o MEIO RURAL PORTUGUÊS CONSELHO DE ALCOBAÇA Geógrafa: Vera Maria O livei ra Reis As diferentes repercussoes da di­ O Porto é o grande centro urbano, 200 ha, equivalente a 0,3% do total e, versifica ção econômi ca e, sobretudo. com quase 600 m il habitantes. 29% estão entr e os 10 e os 200 ha. o a resolução industrial contribuiram pa­ Portugal meridional, onde o A l en­ que representa 5% do total. ra formar no país 2 áreas d i stintas. tejo oferece um contraste flagrante A região onde domi na o minifúndio O I ? fator de oposição é o c lima que a­ com o Portugal donorte, apresenta as com parcelas i nferiores a 1/2 (0.5) ha presenta um Portugal setent rional a­ seguintes características: os fatores se estende nos distritos do nordeste tlântico. opondo- se a um meridional fís icos, em particul ar a fraca pluvio­ (Viana do Castelo, B r a g a, Aveiro e medite r râneo. sidade, o longo perí odo de seca no ve­ V iseu). A grosso rrlOdo,observa- se que são r~o e os fatores humanos ocasionam Al ém da pul veri zação da proprieda­ d i vididos por um fator geográfico i n­ uma ocupação agrícol a descontinua a de outro problema que aflige o meio contestável: o rio Tejo. partir de centros dispersos, sistemas rural português é a evasão de mâo- de­ Portuga 1 aete ntriona 1 apresenta um de cultivo com longos pousios combi­ - obra para a indústria e a emi gração relêvo movimentado; p luviosidade a ­ nados, predominância da grande pro­ para a França. principalmente. o que nual abundante (superior a 700/800 rni­ pri edade (excetuando- se a província não deixa de ser uma consequência i­ llmetros - a seca de verão não passa a l garvia, ao s ul, onde certo tradicio­ nevitável do progresso técnico. de 1 ou 2 meses); o sol o e a vegetação nalismo agrário e condições de solo e Em Portugal, no ano de 1960, 49% são de tendência atlânti ca, com flores­ c lima determi naram a frequência da dos habitantes dedicavam- se ao setor tas predominantemente de fo lhas ca­ pequena e pequeníssima propriedade), primário. 28% ao secundário e 23% ao ducas; povoamento den so; s i stemas de i mensos maqui s (charnecas) utilizados terci ário. Êstes números, porém, são culturas variados; predominância da pe­ como pastagem de ovelhas. Predomi­ a média para o continente pois a am­ quena propri edade e da exp l oraç~o di­ na:rn as c ulturas de trigo. a li vais e c ri­ p litude de u:rna província para outra é reta (mai s de 90% das explorações são açao ovina. enorme, a saber: i nferiores a 5ha); a forte densi dade Os principais centros agrícolas e - no Bai xo Al entejo temos 76% no de população é acompanhada de abun­ co:rnerciais são: Bej a e Êvora. setor pri mário, enquanto que no Dou­ dante e variada mão-de-obra (63% da O Algarve, no extr emo sul. ap.re­ ro litoral a percentagem é de 28%. popul ação rural e 62% da i ndus trial vi­ senta altitudes modestas, cli ma quen­ Para efeitos de comparação recor­ vem nesta área); a produção econômi­ te e seco. Ê fruto de l onga ocupação remos à estrutura agr ária do Estado ca é mais importante e mais variada. muçul mana. do Rio Grande do Sul e laborada pelo O Milho apresenta grande diversi­ A arboricultura apresenta c e r ta Insti tuto Brasileiro de Reforma Agrá­ dade de atividades econômicas, forte importância. A costa tem uma diver­ ria. que procedeu a um cadastramen­ densidade populacional , variada e ex­ s idade representada pelas salinas, a to das propriedades agrícolas do Es­ te rna policultura. 1!: um dos pólos da pesca e o comércio. Tem uma d ensi­ tado, considerado área prioritária de ci vi li zaç~o rural. dade populacional e l evada com vazios reforma agrária no pais. O I BRA clas­ Na região de Trá- as-Montes apare­ demográficos no interior. sificou os estabelecimentos rurais den­ ce a cultur a de cereais, com pousios O meio rural português apresenta tro das seguintes categorias: obrigatórios e campos desnudados. O quarenta e nove, nove po r cento (49. 9 %) - pequena propriedade até ... 10 ha povoamento é muito concentrado. Em das empresas agrícolas enquadradas média . .... .. .... 10 a 100 ha certas freguesias a pulverização da no tipo familiar i mperfe ito. isto é.o a­ grande de . .. .... 