Maria Inez Turazzimaria

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Maria Inez Turazzimaria Maria Inez Turazzi Maria Inez Turazzi ormar os brasileiros. Permitir a cada um dos súditos-cidadãos imperiais construir imagens do Brasil, no mesmo movimento em que, por meio Fdelas, cada um daqueles brasileiros era constituído. Outra não era a tarefa que os dirigentes imperiais haviam se imposto, a qual sempre se apresentaria I sob uma dupla face: a da recorrente inscrição do Império do Brasil no conjunto CONOGRAFIA das “Nações civilizadas” e aquela que se realizava por meio de uma expansão diferente – uma expansão para dentro – , que distinguia o Império do Brasil de outras experiências imperiais. No mês de dezembro de 1881, a Exposição de História do Brasil era um indício e um fator daquela tarefa em ambas as faces. Quase 130 anos depois, as páginas deste ICONOGRAFIA E ATRIMÔNIO E P . O Catálogo P da Exposição de História do Brasil e a fisionomia da nação, de Maria Inez Turazzi, ATRIMÔNIO se apresentam ao leitor-visitante como a possibilidade de ser tanto o expectador de tudo aquilo que uma exposição e seu catálogo ainda despertam, quanto o ICONOGRAFIA E PATRIMÔNIO espectador que testemunha como as exposições são eternas, ainda que apenas enquanto dure o prazer da leitura de um texto luminoso. O Catálogo da Exposição de História do Brasil e a fisionomia da nação ILMAR ROHLOFF DE MATTOS ICONOGRAF I A E PATR I MÔN I O O Catálogo da Exposição de História do Brasil e a fisionomia da nação InezTurazzi.indd 1 6/10/2009 19:23:59 Coleção Rodolfo Garcia Vol. 33 REPÚBLICA FEDE R ATIVA DO BR ASIL Presidente da República / Luiz Inácio Lula da Silva • Ministro da Cultura / Juca Ferreira FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL Presidente / Muniz Sodré de Araújo Cabral • Diretora Executiva / Célia Portella • Gerência do Gabinete / Cilon Silvestre de Barros • Diretoria do Centro de Processamento Técnico / Liana Gomes Amadeo • Diretoria do Centro de Referência e Difusão / Mônica Rizzo • Coordenação Geral de Planejamento e Administração / Tânia Mara Barreto Pacheco • Coordenação Geral de Pesquisa R IO DE JANEI R O e Editoração / Oscar Manoel da Costa Gonçalves • Coordenação Geral do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas / Ilce Gonçalves Cavalcanti 2009 Apoio Maria Inez Turazzi ICONOGRAF I A E PATR I MÔN I O O Catálogo da Exposição de História do Brasil e a fisionomia da nação R I O DE JANE I RO 2009 InezTurazzi.indd 3 6/10/2009 19:24:00 FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL Av. Rio Branco, 219 – Centro 20040-008 – Rio de Janeiro – RJ Tels: (21) 2220-1994 e 2544-5814 Editor Marcus Venicio Ribeiro Revisão Leonardo Fróes Projeto Gráfico e Capa Isabella Perrotta - Hybris Design Diagramação Conceito Comunicação Integrada Reprodução Fotográfica Claudio Cavalcanti Xavier, Jaime Acioli e Leonardo da Costa Ilustração da capa Eugène CICÉRI e Philippe BENOIST (lith.). Rio de Janeiro. As praias St. Luzia. A Glória. 1852-53. Turazzi, Maria Inez, 1957- Iconografia e patrimônio : o Catálogo da Exposição de História do Brasil e a fisionomia da nação / Maria Inez Turazzi. – Rio de Janeiro : Fundação Biblioteca Nacional, 2009. 244p. ; 16 x 23 cm. Inclui bibliografia. Em apêndice: Vistas e paisagens do Rio de Janeiro no Catálogo da exposição de história do Brasil. ISBN 978-85-333-0546-5 1. Biblioteca Nacional (Brasil). Catálogo da Exposição de História do Brasil. 2. Biblioteca Nacional (Brasil) – Exposições. 3. Exposição de História do Brasil (1881 : Rio de Janeiro, RJ). 4. Brasil – História – Bibliografia – Exposições. 5. Brasil – Bibliografia – Exposições. 6. Brasil – Na arte – Exposições. I. Biblioteca Nacional (Brasil). II. Título. CDD 981 InezTurazzi.indd 4 6/10/2009 19:24:00 Para meus irmãos, Cristina e Ernani, por tudo que nos uniu InezTurazzi.indd 5 6/10/2009 19:24:00 InezTurazzi.indd 6 6/10/2009 19:24:00 S UMÁ R IO Prefácio 9 Introdução 17 Capítulo 1 Iconografia e patrimônio: plataformas de observação 29 Capítulo 2 Entre passado e futuro: o Catálogo e a Exposição de História do Brasil na Biblioteca Nacional 85 Considerações finais Uma coleção ‘sistemática’ de estampas 147 Apêndice ‘Vistas e paisagens’ do Rio de Janeiro no Catálogo da Exposição de História do Brasil 173 Fontes e Bibliografia 229 Agradecimentos 242 Sobre a autora 243 InezTurazzi.indd 8 6/10/2009 19:24:00 Maria Inez Turazzi P REFÁCIO ILMAR ROHLOFF DE MATTO S ão saberia dizer exatamente quando, nem mesmo como, menos ainda por quê. Em algum momento, durante ou após Na leitura do texto que ainda tenho em mãos, outras palavras se apresentaram, insinuaram-se talvez, o verso de um poeta parecendo se oferecer para sublinhar ainda mais o prazer de uma leitura. Mas não era apenas isto. Eram palavras que pareciam insistir em me fazer compreender que as exposições, mesmo aquelas classificadas como permanentes, são elas também eternas, ainda que apenas enquanto durem. Diga-se a favor de uma proposta de compreensão, intimamente associada ao ato de sentir, que não consigo recusar, que ela me possibilita ter