A Prosa Do Observatório De Julio Cortázar Por Mônica Genelhu Fagundes Tese De Doutorado Apresentada Ao Programa De Pós-Gradu
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DESASTRADA MAQUINARIA DO DESEJO a Prosa do observatório de Julio Cortázar Por Mônica Genelhu Fagundes Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura da Universidade Federal do Rio de Janeiro como quesito para a obtenção do título de Doutor em Ciência da Literatura (Literatura Comparada) Orientador: Professor Doutor Edson Rosa da Silva Rio de Janeiro Março de 2008 2 DESASTRADA MAQUINARIA DO DESEJO a Prosa do observatório de Julio Cortázar Mônica Genelhu Fagundes Orientador: Professor Doutor Edson Rosa da Silva Tese de Doutorado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Doutor em Ciência da Literatura (Literatura Comparada). Aprovada por: Presidente, Prof. Doutor Edson Rosa da Silva – UFRJ Prof. Doutor Ary Pimentel – UFRJ Prof. Doutor Eduardo de Faria Coutinho – UFRJ Prof. Doutor João Camillo Penna – UFRJ Profª Doutora Lívia Reis – UFF Prof. Doutor Luiz Edmundo Bouças Coutinho – UFRJ (Suplente) Profª Doutora Silvia Cárcamo – UFRJ (Suplente) Rio de Janeiro Março de 2008 3 Fagundes, Mônica Genelhu Desastrada maquinaria do desejo: a Prosa del observatorio de Julio Cortázar/ Mônica Genelhu Fagundes – Rio de Janeiro: UFRJ/ FL, 2008. xi, 315 f.; il. Orientador: Edson Rosa da Silva Tese (doutorado) – UFRJ/ Faculdade de Letras/ Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura, 2008. Referências bibliográficas: f. 309-315. 1. Julio Cortázar 2. Prosa do observatório 3. Imagem 4. Poema em prosa 5. Utopia. I. Silva, Edson Rosa da. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura. III. Desastrada maquinaria do desejo: a Prosa do observatório de Julio Cortázar 4 AGRADECIMENTOS Ao Professor Doutor Edson Rosa da Silva, que acreditou nesta tese quando era apenas um projeto em formação, participou ativamente de seu crescimento com idéias inspiradoras e me proporcionou o apoio, a calma e a confiança sem os quais não teria sido possível realizá-la; aos Professores Doutores Eduardo Coutinho e João Camillo Penna, que conheceram este trabalho num estágio inicial e para ele contribuíram com preciosas sugestões; ao Professor Doutor Ary Pimentel, que me apresentou Cortázar, me ensinou tanto sobre a literatura e o ensino, e, sobretudo, me fez querer ir sempre mais além; aos Professores Doutores Teresa Cristina Cerdeira da Silva, Luiz Edmundo Bouças Coutinho, Eucanaã Ferraz e Vera Lins, decisivos em minha opção pela literatura; a Guito Moretto, meu professor de fotografia, que, mais do que a técnica, me ensinou o olhar; ao Mauricio, pela cumplicidade ainda à distância, pelo amor muito de perto; à minha mãe e ao Emílio, pela dedicação e pelo carinho de sempre, e muito especialmente por todo o incentivo que deram a este trabalho; ao meu pai – meu modelo, meu amigo – pelo apoio incondicional ao longo de toda a minha formação; à Mariana, ao Ricardo, ao Alexandre e à Vanessa, amigos queridos, com quem sempre posso contar; a meus alunos na Faculdade de Letras da UFRJ, cujo entusiasmo contagiante reparou muitas vezes meu desânimo e meu cansaço; e à CAPES, que proporcionou o suporte financeiro que possibilitou a realização deste trabalho. 5 RESUMO Escritura alegórica de uma máquina do mundo em que se aliam exercício estético e pensamento teórico, fabulação mítica e reflexão histórica, Prosa del observatorio consuma o que será, provavelmente, o princípio essencial da literatura de Julio Cortázar, e seu móvel: a aspiração utópica a uma reordenação do real que se realiza por meio de sua transfiguração em imagem. Partindo da leitura desse texto, que se revela, portanto, nuclear para a compreensão da poética de seu autor, nossa tese pretende estudar este trabalho da imagem – seus fundamentos, suas estratégias, seus efeitos e seu sentido – transitando entre os domínios do artístico, do filosófico e do político. 6 RÉSUMÉ Écriture allégorique d’une machine du monde, dans laquelle s’allient l’exercice esthétique et la pensée théorique, la fabulation mythique et la réflexion historique, Prosa del observatorio réalise à perfection ce qui sera, probablement, le principe essentiel et le mobile de la littérature de Julio Cortázar: l’aspiration utopique à une réordination du réel qui se réalise par l´intermédiaire de sa transfiguration en image. En partant de la lecture de ce livre, qui se révèle, donc, nucléaire pour la compréhension de la poétique de son auteur, notre thèse a pour but d’étudier ce travail de l’image – ses fondements, ses stratégies, ses effets et son sens – en transitant entre les domaines artistique, philosophique et politique. 