0 46 46 Fonte: RMS – Bailundo

Existe de momento apenas 1 unidade de serviço DOT no Município localizado dentro do Hospital Municipal de Bailundo, equipado de um laboratório de baciloscopia que possibilita o diagnóstico contínuo dos casos de Tuberculose, desde 2006. O Programa da Tuberculose funciona baixo a orientação de um Responsável Municipal, que trabalha na supervisão das actividades dos técnicos na U.S com serviços de diagnóstico e tratamento da doença.

Entre outros constrangimentos, além da forte retracção das unidades de atendimento (diagnostico, baciloscopia e tratamento) lamenta-se a escassez de técnicos capacitados para o apoio ao programa, além da falta de supervisão formativa regular por parte dos responsáveis qualificados do Programa a nível provincial.

Não obstante as dificuldades de tratamento de dados vividos a nível local, apresenta-se a Tabela 30 abaixo que fornece algumas indicações do desempenho do programa.

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ilundo- Huambo Tabela 30 Indicadores de desempenho do Programa de TB. Período 2009 – 2013 Indicadores 2009 2010 2011 2012 2013 2014 # de casos cumulativos 92 100 340 382 926 256 # de óbitos 0 2 5 27 12 S/D # de casos novos (BK+) S/D S/D S/D S/D 75 84 % (taxa) de detecção da TB S/D S/D S/D S/D 8% 16% # de casos em tratamento 71 91 200 196 S/D S/D % (taxa de sucesso ao tratamento S/D S/D S/D S/D 31% 94% % (taxa de abandono S/D S/D S/D S/D S/D S/D # de casos testados SIDA S/D S/D S/D S/D 426 79 # de casos testados Positivo S/D S/D S/D S/D 37 3 Fonte: RMS – Bailundo

1.4.5 Sarampo

O sarampo é a décima causa de enfermidade no Município. No período de análise, foram diagnosticados um total de 139 casos (Tabela 31) e foram registados 3 óbitos. A faixa etária mais afectada são as crianças menores de 5 anos (53%) e entre 5 e 14 anos (47%).

Tabela 31 Número de casos e óbitos por Sarampo. Período 2009 – 2013 Casos Óbitos Anos Total Total <5 anos 5-14 anos >15 anos >5 anos 5-14 anos >15 anos 2009 4 0 0 4 0 0 0 0 2010 0 0 0 0 0 0 0 0 2011 3 6 0 9 1 1 0 2 2012 4 5 0 9 1 0 0 1 2013 62 55 0 117 0 0 0 0 Total 73 66 0 139 2 1 0 3 Fonte: RMS – Bailundo

A maioria dos casos fora registada com o surto de 117 casos no ano 2013. Após, em 2014 registou-se igualmente um surto de 143 casos. Estes dados são contraditórias com os resultados dos relatórios de cobertura de vacinação contra o sarampo que segundo a Tabela 25 as unidades sanitárias cobriram toda a população infantil no Município.

O programa de combate ao sarampo e executado a nível do Município de Bailundo através do rastreio dos casos suspeitos a partir das salas de triagem e bancos de urgências das unidades de saúde primária (postos e centros de saúde) e encaminhamento dos casos graves para o Hospital Municipal; assim como pela administração da vacina anti-sarampo aos menores de 1 ano, sobretudo nas acções de rotina, e menores de 5 anos nas campanhas.

Importara melhorar as acções de vigilância epidemiológica de forma a se identificar os maiores focos de eclosão da epidemia e direccionar melhor as campanhas de bloqueio além do fomento das acções de rastreio abrangente, internamento e tratamento das crianças afectadas.

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ilundo- Huambo 1.4.6 VIH/SIDA

O VIH-SIDA é a nona causa de enfermidade no município do Bailundo. No período de análise, foram diagnosticados um total de 350 casos (Tabela 32) e foram registados 8 óbitos. A faixa etária mais afectada são as pessoas maiores de 15 anos (93%).

Tabela 32 Número de Casos e óbitos por VIH/ SIDA. Período 2009 – 2013 Casos Óbitos Anos Total Total <5 anos 5-14 anos >15 anos >5 anos 5-14 anos >15 anos 2009 1 2 21 24 0 0 0 0 2010 1 1 46 48 0 0 0 0 2011 5 0 84 89 0 0 3 3 2012 5 5 77 87 0 0 3 3 2013 1 5 96 102 0 1 1 2 Total 13 13 324 350 0 1 7 8 Fonte: RMS – Bailundo

O programa de VIH/SIDA tem sido implementado neste município sob orientação do INLS (Instituto Nacional de Luta contra a SIDA), desde 2006, com oferta de serviços de Aconselhamento e Testagem, Prevenção da Transmissão Vertical e consultas de seguimento e de tratamento anti-retroviral para pessoas vivendo com o VIH. A magnitude da epidemia levou a RMS a expandir a rede com 29 unidades sanitárias a prestarem actualmente estes serviços. No entanto, no município existe apenas 1 CATV e 8 unidades com serviço de ATV.

Em 2013, apenas 1 unidade sanitária oferece serviços de PTV (Corte Vertical), dentro das 25 unidades que atendem partos, perfazendo uma cobertura de serviço de apenas 4%. A situação parece não ter mudado em 2014, havendo necessidade de uma maior expansão deste serviço.

Actualmente o programa funciona com um supervisor municipal (Ponto Focal) e 11 técnicos de enfermagem formados pelo INLS. A qualidade de serviço prestado é considerada satisfatória tendo em conta os níveis alto de adesão e o facto de que o referido centro presta assistência a pacientes provenientes de outros pontos do país.

Os principais constrangimentos têm a ver com: abastecimento irregular dos ARVs, Kit de partos, rotura de CD4 e abandono dos doentes durante o tratamento; Falta de serviços de CATV, ATV e PTV nas restantes unidades sanitárias; Insuficiência de Recursos Humanos qualificados. Algum os indicadores de prestação dos serviços do Programa de VIH/SIDA são descritos na Tabela 33.

Tabela 33 Indicadores de serviço em relação ao VIH, 2009-2013 Indicadores 2009 2010 2011 2012 2013 # de utentes Aconselhados e testados 4.148 6.357 12.659 10.070 6.221 # de grávidas VIH+ no programa de PTV 15 18 33 37 38 # de pessoas VIH+ em tratamento 31 48 94 129 82 # de casos internados 0 0 3 12 0 Fonte: RMS – Bailundo

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ilundo- Huambo Infecções transmissíveis sexualmente (ITS)

As ITS constituem a quarta causa de morbilidade no município. No período analisado foram diagnosticados um total de 7.753 casos (Tabela 34), no entanto não foram registados óbitos por causa de este tipo de doença. A faixa etária mais afectada são as pessoas de mais de 15 anos (89%).

Tabela 34 Número de casos e óbitos por ITS. Período 2009 – 2013 Casos Óbitos Anos Total Total <5 anos 5-14 anos >15 anos >5 anos 5-14 anos >15 anos 2009 6 20 815 841 0 0 0 0 2010 56 116 708 880 0 0 0 0 2011 5 228 1.401 1.634 0 0 0 0 2012 9 176 1.866 2.051 0 0 0 0 2013 43 175 2.129 2.347 0 0 0 0 Total 119 715 6.919 7.753 0 0 0 0 Fonte: RMS – Mungo,2013

Na Figura 7 descrevem o número de casos das ITS diagnosticados além da tendência observada durante no período de análise, que para o ano 2013 triplicou se o número de casos em comparação com o ano de 2009. Obviamente, esta deve ser uma preocupação para as autoridades de saúde do município.

Figura 7 Comportamento das ITS, Período 2009 - 2013

1.4.7 Tripanossomíase

Por não existir tripanossomíase na região, não tem havido qualquer programa de luta contra esta doença.

1.4.8 Cólera

Não tem havido casos de cólera nos últimos cinco anos no Município de Bailundo. Entretanto a RMS tem estado a fazer trabalho preventivo junto das comunidades com casos suspeitas.

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1.4.9 Lepra

Durante o período analisado, foram diagnosticados um total de 67 casos (Tabela 35). A faixa etária mais afectada são as pessoas maiores de 15 anos (93%).

Tabela 35 Número de Casos e óbitos por VIH/ SIDA. Período 2009 – 2013 Casos Óbitos Anos Total Total <5 anos 5-14 anos >15 anos >5 anos 5-14 anos >15 anos 2009 0 0 14 14 0 0 0 0 2010 3 0 6 9 0 0 0 0 2011 0 0 11 11 0 0 0 0 2012 0 0 12 12 0 0 0 0 2013 1 1 19 21 0 0 0 0 Total 4 1 62 67 0 0 0 0 Fonte: RMS – Bailundo

O programa da lepra funciona com um supervisor municipal, responsável pela gestão e supervisão das actividades dos técnicos na US para o controlo de casos suspeitos e diagnosticados. A busca activa, conta com o apoio de agentes comunitários e unidades sanitárias. As actividades são regulares, a equipe de técnicos comunais e o supervisor municipal continuam a trabalhar na busca activa de novos casos.

Os principais constrangimentos têm a ver com: abastecimento irregular de medicamentos; vias de comunicação difícil impedindo visitas regulares nos domicílios dos pacientes.

1.4.10 Doenças negligenciadas

Em relação as doenças negligenciadas há predominância de Schistosomíase com registos de casos desde 2009 (Tabela 36). Há necessidade se realizar busca activa de doentes com estas patologias incluindo sobretudo a Filaríase, Geohelmenthiases e Oncocercose.

Tabela 36 Casos e óbitos por Schistosomíase. Período 2009 – 2013 Indicadores 2009 2010 2011 2012 2013 Número de casos 9 0 5 6 8 Número de óbitos 0 0 0 0 0 Fonte: RMS – Bailundo

A RMS do Huambo conta com um Supervisor de Epidemiologia que é o responsável pela gestão e supervisão das actividades relacionadas com as doenças negligenciadas. A principal dificuldade reside no diagnóstico tardio dos casos relacionados com estas doenças, o que impede a realização de actividades de tratamento oportuno.

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ilundo- Huambo 1.4.11 Saúde materna e infantil

A saúde materna e infantil constitui uma das grandes prioridades do país para a melhoria dos serviços de saúde. No entanto o Município do Bailundo enfrenta uma série de dificuldades, mas antes os resultados observados nos serviços de saúde reprodutiva e planeamento familiar descrevem-se em baixo.

Saúde Reprodutiva

A Tabela 37 mostra os serviços referentes ao Programa de Saúde Reprodutiva, observando-se um comportamento estável e em incremento dos indicadores como: grávidas que assistem a primeira consulta e retorno, vacinação contra o tétano, profilaxia da Malária, grávidas testadas de VIH.

Tabela 37 Indicadores dos serviços Materno Infantil Indicador dos Serviços 2009 2010 2011 2012 2013 # de grávidas que assistiram a 1ª CPN 16.052 12.774 11.452 14.582 14.105 # CPN/ consulta de retorno 19.090 17.302 20.766 23.878 26.368 # de grávidas que receberam 2ª dose de Tétano 6.308 5.081 5.631 5.352 8.122 # de grávidas que receberam Vitamina A 1.284 2.241 1.309 1.086 3.483 # de grávidas que receberam 2ª dose de TIP 5.620 2.948 5.25 6.574 6.491 # de grávidas que receberam AT de VIH 2.825 3.843 5.103 8.484 5.086 # de grávidas VIH+ que fazem profilaxia 12 20 28 37 38 # de partos institucionais 2.659 2.839 2.559 2.520 3.124 # Nados vivos 2.557 2.746 2.454 2.421 3.005 # de partos assistidos por parteiras tradicionais 7.072 1.845 4.515 5.162 4.573 # de grávidas transferidas por complicações 368 375 375 375 375 # de parteiras treinadas 10.861 9.676 11.896 13.766 9.753 # de palestras realizadas nas US 9.002 4.273 3.903 2.097 10.617 # de palestras realizadas nas comunidades 9.134 8.654 10.646 272 455 # de grávidas que receberam mosquiteiros 16.052 12.774 11.452 14.582 14.105 Fonte: Secção de Saúde Sexual e Reprodutiva, Repartição Municipal de Saúde do Bailundo, 2013

A RMS conta com uma Supervisora Municipal que responde pelo Programa de Saúde Sexual Reprodutiva e Parteiras Tradicionais. As consultas Pré Natal estão implantadas em 27 US e o Planeamento Familiar em 11 US. Muitas destas actividades são desenvolvidas nas US por técnicos e auxiliares de enfermagem sem qualquer formação específica. Periodicamente e com ajuda das ONGs o programa realiza a capacitação dos técnicos. Existem actualmente 29 unidades sanitárias no total a nível do território do Município, das quais 27 oferecem serviços de atenção pré-natal.

O município conta com um número significativo de parteiras tradicionais (375) que operam nas diferentes comunas e aldeias. Não obstante o trabalho feito pelas parteiras tradicionais assim os demais agentes sanitários da atenção primária de saúde do município, em benefício sobretudo das comunidades que vivem longe dos Centros e Postos de Saúde, as autoridades sanitárias tem-se esforçado com estratégias no sentido de se incentivarem os partos institucionais.

Segundo relatórios da RMS apontam uma cobertura de partos institucionais de 28% em 2013, decorrentes do atendimento de 4.060 partos nas 25 unidades sanitárias do Município. Em 2014, o

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ilundo- Huambo número de partos atendidos baixou para 3.765 partos, equivalentes a 26% do total dos partos esperados no seio das 14.503 grávidas. Existe assim a necessidade de se melhorar os níveis de sensibilização das mulheres grávidas em particular, no sentido de maior utilização das salas de partos locais, face aos riscos de complicações maternas e atrasos de atendimento muitas vezes conducentes a mortalidade materna.

Os Dados da RMS apontam um total de 9 crianças (1,2%) nascidos, em 2013, com baixo peso ao nascer (menos de 2.500 g), contra 184 nascidos na mesma condição, equivalentes a 5,6% do total dos 3.282 recém-nascidos em 2014.

Os principais constrangimentos têm a ver com: Baixa incidência de acesso a consultas Pré Natais; baixa cobertura de atenção pós-parto (em 2013 um 26% dos 14.503 partos estimados e 36% em 2014); Infra- estruturais inadequadas para o atendimento condigno nas consultas de CPN, Atendimento de Partos e Pós Parto; Insuficiente número de técnicos especializados para o atendimento às grávidas; Abastecimento irregular de instrumentos de gestão (cartões de grávida, modelos de estatística, cartões de PF, entre outros); Deficiente informação á mulher grávida sobre as consultas de seguimento pré e pós-parto.

Morbi - Mortalidade materna

No que concerne as causas de morbilidade materna, a Tabela 38 ilustra as principais causas de Morbilidade Materna durante o período 2009 – 2013. Observa-se que de um total das 310 doentes a maioria foram por causas directas.

Tabela 38 Causas de morbilidade materna 2009- 2013 Causas 2009 2010 2011 2012 2013 Total Directas Eclampsia/pré Eclampsia 0 0 0 1 16 17 Infecção Puerperal 0 0 0 0 3 3 Rotura uterina 3 0 0 0 6 9 Gravidez Ectópica 0 0 0 1 6 7 Tratamento Pós Aborto 0 0 0 18 116 134 Outra causa 2 2 1 20 112 137 Total 5 2 1 40 259 307 Indirectas Malária 0 0 0 0 1 1 Tuberculose 0 0 0 0 0 0 Hepatite 0 0 0 0 0 0 VIH e SIDA 0 0 0 0 2 2 Outra causa 0 0 0 0 0 0 Total 0 0 0 0 3 3 Fonte: Secção de Saúde Reprodutiva, Repartição Municipal do Bailundo

Observa-se que o maior número de doenças ocorre por causas directas predominando causas directas a pós-aborto (44%) e a Eclâmpsia com 6% casos (Figura 8).

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Figura 8 Causas de morbilidade maternas. Período 2009 - 2013

No que concerne as causas de mortalidade materna a Tabela 39 descreve cuais foram as causas principais registadas durante o período analisado.

Tabela 39 Causas de mortalidade materna 2009- 2013 Causas Número de óbitos Directas Hemorragias 6 Ruptura uterina 0 Eclâmpsia 1 Sepsias 0 Outros 2 Total 9 Directas Malária 1 Anemia 0 Total 1 Fonte: Secção de Saúde Reprodutiva, Repartição Municipal do Bailundo

Planeamento Familiar

No que concerne aos Serviços de Planeamento Familiar a Tabela 38 mostra a evolução de indicadores dos serviços de planeamento familiar:

Tabela 40 Serviços de Planeamento Familiar. Período 2009-2013 Indicador dos Serviços 2009 2010 2011 2012 2013 # de mulheres que fizeram consultas de PF pela primeira vez 184 190 196 482 379 # de consultas por pilulas, preservativo (novos) 141 122 153 276 279 # de consultas por Depo-provera (novos) 47 69 62 101 157 # de consultas por DIU (novos) 0 0 0 0 5 # de consultas por Jadelle 0 0 0 105 57 Fonte: Repartição Municipal de Saúde do Bailundo, 2013

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ilundo- Huambo A luz dos resultados da Tabela 38, no ano 2013 foram atendidas na Consulta de Planeamento Familiar de primeira vez um total de 379 mulheres, o que perfaz apenas 0,6% do total das mulheres em idade fértil no Município (estimado em 60.911). Em 2014, e segundo dados da RMS, a percentagem subiu para 2,4%, considerando o total das 1.488 mulheres atendidas nesse ano.

Os principais constrangimentos têm a ver com: Baixa cobertura de Planeamento Familiar; desconhecimento da importância do Planeamento Familiar; Infra-estruturais inadequadas para o atendimento condigno nas consultas Planeamento Familiar.

1.4.12 Doenças crónicas não transmissíveis

No que diz respeito às doenças crónicas não transmissíveis, não existem registos de quaisquer casos a nível da Repartição Municipal de Saúde, e apesar de se observar um rápido crescimento do número de casos não controlados de hipertensão arterial e diabetes, supostamente motivados pela ingestão abusiva de alimentos e drogas não saudáveis, em particular o tabaco, álcool e outros produtos nocivos a saúde.

No que concerne ao cancro, lamenta-se o desconhecimento dos principais factores de risco e das medidas preventivas fins, pelo que urge intensificar as actividades de promoção de saúde e de detecção precoce, tais como ocorrido com a Hipertensão e a diabete, baixo as orientações do Ministério da Saúde.

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ilundo- Huambo 1.5 Serviços de Saúde e Sistema de Gestão

1.5.1 Infra-estruturas

A Rede Sanitária do Município do Bailundo é composta por um total de 29 Unidades Sanitárias, distribuídas nas 5 Comunas: um Hospital Municipal, um Hospital Sanatório, um Centro Materno Infantil, 4 Centros de Saúde e 22 Postos de Saúde. O Mapa a seguir na Figura 9 apresenta a Rede Sanitária do Município do Bailundo.

Figura 9 Mapa de Rede Sanitária do Município de Bailundo

Na Tabela 41 descreve as 29 unidades sanitárias da Rede Sanitária do Município do Bailundo que fornece uma ideia da acessibilidade geográfica, através da distância estimada entre as várias unidades de saúde e o Hospital Municipal como principal unidade sanitária de referência. Esta Tabela descreve as US em concordância com as seguintes variáveis: (i) Tipo de infra-estrutura (hospital, CS, PS); (ii) Localização (Comuna/Bairro); (iii) Proprietário (pública ou privada); (iv) Distância em kilómetros em relação a Sede e/ou unidade sanitária de referência; (v) Meios de transporte (ambulância, motorizada, viatura); e (vi) Estado das infra-estruturas (bom, regular, mau).

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ilundo- Huambo Tabela 41 Unidades Sanitárias existentes no município Indicar a US Distância Localização Tipo de unidade de referência (km) do Meios de transporte Estado (Comuna ou Proprietário Sanitária distância em município Bairro) Km Sede Am Ca Mo Bi B R M Hospital Municipal Sede Publica 75 km 75 km 2 4 1 Hospital de Chilume Sede Pública 75 km 75 km 1 0 0 0 1 Centro materno Sede Pública 75 km 75 km 1 2 0 0 1 Infantil PS de Catuta Sede Pública 17 Km 17 km 0 0 1 0 1 PS de Candandi Sede Pública 25 km 25 km 0 0 1 0 1 PS de Chingolo Sede Pública 7 km 7 km 0 0 0 0 1 PS da V, Chica Sede Pública 5 km 5 km 0 0 0 0 1 PS da Jamba Sede Pública 17 km 0 0 1 0 1 PS de Monte Belo Sede Pública 33 km 33 km 0 0 0 0 1 PS M. Hanga Sede Pública 9 km 0 0 0 0 1 CS do Bimbe Bimbe Pública 65 km 65 km 1 0 0 0 1 PS de Utende Hengue Pública 44 km 44 km 0 0 1 0 1 PS de Nganda Bimbe Pública 47 km 47 km 0 0 1 0 1 CS da Hengue Hengue Pública 85 km 85 km 1 0 0 0 1 PS de Chituno Hengue Pública 7 km 85 km 0 0 0 0 1 PS de Ngumba Hengue Pública 28 km 85 km 0 0 0 0 1 PS de Capali Hengue Pública 28 km 85 km 0 0 0 0 1 CS de Luvemba Luvemba Pública 43 km 43 km 1 0 0 0 1 PS de Chiteta Luvemba Pública 25 km 25 km 0 0 0 0 1 PS de Chinhala Luvemba Pública 22 km 43 km 0 0 1 0 1 PS de Calombeu Hengue Pública 23 km 43 km 0 0 1 0 1 PS do Janju Luvemba Pública 18 km 43 km 0 0 0 0 1 PS M. Janju Luvemba Pública 18 km 43 km 1 0 0 0 1 CS do Lunge Lunge Pública 34 km 34 km 1 0 0 0 1 PS do Ulundo Lunge Pública 25 km 25 km 0 0 0 0 1 PS de Cassenje Lunge Pública 69 km 34 km 0 0 1 0 1 PS de Chilombe Lunge Pública 56 km 34 km 0 0 1 0 1 PS de Golongo Lunge Pública 25 km 34 km 0 0 0 0 1 PS de Chilemba Lunge Pública 45 km 34 km 0 0 0 0 1 Fonte: Repartição Municipal de Saúde, Bailundo,2013.

