o MEIO RURAL PORTUGUÊS CONSELHO DE ALCOBAÇA

Geógrafa: Vera Maria O livei ra Reis

As diferentes repercussoes da di­ O Porto é o grande centro urbano, 200 ha, equivalente a 0,3% do total e, versifica ção econômi ca e, sobretudo. com quase 600 m il habitantes. 29% estão entr e os 10 e os 200 ha. o a resolução industrial contribuiram pa­ meridional, onde o A l en­ que representa 5% do total. ra formar no país 2 áreas d i stintas. tejo oferece um contraste flagrante A região onde domi na o minifúndio O I ? fator de oposição é o c lima que a­ com o Portugal donorte, apresenta as com parcelas i nferiores a 1/2 (0.5) ha presenta um Portugal setent rional a­ seguintes características: os fatores se estende nos distritos do nordeste tlântico. opondo- se a um meridional fís icos, em particul ar a fraca pluvio­ (Viana do Castelo, B r a g a, Aveiro e medite r râneo. sidade, o longo perí odo de seca no ve­ V iseu). A grosso rrlOdo,observa- se que são r~o e os fatores humanos ocasionam Al ém da pul veri zação da proprieda­ d i vididos por um fator geográfico i n­ uma ocupação agrícol a descontinua a de outro problema que aflige o meio contestável: o rio Tejo. partir de centros dispersos, sistemas rural português é a evasão de mâo- de­ Portuga 1 aete ntriona 1 apresenta um de cultivo com longos pousios combi­ - obra para a indústria e a emi gração relêvo movimentado; p luviosidade a ­ nados, predominância da grande pro­ para a França. principalmente. o que nual abundante (superior a 700/800 rni­ pri edade (excetuando- se a província não deixa de ser uma consequência i­ llmetros - a seca de verão não passa a l garvia, ao s ul, onde certo tradicio­ nevitável do progresso técnico. de 1 ou 2 meses); o sol o e a vegetação nalismo agrário e condições de solo e Em Portugal, no ano de 1960, 49% são de tendência atlânti ca, com flores­ c lima determi naram a frequência da dos habitantes dedicavam- se ao setor tas predominantemente de fo lhas ca­ pequena e pequeníssima propriedade), primário. 28% ao secundário e 23% ao ducas; povoamento den so; s i stemas de i mensos maqui s (charnecas) utilizados terci ário. Êstes números, porém, são culturas variados; predominância da pe­ como pastagem de ovelhas. Predomi­ a média para o continente pois a am­ quena propri edade e da exp l oraç~o di­ na:rn as c ulturas de trigo. a li vais e c ri­ p litude de u:rna província para outra é reta (mai s de 90% das explorações são açao ovina. enorme, a saber: i nferiores a 5ha); a forte densi dade Os principais centros agrícolas e - no Bai xo Al entejo temos 76% no de população é acompanhada de abun­ co:rnerciais são: Bej a e Êvora. setor pri mário, enquanto que no Dou­ dante e variada mão-de-obra (63% da O Algarve, no extr emo sul. ap.re­ ro litoral a percentagem é de 28%. popul ação rural e 62% da i ndus trial vi­ senta altitudes modestas, cli ma quen­ Para efeitos de comparação recor­ vem nesta área); a produção econômi­ te e seco. Ê fruto de l onga ocupação remos à estrutura agr ária do Estado ca é mais importante e mais variada. muçul mana. do Rio Grande do Sul e laborada pelo O Milho apresenta grande diversi­ A arboricultura apresenta c e r ta Insti tuto Brasileiro de Reforma Agrá­ dade de atividades econômicas, forte importância. A costa tem uma diver­ ria. que procedeu a um cadastramen­ densidade populacional , variada e ex­ s idade representada pelas salinas, a to das propriedades agrícolas do Es­ te rna policultura. 1!: um dos pólos da pesca e o comércio. Tem uma d ensi­ tado, considerado área prioritária de ci vi li zaç~o rural. dade populacional e l evada com vazios reforma agrária no pais. O I BRA clas­ Na região de Trá- as-Montes apare­ demográficos no interior. sificou os estabelecimentos rurais den­ ce a cultur a de cereais, com pousios O meio rural português apresenta tro das seguintes categorias: obrigatórios e campos desnudados. O quarenta e nove, nove po r cento (49. 9 %) - pequena propriedade até ... 10 ha povoamento é muito concentrado. Em das empresas agrícolas enquadradas média ...... 10 a 100 ha certas a pulverização da no tipo familiar i mperfe ito. isto é.o a­ grande de ...... 100 a 1000 ha propriedade é tão grande que chega-se g ricultor e sua família não podem ti­ muito grande de . .lOOO a 10 000 ha ao exagero de pertencer a terra a um rar da exploração o rendi mento sufi­ excepcional mente mai s - proprietário e as árvores, a outros, ciente par a suprir suas necessidades - de .... 10000 ha. havendo mesmo a divisão das próprias fundamentais, o que o obriga a arren­ árvores, repartidas entr e os herdeiros. dar. Noventa e c inco por cento (95%) R e vel ou- s e uma de s i gualdade na dis­ O val e do Douro, com um ver ã o das expl orações tem menos de 10 ha o tribuição da propriedade f u n d i á r i a, t quente e seco, é ocupado 'Pelos vinhe­ que perfaz 32% do total; 39% da área predomi nado o minifúndio em zonas de dos. cultivada é de expl oração superior a colonização. 6 1% dos i móveis rurais 27

compreendendo 12,40/0 do total agríc<>• Pertence, administrativamente, ao Quadro comparativo da população em la, e o la tifúndio nas áreas de campo, distrito de e, corno integrante 1960 onde as p r opri edades com mai s de 500 da IX Região Agrícola, ao conselho de ha somam 1,01% do número total de Caldas da Rai nha. HOMENS MULHERES TOTAL imóveis, abrangendo 37, 6%daárea a ­ são seus limites nat urais : o ocea­ gricultável. no Atlântico, os conselhos de Nazaré, Portugal Marinha Grande, L e iria, Porto de continental ESTR UTURA DA PROPRIEDADE Mós, Rio Maior e e 3. 147.037 3. 533.858 6.680.895 a serra dos Candeeiros, totalizando Alcobaça 40.096 ha de terrenos de variada 0 - Os técnicos da fundação Calouste 25.659 24.368 50. 027 Gulbenkian apresentaram na obra /IA rografia. onde predominam pequenas Região A Oeste da Serra dos Candeei­ cadeias de colinas em cujas depres­ ros n, a seguinte c las sificaçã_o das pro­ s(;es correm os rios A r eia. Alcoa e Baseando-se nestes dados constata­ pri edades rurais, em função do rendi­ Baça, - ori gem de várzeas e paúes de, mos que a população do concelho COl"'" mento col etável expresso em escudos grande amplitude,quase completamen­ responde a 0, 00080/0 da de Portu gal. ouro (um escudo ouro cor responde a te submetidos à cultura intensi va de seis escudos ou 0,22 centavos em moe­ cereai s e leguminosas. Estrutura etária da população em da brasil eira; conf. câmbio em julho); Está dividido em l6freguesias: Al­ 1940 e 1950 - Par. 1972 a saber: cabaça, Alfeizerão, Aljubarrota (Nos­ Menos de 15 anos 32,50/0 29,40/0 - pequena propriedade, limite má­ sa Senhora dos Prazeres). Aljubarro­ de 1 5 a 59 ano s 56, 10/0 58 , 60/0 ximo de 65 escudos ouro (390 escudos ta (São Vicente),Alpedri z, Bárrio, Be­ de 60 anos e mais 11,20/0 