Exposição de 22 de outubro a 18 de dezembro de 2008 Casa Fiat de Cultura Rua Jornalista Djalma de Andrade, 1250 Belvedere - Nova Lima/MG www.casafiatdecultura.com.br

Realização Patrocínio Parceria Parceria Institucional

Apoio Cultural

2 3 ara além das belas imagens desta exposição, busquemos o olhar de quem as

fixou. Para Fernando Pessoa, “as viagens não são o que vemos, mas o que so- Pmos”. Se é assim, e creio que assim seja, esse Brasil que nos é revelado, o Brasil dos viajantes, é um Brasil, não o único Brasil. Importa-nos saber que Brasil fomos à luz

desse olhar alheio, comparando-o com o nosso próprio Brasil, o de nosso olhar, seja o do

século XIX, seja o do presente século? Também acredito que sim. Se naquele tempo um

desses viajantes podia dizer, como o fez, que, “até agora, a natureza tem feito mais para

o Brasil do que o homem”, o que poderia ser dito, hoje, pelo viajante e por nós? Viajemos

nessa viagem e lancemos sempre o nosso olhar sobre o Brasil, o de ontem e o de hoje. É

o que propõe a Casa Fiat de Cultura, ao oferecer esta exposição.

J E de Lima Pereira Presidente da Casa Fiat de Cultura

4 5 APPA, parceira da Casa Fiat de Cultura desde a sua implantação em 2006,

se sente orgulhosa e grata pela oportunidade de integrar o grande grupo Ade parceiros desta importantíssima exposição Olhar Viajante, ao lado do Ministério da Cultura, da Pinacoteca, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo

e da Expomus. Reafirmamos, com isso, a nossa missão e vocação de entidade sem fins

econômicos, fomentadora de iniciativas culturais que trazem, como a Casa Fiat o tem feito

de maneira exemplar, uma importante contribuição ao desenvolvimento sociocultural

não só de Belo Horizonte e Nova Lima, mas de todo o Brasil.

Amilcar Vianna Martins Filho Diretor-Presidente da APPA

6 7 m 2007, a Pinacoteca do Estado de São Paulo recebeu a mais importante

doação de sua história: o acervo da Coleção Brasiliana, adquirido na França Ee mantido durante dez anos pela Fundação Estudar. Formado por cerca de 500 obras, em sua maioria de autoria de viajantes europeus que estiveram no Brasil ao

longo do século XIX, esse conjunto se constitui em expressivo complemento ao acervo do

museu, permitindo, hoje, ao visitante da Pinacoteca, uma visão bastante abrangente do

panorama das artes visuais brasileiras naquele período. A Pinacoteca tem agora grande

satisfação, no momento em que comemora o primeiro ano desta doação, em apresentar ao

público de Belo Horizonte uma seleção de obras da Coleção Brasiliana / Fundação Estudar

por meio da exposição Olhar Viajante, cumprindo, assim, uma das funções primeiras

de toda instituição museológica, a divulgação de suas coleções. À Casa Fiat de Cultura,

cuja parceria tornou possível a realização desse projeto, e a todos os demais envolvidos

em sua concretização, os nossos sinceros agradecimentos.

Marcelo Mattos Araújo Diretor Executivo Pinacoteca do Estado de São Paulo

8 9 ntre tantos motivos, a produção artística do século sino artístico formal se estruturava, portanto, antes mesmo XIX no Brasil suscita especial interesse na medida que existisse uma instituição similar em Portugal. Obras de em que acompanha e se associa ao processo de tema brasileiro passam a ser apresentadas nos Salões de Paris, constituição da nação brasileira, contribuindo de Londres e Berlim, enquanto artistas brasileiros com treino aca- modo decisivo para a definição de uma imagem dêmico dirigem-se preferencialmente para a França e a Itália doE país perante as demais nações no mundo. Vale lembrar que para seu aperfeiçoamento, criando um fecundo intercâmbio esse processo se inicia quando o isolamento imposto ao país pela entre o sistema artístico local e os meios culturais europeus. Coroa portuguesa durante o período colonial é rompido com a A exposição Olhar Viajante propõe uma reflexão sobre a con- transferência da Corte para o , em 1808. A conse- tribuição estrangeira à arte brasileira do século XIX por meio qüente abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional de uma seleção de 184 obras do acervo da Coleção Brasiliana/ transformou o país em alvo de interesses mercantis, sim, mas Fundação Estudar, recentemente incorporadas à coleção da também científicos, políticos e culturais de uma Europa ávida Pinacoteca do Estado de São Paulo. A mostra compõe uma visão por informações dessas terras quase desconhecidas. do Brasil a partir de três segmentos: Nesse contexto, são inúmeros os estrangeiros que desembar- » Rio de Janeiro e a Corte, que conta com retratos de per- cam no Brasil. Entre eles estão artistas viajantes e cientistas sonalidades da casa reinante, além de nobres e aristocratas, naturalistas, cujo olhar atento e investigador, impregnado pelo combinados a vistas da cidade – o centro cultural, político e espírito aventureiro e a mentalidade romântica tão peculiar econômico do império – envolta por sua exuberante natureza. à época, gera, a partir de suas experiências de viagem, uma Assim, conforma-se a imagem oficial de um país que pretende quantidade considerável de publicações e imagens sobre o país. ser a continuidade das monarquias e da cultura européia no Esse imenso legado, hoje conhecido por “brasiliana”, é uma Novo Mundo. Paralelamente, as atividades cotidianas da cidade, contribuição inestimável para o estudo e conhecimento da his- registradas em cenas de gênero, denunciam a maciça utiliza- tória, da cultura e da arte brasileira no século XIX. ção do braço escravo, o que reforça a permanência, em certa Por outro lado, a experiência histórica vivida em território medida, da ordem colonial. brasileiro nesse período foi, sem dúvida, bastante singular. » Registro dos viajantes aponta para a grande quantidade e Transformado em sede de um império que se estendia por qua- diversidade de anotações, desenhos preparatórios, gravuras, tro continentes, tornou-se um estado independente, logrando relatos científicos e livros de viagens produzidos no decorrer manter suas dimensões continentais. Foi também, por quase do século XIX pelos viajantes, artistas ou amadores. Publicados todo o século XIX, a única monarquia na América. À comple- pelas principais casas editoras européias, esses registros com- xidade de uma sociedade formada por portugueses, escravos binam o conhecimento das ciências naturais a um especial africanos, nativos indígenas e mestiços, somou-se o imigran- cuidado visual, caracterizando essas imagens que se constituí­ te europeu de diferentes origens; todos determinantes para ram nos mais eficazes veículos de divulgação do Brasil para o a diversidade cultural brasileira. O século XIX, palco dessas público estrangeiro. transformações, constitui-se num elo entre a colônia portu- » Paisagens do Brasil aborda as diferentes fisionomias que a guesa e o Brasil moderno. natureza brasileira assume sob o pincel de artistas estrangeiros É nesse período também que a produção artística brasileira que passaram pelo país ou aqui viveram, principalmente na se- ou sobre o Brasil se insere no panorama das artes do mundo oci- gunda metade do século XIX. Ainda que sejam recortes cuidado- dental. A partir de 1826, o Rio de Janeiro passava a contar com samente estudados e compostos a partir da observação precisa da o pleno funcionamento de sua Academia de Belas Artes, projeto natureza, o gênero da pintura de paisagem comporta uma série idealizado (e longamente aguardado) pelos artistas franceses de arranjos, que acabam por revelar mais sobre a personalidade da colônia Lebreton, aportados no país dez anos antes. O en- do artista que representa do que sobre o local representado.

Carlos Martins e Valéria Piccoli Curadores 10 Pinacoteca do Estado de São Paulo 11 1 | América

A geografia clássica e medieval acreditava que o mundo fosse constituído por três partes – a Europa, a Ásia e a África –, que determinavam os limites norte, leste e sul do Mediterrâneo, respectivamente. As navegações e descobertas reconfiguraram, no século XV, esse mapa-múndi, com a inclusão de uma quarta parte a oeste: a América, ou Novo Mundo. Os quatro continentes tornaram-se objeto de representações alegóricas, que passaram a ser um gênero artístico que cada vez mais atraía o interesse. Quem primeiro representou com figuras alegóricas os Quatro Cantos do Mundo foi o italiano Cesare Ripa, na edição de 1603 de seu livro Iconologia, em que cada continente é representado por uma mulher com adornos e atributos distintos, que os identificavam. A alegoria América da Coleção Brasiliana pode ser datada de meados do século XVII e já apresenta uma composição bem mais complexa e elaborada, onde a figura feminina não está só, mas se faz acompanhar por uma família, que parece estar a passeio. O cenário é bastante teatral, e no plano de fundo se desenrola uma série de atividades. Para a composição, o artista recorreu a fontes reconhecíveis, como as alegorias de Charles Le Brun, que deram origem às figuras principais, e as ilustrações de Theodore De Bry, as quais inspiram as ações que se desenvolvem no segundo plano. Há uma clara intenção de provocar o imaginário do observador para o exótico e inusitado que, com certeza, habitava o cotidiano de uma terra selvagem e desconhecida.

12 13 Rio de Janeiro e a Corte

A instalação da monarquia portuguesa no Da mesma forma, os retratos dos soberanos e de Rio de Janeiro em 1808 demandou medidas suas famílias seriam propagados em gravuras e urgentes para acomodar a comitiva de 15 mil pinturas, sedimentando no país as normas de re- súditos numa cidade de população estimada em presentação oficial dos personagens da Corte. 60 mil habitantes, sem condições mínimas de O projeto civilizador iniciado no período joa- moradia. A necessidade de aparelhar o Estado nino seria ampliado após a sagração do impe- com instituições similares às que existiam na rador d. Pedro I e mesmo intensificado durante metrópole resultou, ainda, na criação de ins- o segundo império. A cidade do Rio de Janeiro, tâncias administrativas, militares e judiciárias a porta de entrada do Brasil, teria sua imagem inéditas até então nos trópicos. Ao plano políti- amplamente divulgada em pinturas que enfa- co de d. João VI, o primeiro monarca europeu tizavam sua privilegiada situação geográfica, a ser coroado nas Américas, viria combinar-se em que o contorno caprichoso das montanhas também um projeto cultural, cujo paradigma cobertas de uma vegetação exuberante está em de civilidade foi a cultura francesa. Em 1816, o constante diálogo com o mar. Nessa confluência grupo de artistas, arquitetos e artesãos chefia- de natureza imponente e urbanidade européia, dos por Joachim Lebreton, ao qual a historiogra- seria construída a fisionomia da capital impe- fia posteriormente atribuiria o nome de Missão rial. A beleza de sua paisagem natural, porém, Francesa, desembarcou no Rio de Janeiro e, nos não esconderia as contradições de um país que anos seguintes, foi responsável por implementar almejava ser civilizado à maneira do Velho arruamentos e desenhar em estilo neoclássico Mundo, ao mesmo tempo em que se estruturava uma outra paisagem urbana para a cidade. A sobre a herança colonial da escravidão. esses artistas coube ainda fundar a Escola Real Como não deixariam de notar os estrangeiros de Artes e Ofícios, transformada, em 1826, em chegados ao país a partir de 1808, todo tipo de Academia Imperial de Belas Artes. trabalho recaía sobre os ombros escravos. E, A legitimação do poder monárquico no Brasil assim, eles surgem nas obras do período, com implicou, ainda, a transposição de cerimoniais es- suas roupas coloridas, fumando cachimbos e pecíficos e de sua encenação no espaço público do fazendo ressoar seus instrumentos, a carregar Rio, para cuja realização e perpetuação em ima- fardos e mercadorias, dando à paisagem urbana gem colaboraram os artistas da Colônia Lebreton. do Rio seu tom peculiar.