O estado funcional das US que compõem a Rede Sanitária do Município é descrito na Figura 10.

Figura 10 Estado das infra-estruturas da rede sanitária

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ilundo- Huambo Por outro lado, o 86% das US se encontram a mais de 10 Km da unidade de referência, e apenas 8 unidades tem ambulância o que periga uma boa referência dos casos de urgência ou complicações. O sistema de referência e contra referência funciona irregularmente da forma seguinte: os pacientes com complicações são transferidos dos Postos de Saúde para o Centro (CMI, Bimbe, Hengue, Luvemba, Lunge). Subsequentemente dos Centros de Saúde para o Hospital Municipal de Bailundo e deste para uma unidade de maior resolução no Hospital Central do Huambo. Existe um documento para a transferência dos doentes que não está ser usado correctamente ou não se usa, o que faz com que a referencia e contar referencia não esteja a ser feitas de forma correcta, além disso, os profissionais encontram dificuldades ligadas a qualificação profissional para atender os motivos de transferências e falta de medicamentos ou reagentes para o bom funcionamento das US. Fora dos movimentos de auto-referencia, os pacientes são transferidos de uma unidade para outra sem qualquer seguimento em pós alta.

1.5.2 Recursos humanos

A RMS do Município do Bailundo tem uma força de trabalho de 476 técnicos de saúde que a Tabela 42 apresenta a distribuição detalhada da distribuição dos recursos humanos por categoria profissional das 29 unidades sanitárias da Rede Sanitária do Município.

Tabela 42 Recursos Humanos por categoria e por Unidade Sanitária Médico Enfermeiro Farmacêutico Laboratório Radiologia Fisioterapia Unidade Sanitária Total CG C GO B M S B M S B M S B M S B M S Direcção 104 49 2 1 3 1 1 161 Municipal Hospital Municipal HospitalChilume 2 0 0 0 70 64 2 2 2 3 10 2 157 Centro M. Infantil PS de Catuta 7 1 8 PS de Candandi 5 2 7 PS de Chingolo 6 2 8 PS da V, Chica 8 2 10 PS da Jamba 4 1 5 PS de Monte Belo 5 1 6 PS M. Hanga 5 2 7 CS do Bimbe 7 2 9 PS de Utende 3 3 PS de Nganda 1 1 CS da Hengue 12 1 13 PS de Chituno 5 1 6 PS de Ngumba 3 3 PS de Capali 2 2 CS de Luvemba 12 5 17 PS de Chiteta 5 2 7 PS de Chinhala 4 1 5 PS de Calombeu 3 3 PS do Janju 2 2 PS M. Janju 2 2 CS do Lunge 8 5 13 PS do Ulundo 4 4 8 PS de Cassenje 4 1 5 PS de Chilombe 3 3

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ilundo- Huambo Médico Enfermeiro Farmacêutico Laboratório Radiologia Fisioterapia Unidade Sanitária Total CG C GO B M S B M S B M S B M S B M S PS de Golongo 2 2 PS de Chilemba 3 3 Total 2 0 0 229 152 66 2 3 2 6 11 0 3 0 0 0 0 0 476 Fonte: Repartição Municipal de Saúde do Bailundo, 2013

Observa-se que existe uma carência de RH nas áreas de médicos especialistas, licenciados em enfermagem, técnicos de farmácia, radiologia e fisioterapia bem como parteiras especializadas. Este défice de recursos humanos reduz a eficácia das unidades sanitárias, bem como as intervenções de prevenção, reduzindo a qualidade do serviço a ser prestado às comunidades.

Por outro lado, existem 375 Parteiras Tradicionais das quais 118 na Sede, 52 no Bimbe, 90 no Hengue, 80 no Luvemba e 35 no Lunge.

Além do insuficiente número de técnicos capacitados, o funcionamento das unidades sanitárias revela- se bastante irregular, a distribuição da rede sanitária não é equitativa em função da densidade populacional das várias áreas. Existem ainda comunidades que percorrem distancias de 10 a 40 Km antes de chegar a uma estrutura de saúde.

1.5.3 Gestão e Distribuição dos Medicamentos

A fonte principal de abastecimento de medicamentos ao Município é a nacional através dos mecanismos do Programa Nacional de Medicamentos Essenciais e CECOMA. Porém, a RMS compra alguns medicamentos e dispositivos médicos através de alguns fornecedores credenciados pelo MINSA, com o orçamento disponibilizado no âmbito dos Cuidados Primário de Saúde.

A RMS debate-se ainda com algumas dificuldades por não possuir um armazém adequado para o armazenamento, aprovisionamento dos medicamentos, reagentes e dispositivos médicos às US da Rede Sanitária do Município. A situação de aprovisionamento dos principais medicamentos e dispositivos médicos para os CPSD no município está espelhada na Tabela 43 a seguir.

Tabela 43 Medicamentos, vacinas e materiais recebidos no município Frequente Periodicidade de Fonte de ruptura de abastecimento Abastecimento stock

Tipo de Kit, vacinas,

Quantidade recebida mosquiteiros e materiais Não Nível Stock Anual Sim** Outros Mensal Provincial Semestral Trimestral

Kit de posto 22 X X X Kit de centro 69 X X X Kit complementar 9 X X X Kit obstétrico 0 Kit de Planeamento Familiar 1 Kit de parto limpo 30 Outros 0 BCG 13.980 Pólio 48.060

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Frequente Periodicidade de Fonte de ruptura de abastecimento Abastecimento stock

Tipo de Kit, vacinas,

Quantidade recebida mosquiteiros e materiais Não Nível Stock Anual Sim** Outros Mensal Provincial Semestral Trimestral

Pentavalente 225.240 Sarampo 30.050 Febre-amarela 21.680 Tétano 7.225 X Cápsulas Vitamina A 200.000 ui 29.880 Mosquiteiros tratados 15.000 Seringas Auto bloqueantes 0,5 ml 84890 X Seringas BCG 0,05 ml 94.836 Seringas diluição 5ml+ agulhas 19 g 19.880 Seringas diluição 2ml + agulhas 19 g 3.890 Tesouras 1.700 X Algodão rolos 500 mg 286 Caixas seguras de destruição 302 Cartões de saúde infantil 1.509 Mosquiteiros tratados 14.980 Outros 0 X Fonte: Deposito Municipal de medicamentos da Repartição

Os medicamentos e dispositivos médicos são obtidos através do programa de medicamentos essenciais e cuidados primários de saúde. A RMS conta com um responsável do depósito de medicamentos municipal, garante que todas as unidades sanitárias recebam medicamentos e dispositivos médicos adequados e confiáveis. Em geral, a gestão municipal de medicamentos é boa, e não existe problema algum relativo a recepção de medicamentos a nível municipal, não se registam roturas dos modelos de gestão de medicamentos e a periodicidade de abastecimento é mensal. As quantidades recebidas dependem do volume de atendimento de cada unidade sanitária.

Por outro lado, Também não existe problema com a cadeia de frio das vacinas (Tabela 44). Cada unidade sanitária tem uma mini-arca para a conservação de vacinas e o stock necessário e não existe rotura de stock. Não existe problema de armazenamento de vacinas, porem há a necessidade de se melhorar os espaços de armazenamento.

Tabela 44 Cadeia de frio no Bailundo Nível Municipal Unidades Sanitárias Caixas Nº de mini- Caixas Situação No de Mini arcas Nº de Arcas Isotérmicas arcas Isotérmicas

EK EG EKG EK EG EKG ------

EK - RCW50 RCW50 RCW42 Outras (especificar) TCW1151 TCW1152 TFW800 SB302 MK804 TFW791 PF230 L) 5 a (1,5 Pequenas Litros 20 RCW50 RCW50 RCW42 Outras (especificar) TCW1151 TCW1152

Em 24 0 1 9 0 0 0 0 0 0 0 87 16 21 0 0 0 0 0 Funcionamento Não Funcional Avariada Necessidade 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 80 70 3 0 0 0 0 0 Fonte: Secção de Saúde Publica e controle de endemias, Repartição Municipal da Saúde, 2013

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 1.5.4 Medicina Tradicional

A medicina tradicional exercida por mais de 78 praticantes em todas as comunas do Bailundo. A luz da Tabela 45, conta com uma aderência de aproximadamente 51.994 habitantes, corolário aos hábitos herdados dos seus antepassados, que além da falta de sensibilização e ignorância dos cuidados de saúde moderna, sofriam da forte retracção da rede sanitária e débil acessibilidade sanitária que até lá contribuía para a alta mortalidade geral verificada sobretudo nas áreas rurais.

Competira a RMS junto da Inspecção de Saúde e o Sector da Cultura, envidar esforços no sentido da localização e o controlo dos terapeutas tradicionais locais, para troca de informação, reuniões permanente e melhorias no manuseamento dos pacientes.

Tabela 45 Terapeutas Tradicionais no Município de Bailundo Nº Localização Masculino Feminino Total 1 Comuna Sede – Bailundo 25 7 32 2 Comuna Bimbe 7 4 11 3 Comuna Hengue 10 8 18 4 Comuna Luvemba 3 3 6 5 Comuna Lunge 8 3 11 Total 53 25 78 Fonte: Repartições Municipais da Cultura e da Saúde, 2013

1.5.5 Sistema de informação

O fluxo da recolha de informação do Sistema de Informação Sanitária (SIS) a nível do Município se processa da forma seguinte:

Inicialmente, os dados são recolhidos pelos técnicos nas US periféricas e no Centro de Referência por um técnico de estatística para o seu envio à RMS que por sua vez os compilam e enviam para a Administração Municipal e a Direcção Provincial de Saúde (DPS). Os dados recolhidos, nesta periodicidade, são referentes às todas actividades assistenciais e preventivas desenvolvidas em toda a rede sanitária. Os mesmos são recolhidos manualmente e lançados em modelos ou mapas para elaboração dos relatórios mensais cujas periodicidades de tratamento, análise e consolidação são mensais.

A sua recolha permite uma análise do funcionamento das actividades desenvolvidas a nível das US e equipas avançadas e móveis, sendo esses últimos analisados de uma forma fragmentados por programas específicos, carecendo assim de uma integração estatística.

A responsabilidade pela gestão do Sistema de Informação Sanitária (SIS) é da RMS. Porém, devido a falta de pessoal competente na área, o sistema vive problemas de pontualidade, fragmentação, qualidade e consequentemente de veracidade. A Figura 10 a seguir apresenta o fluxo de informação no quadro do SIS do município.

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Bailundo, Huambo

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Figura 11 Fluxograma do Sistema de Informação

O principal constrangimento é que o actual sistema de informação da RMS não está uniformizado e produz dados fragmentados e não coerentes que não fornecem à Direcção Municipal informações suficientes para o exercício de gestão do sistema de saúde, além de não contribuir para a planificação das acções de saúde, nem para o aperfeiçoamento do sistema municipal de saúde.

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Bailundo, Huambo

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1.6 Principais Problemas e Prioridades

Os principais problemas resultantes da análise da situação de saúde do Município do Huambo, no quadro da elaboração do presente PMDS 2013-2017, são apresentados a seguir, organizados em três componentes temáticas nomeadamente: (i) Determinantes Sociais da Saúde; (ii) Perfil Sanitário e (iii) Serviços de Saúde e Sistema de Gestão. Em detalhe, os principais problemas de saúde no município são os seguintes:

Os principais problemas dos determinantes sociais relacionados com os serviços de saúde são: (i) A questão da precariedade dos serviços de abastecimento de água adequada para o consumo humano, (ii) carência no acesso à energia eléctrica, (iii) à falta de saneamento básico, (iv) existência de vias secundarias e terciarias ainda em más condições de acessibilidade que dificultam o acesso aos serviços de saúde e limitam a prestação de Serviços de Saúde.

Segundo a análise do perfil sanitário, as principais doenças que causam maior morbimortalidade no Município do Huambo são as (i) doenças respiratórias agudas, (ii) malária, (iii) doenças diarreicas agudas e (iv) as infecções de transmissão sexual (ITS). Em Tabela 24 e Figura 3 pode se observar o número de casos e a tendência das mesmas.

De conformidade com os dados (mais de 146 casos) e tendência, as doenças respiratórias agudas (DRA) crescem de forma significativa (Figura 3) até mais seis vezes dos diagnósticos obtido em 2009, e o mais preocupante é que a tendência é crescente. A malária é a segunda causa de morbilidade (mais de 103 mil casos) e primeira causa de mortalidade (243 óbitos). As doenças diarreicas agudas são a terceira doença no perfil sanitário municipal, e apresenta uma tendência de crescimento muito importante do número de casos. As ITS e SIDA constituem outra causa de morbilidade no Município de Huambo e a tendência é muito preocupante dado que o número de casos de ITS triplicou se entre 2009 e 2013. Por outro lado, se têm suspeita de um aumento de casos de hipertensão e doenças cardiovasculares. Além disso, persistem problemas associados com a prestação de serviços de saúde como a baixa percentagem da administração da Vitamina A, défices de postos fixos de vacinação, insuficientes unidades como serviços para diagnóstico e tratamento de tuberculose.

Quanto aos principais problemas da gestão dos serviços de saúde no Município do Bailundo são: (i) Os recursos humanos são insuficientes para suprir as necessidades dos serviços de saúde; (ii) A manutenção de infra-estrutura da rede sanitária é deficientes, e oito US encontram se em mal estado: Jamba, Nganda, Ngumba, Capali, Calombeu, Janju, Chilombe e Chilemba; (iii) fraca capacidade de transporte para a evacuação de doentes; (iv) fraqueza no sistema de referência e contra referência; (v) insuficiência de incineradores nas unidades sanitárias; (vi) fraca capacidade técnica para o processamento de informação sanitária, assim como debilidades no cumprimento dos procedimentos e normas de recolha, tratamento, processamento e análise de dados sanitários.

O Anexo 2 resume os principais problemas identificados pelo Município do Huambo além das prioridades deste Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário 2013-2017.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 1.7 Enquadramento do PMDS

O presente PMDS do Bailundo, enquadra-se na prossecução das directrizes constantes do Despacho Presidencial no. 84/11 de 27 de Outubro, através do qual uma Comissão Multissectorial coordenada por Sua Excelência Senhor Ministro da Saúde foi incumbida de elaborar o PMDS para o período 2012- 2025. O PMDS do Município do Huambo Sede está desenhado para o período 2013-2017 e tem como base o Plano de Desenvolvimento até 2017, a Política Nacional de Saúde e a Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo Angola 2025”, em alinhamento com os objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

Os constrangimentos vividos anteriormente em Angola obrigaram o Executivo a prestar maior atenção em outras matérias, dadas as várias vicissitudes que se faziam sentir no passado. Com a paz que o país vive, o país foi ganhando outro rumo e permitiu preencher algumas lacunas no domínio da saúde.

A Comissão Nacional de Redução e Combate a Fome e a Pobreza contribuiu sobremaneira na alocação de verbas e promoção de várias actividades. Dentre os vários Programas disponibilizados pelo Executivo Nacional, destaca-se os cuidados da 1ª Infância que oferece pacotes de serviços prioritárias a promoção da esperança de vida.

Estes recursos foram também direccionados para a cobertura de acções a ligadas à saúde, incluindo a compra de viaturas e ambulâncias, visando atingir os objectivos definidos pelo Governo Provincial e Administração Municipal, assentes nas estratégias do Executivo Nacional, permitindo o desenvolvimento do país. Recorda-se que a cobertura da rede sanitária é constituída apenas por técnicos básicos, assim será difícil caminhar-se para o progresso.

Estratégia de Desenvolvimento até 2017

Ultrapassados os principais entraves do desenvolvimento humano, urge a necessidade de assegurar o crescimento harmonioso da população, de forma a povoar todo território do pais, para que a regressão da fecundidade seja rápida, cuidando-se assim da saúde materno infantil e não só, e o Município do Bailundo venha a constituir um futuro melhor, concedendo prioridade absoluta aos cuidados primários.

No domínio do combate a doenças, o Município optará pela prevenção, reforçando a informação e educação às famílias, efeitos que se conjugará com as campanhas de vacinação, assim a prestação dos cuidados de saúde continuara e serão integradas e continuados.

Por conseguinte, o comportamento das famílias e das comunidades no geral, em prol a vida comunitária e do bem-estar de todos, é imprescindível e exige que todos os bairros e aldeias se organizem participando em actividades socialmente úteis e concorram todos para uma vida saudável.

Assim a melhoria do meio ambiente, o acesso a água é outra meta a ser atingida contribuindo na redução das várias enfermidades.

Especial atenção será virada na captação de técnicos, para melhor cumprir-se com as orientações e estratégias da Política Nacional da Saúde.

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ilundo- Huambo Com a construção de mais infra estruturas e reabilitação de outras, será necessário a aquisição de meios ligados a cadeia de frio, painéis solares e a colocação de água nos Postos e Centros de Saúde para melhor prestação de serviços.

Promover o aumento do saneamento básico e a educação ambiental como práticas seguras da higiene.

Criar equipas móveis avançadas que possam prestar atenção as populações que vivem a mais de 10 ou 20 km da unidade sanitária mais próxima.

Incentivar a população ao uso de mosquiteiros tratados com insecticidas, cuidando principalmente das mulheres grávidas e de crianças, fazendo com que as mães cumpram com as consultas pré natais.

Que as mulheres grávidas tenham a oportunidade de fazer o teste VIH/SIDA e serem informadas sobre a prevenção de transmissão vertical caso seja seropositivas.

Que sejam cuidados e actualizados os dados estatísticos para melhor planificação.

A Tuberculose, Lepra e outras doenças contagiosas, devem merecer atenção da Repartição Municipal da Saúde, chamada a redobrar esforços no asseguramento da cobertura sanitária a nível do Município.

As Repartições da Educação, Serviços Técnicos, Agricultura e Desenvolvimento Rural, Comércio, Hotelaria e Turismo, Assuntos Sociais, Estudos e Planeamento, Policia Nacional e outros parceiros sociais, são chamados a colaborarem nesta matéria com vista a assegurar os indicadores traçados superiormente.

A Administração Municipal por intermédio do organismo vocacionado cumprirá com as orientações estratégicas definidas na Política Nacional de Saúde e no Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-2025 em conformidade com os mecanismos definidos pelo Executivo Nacional.

No cômputo geral as acções constam neste documento e abaixo estão discriminadas em Programas, Subprogramas e Projectos.

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2. Principais Programas e Projectos do PMDS 2013-2017

Os programas e projectos considerados pelo município, em conformidade com as prioridades seleccionadas são:

1. Programa de Prevenção e Luta contra as Doenças

Subprograma de doenças transmissíveis

Projecto 1: Prevenção e controlo das doenças imunopreveníveis com destaque para a erradicação da Poliomielite

Projecto 2: Prevenção, controlo e eliminação da Malária

Projecto 3: Prevenção e controlo das infecções sexualmente transmissíveis incluindo o VIH/SIDA

Projecto 4: Prevenção e controlo da Tuberculose

Projecto 6: Prevenção, controlo e eliminação das doenças negligenciadas

Projecto 7: Prevenção, controlo e eliminação da Lepra

Subprograma de Prevenção e Resposta às epidemias e emergências de Saúde Pública

Projecto 8: Prevenção e resposta às epidemias

Subprograma das doenças crónicas, não transmissíveis, traumatismos e violência

Projecto 9: Prevenção e tratamento de doença cardiovascular

Projecto 13: Prevenção e tratamento das doenças de nutrição

Projecto 15: Prevenção e tratamento das doenças buco-oral

Subprograma de atenção específica para grupos etários da população

Projecto 18: Prestação de cuidados de saúde para a sobrevivência materna, neonatal e infantil

Projecto 19: Desenvolvimento de cuidados de saúde promocionais, preventivo e rastreio às adolescentes

2. Programa de prestação de cuidados primários e assistência hospitalar Subprograma de promoção para a saúde de hábitos e estilos de vida saudáveis

Projecto 21: Promoção para a saúde e hábitos de estilos de vida saudáveis

Projecto 25: Informação, Educação e comunicação para a Saúde (IEC)

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ilundo- Huambo Projecto 26: Saúde Escolar

Subprograma da operacionalização da prestação de cuidados primários e serviços de saúde

Projecto 28: Municipalização da atenção primária

Projecto 33: Gestão de resíduos hospitalares dos serviços de saúde

Projecto 34: Medicina Tradicional

Subprograma de segurança transfusional

Projecto 35: Revitalização do Serviço Nacional de Sangue

Subprograma de gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios

Projecto 36: Gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios

3. Programa de Planeamento, gestão e desenvolvimento de recursos humanos

Subprograma de planeamento de recursos humanos

Projecto 38: Planeamento e fixação de recursos humanos em saúde

Subprograma de desenvolvimento de recursos humanos

Projecto 44: Formação permanente

4. Programa de gestão e ampliação da rede sanitária

Subprograma de gestão e ampliação da rede sanitária

Projecto 47: Gestão e ampliação de infra-estruturas sanitárias

5. Programa de gestão, aprovisionamento e logística, desenvolvimento do sector farmacêutico e dos dispositivos médicos

Subprograma de gestão, aprovisionamento e logística

Projecto 48: Gestão e desenvolvimento do aprovisionamento e logística

6. Programa de gestão e desenvolvimento do sistema de informação e gestão sanitária

Subprograma de gestão e desenvolvimento do sistema de informação sanitária

Projecto 51: Sistema de Informação e Gestão Sanitária para o apoio à tomada de decisões estratégicas, e ao planeamento

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ilundo- Huambo Projecto 52: Melhoria da vigilância integrada das doenças e preparação das respostas a eventuais surtos e epidemias

7. Programa de desenvolvimento do quadro institucional

Subprograma da inspecção-geral da saúde

Projecto 54: Inspecção-geral da saúde

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ilundo- Huambo Programa I: Prevenção e Luta Contra as Doenças Prioritárias

Subprograma de doenças transmissíveis

Projecto 1: Prevenção e controlo das doenças imunopreveníveis com destaque param a erradicação da Poliomielite.

Projecto 2: Prevenção, controlo e eliminação da Malária.

Projecto 3: Prevenção e controlo do VIH/SIDA e da Sífilis.