120/0 nedita, Cela. Cós, f::vora de Alcobaça, - 85,80 cruzeiros); a produção não as­ Mai orga, Pataias, são Martinho do Po~ Notamos que mai s da metade da po­ segura ao trabalh ador um nível de vi­ to, Turquel, Vestiária e Vimeiro. pulação to ta l está cOInpreendi da na da regular e o obriga obtenção de ou­ à faixa de 15 a 59 anos. tras fontes de renda; 2 - Clima Sendo a economia d e conselho de - média propri edade,entre 65 e 655 Segundo K8ppen, a regiao é do tipo caráter nitidamente agrícola, sua po­ escudos ouro (3 .930 escudos - 864,60 C b, c lima temperado com chuva e sem pulação encontra-se dispersa na zona cruzeiros); a Frodução garante um n í• queda regular de neve; quantidade mé­ rural apenas apresentando característi­ vel médio de v ida sem recorrer a ou­ di a de preci pitação do m';s mais seco cas urbanas as sedes de Pataias e Al­ tros meios; i nferior a 40 mm; o verão é pouco quen­ cobaça, sendo a pri meira sede de fr~ - grande propriedade, entre 655 e te e p=olongado. guesi a e a última, de conselho. 2.620 escudos-ouro (1 5.720 escudos - A média anual de precipitação é de 3.458, 40 cruzeiros); possi bilita un1 População do conselho em 1960 1. 051 rnrn e a umidade relativa média alto nível de vida; é de 79.3% no mês de janeiro e 66, 2% Total do conselho - 50. 027 habitantes - muito grande propri edade, mais ,em junho. de: de 2.620 escudos-ouro, onde a produ­ A temperatura médi a encontra- se ção proporciona e l evado nível de vida ao redor de 15,5 graus C, sendo a gea­ Alcobaça ...... •. . ... 5. 166 com o mero recurso do arrendamento. 2. 044 da um fenôm eno frequente (2 1 dias ao A~u~arrota .•...... A mera noção de grandeza física, ano). A teInperatura médi a no outono Barrlo ...... 1. 588 isto é, da extensão territorial ocupada, Ce ~ ...... 3.386 é de 16.8 graus C, e , no i nverno, 8 , 4 não pode servir de base a uma c lassi­ Évor a de Ale ...... 4.774 graus C; a umi dade rel a tiva é de 730/0 ficação universal da propriedade por Pataias ...... 5. 809 no outono e 82% no i nverno. categorias,. visto que os concei tos va­ Turquel ...... 4. 065 riam de região para região, mesmo 3 - Solos V imeiro ...... •..... _ 2. 366 dentro de um pars. Alfeizerão ...... 3.881 Sõa compostos,predoInIDantemente, Assim , os limites máxi mos fixados Alpedriz ...... • ••.. • 1. 786 de cakáreos, mas também de arenito. pa ra a pequ ena propriedade variam de Benedi ta ...... 5.176 O conselhoassenta- sesobrea zona das 5 ha em Vis eu a 10 ha em Douro e 50 Cós ...... " 2. 129 colinas j urássi cas e cremáticas da Es­ ha no ba i xo Al entejo; os mínimos con­ Maiorga ...... 2. 258 tremadura, o vale tifônico e , pa r te siderados para a grande propri edade S. M . Porto ...... •••.. 1. 619 ainda, na plan{cie costeira . vão de 15ha em Viseu até 1.000 ha no Vestiária .• ...... 1. 188 Em Maiorga e Cel a encontram- se Alto Alentejo. Ass im , a médi a propri­ os a luviossolos doces , que são sol os Repartição da população ativa pelos edade oscila entr e os 10 e os 30 ha no de a l uvi(;es com características va­ setores de atividade econômica (1950) Minha, de 20 a 1. 000 na Estremadura. riadas,formados por depósitos estra­ Primári o - 56% de 50 a 500 no R ibatejo, de 10 a 50 no tificados com pouca ou nenhuma mo­ Secundário - 28% Algarve litoral, etc. dificação devi da a processos pedogê­ Terciári o - 16' 0 M inifúndios e l atifúndi os possuem nicos, exceto com pequena acumula­ problemas específicos difíceis de se­ Repartição da população nas di versas ção de matéria orgânica na superfície. rem solvidos , como veremos no decor­ classes de atividade (1950) re r des ta explanação. 4 - População Setor primário Se lia análise da população de uma agricultura e pecuária - 55% O CONSELHO DE ALCOBAÇA região dá a estrutura das suas ati vi­ silvicultura e caça 0, 2% dades, a medida das suas forças e das pesca ~ 0,5% 1 - O quadro natural suas possi bilidades futuras ll (ArInan­ total do setor primário . . .. 56% O Concelho de Alcobaça está situa­ do Mont eiro em IIEnsaio de um Curso Setor secundário do na zona fisiográfica da Estr eInadu­ de Economi a política " ) - Ini ster se faz indústrias transformadoras: ra entre o s 8 graus 58'W de longitude que neste breve trabalho tomemos a l­ e os 39 graus 32 ' N de latitude, a uma guns apontamentos sobre a população A:irne.ntação ...... - '1, 3% altitude, média de 220metros. do conselho. Textel s ...... - 5, 20/0 28

Calcrado e vestuário • . . • 6. 5% 1358 é que se encarou o problema do 5 - os monges criaram escolas a ­ Madeira ...... 2,1% \ povoamento porque só então se torna­ grícolas a partir da 1269. Mobiliário ...... 0 , 4% ram definitivas estas doações. O mosteiro teve também uma E n­ Papel .... • ...... 0 , 1% Os forais ou cartas de povoaçao, fermaria e Botica, a ll'l do país, que Qulmicas . ...•...... o. I \,. doadas pelos monges a um determi­ forneceu todos os medicamentos ao 19 Mine rais não metálicos 6. 3% nado núme ro de povoadores ou, mais hospital termal da Europa, o de Cal­ Metais, construção de raramente, a n ú c I e o 5 já existentes das da Rainha . máquinas e material de mas de i mportância restrita, têm um O abade frei Estevan Martins ins ­ transporte ...... - 1,5% valor indiscutível para o conhecime~ tituiu na abadia as primeiras aulas pú­ Diversas ...... - 1. 7% .to da história do povoamento e da blicas para leigos, em 1279 e , 1458, total do setor secundário ... 28% agricultura do conselho. às expensas dos padres foram criadas Se to r te rciá rio O mosteiro, construido em 1380, bolsas de e s tu d o à semelhança das ofe recia g randes facilidades aos co­ Transporte e cornunicaçoes ­ modernas. lonos pois, a l ém de uma determinada Comércio e seguros • ...... Criaram ta m b é m urra Biblioteca superfície de terreno (após a lguns a ­ que era franqueada ao público, bibli­ Serviço de administ ração nos de efetivo cultivo da terra, esta oteca esta que foi a maio r e mai s an­ pública ...... ~ - 2'0 tornava- se propriedade do agricultor) tiga do r e ino e que continha grande nú­ Serviços de interesse geral - 1,4% fornecia todo o i mplemento agrícola mero de livros raros e manuscritos Serviços pessoai s ...... - 6, 6% necessário, sementes, e , incl usive o Total do setor terciário . .. · 15% gregos, latinos e árabes (foi saqueada material para a construção das mora­ em 1834 e seus restos encontram- se 5 - Transportes e comunicações dias. na Biblioteca Nacional de L i sboa). " O alto nível da ciência agronômi­ A sede do concelho é atravessada Os monges sanavam o problema da ca dos monges de Alcobaça e a sua há­ pela linha do oeste da Companhia dos falta de mão - de - obra dedicando- se bil política ag rária evidenciavam- se Caminhos de Ferro Portugueses, nu­ também aos trabalhos agrícolas e fa­ no cotúronto com as terras das o rdens m a extensão de 20. 