lado a lado aquele que imagina algo a ser exposto, e efetivamente o expõe, e um outro que, movido por expectativas particulares, se dispõe a ver. No caso do texto que tudo isto suscita, pôr lado a lado o bibliotecário e o visitante da Exposição de História do Brasil de 1881, realizada na Biblioteca Nacional, a antiga, que ocupava um velho edifício, de dimensões acanhadas, nas proximidades do Passeio Público. Mas não apenas ter lado a lado Ramiz 9 InezTurazzi.indd 9 6/10/2009 19:24:00 Iconografia e patrimônio Galvão, o diretor que sabia que uma biblioteca nacional “não pode e não deve ficar estacionária, a bem de nossos créditos de país adiantado”, e cada um dos 7.601 visitantes que ali estiveram no mês seguinte ao da inauguração da exposição no dia 2 de dezembro de 1881. Do Catálogo da Exposição de História do Brasil, no qual a exposição se desdobrava e completava, publicado em três volumes entre 1881 e 1883, os primeiros leitores foram outros tantos visitantes que, também ao lado daquele que para sempre seria o diretor exemplar, embora já não o fosse de direito, ampliariam aquele número inicial de visitantes, por muitos avaliado como modesto, em um movimento que se desdobraria na prática de outros leitores-visitantes, quer da edição princeps do Catálogo, quer de suas duas reedições já no século passado. Quase 130 anos depois, as páginas deste Iconografia e patrimônio: o Catálogo da Exposição de História do Brasil e a fisionomia da nação, de Maria Inez Turazzi, se oferecem a outros leitores-visitantes, propondo novos roteiros e percursos que a cada passo geram expectativas e logo se desdobram em desafios. Páginas que se oferecem a você, leitor, mediando o encontro com o bibliotecário diligente; páginas que se apresentam ao leitor-visitante como a possibilidade de ser tanto o expectador de tudo aquilo que uma exposição e seu catálogo ainda despertam, quanto o espectador que testemunha como as exposições são eternas, ainda que apenas enquanto dure o prazer da leitura de um texto luminoso. À(s) visita(s), então. Pode-se ir à Biblioteca Nacional, a nova, em seu prédio grandioso que nos faz esquecer, por vezes, que ela nem sempre ali esteve. E, a partir quer das informações que a autora nos oferece quer dos referenciais teóricos de que se serve, experimentar deslocamentos essenciais, que não apenas nos convidam a dedicar atenção mais cuidadosa à “Seção Artística” do Catálogo, em particular às centenas de “retratos”, “cenas”, “tipos”, “vistas”, “paisagens” e “marinhas”, embora não apenas a elas, como também – e creio 10 InezTurazzi.indd 10 6/10/2009 19:24:00 Maria Inez Turazzi não incorrer em equívoco ao dizer, sobretudo – às noções de patrimônio e iconografia como privilegiadas “plataformas de observação das conexões que estabelecemos com o nosso passado”. Deslocamentos que se desdobram nas aproximações e articulações entre os acervos da Biblioteca e o da coleção Geyer, o que permite a ampliação do nosso conhecimento da memória visual do Rio de Janeiro, em particular, assim como novas reflexões a respeito dos caminhos de construção de nossa identidade, relacionados, na perspectiva que a autora nos proporciona, à construção de uma imagem visual da nação e à própria idéia de patrimônio, associada à compilação, divulgação e preservação de um acervo documental. Sempre pelas mãos e palavras seguras de Maria Inez, pode-se voltar à antiga Biblioteca, e ali encontrar Ramiz Galvão e “sua” coleção de “estampas”, designação então cada vez mais utilizada para toda e qualquer imagem, inclusive desenhos e pinturas. Digo “sua” porque, de acordo com o médico baiano José Zeferino Brum, o então responsável pela “Seção de Estampas” da Biblioteca, e é o texto de Turazzi que me permite também isto aprender, as aproximadamente 30 mil estampas ali existentes foram salvas de aniquilamento quase certo pela ação do diretor da instituição, uma vez que se encontravam espalhadas pelas estantes, armazéns e esconderijos da casa, servindo de pasto da traça e do cupim, vítimas da poeira, da umidade e de outros tantos agentes de destruição. Uma ação que revelava tino e zelo administrativos, por certo, no momento em que se deslocava para a instituição que dirigia a tarefa de coligir e ordenar de forma sistemática os documentos que interessavam à “história pátria”; mas uma ação que também revelava sensibilidade na percepção de que a construção da imagem do brasileiro já não se relacionava tanto à identificação da “cor local”, como acontecia em meados do século, e sim ao traçar de “feições e fisionomias”. Por essa mesma época, em janeiro de 1881, ao realizar ainda 11 InezTurazzi.indd 11 6/10/2009 19:24:00 Iconografia e patrimônio uma vez o exercício da crítica, que julgava fundamental, Capistrano de Abreu perguntaria a respeito das Memórias póstumas de Brás Cubas se “serão um romance”, para poder responder que “em todo caso são algo mais”, na obra inovadora de Machado de Assis o fundamental e orgânico sendo “a descrição dos costumes, a filosofia social que está implícita”.
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