14 15 2 | Dom João VI D. João Maria José (1767-1826) foi o perante a iminência da invasão de desencadeando uma guerra civil pela Francisca de Assis (1800-1834); segundo filho dos reis de Portugal, Portugal pelos exércitos de Napoleão, sua sucessão entre seus filhos d. Isabel Maria (1801-1876), regente 3 | Dona Carlota d. Pedro III e d. Maria I. Casou-se d. João transferiu a Corte portuguesa d. Miguel e d. Pedro, com a vitória de Portugal; d. Miguel (1802-1866), Joaquina de Bourbon aos 18 anos com d. Carlota Joaquina para o Rio de Janeiro. Tornou-se o deste último em 1834, aclamado rei rei de Portugal; d. Maria da Assunção de Bourbon (1775-1830), filha 270 rei de Portugal, ao ser aclamado de Portugal como d. Pedro IV. D. João (1805-1834); d. Ana de Jesus Maria primogênita dos reis da Espanha, no Rio de Janeiro em 1818 como ­ e d. Carlota tiveram nove filhos: (1806-1857), marquesa de Loulé. Carlos IV e Maria Luísa de Parma. d. João VI. Em 1821, pressionado d. Maria Teresa (1793-1874), princesa Tornou-se herdeiro do trono pelas Cortes portuguesas, viu-se da Beira; d. Antonio Pio (1795-1801); português em 1788, após a morte forçado a retornar a Portugal, d. Maria Isabel (1797-1818), rainha precoce e sem geração de seu irmão deixando a seu filho, d. Pedro, a da Espanha; d. Pedro (1798-1834), mais velho, d. José, assumindo a regência do Brasil. D. João VI faleceu imperador do Brasil, rei de Portugal 16 regência a partir de 1792. Em 1808, sem nomear o herdeiro do trono, e duque de Bragança; d. Maria 17 4 | Dom Pedro I D. Pedro de Alcântara (1798-1834) com d. Amélia de Beauharnais 1832 e foi aclamado rei dois anos (1823-1833); d. Francisca Carolina foi o quarto filho dos príncipes do (1812-1873), duquesa de depois como d. Pedro IV. Gravemente (1824-1898), princesa de Joinville; 5 | Leopoldina, Brasil, d. João e d. Carlota Joaquina. Leuchtenberg, em 1829. Em 1831, enfermo, renunciou ao trono, d. Pedro de Alcântara (1825-1891), arquiduquesa da Áustria Tornou-se príncipe regente do Brasil abdicou do trono brasileiro em proclamando a maioridade de sua imperador do Brasil; d. Maria Amélia após o retorno da família real a favor de seu filho d. Pedro de filha primogênita, que ascendeu ao (1831-1853), única filha de seu 6 | Amélia de Beauharnais Portugal em 1821 e fundou o Império Alcântara, então com 6 anos de trono português como d. Maria II. segundo casamento; além de vários do Brasil quando proclamou sua idade, assumindo o título de Duque D. Pedro teve oito filhos legítimos: filhos ilegítimos. independência em 1822. Casou-se de Bragança. Partindo para a d. Maria da Glória (1819-1853), pela primeira vez em 1817 com Europa, iniciou uma campanha de rainha de Portugal; d. Miguel d. Leopoldina de Habsburgo reivindicação do trono português, (1820); d. João Carlos (1821-1822); (1797-1826), arquiduquesa da Áustria ocupado por seu irmão d. Miguel. d. Januária Maria (1822-1901), 18 e, em segundas núpcias, Assumiu a regência de Portugal em condessa d’Aquila; d. Paula Mariana 19 10 | Família série de regentes, num período de d. Leopoldina Teresa, duquesa de 22 | Palácio Imperial cidade de Petrópolis. Sob comando do Espanha e de Portugal. Primo de pintado entre 1843 e 1857, ou seja, Imperial do Brasil grande turbulência, só apaziguada Saxe-Coburgo-Gotha (1847-1871); de Petrópolis engenheiro Julio Frederico Koeler, um d. Pedro II, d. Sebastião Gabriel entre o casamento de d. Pedro II quando d. Pedro II foi declarado e d. Pedro (1848-1850). O levante grupo de imigrantes europeus, casou-se, em 1832, com d. Maria e d. Teresa Cristina e a morte de D. Pedro de Alcântara (1825-1891) maior e coroado imperador. militar que proclamou a República O Palácio Imperial de Petrópolis foi principalmente alemães, foi incumbido Amélia, princesa das Duas Sicílias, d. Maria Amélia, período que coincide foi o sétimo filho do imperador Casou-se em 1843 com d. Teresa em 15 de novembro de 1889 baniu a construído em terras da Fazenda do de colonizar a região e levantar o irmã da imperatriz d. Teresa Cristina. com o da construção do Palácio d. Pedro I e d. Leopoldina de Cristina (1822-1889), princesa real família imperial do país. Retirando-se Córrego Seco, adquirida em 1830 por palácio. As obras se estenderam de É de se supor, portanto, que a pintura Imperial de Petrópolis. Habsburgo. Ascendeu ao trono de das Duas Sicílias, filha de Francisco I para a Europa, a família dirigiu-se d. Pedro I, que pretendia construir ali 1845 a 1862, quando os jardins, tenha sido um presente dos imperador do Brasil como d. Pedro II e d. Maria Isabel de Bourbon. O casal inicialmente a Portugal, onde faleceu sua residência de verão. Os planos de executados por Jean Baptiste Binot, imperadores do Brasil ao casal. aos 6 anos de idade por abdicação teve quatro filhos: d. Afonso d. Teresa Cristina, e depois a Paris, edificação do palácio, no entanto, só foram finalizados. No chassis dessa Sabe-se que a imperatriz Teresa de seu pai, sob a tutela de José (1845-1847); d. Isabel Cristina, onde faleceu o imperador. se tornaram possíveis a partir de 16 pintura estava gravado o monograma Cristina tinha por hábito encomendar Bonifácio de Andrada e Silva. Até condessa D’Eu (1846-1921) e de março de 1843, quando d. Pedro II ­ de d. Sebastião Gabriel de Bourbon e pinturas que remetia como presente à 20 1840, o país foi governado por uma herdeira do trono brasileiro; assinou o decreto de criação da Bragança (1811-1875), Infante de sua família. O quadro foi seguramente 21 11 | D. Maria importante papel que teve na criação São conhecidas cinco cópias do 17 | Achille Rouen, ministro de retratos, o barão Rouen tenha balaustrada e o Pão de Açúcar Isabel de Bragança do Museu do Prado, hoje um dos mais retrato de d. Maria Isabel executadas francês na Corte de Pedro II aproveitado a oportunidade para se ao fundo são atributos importantes museus de arte do pelo próprio López e pelo menos fazer retratar. Achille Rouen, ministro particularmente curiosos para D. Maria Isabel de Bragança (1797- mundo. Como pintor oficial da Corte outras dez por artistas do seu ateliê. O artista francês Bilfeldt (1793-1849) plenipotenciário francês que serviu evidenciar uma cena brasileira. 1818) foi a terceira filha de d. João VI espanhola, Vicente López (1772-1850) A tela exposta pode ser considerada já residia nos Estados Unidos quando no Rio de Janeiro entre 1837 e 1842, e d. Carlota Joaquina. Viveu no Rio de executou inúmeros retratos de uma das cópias de ateliê. veio ao Brasil e, infelizmente, não é apresentado em traje de gala e Janeiro de 1808 até 1816, quando se Fernando VII, assim como de suas se conhece nem o motivo nem o porta a ordem da Legião de Honra tornou rainha da Espanha por seu quatro esposas – Maria Antonia de período de sua permanência aqui. em grau de comendador, assim como casamento com o tio Fernando VII. Bourbon, Maria Isabel de Bragança, Mas é muito provável que, logo a placa e banda da ordem brasileira Faleceu um ano e meio depois, sem Maria Josefa da Saxônia e Maria após sua chegada, tenha procurado do Cruzeiro. À sua esquerda, vê-se deixar descendência. D. Maria Isabel é Cristina de Bourbon – cujos originais imediatamente o representante de o busto de d. Pedro II à época da 22 lembrada pelos espanhóis pelo encontram-se no Museu do Prado. seu país e, tratando-se de um pintor maioridade. A arara vermelha na 23 14 | D. Maria D. Amélia de Beauharnais (1812-1873) campanha para reivindicar o trono pinturas trazem no chassi inscrições Amélia de Bragança era filha de Augusta Amélia, princesa português. Em Paris, nasceu a única que indicam terem sido presentes, da Baviera, e do general Eugène de filha do casal, a princesa d. Maria provavelmente de d. Amélia a 15 | D. Augusto, Beauharnais, duque de Leuchtenberg. Amélia (1831-1853). D. Augusto, por seu sobrinho, o príncipe Nikolai duque de Leuchtenberg Acompanhada pelo irmão d. Augusto sua vez, casou-se com d. Maria da Romanovski (1843-1891), duque de (1810-1835), chegou ao Rio de Glória, já coroada rainha de Portugal Leuchtenberg, filho de Maximilien 13 | D. Amélia, Janeiro em 1829 para seu casamento como d. Maria II, falecendo apenas de Beauharnais ­(1817-1852), irmão duquesa de Bragança com o imperador d. Pedro I. Após a dois meses após a cerimônia. D. Maria mais novo de d. Amélia, e de Maria abdicação deste em 1831, assumiu Amélia adoeceu gravemente em Nikolojevna (1819-1876), grã-duquesa o título de duquesa de Bragança e 1851 e, por recomendação médica, da Rússia. O retrato de d. Augusto passou a viver em exílio na França, transferiu-se para a Ilha da Madeira, pertenceu à mesma coleção. 24 enquanto seu marido liderava a onde faleceu tuberculosa. As duas 25 25 | Vista do Largo 29 | Revista das tropas história política do Brasil. Aí vemos as fazer desse território a fronteira do realizada a 12 de maio de 1816, do Palácio no dia da destinadas a Montevidéu, versões que o artista francês dá para Brasil com as possessões espanholas, sucederam-se alguns dias de repouso, aclamação de D. João VI na Praia Grande as três aclamações de monarcas a que teve execução em 1816 (...). antes do embarque geral das tropas, ele assistiu no Rio de Janeiro, durante Entretanto, após as evoluções militares a qual se realizou, igualmente na 26 | Cerimônia de Em seu livro Viagem pitoresca e os 15 anos em que viveu naquela realizadas diariamente em presença presença da Corte, na Praia Grande a sagração de D. Pedro I histórica ao Brasil, Debret (1768-1848) cidade. A Revista das tropas é das do Regente, para sua distração, o 21 de maio do mesmo ano. Cabia-me, no Rio de Janeiro exercita, de modo mais evidente, seu poucas pinturas executadas por Debret marechal Beresford, generalíssimo como historiógrafo dos duques de papel de pintor histórico, nem sempre no Brasil. Pintada poucos meses após das tropas portuguesas, organizou Bragança, traçar aqui o quadro fiel 28 | Aclamação de favorecido durante sua permanência sua chegada, a obra faz referência uma última revista, com uma pequena do primeiro movimento dos exércitos D. Pedro II no Rio de Janeiro no país pela falta de tradição da Corte a um episódio assim relatado na guerra simulada, nesse lugar pitoresco portugueses que desencadearam portuguesa na encomenda de pinturas. Viagem: “A decisão tomada de há que apresentava posições variadas a guerra no sul do Brasil, contra os No terceiro e último volume estão muito pelo governo português de para o ataque e a defesa (...). A essa hispano-americanos, guerra essa