300 m. Com pouca bricando inclusive as ferramentas ne­ m ilitares, das honras dos barões e ri­ capacidade transformadora sofre ain-­ cessárias. cos homens, e até dos reguengos do da a concorrência das rodovias . Des­ Segundo o capí tul o VI da "História rei, no centro e no sul do paí s. Aqui, tas, a principal é.a 09 8 , mas também Chronologica e Crítica" de fre i For­ este serviço se revela deficiente (AI­ tunato de são Boaventura (extraido da a agricultura sem c iência nem cons­ cobaça dista 108 km de Lisboa ). publicação liA região a oeste da serra c i ência: sobre a cinza da queimada l an-­ ça-se a semente à terra, empobrecida O gran de mei o de transporte utili­ dos Candeeiros) - 1I 0S monges extra­ pela viciosa cultura extensiva e excl u ­ zado é o burro que serve tanto à zona i a m ferro das minas e t rabalhavam-no siva de cereais. Pastam r ebanhos em urbana quanto à r u ral , transportand o até obte r a forma dos i nstrumentos de charnecas desertas e brenhas impe­ pessoas e produção agrícola . agricultura , secavam pântanos, diri ­ net ráveis que se estendem por l éguas A sede do conselho e as fregues ias giam moinhos e co lhiam os frutos. sem fim. Protegem- se as feras para ligam-se entre s i por carrei ras de ô ­ Enfim, orientavam os colonos com o desenfado dos nobres, e nquanto o se r­ nibus , assim como aos conselhos vi­ seu exempl o próprio. " vo da g leba continua na dependência do z inhos, notadamente Nazaré e Leiria. Ao colono não era permitido ven­ imunista,segundoas formas mais pri­ Contam ainda c o m r;de tel efônica e der, dar, doar, trocar ou emprestar mitivas da escravidão da terra (J. V. telegráfica. ter ras pois estas lhes eram dadas em Natividade)". usofru to. E r a um sistema compl exo, Por vol ta de 1475, os abades vita ­ 6 - Estrutura agrária sendo difícil encontrar--se g uarida em lícios são substituidos por abades no­ As bases em que se assenta a estru­ todos os moldes atuais de beneficia­ meados , estranhos à ordem de C i ster. tura ag rária de uma região e o seu co­ mento da terra. Os 2 p rimeiros, filhos do rei D. nhecimento, são subsídi os indispen­ Chegaram os monges, inc l usi ve, a Manuel, os cardeais D. Afonso e D . sávei s para que se conh eça a ativida­ construir os portos de Paredes (na foz Henrique (este, mai s tarde, também de agrícola desta mesma região. do r i o Liz), Pedernei ra, (ao sul de Na.­ rei) foram os criadores da expansão Uma infra-estrutura agrária racio­ zaré ) e Alfe i zerão (na foz do rio do dos edifícios do mostei ro. acrescen­ nal possibilita um aumento no nível de mesmo nome) por onde escoavam os tando novos c laustros . Os seus suce­ vi.da do homem rura l, promove a s ua produtos da região, tai s , como: ma­ ssores, porém, a partir do sécul o emancipação e propor ciona possibili­ deira, trigo, frutas , vinho e outr os . Xill, só se per mitiam desfruta r das dade de aquisiçà'o de novas técnicas e A agricultura, praticad.a e o rien ­ r endas da abadia e , já enriqu eci dos , de inversão de capitais. tada pelo mosteiro , apresentava os deixam de supervis io nar a agricultu­ seguintes aspectos fundamentai s : ra na área. Seus p rimeiros ensina­ 7 - Histórico da ocupação da te r ra 1 ... em meados do século XIV a pa ­ mentos , entretanto, pe rduraram até os Em 1 153, o govêrno português de rece ram as g r anjas (quintas - modelo , fins do século XIV, quando e ntra pa­ D. Afonso Henriques, doou aos mon­ segundo J . Vi eira Natividade); ra o abaciato de Alcobaça, frei Dor­ ges de Cister (do mosteiro francês de 2 - Havia expe r imentação, aclima­ nellas que i mp l anta o feudalismo. Cladaval )!' a h e rdade realenga situada tação de espécies e emprego de se­ tempo em que o fausto substitue a p ri­ entre as p o voa ç õ e s fortificadas de mentes sel ecionadas; m itiva pobreza, e ocasiona a evasão Leiria e Cbitos" ao a b a d e Be roa rdo 3 - procedia- se a uma preparação dos colonos. d e Cladaval e aos seus sucessores. teórica do plantador com experimen­ Para corri gir os desmandos, D. A carta de outorga do senhori.o, tação e utilização p rática dos c o nhe­ João IH nomeia um abade comandatá­ menciona entr e as povoações já exis ­ cimento s adqui r i dos; rio que é d estituido por D. João IV. tentes, a de Al cobaça, onde se insta­ 4 - o mosteiro exer c i a o crédito a ­ A s r enda s da abadia já não cobrem laram. g rícola , fornecia os impl ementos de as despesas das g r a ndiosas ob ras e do liAs doações f e i ta s ao mosteiro sua própria fabri cação, emprestava faustoso viver monástico, que atingem t formavam um vas to domínio que os as sementes q u e eram pagas em i gual seu climax na segunda metade do s&­ monges fo r am a largando, mas , só em quantidade na época da safra; cuIa XVIII. Em 1833 , os frades aban- 29

donavam o mosteiro, na o sem antes incul tos ou outras u ­ Suinos ...... 3. 322 cabeças tentarem fa ze r novamente r ena scer a tilizações não espe- Ovinos ...... 3. 578 cabeças ag ricultu r a , pla n tando o livais na ser­ cificadas aci ma...... 5. 51 1 ha 9 - A i ndústria ra dos Cand eei ros, transformando .eC'l tota l ...... 4 1.833 ha g r anja uma quinta junto a Turquel e Pelo i nc remento e importância que Destes terrenos temos: industria liz a ndo o seu mel, plantando a indústria do conselho vem s ignifi­ pomares de laranjas e limas. - em á r eas de sequeiro.. 19.945ha cando na economia da região. fazemos Frei Manoel de Mendonça (que era em área de irrigação. 1. 684 ha aqui a lgumas referências. primodoMarq ues de Pombal) p r omo­ culturas arvenses ... 1. 6 16ha Constatamos.di stribuidas pelas di­ veu o saneamento dos campos de AI­ culturas hortículas . . 56 ha versas vilas e freguesias, as seguintes feizerão, F amalicão. Mai orga e Va­ total...... 23. 301 ha i ndústrias : lado (este em Nazaré). Ai nda hoje se Por culturas de sequeiro, enqua­ Destas,as 1Y!a i s i mportantes são as encontram na á r ea vestígi os dos ensi ... dramos a cultura arvense de sequeiro. de cerâmica a;'tí stica. de conservas namentos dos monges. Constatamos a cultura arvense fresca, as pasta­ de frutas , fiaç~o e tecidos, calçados e "in locou um dos tipos de ir r igação gens de lizíria e o prado permanente cutelaria, c i mento. construido ou o rientado pelos cister­ de sequeiro; nas de r egadio: a cultura c ianos, numa encosta, onde a vala é 10 - A agricultura hortícula de r e gadio. a cultura a r \'en­ toda la ge ada. Em estágio realizado no Se rviço de se de regadio, o arrozal e o p r a d o Este esta do de coisas conduzi u a permanente de regadio. Levantamento e Reconhecimento Agrá­ um desajustamento das estruturas e rio. da Secretaria da Agricul tur a , do instituições vi gentes, dando- se me­ Ministé r io da Economia. L i sboa, Por­ 8 - A Pecuária diante con vul são e crise. tugal. elaboramos uma Carta de Uso Obse r va- se, hoj e ~m dia, ...que a A grande incidência da pequena pro­ da Terra.usando como subs(dio o bor­ estrutura do setor agncola esta, em priedade e a maior importância das rào da Carta Agrícola e Florestal , o­ geral, g e r a 1, desajustada às neces- cul turas da vi nha, cereais e frutas 0 - ra em execução neste se rviço. - de cerâmi ca artística ...... •...... Alcobaça, Fervença, Prazeres Nesta carta aparecem di scrimina­ de Aljubarrota. Vestiária. das as culturas da vinha, olival, mata. de louça de uso·doméstico ...... • ...... • . . . Alcobaça frutas, arrozais , a cultura arvensc e de conserva s de frutas . .