7 ABSTRACT Being an allegoric scripture of a “world machine” in which aesthetic exercise and theoretical thinking, mythical fable and historical reflexion form alliances with each other, Prosa del observatorio consummates the essential principle of Julio Cortázar’s literature: the utopic aspiration to a reordination of reality that comes to term through its transfiguration into image. Starting off from this text, which reveals itself crucial for the comprehension of his author’s poetic, our thesis intends to study this work of image – its fundaments, its strategies, its effects and its sense – transitting between the domains of artistic, philosophic and politic. 8 En ese segundo, con la omnisciencia del semisueño, medí el horror de lo que tanto maravilla y encanta a las religiones: la perfección eterna del cosmos, la revolución inacabable del globo sobre su eje. Náusea, sensación insoportable de coacción. Estoy obligado a tolerar que el sol salga todos los días. Es monstruoso. Es inhumano. Antes de volver a dormirme imaginé (vi) un universo plástico, cambiante, lleno de maravilloso azar, un cielo elástico, un sol que de pronto falta o se queda fijo o cambia de forma. Ansié la dispersión de las duras constelaciones, esa sucia propaganda luminosa del Trust Divino Relojero. JULIO CORTÁZAR , RAYUELA . 9 SUMÁRIO Lista de ilustrações.............................................................................................................10 Introdução: maquinar, imaginar.........................................................................................12 1. Manual de instruções.....................................................................................................35 1.1. Instruções para montar um caleidoscópio.......................................................36 1.2. Instruções para tirar fotografias......................................................................47 1.3. Instruções para fazer dobraduras....................................................................77 1.4. Instruções para dançar.....................................................................................90 1.5. Instruções para criar uma máquina do mundo..............................................110 2. O dedo e a lua: uma história de bobos.........................................................................138 2.1. Magos e poetas..............................................................................................142 2.1.1. O Trauerspiel barroco....................................................................154 2.1.2. O romantismo de Jena....................................................................159 2.1.3. A lírica moderna............................................................................164 2.2. O escritor fotógrafo e um sultão que gostava de observar estrelas...............220 3. A gesta da imagem.......................................................................................................255 Conclusão.........................................................................................................................300 Bibliografia......................................................................................................................309 10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES 1. Vista do Jantar Mantar de Delhi...............................................................................16 2. Prosa del observatorio I...........................................................................................48 3. Esquema do Samrat Yantra......................................................................................49 4. Samrat Yantra: princípio e operação........................................................................49 5. Prosa del observatorio II.........................................................................................53 6. Jaya Prakasha Yantra...............................................................................................54 7. Prosa del observatorio XXVIII...............................................................................79 8. Prosa del observatorio XXIX..................................................................................80 9. Anel de Moebius II (E.M. Escher)............................................................................81 10. Céu e água II (E.M. Escher)..................................................................................82 11. Prosa del observatorio XXXV..............................................................................90 12. Bailarina ajustando sua sapatilha (Edgar Degas).................................................96 13. Depois do banho (Edgar Degas)............................................................................96 14. Mulher se enxugando (Edgar Degas).....................................................................96