Projecto 4: Prevenção e controlo da Tuberculose.

Projecto 6: Prevenção, controlo e eliminação das doenças negligenciadas.

Projecto 7: Prevenção, controlo e eliminação da Lepra.

Subprograma prevenção e resposta às epidemias e emergências de saúde pública

Projecto 8: Prevenção e resposta às epidemias.

Subprograma de doenças crónicas, não transmissíveis, traumatismos e violência

Projecto 9: Prevenção e tratamento das doenças crónicas e não transmissíveis.

Projecto 13: Prevenção e tratamento das doenças de nutrição.

Projecto 15: Prevenção e tratamento das doenças buco-oral

Subprograma de atenção específica para grupos etários da população

Projecto 18: Prestação de cuidados de saúde para a sobrevivência materna, infantil e infanto-juvenil.

Projecto 19: Desenvolvimento de cuidados de saúde promocionais, preventivos e de rastreio a adolescentes.

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Subprograma de doenças transmissíveis

Projecto 1: Prevenção e controlo das doenças imunopreveníveis com destaque para a erradicação da Poliomielite

Metas

1. A partir de 2015, reforçar a vacinação contra a Pneumococos e Rotavírus; 2. Até finais de 2017, introduzir a vacina contra o Papiloma Vírus; 3. Até finais de 2017, manter o sistema de incineração do lixo de vacinação, em todas as 29 US do município; 4. Até 2017, manter os serviços de vacinação de rotina a todas as unidades da rede sanitária; 5. Até 2017, reduzir dos actuais 2,3 casos (2013) para 1,2 casos de Sarampo/250.000 habitantes; 6. Até 2017, manter a taxa de Tétano Neonatal abaixo <1 caso /1000 nascidos vivos; 7. Até 2017, atingir 95% de cobertura municipal de vacinação com todos os antigénios do calendário nacional de vacinação; 8. A partir de 2015 manter a cobertura de vacinação com Penta-3 superior ou igual a 95%.

Estratégias

1. Reforço da vacinação de rotina nos postos fixos dos serviços públicos, entidades religiosas, bem como a extensão da vacinação às comunidades que distam a mais de 10km de distância das unidades sanitárias, através de visitas regulares de equipas avançadas e móveis, para garantir a cobertura Municipal de 95%;

2. Manter as vacinas contra Pneumococo e Rotavírus no calendário de vacinação, permitindo acelerar a redução da mortalidade por diarreias, uma das principais causas de morte em crianças menores de 5 anos;

3. Inclusão da nova vacina contra o Papiloma Vírus no calendário de vacinação para a prevenção do câncer do colo do útero;

4. Asseguramento das campanhas massivas de vacinação de forma a contribuir para o controlo, eliminação ou erradicação de doenças alvo do Programa de Imunização tais como Poliomielite, Sarampo, Tétano e Meningite epidémica;

5. Reforço da vigilância activa de todas as doenças imunopreveníveis com destaque para a paralisia flácida aguda.

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Actividades

1. Realizar actividades de vacinação de rotina e suplementar;

2. Capacitar anualmente Gestores de Imunização;

3. Capacitar técnicos em logística, cadeia de frio e gestão de vacinas;

4. Capacitar os profissionais das unidades sanitárias no módulo básico de imunizações;

5. Capacitar técnicos em vigilância das doenças imunopreveníveis;

6. Reforçar a supervisão formativa nas US;

7. Monitorizar os indicadores de desempenho;

8. Organizar encontros de avaliação e de orientações técnicas;

9. Comprar equipamento de cadeia de frio e material de vacinação;

10. Reforçar a manutenção de equipamento para cadeia de frio e abastecimento regular de energia ou fontes alternativas, nomeadamente combustível e gás;

11. Realizar auditorias internas da qualidade dos dados;

12. Avaliar periodicamente o Programa de Imunização;

13. Fazer a vigilância epidemiológica de doenças preveníveis pela vacinação.

14. Realizar acções tendentes a obter os dados actuais referentes a todos os indicadores abaixo listados no presente projecto.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismo de execução: Administração Municipal coadjuvado pela RMS; 2. Parceiros Nacionais: Repartição Municipal da Educação (RME), ONGs, Entidades religiosas, MINFAMU, Organizações Femininas, AMOSMID 3. Parceiros internacionais: UNICEF, OMS, Visão Mundial, Cooperação Cubana.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Taxa de cobertura municipal de vacinação de rotina;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 2. Taxa de cobertura Penta-3 (> =90%);

3. Número de unidades sanitárias com cadeia de frio;

4. Número de Unidades Sanitários com incineradores;

5. Taxa de detecção de casos suspeitos de sarampo do município (>=2/1000);

6. Percentagem de amostras oportunas do município;

7. Taxa de detecção de PFA não Pólio do município em menores de 15 anos (>=2/100.000);

8. Percentagem de bairros com taxa Tétano neonatal <1/1000 nascidos vivos.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Encontros bimestrais de Coordenação dos parceiros, sob orientação do Chefe da Repartição Municipal de Saúde (CRMS) e participação das chefias das US e Pontos Focais; 2. Encontros trimestrais de sensibilização com a comunidade; 3. Encontro mensal da comissão técnica municipal de vacinação; 4. Supervisão por níveis de atenção; 5. Actas dos encontros realizados; 6. Relatórios de supervisão.

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Projecto 2: Prevenção, controlo e eliminação da Malária.

Metas

1. A partir de 2015, reforçar mecanismos de coordenação e gestão das acções de prevenção e controlo da malária;

2. Até 2017, tratar pelo menos 60% dos casos de malária simples diagnosticados, com Anti maláricos Combinados (ACTs) nas 24 horas seguintes ao início dos sintomas;

3. Até 2017, manter para 90% a confirmação dos casos suspeitos de malária, com o teste rápido ou microscopicamente;

4. Até 2017, aumentar de um para duas o número de equipas de luta antivectorial, para a pulverização residual intra-domiciliar e a luta anti-larval;

5. Até 2017, através da equipa de luta anti vectorial, cobrir 60% de casas, nos bairros de maior risco, com a pulverização residual intra-domiciliar e com produtos anti-larvares;

6. Até 2017, garantir uma cobertura de pelo menos 50% de mulheres grávidas e crianças menores de 5 anos com mosquiteiros tratados com insecticida (cobertura universal);

7. Até 2017, criar um Comité Municipal de Coordenação de Luta contra a malária;

8. Até 2017 aumentar de 72% (2014) para 90% a cobertura municipal de TIP2 (Sulfadoxina e Pirimetamina, 2ª dose) nas mulheres grávidas que atendem a CPN;

Estratégias

1. Descentralização operacional das acções para o controlo da malária, em concordância com a municipalização dos serviços de saúde;

2. Promoção da utilização, pela população em geral e pelas mulheres grávidas e crianças menores de 5 anos, em particular, de mosquiteiros impregnados com insecticida;

3. Promoção do Tratamento Intermitente e Preventivo da Malária (TIP) com Sulfadoxina- Pirimetamina para as mulheres grávidas elegíveis, na consulta Pré-Natal;

4. Diagnóstico precoce com testes rápidos e de laboratório a todos os casos suspeitos de malária;

5. Tratamento com Anti-maláricos Combinados (ACTs) de todos os casos simples de malária e tratamento adequado dos casos complicados;

6. Gratuidade aos meios de diagnóstico, aos mosquiteiros e ACTs nos serviços públicos de saúde.

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ilundo- Huambo 7. Luta antivectorial com o controlo integrado do vector e do parasita, através da distribuição de mosquiteiros tratados com insecticida, da pulverização residual intra-domiciliar e da luta anti larvar;

8. Acção de vigilância epidemiológica, monitoria e avaliação para a detecção e controlo de epidemias de malária nas áreas de risco epidémico;

9. Mobilização da comunidade e sua sensibilização no sentido da mudança de comportamento em relação à prevenção da malária;

10. Reforço das parcerias nacionais, regionais e internacionais, “Movimento fazer recuar a Malária” (RBM);

11. Reforço das parcerias para a pesquisa operacional e vigilância epidemiológica;

12. Abordagem multissectorial nas intervenções para o controlo da malária.

Actividades

1. Adquirir redes mosquiteiras, ACTs e testes rápidos de diagnóstico;

2. Distribuir rede mosquiteira para grávidas e crianças mediante disponibilidades a nível local;

3. Administrar, sob observação directa, Sulfadoxina e Pirimetamina (SP) a todas as mulheres grávidas que frequentam as consultas de pré-natal (três doses);

4. Capacitar/formar em cascata e continuamente os técnicos das unidades sanitárias do município sobre as normas de diagnóstico e tratamento da malária em vigor, com destaque para os grupos mais vulneráveis, as mulheres grávidas e as crianças;

5. Realizar actividades de promoção e mobilização social das comunidades, para que estas reconheçam os sinais e sintomas da malária e procurem os serviços para o tratamento adequado e atempado;

6. Aumentar para duas as equipas locais de luta antivectorial;

7. Aumentar os núcleos Comunais e as equipas locais de luta antivectorial;

8. Actualizar permanentemente informação entomológica, epidemiológica e o mapa das Comunas em risco epidémico de malária (mapeamento, estratificação, população em risco, factores de risco);

9. Expandir a formação e capacitação de pessoal para pulverização intra-domiciliar;

10. Realizar a pulverização intra-domiciliar nas zonas de risco epidémico nomeadamente Comuna Sede (Kandande, Katuta, Chimene, Chingongo); Bimbe (Utende); Hengue (Betania, Chitulo,e Egumba; Lunge (Cassenje, Galilea, Chipangue, Epandi, Evulo, e Zoa).

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ilundo- Huambo Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismo de execução: Administração Municipal coadjuvada pela DMS e Direcção Municipal de Serviços Técnicos; 2. Parceiros Nacionais: Repartição técnica/Ambiente, Repartição da Fiscalização (Energia e Águas e Saneamento), Comissão dos Moradores, Entidades religiosas, Terapeutas tradicionais, Autoridades tradicionais, Repartição Municipal da Educação; AMOSMID 1. Parceiros internacionais: Fundo Global, Visão Mundial, USAID, Mentor e Força Saúde

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Taxa de incidência da malária em crianças de menores de 5 anos;

2. Número de óbitos devido à malária em crianças menores de 5 anos;

3. Número de crianças menores de cinco anos e grávidas que receberam pelo menos um mosquiteiro tratado com insecticida, nas consultas de pré-natal e durante a vacinação;

4. Número de agregados com pelo menos um mosquiteiro tratado com insecticida;

5. Número de grávidas que receberam o TIP;

6. Número de técnicos capacitados no diagnóstico e tratamento de casos simples e complicados da malária;

7. Número de casos suspeitos de malária, confirmados laboratorialmente e com testes rápidos;

8. Número de casas pulverizadas intra-domiciliar (PID);

9. Número de casas pulverizadas intra-domiciliar (PID) nos bairros em risco;

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios mensais, trimestrais e anuais da RMS; 2. Relatórios das unidades sanitárias; 3. Boletins de Vigilância Epidemiológica; 4. Relatórios de supervisão; 5. Actas das reuniões de coordenação da RMS

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Projecto 3: Prevenção e controlo do VIH/SIDA e da Sífilis

Metas

1. Até 2017, contribuir para manter a prevalência do VIH, em grávidas em CPN, abaixo de 3%;

2. Até 2017, manter acima de 90% as mulheres seropositivas ao VIH que recebem TARV no programa de PTV e mantê-las em TARV; 3. Até 2017, reduzir em 85% a transmissão do VIH de mãe-para-filho; 4. Até 2017, aumentar de 13 US (2013) para 24, o número de unidade sanitárias com serviços de aconselhamento e testagem e PTV;

5. Até 2017, aumentar de 71% (2014) para 90%, a cobertura das mulheres seropositivas ao VIH que recebem TARV no programa de PTV (Corte Vertical);

6. Até 2017, contribuir no sentido da redução em 90% do número de novas infecções pelo VIH na infância;

7. Até 2017, aumentar o fornecimento do tratamento ARV de 49% (2014) para 90% das pessoas VIH positivas elegíveis (adultos e crianças);

8. Até 2017 aumentar em 50%, o diagnóstico precoce infantil com técnica PCR/DBS em crianças expostas (crianças nascidas de mãe seropositivas);

9. Até 2017, adquirir testes de diagnóstico precoce infantil com técnica PCR/DBS em crianças expostas (crianças nascidas de mãe seropositivas) nas dezoito Províncias;

10. Até 2017 manter em 90%, as mães que recebem terapia ou profilaxia anti-retroviral perinatal;

11. Até 2017, distribuir anualmente 50.000 de preservativos a pessoas com mais de 15 anos;

12. Até 2017 manter em 90% o fornecimento de tratamento anti-retroviral de pessoas com VIH positivas elegíveis.

Estratégias

1. Realização de Campanhas de Informação Educação e Comunicação (IEC) e Expansão das iniciativas de Aconselhamento e Testagem;

2. Fortalecimento intersectorial com medidas preventivas e Integração de iniciativa de resposta às ITS/VIH em todos os sectores (público, privado e sociedade civil);

3. Envolvimento e engajamento de mulheres, adolescentes e jovens em projectos de redução da vulnerabilidade, desenvolvimento de competência, para o retardamento do início da vida

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ilundo- Huambo sexual e desenvolvimento de negociação de sexo seguro, com amplo envolvimento da escola e comunidades;

4. Expansão do Programa de Prevenção de Transmissão Vertical (PTV) em todas as Unidades com CPN;

5. Garantia de disponibilidade e acessibilidade de preservativos masculino e feminino e promover a sua utilização;

6. Ampliação da disponibilidade dos serviços de referência e contra referência;

7. Reforço da intervenção das Pessoas Vivendo com VIH (PVVIH) na promoção de uma vida saudável, favorável à prevenção e redução de infecção entre casais sero-discordantes;

8. Ampliação da disponibilidade e utilização de serviços em unidades sanitárias com recursos e competências instaladas, para prestarem assistência e atenção integrada aos doentes no contexto das ITS/VIH/SIDA, outras infecções e doenças correlacionadas;

9. Expansão de serviços de TARV com Disponibilização de recursos humanos capacitados para um adequado diagnóstico, prescrição e acompanhamento dos doentes com VIH e SIDA;

10. Asseguramento do apoio e provisão de serviços essenciais às crianças órfãs e vulneráveis, em coordenação com outros sectores;

11. Reforço da capacidade dos indivíduos, famílias e comunidades para mitigar o impacto;

12. Asseguramento a divulgação e aplicação adequada das leis e dispositivos legais que protegem a PVVIH;

13. Fortalecimento do sistema de farmacovigilância como parte da estratégia integrada de promoção da aderência aos diferentes regimes de tratamento; 14. Garantia do Diagnóstico Precoce Infantil (DPI) em crianças expostas em todos os serviços de Prevenção da Transmissão Vertical do VIH.

15. Garantia da assistência da população mais vulnerável na comunidade, particularmente mulheres e crianças órfãs e vulneráveis;

16. Capacitação dos profissionais na área de AT, tratamento anti-retrovirais e cuidados;

17. Asseguramento da divulgação e aplicação adequada das leis e dos dispositivos legais que protegem as PVIH;

18. Promover educação, informação e comunicação para mudança de comportamento positiva para prevenção do VIH e ITS para adolescentes e jovens.

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ilundo- Huambo Actividades

1. Realizar campanhas de aconselhamento e testagem voluntária em VIH (ATVIH) nas comunidades, associadas aos feriados e outras efemérides;

2. Realizar formações para técnicos de saúde em boas práticas de AT VIH e nova abordagem de atenção a grávida, adultos, adolescente e criança;

3. Actualizar/Capacitar técnicos (médicos, enfermeiros) em AT/PTV/TARV, e em ITSs;

4. Capacitar activistas nas redes de PVVIH e outras da sociedade civil e igrejas para aumentar adesão ao tratamento e serviços de tratamento anti-retrovirais e cuidados;

5. Criar unidades de referência para o tratamento das ITS/ATVIH/PTV/TARV;

6. Expandir serviços de ATVIH/PT/TARV em todas as unidades sanitárias situadas nas Ombalas da Missão Janju, Janju Dungo, Chiteta, Chinhala, Esavi (Comuna de Luvemba); Utembe (Bimbe); Ganda e Eapali, Humba, Utembe, Kalombeu (Hengue);

7. Capacitar técnicos de laboratório no manejo de aparelho de CD4;

8. Instalar um aparelho de contagem de CD4 no hospital municipal;

9. Expandir e integrar os serviços de ATVIH em todos os serviços de cuidados primários de saúde.

10. Reforçar o sistema de informação do VIH/SIDA e controlo da qualidade dos dados; 11. Realizar um plano de acção de supervisão nos serviços de AT/PTV/SIDA em todo o município;

12. Apoiar a criação de novos serviços de atendimento integral as PVVIH;

13. Acompanhar as crianças expostas para garantir o acesso a profilaxia e diagnóstico definitivo;

14. Garantir a logística de testes rápido, ARVs e outros insumos;

15. Realizar palestras sobre a prevenção de VIH aos adolescentes e jovens nas escolas e fora de escolas;

16. Realizar reuniões de advocacia com líderes de igrejas, comunitária na prevenção do VIH;

17. Disponibilizar e distribuir preservativos masculinos e femininos;

18. Continuar com as equipes móveis em todas as comunas do Município;

19. Realizar campanhas ATVIH associadas aos feriados e outras efemérides;

20. Criar unidades de referência para o tratamento das ITS/ATVIH/PTV/TARV;

21. Capacitar Técnicos de laboratório sobre boas práticas laboratoriais, biossegurança e diagnóstico precoce infantil;

22. Expandir serviços de ATVIH/PT/TARV em todas as unidades sanitárias que atendem pessoas com Tuberculose;

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ilundo- Huambo 23. Mobilizar recursos e estabelecer mecanismos para a formação de PVVIH na comunidade para a oferta do apoio psicossocial e gestão de grupos de apoio mútuo;

24. Reforçar o sistema de informação do VIH/SIDA e controlo da qualidade dos dados;

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismo de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros Nacionais: Repartição Municipal da Educação, Conselho da Juventude, Repartição Municipal da Família e Promoção da Mulher, Repartição dos Assuntos Sociais, Terapeutas tradicionais, Entidades Religiosas, Autoridades tradicionais; Comando das FAA, Policia 3. Parceiros internacionais: ONUSIDA, UNICEF, OMS, USAID (ForçaSaúde).

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de novas infecções pelo VIH na infância;

2. Número de mulheres grávidas em terapia ou profilaxia anti-retroviral perinatal;

3. Número de preservativos masculinos e femininos distribuídos;

4. Percentagem de grávidas seropositivas que beneficiaram de profilaxia para reduzir o risco da transmissão vertical;

5. Percentagem de crianças expostas, infectadas pelo VIH;

6. Percentagem de crianças que nascem de mães infectadas pelo VIH e que são testadas durante os primeiros meses de vida (diagnostico precoce infantil);

7. Número de US com serviços de TARV de acordo com o protocolo nacional;

8. Percentagem de US com CPN (sala de parto) com serviços de PTV;

9. Número de profissionais de saúde treinados sobre as normas de biossegurança;

10. Número de pessoas VIH positiva em tratamento anti-retroviral;

11. Percentagem de casos estimados de co-infecção por VIH e Tuberculose (TB) que receberam tratamento combinado de TB e VIH nos últimos 12 meses;

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ilundo- Huambo 12. Número de profissionais de saúde treinados para o manuseamento de pacientes com VIH positivo, ITS, Infecções Oportunistas, TB entre outras;

13. Número de unidades de saúde que fazem aconselhamento e testagem.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios das actividades de sensibilização das ITS e VIH/SIDA;

2. Relatórios trimestrais e anuais de actividades;

3. Relatórios de visitas de supervisão aos serviços;

4. Relatórios de actividades dos estabelecimentos de saúde, sobre ITS e VIH/SIDA.

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ilundo- Huambo Projecto 4: Prevenção e controlo da Tuberculose

Metas

1. Até 2017, que 85% dos profissionais de saúde tenham beneficiado de uma formação/capacitação em tuberculose,

2. Até 2017, que todos os doentes com sintomas respiratórios (tosse com mais de três semanas) tenham realizado o rastreio;

3. Até 2017, 100% dos doentes resistentes aos medicamentos de 1ª linha, tenham acesso ao tratamento de 2ª linha;

4. Até 2017, que todas as unidades sanitárias, dotadas de laboratório, ofereçam os serviços DOT estratégico (diagnóstico laboratorial e tratamento);

5. Até 2017, implantar pelo menos no Hospital Municipal os serviços DOT (tratamento);

6. Até 2017, implantar em cada Comuna pelo menos 1 Serviço de DOT Comunitário;

7. Até 2017, elevar a taxa de detecção de 16% (2014) para mais de 50% dos casos de tosse + 21 dias;

8. Até 2017, alcançar uma taxa de abandono inferior a 5%;

9. Até 2017, alcançar uma taxa de letalidade inferior a 5%;

10. Até 2017, alcançar uma taxa de sucesso ao tratamento superior a 85%;

11. Até 2017, manter a taxa de cobertura de vacinação contra a BCG para acima dos 95%.

Estratégias

1. Prevenção da doença através da vacinação com BCG a todos os recém-nascidos;

2. Reforço do Sistema de Saúde para apoiar a expansão da cobertura e melhoria da qualidade da estratégia DOT;

3. Garantia de que todos os doentes diagnosticados com TB conheçam o seu estado serológico quanto ao VIH;

4. Intensificar as actividades de coordenação com o Instituto de Luta Contra o SIDA;

5. Estabelecimento de mecanismos para a prevenção e controle da Tuberculose multidroga resistente;

6. Intensificação das actividades de IEC às comunidades;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 7. Promoção da participação das famílias e comunidades nos cuidados aos doentes de TB,

incluindo o reforço alimentar para grupos vulneráveis, e redução do número de abandono;

8. Reforço do sistema de Monitorização e Avaliação;

Actividades

1. Vacinar regularmente com BCG os recém-nascidos e alcançar uma cobertura de 95%;

2. Expandir os serviços DOT às todas as Comunas do Município; 3. Manter os serviços de pesquisa de VIH/SIDA em todos os doentes com tuberculose; 4. Melhorar a gestão de equipamentos, reagentes, tuberculostáticos de 1ª e 2ª linha e outros consumíveis; 5. Reproduzir material para formação/reciclagem dos técnicos; 6. Reproduzir material de IEC; 7. Capacitar técnicos sobre a gestão do programa, diagnóstico e tratamento da doença; 8. Realizar supervisões; 9. Realizar campanhas de IEC para a população em geral e grupos de risco; 10. Implantar em todas Comunas pelo menos um Serviço de DOT Comunitário; 11. Garantir, a 100% dos doentes resistentes aos medicamentos de 1ª linha, o tratamento adequado; 12. Realizar o rastreio a pelo menos 5% da população com Sintomas Respiratórios; 13. Garantir o abastecimento eficiente e regular em medicamentos antituberculosos de 1ª linha e 2ª linha, reagentes e material de laboratório; 14. Reforçar a vigilância epidemiológica, incluindo a vigilância da resistência aos anti bacilares.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismo de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros Nacionais: Repartição Municipal da Educação, Hospital Municipal, Terapeutas tradicionais, Entidades Religiosas, Autoridades tradicionais; 3. Parceiros internacionais: OMS, Fundo Global

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ilundo- Huambo Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Taxa de cobertura vacinal por BCG (crianças); 2. Número de casos de Tosse +21 rastreados para TB 3. Taxa de conversão de baciloscopia ao 2º mês (no seio de pacientes tratados da TB); 4. Estimar a taxa de sucesso ao tratamento; 5. Estimar a taxa de abandono do tratamento; 6. Percentagem das unidades sanitárias com DOTS; 7. Percentagem de unidades de saúde com serviço de tratamento TB; 8. Percentagem de laboratórios que realizam a baciloscopia; 9. Percentagem de doentes de TB testados para o VIH; 10. Número de DOT comunitário no município; 11. Percentagem de profissionais por categoria (médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório) formados/capacitados em TB; 12. Número de pessoas com Sintomas Respiratórios examinados; 13. Frequência de roturas de stock de tuberculostáticos e reagentes laboratoriais nas unidades sanitárias.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios dos serviços envolvidos (Programa de Imunização; PNLCT; RMS); 2. Relatórios trimestrais de rotina da rede de DOTS.