• .... .• ....•. . ... Alcobaça as de sequeiro e irrigadas. de fiação e te cidos ...... Alcobaça e Fervença. As culturas arvenseJ; , que podem de vi dros ...... Alcobaça e Pataias se apresentar em sequeiro e i r rigadas de calçados ...... • ...... • ...... Benedi ta não apa recem disc riminadas porque, de cut e la ria ...... • ...... • ... Benedi ta em geral, são feitas por rotação. As de serr ação de pedra ...... ' .' ...... Alcobaça. Benedita e Turqt:el culturas hortículas de sequeiro e os de serração de madeiras . ... • ...... •. .. . . Alcobaça. Benedita, Alfeizerão, viseiras foram consideradas i r r iga­ Cós, Fervença, tvora, Pataias, das. Póvoa,Prazeres de Aljuba rrota. A designação na carta foi dada pe­ de ca r pi ntaria e fabrico de móveis ...... Alcobaça, Benedita, Pataias la maior percentagem da espécie nas de c imento ...... Pataias manchas representadas . Exemplifican­ de gesso ...... • ...... S. Vi cente de Aljubarrota do: - em terrenos i ncultos encont r a ­ de telha s e ti jolos ...... • . . . Alcobaça, Alfei zerão, Pata ias mos áreas sem ocupação agrícola. a ­ de plás tico's . • . .•...... , .... •. • ....•... Moita (Pata ias) r1o ramentos rochosos, alg um mato ra­ de empalhação de garrafões ...... Pata i as. lo. án-o res dispersas; numa grande mancha por nós des ignada como cultu­ s idades moder nas do agricultor e da casionaram uma pequena atividade pe­ ra a rvense. reconhecemos também pe­ sociedade u r bana, p r odutora de bens cuária na r egião. quenas manchas de c,:ltura de sequei ­ industriai s e de serviços. o gado cavalar é utilizado como ÍO!'­ r o que, no conjunto nao tem represen­ No sécul o XI X o advento da máqui­ ça de trabalho e sua a limentação con­ tação;na designação mato e nglobamos na à vapor i n troduziu profundas mo­ s i ste, pri ncipalmente, em palha de mi­ todas as espécies floresta is, tais c 0 - dificações nas técnicas de produção lho e pouca ração (fava, aveia. trigo). mo:pinheiros, carvalhos, p i c oas, c e ­ em todo o mundo. A agri cultura q ue O gado c a p r i n o e ovino é criado d ros. choupos, vi meiros, etc . era mai s de subsistência teve d e ad­ com a função precípua de fornecer lei­ Com base na Carta de Uso da Ter­ qui rir adubos e máquinas pa ra poder te e queijo. Os porcos são estabula ­ ra, pesquisas bibliográficas e locai s , competi r no mer cado consumidor. dos e receb em uma alimentação pobre. chegamos às seguintes conclusões : A parti r de 1912. Alcobaça procu­ de resíduos e alguma hortaliça. 52% dos terrenos apresentam u­ rou intensificar e retomar a sua de­ Já os animai s de capoeira, quando tilização agrÍcola (2 1. 630 ha) caída produção frutífe r a . com o plan­ em estabel ecimentos industriais re­ 35% dos terrenos com ocu pação tio de macie iras . pereiras e pesse­ cebem fa rinha p r ópria como alimento. flo r estal (14. 665 ha) gueir os . Porém, em expl oração familia r são ll% sãoterrenosincultos (28 ha) . . Em 1955. apresentava 508 ha de á ­ criados para0 consumo e a alimenta­ dos 21.630 ha de u tilização agrí­ rea cultivável numa superfície te r r i ­ ção ci:msiste em restos e algu..-n mi­ cola , temos : torial de 40. 096 ha, distribuida nas lho. 1.684 ha dedicados às culturas seguintes modalidades : O gado bovino e o gado muar tem de r egadio campos próprios para pastagem e a 19.950 ha dedicados às c ulturas Di stribuição da supe rfície a limentação é compl etamente com pa­ de sequei ro. territorial lha de trigo e m ilho. Das áreas de irrigação. as c ultu­ comutilizaçãoagr(cola . . 2 1. 629 ha ras arbóreas e arbustivas ocu pam 34· Efetivo pecuário - 1963 com utilização florestal. .14. 665 ha ha e as arvenses e h ort(colas, 1.672 ha. com utilização agro- Bovi nos . .. • . . . . 1. 414 cabeças Das áreas de sequei ro, os o livai s - florestal...... 28 ha Capri nos . .• . ... 1. 748 cabeças cor respondem a 5. 667 ha, o arvore- 30

do frutífero a 118ha eavinha a 3 . 714 ha. Desta produção 46% é do vinho "bran­ Culturas flore stais - A espécie mais Os 14. 665 ha com utilização flo res­ co. 3. 000 são os vinicultores da re­ g e neralizada é o pinheiro, que ocupa tal compreendiam 14. 3 79 ha de asso­ gião; além de prover às necessidades quase 51 '70 da área do conselho. ciações puras, 260 ha de associações locais esta qu;tntidade ainda encontra Exi s t em diversas espécies dissemi­ de 2 espécies e 26 ha de associações excedente para exportação. nadas em toda a área, a saber: pinhei ro mistas. Os vinhedos são beneficiados com bravo, eucalipto , sobreiro, pinheiro Os 14.379 ha de associações puras , cuidadoso amanho. tanto no que con­ manso, carvalho, castanhei ro bravo, compreendiam: cerneaoterreno comoà própria cêpa. med ronhei r o, etc. 13 . 352 ha de pinheiro bravo A manteia ou surriba é feita no verão As matas são de propriedade esta­ 213 ha de eucaliptos com enxada, sendo raro o uso do tra­ tal e particular. Nestas, a produção 240 ha de sobreiros tor. Após a descava feita nas vinhas destina- se a extração da cel u lose, à 357 de carvalhos novas ou em certas cêpas segue- se a caixotaria, à l enha e à resina. ll 31 de pinhei ro manso !l cava à rasa completada mai s tarde A técnica d e cultivo do p inheiro é I S2 ha de castanhei ro bravo com urna redra. extre mamente simples: a semente é 11 9 ha de medronheiros A armação é baixa , aparecendo lançada e coberta. Sucedem- se os cor­ 9 ha de zambuzeiros poucas em cordão. Para a podada usa­ tes de limpeza (geralmente aos S, 10. 3 ha de choupos e -se vara simples. 12 e 15 anos), o desbastamento (de S 3 ha de castanheiro manso. Para favorecer a limpa dos cachos, em 5 anos) e os cortes de redução. A área agrícola- florestal, com 28 facilitar a maturação e economizar in­ Al ém do pinhei ro, aparece no con­ ha, apresentava 7 ha com associações seticidas, p r ocede- se à desparra das selho o sobreiro, principalmente na arbóreo- arvenses , 21 ha com associ­ cêpas em abril e nas proximidades da área limítrofe à sede do conselho, po­ ações constitu idas por oliveiras e pi­ vindi ma. rém devido ao excessi vo descortiça­ nhei r os , castanhei ros, carvalhos, me­ As doenças mais comuns são o mÍl­ mento é uma espécie que tende a de­ dronheiros e sobreiros. dio e o oídio. saparecer. Os restantes 5. 