26 inseridas as cenas que dizem respeito à apossar-se de Montevidéu, a fim de experiência feliz de tática militar prolongada durante mais de 15 anos.” 27 47 | Rua Direita, 30 | Rio de Janeiro montanhas de contorno caprichoso e Rio de Janeiro pela luxuriante vegetação da Mata Nesta visão abrangente do Rio de Atlântica. A imagem do Rio de Janeiro, 46 | Praia Don Manuel Janeiro, o pintor napolitano Ciccarelli triunfalmente banhada por uma luz (1811-1879) nos revela uma cidade cálida de ‘tramonto’ napolitano, que lança mão de sua privilegiada identifica-se assim com a própria situação geográfica para construir sua imagem da jovem nação brasileira. fisionomia como capital do Império. A composição de Ciccarelli, meticulosa e calculada, de fatura lisa e precisa, evidencia a cidade em constante 28 diálogo com o mar, cercada por 29 44 | Panorama a araucária, a jaqueira, entre outras. bairro. No terceiro plano, da esquerda folhas, separadamente, depois do Rio de Janeiro A vegetação de pequeno porte, para a direita, o registro da parte coladas pelo artista. É interessante como cipós, filodendros e outras central da cidade, desde a rua do notar que as folhas, em separado, A representação da cidade do Rio de trepadeiras, assim como uma grande Lavradio, logradouro aberto naquele receberam tratamento e acabamentos Janeiro no panorama de Benjamin variedade de bromélias, despertam período em terras até então agrícolas, diferenciados, o que confere ao Mary (1792-1846) é quase um igualmente a atenção de Mary. o aqueduto da carioca, concluído em conjunto um curioso aspecto de pretexto para apresentar o interesse Através dessa profusão vegetal, a 1723 para o abastecimento da cidade, frescor e modernidade. desse diplomata por botânica. cidade pode ser vislumbrada. O ponto as águas da baía da Guanabara, a Sobressaem, no primeiro plano da de vista é Santa Teresa, bairro situado entrada da barra e, finalmente, o composição, varias espécies da flora sobre um morro junto ao centro. Logo Pão de Açúcar, atrás de frondosas brasileira, nativas ou aclimatadas. à esquerda, em plano intermediário, árvores, além das terras do Catete. 30 Podem ser identificados o mamoeiro, o grande convento que dá o nome ao A aquarela foi executada em sete 31 43 | Panorama 45 | Vista do Rio de Janeiro do Rio de Janeiro tomada do outeiro da Glória

32 33 mais amarelado

48 | Casa de Chamberlain As duas aquarelas retratam a mesma no Catete com Pão propriedade: a casa de Sir Henry de Açúcar ao fundo Chamberlain (c. 1750-1829), pai do artista, no bairro do Catete, Rio de 49 | Casa de Chamberlain Janeiro. Chamberlain era o único filho no Catete com do primeiro casamento de sir Henry, Corcovado ao fundo mas tinha oito irmãos, filhos da segunda mulher de seu pai, sete dos quais nascidos no Brasil. Através de inscrições nas obras é possível deduzir que as aquarelas foram oferecidas pelo autor a uma de suas irmãs, Harriet, provavelmente como lembrança da casa onde ela havia vivido. 34 35 32 | Brasileiro em traje de A contribuição do militar português mais caracteristicamente regionais. Guillobel reaparecem na obra de corte e brasileiro vestido Joaquim Cândido Guillobel (1787- Os olhos esbugalhados, os gestos outros artistas viajantes – e de maneira de dignatário da Igreja 1859) para o registro de tipos deselegantes e as roupas em desalinho mais explícita no livro de viagem de populares brasileiros no início do são marcas dessas suas “figurinhas”, Henry Chamberlain – não há dúvidas 33 | Brasileiro pedindo século XIX ainda está para ser que parecem ser sempre a mesma de que a circulação desses desenhos dinheiro para festa da devidamente avaliada. Guillobel é representação humana apenas vestida foi muito mais ampla do que era de igreja e brasileiro escravo autor de graciosos desenhos que de modo diverso. Delineadas como se supor. As aquarelas da Coleção põem em destaque personagens miniaturas e aquareladas com grande Brasiliana são um bom exemplo disso, 34 | Um mineiro, ou nativo isolados, em geral negros de ganho variedade de cores, os conjuntos apresentando cópias­ de Guillobel do distrito das Minas e carregando na cabeça toda sorte de eram comercializados em pequenos de fatura inglesa, provavelmente escravo indo ao mercado mercadorias e cargas acomodadas em volumes encadernados. A considerar executadas por Henry Chamberlain. 36 cestos, ou mesmo religiosos e tipos a freqüência com que os tipos de 37 35 | Escravos brasileiros 38 | Família brasileira a passeio 36 | Escravos brasileiros

38 39 Registros dos viajantes

Para melhor avaliar a contribuição dos artistas A literatura de viagens datada do século XIX viajantes para a arte brasileira no século XIX, é se caracteriza por adotar a descrição da nature- preciso ter em conta que o Brasil, até então, era za brasileira como ponto de partida para uma parte integrante do mundo português. Ao con- adequada compreensão de sua sociedade, numa trário de contextos culturais em que a experiên- abordagem que associa o mundo natural às ati- cia direta do mundo é privilegiada no campo do vidades humanas características do lugar. Daí conhecimento, a tradição cultural portuguesa é ser indispensável ressaltar a importância da de caráter erudito e eminentemente religioso. gravura, inserida nos livros de viagem, como Esse fato confere à produção artística do período prin­cipal meio de circulação e difusão da imagem colonial no Brasil algumas de suas principais do Brasil durante o oitocentos. Nessas imagens características, como a predominância da es- se fundem o domínio de conhecimentos de bo- cultura religiosa e a quase ausência da pintura tânica, zoologia, geografia, antropologia, entre de cavalete de tema laico. outros campos das ciências naturais, e o desejo A permissão para a entrada de estrangeiros no de oferecer ao leitor um repertório de imagens país, que começou a vigorar a partir de 1808, é com especial interesse visual. a responsável pelo rompimento dessa condição Se há uma tentativa de compor uma visão pa- colonial. O estudo, o registro e a representação norâmica (noção tão cara ao século XIX) do país da natureza brasileira foram, portanto, práticas nesses livros de viagem, é preciso destacar que introduzidas no país por cientistas e artistas via- pequenas coletâneas de gravuras dedicaram-se jantes europeus. É principalmente por meio da pu- apenas a apontar a perspectiva mais vantajosa blicação de seus livros de viagem – cujo número para se observar uma paisagem de reconhecida cresce à medida que se multiplicam as missões beleza. Em especial no Rio de Janeiro, locais diplomáticas, científicas e as viagens de artistas considerados no século XIX como sítios pito- diletantes – que essas pesquisas serão divulgadas rescos foram consagrados posteriormente pela para o público europeu, vindo suprir com informa- indústria do turismo e continuam a ser os que ções coletadas in loco a escassez de notícias sobre o mais despertam, no turista contemporâneo, a Brasil nos três primeiros séculos de colonização. emoção do reconhecimento.

40 41 52 | Lagoa das aves foi o Atlas pitoresco, cujas ilustrações vegetação e fauna características do aves no rio de São Francisco, gravura 56 | Paisagem com cavaleiro no rio São Francisco estabeleceriam novos parâmetros para local. Mais que isso, seu conselho aos presente na Viagem ao Brasil, dos a ilustração científica e passariam viajantes é que nunca desprezassem cientistas Spix e Martius, é um dos Em 1799, o naturalista alemão a ser a principal referência para as suas impressões estéticas diante de mais perfeitos exemplos de ilustração Alexander von Humboldt (1769-1859) publicações de viagem do século XIX. uma paisagem, pois o ato do científica que segue os preceitos iniciou uma grande viagem pelo Em termos gerais, a grande inovação conhecimento não poderia ser humboldtianos, revelando o continente americano, que duraria proposta pelo cientista alemão seria o destacado da abordagem sensível. deslumbramento dos cientistas diante cinco anos, acompanhado do botânico estudo das “fisionomias” das Segundo Humboldt, somente por da natureza intocada. francês Aimé Bonpland (1773-1858). paisagens, compreendendo-se aí que intermédio da arte, emoção e O livro que contém o relato dessa as características de um determinado observação científica poderiam ser viagem foi publicado em Paris em 32 território só poderiam ser plenamente combinadas, o que alçava a expressão volumes, que vieram a público entre reveladas por meio da articulação, artística ao posto privilegiado de 1805 e 1834. A parte mais influente numa mesma imagem, de aspectos instrumento por excelência de e difundida do relato de Humboldt topográficos e climáticos, com a conhecimento do mundo. A Lagoa das 42 43 58 | Serra Ouro Branco na Georg Heinrich von Langsdorff (1774- Rio de Janeiro em 1822 e, entre 1824 no entanto, teve desfecho dramático, brasileira, como a aparência da província de 1852), cônsul-geral da Rússia no Rio e 1825, cumpriram a primeira etapa com a morte de integrantes e a loucura floresta desmatada para plantação, as de Janeiro desde 1813, conseguiu exploratória: a viagem pela região do próprio Langsdorff, em conseqüência araucárias que predominam nas regiões 60 | Campos nas margens o apoio do czar Alexandre I para a aurífera de Minas Gerais. Durante essa da febre tropical. Incentivado por de altitude (Serra do Ouro Branco) ou a do Rio das Velhas realização de uma grande expedição viagem, deu-se o desentendimento Alexander von Humboldt (1769-1859), vegetação esparsa que se estende pelos científica pelo Brasil. A equipe foi entre Rugendas e o chefe da expedição, Rugendas dedicou-se, em Paris, à campos do interior do país (Campos nas formada por Langsdorff ainda na que culminou com o retorno prematuro publicação de um livro de viagem. margens do rio das Velhas). Rugendas Europa, por meio da contratação de do artista à Europa. A parte mais Nas litografias que ilustram a Viagem é, ainda, o único artista a publicar um zoólogo, um astrônomo e um complexa da expedição aconteceria pitoresca através do Brasil, Rugendas imagens do trajeto cumprido pelos botânico, além do jovem artista alemão entre 1825 e 1829, quando os viajantes seguiu à risca o conselho de Humboldt escravos no Brasil, desde a viagem Rugendas (1802-1859). Os integrantes cruzaram todo o interior do Brasil por e dedicou-se à representação das no navio negreiro até a chegada às 44 da Expedição Langsdorff chegaram ao via fluvial até o Amazonas. A viagem, diferentes “fisionomias” da natureza fazendas para o trabalho agrícola. 45 72 | Cidade de Goiás Acompanhando a comitiva da Gabinete de História Natural de paisagista da missão, permaneceu uma câmera escura. A partir desses arquiduquesa Leopoldina de Viena. Entre esses viajantes, merece apenas um ano no Brasil e esboços, Ender elaborou as vistas de 73 | Vila Rica Habsburgo, um grupo de 14 destaque a expedição realizada acompanhou a expedição de Spix e Vila Rica e Goiás, lugares onde ele cientistas, conhecido como Missão pelos bávaros Spix e Martius, além Martius pelas províncias do Rio de nunca esteve. As imagens de Ender Austríaca, desembarcou no Rio de da viagem de 18 anos de Johann Janeiro e São Paulo. De volta a Viena, foram posteriormente gravadas por Janeiro em 1817. Divididos em vários Natterer (1792-1848) pelo interior ele foi responsável pela preparação Passini e Axmann para o livro. grupos, os integrantes da missão do país. A bibliografia científica e de das ilustrações de Viagem ao interior cumpririam diferentes roteiros através viagem resultante dessas diversas do Brasil, de Johann Emmanuel Pohl do Brasil, coletando uma expressiva expedições representa, ainda hoje, (1782-1834), publicado em 1832. Em quantidade de material relativo a mais importante contribuição ao sua viagem pelas províncias de Minas às ciências naturais, destinado conhecimento da natureza brasileira. Gerais e Goiás, Pohl tinha realizado 46 ao enriquecimento do Imperial Thomas Ender (1793-1875), o pintor uma série de esboços utilizando 47 100 | Soldados índios Entre 1834 e 1839, Debret publicou referentes ao período joanino e ao pretende, nas palavras de Debret, concentrando as cenas históricas da província de Curitiba em Paris a Viagem pitoresca e primeiro império brasileiro. Torna acompanhar “a marcha progressiva testemunhadas pelo artista. Mas é nas escoltando selvagens histórica ao Brasil, narrando sua ainda mais relevante a contribuição da civilização no Brasil”. Assim, o cenas de rua, com seus personagens experiência de 15 anos de residência desse artista à cultura nacional, já que primeiro deles é dedicado ao índio pitorescos arranjados em cenas 101 | Um funcionário a no país, onde chegara em 1816 como Debret foi o iniciador do gênero da selvagem, o personagem mais compostas com boa dose de humor, passeio com sua família / integrante da colônia de artistas pintura histórica no Brasil, responsável distante dos parâmetros civilizados que se revela de maneira aguda o Uma senhora brasileira franceses encarregada da fundação pela formação da primeira geração europeus, enquanto o segundo olhar perscrutador que Debret lança à em seu lar de uma Academia de Belas Artes no de pintores brasileiros com treino avalia o grau de sofisticação técnica sociedade brasileira. Rio de Janeiro. Embora não tenha acadêmico, além de idealizador envolvido nas atividades produtivas sido popular em sua época, o livro das primeiras exposições de arte e comerciais do país. O terceiro de Debret permanece como um dos acontecidas no país, em 1829 e 1830. volume é todo centrado na análise 48 mais importantes e conhecidos relatos O livro, dividido em três volumes, das instituições religiosas e políticas, 49 103 | Barbeiros ambulantes / 108 | Extrema-unção Loja de barbeiros levada a um doente / Transporte de uma criança branca para ser batizada