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ilundo- Huambo

Projecto 6: Prevenção, controlo e eliminação das doenças negligenciadas

Metas

1. Até 2017, actualizar o mapeamento da Filaríase Linfática, Schistosomíase, e das Geohelmenthiases;

2. Até finais de 2015, atingir 70% de cobertura terapêutica nas crianças em idade escolar nas campanhas de desparasitação, com albendazole e praziquante;

3. Até 2017, atingir 70% de cobertura terapêutica nas comunidades nas áreas endémicas do município afectadas por Filariose linfática, a Schistosomíase e as geohelmenthiases.

Estratégias

1. Mapeamento epidemiológico rápido;

2. Quimioterapia preventiva; 3. Tratamento com ivermectine sob Direcção Comunitária (TIDC); 4. Reforço da participação comunitária;

5. Integração das Doenças Negligenciadas (Oncocercose, Schistosomíase, Filariose, Dracunculose) nos outros programas de saúde pública.

6. Tratamento sobre observação directa;

Actividades

1. Tratamento em combinação, com Praziquantel, Albendazol e Ivermectina;

2. Realizar campanhas de prevenção nas escolas;

3. Mapear a Filariose Linfática e a Dracunculose;

4. Educar as comunidades sobre as doenças para que as pessoas afectadas sejam encaminhadas aos centros especializados para cirurgia correctiva;

5. Completar a abertura dos projectos de tratamento com Ivermectina sob Observação Directa Comunitária;

6. Capacitar o pessoal de saúde;

7. Supervisão formativa reforçada.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros nacionais: Direcção Municipal de Educação; Terapeutas tradicionais, Entidades Religiosas, Autoridades tradicionais; 3. Parceiros internacionais: OMS, Cooperação Cubana

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de crianças em idade escolar desparasitadas com Albendazol e Praziquentel; 2. Número de localidades mapeadas para Filaríase Linfática; 3. Número de pessoas tratadas com Ivermectina sob Observação Directa Comunitária; 4. Número de projectos novos iniciados;

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Elaborar e divulgar relatórios mensais, trimestrais e anuais técnicos das actividades contra as DTNs; 2. Elaborar relatórios de supervisão.

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Projecto 7: Prevenção, controlo e eliminação da Lepra

Metas

1. A partir 2016, realizar o mapeamento da Lepra nas comunas de Luvemba, Lunge, Bimbe e a Sede do municipal para identificar as áreas prioritárias de actuação;

2. A partir de 2016, formar técnicos de saúde para o diagnóstico e tratamento da lepra de todas unidades sanitárias;

3. Partindo da actual taxa de cura da Lepra de 30%, atingir uma percentagem de 50%, em 2017

4. Até 2017, reduzir para uma cifra inferior a 1 caso por comuna em 2017, considerando a actual prevalência comunal de 3-5 casos de lepra,

5. Até 2017, realizar actividades de IEC em 100% das comunas, incluindo o combate ao estigma e a discriminação;

Estratégias

1. Reforço dos serviços de rotina e de referência no âmbito do sistema nacional de saúde integrado;

2. Reforço dos mecanismos de vigilância da doença incluindo a busca activa de casos;

3. Melhoria da qualidade dos serviços clínicos para o diagnóstico e a gestão das complicações agudas e crónicas, incluindo a prevenção de deformidades/incapacidades e a prestação de serviços de reabilitação física através de um serviço de referência bem organizado;

4. Apoio de todas as iniciativas para promover a reabilitação baseada na comunidade (RBC), com especial atenção às actividades destinadas a reduzir o estigma e a discriminação contra pessoas atingidas pela lepra e suas famílias;

5. Solicitar o fornecimento de medicamentos regular para a terapia combinada (MDT) sem custos e um sistema eficaz de distribuição em todas as comunas endémicas;

6. Estabelecimento de um sistema de vigilância para prevenir e limitar o desenvolvimento e transmissão da resistência aos medicamentos anti lepra;

7. Promover a reintegração social das pessoas com sequelas de lepra em parceria com Administração Municipal.

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ilundo- Huambo Actividades

1. Realizar o mapeamento da Lepra;

2. Manter a detecção precoce de casos a nível das unidades sanitárias e melhorar a adesão ao tratamento com terapia combinada em 100% nas comunas;

3. Reforçar a busca activa de casos na comunidade;

4. Promover o uso do princípio da reabilitação baseada na comunidade em 100% das pessoas com deformidades;

5. Capacitação dos técnicos de saúde.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros nacionais: Autoridades tradicionais, Comissão dos Moradores, Terapeutas tradicionais, Entidades Religiosas, Reinserção Social; 3. Parceiros internacionais: OMS, Cooperação Cubana.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Taxas de incidência e prevalência da lepra e sua evolução; 2. Número de casos novos detectados;

3. Percentagem de casos curados;

4. Taxa de abandono do tratamento;

5. Número de profissionais, por categoria, formados/capacitados em Lepra, em relação ao previsto;

6. Número de parceiros envolvidos no Combate a Lepra;

7. Número de sessões de IEC e aconselhamento executadas nas unidades sanitárias.

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ilundo- Huambo Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios dos serviços envolvidos (RMS; Hospitais);

2. Relatórios semestrais e anuais enviados ao PNCTL;

3. Boletins de notificação da doença.

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ilundo- Huambo Subprograma de prevenção e resposta às epidemias e emergências de saúde pública

Projecto 8: Prevenção e resposta às epidemias

Metas

1. A partir de 2015 dispor dos meios financeiros e dos meios para investigar e responder às situações de emergência relativas à saúde pública; 2. Até 2017, capacitar 95% dos responsáveis municipais (Equipa Municipal de Resposta às Emergências) na gestão das emergências; 3. A partir de 2016 aplicar o plano estratégico para a preparação e resposta das epidemias e eventos adversos de saúde pública; 4. Até 2016, formar pelo menos 12 técnicos que serão responsáveis pela gestão das emergências de saúde pública; 5. A partir de 2016, reforçar a equipa Municipal e equipas Distritais de preparação e resposta às emergências; 6. Até 2015, que 100% dos bairros tenham um mapeamento das áreas de risco elaborado; 7. Até 2016, sensibilizar e capacitar os responsáveis da administração municipal na criação das equipas para gestão das emergências.

Estratégias

1. Previsão de recursos financeiros para a preparação e resposta às emergências;

2. Reforço das equipas multissectoriais ao nível do município para a preparação e resposta às emergências;

3. Capacitação de responsáveis de saúde e de unidades de saúde na gestão das emergências;

4. Realização de encontros regulares e periódicos de monitorização e avaliação das Comissões;

5. Melhoria da capacidade de alerta precoce e resposta aos desastres;

6. Realização da supervisão formativa periódica;

7. Criação de stocks e kits de contingência para resposta às emergências a todos os níveis;

8. Adequação do Programa de Emergência baseado no contexto actual, estabelecimento de um mecanismo de coordenação para mobilização rápida de equipas técnicas de apoio a resposta as epidemias e emergências de saúde pública.

9. Elaborar e sistematizar relatórios de monitorização de indicadores de alerta/emergência;

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ilundo- Huambo 10. Elaboração e implementação de planos de contingência.

Actividades

1. Elaborar o plano estratégico para preparação e resposta às epidemias e eventos adversos de saúde pública;

2. Reforçar e capacitar a equipa municipal de saúde;

3. Mapear as áreas de risco;

4. Criar um banco de dados de recursos humanos capacitados em resposta às emergências;

5. Dispor permanentemente de dados actualizados (fornecidos pelo projecto de vigilância epidemiológica) relativos às epidemias e eventos adversos de notificação obrigatória;

6. Publicar relatórios informativos sobre a situação das epidemias e eventos adversos de saúde pública;

7. Dispor de condições para prontamente ter disponibilidade de kits básicos de resposta às epidemias mais frequentes, bem como imediato acesso a outros meios e equipamentos necessários;

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Repartição Municipal da Educação, Conselho da Juventude, Terapeutas tradicionais, Entidades Religiosas, Autoridades tradicionais;

3. Parceiros internacionais: OMS, UNICEF, Cooperação Cubana.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de epidemias e eventos adversos registados e investigados;

2. Número de respostas efectiva a epidemias e eventos adversos;

3. Número de técnicos capacitados na preparação e resposta às emergências;

4. Número de formações realizadas;

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ilundo- Huambo 5. Número de bairros com kits de contingência;

6. Número de bairros com mapeamento das áreas de risco elaborado;

7. Número de supervisões realizadas;

8. Montante dos recursos financeiros disponibilizados e utilizados.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Actas dos encontros da Comissão da Protecção Civil;

2. Elaborar e divulgar relatórios mensais, trimestrais e anuais de prevenção e resposta às epidemias;

3. Elaborar e divulgar as actividades de prevenção e resposta às epidemias.

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Subprograma de doenças crónicas e doenças não transmissíveis

Projecto 9: Prevenção e tratamento das doenças crónicas e não transmissíveis

Metas

1. A partir de 2015, implementar o rastreio da Hipertensão Arterial, Dislipidémias e da Diabetes Mellitus, no nível primário de atenção; 2. A partir de 2015, criar condições humanas, técnicas e materiais no hospital municipal para o diagnóstico e tratamento adequados das DCV; 3. Até 2017, divulgar o material de IEC sobre a Diabetes e as DCV; 4. A partir de 2015 fazer o mapeamento dos casos de DRC no município; 5. Até 2017, criar unidades de cuidados Intensivos no Hospital Municipal do Huambo com sua respectiva equipa; 6. Até 2017, realizar o diagnóstico precoce da Doença Renal, em todas as unidades sanitárias, com teste de urina “dipstick”, medição da TA e da glicemia.

Estratégias

1. Integração das actividades de prevenção, detecção precoce e tratamento das principais doenças cardiovasculares em Atenção Primária de Saúde; 2. Intervenção sobre os factores de risco modificáveis através de acções de promoção e prevenção, nomeadamente a Hipertensão arterial, dislipidémias, diabetes mellitus, obesidade, tabagismo, sedentarismo e alcoolismo; 3. Sensibilização sistemática da população, para a prevenção da doença e seus factores de risco, incluindo informação, educação e comunicação para a mudança de comportamento; 4. Sensibilização dos profissionais e das comunidades sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da DRC; 5. Detecção precoce da doença renal, pelo exame de urina com testes vareta (“dipstick”), medição da TA e medição da glicemia em todas as unidades sanitárias; 6. Conhecimento da prevalência e a incidência da diabetes, suas complicações e os riscos que a determinam; 7. Integração em todos os níveis do Serviço Nacional de Saúde de recursos e meios para a detecção precoce e tratamento adequado; 8. Promoção para a mudança de comportamentos e estilos de vida relativamente à saúde e alimentação, principalmente nas escolas, nos postos de trabalho e na comunicação social.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Actividades

1. Medição sistemática da tensão arterial em todas as unidades sanitárias;

2. Organizar campanhas periódicas para a sensibilização, informação e educação para os factores de risco das DCV, da diabetes e das DRC;

3. Garantir a disponibilidade permanente em as Unidades de Saúde de esfingomanómetros, glucómetros e medicamentos essenciais, para o tratamento dos factores de risco e das principais doenças cardiovasculares;

4. Acesso gratuito do pacote básico de medicamentos para Hipertensão Arterial, Dislipidémias e Diabetes Mellitus;

5. Dotar as unidades sanitárias de meios de diagnóstico e tratamento para o rastreio da DRC, DCV e da diabetes;

6. Capacitar todos os técnicos de saúde sobre os factores de risco das principais doenças cardiovasculares e controlo da tensão arterial;

7. Capacitar técnicos da Saúde do município para o rastreio, diagnóstico e tratamento da DRC, DCV e da diabetes;

8. Melhorar o acesso ao pacote básico de medicamentos para Hipertensão Arterial, Dislipidémias e Diabetes Mellitus;

9. Garantir a medicação ao domicílio, bem como cuidados e serviços aos doentes crónicos através da rede de cuidados continuados a ser criada;

10. Assegurar médicos especialistas em Medicina Interna no Hospital Municipal do Bailundo.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismo responsáveis da execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros nacionais: Repartição Municipal da Educação, Conselho da Juventude, Terapeutas tradicionais, Entidades Religiosas, Autoridades tradicionais; Departamento Municipal de Saúde Pública; 3. Parceiros internacionais: OMS, OIM, Cooperação Coreana, Cooperação Cubana.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de unidades sanitárias que utilizam o Protocolo de diagnóstico e tratamento das principais DCV; 2. Número de unidades sanitárias que praticam a medição sistemática da tensão arterial; 3. Número de campanhas de IEC para as DCV; 4. Número de campanhas de rastreio realizadas para a hipertensão, dislipidémias e a diabetes; 5. Número de especialistas e técnicos capacitados; 6. Taxas de morbilidade e mortalidade por DCV; 7. Número de novos casos de DRC detectados por estádio; 8. Número de unidades sanitárias que realizam o rastreio da DRC; 9. Estruturas que utilizam protocolos de diagnóstico e tratamento da DRC; 10. Número de técnicos capacitados no rastreio da DRC e habilitados no tratamento específico da DRC; 11. Taxas de prevalência e incidência; 12. Número de testes rápidos realizados; 13. Disponibilidade dos testes e antidiabéticos essenciais.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios do Doenças Crónicas não Transmissíveis; 2. Relatório de avaliação e supervisão das actividades do programa de DCV.

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ilundo- Huambo

Projecto 13: Prevenção e tratamento das doenças de nutrição

Metas

1. A partir de 2016, expandir e promover acções essenciais de nutrição, alimentação saudável, mudança de estilos de vida para melhor desenvolvimento e sobrevivência infantil, assim como a manutenção saudável do organismo do adulto, com a participação dos Hospitais Municipais;

2. A partir de 2017, promover o processo de fortificação dos alimentos básicos com micronutrientes;

3. Até 2017, implementar estratégias e mecanismos de controlo da Malnutrição Aguda em Crianças menores de 5 anos;

4. Até 2017, aumentar, de 28% para 45%, a cobertura de Vitamina A, em crianças dos 6 aos 59 meses;

5. Até 2017, consagrar 70% das unidades sanitárias de atendimento à Mãe e à Criança no Município, como “Unidade de Saúde Amiga da Criança”;

6. Até 2017, expandir, para todas as salas de nutrição dos distritos, a gestão e o manuseamento integrado do Programa da Malnutrição Severa ao nível da Comunidade.

Estratégias

1. Integração dos serviços de Nutrição, nos Cuidados Primários de Saúde;

2. Reforço da distribuição de micronutrientes e desparasitação como o albendazol, em crianças menores de 5 anos;

3. Reforço do sistema de vigilância epidemiológica da malnutrição;

4. Promoção do aleitamento materno logo após o nascimento, exclusivo até aos 6 meses, e de práticas adequadas de alimentação após os 6 meses de idade;

5. Promoção de hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis;

6. Advocacia para a fortificação em ferro dos alimentos básicos para a população em geral;

7. Reforço da participação comunitária e da capacitação das famílias, através das competências familiares chaves;

8. Mobilização de parcerias estratégicas para uma resposta multissectorial;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Actividades

1. Determinar a cobertura de administração de Ferro e Ácido Fólico em mulheres grávidas, e projectar o respectivo incremento;

2. Determinar o volume de população específica que recebeu albendazol;

3. Promover uma alimentação saudável para os diferentes grupos etários, assim como a adopção de estilos de vida saudáveis (actividades físicas);

4. Implementar e promover acções de educação nutricional para casos específicos;

5. Dotar as unidades sanitárias de meios e recursos para o diagnóstico e tratamento da malnutrição;

6. Manter a distribuição de sais ferrosos, ácido fólico e vitamina A para grupos populacionais específicos, particularmente mulheres grávidas e crianças;

7. Reforçar a implementação da administração sistemática de suplementos de micronutrientes e desparasitantes nas unidades sanitárias a todas as crianças menores de cinco anos;

8. Divulgar protocolos de diagnóstico e tratamento da malnutrição;

9. Divulgar material de IEC para a promoção de atitudes, conhecimentos e práticas saudáveis, em matéria de nutrição;

10. Realizar campanhas distritais de promoção do aleitamento materno, logo após o nascimento e exclusivo até aos 6 meses;

11. Implementação da iniciativa “Unidade de Saúde Amiga da Criança”;

12. Reforçar a triagem nutricional e a busca activa de casos com base nos indicadores antropométricos em todas as unidades sanitárias.

Quadro de execução Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Direcção dos Serviços Comunitários.

3. Parceiros internacionais: MAE (Ministero dei Affari Esterni/Italia)

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Percentagem de população específica suplementada com comprimidos de ferro, ácido fólico, e vitamina A;

2. Número de pessoas que receberam albendazol;

3. Número de grávidas com suplementação de ferro e ácido fólico;

4. Número de campanhas de promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios de actividades do programa;

2. Relatórios de supervisão;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Projecto 15: Prevenção e tratamento de doenças buco-oral

Metas

1. A partir de 2016, realizar campanhas regulares de sensibilização contra a cárie com participação comunitária;

2. Até 2017, dotar o Hospital Municipal com equipamento mínimo e de técnicos especializados para a prestação de cuidados de saúde buco-oral;

3. Até 2017, melhorar os conhecimentos, atitudes e práticas da comunidade sobre a higiene bucal e hábitos alimentares.

4. A partir de 2016, seleccionar duas escolas primárias para serem modelo em saúde bucal, com visitas semanais da equipa de saúde bucal;

Estratégias

1. Implementação de um programa de promoção de saúde oral;

2. Formação de profissionais no âmbito da saúde buco – oral;

3. Adequação das infra-estruturas e equipamentos;

4. Realização de campanhas Municipais de sensibilização de cuidados de saúde oral, com ênfase para a prevenção, tendo por alvo a população em geral, mas com prioridade para as crianças em idade escolar e mulheres grávidas;

5. Realização de investigações operacionais.

Actividades

1. Implementar o Plano Estratégico Nacional de saúde buco-oral;

2. Capacitar técnicos em saúde oral;

3. Capacitar professores, assistentes sociais, educadores de infância sobre a saúde oral;

4. Realizar Campanhas Municipais de prevenção com o apoio dos meios de comunicação e participação comunitária;

5. Dotar o Hospital Municipal com recursos humanos especializados e equipamento adequado para diagnóstico e tratamento das doenças mais comuns da boca;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Quadro de execução Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros nacionais: Repartição Municipal da Educação, MINFAMU; 3. Parceiros internacionais: OMS, UNICEF.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de técnicos capacitados em Saúde oral;

2. Número de Unidades sanitárias equipadas.

Mecanismos de seguimento e avaliação

1. Relatórios mensais, trimestrais e anuais.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Subprograma de atenção específica para grupos etários da população

Projecto 18: Prestação de cuidados de saúde para a sobrevivência materna, infantil e infanto-juvenil

Metas

1. A partir de 2016, compilar mensalmente os casos de mortes maternas;

2. A partir de 2016, aumentar a cobertura da consulta pré-natal 1ª vez de 70% (2013) para 80% pelo menos, no seio das grávidas do Município;

3. A partir de 2015, criar condições para a oferta da consulta de atenção especial ao recém-nascido, que dela necessitar, no hospital municipal;

4. A partir de 2016, ter a consulta de atenção integral à criança implementada no Hospital Municipal e em todos os Centros de Saúde da Comuna Sede;

5. A partir de 2015, organizar palestras para a disseminação das práticas chave familiares para a sobrevivência infantil;

6. A partir de 2016, criar condições para organização da consulta pós-parto para a mãe e recém- nascido, em particular as puérperas que tiveram parto institucional.

7. A partir de 2016, aumentar através da consulta pós-parto, a cobertura das mães administradas com Vitamina A de 36% (2014) para 80%, em particular no seio das puérperas com parto institucional;

8. A partir de 2015, criar e por em funcionamento o Comité municipal de auditoria das mortes maternas e neonatais (seguindo as normas do regulamento).