5 11 ha eram de áreas As castas que servem de base aos Cultura hortícula - raramente a ­ sociais (a 867 ha) e terrenos incultos vinhos regionais são: João de Santa­ presenta um a superfície superior a (= a 4 . 644 hal: rém; Tintinha e Grand Nair para os 500 m 2 . As c ulturas mais comuns são: Os métodos agrícolas são muito ru­ tintos; Rabo de Ovelha, Fernão Pires feij;o, couve, r epolho, cebola, cenour~ , dimentares e os colonos, avêssos à e Tamarez para os brancos. tomate, pimentao. pepinos, e às ve­ modernização da agricuitura,tanto que zes, e rvilha, fa vas. batata e batata As freguesias maiores produtoras em freguesias como Cela, pouco se i nglêsa. sao: tem conseguido para a introdução de O feijão, quando estreme, pode pro­ novas técnicas. V inho tinto - !:vora de Alcobaça - Bár­ duzir 600 a 750 kg por ha e a fava, de Um exemplo do que afirmamos foi r io 950 a 1.300 kg/ha. notado quando presenciamos a colhei­ V inho branco e tinto - Alfeizerão -AI­ A batata quando cultivada em se­ ta da cenoura, fei ta por mulheres e cobaça - Al pevi­ queiro rende de 10 a 12.000 kg/ha, ao crianças, sentadas ao chão. meiro - Vestiária passo que em re gad io vai de 12 a Estas pessoas" recebem um salário - driz Cela - Mai­ 15. 000 kg/ha. de 60 escudos (Cr$ 13, 20) por dia por orga - Cós. Ultimamente. tem havido um gran­ esta tarefa. de i.ncremento à produção de cenoura Oliveira - O olival estreme encon­ e feijão verde (vagem) na á r ea lim l­ tra- se, pràticamente. localizado em trofe com o conselho de Naza r é. 11 - Culturas ag rícolas Al cobaça" Em 1954, h a v i a 508. 225 A horti cul tura é familiar e frequen­ pés. correspondente a 12,1 pés por ha. temente, apresenta- se numa forma i· Sendo urna r egião de policultura ex­ Por palavras locais íamos infor­ tine rante. tremamente variada, torna-se difíc il mados de quea cultura da oliveira ten­ Cultura arvense inumerar quai s as cultur as secundá ­ de a se extingui r po r que é difíc il, 0 - r ias e quai s as principais . Entretan­ ne rosa e rende pouco. Para corroborar Est reme de regadi o • Sempre que: to, como se verá a segui r, nota- se o esta afirmação, notamos a derrubada a top~ g rafia~oterreno permite e a á ­ predomínio da vinha, das frutas e do de alguns olivai s e o consequente a ­ gua e acesslvel, encontramos um a ­ trigo. proveitamento do ter r eno para outros proveitamento intensivo do solo com V inha - frequentemente associada cultivos , notadamente, o de Úutos . rotação de cultura, segui ndo ao trigo à olivei r a e ao arvoredo frutífero. A colheita in icia - se nos primeiros uma cultura sachada, tal como o m i. ­ Na lavoura trabalham mulheres, cri­ dias de novembro e vai até fins de de­ lho, acompanhado ou não de bet err aba. anças e velhos. como de resto em to­ zembr o , e às vêzes até janeiro. f e ijão e abóbora ou então de r epolho , das as outras culturas da área, p o i s A apanha faz- se de uma só vez e é batata, fe ijão e tomate. os homens emig rans notadamente pa­ generalizado o processo de ripar as Em Mai orga, encontramos uma cul­ ra a França. árvores. tura de t r igo seguida de uma de m ilho. A vinha ocupa áreas de certa im ­ Os s a c o s utilizados equi val em a Em Cela , a urna de trigo seguir- se-ia portânci a nas encos tas do néo- jurás si­ mai s ou menos 80 kg e são preci sas 2 urna de repolho. co, ge ralmente nas terras a ltas onde se pessoas para a apanha de um. O m ilho quando culti vado em se­ encontram os povoamentos mais des­ A média de árvores por ha é de 80, quei ro pode apres"enta r um rendimen­ sos, predominando nas fregues ias de cada uma p r oduzindo ce rca de 1,75 li­ to de 600/900 k g/ha; em Cela , foi-nos Cós e Alpedriz" tros. dito que numa lavoura de regadio a produção havi a sido de, mai s ou me­ Produção de v i. nho - h l Produção de a zeite em h l : nos 2.000 "kg/ha - em Maiorga. nas 1960 ...... 104.656 hl 1960 .••. . •. . • . . •... 3. 553 h l mesmas condições, chega a 3. 000 kgJha. 1961 .. .. . • . •.•.... 124.722hl 1961 ...... 16. 290 h l O trigo quando p r oduzido em a ltas t 1962 ...... •. ... 184.665 hl 1962 ..•. • ..••.••... 250hl terras acusa de 850 a 1. 000 kg/ha. 1963 ...... •. . . • 145. 972 hl 1963 .. . . • . . . • . • • . . . 5. 796 h l sendo que em t e r r a s baixas sobe a 31

produção para cerca de 1. 500 kg. do terreno entre as linhas de árvores . Segundo a Junta Nacional das Fru­ Estreme de scqueiro - A cultura Muitas vêzes o pomar é arrendado tas, em 1958. o número era de: mais característica é a do cereal, sa­ p or 2, 3 ou 4 anos, sendo que uns ar­ 78 . 000 macieiras chada, e com um período de pousio no rendatários fazem todo o tratamento 46. 000 perei ras outono - inverno, sendo mais comum exigido tal como adubagem, estruma­ 40. 000 laranjeiras o trigo e sachada (mais usada) o mi­ gE:m, etc; outros, adquirem apenas a 11. 800 nespereiras lho (combinado ou não). Nos arredores produção. Há ainda o tipo lia olho" - 2.700 marmel eiros de Alcobaça, a cultura da fava se dá onde o proprietário calcula a produção 1. 700 lomoeiros de 7 em 7 anos, após 3 ciclos bienais daquele ano ou de 2, e a ar r enda. 74. 000 pessegueiros de cereal da pragana e milho, sendo Existem out ra s modalidades e o 43.000 figueiras que este também aparece associado produto chega ao consumidor por um 34.000 ameixei ras so feijão, a beterraba, a abóbora ou prêço exorbitante devido aos inúme roa 5. 000 cerejeiras hortaliças. intermediários. 2.000 ginzeiras Das culturas salientam-se na área: Em f a c e de condições climáticas 1. 200 damasqueiros desfavoráveis ocorreu em 1969 uma a de pereiras e a de macieiras. As pe­ total.. 339.400 pés. menor área de sementeira e conse­ reiras começam a p r oduzir, e conômi• quente menor produção cerealífera. camente a partir do 59 -ano e, as ma­ Hortaliças e legumes - Recorremos Deste fato resultou uma redução de cieiras, a partir do 49 ano. à câmara Municipal a fim de obtermos cerca de 30% nas r eceitas de debullia. Torna- se difíc il precisar a produ­ dados sobre a produção, porém esta Pastagens - O prado de inverno é ção exata da área porque o proprietá­ não possue e l ementos para quantificar obtido pela associação de -2 ou mais rio ou o arrendatário não especifica a e adiantou- nos que o conselhoabaste­ espécies, sendo mais utilizadas a a ­ quantidade colhida. ce, a l ém da sua zona, parte dos mer­ veia, o centeio e o a zevém - entre as As macieiras de pomar em eixo e cados de Lisboa, e Porto. g ramíneas, e o trevo, a ervilhaca e o em áreas de várzeas. portanto em cul­ ~ urna cultura que exi ge esmerada fenacho - entre as l eguminosas. tura intensiva de regadio, podem pro­ preparação da terra, adubação ou es­ Nas áreas mais baixas e de difícil duzi r: trumação, a l ém de outros cuidados e aparece às vêzes associada, como por drenagem, a cultura de inverno se li­ - no 49 ano ...... 