50 51 64 | Árvore gigante e caserna As pinturas deste conjunto com agudo senso de observação. As porto da traz a inscrição “A assistindo financeiramente, alojando encontravam-se originalmente coladas poucas evidências são suficientes para la fabrique de tabac de M. M de e empregando suíços que tentavam 62 | Soldado verso contra verso, compondo uma considerar que se trate de um conjunto Meuron & Cie.”, referindo-se à fábrica estabelecer-se na Bahia e no Rio de espécie de caderno de anotações. Seu de pinturas executado por um franco- de tabaco Areia Preta, que ocupou, Janeiro. A empresa Meuron & Cie. foi 65 | Vista do porto da Bahia caráter narrativo e mesmo anedótico suíço em viagem pela Bahia. Algumas a partir de 1826, o solar do Unhão, também quem possibilitou a compra na maneira de descrever atividades das pinturas guardam relação direta edificação que aparece em primeiro da fazenda Pombal, representada nas cotidianas, como o jogo de bocha entre si, como Caserna e Cena rural, plano na pintura. Seu proprietário, aquarelas da Fazenda Pombal por na Cena rural, a conversa de dois que retratam a mesma edificação Auguste-Frédéric de Meuron (1789- Charles-Louis Borel (ver fig. 74). soldados ao pé de uma árvore ou tomada frontal e lateralmente. As 1852), suíço natural de Neuchâtel que A fábrica de Meuron no Andaraí, um cavalo pastando, denotam terem vistas de Salvador parecem ambas viveu no Brasil entre 1817 e 1837, foi Rio de Janeiro, é ainda a que sido executadas por um autor de tomadas do Passeio Público, olhando uma espécie de elemento catalisador aparece retratada na pintura de 52 recursos artísticos limitados, mas em direções opostas. A Vista do da sociedade helvética no país, Coindet (ver fig. 161). 53 71 | Paisagem 70 | Caserna com casa e roda d’água

54 55 fazer recorte

75 | Estudo para Já nos primeiros anos de permanência de Colombier (derivando daí o nome associou-se a Béguin e Huguenin, partida de Borel em abril de 1828. Fazenda Pombal, Colônia da família real portuguesa no Brasil, Pombal dado à fazenda), Borel era obtendo de d. João VI a concessão A única indicação de autoria dessas Leopoldina, Bahia investimentos europeus se fazem um industrial residente em Neuchâtel de um vasto terreno situado no obras é a assinatura “de Bosset presentes tanto na formação de que, após a falência de seus distrito de Porto Seguro, Bahia, para Deluze fecit dans sa 81è année”. 74 | Fazenda Pombal, colônias agrícolas como em incipientes estabelecimentos, decidiu investir seu formação de uma plantação de café. Chegou-se a identificar um pintor Colônia Leopoldina, Bahia indústrias de transformação. As capital em outro país. Aconselhado Os sócios chegaram ao Brasil em miniaturista natural de Neuchâtel, de primeiras colônias européias a pelo diplomata Sébastien Gachet, 1819 trazendo o filho mais velho de nome Jean-Frédéric Bosset de Luze se estabelecer no país foram, Borel escreveu ao cunhado Gouhard, Borel, Eugène-Adolphe. Em janeiro (1754-1838), autor de retratos e principalmente, suíças de religião negociante em Lisboa e sócio da de 1820 fundaram a fazenda Pombal. paisagens em miniatura. No entanto, católica. Um exemplo é a fazenda firma Meuron estabelecida na Bahia No Natal de 1826, o próprio Charles não há nenhum registro de que tenha Pombal, retratada nessas aquarelas, (ver figs. 65 e 161), comunicando Borel visitou a fazenda, então já vindo alguma vez ao Brasil, mas pode- de propriedade de Charles-Louis o desejo de enviar seus filhos ao transformada em próspera colônia. se considerar que tenha executado as Borel (1776-1852), Pierre Béguin e Brasil. Apoiado por negociantes Pouco conseguimos apurar sobre o aquarelas na Suíça a partir de esboços

56 Philippe Huguenin-Vuillement. Natural influentes que dirigiam a Meuron, destino da fazenda Pombal após a e anotações de outro autor. 57 83 | Dança de Camacans Maximilian Wied-Neuwied (1782- pelo Espírito Santo, seguindo a mata em várias línguas. Preocupa-se, 1867) foi o responsável pela primeira costeira, e alcança o norte de Minas inclusive, com a edição de uma 77 | As cabanas dos Puris expedição científica a ser realizada Gerais. Nesse percurso, visita aldeias versão reduzida dedicada ao público em terras brasileiras, de 1815 a 1817. dos Puri, Botocudo e Camacans, juvenil, o que demonstra como foi Naturalista e etnólogo, teve sua onde realiza detalhada pesquisa grande o interesse despertado pela atenção voltada para o Brasil muito etnográfica, produzindo centenas de sua viagem e como reverberou entre provavelmente pelo conhecimento desenhos e anotações. Ao retornar à o meio cultural europeu. As gravuras das idéias propagadas pelo círculo de Europa, ocupa-se pessoalmente da da Coleção Brasiliana são oriundas Humboldt. Juntamente com o botânico publicação de um livro contendo o de uma versão francesa do livro de Friedrich Sellow e o ornitólogo Georg material levantado pela expedição e, Neuwied, datada de 1822. Wilhelm Freyriss, viaja do Rio de no decorrer da década de 1820, tem 58 Janeiro ao sul da Bahia, passando grande parte de sua obra divulgada 59 78 | Capitão Bento Lourenço 81 | Vista da cidade abrindo uma nova estrada e do porto de Ilhéus nas florestas perto de Mucuri

60 61 92 | O lazareto O livro de Chamberlain, Vistas e Rio de Janeiro ao gosto do pitoresco costumes da cidade do Rio de Janeiro inglês em voga no início do século 93 | Lagoa de Freitas e seus arredores, datado de 1822, XIX. As cenas urbanas, no entanto, reúne vistas panorâmicas, paisagens apresentam edificações compostas e cenas de gênero, numa diversidade mais como cenários para os de assuntos característica do gênero personagens típicos, como negros de literário do livro de viagem. Nos ganho, escravos ou forros, vendedores panoramas, evidencia-se a visão de ambulantes e carregadores, pedintes, um oficial do exército que observa religiosos, soldados e burgueses. a implantação da cidade e de suas Esses tipos populares Chamberlain fortificações, assim como os acidentes toma emprestado das aquarelas geográficos que a circundam. As originais de Joaquim Guillobel, paisagens claramente adaptam o muito comuns na época ao olhar perfil característico da natureza do curioso dos europeus. 62 63 90 | Uma família brasileira 97 | Largo da Glória

64 65 84 | Vista do lado oeste do porto do Rio de Janeiro

85 | Lado leste do porto do Rio de Janeiro

66 67 87 | Ponta do Calabouço vista da Glória

68 69 111 | O rochedo A corveta L’Éxpeditive deixou o porto Cruz de Tenerife. Aportaram pela 1841. Aportou novamente no Rio de interesse. A existência no conjunto de Toulon em 1837 sob comando do primeira vez no Rio de Janeiro em em 7 de fevereiro, encerrando a de três estudos de frontispícios e 112 | Tenerife tenente Gasquet rumo à embocadura 12 de janeiro de 1838, partindo, viagem em Toulon, a 2 de maio. vinhetas torna clara a intenção do do rio da Prata. Ela seria, entre março cinco dias depois, para a Bahia, onde Entre os tripulantes da viagem da artista de publicar um livro de viagem, de 1838 e dezembro de 1840, mais permaneceram entre 30 de janeiro e L’Expéditive, estava o marinheiro projeto que não se concretizou. uma das embarcações da marinha 3 de fevereiro. Passaram novamente Jules de Sinety (1812-?), que assina francesa a participar do bloqueio pelo Rio em 12 de fevereiro, as aquarelas deste conjunto. Chama anglo-francês à província de Buenos rumando depois para Montevidéu. a atenção a predominância das Aires e, dessa forma, garantir o livre Depois de três anos no Prata, a paisagens tomadas a partir da trânsito de mercadorias européias embarcação, agora comandada pelo embarcação, caracterizando o olhar na região platina. A L’Éxpeditive capitão Halley, iniciou sua viagem de um observador em trânsito, que se 70 fez escalas em Gibraltar e Santa de volta à França em janeiro de aproxima gradativamente do objeto 71 125 | Bahia 117 | Baía do Rio de Janeiro