9. A partir de 2015, ter 80% de unidades sanitárias com envolvimento da comunidade nas questões de saúde materna e neonatal;

10. Até finais de 2014, identificar o número de crianças menores de 1 ano com 5 consultas realizadas;

11. Até 2017, implementar Cuidados Obstétricos e Neonatais de Urgência completos no Hospital Municipal;

12. Até 2017, expandir os serviços de Planeamento Familiar e Aconselhamento para pelo menos 10 unidades sanitárias a nível do Município;

13. Até 2017, aumentar de 26% para 50% a cobertura de partos institucionais e assistidos por pessoal qualificado;

14. Até 2017, aumentar de 2,4% (ano 2013) para 25% o uso de contraceptivos modernos.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Estratégias

1. Aumento da disponibilidade, acesso e utilização de cuidados obstétricos e neonatais de urgência, de qualidade, para as mães e recém-nascidos, incluindo o planeamento familiar;

2. Reforço da capacidade dos recursos humanos para prestar cuidados de saúde materna e neonatal de qualidade;

3. Reforço da capacidade de mobilização das mulheres, homens, adolescentes e famílias para a mudança de comportamentos e participação comunitária na prevenção, controlo das doenças e promoção da saúde;

4. Implementação do Programa de Atenção Integral à criança, incluindo os cuidados neonatais;

5. Implementação dos cuidados pediátricos no Hospital Municipal

6. Implementação das práticas familiares chave para a saúde reprodutiva e sobrevivência da criança.

Actividades

1. Identificar a actual cobertura da consulta pós-parto para a mãe e o recém-nascido;

2. Capacitar a equipa municipal em planificação e gestão dos serviços de Saúde materna e neonatal, incluindo o Planeamento Familiar;

3. Implementar as intervenções para a saúde materna e neonatal, incluindo o despiste de ITS (Sífilis, hepatite B e VIH) e de doenças metabólicas;

4. Adquirir e distribuir as unidades com equipamentos e meios básicos para expandir os cuidados obstétricos e neonatais de urgência (CONU) básicos e completos, incluindo os cuidados essenciais ao RN normal e de risco;

5. Adquirir e distribuir os medicamentos, meios e equipamentos de Saúde Sexual, Reprodutiva e neonatal de acordo com os objectivos de cobertura;

6. Solicitar e facilitar a capacitação dos técnicos de saúde reprodutiva em matérias de Planeamento Familiar, ITS e expansão do rastreio do cancro do colo uterino;

7. Garantir a disponibilidade de profissionais qualificados nos serviços de saúde materna, neonatal e infantil;

8. Promover o conhecimento dos indivíduos e famílias para conhecer os cuidados adequados na comunidade e a procura atempada dos cuidados de saúde;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 9. Reforçar a supervisão formativa, monitorização e avaliação do programa de saúde materna e infantil;

10. Pôr em funcionamento regular do Comité Municipal de Auditoria de Mortes Maternas e neonatais;

11. Colher, registar e integrar os dados da saúde materna, neonatal e infantil no sistema de informação sanitária;

12. Implementar a nível de todas as unidades sanitárias a consulta de crescimento e desenvolvimento da criança saudável;

13. Realizar acções de capacitação permanente em serviço;

14. Garantir o equipamento e insumos para a implementação dos serviços de atenção à criança e ao recém-nascido;

15. Envolver as comunidades nas práticas familiares chave para a sobrevivência infantil.

16. Formar equipas municipais de formadores em atenção integrada às doenças da infância (AIDI), para a extensão da estratégia a todas as unidades sanitárias;

17. Reforçar as estruturas e os mecanismos existentes para aumentar a demanda de utilização dos SMNI;

18. Reforçar a capacidade da Repartição de Saúde em Recursos Humanos e financeiros para a Saúde Reprodutiva.

Quadro de execução Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros nacionais: Repartição Municipal da Família e Promoção da Mulher, Conselho da Juventude, Entidades Religiosas, Autoridades tradicionais; 3. Parceiros internacionais: FNUAP, UNICEF, Cooperação Cubana, ForcaSaúde.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número e percentagem de unidades sanitárias com a Estratégia da Assistência integrada à saúde da mulher, do recém-nascido e da criança implementada; 2. Número e percentagem de grávidas com quatro consultas de CPN realizadas;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 3. Número e percentagem de mulheres e homens que utilizam regularmente um método contraceptivo moderno; 4. Número e percentagem de partos realizados com pessoal de saúde qualificado; 5. Número e percentagem de mulheres que beneficiam de consultas pós-parto realizadas sete dias depois do parto; 6. Número de óbitos maternos notificados e investigados; 7. Número de óbitos de recém-nascidos e crianças notificados e investigados; 8. Número de comités de Prevenção e Auditoria de mortes maternas e neonatais funcionais; 9. Número e percentagem de profissionais de saúde capacitados em Assistência integrada à saúde da mulher, do recém-nascido e da criança; 10. Percentagem de necessidades não satisfeitas em contracepção; 11. Número de unidades com normas e protocolos implementados; 12. Números de US com pelo menos dois técnicos capacitados em assistência integrada às doenças da infância; 13. Número de crianças com baixo peso ao nascer; 14. Número de crianças com atraso de crescimento; 15. Número de nados mortos; 16. Número de óbitos em menos de 24 horas, 7 dias e 28 dias; 17. Número de óbitos em menores de um ano, e menores de 5 anos; 18. Percentagem de crianças menores de um ano que realizaram 5 consultas de seguimento; 19. Número de crianças com pneumonia tratadas com antibiótico recomendado.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Encontros trimestrais municipais; 2. Relatório dos Comités de Prevenção e Auditoria de morte materna e perinatal;

3. Relatórios de supervisão;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Projecto 19: Desenvolvimento de cuidados de saúde promocionais, preventivos e de rastreio a adolescentes

Metas

1. A partir de 2016, implementar e disseminar a Política de Saúde do Adolescente;

2. Até 2016, reproduzir 30 000 exemplares de material educativo diverso;

3. Até finais de 2015, pelo menos 50% das unidades sanitárias com recursos humanos capacitados em atenção ao adolescente;

4. Até 2017, ter recursos humanos capacitados em atenção ao adolescente;

5. Até finais de 2016, implementar grupos de pares e clubes de jovens em 40% das escolas do ensino secundário e institutos médios no Município;

6. Até 2017, cobrir 50% do município com serviços de atenção integrada ao adolescente.

Estratégias

1. Expansão dos “Serviços Amigos dos Adolescentes” a todo o município;

2. Implementação da consulta de atenção integral ao adolescente, incluindo a prevenção do câncer do colo do útero;

3. Estabelecimento de um programa de promoção da saúde do adolescente, maternidade e paternidade responsáveis e estilos de vida saudáveis nas escolas, utilizando a abordagem de educação de pares.

Actividades

1. Capacitar professores e pares em matéria de saúde dos adolescentes em todas escolas;

2. Capacitar profissionais de saúde para a atenção integrada do adolescente;

3. Capacitar profissionais das organizações não-governamentais e de apoio, para abordagem dos jovens/adolescentes fora do sistema escolar;

4. Adequar as infra-estruturas das unidades sanitárias para o atendimento dos adolescentes;

5. Implementar “Serviços Amigos dos Adolescentes” no Município;

6. Implantar clubes de jovens nas escolas;

7. Estabelecer parcerias estratégicas para apoiar a saúde dos adolescentes;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 8. Formar adolescentes do sexo feminino no domínio da saúde reprodutiva para uma maior autonomia e tomada de decisão informada, e sensibilizar o adolescente do sexo masculino.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros nacionais: Entidades Religiosas, Autoridades tradicionais; Conselho Nacional da Juventude 3. Parceiros internacionais: FNUAP, OMS, ForçaSaúde

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de unidades de saúde com “Serviços Amigos dos Jovens Adolescentes”; 2. Número de prestadores de saúde capacitados em atenção do adolescente; 3. Número de CPN em mulheres com menos de 20 anos; 4. Número de gravidezes em adolescentes; 5. Número de partos em adolescentes; 6. Número de abortos inseguros em adolescentes; 7. Número de adolescentes atendidos na consulta dos “Serviços Amigos dos Jovens Adolescentes”; 8. Número de óbitos maternos em adolescentes; 9. Número de ITS em adolescentes; 10. Número de Adolescentes que usam um método contraceptivo moderno.

Mecanismos de seguimento e de avaliação

1. Relatórios mensais, trimestrais e anuais de implementação das intervenções; 2. Encontros metodológicos anuais

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Programa II: Cuidados primários e assistência hospitalar

Subprograma de promoção para a saúde de hábitos e estilos de vida saudáveis

Projecto 21: Promoção para a saúde e hábitos de estilos de vida saudáveis

Projecto 25: Informação, Educação e Comunicação para Saúde

Projecto 26: Saúde Escolar

Subprograma de operacionalização da prestação de cuidados e serviços de saúde

Projecto 28: Municipalização da atenção primária (cuidados primários)

Projecto 33: Gestão de Resíduos Hospitalares e de Serviços de Saúde

Projecto 34: Medicina Tradicional

Subprograma de segurança transfusional

Projecto 35: Revitalização do Serviço Nacional de Sangue

Subprograma de gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios

Projecto 36: Gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Subprograma de promoção para a saúde de hábitos e estilos de vida saudáveis

Projecto 21: Promoção para a saúde e hábitos de estilos de vida saudáveis

Metas

1. Até finais de 2015, ter criado a Comissão Municipal Multissectorial para a Promoção da Saúde;

2. Até 2016, ter divulgado o Documento da Política Nacional sobre a Promoção da Saude;

3. Até 2015, implementar a Semana Municipal de Promoção para a Saúde, com acções integradas de Promoção da saúde materna e infantil e prevenção das doenças transmissíveis e crónicas não transmissíveis.

4. Até 2017, Implementar junto com o Programa Municipal de Saúde Sexual e Reprodutiva, a estratégia Municipal de Comunicação para a Saúde Reprodutiva baseada na Redução da Mortalidade Materna, Infantil, Neonatal incluindo as doenças crónicas degenerativas da mulher;

5. Até 2017, implementar a Política Nacional de Promoção para a Saúde;

Estratégias

1. Apoio aos programas e projectos de saúde prioritários para alcançar os objectivos definidos;

2. Promoção de acções de saúde em todo Município mobilizando e capacitando as comunidades para a sua participação activa na promoção da saúde de forma contínua durante toda a vida;

3. Desenvolvimento e implementação de intervenções de Promoção da Saúde através de uma abordagem holística, abrangente, eficaz e multissectorial para aumentarem o reconhecimento da saúde enquanto componente essencial do desenvolvimento socioeconómico;

4. Promoção da Campanha Municipal de Informação, Educação e Comunicação (IEC) contra os factores de risco e consequências do álcool sobre a saúde

5. Implementar um sistema eficaz de coordenação e de mecanismos de gestão de promoção da saúde;

6. Utilização de forma eficaz e sustentável o financiamento e recursos para a Promoção da Saúde;

Actividades

1. Criar a Comissão Municipal Multissectorial de promoção e comunicação para a saúde;

2. Implementar a Política Nacional de Promoção da Saúde ao nível do Município;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 3. Implementar a Política do Agente comunitário;

4. Implementar o Plano Estratégico Multissectorial Municipal integrado de promoção e comunicação sobre a Saúde Reprodutiva, Infantil, Neonatal, a prevenção das Doenças Transmissíveis e Crónicas não Transmissíveis, incluindo Segurança Rodoviária, Violência e Promoção de Hábitos e Estilos de Vida Saudáveis;

5. Participação na Semana Municipal de Promoção para a Saúde, com acções integradas de Promoção e prevenção relativas a saúde materna e infantil, doenças transmissíveis e doenças crónicas não transmissíveis;

6. Reproduzir e distribuir materiais de Informação, educação e comunicação para a promoção de saúde materna, infantil, doenças transmissíveis e crónicas não transmissíveis, incluindo prevenção de acidentes rodoviários, violência e promoção de hábitos de estilo de vida saudáveis, como o exercício físico, a alimentação saudável, a luta contra o tabaco e o álcool.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: DME, Serviços Comunitários, Entidades religiosas e tradicionais, Promoção da Mulher, Conselho Municipal da Juventude; Ministério da Comunicação Social;

3. Parceiros internacionais: UNICEF

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de reuniões realizadas pela Comissão Municipal de Promoção para a saúde;

2. Número de bairros acreditados;

3. Número de Semanas Municipais de Promoção para a Saúde;

4. Número e tipo de material de IEC reproduzido e distribuído;

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatório de actividade da Comissão Municipal de Promoção para a saúde;

2. Relatório do grau de implementação dos planos estratégicos;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 3. Relatórios de acreditação dos espaços saudáveis;

4. Relatório de actividades da Semana Municipal de Promoção para a Saúde;

5. Relatórios de actividades do Programa Municipal de Promoção Para a Saúde;

6. Relatórios de supervisão dos bairros.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Projecto 25: Informação, educação e Comunicação para Saúde

Metas

1. A partir de 2015, todos as comunas devem desenvolver acções IEC, com pelo menos 6 palestras mensais por unidade sanitária;

2. A partir de 2016, o Municípios do Huambo deve desenvolver acções IEC; 3. A partir de 2015, capacitar as estruturas de base comunitária para o suporte às redes comunitárias de IEC; 4. Até 2017, que 30% das instituições visadas já tenham incluído e implementado acções de IEC nas suas intervenções; 5. A partir de 2015, promover e implementar Informação, Educação e Comunicação sobre os riscos e consequências do consumo excessivo do álcool; 6. A partir de 2015, fazer acções de informação, educação e comunicação de rotina sobre as consequências do consumo do tabaco; 7. A partir de 2015, reproduzir e disseminar material de IEC sobre hipertensão arterial, diabetes mellitus, cáries dentárias, cancro de mama e colo uterino, doença falciforme e doença renal crónica.

Estratégias

1. Indicação de um Ponto Focal de IEC em todas as instituições públicas, privadas e parceiros de base comunitária;

2. Criação em cada Unidade Sanitária um Serviço de IEC e Aconselhamento em Saúde;

3. Inclusão de IEC/Saúde/Ciclo de Vida nos Curricula dos diferentes Níveis de Ensino;

4. Inclusão nas Instituições de Educação não formal, os conteúdos de Educação para Saúde;

5. Promoção de Redes de Comunicação Tradicional;

6. Institucionalização de Feiras de Saúde, pelo menos 1 vez anual, a nível municipal;

7. Envolvimento de parcerias público-privadas na distribuição da logística (materiais) de IEC a nível municipal;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Actividades

1. Elaborar os Termos de Referência para os Pontos Focais de IEC em cada instituição;

2. Criar Pontos Focais de IEC em Saúde;

3. Envolver a Saúde Publica na coordenação e acompanhamento de actividades IEC a nível do Município;

4. Elaborar um Plano Municipal de Distribuição de Materiais de IEC, em simultânea com a realização de palestras;

5. Implementar normas, protocolos, de apoio às actividades de IEC nas instituições, assim como os indicadores de monitorização e avaliação;

6. Capacitar as estruturas de base comunitária para o suporte às redes comunitárias de IEC;

7. Reproduzir e distribuir materiais de Informação, educação e comunicação para a promoção de saúde materna, infantil, doenças transmissíveis e crónicas não transmissíveis, incluindo prevenção de acidentes rodoviários, violência e promoção de hábitos de estilo de vida saudáveis, como o exercício físico, a alimentação saudável, a luta contra o tabaco e o álcool;

8. Capacitar grupos de teatro comunitário sobre os conteúdos básicos de IEC;

9. Identificar capacidades locais de reprodução de matérias de IEC;

10. Identificar Empresas público-privadas para o transporte e distribuição de materiais de IEC;

11. Adequar os manuais de IEC a realidade local (Tradução em língua locais);

12. Elaborar léxicos em português e Línguas nacionais de apoio às redes comunitárias de IEC.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: D.M. Educação, Serviços Comunitários, Entidades religiosas e tradicionais, Promoção da Mulher; Assuntos Sociais, Ministério da Comunicação Social; Empresas privadas

3. Parceiros internacionais: UNICEF, OMS, Cooperação Cubana.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de reuniões realizadas;

2. Número de documentos IEC reproduzidos;

3. Existência do Plano de reprodução de Materiais;

4. % das instituições visadas que já tenham incluído IEC nas suas intervenções;

5. % das instituições que tenham incluído e implementado acções de IEC nas suas actividades;

6. Número de capacitações institucionais realizadas sobre IEC.

Mecanismos de seguimento e avaliação

1. Relatórios mensais, trimestrais e anuais;

2. Indicadores de monitorização;

3. Relatórios de avaliação regular da implementação dos Planos.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Projecto 26: Saúde Escolar

Metas

1. Até 2016, ter implementado o Programa Municipal de Saúde Escolar (PMSE);

2. Até 2017, que 60% das escolas do 1º e 2º ciclo tenham implementado o programa de saúde escolar, respectivamente;

3. Até 2017, que 30% das infra-estruturas escolares estejam padronizadas, a luz do PMSE;

4. Até 2016, ter o colectivo escolar mobilizado para a promoção da saúde;

Estratégias

1. Implementar um Programa Municipal de Saúde Escolar;

2. Colaboração com Associações de Professores, Estudantes, Pais e Encarregados de educação;

3. Garantir recursos financeiros para a implementação do Programa;

4. Mobilização do colectivo escolar para a promoção da saúde.

Actividades

1. Implementar o Programa de Saúde Escolar;

2. Implementar o manual do professor sobre a saúde escolar seguindo as recomendações da OMS e a estratégia do Executivo para a prevenção das doenças prioritárias e promoção da saúde;

3. Capacitar professores do ensino primário e secundário (1º e 2º ciclos) sobre o programa de saúde escolar;

4. Criar equipas móveis escolares de atenção primária em todas as comunas.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 2. Parceiros nacionais: Repartição Municipal de Serviços Técnicos, Polícia Nacional, Entidades religiosas e tradicionais e Repartição Municipal da Agricultura e Desenvolvimento Rural;

3. Parceiros internacionais: UNICEF, OMS.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Programa municipal de Saúde Escolar criado;

2. Número de escolas que implementaram o programa de saúde escolar;

3. Número de escolas que cumpriram com o programa de saúde escolar;

4. Número de visitas e equipas e/ou clínicas móveis às escolas que implementaram o programa de saúde escolar.

Mecanismos de avaliação

1. Actas e Relatórios trimestrais e anuais das actividades de saúde escolar implementadas;

2. Visitas de supervisão trimestrais às escolas que implementaram o programa de saúde escolar.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Subprograma da operacionalização da prestação de Cuidados Primários e de Serviços de Saúde

Projecto 28: Municipalização da atenção primária (cuidados primários)

Metas

1. Até 2017, Implementar o Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário;

2. A partir de 2015, implementar as normas, regras e procedimentos do funcionamento do Sistema de Saúde a nível municipal;

3. Até 2017, disponibilizar de forma contínua do pacote integrado de cuidados e serviços, em todas as unidades sanitárias e equipas móveis;

4. A partir de 2015, iniciar a capacitação de técnicos fundamentalmente na formação integrada de parteiras, técnicas em AIDI, em gestão e administração em Saúde;

5. Até 2017, implementar o programa integrado de melhoria de serviços, aplicação dos protocolos de tratamento e supervisão através do programa de formação permanente

6. A partir de 2015, reforçar as acções de coordenação intersectorial para a organização das intervenções em saúde nos Conselhos de Auscultação e Concertação Social;

7. Até 2017, A partir de 2015, estabelecer os mecanismos de referência e contra referência a nível de todo Município e tornar operacional a ligação com a rede provincial de saúde;

8. Até 2017, dotar o Município de serviços de saúde com qualidade, incluindo equipas móveis e Cuidados Obstétricos de Emergência que assegurem o acesso das populações à atenção primária;

9. Até 2017, ter funcional e sustentável o Projecto de Agentes Comunitários.

Estratégias

1. Implementação do Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário (2013-2017);

2. Elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário (2018-2022);

3. Melhoria do acesso e da disponibilidade de serviços de saúde com qualidade às populações, dotando as unidades sanitárias com capacidade resolutiva contínua, por nível de atenção (PS,CS,CSR/HM), incluindo equipas móveis;

4. Advogar para a dotação de recursos humanos capacitados ao município, baseada numa eficiente planificação de recursos necessários por tipo de unidade sanitária e serviços de gestão (US e Direcção Municipal);

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 5. Aumento da qualidade dos serviços prestados, através da capacitação/formação de técnicos de saúde, incluindo AIDI e Saúde Materna, aplicação de protocolos de tratamento, de supervisão e de formação permanente dos profissionais;

6. Disponibilização contínua do Pacote Integrado de Cuidados e Serviços de Saúde por tipo de Unidade Sanitária;

7. Melhoria dos mecanismos de articulação entre os diferentes componentes da rede (unidades sanitárias e de referência) e gestão dos serviços municipais, através da integração num único plano de acção, orçamento e financiamento;

8. Reforço da intra e intersectorialidade, através dos mecanismos de coordenação estabelecido no município, nomeadamente os Conselhos de Auscultação e Concertação Social, para a organização das intervenções em saúde com outros sectores (sociais e económicos);

9. Reforço da participação comunitária através do desenvolvimento de estruturas de apoio às acções de saúde, nomeadamente os Comités de Saúde e os Agentes Comunitários;

10. Sensibilização dos profissionais de saúde para a aceitação dos terapeutas tradicionais, de forma a permitir um trabalho de complementaridade;

11. Elaboração de instrumentos que permitam avaliar a competência e desempenho dos detentores do conhecimento tradicional, para a sua certificação.