5. 550 kg/ha exempl o, à batata, ao feijão e ao re­ mita mais ao aproveitamento para o no 59 ano ...... 9. 000 kg/ha pasto especia lmente em Maiorga. polho. no 69 ano ...... 14. 720 kg/ha Cultura frutÍfera - sendo a mais A pl antação dá- se duas vêzes ao a ­ no 79 ano ...... 29. 000 kg/ha i mportante do conselho vamos nos de­ no : abril a fins de junho e , de comê­ no 89 ano ...... 30. 000 kg/ha. ter ~ pouco mai s em suas conside­ ços de outubr o a meados de novembro. raçoes : Nos pomares de encosta, em pata­ Em nossa pesqui sa não encontra­ O Centro Nacional de Estudo e Fo­ mares, portanto em cultura de sequei­ mos wna exploração que usasse irri­ mento à Pomericultura, com sede em ro, rendem: gar a cultura diàriamente, o que é fei­ Alcobaça, loi fundado em 1959 e tem no 59 ano ...... 2.260 kg/ha to esporàdicarnente. Cooperativas e outras formas de a­ por função precípua o fomento à fru­ no 69 ano ...... 6. 750 kg/ha ticultura em Portugal com a substitu­ tendimento ao agricultor - no 79 ano ...... 9 .700 kg/ha ição de pomares antigos pelos de táo­ A Cooperativa Agrícola de Alcoba­ no 89 ano ...... 13.166 kg/ ha nicos européias avançadas . ça (que foi sindicato agrícola até 1932) no 99 ano ...... 16. 350 kg/ha Preocupa- se de s de os trabalhos conta com 14. 000 associados e forne­ preliminares de instalação até a per­ Os pomares em tipo palmeta rendem: ce ao agricultqr tudo o que e l e neces­ manente assistência técnica gratuita. sita para a manutenção da sua lavou­ no 39 ano ...... 2. 330 kg/ha Os p r oprietários interessados fa ­ ra (corretivos, adubos. inseticidas, no 49 ano ...... 12. 000 kg/ha zem uma inscrição e , durante os me­ fungicidas , máquinas e alfaias, fari­ no 59 ano ...... 16. 000 kg/ha ses de verão os técnicos estudam a lo­ nhas alimentares etc). calização do terreno e as condições me­ As p ereiras em eixo e em zonas de Seu montante de vendas atingiu a sológicas, abrindo covas para estudos várzea. produzem: soma de lZ. 500contos (Cr$ 70.000,00) de perfís de solos. O tipo de árvore em 1968. a partir do 69 ano .. . 18. 500 kg/ha adequado e o traçado da plantação são a partir do 79 ano ... 36. 000 kg/ha Conta com uma Secção de MáqUi­ entregues até o fim do outono. 98% dos nas e Alfaias Agrícolas que empresta a partir do 89 ano .. . 40.000 kg/ha pomares de Alcobaça são orien~dos veículos ao cooperativado, encarre­ pelo Centro que vai introduzindo novas A despesa de instalação de um po- gando- se também de distribuir as mer­ técnicas que pos sibilitam um aumento mar com uma área de 1 ha (1 hectare) cadorias adquiridas e de reparar os de produção e consequente baratea­ está orçada ao redor de 30 contos instrwnentos agrícolas adquiridos por mento do produto. (Cr$ 660,00). seu intermédio ou não. O tipo de pomar que se está tornan­ Tenciona a m p 1 i a r a sua Central do característico na área é a forma ­ Em Alcobaça. a maioria destes po­ Frutei ra cuja capacidade atual é de a ­ ção em palmeta. Consiste no plantio em mares (com área inferior a 1 ha) e n­ penas 130 toneladas. a linhamento das espécies, sendo que contra- se ao redor dos (5.000/6. 000 Atualmente dispõe de um ativo de 2 o tronco é cortado a 60 cm do solo. m ). Apenas 2 (dois) têm área supe­ 5. 300.000 escudos (Cr$ 27. 500.000,00) ha Daínascem ramos opostos à 45 graus rior a 10 e são propriedades que e estende sua ação aos conselhos vi­ contam até com frigorífi co próprio pa­ que deverão ser, naturalmente torci­ zinhos~ tontando com 60 delegações dos, amarrados em estacas. Novos ga­ ra a canse rvação da produção. nas povoações de maior i mportância. Em 1957 havia no conselho de Al­ lhos vão surgindo e vão passando pelo Destaque- se a exi stência de peque­ mesmo processo. cobaça: nas cooperativas de máquinas onde 10 Este método permite que a colhei­ 39. 877 macieiras ou 12 proprietários adquirem um in­ ta se faça em muito menos tempo que 1. 187 pesseguei ros pl emento que se torna propri edade co­ os pomares em eixo e em taça, a l ém 25. 355 pereiras mwn. do uso de trator e do aproveitamento 198 ameixeiras. No conselho funcioriam ainda a A- 32

dega Cooperati va elaborada pela Jun­ da respectiva exploração, com · uma familiares perfeitas 21. 849 ta Nacional de Vinhos - a única em fun­ superfíci e equival ente, em valor de patr onais individuais 19.1 50 cionamento na região. Jt urna coope­ produtividade r eal, à que anteriormen­ patronais societárias 2 1 rativa de transformações e venda. te possuia; reunir, na medida do pos­ públicas 4 Também prestam auxllio a Caixa slvel, as parcelas cultivadas por um TOTAL de explorações 80.010 Agrlcola de Crédito Mútuo e o Grêmio mesmo arrendatário, mesmo quan do Quanto às· formas de exploração, da Lavoura. estas sejam propriedade de vários do .. ternos: A di visão dos país em Regiões A ­ nos i proporciona r a cada dono livre grícolas, visa nio somente a presta­ acesso às vias de comunicação; pro­ - das 38.986 familiares i mperfeitas: ção de assistência ao agricultor como curar compl etar, sempre que viável, 15. 842 eran1 exploradas por conta também a preparaçio profissional de a exploração daqueles proprietários p r ópria trabalhadores. funções estas que sio que não pos suam a superflci e sufici­ 12. 920 por arrendamento ou sub­ exerci das pela Brigada Técnica que ente para atingir a unidade mínima de -arrendamento também colabora na construção de si­ c ultivo; promover a realização de me­ 1. 229 por par ceria los e nitreiras. Até o presente mo­ lhoramentos fundiários de interesse 7. 81 1 por conta própria, arren­ mento, d e 30 projetos para constru­ col e tivo; de forma a assegur ar uma damento ou sub-arrenda­ ção de fi ilos. 8 já foram efetuados, e , perfeita utilização de todos os recur­ mento. de 17 para a construção de nitreiras sos. 541 por parceria e conta- p r ópria também já foram concl uidos. O equipamento utilizado em cada 173 por conta própria, arr enda­ A região de Alcohaça es tá afeta à propri edade mostra- se condicionado mento ou sub-arrendamen­ Circunscrição Florestal de Marinha à estrutura desta p ropriedade. OTa, a to e parceria. Grande, sendo que a fregu esia da Pa­ pequena explorasão, dominante na á ­ - das 21. 