72 73 119 | Rio de Janeiro 120 | O porto – Rio de Janeiro

74 75 147 | Largo do Paço 150 | Igreja de 153 | Vista de N. Sra. 156 | Vista tomada O conjunto destas doze gravuras mas sabe-se que a primeira edição é apresentar uma série de pequenas São Sebastião da Glória e Barra de Santa Tereza aquareladas compõe o álbum de 1835, existindo ainda exemplares vistas, quase como recordações 148 | Ilha das Cobras do Rio de Janeiro Souvenirs do Rio de Janeiro, de 1836 e 1839. As vistas do álbum pessoais (enfatizadas pelo 151 | Vista do Saco do 157 | Morro do impresso na Basiléia pelo editor suíço de Steinmann não primam pela título souvenirs), em um formato 149 | Caminho dos Órgãos Alferes e de São Cristóvão 154 | Botafogo Castelo e praia da Ajuda Steinmann (1804-1844), e distribuído precisão documental. Em algumas que lembra os nossos atuais pela casa Rittner et Goupil de Paris. gravuras, o perfil das montanhas cartões-postais. 152 | Plantação de café 155 | Nova Friburgo 158 | São João de Havia um espaço na capa do álbum apresenta-se bastante alterado e Icaraí, Praia Grande para a impressão do nome do livreiro as edificações mais significativas que o comercializasse – “à trouvez nem sempre são reconhecíveis. Ao chez....” –, assim como para a data contrário das vistas de Planitz, o – “183...”. Por esse motivo existem conjunto não tem a intenção de 76 muitos álbuns que não são datados descrever como é a cidade, mas de 77 referencia de cor

138 | Vista da cidade Essa série de pinturas sobre papel e morro de N. Sra. da Glória, onde se de São Sebastião do faz parte do conjunto de desenhos apresenta o aspecto geral da cidade, Rio de Janeiro tirada do preparatórios para as litografias do em que predomina a uniformidade Convento de Santa Tereza álbum 12 vistas do Rio de Janeiro, da escala e da arquitetura de origem publicado por Planitz (1806-1847) em portuguesa. Por outro lado, os 139 | Vista da cidade Hamburgo na década de 1840. As desenhos de Planitz não descuidam de São Sebastião do imagens correspondem exatamente dos aspectos pitorescos da paisagem Rio de Janeiro tirada do às vistas gravadas por Otto Speckter. do Rio de Janeiro na medida em Convento de Santa Tereza Elas impressionam particularmente que privilegiam os recortes e pontos pela sua qualidade documental, em de vista em que água e montanha 140 | Igreja e morro especial no panorama formado pela convivem, construindo paisagens de N. Sra. da Glória Vista da cidade de São Sebastião do sempre emolduradas em primeiro Rio de Janeiro tirada do Convento de plano por árvores e onde se situam Santa Tereza, à qual se soma a Igreja personagens ou barcos. 78 79 145 | Botafogo e 146 | Lagoa Rodrigo caminho de São Clemente de Freitas com morro do Corcovado

80 81 Paisagens do Brasil

Apenas como lembrança, vale destacar que foram reproduzidos em inúmeras pinturas das os primeiros artistas a representar a natureza mais diferentes partes do mundo. brasileira em pintura foram Frans Post e Albert A capacidade de transformar uma vista numa Eckhout, os pintores da comitiva do príncipe de bela paisagem foi, por muito tempo, um impor- Nassau, durante o período em que o Nordeste bra- tante critério para julgar o talento de um ar- sileiro esteve sob domínio holandês, entre 1637 tista. Em meados do século XIX, porém, o ro- e 1644. Mas são os artistas viajantes do século mantismo alterou a maneira de se perceber o XIX os responsáveis por introduzir no ambiente mundo e, portanto, de representá-lo. O foco dos artístico brasileiro da época o gênero consagra- artistas passou gradativamente da representa- do da pintura de paisagem, que terá importante ção do mundo objetivo para a expressão de um papel para a formulação de um projeto nacional universo subjetivo. nas artes durante o segundo império. É essa nova atitude com relação à observação A pintura de paisagem propõe-se ao registro da paisagem derivada das poéticas românticas de uma extensão de terra vista a partir de um que vemos evidenciada nas vistas representa- determinado ponto de observação. O interesse das pelos artistas que se dirigem ao Brasil na por representar paisagens em pinturas, assim segunda metade do século XIX. Muitos deles de- como o gosto por possuí-las, cresceu à medida cidem por estabelecer-se em definitivo no país, que a sociedade européia tornava-se mais e mais formando inclusive discípulos. Independente- urbana, e começavam a se definir os limites dos mente das escolas artísticas a que se filiam, a países que conhecemos hoje. Em sua origem, busca por uma pintura exoticamente idílica e a palavra paisagem deriva de país. Assim sen- por vistas banhadas na atmosfera tropical re- do, ao longo do tempo, a pintura de paisagem sultou na produção de paisagens compostas, de adquiriu uma estreita relação com a idéia de modo a revelar mais a respeito das personali- nação. Ela deveria ser uma imagem agradável dades artísticas que propriamente da aparência aos olhos e, além disso, conter informações so- dos lugares registrados. Os principais aspectos bre o caráter do local representado. Para dar geográficos e cidades de toda a costa merece- unidade a esses dois propósitos, uma série de ram o interesse do olhar europeu, assim como normas foi sendo criada, constituindo modelos as cenas de floresta virgem e as excêntricas pai- para representação de ‘belas paisagens’, que sagens de beira-rio da Amazônia.

82 83 159 | Vistas do Brasil de casa”, segundo afirma Jean-Julien oposição entre uma “florescente Deltil, o autor de Vistas do Brasil. civilização” e os “costumes O papel de parede panorâmico Vistas do Brasil foi um dos panoramas selvagens” então existentes nessas foi uma grande novidade e um que tiveram uma surpreendente terras distantes. Para sua execução dos elementos de decoração mais aceitação de mercado, entre os foram necessárias 1.693 matrizes de interessantes da primeira metade elaborados pela manufatura Zuber, madeira, impressas manualmente do século XIX. Seu grande mérito ainda hoje existente em Rixheim, na com tinta à base de água e pigmentos era o de estimular a imaginação das França. Composto de um conjunto de naturais – têmpera –, sobre papel, pessoas para muito além dos limites oito cenas criadas a partir de gravuras previamente tratado e pincelado determinados pelas paredes onde de Rugendas, que se organizam em tons de azul para o céu e bege, estariam aplicados. A proposta do sobre uma paisagem de vegetação na parte inferior, o que confere panorâmico baseado em imagens de luxuriante, oferece, de maneira uma vibração às cores e especial 84 países exóticos era “viajar sem sair inventiva e curiosa, uma visão da luminosidade à paisagem. 85 161 | Fábrica Meuron no do palácio de São Cristóvão, foi a de rapé, era proprietária de toda a 162 | Enseada de Andaraí, Rio de Janeiro escolhida pelo suíço Auguste Frédéric encosta do morro contíguo à primitiva Paquetá com serra dos de Meuron (1789-1852), proprietário sede. Como o herdeiro dos bens de Órgãos ao fundo Embora estivesse bem próximo do da fábrica de rapé Areia Preta em Meuron no Brasil fosse seu sobrinho centro da cidade, o bairro do Andaraí, Salvador (ver figs. 65, 74 e 75), para Frédéric Edouard Borel e a razão social no início do século XIX, tinha ainda a instalação de sua segunda fábrica da empresa passasse a ser Borel & um aspecto rural. Nas chácaras e no Brasil. Em 1832, Meuron alugou Cie., successeurs de Meuron & Cie., o residências de campo que se sucediam uma propriedade às margens do rio nome Borel acabou por identificar não ao longo da estrada da Tijuca, eram Maracanã, posteriormente adquirida e só a fábrica de rapé como também cultivados principalmente café, cana- aumentada por seus sócios. Em 1879, o morro e, por fim, a favela que de-açúcar e frutas. Essa paisagem a empresa Meuron & Cie., responsável começou a ocupá-lo a partir de 1949. 86 pouco urbanizada, e não distante pela metade da produção brasileira 87 175 | Gamboa, Bahia 160 | Vista da cidade de Salvador

88 89 163 | Cascata do O artista italiano Facchinetti (1824- Brasil”, anunciado nos almanaques Itamaraty, Petrópolis 1900) chegou ao Rio de Janeiro aos cariocas, o artista desenvolveu uma 25 anos, estabelecendo-se como pródiga carreira às margens do 164 | Cascata dos professor de pintura e desenho. Seu circuito oficial da Academia Imperial Bulhões, Petrópolis trabalho minucioso, de fatura acurada, de Belas Artes, disseminando a valeu-lhe a fama de miniaturista e tradição veneziana das vedutas ou conquistou o gosto de comerciantes pinturas de vistas. As Cascatas aqui e diplomatas estrangeiros, como expostas foram encomendadas ao também da elite agrária, para quem artista pelo duque de Saxe Facchinetti executava diversas (1845-1907), genro do imperador encomendas, adquiridas como d. Pedro II, que as levaria como souvenirs ou para fins decorativos. lembrança, quando de seu retorno 90 Com seu “Gabinete de vistas do à Europa em 1870. 91 168 | Grande ou a partir de algum esboço anterior. 170 | Arredores de cascata da Tijuca Ela reflete já o interesse do artista Petrópolis, Pedra do Cone pela natureza primordial, assim como “Ao Sr. Moreaux lembrança da mãe um olhar renovado sobre a produção d’água” é a inscrição que se lê sobre dos artistas viajantes, em especial no a pedra na lateral esquerda desta que diz respeito à ilustração científica. pintura, sugerindo que a obra tenha Estas serão questões fundamentais sido oferecida pelo autor como para o projeto de criação de uma presente. Datada de 1833, período em “pintura nacional”, defendido pelo que Porto-Alegre (1806-1879) residiu artista quando se tornou diretor da em Paris, para onde fora levado Academia Imperial de Belas Artes em pelo seu mestre Debret, a pintura foi 1854, projeto este em que a pintura 92 executada possivelmente de memória de paisagem ocupava papel central. 93 165 | Paisagem com negros O gosto pelo exótico e a afinidade ruelas e seus personagens, cenas normanda ou brasileira. Suas pinturas com a pintura orientalista dão o tom de tempestade, falésias e praias. orientam-se a partir de algumas 166 | Paisagem com índios característico da obra de Hildebrandt, Hildebrandt enveredou pelo mesmo regras de composição, entre as quais resultado de seu contato com a escola caminho, mas estendeu em muito se destacam a incisão de focos de luz romântica francesa e, em especial, seu itinerário em outras viagens pelo dirigidos, iluminando os pontos que com o pintor Eugène Isabey. Como mundo, colhendo anotações sobre as concentram a narrativa da obra, e a Hildebrandt, originalmente um particularidades de paisagens, usos conseqüente submersão em zonas pintor de marinhas, Isabey trocou e costumes. A questão do estilo é de profunda sombra das outras o aprendizado acadêmico pela muito marcante na obra do artista. áreas da paisagem. O predomínio experiência sensorial da viagem, Suas pinturas apresentam grande das tonalidades quentes acentua a percorrendo sobretudo as pequenas semelhança quanto ao aspecto sensação de calor que impregna suas cidades da Normandia, da Inglaterra formal, esteja ele retratando uma pinturas do Brasil tropical. 94 e dos Países Baixos, pintando paisagem mexicana, japonesa, 95 172 | Arredores de cidade Righini (c. 1830-1884), aos 26 anos, Righini como cenógrafo certamente aportou no , empregado como se faz visível em suas composições, 173 | Vista de São pintor de cenários de uma companhia em especial na marcada diferenciação Luis do Maranhão de ópera italiana. Ao contrário da do primeiro plano, onde o pintor maioria dos artistas que chegavam revela determinado gosto pelas ao país e dirigiam-se para o Rio de formas retorcidas das raízes aéreas, Janeiro, sede da Corte, o artista características da vegetação de encaminhou-se para as cidades de mangue ou margem de rio, sujeitos São Luis do Maranhão e Belém do a cheias e vazantes diárias. Nas Pará, onde faleceu. Esse fato inusitado paisagens de floresta, ao contrário, nos legou as mais elaboradas pinturas Righini concentra sua atenção nos referentes à região amazônica datadas contrastes de cor e nas formas 96 do século XIX. A experiência de exuberantes da vegetação amazônica. 97 179 | Cena na 178 | Vista do Convento floresta da Tijuca de Santa Tereza tomada do alto de Paula Matos