Actividades

1. Realizar o mapeamento das comunidades sob a responsabilidade de cada unidade sanitária;

2. Elaborar o plano de expansão da rede sanitária de atenção primária;

3. Planificar e distribuir medicamentos, equipamentos e meios necessários às unidades sanitárias e equipas móveis;

4. Prever e intervir de imediato, com equipas móveis e avançadas, junto às populações com baixa cobertura de serviços de saúde;

5. Prever e dotar no município a capacidade e meios para realizarem cirurgias obstétricas, incluindo um banco de sangue certificado;

6. Prever e dotar todas as unidades sanitárias de abastecimento regular de água, energia e tratamento dos lixos hospitalares;

7. Fazer advocacia para contratação de equipas mínimas de profissionais capacitados por tipo de unidade sanitária e Repartição Municipal para garantirem a gestão do sistema de saúde a esse nível, com base no perfil estabelecido pelo MINSA;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 8. Fazer advocacia para contratação de médicos e técnicos especialistas em ginecologia- obstetrícia, cirurgia e pediatria, instrumentistas e anestesistas para a prestação de serviços e participação na capacitação de quadros a nível local;

9. Fazer advocacia para a formação especializada de técnicos, dando prioridade às parteiras, técnicos em AIDI, estomatologistas, oftalmologistas, técnicos de saúde mental, nutricionistas, instrumentistas, anestesistas e gestores de saúde;

10. Organizar o sistema de formação permanente e aplicar os protocolos de tratamento e de supervisão das actividades, garantindo a qualidade dos serviços prestados;

11. Organizar e manter funcional a rede municipal de laboratórios, de hemoterapia e a cadeia de frio;

12. Implantar o Sistema de Informação, monitorização dos indicadores e vigilância epidemiológica, incluindo a busca activa na comunidade;

13. Reforçar o funcionamento Comités de Auditoria de Mortes Maternas e Neonatais a nível Municipal e Institucional, para investigação de mortes maternas e implementação das recomendações;

14. Organizar e apetrechar a rede logística e de aprovisionamento;

15. Advogar para Organização e implementação do sistema de referência e contra referência entra as unidades periféricas e as de referência a nível Municipal e entre estas e as da Província;

16. Organizar a rede de transporte e comunicação sanitária;

17. Implementar normas, regras e procedimentos para o funcionamento do Sistema Municipal de Saúde;

18. Implementar a política dos Agentes Comunitários de Saúde, com vista a estabelecer o seu enquadramento;

19. Implementar a Política de cuidados primários em saúde;

20. Fazer advocacia para a co-responsabilidade na melhoria da qualidade de vida das populações, em coordenação com os outros sectores, sociedade civil e privados a nível do Conselho Municipal de Auscultação e Concertação Social;

21. Implementar o Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário (2015-2017), com base nos financiamentos disponíveis.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Conselho de Auscultação e Concertação Social, Direcção Municipal dos Serviços Técnicos, Entidades religiosas e tradicionais, Promoção da Mulher e Conselho M. Juventude;

3. Parceiros internacionais: OMS, Forca Saúde.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de unidades sanitárias reabilitadas, ampliadas e construídas;

2. Número de unidades sanitárias por tipo de atenção, incluindo equipas móveis com serviços e cuidados essenciais;

3. Número de unidades sanitárias com disponibilidade contínua do pacote integrado de cuidados e serviços, em todas as unidades sanitárias e equipas móveis;

4. Número de técnicos especializados: parteiras, técnicos em Assistência Integrada das Doenças da Infância (AIDI) e em Gestão e Administração em Saúde;

5. Número de US com sistema de informação implantado no Município;

6. Número de US com Comités de Auditorias e Prevenção de Mortes Maternas e Perinatais Municipais e Institucionais operacionais;

7. Número de Comités Municipal de Saúde operacionais;

.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário;

2. Relatórios mensais, trimestrais e anuais da Direcção Municipal de Saúde;

3. Dados Administrativos de cobertura dos Programas de Saúde Pública;

4. Relatório de inquérito sobre a qualidade dos serviços.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Projecto 33: Gestão dos Resíduos Hospitalares e de serviços de saúde

Metas

1. Até 2016, elaborar os Planos de Gestão de Resíduos Hospitalares e de Serviços de Saúde de todas as unidades sanitárias;

2. Até 2017, implementar os Planos de Gestão de Resíduos Hospitalares e de Serviços de Saúde nas unidades sanitárias públicas e privadas;

3. Até 2017, implementar os Planos de Gestão de Resíduos Hospitalares e de Serviços de saúde nos demais serviços conexos à saúde pública.

Estratégias

1. Garantir que todos os resíduos hospitalares e de serviços de saúde estejam adequadamente geridos para fins de melhoria;

2. Participação no Seminário Nacional sobre Gestão de Resíduos Hospitalares e de Serviços de Saúde;

3. Implementar Planos de Gestão de Resíduos Hospitalares e de Serviços de Saúde nas unidades sanitárias públicas e privadas e serviços conexos à saúde pública;

4. Participar na Formação e profissionalização de quadros em matérias específicas de gestão de resíduos hospitalares e de serviços de saúde;

5. Sensibilizar os gestores públicos, privados e funcionários da saúde, comunidades e parceiros sociais sobre a importância gestão dos resíduos hospitalares e riscos associados;

6. Integração da gestão de resíduos hospitalares e de serviços de saúde nas comissões hospitalares de biossegurança, com apoio de uma equipa técnica ad hoc permanente;

Actividades

1. Implementar o instrumento legal e Plano Estratégico de gestão de resíduos hospitalares e de serviços de saúde;

2. Implementar os Planos de Gestão de Resíduos Hospitalares e de Serviços de Saúde nas unidades sanitárias públicas e privadas e prestadores de serviços conexos à saúde pública produtores de resíduos de saúde;

3. Acompanhar e fiscalizar a implementação dos Planos de Gestão dos Resíduos e de Serviços de Saúde nas unidades sanitárias públicas e privadas e prestadores de serviços conexos à saúde pública geradores de resíduos de saúde;

4. Promover seminários técnicos de capacitação dos funcionários da saúde ao nível dos serviços;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 5. Criar comissões de gestão de resíduos hospitalares e de serviços de saúde nas unidades sanitárias, nas quais se congregarão as comissões de biossegurança;

6. Instalar nas unidades sanitárias públicas, equipamentos adequados para o tratamento de resíduos;

7. Promover campanhas de sensibilização e educação ambiental no âmbito das comunidades, principalmente nas comunidades adjacentes as unidades sanitárias.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Serviços Técnicos da Administração Municipal;

3. Parceiros internacionais: Cooperação Cubana

Plano de monitoria e avaliação Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de unidades com planos de gestão elaborados e implementados;

2. Número de inspecções efectuadas nas unidades de saúde e prestadores de serviços; conexos à saúde pública;

3. Número de fiscalizações efectuadas às empresas prestadoras de serviços em gestão de resíduos hospitalares e de serviços de saúde;

4. Número de casos de infecções hospitalares;

5. Números de reuniões e actividades realizadas pelas comissões de biossegurança nas unidades de saúde;

6. Número de formações realizadas;

7. Percentagem (%) de profissionais que adoptam boas práticas de gestão de resíduos hospitalares e de serviços de saúde.

Mecanismos de seguimento e avaliação

1. Relatórios das unidades sanitárias públicas e privadas;

2. Inspecções programadas e não-programadas, vistorias, auditorias e inquéritos;

3. Relatório de monitorização das infecções hospitalares;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 4. Relatório de implementação dos planos de gestão de resíduos hospitalares e de serviços de saúde;

5. Actas de reuniões das comissões de biossegurança;

6. Relatórios dos estudos periódicos, por inquéritos, sobre a taxa de infecção hospitalar.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Projecto 34: Medicina Tradicional

Metas

1. A partir de 2016, implementar a Política de Medicina Tradicional e Práticas Complementares, no Sistema Municipal de Saúde;

2. A partir de 2016, realizar o censo e cadastro dos praticantes de Medicina Tradicional no Município;

Estratégias

1. Implementação das normas e instrumentos jurídicos para o exercício da Medicina Tradicional e Práticas Complementares no País;

2. Implementação do Plano Estratégico Operacional da Política de Medicina Tradicional e Práticas Complementares no Serviço Nacional de Saúde, conforme o Cronograma a ser aprovado no contesto do PNDS;

3. Sensibilização dos profissionais de saúde para a aceitação dos terapeutas tradicionais, de forma a permitir um trabalho de complementaridade;

Actividades

1. Realizar o recenseamento dos Terapeutas tradicionais;

2. Criar um centro Municipal de Referência para o desenvolvimento da Medicina Tradicional;

3. Realizar programas de promoção e educação sobre Medicina Tradicional, cientificamente comprovados, através dos meios de comunicação;

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Comunicação Social, Entidades religiosas e tradicionais, Comissão dos Moradores, Promoção da Mulher; Fórum de Medicina Tradicional (FOMETRA),

3. Parceiros internacionais: OMS

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Política da Medicina Tradicional e Práticas Complementares distribuída nas instituições competentes no Município;

2. Número de terapeutas tradicionais recenseados;

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Inquéritos, relatório de visitas de levantamento e de supervisões;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Subprograma de segurança transfusional

Projecto 35: Revitalização do Serviço Nacional de Sangue

Metas

1. Até 2017, implementação do sistema de segurança e qualidade transfusional no município;

2. Até 2017, atingir 50% de dadores voluntários e benévolos;

3. Até 2016, adoptar e implementar o cartão do dador voluntário benévolo;

4. A partir de 2015, capacitar anualmente dois técnicos de hemoterapia no município;

5. A partir de 2015, realizar 3 Campanhas anuais de mobilização de dadores benévolos de sangue em todo município;

6. Até 2017, comprar, equipar e completar a distribuição de equipamento para todas as unidades que oferecem serviços de hemoterapia;

7. Até 2017, expandir e apetrechar o Banco Municipal de Sangue que funciona no Hospital Municipal.

Estratégias

1. Reforço da coordenação e funcionamento do Serviço Municipal de Sangue;

2. Implementação do Sistema de Segurança e Qualidade Transfusional;

3. Formação e capacitação dos recursos humanos;

4. Sensibilização da sociedade sobre a necessidade da doação benévola de sangue;

5. Promoção do uso racional do sangue e seus componentes;

6. Estabelecimento de alianças e integração com outras Instituições e programas;

7. Estabelecimento de um sistema de informação e hemovigilância;

8. Realização de campanhas de doação voluntária de sangue durante os eventos nacionais a nível municipal.

Actividades

1. Equipar o Banco Municipal de Sangue;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 2. Formar e capacitar os técnicos do nível municipal;

3. Implementar o plano de manutenção de equipamentos, segundo orientações do nível provincial;

4. Capacitar técnicos de todo município que oferecem serviços de hemoterapia;

5. Estabelecer um Sistema efectivo de informação e hemovigilância;

6. Implementar normas e protocolos sobre o uso racional de sangue seguro;

7. Advogar para a criação de comité hospitalar de transfusão no hospital;

8. Reproduzir o cartão de dador de sangue voluntário benévolo.

Quadro de execução Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Centro Provincial de Sangue, Cruz vermelha de Angola, Serviços Técnicos Municipais, Polícia Nacional, INEMA;

3. Parceiros internacionais: OMS,

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de dadores voluntários e benévolos;

2. Número de serviços de transfusão existentes e operacionais;

3. Número de US com serviços de segurança e qualidade transfusional implementados;

4. Número de US com roturas de sangue e componentes, reportados mensalmente.

Mecanismo de seguimento e avaliação

1. Relatório das actividades dos serviços de sangue existente;

2. Procedimentos escritos e implementados.

3. Relatórios de supervisões feitas.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Subprograma de gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios

Projecto 36: Gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios

Metas

1. A partir de 2016, estabelecer os mecanismos de comunicação entre os técnicos de laboratório, clínicos e de saúde pública;

2. Até 2017 capacitar anualmente, 6 técnicos de laboratório a nível do município: 1 em gestão; 1 em metodologias de investigação; 2 em manutenção do equipamento; 2 em procedimentos e técnicas de rotina;

3. A partir de 2016, implementar o sistema de registo, informação e comunicação da rede laboratorial;

4. A divulgar e implementar as normas e Directivas sobre o funcionamento, equipamento e procedimentos analíticos dos laboratórios;

Estratégias

1. Criação do Comité Multissectorial de Aconselhamento para Rede Municipal de Laboratório de Saúde.

2. Assegurar a participação dos responsáveis dos laboratórios nas reuniões clínicas de saúde pública;

Actividades

1. Implementar a Política Nacional de Laboratórios;

2. Realizar reuniões, trimestralmente, com os Técnicos das Unidades com laboratórios;

3. Assegurar a participação dos responsáveis dos laboratórios nas reuniões clínicas de saúde pública;

4. Elaborar um mapa com a descrição detalhada de equipamento existente em cada laboratório do Município;

5. Elaborar o plano de manutenção preventiva dos equipamentos, de acordo com os fornecedores;

6. Planear e executar a manutenção da infra-estrutura laboratorial com uma equipa técnica local;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 7. Seguir as directrizes para a aquisição de reagentes e consumíveis, de acordo com o mapa de equipamentos, recursos humanos e as novas metodologias a introduzir;

8. Apoiar a implementação das novas metodologias de diagnóstico;

9. Assegurar o pacote de serviços de cada nível da rede hierarquizada de laboratórios;

10. Implementar e a assegurar um programa de formação contínua dos técnicos a todos os distritos com laboratório;

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Hospital Municipal, Laboratório Provincial Central do Huambo

3. Parceiros internacionais:

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Política sobre laboratórios adoptada;

2. Número de formações efectuadas;

3. Número de profissionais contratados;

4. Número e tipo de equipamento adquiridos;

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Elaboração de relatórios mensais, trimestrais e anuais de desempenho;

2. Visitas de supervisão.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Programa III: Planeamento, gestão e desenvolvimento de recursos humanos

Subprograma de planeamento e gestão de recursos humanos

Projecto 38: Planeamento e fixação de recursos humanos em saúde

Subprograma de desenvolvimento de recursos humanos

Projecto 44: Formação permanente

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Subprograma de planeamento e gestão de recursos humanos

Projecto 38: Planeamento e fixação dos recursos humanos em saúde

Metas

1. Até ao fim de 2017, actualizar as necessidades reais em Recursos Humanos em todo Município;

2. Até 2017, Fazer advocacia para provimento de profissionais de saúde e preenchimento das necessidades estimadas por nível de atenção;

3. Até 2017, assegurar que cada comuna tenha pelo menos um técnico médio de saúde.

4. Até finais de 2015, estudar mecanismos de incentivos e de motivação dos RHs a nível local;

5. A partir de 2015, estudar mecanismos de incentivos e de motivação dos RH a nível do Município; 6. Até finais de 2017, asseguradas as condições necessárias (residências e logísticas) para atrair e fixar os quadros admitidos.

Estratégias

1. Avaliação das necessidades em recursos humanos;

2. Cumprir com as orientações da política e a estratégia de desenvolvimento de recursos humanos da saúde a curto prazo; 3. Desenvolvimento da capacidade de recolha, tratamento de dados e produção de informação sobre os recursos humanos do sector da saúde;

4. Formação de profissionais em administração e gestão de saúde a todos os níveis;

5. Advocacia para o aumento da quota de recursos humanos necessários por tipo de unidade sanitária e serviços de gestão e administração da saúde a nível Municipal;

6. Propiciar amplo acesso a informações e análises sobre recursos humanos de saúde, facilitando a melhor formulação, acompanhamento e avaliação de políticas e programas sectoriais;

7. Advogar junto as administrações locais para criarem condições de habitação e transporte para incentivar a fixação de quadros;

Actividades

1. Estudar a composição, distribuição e localização dos recursos humanos em saúde por subsistemas e níveis de intervenção;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 2. Implementar a política nacional de recursos humanos em saúde;

3. Implementar a estratégia de desenvolvimento de recursos humanos em saúde;

4. Advocacia para para colocação de quadros de pessoal por nível de atenção em função das necessidades;

5. Redefinir o sistema de incentivos para a mobilização de recursos humanos da saúde;

6. Criar no Município, um sistema integrado e descentralizado de informação sobre recursos humanos em saúde;

7. Promover as boas práticas para o cumprimento da padronização do quadro tipo dos recursos humanos das unidades

8. Realizar o planeamento de efectivos com base no quadro analítico do pessoal por nível de atenção;

9. Advogar pelas condições de habitação e transporte como incentivo para fixação na periferia;

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros nacionais: Sindicatos de trabalhadores da saúde, Associações de profissionais de saúde: Associação dos Enfermeiros Angolanos; 3. Parceiros internacionais: OMS.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Disponibilidade da base de dados sobre os recursos humanos em saúde;

2. Número de administradores e gestores de saúde formados;

3. Rácio de distribuição de recursos humanos por habitante, por unidade sanitária, por categoria, e por anos de serviço;

4. Número de unidades, com o quadro-tipo completa;

5. Existência de um sistema de incentivos para a mobilização de recursos humanos em saúde.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios anuais de avaliação a nível municipal

2. Relatórios trimestrais da Direcção Municipal;

3. Relatórios de inspecção e de auditoria interna e externa.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Subprograma de desenvolvimento de recursos humanos

Projecto 44: Formação permanente

Metas

1. A partir 2016, nomear 2 Pontos Focais para a Formação Permanente no Município;

2. A partir 2016, criação de Núcleo de Formação Permanente municipal;

3. A partir de 2016, consolidar e expandir a formação permanente a todo município em todas as áreas, com ênfase em: área relacional, chefia e liderança, humanização, suporte básico, formação de médicos em suporte básico e avançado, epidemiologia;

4. A partir de 2016, iniciar a formação de todos os profissionais que trabalham no serviço de urgência, incluindo os tripulantes de ambulância na área de suporte básico;

5. A partir de 2015, implementar a formação de secretárias, telefonistas, dactilógrafos, motoristas, tesoureiros, arquivistas, bibliotecários, empresas de prestação de serviço ao sector, protocolo, estafetas, manutenção e segurança hospitalares com temas relacionados com o atendimento ao público, ética, procedimentos administrativos, biossegurança, informática, inglês e outros, em parceria com INAD, IFAL, MAPTSS, EFTS, e outras instituições afins;

6. A partir de 2016 realizar 2 encontros Municipais por ano, de Formação Permanente para orientação metodológicas e técnicas; 7. Até finais de 2017, concluir a extensão dos Núcleos de Formação Permanente na sede do Município.

Estratégias

1. Criação de pontos Focais de Formação Permanente; 2. Orientação metodológica dos aspectos técnicos, pedagógicos e administrativos, trimestral e anualmente, dos pontos focais da Repartição Municipal e Hospital Municipal; 3. Criação de Núcleo de Formação Permanente.

Actividades

1. Constituição de 2 pontos focais, na sede do município;

2. Fazer o levantamento das necessidades de formação nas várias profissões a nível municipal;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 3. Dotar de meios técnicos, financeiros e materiais as coordenações da FP no município para a criação de NFP e orientação metodológica;

4. Mapear os trabalhadores por categorias/profissões e priorizar as profissões que menos beneficiam de acções de formação;

5. Mapear o potencial de formação (Formadores locais e externos) das unidades e capacitar os Formadores, assim como os supervisores de programas;

6. Implementar os instrumentos de supervisão e avaliação do impacto das formações

7. Adequar os currículos para capacitação em gestão sanitária de nível 1 (GUS1), infecções de transmissão sexual (ITS), emergência obstétricas, assistência integrada a doenças de infância (AIDI) e de Supervisão dos programas de saúde Pública;

8. Fazer advocacia para a organização e implementação a formação na área de acção médica e apoio hospitalar, em parceria com o MAT, EFTS e outras instituições afins;

9. Formar todos os profissionais que trabalham no serviço de urgência, incluindo os tripulantes de ambulância na área de suporte básico;

10. Advogar para a formação de secretárias, telefonistas, dactilógrafos, motoristas, tesoureiros, arquivistas, bibliotecários, empresas de prestação de serviços ao sector, protocolo, estafetas, manutenção e segurança hospitalares com temas relacionados com o atendimento ao público, ética, procedimentos administrativos, biossegurança, informática, inglês e outros;

11. Fazer advocacia para a consolidação e expansão da formação permanente a todo município em todas as áreas com ênfase em: área relacional, chefia e liderança, humanização;

12. Capacitar formadores assim como os supervisores dos programas de Saúde Pública;

13. Analisar os pacotes de formação (conteúdos e perfil dos docentes) oferecidos pelas ONG.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Escola de Formação Técnica de Saúde; MAPTSS.

3. Parceiros internacionais: Forca Saúde

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de US com núcleos de formação permanente;

2. Número de acções formativas programadas;

3. Número de acções formativas realizadas;

4. Número de técnicos formados.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatório anual no final de cada ano de formação, que vigora de Setembro a Outubro do ano seguinte em todo município.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Programa IV: Gestão e ampliação da rede sanitária

Subprograma de gestão e ampliação da rede sanitária

Projecto 47: Gestão e ampliação de infra-estruturas sanitárias

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Subprograma de gestão e ampliação da rede sanitária

Projecto 47: Gestão e Ampliação de Infra-estruturas Sanitárias

Metas

1. A partir de 2015, seja acautelada a área de expansão para todas as unidades sanitárias;

2. Até finais de 2017, divulgar e cumprir com Regulamento geral das unidades sanitárias públicas (REGUSAP) do SNS e instrumentos normativos e metodológicos para a melhoria de gestão e do desempenho da rede sanitária; 3. Até finais de 2016, implementar um Programa de Avaliação e Manutenção do Hospital Municipal de Bailundo e das restantes 28 US do Município; 4. A partir de 2016, todas as US funcionantes estão abrangidas por um programa de avaliação e “manutenção”;

5. A partir de 2016, utilizar o sistema de informação de gestão do sector, com indicadores estatísticos essenciais assegurando um fluxo de informação permanente entre todos os actores e permitindo a melhoria da tomada de decisão;

6. Entre 2015 e 2017, 100% de US dispõem de abastecimento de água principalmente no PS de Ulongo, (Hengue), Chiteta e Jango (Luvemba).

7. Até finais de 2017, 100% das US que actualmente não dispõem de abastecimento de energia eléctrica dispõem de energia eléctrica de forma estável

8. Até finais de 2017, 100% das US farão parte de um sistema seguro de tratamento de lixo hospitalar;

9. Até finais de 2017 80% das US têm funcionários e equipamentos que correspondem as suas necessidades e serviços; 10. Até 2017, melhorar a satisfação dos utentes das US para 60%;

11. Até 2017 reabilitar e apetrechar o hospital municipal;

12. Até 2017 construir/reabilitar e apetrechar a RMS e 3 centros de saúde; além de se ampliar o Hospital Municipal;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Estratégias

1. Previsão de área de expansão para todos os postos de saúde, permitindo o seu crescimento modular e paulatino.

2. Aumento do acesso aos serviços de saúde à população por níveis de atenção;

3. Construção de 1 Hospital municipal, 6 PS de saúde e 6 residências para técnicos (1 Ombala Nete; 1 Utende; 1 Capali; 1 Ngumba; 1 Jamba).