849 familia res perfeitas: taias está aos cuidados da Adminis­ rea em estudo, nao é capaz de mode r­ 11 .220 e ram por conta própria tração Florestal do Engenho e as de­ nizar seus implementas , o que se re­ 3.936 por a r rendamento ou s ub ­ mais freguesias à do Valado de Fra­ flete sobre a produção. O propri etá .. - arrendamento des (em Nazaré). rio não pratica o afolhamento porque 174 por parceria A Estação de Experimentação F lo­ a á r e a disponlve l não o permite e , 5.908 por conta pr6pria . arren­ restal mantéIn instalados os seguin­ procede à derrubada das matas pel o damento ou sub - arrenda .. tes ser viços: mesmo motivo. mento - Centro de Estudos do Castanhei­ O regi me do minifúndio é sempre 289 por parceria e conta própria ro c o m um caInpo experimental em acompanhado de uma g rande disper­ 171 por conta própria, arrenda­ Vi Ineiro. são d e parcelas. mento ou sub-arrendamento. Estação de Experimentação do So­ No conselho estudado, a propri e ­ breiro e do Eucalipto dade coleti va e a do Estado apresen­ - das 19. 150 patronais indivi duai s : Laborat6rio de Tecnol ogi a da Ce­ tam um a certa expressão se forem 12.060 eram exploradas por conta lulose comparadas com a individual. I sto por­ própria Laborat6rio para Ensai os de Re­ que encontramos na área.2.300 ha per­ 1.977 por arr endamento ou s ub­ sistência das Madeiras. tencentes à serra dos Candeeiros e - arrendamento A estrutura do espaço a g r á r i o - 270 ha de florestas estaduais. flores .. 128 por parceria Conclusões tas estas que apesar da intenção do 4.282 por conta própria, arrenda ­ A Junta de Colonização Interna é mento ou sub- arrendamento Governo em conservá-las estão, aos um organisIno oficial que tem a seu 403 por parceria e conta própria poucos, sendo invadidas. cargo a implantação do emparcelamento 209 por conta própria, arrenda­ Do número total de propriedades no país. Por falta de recursos, até o mento ou sub-arre ndamen­ 97,36% correspondem à pequ ena; momento presente, sua ação na área to e parceria 2, 58 0/0 à média e 0. 06% à grande, não em estudo tem-se r e string ido à con­ aparecendo nenhwna, muito grande - das 21 propriedades patronais soci­ cessão de empréstimos para melho­ propriedade, o que evidencia a a1tls­ etárias: ramentos agrícolas. 11 e ram por conta própria P o r emparcelamento entende- se sima percentagem da pequena propri­ 14 por arrendamento ou sub­ li a medida que visa a substituição da edade. - arrendamento di visão parcelar defeituosa por um no .. Nos dados c ensitários de 1954. en­ 4 por c onta própria. arrenda­ vo arranjo predial, permitindo a uti­ contramos: mento ou sub- arrendamento lização da maquinaria agrícola, ca­ por parceria e conta própria racterizada pela constituição de parce­ 5 . 140 propriedades exploradas por conta própria. por conta própria, arrenda­ las maiores, em número tão reduzido 989 propriedades por arrendamento m ento ou sub-arrendamento quanto poss( vel, providas de acessoS 25 por parceria e parceria fáceis e diretos e b e neficiando de wn 1 .490 por conta própria e arrenda­ conjunto de melhoramentos fundiários - das 4 propriedades públicas: m ento que tem por finalidade o integral e me­ 4 e r am exploradas por conta 19 por c onta própria e parce ria lho r aproveitamento de todos os re­ própria. 5 por arrendamento e parceria cursos naturais. Esta intervenção tem 13 por arrendamento, parceria e Reswnindo. temos que: em vista a melhoria das condições da conta pr6pria. exploração agrícola pela reunião das - das 80. 010 propriedades de 1958: parcelas d iversas pertencentes a wn Ainda nestes dados, colhemos q ue 39.137 eram exploradas por conta mesmo proprietário, e constituir a o tipo de exploração mai s comum e ra própria condi çio "sine qua non" do progresso a fam iliar imperfeita, a saber: 18. 837 por arrendamento ou sub­ lf da agricultura • - arrendamento Tipo de Número de A finalidade é dotar cada proprie­ 1. 531 por parceria empr esas explorações t tário de um número mínimo de pré­ 18.005 por conta própria, arrenda­ dios. de acordo com a conveniência familiares imperfeitas 38. 986 mento ou sub-ar r endamento 33

I ... 234 por parceria e conta própria freguesia - faz parte de um conselho, 554 por conta própria, ar renda­ e cor responde ao distrito mento ou sub-arrendamento brasileiros.A reunião e parceria. de alguns conselhos cor­ responde ao distrito. (Cor­ A agricultura da região apresenta, respondência administra­ de um modo geral, acentuado caráter tiva Portugal - Brasil: dorrléstico. Dada a variedade de ope­ Distrito;; Estado. Conse­ rações que a caracteri zam é a ativi­ l ho = .Municlpio e Fregue­ dadr~ que se presta mais ao trabalho sia::: Distrito) d e \lIheres e crianças: às mulheres foi criado o Sindicato Agrícola de AI­ está. afeto o trato do gado miúdo. as cobaçaj em 1912, a Caixa de Crédi­ prado de inverno - campo coberto de sachas, as mondas, o corte das uvas to Agrícola Mútuo. plantas herbáceas nas vindi mas. a apanha da azeitona. a A falta de elementos idôneos de con­ que servem para condução da água na rega, a colheita sulta com suficiente grau de pormenor pastagem. da cenoura, no que são secundadas pe­ impediu que fizéssemos uma análise ri­ fenacho - leguminosa empregada em ias crianças. gorosa, quanti tativa e qualitativamen­ rações para o gado Um outro problema que se faz no­ te de todos os elementos que entraram ervilhaca - l eguminosa, danifica as se­ tar na região. além da falta de braços, nêste trabalho. Por exemplo: só con­ aras mas serve de pasto é o grande número de intermediários seguimos apurar o número atual de cultura estreme - que não mistura, pura que comercializam o produto. desde a contribuintes de prédios rústicos no cereal de pragana - barba de espiga sua colheita até a chegada à casa do conselho que é de 19.562. de cereais consumidor,o q~e o onera grandelTIente. Do estudo dos elementos consegui­ sideração - adubação com legumino­ Este problema seria solvido COlTI o dos resultam as características bási­ sa, cultivadas para esse surgimento de uma organização coo­ cas gerais da zona; características es ­ fim no próprio terreno que perativa, perfeitamente estruturada. tas que foram abordadas anteriormen­ se pretende adubar. apoiada técnica e financeiramente, ca­ te quando enumeramos os principais "ensejo" do milho - ou de outra cultu­ paz de tOlTIar a seu cargo, diretamen­ probl emas que afligem a estrutura a- ra, é a ocasião te. a cOlTIercialização dos produtos a­ grária da região. . própria pa ra o grícolas, de forma a fazer reverter No entanto, parece- nos que a ver­ plantio. em proveito dos produtores e consu­ dadeira solução reside na educação do serradela - p lanta leguminosa midores aqueles benefícios que, quase homem rural. O qual deve conhecer hortos - h o r tas pequenas, pequena sempre. vão para terceiros. os objetivos a entender as intenções porção de terreno Encontramos no conselho uma mo­ de obras como o emparcelamento de penisco - semente de pinheiro bravo dalidade de trabalho a que poderíamos uma região, a inauguração de coope­ manteia ou surriba - escavação para a­ designar de trabalho familiar de tro­ rativas, o incremento à frequência de fofar a te rra à ca. Dá- se em épocas de colheita de u­ cursos, a mecanização, etc., a fim grande profundi­ vas e outros produtos onde as famnias de que se torne esclarecido e vol un­ dade agricultoras auxiliam- se mutuamente. tà i'iamente cooperante. subsoladora ou charrua - espécie de a­ Existem poucos casos de trabalho rado com u­ assalariado. isto é, trabalho exercido ma só aiveca BIBLIOGRAFIA por estranhos ~ família do empossário que lavra até e que demande honorários. A l demira, Luiz Varela ... . "Alcàbaça o sub- solo