98 99 183 | Natureza As naturezas mortas de Motta frutas e flores da América tropical, outro lado, na composição com flores, morta com flores (1824-1878) se destacam não só coletadas diretamente da natureza. estas são escolhidas e arranjadas de no âmbito de sua própria produção Pintadas como esmerado exercício de maneira que o olhar do espectador 184 | Natureza artística, mas também na produção observação, são fiéis às composições seja direcionado, a partir de qualquer morta com frutas desse gênero de pintura que, de consagradas pelos holandeses desde uma delas, para o conjunto e, a resto, desfrutava de pouco prestígio o século XVII. O artista, no entanto, seguir, para uma outra de diferente no Brasil do século XIX. Por essa compõe seus arranjos apoiando espécie. O artista consegue, com razão, chega a ser intrigante a a jaca, o abacate, a carambola, a grande habilidade, transpor para a quantidade de naturezas mortas goiaba e demais frutas diretamente tela a diversidade de texturas e cores, deixadas pelo artista, todas de grande sobre o chão, como se aludisse de brilhos e reflexos que povoam o qualidade. As duas telas da Coleção a uma apresentação dos sabores mundo natural. 100 Brasiliana apresentam arranjos de produzidos pelo solo brasileiro. Por 101 Lista de obras expostas

102 103 Rio de Janeiro Registro e a Corte dos viajantes

1 | Autor não identificado; 8 | Victor FROND; gravado por Leuchtenberg, c. 1835 da princesa Amélia, 1839 Rio de Janeiro, 1821 39 | Henry CHAMBERLAIN; a partir 48 | Henry CHAMBERLAIN (atribuído a) 52 | Carl F. P. Von MARTIUS; a partir de Charles LE BRUN Alphonse Léon NOËL Óleo sobre tela, 72,2 × 58 cm Litografia sobre papel, 30 × 22,6 cm Aquarela sobre papel, 20 × 24,8 cm de Joaquim Cândido GUILLOBEL Casa de Chamberlain no gravado por C. HEINZMANN América, c. 1650 D. Pedro II, Imperador Escravos carregando um barril Catete com Pão de Açúcar Lagoa das aves no rio Óleo sobre tela, 153,5 × 250 cm do Brasil, 1860 16 | François Auguste BIARD 24 | Jean-Baptiste DEBRET 32 | Henry CHAMBERLAIN; a partir de vinho, c. 1820 ao fundo, c. 1820 São Francisco, c. 1830 Litografia sobre papel, 39,5 × 29,5 cm Imperatriz Tereza Cristina, 1858 Desembarque da princesa real de Joaquim Cândido GUILLOBEL Aquarela sobre papel, 15,5 × 21 cm Aquarela sobre papel colada em cartão, Litografia sobre papel, 30,5 × 46,5 cm 2 | Antonio Manuel da FONSECA; Óleo sobre madeira, 45,2 × 32,4 cm Leopoldina no Rio de Janeiro, 1839 Brasileiro em traje de corte 15,8 × 23,2 cm gravado por Manuel Antonio 9 | Victor FROND; gravado Litografia sobre papel, 21,8 × 30,1 cm e brasileiro vestido de dignatário 40 | Nicolau FACCHINETTI 53 | Benjamin MARY; de CASTRO por Michele FANOLI 17 | Jean-Joseph BILFELDT da Igreja, c. 1820 Lagoa de Freitas, 1822 49 | Henry CHAMBERLAIN (atribuído a) gravado por C. A. LEBSCHÉ Dom João VI, 1825 D. Teresa Cristina de Achille Rouen, ministro francês 25 | Jean-Baptiste DEBRET Aquarela sobre papel, 11,3 × 18,5 cm Água-tinta e aquarela sobre papel, Casa de Chamberlain no A floresta úmida na cadeia Buril sobre papel, 54 × 39,1 cm Bourbon, c. 1860 na Corte de Pedro II, 1841 Vista do Largo do Palácio 19,5 × 27,2 cm Catete com Corcovado de montanhas da serra da Litografia sobre papel (china colé), Óleo sobre tela, 59,8 × 48,8 cm no dia da aclamação de 33 | Henry CHAMBERLAIN; a partir ao fundo, c. 1820 Estrela, na província de 3 | Autor não identificado; 38,8 × 29,2 cm D. João VI, 1839 de Joaquim Cândido GUILLOBEL 41 | Nicolau FACCHINETTI Aquarela sobre papel colada em cartão, São Sebastião, c. 1840 gravado por Manuel Antonio 18 | Henry CHAMBERLAIN; Litografia sobre papel, 18,1 × 32,1 cm Brasileiro pedindo dinheiro para Lagoa Rodrigo de Freitas 15,8 × 23,2 cm Litografia em preto sobre fundo bege de CASTRO 10 | Victor FROND; gravado por gravado por Henry Thomas ALKEN festa da igreja e brasileiro (morro Dois Irmãos), segunda sobre papel branco, 20 × 32,5 cm Dona Carlota Joaquina de Sébastien Auguste SISSON Nossa Senhora da Glória, 1821 26 | Jean-Baptiste DEBRET escravo, c. 1820 metade do século XIX 50 | Autor não identificado Bourbon, 1827 Família Imperial do Brasil, 1860 Água-tinta e aquarela sobre papel, Cerimônia de sagração de Aquarela sobre papel, 11 × 18,5 cm Óleo sobre tecido, 21,7 × 30,6 cm Praia de Botafogo com Pão de 54 | Benjamin MARY; Buril sobre papel, 60,5 × 50,6 cm Litografia sobre papel (china colé), 19,4 × 27,3 cm d. Pedro I no Rio de Janeiro, 1834 Açúcar, primeira metade do século XIX gravado por C. A. LEBSCHÉ 41,7 × 50,1 cm Litografia sobre papel, 21 × 22,7 cm 34 | Henry CHAMBERLAIN; a partir 42 | Friedrich HAGEDORN Aquarela sobre papel, 19,3 × 28,3 cm Floresta primitiva na montanha 4 | Henrique José da SILVA; 19 | Henry CHAMBERLAIN; de Joaquim Cândido GUILLOBEL Vista do Rio de Janeiro tomada da serra da Estrela, perto de gravado por Urbain MASSARD 11 | Vicente LÓPEZ y Portaña gravado por Henry Thomas ALKEN 27 | Jean-Baptiste DEBRET Um mineiro, ou nativo do da praia de Boa Viagem, 51 | Autor não identificado Petrópolis, c. 1840 Dom Pedro I, 1831 (ateliê de) O palácio, 1821 Pano de boca executado para a distrito das Minas e escravo segunda metade do século XIX Praia de Botafogo com Dois Litografia em preto sobre fundo bege Água-forte e buril sobre papel, D. Maria Isabel de Bragança, Água-tinta e aquarela sobre papel, representação extraordinária no indo ao mercado, c. 1820 Guache sobre papel, 38,8 × 116,2 cm Irmãos, Gávea e Corcovado ao sobre papel branco, 20 × 31,6 cm 68 × 44,5 cm posterior a 1816 19,6 × 27,7 cm Teatro da Corte por ocasião da Aquarela sobre papel, 16 × 23,5 cm fundo, primeira metade do século XIX Óleo sobre tela, 42,8 × 35,4 cm coroação de d. Pedro I, 1834 43 | G. LE BARBIER Aquarela sobre papel, 19,3 × 28 cm 55 | Benjamin MARY; 5 | Jules Antoine VAUTIER; 20 | Thomas ENDER; gravado Litografia sobre papel, 16,2 × 31,8 cm 35 | Henry CHAMBERLAIN; a partir Panorama do Rio de Janeiro, 1879 gravado por C. A. LEBSCHÉ gravado por Jean-François 12 | Autor não identificado por Johann Nepomuk PASSINI de Joaquim Cândido GUILLOBEL Aquarela sobre papel, 24 × 70 cm Floresta primitiva, fechada BADOUREAU D. Pedro, duque de Bragança, Real Quinta da Boa Vista, c. 1832 28 | Jean-Baptiste DEBRET Escravos brasileiros, c. 1820 das raízes e cipós, perto de Leopoldina, arquiduquesa posterior a 1834 Água-forte e buril sobre papel, Aclamação de D. Pedro II no Aquarela sobre papel, 11,5 × 15,7 cm 44 | Benjamin MARY Jacativa, na província de da Áustria, c. 1817 Óleo sobre tela, 72 × 59,5 cm 21,8 × 32,8 cm Rio de Janeiro, 1834 Panorama do Rio de São Sebastião, c. 1840 Buril sobre papel, 56,3 × 40,8 cm Litografia sobre papel, 22,5 × 35,8 cm 36 | Henry CHAMBERLAIN; a partir Janeiro, c. 1835 Litografia em preto sobre fundo bege 13 | Autor não identificado; 21 | Thomas ENDER; gravado de Joaquim Cândido GUILLOBEL Grafite, nanquim e aquarela sobre sobre papel branco, 19,8 × 32,4 cm 6 | Autor não identificado; segundo Friedrich DÜRCK por Johann AXMANN 29 | Jean-Baptiste DEBRET Escravos brasileiros, c. 1820 papel, 30,3 × 312,4 cm gravado por Jean-Baptiste D. Amélia, duquesa de Bragança, Vista do Rio de Janeiro Revista das tropas destinadas Aquarela sobre papel, 11,3 × 16,5 cm 56 | Johann Moritz RUGENDAS AUBRY-LECOMTE posterior a 1839 com aqueduto, 1828 a Montevidéu, na Praia 45 | Wilhelm ROELOFS Paisagem com cavaleiro, 1828 Amélia de Beauharnais, 1829-1831 Óleo sobre tela, 71,5 × 58,6 cm Água-forte e buril sobre papel, Grande, c. 1816 37 | Henry CHAMBERLAIN; a partir Vista do Rio de Janeiro tomada Grafite e nanquim sobre papel, Litografia sobre papel, 39 × 27 cm 22,1 × 32,8 cm Óleo sobre cartão colado sobre tela, de Joaquim Cândido GUILLOBEL do outeiro da Glória, século XIX 29,2 × 20,5 cm 14 | Autor não identificado; 41,6 × 62,9 cm Senhora brasileira em sua Aquarela sobre papel, 26,5 × 44,5 cm 7 | Friedrich DÜRCK; gravado segundo Friedrich DÜRCK 22 | Agostinho José da MOTTA cadeira, c. 1820 57 | Johann Moritz RUGENDAS; por L. SCHÖNNINGER D. Maria Amélia de Bragança, Palácio Imperial de 30 | Alessandro CICCARELLI Aquarela sobre papel, 16,5 × 21,5 cm 46 | Felix-Émile TAUNAY gravado por Laurent DEROY Sua Alteza Imperial, posterior a 1849 Petrópolis, c. 1855 Rio de Janeiro, 1844 Praia Don Manuel, c. 1823 Derrubada de uma floresta, c. 1835 Princesa D. Maria Amélia, Óleo sobre tela, 71,8 × 58,6 cm Óleo sobre tela, 78,6 × 109,2 cm Óleo sobre tela, 82,3 × 117,5 cm 38 | Henry CHAMBERLAIN; a partir Aquarela sobre papel, 17,7 × 26,1 cm Litografia sobre papel, 21,6 × 28,5 cm posterior a 1849 de Joaquim Cândido GUILLOBEL Litografia sobre papel (china colé), 15 | G. DURY; segundo 23 | Jean-Baptiste DEBRET 31 | Henry CHAMBERLAIN; a partir Família brasileira