O Pentecostalismo Autóctone Na Reserva De Dourados: Identidade Étnica, Implicações Sociais E Protagonismo (1992-2015)
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JOSÉ AUGUSTO SANTOS MORAES O PENTECOSTALISMO AUTÓCTONE NA RESERVA DE DOURADOS: IDENTIDADE ÉTNICA, IMPLICAÇÕES SOCIAIS E PROTAGONISMO (1992-2015) DOURADOS – 2016 JOSÉ AUGUSTO SANTOS MORAES O PENTECOSTALISMO AUTÓCTONE NA RESERVA DE DOURADOS: IDENTIDADE ÉTNICA, IMPLICAÇÕES SOCIAIS E PROTAGONISMO (1992-2015) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em História. Área de concentração: História, Região e Identidade. Linha de Pesquisa: História Indígena. Orientador: Prof. Dr. Thiago Leandro Vieira Cavalcante. DOURADOS – 2016 Moraes, José Augusto Santos. M827p O pentecostalismo autóctone na Reserva de Dourados: identidade étnica, implicações sociais e protagonismo (1992 – 2015) / José Augusto Santos Moraes. -- Dourados, MS, 2016. 215 f. Orientador: Profº. Drº. Thiago Leandro Vieira Cavalcante. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal da Grande Dourados. 1. Mato Grosso do Sul - História. 2. Indígenas – Mato Grosso do Sul. 3. Religião - Pentecostalismo. 4. Dourados, MS – Terra Indígena. 5. Índios Kaiowa. 6. Índios Terena. I. Título. CDD 981.71 Ficha Catalográfica Elaborada pela Bibliotecária Ivanir Martins de Souza CRB 1 – 2558 JOSÉ AUGUSTO SANTOS MORAES O PENTECOSTALISMO AUTÓCTONE NA RESERVA DE DOURADOS: IDENTIDADE ÉTNICA, IMPLICAÇÕES SOCIAIS E PROTAGONISMO (1992-2015) DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA – PPGH/UFGD Aprovada em ______ de __________________ de _________. BANCA EXAMINADORA: Presidente e orientador: Thiago Leandro Vieira Cavalcante (Dr., UFGD) ____________________________________ 2ª Examinadora: Cándida Graciela Chamorro Argüelo (Drª., UFGD) __________________________________ 3º Examinadora: Beatriz dos Santos Landa (Drª., UEMS) ___________________________________________ A minha esposa Fabiane e ao meu filho Arthur pelo amor, pela alegria e pelos sonhos compartilhados. Aos meus pais, José Alves de Morais e Antonieta Rosa de Morais, alicerces do que sou. AGRADECIMENTOS Creio que os agradecimentos sempre nos colocam em uma situação delicada. Afinal, a ansiedade pelo término da pesquisa e a memória fragmentada pelo tempo, por vezes, nos furtam de mencionar pessoas e instituições que foram de grande importância no processo de construção do texto. Assim, cônscio dos riscos inerentes, elenco os nomes de pessoas e instituições que contribuíram de forma singular para que eu alcançasse êxito nesse projeto, a quem externo minha profunda consideração e gratidão: Ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Grande Dourados pelo incentivo na realização dessa pesquisa. Pois, apesar de não fazer parte do ‘chiqueirinho’, para fazer uso de uma expressão do professor Eudes Leite, nunca me senti preterido. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa de mestrado concedida; A professora Drª. Graciela Chamorro pela pessoa sui generis que és. Pela atenção, estímulo e, principalmente, por ter me inserido em um campo de pesquisa de extrema riqueza. Obrigado pela sinceridade e solicitude sempre muito bem-vindas; conseguiu a com sucesso. Ao professor Dr. Thiago Leandro Vieira Cavalcante que inúmeras vezes, talvez sem perceber, foi muito mais que um orientador. Suas observações e ponderações foram essenciais no processo de desenvolvimento dessa pesquisa; Aos professores Dr. Protasio Langer e Drª. Graciela Chamorro pela participação em minha banca de qualificação e pelos apontamentos tão importantes para minha pesquisa; Aos docentes do PPGH/UFGD, com destaque para os professores Dr. Eudes Fernando Leite, Drª. Graciela Chamorro, Dr. Levi Marques Pereira, Dr. Paulo Roberto Cimó Queiroz, Dr. Protasio Paulo Langer, Dr. Thiago Leandro Vieira Cavalcante, Dr. Fernando Perli e Dr. Losandro Tedeschi que, através das disciplinas que ministraram contribuíram de maneira decisiva para o desenvolvimento dessa pesquisa. Obrigado pela atenção extraclasse!; Aos funcionários da secretaria acadêmica do PPGH e do Centro de Documentação Regional pela atenção que recebi em todos os momentos que precisei de vocês; Aos amigos que os estudos me oportunizaram ter, em especial a Rosimeire Ribeiro, Divino Marcos Sena, Éder da Silva Novak e a Nely Aparecida Maciel (in memoriam); A Faculdade Teológica e Seminário Batista Ana Wollerman que não só cumpriu sua função formadora como, também, abriu as portas para a docência. São todos, funcionários, professores, ex-alunos e colegas de docência de valor inestimável; A Zadenir Aragão, Alice Sarmento da Silva e Damaris Sarmento da Silva, obrigado pela atenção dispensada; A Marta Rodrigues Simis, ou simplesmente Martinha, pelo carinho sempre tão sincero e por me ter