Os Índios Xukuru Do Ororubá Na Ribeira Do Ipojuca.Do Cx
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA MESTRADO EM HISTÓRIA OS ÍNDIOS XUKURU DO ORORUBÁ NA RIBEIRA DO IPOJUCA (PESQUEIRA/POÇÃO): AMBIENTE, MEMÓRIAS E HISTÓRIA (1986-2010) DENISE BATISTA DE LIRA RECIFE, 2013 DENISE BATISTA DE LIRA OS ÍNDIOS XUKURU DO ORORUBÁ NA RIBEIRA DO IPOJUCA (PESQUEIRA/POÇÃO): AMBIENTE, MEMÓRIAS E HISTÓRIA (1986-2010) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da UFPE, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em História, sob a orientação da Prof.ª Drª. Bartira Ferraz Barbosa e co-orientação do Prof.º Dr. Edson Silva RECIFE, 2013 Lira, Denise Batista de Os índios Xukuru do Ororubá na Ribeira do Ipojuca (Pesqueira/Poção) 1986-2010: ambiente, memórias e história / Denise Batista de Lira – Recife, 2013. 159p. Inclui bibliografia, apêndices e anexo. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Bartira Ferraz Barrbosa Coorientador: Prof. Dr. Edson Hely Silva Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de Pernambuco CFCH – Pós-Graduação em História 2013 1. Índios Xukuru, 2. Ribeira 3. Rio Ipojuca 4. Barragem Pão-de-Açúcar 5. Ambiente (Natureza) Os índios Xukuru de Ororubá na Ribeira do Ipojuca (Pesqueira/Poção): ambiente, memórias e história (1986-2010) Denise Batista de Lira Banca Examinadora ___________________________________________ Prof.ª Dr.ª Bartira Ferraz Barbosa - Orientadora Programa de Pós-Graduação em História - UFPE ___________________________________________ Prof. Dr. Edson Hely Silva – Co-orientador Centro de Educação – CAP - UFPE ___________________________________________ Prof.ª Dr.ª Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souz UPE – Examinador externo Recife, 20 de agosto de 2013 Ao povo Xukuru do Ororubá. AGRADECIMENTOS Agradecer é reconhecer a importância e as contribuições que cada pessoa, amigo, parente, colega realizou para concretização da pesquisa em forma de dissertação. Por isso, sem dúvidas, fico muito feliz em escrever mais essa parte, tão essencial, deste estudo. Agradeço primeiramente a Deus, que alguns chamam de Tupã, outros de Alá, outros de Yavé, alguns de Grande Arquiteto do Universo, ou qualquer denominação atribuída a ele (ou os que até que não o nomeia). A minha família, especialmente a minha mãe, que mesmo tendo pouca instrução me incentivou a estudar. Ao meu irmão Tarcísio pelo apoio quanto aos deslocamentos que precisei fazer durante a pesquisa. A minha irmã Débora pelo auxílio em algumas transcrições de entrevistas. Agradeço também aos demais que indiretamente contribuíram com o seu apoio e torcida. Ao meu amor José Ulisses, por compreender a necessidade de minha ausência de nosso convívio devido aos estudos. Pelo apoio, estímulo e por acreditar que conseguiria concluir a pesquisa, apesar de tantos contratempos. A Paloma, responsável por me apresentar José Ulisses, e por ser uma amiga de longa data, com a qual sempre contei e obtive auxílio. A professora Bartira, por acreditar em meu projeto e pelo auxílio prestado na trajetória da escrita da dissertação. Ao professor Edson Silva, que me apresentou as primeiras leituras da historiografia indígena, pelo auxílio na escrita do projeto e da dissertação e por todo apoio, contribuições e correções neste trabalho. E a sua esposa, Maria da Penha pelo apoio e incentivo. Aos professores que me ensinaram no PPGH-UFPE e UFRPE, em especial aos docentes, Rosa Godoy, Carlos Miranda, Socorro Abreu e Osvaldo Girão, pelas sugestões e contribuições e pelo conhecimento que compartilharam comigo (e conosco – a turma). Ao grupo de estudo coordenado pelo professor Edson Silva que versava sobre os povos indígenas e que me possibilitou um aprendizado significativo e que me auxiliou na elaboração do projeto de dissertação. Aos amigos e colegas que compunha o grupo, Edmundo Monte, Aline, Daniel Max e Carlos Fernando, em especial a Edmundo pelas prosas e discussões. A FIOCRUZ representada pelo professor André Monteiro pela inclusão de minha pessoa no projeto Censo Xukuru, 2010, que me ofereceu maior conhecimento sobre a região da Ribeira, e que facilitou e possibilitou o meu deslocamento dentro desta área, fator importante para a escrita deste trabalho. Ao povo Xukuru, que me recebeu tão bem, em especial aos entrevistados pela paciência e disponibilização em me atender e responder cada pergunta com calma. Em mais especial ainda a Célia, que não mediu esforço em me auxiliar apresentando e indicando pessoas para as entrevistas. Ao senhor José Edilson, pela simpatia, pelas indicações também de possíveis índios para entrevistar. A liderança da Aldeia Passagem, Amilton de Souza, pelas longas conversas. Ao Seu Zequinha, Pajé Xukuru, que me recebeu alguns vezes em sua casa sempre com bastante atenção e educação. A equipe Jupago, principalmente a Iran e Edgar pela compreensão