a passeio, c. 1820 47 | Felix-Émile TAUNAY 58 | Johann Moritz RUGENDAS; 33,7 × 26,5 cm Joseph Karl STIELER Retratos da arquiduquesa de Joaquim Cândido GUILLOBEL Nanquim sobre papel, 18,3 × 23 cm Rua Direita, Rio de Janeiro, 1823 gravado por BICHEBOIS e Victor ADAM 104 D. Augusto, duque de Leopoldina, da rainha Carlota e Barraca de negra livre no Aquarela sobre papel, 17,7 × 23,6 cm Serra Ouro Branco na província 105 de Minas Gerais, 1827-1835 68 | Autor não identificado gravado por Auguste SEYFFER e G. RIST 83 | Autor não identificado (a partir A sege e a cadeira, 1821 Baía de Botafogo (prancha 1), 1822 105 | Jean-Baptiste DEBRET 114 | Jules Marie Vincent de SINETY Litografia sobre papel, 25,5 × 33,7 cm Paisagem de rio e colina, c. 1837 Os Puris em sua floresta, 1822 de WIED-NEUWIED, Maximilian Prinz Água-tinta e aquarela sobre papel, Água-tinta e aquarela sobre papel, Negociante de tabaco / Negro Chegada do padrinho da linha Óleo sobre papel, 24,7 × 32,2 cm Água-forte sobre papel, zu); gravado por Auguste SEYFFER e 20,5 × 28,9 cm 20,1 × 27,5 cm trovador / Vendedoras do Equador, 1837 59 | Johann Moritz RUGENDAS; 24 × 30,7 cm J. P. BITTHEUSER de pão-de-ló, 1835 Aquarela sobre papel, 20,3 × 27,5 cm gravado por Laurent DEROY 69 | Autor não identificado Dança de Camacans, 1822 90 | Henry CHAMBERLAIN (a partir 97 | Henry CHAMBERLAIN; Litografia sobre papel, 27,3 × 22,2 cm Transporte de um comboio de Casa na Bahia, c. 1837 77 | Autor não identificado (a partir Água-forte sobre papel, 23,7 × 32 cm de Joaquim Cândido GUILLOBEL); gravado por Henry Thomas ALKEN 115 | Jules Marie Vincent de SINETY negros, c. 1835 Óleo sobre papel, 23,8 × 31,5 cm de WIED-NEUWIED, Maximilian Prinz gravado por John CLARKE Largo da Glória, 1821 106 | Jean-Baptiste DEBRET Batismo, 1837 Litografia sobre papel, 16,5 × 26,5 cm zu); gravado por M. G. EICHLER 84 | Henry CHAMBERLAIN; Uma família brasileira, 1821 Água-tinta e aquarela sobre papel, Aplicação do castigo do açoite / Aquarela sobre papel, 20,4 × 27,5 cm 70 | Autor não identificado As cabanas dos Puris, 1822 gravado por G. HUNT Água-tinta e aquarela sobre papel, 19,9 × 27,6 cm Negros no tronco, 1835 60 | Johann Moritz RUGENDAS; Caserna, 1837 Água-forte sobre papel, 22,8 × 28,8 cm Vista do lado oeste do porto 20,5 × 28,8 cm Litografia sobre papel, 25 × 22,3 cm 116 | Jules Marie Vincent de SINETY gravado por Richard BONINGTON Óleo sobre papel, 21,7 × 28,5 cm do Rio de Janeiro, 1822 98 | Jean-Baptiste DEBRET Gibraltar – A cidade, 1837 e Victor ADAM 78 | Autor não identificado (a partir Água-tinta e aquarela sobre papel, 91 | Henry CHAMBERLAIN; Família de Botocudos 107 | Jean-Baptiste DEBRET Aquarela sobre papel, 20,2 × 27,9 cm Campos nas margens do 71 | Autor não identificado de WIED-NEUWIED, Maximilian Prinz 23 × 90 cm gravado por John CLARKE em marcha, 1834 O cirurgião negro / Açougue de rio das Velhas, 1827-1835 Paisagem com casa e roda zu); gravado por Martin ESSLINGER Pretos de ganho, 1821 Litografia sobre papel, 22,4 × 32,4 cm carne de porco, 1835 117 | Jules Marie Vincent de SINETY Litografia sobre papel, 24,2 × 34,4 cm d’água, c. 1837 Capitão Bento Lourenço abrindo 85 | Henry CHAMBERLAIN; Água-tinta e aquarela sobre papel, Litografia sobre papel, 25,7 × 20,6 cm Baía do Rio de Janeiro, 1837-1841 Óleo sobre papel, 19,3 × 29 cm uma nova estrada nas florestas gravado por G. HUNT 20,6 × 28,9 cm 99 | Jean-Baptiste DEBRET Aquarela sobre papel, 20,5 × 29,5 cm 61 | Autor não identificado perto de Mucuri, 1822 Lado leste do porto do Rio de Botocudos, Puris, Patachos 108 | Jean-Baptiste DEBRET Consulado suíço, c. 1837 72 | Thomas ENDER; gravado Água-forte sobre papel, 22,6 × 30,8 cm Janeiro, 1822 92 | Henry CHAMBERLAIN; e Machacalis, 1834 Extrema-unção levada a 118 | Jules Marie Vincent de SINETY Grafite sobre papel, 9,5 × 18,3 cm por Johann AXMANN Água-tinta e aquarela sobre papel, gravado por T. HUNT Litografia sobre papel, 20,7 × 32cm um doente / Transporte de O gigante, 1841 Cidade de Goiás, 1830 79 | Autor não identificado (a partir de 20 × 88,5 cm O lazareto, 1822 uma criança branca para ser Aquarela sobre papel, 13,6 × 32,3 cm 62 | Autor não identificado Água-forte e buril sobre papel, WIED-NEUWIED, Maximilian Prinz zu) Água-tinta e aquarela sobre papel, 100 | Jean-Baptiste DEBRET batizada, 1839 Soldado, c. 1837 21,8 × 32,9 cm Vista da ilha de Cachoeirinha 86 | Henry CHAMBERLAIN; 19,7 × 26,8 cm Soldados índios da província Litografia sobre papel, 30,5 × 22,1 cm 119 | Jules Marie Vincent de SINETY Óleo sobre papel, 18,7 × 10,8 cm com o Quartel dos Arcos no Rio gravado por John CLARKE de Curitiba escoltando Rio de Janeiro, 1841 73 | Thomas ENDER; gravado Grande de Belmonte, 1822 Vista da cidade do Rio de Janeiro 93 | Henry CHAMBERLAIN; selvagens, 1834 109 | Jean-Baptiste DEBRET Aquarela sobre papel, 23 × 33,8 cm 63 | Autor não identificado por Johann Nepomuk PASSINI Água-forte sobre papel, 23,4 × 30,6 cm tomada do ancoradouro, 1821 gravado por G. HUNT Litografia sobre papel, 21 × 32,5 cm Cortejo funerário / Coleta para a Vista tomada no caminho Vila Rica, c. 1832 Água-tinta e aquarela sobre papel, Lagoa de Freitas, 1822 manutenção da Igreja do Rosário 120 | Jules Marie Vincent de SINETY de Areal, Bahia, c. 1837 Água-forte e buril sobre papel, 80 | Autor não identificado (a partir 20 × 91 cm Água-tinta e aquarela sobre papel, 101 | Jean-Baptiste DEBRET por uma irmandade negra, 1839 O porto – Rio de Janeiro, 1841 Óleo sobre papel, 15 × 21,8 cm 21,6 × 32,5 cm de WIED-NEUWIED, Maximilian Prinz 19,5 × 27,2 cm Um funcionário a passeio com Litografia sobre papel, 25,2 × 21,1 cm Aquarela sobre papel, 16,5 × 25 cm zu); gravado por Carl SCHLEICH 87 | Henry CHAMBERLAIN; sua família / Uma senhora 64 | Autor não identificado 74 | BOSSET DE LUZE Vista da cidade de Porto gravado por Henry Thomas ALKEN 94 | Henry CHAMBERLAIN; brasileira em seu lar, 1839 110 | Jules Marie Vincent de SINETY 121 | Jules Marie Vincent de SINETY Árvore gigante e caserna, c. 1837 Fazenda Pombal, Colônia Seguro, 1822 Ponta do Calabouço, vista gravado por Henry Thomas ALKEN Litografia sobre papel, 34,2 × 21,7 cm Estreito de Gibraltar, 1837 Os jesuítas, 1837-1841 Óleo sobre papel, 19,4 × 18,5 cm Leopoldina, Bahia, primeira Água-forte sobre papel, 23,4 × 30,6 cm da Glória, 1821 Bragança, 1821 Aquarela sobre papel, 23,2 × 34 cm Aquarela sobre papel, 17,3 × 26 cm metade do século XIX Água-tinta e aquarela sobre papel, Água-tinta e aquarela sobre papel, 102 | Jean-Baptiste DEBRET 65 | Autor não identificado Aquarela sobre papel, 25,5 × 57 cm 81 | Autor não identificado (a partir de 21,3 × 84,5 cm 19,9 × 27,6 cm O jantar / O passatempo 111 | Jules Marie Vincent de SINETY 122 | Jules Marie Vincent de SINETY Vista do porto da Bahia, c. 1837 WIED-NEUWIED, Maximilian Prinz zu) depois do jantar, 1834 O rochedo, 1837 A Glória, 1837-1841 Óleo sobre papel, 17 × 25,5 cm 75 | BOSSET DE LUZE Vista da cidade e do porto 88 | Henry CHAMBERLAIN (a partir 95 | Henry CHAMBERLAIN (a partir Litografia sobre papel, 34 × 21,5 cm Aquarela sobre papel, 16,2 × 25 cm Aquarela sobre papel, 17 × 25,2 cm Estudo para Fazenda Pombal, de Ilhéus, 1822 de Joaquim Cândido GUILLOBEL); de Joaquim Cândido GUILLOBEL); 66 | Autor não identificado Colônia Leopoldina, Bahia, Água-forte sobre papel, 23,3 × 31,8 cm gravado por Henry Thomas ALKEN gravado por T. HUNT 103 | Jean-Baptiste DEBRET 112 | Jules Marie Vincent de SINETY 123 | Jules Marie Vincent de SINETY Cena rural, c. 1837 primeira metade do século XIX Uma barraca de mercado, 1821 Vista do lugar de desembarque Barbeiros ambulantes / Tenerife, 1837 Santa Teresa, 1837-1841 Óleo sobre papel, 20,7 × 28,5 cm Aquarela e grafite sobre papel, 82 | Autor não identificado (a partir de Água-tinta e aquarela sobre papel, na Glória, 1822 Loja de barbeiros, 1835 Aquarela sobre papel, 21,5 × 30 cm Aquarela sobre papel, 25,5 × 16,7 cm 20,3 × 44,5 cm WIED-NEUWIED, Maximilian Prinz zu) 20,5 × 28,6 cm Água-tinta e aquarela sobre papel, Litografia sobre papel, 34,2 × 23,3 cm 67 | Autor não identificado Grupo de Camacans na 20,1 × 27,6 cm 113 | Jules Marie Vincent de SINETY 124 | Jules Marie Vincent de SINETY Casa e cavalos, c. 1837 76 | Autor não identificado floresta, 1822 89 | Henry CHAMBERLAIN (a partir 104 | Jean-Baptiste DEBRET Mulheres de Tenerife, 1837 Pão de Açúcar, 1837-1841 Óleo sobre papel, 21 × 28 cm (a partir de WIED-NEUWIED, Água-forte sobre papel, 23,5 × 30,5 cm de Joaquim Cândido GUILLOBEL); 96 | Henry CHAMBERLAIN; Pequena moenda portátil, 1835 Aquarela sobre papel, 21,3 × 13,3 cm Aquarela sobre papel, 16,8 × 25,5 cm 106 Maximilian Prinz zu); gravado por John CLARKE gravado por T. HUNT Litografia sobre papel, 17,1 × 24,7 cm 107 Paisagens do Brasil