4. Criação de capacidades técnicas necessárias, a todos os níveis, para assegurar o bom desempenho do Programa de Gestão e Ampliação da Rede de infra-estruturas;

Actividades

1. Implementar o REGUSAP e os instrumentos normativos e metodológicos;

2. Construir e apetrechar 1 Hospital municipal, 6 PS de saúde e 6 residências para os técnicos (1 PS e 1 residência em Ombala Nete, Chinyala, Kalange (Bimbe); Utende (Levemba); e Demba (Lunje);

3. Adquirir 10 ambulâncias para transporte de doentes;

4. Apetrechar o depósito municipal de medicamentos;

5. Implementar o Sistema de Informação e Gestão da rede sanitária e de quadros de direcção aos níveis de atenção primário e secundário;

6. Elaborar Planos anuais de Acção, com enfoque para a ampliação e manutenção da rede;

7. Fazer manutenção preventiva e reparadora da Rede Sanitária Existente, incluindo as infra- estrutura e os equipamentos das unidades sanitárias da rede primária (com prioridade nos PS Jamba, PS Nganda, PS Ngumba, PS Capali, PS Calombeu, PS Chilombe, PS Chilemba) e secundária.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Gabinete Provincial de Estudos e Projectos (GEPE) e DPS Huambo.

3. Parceiros internacionais:

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de US que oferecem serviços correspondentes à sua Tipologia e Nível;

2. Número de US com funcionários e equipamentos que correspondem à sua Tipologia e Nível;

3. Número de US que dispõem de abastecimento de água, de energia e de um sistema seguro de tratamento de lixo hospitalar;

4. Número de unidades sanitárias reabilitadas;

5. Rácio relativo da população por unidade sanitária;

6. Número de utentes e acompanhantes satisfeitos com os serviços oferecidos nas unidades sanitárias;

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Planos de Acção do município;

2. Monitoria dos Objectivos descritos no Plano Municipal de Desenvolvimento Sanitário

3. Relatórios de Avaliação anuais de todo município.

4. Relatórios mensais, Semestrais e anuais do Planeamento e Estatística Municipal.

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Programa V: Gestão, aprovisionamento e logística, desenvolvimento do sector farmacêutico e dos dispositivos médicos

Subprograma de gestão e desenvolvimento do aprovisionamento e logística, do sector farmacêutico e dos dispositivos médicos

Projecto 48: Gestão e desenvolvimento do aprovisionamento e logística, do sector farmacêutico e dos dispositivos médicos

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo Subprograma de gestão e desenvolvimento do aprovisionamento e logística

Projecto 48: Gestão e desenvolvimento do aprovisionamento e logística, sector farmacêutico e dos dispositivos médicos

Metas

1. Até finais de 2016 construir e apetrechar o depósito municipal de medicamentos;

2. A partir de 2015, formar anualmente técnicos em boas práticas de armazenamento e distribuição;

3. Até 2016, reproduzir e distribuir a todas as unidades sanitárias o Manual de Procedimentos Operacionais das actividades de aprovisionamento de medicamentos e meios médicos;

4. Até finais de 2016, informatizar os instrumentos de gestão de toda rede sanitária do município;

5. Até final de 2015, garantir a qualidade e a permanente disponibilidade dos medicamentos essenciais nas unidades sanitárias do Município, em particular na rede de assistência primária;

6. Até ao fim de 2015, ter implementado o registo e vigilância (tecno-vigilância) dos dispositivos médicos;

7. Até 2016, ter realizado o inventário municipal do estado dos dispositivos médicos;

8. Até 2017, ter criado um mecanismo de manutenção de dispositivos médicos em todo município

9. Até finais de 2017, assegurar a promoção do uso racional dos medicamentos em todas as unidades Sanitárias a nível Municipal.

Estratégias

1. Aquisição de medicamentos com base em genéricos ou DCI;

2. Gestão eficiente dos produtos farmacêuticos, através de um sistema informatizado e funcionando em rede em todo município;

3. Aquisição de meios de transportes e de logística para a distribuição dos meios adquiridos;

4. Implementação e divulgação de normas para o controlo da qualidade de medicamentos e asseguramento da sua aplicação sistemática;

5. Reforço e adequação técnica das estruturas de armazenamento de medicamentos;

6. Reforço das capacidades dos profissionais que prescrevem e dispensam os medicamentos;

7. Reforço das capacidades em recursos humanos para a gestão dos medicamentos e dispositivos médicos;

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo 8. Assegurar a disponibilidade de dispositivos médicos;

9. Garantir o aprovisionamento de dispositivos médicos seguros, eficazes e custo-efectivos;

10. Criação de um sistema de manutenção dos dispositivos médicos.

Actividades

1. Elaborar as listas municipais de necessidades em produtos farmacêuticos e meios médicos, identificando as prioridades;

2. Planificar e executar a compra e distribuição regular e atempada das necessidades municipais de medicamentos e meios médicos;

3. Implementar o sistema informatizado de gestão;

4. Adquirir meios de transporte para a distribuição de medicamentos e meios médicos essenciais;

5. Realizar actividades regulares de supervisão das farmácias ao nível do município;

6. Organizar sessões de formação/capacitação dos prescritores e gestores de medicamentos;

7. Aplicar os critérios e procedimentos técnicos para uma boa conservação dos medicamentos na cadeia logística.

8. Adoptar instrumentos de supervisão dos gestores de medicamentos;

9. Capacitação regular dos supervisores;

10. Avaliar as necessidades municipais em medicamentos essenciais;

11. Adoptar as normas e procedimentos para o controlo da qualidade dos medicamentos no sistema de aprovisionamento;

12. Reproduzir, em quantidades suficientes, disponibilizar os manuais sobre gestão de medicamentos às unidades de saúde;

13. Promover a aplicação das normas de prescrição de medicamentos;

14. Organizar actividades de informação, educação e comunicação sobre o uso racional dos medicamentos;

15. Adoptar os critérios e procedimentos técnicos para a boa conservação dos medicamentos na cadeia logística;

16. Implementar e divulgar as normas e regulamentos para a aquisição, comercialização, instalação e utilização dos dispositivos médicos;

17. Criar condições que garantam a segurança e o bom funcionamento dos DM, nas unidades sanitárias utilizadoras;

131

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ilundo- Huambo 18. Capacitar os RH sobre as condições infra-estruturais para o bom funcionamento dos DM;

19. Capacitar técnicos e adoptar mecanismos e procedimentos para a realização do inventário municipal do estado dos dispositivos médicos;

20. Criar a base de dados municipal do acervo dos dispositivos médicos por unidade sanitária.

Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Direcção Provincial dos Medicamentos; Fornecedores contratados pelo Ministério da Saúde.

3. Parceiros internacionais: OMS, USAID

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Percentagem de medicamentos essenciais sob designação genérica ou DCI adquiridos em períodos definidos (curto, médio e longo prazos);

2. Número e período de tempo de roturas de stock de medicamentos vitais/essenciais em U.S. e Depósitos de Medicamentos a nível de município;

3. Percentagem de unidades sanitárias e armazéns com instrumentos de gestão de medicamentos e meios médicos funcionais para pelo menos um semestre;

4. Percentagem de estruturas com condições adequadas para o armazenamento de medicamentos, tendo por base os padrões internacionalmente definidos;

5. Percentagem de depósitos municipais com meios próprios de transportação de medicamentos e meios médicos;

6. Percentagem anual de concursos públicos para aquisição de medicamentos pela Administração Municipal;

7. Percentagem de depósitos municipais com meios próprios de transportação de medicamentos e meios médicos;

8. Percentagem de medicamentos essenciais disponíveis nas unidades sanitárias, da lista definida para o seu abastecimento;

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ilundo- Huambo 9. Percentagem de medicamentos genéricos no conjunto dos medicamentos essenciais disponíveis nas unidades sanitárias;

10. Duração média da rotura do stock de medicamentos essenciais para o tratamento das principais doenças correntes;

11. Percentagem de medicamentos prescritos e realmente dispensados aos pacientes nas unidades sanitárias;

12. Número médio de medicamentos prescritos por receita;

13. Percentagem de unidades sanitárias dispondo da lista nacional de medicamentos essenciais;

14. Percentagem de unidades sanitárias dispondo de protocolos terapêuticos;

15. Percentagem de unidades sanitárias dispondo de manuais actualizados sobre a gestão de medicamentos;

16. Percentagem de gestores, prescritores e supervisores que beneficiaram de formação continua;

17. Percentagem de unidades sanitárias com cartazes afixados com informações técnicas sobre os medicamentos essenciais;

18. Percentagem de unidades sanitárias com cartazes sobre o diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças correntes mais frequentes;

19. Percentagem de unidades sanitárias com manuais actualizados sobre o diagnóstico e tratamento de doenças correntes;

20. Percentagem de dispositivos médicos funcionais nas unidades sanitárias;

21. Número de dispositivos médicos inventariados;

22. Número de dispositivos médicos reparados;

23. Número de técnicos capacitados e ou formados;

24. Número de núcleos de manutenção funcionais.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Supervisões e Relatórios trimestrais das actividades de distribuição no Depósito Municipal;

2. Estudos sobre consumo e distribuição de medicamentos;

3. Estudos sobre a qualidade de medicamentos adquiridos pela Central de Compras e aprovisionamento de Medicamentos e meios médicos.

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Programa VI: Desenvolvimento do sistema de informação e gestão sanitária

Subprograma de gestão e desenvolvimento do sistema de informação sanitária

Projecto 51: Sistema de Informação e Gestão Sanitária para o apoio à tomada de decisões estratégicas, e ao planeamento

Projecto 52: Melhoria da vigilância integrada das doenças e preparação das respostas a eventuais surtos e epidemias

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Subprograma de gestão e desenvolvimento do sistema de informação sanitária

Projecto 51: Sistema de Informação e Gestão Sanitária para o apoio à tomada de decisões estratégicas, e ao planeamento

Metas

1. Até 2017, implementar a legislação sanitária do País e as normas de implementação nacionais da recolha e uso dos dados estatísticos da saúde;

2. Até 2017, implementação da reestruturação e a integração de todos os subsistemas no SIS, a nível do Município;

3. Até 2017, dispor de condições tecnológicas relativas a utilização do SIS no Serviço Municipal de Saúde;

4. Até 2017, dispor de recursos humanos capacitados para a gestão do SIS em todo município;

5. Até 2017, garantir a utilização do SIS para o sistema de gestão da saúde.

Estratégias

1. Formação de técnicos em métodos estatísticos e informáticos;

2. Implementar a legislação sanitária de recolha e uso de dados estatísticos.

3. Implantar a base de dados do SIS integrada, logo que as condições estejam criadas.

Actividades

1. Implementar os instrumentos jurídicos e outros dispositivos legais complementares que regulamentam a recolha e utilização dos dados estatísticos do sector, incluindo a actualização dos Mapas Sanitários;

2. Implementar a base de dados do MINSA que integra a informação existente nos vários subsistemas;

3. Implementar os instrumentos de recolha de dados;

4. Capacitar permanentemente os quadros de estatística, informática a médio e longo prazo.

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ilundo- Huambo 5. Adquirir e distribuir meios e equipamentos informáticos em apoio ao Sistema Municipal de Saúde.

Quadro de execução Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde; 2. Parceiros nacionais: Repartição de estudos planeamento e estatístico; 3. Parceiros internacionais: OMS, USAID.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número de relatórios integrados produzidos pelo sistema de informação, incluindo a vigilância epidemiológica, registo hospitalar (público, militar e privado), informação de rotina de recursos humanos e recursos financeiros

2. Número de anuários recebidos;

3. Número de instituições e unidades ligadas ao SIS;

4. Número das unidades sanitárias que informam regularmente;

5. Número de mapas actualizados;

6. Dados sobre doenças não transmissíveis, acidentes de viação, a mortalidade materna e neonatais incluídas no sistema de vigilância epidemiológica.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios mensais, trimestrais e anuais integrados do SIS;

2. Relatórios de supervisão;

3. Anuários estatísticos.

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ilundo- Huambo Projecto 52: Melhoria da vigilância integrada das doenças e preparação das respostas a eventuais surtos e epidemias

Metas

1. Até 2017, alcançar pelo menos 90% da taxa de pontualidade da notificação das doenças com potencial epidémico;

2. Até 2017, dotar o nível municipal de capacidade para investigar responder aos surtos epidemiológicos em 48 horas;

3. Até 2016, 70% dos técnicos municipais envolvidos nas actividades de VE deverão estar treinados para executar as actividades, conforme as normas nacionais e internacionais;

Estratégias

1. Implementar a política nacional de vigilância epidemiológica;

2. Reforço da integração na VID-R de outras doenças crónicas não transmissíveis, morte materna e acidentes rodoviários;

3. Criação de banco municipal de processamento de dados;

4. Reforço de recursos humanos em bioestatística e epidemiologia a todo o nível do sistema municipal de saúde;

5. Supervisão regular com uma vertente formativa;

6. Reforçar a coordenação municipal de Saúde Pública, outros laboratórios de referência municipal, o Programa de Resposta às Emergências; a Protecção Civil;

7. Divulgação da informação epidemiológica.

Actividades

1. Dinamizar o Comité Municipal de luta contra as epidemias;

2. Criar os procedimentos de monitorização da execução dos planos a nível municipal e acreditação dos resultados da implementação de VID-R;

3. Criar os núcleos de formação municipal para a implementação da VID-R ao nível municipal;

4. Implementar os guiões específicos para as doenças com vigilância baseada na investigação de casos;

5. Implementar os encontros anuais com os profissionais de saúde das principais unidades

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ilundo- Huambo sanitárias do Município;

6. Dinamizar a monitorização da busca activa e mecanismos de controlo de qualidade da visita, a nível municipal;

7. Formar os pontos focais (autoridades locais, terapeutas tradicionais) e outro tipo de agentes comunitários;

8. Reproduzir e distribuir os instrumentos de notificação e investigação de surtos;

9. Adequar os instrumentos actuais de recolha da informação, incluindo a busca activa de casos de acordo com o Regulamento Sanitário Nacional e Internacional;

10. Adquirir e distribuir o material e equipamento para melhorar a recolha, recepção, tratamento, processamento e divulgação de dados a todos os níveis;

11. Implementar as normas de funcionamento do banco de Processamento de Dados ao nível municipal;

12. Rever os procedimentos de referência e contra referência da informação;

13. Elaboração e implementação de um plano de formação contínua para todos os níveis;

14. Implementar um modelo de treino dos técnicos de vigilância epidemiológica municipal durante a supervisão provincial;

15. Rever, elaborar e divulgar os Boletins Epidemiológicos semanais e mensais a todos os níveis.

Quadro de execução Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Departamento Provincial de vigilância Epidemiológica, AMOSMID

3. Parceiros internacionais: OMS, Cooperação cubana.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Número das unidades sanitárias com sistemas de VE organizados de acordo com as normas nacionais.

2. Número de surtos epidémicos investigados com relatório final elaborado;

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ilundo- Huambo 3. Número de técnicos municipais treinados em investigação epidemiológica de casos, investigação e resposta a surtos epidémicos;

4. Número de US com Taxa de Notificação de 1.0 casos suspeitos de sarampo investigados com amostra por cada 1000 habitantes;

5. Número de US com 80% que notificaram pelo menos 1 caso suspeito de febre-amarela com amostra;

6. Número de surtos investigados em 48 horas desde a notificação da alerta;

7. Número de boletins elaborados e distribuídos atempadamente ao Nível Municipal;

8. Número de US que notificaram regularmente em cada semana;

9. Número de US com pelo menos 90% de relatórios mensais enviados atempadamente nos últimos 12 meses.

Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

1. Relatórios de US e de supervisão recebidos ao Nível municipal;

2. Relatórios mensais das actividades recebidas ao nível municipal;

3. Boletins epidemiológicos mensais recebidos ao nível municipal;

4. Relatórios finais de surtos epidémicos disponíveis ao Nível municipal;

5. Relatórios de capacitações realizados em cada US;

6. Relatórios de investigação de surtos enviados ao Nível Provincial;

7. E-mail ou notas de envio emitidos pelo CPDE.

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Programa VII: Desenvolvimento do Quadro Institucional

Subprograma da Inspecção Geral de Saúde

Projecto 54: Inspecção-geral de Saúde

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Subprograma da Inspecção Geral de Saúde

Projecto 54: Inspecção-geral de Saúde

Metas

1. Até 2017, ter adoptado a estrutura orgânica de inspecção no município;

2. Até 2017 dotar as unidades de meios de modo a permitir que cumpram os instrumentos legais e normas existentes a todos os níveis de administração (municipal);

3. A partir de 2015, efectuar inspecções às instituições comerciais e demais instituições alvo da vigilância sanitária;

4. A partir de 2015, fazer cumprir os instrumentos legais e normas existentes, em 100% das instituições a todo Município;

5. A partir de 2015 vistoriar todas as unidades sanitárias públicas a serem construídas e/ ou em construção;

6. Até 2017, acabar com a venda ilegal de medicamentos e dispositivos médicos.

Estratégias

1. Fortalecimento do papel da IGS, enquanto órgão coordenador e fiscalizador da vigilância sanitária, segundo as atribuições do Regulamento Sanitário Nacional;

2. Criação da Secção de Inspecção Municipal da Saúde em termos estruturais e os serviços de inspecção da Saúde a nível municipal;

3. Reforço do quadro de pessoal em matéria inspectiva;

4. Actualização da carreira inspectiva em saúde bem como a revisão salarial;

5. Melhoria dos sistemas e procedimentos inspectivos dos serviços da Inspecção da Saúde;

Actividades

1. Implementar instrumentos legais e normativos nas dependências do Município;

2. Implementar o regulamento interno da Inspecção Geral da Saúde;

3. Implementar o Estatuto orgânico da Inspecção Geral da Saúde;

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ilundo- Huambo 4. Implementar o Código de ética e conduta do inspector;

5. Implementar as normas de funcionamento das inspecções de saúde a nível municipal;

6. Plano de carreira inspectiva da Inspecção da Saúde;

7. Actualizar a carreira inspectiva em saúde bem como a rever a tabela salarial;

8. Realizar inspecções programadas ou não às instituições alvo;

9. Formar e capacitar recursos humanos;

10. Realizar inquéritos, isoladamente ou em conjunto, com as mais diversas Secções da Direcção Municipal de saúde com o propósito de esclarecer situações;

11. Implementar e divulgar modelos e Guiões de Inspecção a instituições e serviços;

12. Redefinir as estruturas orgânicas e funcionais da inspecção da saúde, a nível do município;

13. Certificar as unidades sanitárias;

14. Participar do Licenciamento de unidades sanitárias privadas e reinspecções com vista ao cumprimento do decreto n.º 48/92 de 11 de Setembro e no estatuto orgânico do MINSA;

15. Supervisionar trimestralmente as US em especial o cumprimento dos padrões de qualidade;

16. Actualizar e controlar o inventário Patrimonial da Inspecção Municipal da Saúde;

17. Verificar o património do RMS;

18. Inspeccionar as instituições comerciais e demais organismos alvos da vigilância sanitária a fim de se evitar a produção e comercialização de produtos de qualidade duvidosa;

19. Criar serviços de inspecção da saúde em todos os pontos de entrada do Município com o objectivo de aplicar os Regulamentos Sanitário Nacional e Internacional;

20. Inspeccionar os estabelecimentos farmacêuticos no âmbito do combate a venda ilegal de medicamentos;

21. Inspeccionar projectos do RMS com o intuito de se verificar o cumprimento de normas;

22. Pronunciar e/ou vistoriar as unidades sanitárias públicas a serem construídas e/ou em construção e ampliação com o propósito de se verificar o cumprimento dos requisitos básicos para o planeamento de uma unidade sanitária;

23. Recrutar e admitir pessoal tendo em vista as cifras preconizadas no quadro previsional dos Recursos Humanos.

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ilundo- Huambo Quadro de execução

Organismos e órgãos responsáveis

1. Organismos de execução: Administração Municipal coadjuvada pela Direcção Municipal de Saúde;

2. Parceiros nacionais: Departamento Provincial de Inspecção sanitária;

3. Parceiros internacionais: OMS.

Plano de monitoria e avaliação

Indicadores de seguimento e avaliação

1. Percentagem de unidades sanitárias privadas e públicas inspeccionadas;

2. Percentagem de farmácias inspeccionadas;

3. Percentagem de recomendações efectivamente implementadas;

4. Percentagem de unidades sanitárias com a legislação sanitária implementada;

5. Número de recomendações efectivamente cumpridas;

6. Número de supervisões efectuadas;

7. Número de inspectores da saúde formados;

8. Número de inspectores que participaram de cursos de capacitação;

Mecanismos de seguimento e de avaliação

1. Relatórios mensais, trimestrais e anuais.

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3. Quadro de Execução

3.1 Coordenação das actividades do PMDS

O seguimento e a coordenação da implementação do PMDS, são da responsabilidade do administrador Municipal, coadjuvado pelo Chefe da Repartição Municipal de Saúde, que lidera a equipa técnica multissectorial municipal, com apoio de um secretariado.

As Comissões Municipais de Saúde a serem criadas e os Conselhos de Auscultação e Concertação Social fazem parte das equipas municipais multissectoriais, que deverão elaborar e acompanhar o processo de implementação do PMDS.

No entanto, importara ao Chefe da Repartição Municipal de Saúde exercer liderança e tomar iniciativas no sentido de se impulsionar a implementação dos vários projectos conformando o PMDS, por razões técnicas, sendo a sua responsabilidade a busca de apoios necessários junto da Administração Municipal ou das Direcções Municipais competentes dos vários sectores envolvidos nos determinantes de Saúde.

3.2 Organismos e órgãos responsáveis pela execução

• Organismos de execução: Administração Municipal com base em iniciativas técnicas da Repartição Municipal de Saúde.

• Parceiros nacionais: Repartições Municipais de Educação, Serviços Sociais, Serviços Técnicos, Fiscalização, Policia Nacional, Entidades Religiosas, Autoridades Tradicionais, Comissão dos Moradores, Órgãos Provinciais e Centrais;

• Parceiros internacionais: OMS, UNICEF, USAID, Cooperação Cubana, ForcaSaúde.