dado acesso irrestrito ao acervo da biblioteca da Faculdade Teológica e Seminário Batista Ana Wollerman. Valeu pastora!; Aos meus amigos, ainda que distantes, João Roberto da Costa, Josué de Souza Moraes, Franz Jülg, Douglas Bruce Janzen e David Bokorny Fernandes. Cada um ao seu tempo e modo foram muito importantes para mim. Estendo minha gratidão a suas famílias; Aos ex-mestres, colegas e amigos Dr. Marcelo Moura da Silva e Dr. Gustavo Soldati Reis. Muito obrigado por confiarem e apostarem em mim. Tenho-lhes em grande estima; Aos amigos Gênesis Ferreira Bezerra e Jozabete Ferreira pela conduta digna, pelo respeito e pela amizade. Nunca terei como agradecer o que vocês fizeram por mim; Ao grande amigo de projetos e de realizações, José Américo Dinizz. Muito obrigado pela sua prestatividade; Ao amigo de fé e de caminhada Carlos Barros Gonçalves pelo incentivo e pela disponibilização de seu acervo pessoal para que eu os consultasse. Aos meus interlocutores indígenas e não indígenas, fundamentais na produção dessa pesquisa. Nominalmente agradeço a Alberto Reginaldo Machado, Nilson Carlos Vargas, Valdemir Ribeiro Ramires, Firmino Morales da Silva, Paulo da Silva Costa, Maria Imaculada da Costa e Odair Morales. Obrigado pela atenção, receptividade e disposição em me atender nos vários momentos em que estive com vocês. A riqueza humana que vocês compartilharam comigo, certamente, foi mais importante que as próprias informações que coletei; Aos meus irmãos: Jucinéia Morais Lago, Marcos Antonio dos Santos Moraes, Paulo Eduardo dos Santos Moraes, Luiz Alberto dos Santos Moraes e, com um carinho especial, a minha “maninha” Juliene Rosa de Morais. Obrigado pela compreensão, apoio, carinho; Aos meus pais, José Alves de Morais e Antonieta Rosa de Morais, que mesmo sem terem tido a oportunidade de avançar nos estudos nunca se escusaram de proporcionar meios e condições para que meus irmãos e eu pudéssemos ter a melhor educação possível. Sobretudo, me ensinaram algo sem que nenhum título acadêmico lhes fosse necessário: o respeito ao outro e por mim mesmo. A gratidão será eterna; A minha esposa Fabiane Ferreira da Silva Moraes, que de coração e mente me toma de amor diariamente. Ao meu filho Arthur da Silva Moraes por sua compreensão incompreensível. Obrigado por vocês existirem, amo-os para sempre! A Deus, pela esperança e pela vida. RESUMO A expansão do pentecostalismo brasileiro é um fenômeno que ganhou novos contornos na década de 1970. Em todo o país, a partir desse período, os vários tipos de pentecostalismo alcançaram um número cada vez mais expressivo de adeptos, fato que ocorre até os dias atuais. Os povos originários no Brasil não ficaram imune a esse avanço, como foi o caso das populações indígenas presentes em Mato Grosso do Sul. Neste sentido, esta dissertação aborda o processo histórico do surgimento do pentecostalismo na Reserva de Dourados, sendo que o destaque recai sobre a organização de Igrejas pentecostais autóctones. Assim, o recorte temporal privilegiou o momento em que surge a primeira Igreja organizada e liderada exclusivamente por indígenas até os dias atuais, 1992 a 2015. A partir da demarcação geográfica e temporal, analiso os reflexos desse movimento religioso na identidade étnica dos indígenas pentecostais e as implicações sociais produzidas pela conversão ao pentecostalismo. Para além disso, também trato do protagonismo dos indígenas que optaram por organizar Igrejas autóctones, em alguns casos como forma de resistência, de modo a evitar a exploração e o domínio de não indígenas. Para tanto, com o subsídio da metodologia da etno-história, realizei pesquisas de campo com foco na história oral temática de líderes pentecostais indígenas, bem como pesquisas bibliográficas, em que foram privilegiadas aquelas em que historiadores, etnógrafos, antropólogos e teólogos tratam do processo de conversão e o avanço do pentecostalismo autóctone entre os indígenas. A observação participante – nas cerimônias religiosas e no cotidiano dos interlocutores – foi utilizada a fim de perceber a atualidade ou não das estruturas sociais e das práticas tidas como ‘padrão’ cultural religioso dos grupos étnicos envolvidos na pesquisa. Palavras-chave: Etnicidade. Conversão indígena. Pentecostalismo. ABSTRACT The expansion of Brazilian Pentecostalism is a phenomenon that it has assumed new contours from 1970s, being that across the country there are an increasingly large number of adepts this religious expression. The indigenous peoples have not been immune to pentecostal advance, as was the case of those that living in Mato Grosso do Sul. In this sense, this dissertation discusses the historical process of the emergence of Pentecostalism in the Indigenous Land of Dourados where the emphasis falls