e pelo espaço que me proporcionaram ao participar de reuniões do grupo. E também não posso esquecer de Carol pelo grande apoio oferecido. A gestão, coordenação e ao corpo docente da Escola Jaboatão dos Guararapes, pelo apoio, compreensão e torcida. A duas amigas super especiais, Milena Sena e Bianca Nogueira, pelo tempo destinado a escutar minhas lamúrias e angústias. A FACEPE pela bolsa concedida que tanto auxiliou na efetivação desta pesquisa. A Sandra, secretária da PPGH – UFPE, pela paciência, educação e simpatia com a qual nos trata, e por atender as nossas solicitações de maneira tão ágil e eficiente. Aos meus colegas e amigos de turma (2011) pelas sugestões oferecidas para o melhoramento do meu projeto. Ao FERERJ, em especial a Maximina, pelas palavras de apoio e pela compreensão quanto as minhas constantes ausências nas reuniões do grupo devido as minhas ocupações com a pesquisa. Aos meus amigos, Fabinho, Maria Cêcy, Maria Aparecida, Renatinha, Dadinha, Verinha, Roseli e Joana, por compreenderam minha ausência de seu convívio durante o período do mestrado. E a todos e a todas, que mesmo não estando aqui citados (as), com certeza, por um equívoco meu, contribuíram, apoiaram e torceram pelo meu sucesso nesta pesquisa. Obrigada. LISTAS DE SIGLAS ANA – Agência Nacional de Água BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento CCLF – Centro Cultural Luiz Freire CEASA – Centro de Abastecimento de Alimentos CERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos CIMI – Conselho Indigenista Missionário CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos COBH – Comitê da Bacia Hidrográfica COMPESA – Companhia Pernambucana de Saneamento CONDEPE - Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco CPRH – Agência Pernambucana de Recursos Hídricos CPT – Comissão Pastoral da Terra DNOCS – Departamento Nacional de Obras de contra as Secas FUNAI – Fundação Nacional do Índio IPA – Instituto Agrônomo de Pernambuco IR – Inspetoria Regional OMS – Organização Mundial da Saúde ONG – Organização não Governamental OIT – Organização Internacional do Trabalho PAA – Programa Aquisição Alimentar PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos PI – Posto Indígena PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar PNRH – Plano Nacional de Recursos Hídricos PRHE – Plano Regional PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar SARA - Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária SEPLAG - Secretaria de Planejamento e Gestão SPI – Serviço de Proteção aos Índios SRH – Secretária de Recursos Hídricos SRHE – Secretária Recursos Hídricos e Energéticos SSVG – Secretária Saúde e Vigilância Sanitária SUDESA – Subsecretária de Defesa do Solo e da Água UP – Unidade de Planejamento ZCIT – Zona de Convergência Intertropical LISTA DE TABELAS Tabela I – Uso e ocupação do solo ................................................................. 55 Tabela II - Maiores reservatórios de água da Bacia do rio Ipojuca ................ 56-57 Tabela III - Carga poluidora dos municípios na bacia do rio Ipojuca ............. 58-59 Tabela IV - Principais indústrias e seus efluentes lançados na Bacia do rio Ipojuca .............................................................................................................. 60 Tabela V – Aspectos gerais dos planos de recursos hídricos ........................... 66-68 LISTA DE FIGURAS Figura I - Mapa das regiões do território Xukuru: os recursos hídricos ...... 50 Figura II - Fotografia da região da Ribeira ................................................... 51 Figura III - Trajeto do rio Ipojuca .................................................... 53 Figura IV - Rio Ipojuca na região da Ribeira ................................................ 92 Figura V - Cultivo do tomate na região da Ribeira ...................................... 94 Figura VI - Fotografia da Barragem Pão-de-Açúcar ..................................... 99 Figura VII – Escoamento da água da Barragem Pão-de-Açúcar .................... 111 RESUMO Este estudo teve por objetivo, apresentar e discutir as relações socioambientais entre os índios Xukuru no período anterior e posterior a homologação do seu território (1986- 2010), estabelecendo conexões com a identidade étnica do grupo. Para auxiliar a concretização do objetivo proposto utilizamos, principalmente, as memórias deste povo, e também documentações localizadas em órgãos estaduais, tais quais, CPRH, SECTMA, COMPESA, CONDEPE e SRHE. Nossas considerações se atêm em uma única parte do território Xukuru, a Ribeira. Está região é perpassada pelo rio Ipojuca, e suas principais características, como a salinidade e intermitência são sempre rememoradas pelos Xukuru. O Ipojuca é considerado, atualmente, o terceiro rio mais poluído do Brasil, e por esse motivo é alvo de projetos de revitalização