3.3 Mecanismos e instrumentos de seguimento e avaliação

Os instrumentos de seguimento são constituídos por reuniões e relatórios trimestrais e anuais, elaborados com base nos indicadores e metas de prestação de serviços contidos no PMDS e deverão ser submetidos à Província.

Para se evitarem atrasos na análise e apreciação dos relatórios, a diferentes níveis, bem como na transmissão dos mesmos para os níveis superiores, um calendário harmonizado será implementado elaborado pelo nível central, para servir de referência. O mesmo vai ser compatibilizado com o processo de elaboração do OGE.

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Bibliografia

1. Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo “Angola 2025”

2. Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-2025 (1º,2º e 3º volume)

3. Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017

4. Política Nacional de Saúde

5. Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

6. Relatórios da Administração Municipal 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013

7. Relatórios da RMS 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013

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Ficha técnica

No. Nome Município Local / Função 1 Afonso Tulumba Bailundo/Chefe do depósito Bailundo Medicamentos 2 Bárbara González Cabrera Bailundo Bailundo/Dra APS 3 Benedito Branco Bailundo/Supervisor M. Bailundo Promoção de Saúde 4 Clementino Sacanombo Huambo Huambo/Facilitadora Provincial 5 Dánia Aguilar Cabrera Bailundo/ Assessora de Bailundo Estatística 6 Dolina Nassocopia Miguel Bailundo Administradora M. Adjunta 7 Elias Mário da Silva Bailundo/Supervisor de Parteiras Bailundo Tradicionais 8 Ester Rosa Lucas Huambo Huambo/Facilitadora Provincial 9 Ezequiel Joaquim Bailundo Bailundo/supervisor Imunização 10 Francisco Zacarias Enoque Bailundo Chefe de Repartição de Educação 11 Freitas Jacob Muangala Bailundo/Supervisor Municipal de Bailundo Malária 12 Helder David Canhara Bailundo Director de Energia e água 13 Helena Chambula Bailundo/Supervisora de Saúde Bailundo Reprodutiva 14 Idalina Chapua Júnior Representante da Promoção da Bailundo mulher 15 João Sambalundo Suquete Bailundo Supervisor M. Tuberculose 16 Kapinga M.L.Didier NPO/EPI/OMS - Facilitadora Huambo Provincial 17 Luciano Matias Samundombe Bailundo Chefe de Secção do Planeamento e Estatística 18 Manuel Paulo Sataleco Bailundo Bailundo/Chefe de RMS 19 Marcelino Chiwale Bailundo/Supervisor Vig. Bailundo Epidemiológica 20 Mateus Camesse Representante dos Antigos C. e Bailundo Vet. Da Pátria 21 Mateus Lumingo Chimbungo Chefe de Secção da Cultura J. e Bailundo Desportos 22 Morais Fortuna Chefe de Secção da pesca e Bailundo Desenvolvimento Rural 23 Salvador Junior Gonga Bailundo Chefe de Repartição dos Serviços Técnicos 24 Tavares Edson Matapalo Eduardo Chefe de Repartição Ass. Bailundo Económicos 25 Timotio Mango Samemba Bailundo Bailundo/Supervisor de VIH-SIDA 26 Vitória do Rosário de Jesus Bailundo Bailundo/Estatística Chipeio

Revisão técnica

No. Nome Local / Função 1 Tánia Lourenço Secretariado Técnico do PNDS

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Equipa de Formulação do PMDS do Município do Bailundo

Equipa Municipal Participante do Seminário de Elaboração dos Planos Municipais de Saúde. Huambo, 9 -13 de Junho de 2014.

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ilundo- Huambo Anexos

Anexo 1 Boletim epidemiológico 2009-2013

Tabela 46: Informação epidemiológica do Município. Período 2009 – 2013 2009 2010 2011 2012 2013 Total Doenças Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Cólera 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Difteria 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Disenteria 382 0 0 0 0 0 1.191 0 0 0 1573 0 Doença Diarreica 2101 1 4.855 2 10.197 2 13.906 4 19.109 4 50. 168 13 Aguda Doença Hemorrágica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Viral Doença Respiratória 9.378 35 13.685 17 29.604 32 41.074 43 52.913 57 146.654 184 Aguda Febre Tifóide 50 0 169 0 297 1 281 0 1.306 1 2.103 2 Febre-amarela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Infecções de Transmissão Sexual 841 0 880 0 1.634 0 2.051 0 2.347 0 7.753 0 (ITS) Lepra 14 0 9 0 11 0 12 0 21 0 67 0 Malária 62.267 112 13.177 77 10.941 37 7.838 14 9.347 3 103.570 243 Má nutrição Aguda 0 0 341 11 247 18 305 40 637 26 1530 95 Meningite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 Paralisia flácida 0 0 2 0 2 0 2 0 5 0 11 0 Aguda (Poliomielite) Peste 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Oncocercose 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 Raiva 1 1 0 0 1 1 5 3 3 2 10 7 Sarampo 4 0 0 0 9 2 9 1 117 0 139 3 Schistosomíase 9 0 0 0 5 0 6 0 8 0 28 0 SIDA 24 0 48 0 89 3 87 3 102 2 350 8 Síndromas Ictéricos 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 Tétano-neonatal 2 2 0 0 0 0 1 1 4 4 7 7 Tosse convulsa 0 0 3 0 3 0 3 0 4 0 13 0 Tripanossomíase 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Humana Africana Tuberculose 38 0 100 2 145 5 382 27 66 12 732 46 Xeroftalmia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: RMS - Bailundo

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Tabela 47 Informação epidemiológica de Município de Bailundo. Ano 2009 Doenças Casos Óbitos <5 anos 5-14 >15 anos Total <5 anos 5-14 >15 anos Total Cólera 0 0 0 0 0 0 0 0 Difteria 0 0 0 0 0 0 0 0 Disenteria 154 133 95 382 0 0 0 0 Doença Diarreica Aguda 1.342 510 249 2.101 0 0 1 1 Doença Hemorrágica Viral 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença Respiratória Aguda 4.560 3.188 1.630 9.378 28 4 3 35 Febre Tifóide 21 19 10 50 0 0 0 0 Febre-amarela 0 0 0 0 0 0 0 0 Infecções de Transmissão Sexual 6 20 815 841 0 0 0 0 (ITS) Lepra 14 14 0 0 0 0 Malária 26.803 22.797 12.667 62.267 62 16 34 112 Má nutrição Aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 Meningite 0 0 0 0 0 0 0 0 Paralisia flácida Aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 (Poliomielite) Peste 0 0 0 0 0 0 0 0 Oncocercose 0 0 0 0 0 0 0 0 Raiva 0. 0 1 1 0 0 1 1 Sarampo 4 0 0 4 0 0 0 0 Schistosomíase 0 1 6 7 0 0 0 0 SIDA 1 2 21 24 0 0 0 0 Síndromas Ictéricos 0 0 0 0 0 0 0 0 Tétano-neonatal 2 0 0 2 2 0 0 2 Tosse convulsa 0 0 0 0 0 0 0 0 Tripanossomíase Humana 0 0 0 0 0 0 0 0 Africana Tuberculose 1 4 33 38 0 0 0 0 Xeroftalmia 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: RMS - Bailundo

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Tabela 48 Informação epidemiológica de Município de Bailundo. Ano 2010 Doenças Casos Óbitos <5 anos 5-14 >15 anos Total <5 anos 5-14 >15 anos Total Cólera 0 0 0 0 0 0 0 0 Difteria 0 0 0 0 0 0 0 0 Disenteria 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença Diarreica Aguda 2.550 1.507 798 4.855 2 0 0 2 Doença Hemorrágica Viral 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença Respiratória Aguda 5.291 2.821 5.573 13.685 7 3 7 17 Febre Tifóide 22 34 113 169 0 0 0 0 Febre-amarela 0 0 0 0 0 0 0 0 Infecções de Transmissão Sexual 56 116 708 880 0 0 0 0 (ITS) Lepra 3 0 6 9 0 0 0 0 Malária 5.093 5.031 3.053 13.177 46 10 21 77 Má nutrição Aguda 330 10 1 341 8 3 0 11 Meningite 0 0 0 0 0 0 0 0 Paralisia flácida Aguda 0 2 0 2 0 0 0 0 (Poliomielite) Peste 0 0 0 0 0 0 0 0 Oncocercose 0 0 0 0 0 0 0 0 Raiva 0 0 0 0 0 0 0 0 Sarampo 0 0 0 0 0 0 0 0 Schistosomíase 0 0 0 0 0 0 0 0 SIDA 1 1 46 48 0 0 0 0 Síndromas Ictéricos 0 0 0 0 0 0 0 0 Tétano-neonatal 0 0 0 0 0 0 0 0 Tosse convulsa 0 3 0 3 0 0 0 0 Tripanossomíase Humana 0 0 0 0 0 0 0 0 Africana Tuberculose 5 6 89 100 0 0 2 2 Xeroftalmia 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: RMS - Bailundo

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Bailundo, Huambo

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Tabela 49 Informação epidemiológica de Município de Bailundo. Ano 2011 Doenças Casos Óbitos <5 anos 5-14 >15 anos Total <5 anos 5-14 >15 anos Total Cólera 0 0 0 0 0 0 0 0 Difteria 0 0 0 0 0 0 0 0 Disenteria 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença Diarreica Aguda 4934 2210 3053 10197 2 0 0 2 Doença Hemorrágica Viral 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença Respiratória Aguda 12970 11253 5381 29604 26 3 3 32 Febre Tifóide 28 89 180 297 1 0 0 1 Febre-amarela 0 0 0 0 0 0 0 0 Infecções de Transmissão Sexual 5 228 1.401 1.634 0 0 0 0 (ITS) Lepra 0 0 11 11 0 0 0 0 Malária 4508 2988 3445 10941 27 2 8 37 Má nutrição Aguda 239 8 0 247 15 3 0 18 Meningite 0 0 0 0 0 0 0 0 Paralisia flácida Aguda 2 0 0 2 0 0 0 0 (Poliomielite) Peste 0 0 0 0 0 0 0 0 Oncocercose 0 0 0 0 0 0 0 0 Raiva 0 1 0 1 0 1 0 1 Sarampo 3 6 0 9 1 1 0 2 Schistosomíase 0 0 5 5 0 0 0 0 SIDA 5 0 84 89 0 0 3 3 Síndromas Ictéricos 0 0 0 0 0 0 0 0 Tétano-neonatal 0 0 0 0 0 0 0 0 Tosse convulsa 3 0 0 3 0 0 0 0 Tripanossomíase Humana 0 0 0 0 0 0 0 0 Africana Tuberculose 3 9 133 145 0 0 5 5 Xeroftalmia 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: RMS - Bailundo

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Bailundo, Huambo

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Tabela 50 Informação epidemiológica de Município de Bailundo. Ano 2012 Doenças Casos Óbitos <5 anos 5-14 >15 anos Total <5 anos 5-14 >15 anos Total Cólera 0 0 0 0 0 0 0 0 Difteria 0 0 0 0 0 0 0 0 Disenteria 629 200 362 1.191 0 0 0 0 Doença Diarreica Aguda 7.312 3.737 2.857 13.906 4 0 0 4 Doença Hemorrágica Viral 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença Respiratória Aguda 16.818 7.034 17.222 41.074 32 5 6 43 Febre Tifóide 58 83 140 281 0 0 0 0 Febre-amarela 0 0 0 0 0 0 0 0 Infecções de Transmissão Sexual 9 176 1.866 2.051 0 0 0 0 (ITS) Lepra 0 0 12 12 0 0 0 0 Malária 2.415 2.527 2.896 7.838 7 4 3 14 Má nutrição Aguda 277 28 0 305 37 3 0 40 Meningite 0 0 0 0 0 0 0 0 Paralisia flácida Aguda 2 0 0 2 0 0 0 0 (Poliomielite) Peste 0 0 0 0 0 0 0 0 Oncocercose 0 0 0 0 0 0 0 0 Raiva 1 2 2 5 1 2 0 3 Sarampo 4 5 0 9 1 0 0 1 Schistosomíase 0 0 6 6 0 0 0 0 SIDA 5 5 77 87 0 0 3 3 Síndromas Ictéricos 0 0 0 0 0 0 0 0 Tétano-neonatal 1 0 0 1 1 0 0 1 Tosse convulsa 3 0 0 3 0 0 0 0 Tripanossomíase Humana 0 0 0 0 0 0 0 0 Africana Tuberculose 3 11 368 382 0 0 27 27 Xeroftalmia 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: RMS - Bailundo

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Bailundo, Huambo

ilundo- Huambo

Tabela 51 Informação epidemiológica de Município de Bailundo. Ano 2013 Doenças Casos Óbitos <5 anos 5-14 >15 anos Total <5 anos 5-14 >15 anos Total Cólera 0 0 0 0 0 0 0 0 Difteria 0 0 0 0 0 0 0 0 Disenteria 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença Diarreica Aguda 9473 4214 5422 19109 3 1 0 4 Doença Hemorrágica Viral 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença Respiratória Aguda 21591 21906 9516 53013 35 5 17 57 Febre Tifóide 187 383 736 1306 0 0 1 1 Febre-amarela 0 0 0 0 0 0 0 0 Infecções de Transmissão Sexual 43 175 2129 2347 0 0 0 0 (ITS) Lepra 1 1 19 21 0 0 0 0 Malária 3337 2655 3355 9347 0 2 1 3 Má nutrição Aguda 594 36 7 637 24 2 0 26 Meningite 1 0 0 1 0 0 0 0 Paralisia flácida Aguda 4 1 0 5 0 0 0 0 (Poliomielite) Peste 0 0 0 0 0 0 0 0 Oncocercose 0 0 0 0 0 0 0 0 Raiva 0 0 3 3 0 0 2 2 Sarampo 62 55 0 117 0 0 0 0 Schistosomíase 0 0 8 8 0 0 0 0 SIDA 1 5 96 102 0 1 1 2 Síndromas Ictéricos 1 0 1 2 0 0 0 0 Tétano-neonatal 4 0 0 4 4 0 0 4 Tosse convulsa 3 1 0 4 0 0 0 0 Tripanossomíase Humana 0 0 0 0 0 0 0 0 Africana Tuberculose 0 13 54 67 0 0 12 12 Xeroftalmia 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: RMS - Bailundo

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Anexo 2 Resumo dos principais problemas e conclusões

1. Perfil Sanitário Do Município do Bailundo

Tópico Problemas e sua localização Malária 1. Rotura de stocks de TDR, m

2. Número insuficiente de labo

3. Rejeição da pulverização int

4. Dificuldade na aquisição de

DRA 1. Não actualização dos técnico

2. Baixa cobertura vacinal de P

DDA 1. Insuficiência de equipament

2. Deficiente abastecimento de

Tuberculose 1. Número Insuficiente de labo

2. Abandonos ao tratamento

Sarampo 1. Insuficiência de Recursos Hu

2. Insuficiência de meios de tra

VIH/SIDA 1. Abastecimento irregular dos

2. Falta de serviços de CATV, A

Tripanossomíase Não existe no Município

Cólera Não registado

Lepra 1. Abastecimento irregular de

2. Via de comunicação difícil p

Doenças Negligenciadas Falta implantar o programa

Saúde Sexual Reprodutiva 1. Dificuldades de acesso às co

2. Infra-estruturas inadequada

3. Insuficiente número de técn

4. Abastecimento irregular de entre outros); 5. Não se realizam consultas d

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Bailundo, Huambo

- Huambo Tópico Problemas e sua localização Doenças crónicas não transmissíveis Não se faz o diagnóstico das doen

Acidentes rodoviários Não existe um sistema de control

2. Determinantes sociais da saúde

SECTOR PROBLEMAS IDENTIFICADOS E SUA LOCALIZAÇÃO IMPÁCTO Educação • Insuficiência de unidades escolares em todas as • Superlotação de alunos em salas de aulas; o que comunas. impossibilita o acompanhamento adequado dos professores. • Aulas por baixo das árvores; provoca distracção dos alunos e consequentemente o fraco aproveitamento escolar, bem como expostas ao perigo e susceptíveis em apanhar doenças respiratórias, conjuntivites etc. • Insuficiência de professores em todas as comunas. • Alunos fora do sistema de ensino; subcarga aos professores existentes; o que pode causar problemas psíquico-mentais. • Falta de agregação pedagógica por parte de alguns • Má qualidade de ensino. professores • Falta de escolas do II Ciclo e institutos médios • Dificuldades dos alunos residentes nas comunas profissionais em todas as comunas. continuarem com os estudos. • Emigração de alunos para as zonas onde se encontra os níveis pretendidos. Cultura • Prática da circuncisão tradicional. • Uso do material não esterilizado, periga a saúde pública. Habitação • Má conservação das casas de construção • Muitas destas, acabam por desabar, sobre tudo, na definitivas ao nível do município e das comunas; época chuvosa, causando feridos e muitas vezes vítimas elevado número de casas construídas com BTC mortais. (blocos de terra comprimida, vulgo adobe) e de pau-a-pico. Existência de casas em zonas de risco, tais como nas bermas dos rios, estradas principais, proximidades das ravinas, etc.

• Elevado número de casas com cobertura de capim, • A prática constante de queimadas anárquicas que sobre tudo, nas comunas. ocorrem, sobre tudo, na época do cacimbo e que muitas vezes chegam a atingir as zonas com casas deste tipo de cobertura. Energia • Insuficiência de grupos geradores e mau estado da • Grande parte da população não se beneficia da energia rede de distribuição. • Eléctrica da rede pública. Água • Insuficiente n.º de sistemas de captação e • Cerca de 65% da população consome água não tratada tratamento de água em todas as comunas. (rios e poços). Saneamento • Crescimento demográfico acelerado, aliado a • Dificuldades de recolha de resíduos sólidos em toda a insuficiência orçamental. extensão do Município, o que provoca danos na saúde pública. Agro- • Falta de matadouros em todas as comunas. • Impossibilidade de inspecção do animal antes e pós pecuárias morte. • Falta de higienização o que resulta na contaminação do produto e consequentemente causa doença ao consumidor. • Insuficiência de técnicos agro-pecuários • Dificuldades no acompanhamento das actividades agro- Pecuárias. • Insuficiência de meios de transporte para técnicos • Dificuldade de deslocação para as actividades de campo. • Falta de centros médicos veterinários ao nível do • Dificulta o controlo sanitário dos animais. Município. Protecção • Falta de lar de idosos ao nível do município. • Dificuldades no auto - sustentação Social • Falta de centros de acolhimento de crianças • Elevado nº de crianças na rua estando sujeitas a práticas

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Bailundo, Huambo

- Huambo SECTOR PROBLEMAS IDENTIFICADOS E SUA LOCALIZAÇÃO IMPÁCTO abandonadas e órfãs em todas as comunas. • Inapropriadas, tais como: a delinquência, uso de Substâncias nocivas e outras. • Exploração infantil • Desvios psicológicos e comportamentais perante a Sociedade. Acesso, • Mau estado das vias de acesso que ligam as sedes • -Atraso na evacuação dos doentes, dos centros e postos transporte e das comunas às Ombalas e Aldeias. de saúde para o Hospital Municipal. comunicação • Insuficiência de meios de transportes público- • Elevado custo de transportação de pessoas e bens. privado. • Necessidade de expansão da rede de • Dificuldade na inter- comunicação entre as localidades comunicação. de maior concentração populacional.

3. Serviços de saúde e sistema de gestão

Problemas e sua localização Causas Soluções

Repartição Municipal de Falta de nomeação para o cargo Atraso na circulação de Dar informações pontuais para os Saúde de chefia dos Centros e postos de informação e aviso efeitos saúde de: Centro M. Infantil, atempadamente para a Candandi, Jamba, Missão C. organização dos processos em Hanga, Utende, Nganda, Capali, tempo oportuno. Ngumba, Calombeu, Chinhala, Janju Ndungo, Missão C. Janju, Chiteta, Cassenje, Chilombe, Chilemba e Ngolongo.

Infra-estruturas Postos de saúde de construção Construção de adobes, Construção definitiva com as provisória da Jamba, Utende, compartimentos não adequados condições adequadas Nganda, Capali, Ngumba, Calombeu, Janju Ndungo, Chilombe, Chilemba.

Recursos Humanos Insuficiência de técnicos de saúde Falta de formação do pessoal de Formação do pessoal técnico (médicos, enfermeiros e saúde qualificado. qualificado e concurso de especialistas) em todas as admissão. unidades sanitárias

Medicamentos Dificuldade de armazenamento e Falta de uma viatura e depósito de Aquisição de uma viatura, transportação de medicamentos, medicamentos com todos construção do depósito municipal na Repartição e nas Unidades requisitos técnicos adequados e ampliação das farmácias nas Sanitárias unidades sanitárias.

Dispositivos Médicos Falta de equipamentos Défice de recursos financeiros Abertura de naturezas para qualificados nas 26 unidades para aquisição dos equipamentos aquisição dos equipamentos sanitárias por falta de naturezas nos necessários para apetrechamento cuidados primários de saúde as unidades sanitárias.

Sistema de Informação Disparidades dos dados Uniformização dos modelos Criação de base de dados, estatísticos em todos os níveis estatísticos e reconciliação da uniforme de modelos estatísticos. informação com todos os programas

Articulação funcional Existem dificuldades no sistema de Não existem os modelos de Criação, distribuição e referência e contra referência por referência e contra referência, implementação dos modelos de falta dos modelos, comunicação e falta de serviços de comunicação, referência e contra referência, supervisão dos diferentes falta de transporte e via de difícil continuar com o plano de programas para corrigir as acesso. recuperação das estradas inter- dificuldades no andamento das comunais que permitam uma actividades laborais das U. maior fluidez e continuar com a

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Bailundo, Huambo

- Huambo Problemas e sua localização Causas Soluções

Sanitárias. ampliação da rede de comunicação.

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Bailundo, Huambo

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Este documento foi possível graças ao apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), sob o Programa de Fortalecimento do Sistema Angolano de Saúde – ForçaSaúde e contou com as fontes de financiamento seguinte:

Em parceria:

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