125 | Jules Marie Vincent de SINETY Saída do porto, vista tomada 141 | Karl Robert von PLANITZ Ilha das Cobras, c. 1839 Água-tinta e aquarela sobre papel, 159 | Jean-Julien DELTIL; 168 | Manuel de Araújo Aquarela sobre papel, 23,3 × 35 cm Bahia, 1838 do Morro do Castelo, c. 1840 Vista da cidade de São Sebastião Água-tinta e aquarela sobre papel, 11,7 × 16,7 cm a partir de Johann Moritz RUGENDAS PORTO-ALEGRE Aquarela sobre papel, 21,3 × 29,2 cm Litografia sobre papel, 20,3 × 33,3 cm do Rio de Janeiro tirada da Ilha 11,7 × 16,7 cm Vistas do Brasil, c. 1829 Grande cascata da Tijuca, 1833 178 | Henri Nicolas VINET das Cobras, c. 1840 156 | Johann Jacob STEINMANN; Xilogravura e pintura sobre papel, Óleo sobre tela, 65 × 81,2 cm Vista do Convento de Santa 126 | Jules Marie Vincent de SINETY 134 | Adolphe D’HASTREL Aguada de nanquim sobre papel, 149 | Johann Jacob STEINMANN; gravado por Friedrich SALATHÉ 266 × 1.500 cm Tereza tomada do alto de Paula Cenas de Bordo, 1837-1841 Entrada do Porto, c. 1840 19,5 × 27,1 cm gravado por Friedrich SALATHÉ Vista tomada de Santa 169 | Karl Ernst PAPF Matos, 1863 Sépia e aquarela sobre papel, Litografia sobre papel, 20,2 × 31 cm Caminho dos Órgãos, c. 1839 Tereza, c. 1839 160 | Autor não identificado Vista de Petrópolis, 1898 Óleo sobre tela, 67,7 × 82,6 cm 25,8 × 39 cm 142 | Karl Robert von PLANITZ Água-tinta e aquarela sobre papel, Água-tinta e aquarela sobre papel, Vista da cidade de Salvador, c.1860 Óleo sobre tela, 33 × 53 cm 135 | Adolphe D’HASTREL; Vista da cidade de São Sebastião 11,7 × 16,7 cm 11,7 × 16,7 cm Aquarela sobre papel, 29,3 × 46,7 cm 179 | Henri Nicolas VINET 127 | Jules Marie Vincent de SINETY gravado por H. CLERGET do Rio de Janeiro tirada da Ilha 170 | Karl Ernst PAPF Cena na floresta da Tijuca, 1875 Casas de negros / Praia Don Manuel, Cais das Cobras, c. 1840 150 | Johann Jacob STEINMANN; 157 | Johann Jacob STEINMANN; 161 | Jean-Jacques François COINDET Arredores de Petrópolis, Óleo sobre tela, 65,5 × 100,7 cm Mantegueiro, 1838 Pharoux, c. 1840 Aguada de nanquim sobre papel, gravado por Friedrich SALATHÉ gravado por Friedrich SALATHÉ Fábrica Meuron no Andaraí, Pedra do Cone, c. 1890 Aquarela sobre papel, 21,1 × 32,3 cm Litografia sobre papel, 20,5 × 34,2 cm 19,2 × 27 cm Igreja de São Sebastião, c. 1839 Morro do Castelo e Rio de Janeiro, século XIX Óleo sobre tecido colado sobre cartão, 180 | Autor não identificado Água-tinta e aquarela sobre papel, praia da Ajuda, c. 1839 Óleo sobre tela, 85,4 × 130,2 cm 45,1 × 35,5 cm Praia da Boa Viagem, 128 | Jules Marie Vincent de SINETY 136 | Adolphe D’HASTREL; 143 | Karl Robert von PLANITZ 11,7 × 16,7 cm Água-tinta e aquarela sobre papel, Niterói, século XIX Aguadeiro, 1838 gravado por G. MÜLLER Botafogo, c. 1840 11,7 × 16,7 cm 162 | Nicolau FACCHINETTI 171 | Joseph Léon RIGHINI Óleo sobre tela, 30,1 × 37,9 cm Aquarela sobre papel, 17,7 × 22 cm Vista geral da cidade, tomada Aguada de nanquim sobre papel, 151 | Johann Jacob STEINMANN; Enseada de Paquetá com serra Residência às margens do Porto, c. 1840 19,5 × 27,4 cm gravado por Friedrich SALATHÉ 158 | Johann Jacob STEINMANN; dos Órgãos ao fundo, segunda do rio Anil, 1862 181 | Benedito CALIXTO 129 | Jules Marie Vincent de SINETY Litografia sobre papel, 20,3 × 34,7 cm Vista do Saco do Alferes e de gravado por Friedrich SALATHÉ metade do século XIX Óleo sobre tela, 49,5 × 99,5 cm Porto de Santos, 1895 Travessia de Toulon a Rio 144 | Karl Robert von PLANITZ São Cristóvão, c. 1839 São João de Icaraí, Óleo sobre tela, 22,4 × 47,3 cm Óleo sobre tela, 36,3 × 68 cm de Janeiro (estudo para 137 | Adolphe D’HASTREL Paço do Imperador do Brasil em Água-tinta e aquarela sobre papel, Praia Grande, c. 1839 172 | Joseph Léon RIGHINI frontispício), 1837-1841 Ilha das Cobras, c. 1840 São Cristóvão, c. 1840 11,7 × 16,7 cm Água-tinta e aquarela sobre papel, 163 | Nicolau FACCHINETTI Arredores de cidade, 1862 182 | Autor não identificado Aquarela e grafite sobre papel, Litografia sobre papel, 20,3 × 30,5 cm Aguada de nanquim sobre papel, 11,7 × 16,7 cm Cascata do Itamaraty, Óleo sobre tela, 66,3 × 110,2 cm Cascata dos Correias, 45,4 × 31 cm 19,5 × 27 cm 152 | Johann Jacob STEINMANN; Petrópolis, 1869 Petrópolis, século XIX 138 | Karl Robert von PLANITZ gravado por Friedrich SALATHÉ Óleo sobre tela, 65,8 × 48,7 cm 173 | Joseph Léon RIGHINI Óleo sobre tela, 49 × 64 cm 130 | Jules Marie Vincent de SINETY Vista da cidade de São 145 | Karl Robert von PLANITZ Plantação de Café, c. 1839 Vista de São Luis do Brasil, estudo para Sebastião do Rio de Janeiro Botafogo e caminho de São Água-tinta e aquarela sobre papel, 164 | Nicolau FACCHINETTI Maranhão, 1863 183 | Agostinho José da MOTTA frontispício, 1837-1841 tirada do Convento de Clemente, c. 1840 11,7 × 16,7 cm Cascata dos Bulhões, Óleo sobre tela, 49,6 × 98,7 cm Natureza morta com flores, 1873 Aquarela e grafite sobre papel, Santa Tereza, c. 1840 Aguada de nanquim sobre papel, Petrópolis, 1869 Óleo sobre tela, 53,8 × 67 cm 45,2 × 31 cm Aguada de nanquim sobre papel, 19,5 x 27 cm 153 | Johann Jacob STEINMANN; Óleo sobre tela, 65,8 × 48,6 cm 174 | Joseph Léon RIGHINI 19,5 × 27 cm gravado por Friedrich SALATHÉ Casas de índios na floresta 184 | Agostinho José da MOTTA 131 | Jules Marie Vincent de SINETY 146 | Karl Robert von PLANITZ Vista de N. Sra. da Glória e Barra 165 | Eduard HILDEBRANDT Mata-Mata no Moju, Pará, 1867 Natureza morta com frutas, 1873 Montevidéu (estudo de 139 | Karl Robert von PLANITZ Lagoa Rodrigo de Freitas com do Rio de Janeiro, c. 1839 Paisagem com negros, 1845 Óleo sobre tela, 24 × 45,3 cm Óleo sobre tela, 53,8 × 67 cm vinheta), 1837-1841 Vista da cidade de São Sebastião morro do Corcovado, c. 1840 Água-tinta e aquarela sobre papel, Óleo sobre tela, 36,9 × 58,2 cm Aquarela e grafite sobre papel, do Rio de Janeiro tirada do Aguada de nanquim sobre papel, 11,7 × 16,7 cm 175 | William Gore OUSELEY 45,5 × 31,2 cm Convento de Santa Tereza, c. 1840 19,5 × 27,2 cm 166 | Eduard HILDEBRANDT Gamboa, Bahia, c. 1835 Aguada de nanquim sobre papel, 154 | Johann Jacob STEINMANN; Paisagem com índios, 1844-1845 Aquarela sobre papel, 26 × 39,5 cm 132 | Adolphe D’HASTREL; 19,2 × 27,2 cm 147 | Johann Jacob STEINMANN; gravado por Friedrich SALATHÉ Óleo sobre tela, 39,5 × 57 cm gravado por G. MÜLLER gravado por Friedrich SALATHÉ Botafogo, c. 1839 176 | Benno TREIDLER Igreja da Lapa e Convento de 140 | Karl Robert von PLANITZ Largo do Paço, c. 1839 Água-tinta e aquarela sobre papel, 167 | Adolphe Theodore Vista da praia de Botafogo, 1895 Santa Tereza, c. 1840 Igreja e morro de N. Água-tinta e aquarela sobre papel, 11,7 × 16,7 cm Jules Martial POTEMONT Aquarela sobre papel, 22,2 × 34,4 cm Litografia sobre papel, 20,5 × 31 cm Sra. da Glória, c. 1840 11,7 × 16,7 cm Paisagem à beira rio, segunda Aguada de nanquim sobre papel, 155 | Johann Jacob STEINMANN; metade do século XIX 177 | Benno TREIDLER 133 | Adolphe D’HASTREL; 19,3 × 27 cm 148 | Johann Jacob STEINMANN; gravado por Friedrich SALATHÉ Óleo sobre tela, 33,5 × 46,2 cm Rua Primeiro de Março, 108 gravado por H. CLERGET gravado por Friedrich SALATHÉ Nova Friburgo, c. 1839 Rio de Janeiro, 1895 109 Olhar Viajante na Casa Fiat de Cultura Coleção Brasiliana/Fundação Estudar da Pinacoteca do Estado de São Paulo

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