Em nossa área de estudo. a pro­ ilustrada 11 empa - estaca a que se apoia a videi- blemática agrária parece cingir- se aos Baticle. Yves ...... "L'élevage ovin ra ou outras trepadeiras ~eguintes aspectos: en Estremadure" - 1967 varejo - sacudir com vara Nati vidade. J. Vieira. .... 110 lTIosteiro repagem - limpeza da terra tl 1. condicionamento histórico, com de Alcobaça alqueive - terra que foi lavrada e dei­ tendências ao medievalismo "Grutas de A lcobaça" xada em pousio 2 . excessiva divisão da propriedade 1IAs granjas do mosteiro de Alcobaça" monda - colheita de uvas de lTIatura­ 3. elevação do prêço da terra Rau, Virginia e ção precoce, antes da vindi­ 4. falta de mão-de- obra pela acen­ George ZbyszewskL .. .. "Estrernadu­ lTIa geral tuada emig ração ra e Ribatejo" covacho - pequena cova eira - porção de terreno liso e duro 5. individualismo acentuado. Dados e pesquisa recolhidos em: em que se secam cereais e le­ A tendência ao cooperativismÇl e à Serviço de Reconhecimento e gumes e em que se malham e agricultura socializada é muito recen­ de Ordenamento Agrário limpam os mesmos te para que já comec e a dar frutos (a Centro Nacional de Estudo e cepa - tronco da videira mais antiga associação para seguro Fomento à Pomericultura cevar - nutrir, fomentar de gado foi fundada por Bárrio, na fre­ câma ra Municipal de Alcobaça afolhamento - divisão do c a m p o em guesia de Cela, em 1891). Em 1911, Junta de Colonização Interna parcelas para lhes al- ~esquisa de campo.

Glossário Ferrejos - milho ainda não sachado cultura sachada - feita com a sacha sacha - pequena enxada cultura arvense - que cresce em ter­ ras semeadas 1 escudo ouro - i gual a ó escudos 34 ternar a cultura tojo - planta espinhosa de flores ama­ eSpeCla1.S, às vezes co­ tarara - aparelho para limpar o grao relas lhidas antes da matura­ de trigo, agitando- o e venti­ esteva - planta vulgar çao lando-o carrasco - arbusto silvestre, espécie cultura arvense fresca - horticultura soalheiro - hora do calor mais inten­ de carvalho pastagem de lezíria - nas planíci es de so, exposição ao sol lentisco - o mesmo que aroeira inundação avesaeiro - terreno ÚInido ou frio em montados - terrenos o n d e crescem empa - estaca a que se liga a videira que não dá sol principalmente sobreiros alimpa dos cachos de uva - corte dos ra­ úrnbria - lugar sombrio ou azinheiras e em que po­ mos super­ cabaço - medida de líquidos; instru­ de pastar o gado suino fluas mento com que se extrai a á­ terreno maninho - terreno inculto desparrar - ato de desfolhar gua de poços e represas le­ mangual - instrumento utilizado para ml1dio - doença de videira que lhes a­ vando-a a um sulco que a dis­ debulha r ce reais taca os órgãos verdes. espe­ tribui ao ter rena que se de­ trilho - ins trwnento próprio para de- cialmente as folhas seja regar. bulhar trigo oídio - gênero de cogumelos parasi­ nora - aparelho para extrair água de silvas - campos ge rais tas, uma das espécies produz poços ou cisternas piteiras - planl:a: amarilrdea uma doença nas uvas. cegonha engenho tôsco para extrair sisa - nome antigo do hoje chamado água imposto de transmissão azenhas moinho de rodrzio, movido nitreira - lugar destinado a receber por água os lrquidos que escorrem lagar - espécie de tanque em que se dos estábulos expremem e se reduzem a lr­ vinho verde - de sabor ácido. menos quido certos frutos alcoólico que o comum, giesta - leguminosa fabrico no Minha e par­ pior no - planta leguminosa tes de Beira com uvas D

Este estudoresultoude um tra­ formações colhid,os e princilXll­ balho didatico, q ue realizamos mente a controversio entre os a- com os nossos alunos do Cadeira 1unos a respeito do interpJetaCjão de Geografia Econômico - da Fa­ d9s dados, elaboramos este rela­ culdade de Economia - C o m pus taria. lajeado - no 1~ semestre de EXPERIÊNCIA 1. 971. ASPECTOS F(SICOS O trabalho teve os seguintes obietivos: o espaço estudado ne,ste tra­ l ~ - permitir aos alunos rela­ DIDÁ TICA bolh'p situa - se no Municipio de cionar os estudos teorico s de Venancio Aires, ao sul do cidade Geografia Econômica com os fa­ de Bom Retiro e ao, norte da pon­ tores geo-humanos da localidasle, te da Reverso. Esta limitado pelo 2~- treinar os alunos na tec­ NUMA Rio Taquari e sevs afluentes, ar­ nico de Breparo e aplicação de roins Castelhano eChofariz.Geo­ questionaria em zona rural, , mortologicamente,o espaço se si­ 3? - Treinar os alunos no tec­ tuo num o porção de largo te r­ nico de tabulação de dados e suo COLÔNIA raça fluvial, que carrespondeao respectivo interpretação. , leito maior, do Taquari su jeito a Ap~s se le cionarmos, atravesde inundações durante as maiqres aerofotos,paisagens dpicas de cheios. A localizaçãogeografica geografia rural do Estodo,fizemos DO desta colônia é dos mais favoró ­ o reconhecimento destas poiso­ veis, pois todos os propri edades gen~ no terreno, auxiliados p o r rurais situam- se de frente 90 ra Geogrofos do UGC, CEMAPA, o uma rodovia e)taduol, de trofego fim de escolhermos o e~poço poro VALE permanente, ja bastante, antiga, aplicação do questionaria. ligando Porto Moriante o lajea­ Durante o reconhecimento do do. Ficam ainda de frente paro, o terreno, verifi camas que~tendo em rio Toquari, francamente navega­ visto o fiJlolidade didatica , o DO vel e em condições de transpor­ questionaria deverio,ser aplicado tar qualquer volum e de produçâo em um espaço geografico unifor­ para Porto Alegre e outros centros me, o fim de que os alunos pu­ consumidores. Atualmente,a si ­ dessem ap~s a tabulaçqo dos da­ TAQUARI tuação de comuni coções f i c o u dos, formarem uma ideio do lo­ ainda muito melhor com o asfal­ cai estudado. tamento do rodovia Porto !Viori­ No dia da excursão, além dos ante o Tabaf. Em direção aonor­ IXIradas poro observação no te r­ te otingEJ - se, por rodovia saibra­ repo, foram aplicados 23questio­ da de trafego permagente a cida­ de de Lajeado, quee servida pe­ narios, por 46 alunos, tendo cada José Alberto Moreno 2 alunos fe ito uma entrevista nu­ la Estrada da Produção. ma propriedade rural num terraço Geógrafo fluvial do Rio Toquori . Ap~s a tabulação dos dados e interpretação por grupos de alu­ nos, considerando a riqueza de 35