100 a 1000 ha propriedade é tão grande que chega-se g ricultor e sua família não podem ti­ muito grande de . .lOOO a 10 000 ha ao exagero de pertencer a terra a um rar da exploração o rendi mento sufi­ excepcional mente mai s - proprietário e as árvores, a outros, ciente par a suprir suas necessidades - de .... 10000 ha. havendo mesmo a divisão das próprias fundamentais, o que o obriga a arren­ árvores, repartidas entr e os herdeiros. dar. Noventa e c inco por cento (95%) R e vel ou- s e uma de s i gualdade na dis­ O val e do Douro, com um ver ã o das expl orações tem menos de 10 ha o tribuição da propriedade f u n d i á r i a, t quente e seco, é ocupado 'Pelos vinhe­ que perfaz 32% do total; 39% da área predomi nado o minifúndio em zonas de dos. cultivada é de expl oração superior a colonização. 6 1% dos i móveis rurais 27 compreendendo 12,40/0 do total agríc<>• Pertence, administrativamente, ao Quadro comparativo da população em la, e o la tifúndio nas áreas de campo, distrito de Leiria e, corno integrante 1960 onde as p r opri edades com mai s de 500 da IX Região Agrícola, ao conselho de ha somam 1,01% do número total de Caldas da Rai nha. HOMENS MULHERES TOTAL imóveis, abrangendo 37, 6%daárea a ­ são seus limites nat urais : o ocea­ gricultável. no Atlântico, os conselhos de Nazaré, Portugal Marinha Grande, L e iria, Porto de continental ESTR UTURA DA PROPRIEDADE Mós, Rio Maior e Caldas da Rainha e 3. 147.037 3. 533.858 6.680.895 a serra dos Candeeiros, totalizando Alcobaça 40.096 ha de terrenos de variada 0 - Os técnicos da fundação Calouste 25.659 24.368 50. 027 Gulbenkian apresentaram na obra /IA rografia. onde predominam pequenas Região A Oeste da Serra dos Candeei­ cadeias de colinas em cujas depres­ ros n, a seguinte c las sificaçã_o das pro­ s(;es correm os rios A r eia. Alcoa e Baseando-se nestes dados constata­ pri edades rurais, em função do rendi­ Baça, - ori gem de várzeas e paúes de, mos que a população do concelho COl"'" mento col etável expresso em escudos grande amplitude,quase completamen­ responde a 0, 00080/0 da de Portu gal. ouro (um escudo ouro cor responde a te submetidos à cultura intensi va de seis escudos ou 0,22 centavos em moe­ cereai s e leguminosas. Estrutura etária da população em da brasil eira; conf. câmbio em julho); Está dividido em l6freguesias: Al­ 1940 e 1950 - Par. 1972 a saber: cabaça, Alfeizerão, Aljubarrota (Nos­ Menos de 15 anos 32,50/0 29,40/0 - pequena propriedade, limite má­ sa Senhora dos Prazeres). Aljubarro­ de 1 5 a 59 ano s 56, 10/0 58 , 60/0 ximo de 65 escudos ouro (390 escudos ta (São Vicente),Alpedri z, Bárrio, Be­ de 60 anos e mais 11,20/0 120/0 nedita, Cela. Cós, f::vora de Alcobaça, - 85,80 cruzeiros); a produção não as­ Mai orga, Pataias, são Martinho do Po~ Notamos que mai s da metade da po­ segura ao trabalh ador um nível de vi­ to, Turquel, Vestiária e Vimeiro. pulação to ta l está cOInpreendi da na da regular e o obriga obtenção de ou­ à faixa de 15 a 59 anos. tras fontes de renda; 2 - Clima Sendo a economia d e conselho de - média propri edade,entre 65 e 655 Segundo K8ppen, a regiao é do tipo caráter nitidamente agrícola, sua po­ escudos ouro (3 .930 escudos - 864,60 C b, c lima temperado com chuva e sem pulação encontra-se dispersa na zona cruzeiros); a Frodução garante um n í• queda regular de neve; quantidade mé­ rural apenas apresentando característi­ vel médio de v ida sem recorrer a ou­ di a de preci pitação do m';s mais seco cas urbanas as sedes de Pataias e Al­ tros meios; i nferior a 40 mm; o verão é pouco quen­ cobaça, sendo a pri meira sede de fr~ - grande propriedade, entre 655 e te e p=olongado. guesi a e a última, de conselho. 2.620 escudos-ouro (1 5.720 escudos - A média anual de precipitação é de 3.458, 40 cruzeiros); possi bilita un1 População do conselho em 1960 1. 051 rnrn e a umidade relativa média alto nível de vida; é de 79.3% no mês de janeiro e 66, 2% Total do conselho - 50. 027 habitantes - muito grande propri edade, mais ,em junho. Freguesia de: de 2.620 escudos-ouro, onde a produ­ A temperatura médi a encontra- se ção proporciona e l evado nível de vida ao redor de 15,5 graus C, sendo a gea­ Alcobaça .. .. ..•. ... 5. 166 com o mero recurso do arrendamento. 2. 044 da um fenôm eno frequente (2 1 dias ao A~u~arrota .•.. .. ... ... A mera noção de grandeza física, ano). A teInperatura médi a no outono Barrlo ..............
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