A Casa Do Imperador: Do Paço De São Cristóvão Ao Museu Nacional

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A Casa Do Imperador: Do Paço De São Cristóvão Ao Museu Nacional Regina Maria Macedo Costa Dantas A Casa do Imperador Do Paço de São Cristóvão ao Museu Nacional Dissertação apresentada como parte do requisito necessário para obtenção do título de Mestre em Memória Social do Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Linha de Pesquisa: Memória e Patrimônio. Orientadora: Profa. Dra. Regina Abreu. Rio de Janeiro 2007 XXXX Dantas, Regina Maria Macedo Costa A Casa do Imperador: do Paço de São Cristóvão ao Museu Nacional/ Regina Abreu. Rio de Janeiro, 2007. xi, 276 f.: il. Dissertação (Mestrado em Memória Social) – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em Memória Social, 2007. Orientador: Regina Abreu 1. Paço de São Cristóvão. 2. D. Pedro II 3. Memória – Teses. I. Abreu, Regina (Orient.). II. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Programa de Pós-graduação em Memória Social. III. Título. CDD: XXX.X Regina Maria Macedo Costa Dantas A Casa do Imperador Do Paço de São Cristóvão ao Museu Nacional Dissertação apresentada como parte do requisito necessário para obtenção o título de Mestre em Memória Social no Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Linha de Pesquisa: Memória e Patrimônio Data de aprovação: 22 de março de 2007 Banca Examinadora: _________________________________ - Orientadora Profa. Dra. Regina Monteiro do Rego de Abreu Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO _________________________________ Prof. Dr. Mário de Souza Chagas Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO ________________________________________ Profa. Dra. Lilia Katri Moritz Schwarcz Universidade de São Paulo - USP Para Aguinaldo, Dandara e Gabriel AGRADECIMENTO A minha orientadora e mentora, professora Regina Abreu, por sua dedicação e interesse. A minha banca de qualificação, os professores Mário Chagas e Lilia Schwarcz, quanta simplicidade e sabedoria. Aliás, ganhei uma amiga. A minha família: Aguinaldo, Dandara, Gabriel e Petit. Aguinaldo por ter proporcionado o amor e a paz que eu tanto necessitava na elaboração da dissertação; Gabriel pela compreensão por minha ausência; Dandara pela sabedoria e competência nas correções textuais; e Petit pela companhia constante na solidão da pesquisa. A minha mãe, Elzira, que não mediu esforços para me ajudar, e ao meu pai, Oswaldo, pela compreensão na ausência nos eventos sociais. Aos meus amigos eternos, Wagner, Mazé, Américo e Denise, por terem acompanhado cada momento de meu crescimento neste processo. As amigas Thereza Baumann e Paula Van Bienne pelas orientações nos momentos de insegurança. Aos queridos companheiros do Museu Nacional, Luiz Fernando Dias Duarte, Carmem Solange Schieber Severo, Jaçanã Elizabeth Nogueira da Silva, Lia Ribeiro, Sílvia Ninita de Moura Estevão, Vitor Manoel Fonseca, Ricarte Linhares Gomes, Suzane Pacheco Torres, Claudine Borges Leite, Ruy Valka, Luci de Senna Valle, Ciro Alexandre Ávila, Alexander Kelnner, Rhoneds Aldora Perez, Tânia Andrade Lima, Fátima Regina Nascimento, Rosa Maria G. Pereira, pela credibilidade. Aos amigos da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da UFRJ, Claudia Damiana Castro de Souza, Braz de Souza Guimarães, Maria de Fátima Bastos Freitas, José Luiz Fontes Monteiro e Leila Rodrigues pela compreensão nas épocas de ansiedade. Aos novos amigos do Sistema de Bibliotecas da UFRJ/SIBI, Paula Mello e Antônio Carlos Gomes Lima, pelo constante incentivo. Aos estagiários Paulo Vinicius Aprígio da Silva, o futuro grande historiador, e Suzane Pacheco Torres, responsável pela elaboração das plantas do trabalho, com a orientação de Carmem Solange Schieber Severo e Paula Van Bienne. À grande amiga do Programa de Pós-graduação em Memória Social, Ione Couto, por sua compreensão e confiança nas fases de desespero da criação. Uma das grandes conquistas realizadas durante a pesquisa. Aos diretores do Museu Nacional, Sérgio Kugland de Azevedo e Wagner Wiliam Martins, por acreditarem na proposta de “dar visibilidade ao Paço de São Cristóvão”. A grande companheira de estudos sobre o Paço de São Cristóvão, Maria José Veloso da Costa Santos (carinhosamente conhecida como Mazé – minha quase irmã), responsável pela Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional, pelo auxílio em seu inestimável acervo que muito auxiliou na análise da casa que virou museu. Ao grande companheiro de estudos sobre d. Pedro II, Roberto Khatlab, que mesmo à distância incentivou-me em relação à reconstrução do Paço de São Cristóvão. Às amigas, Maria de Fátima Moraes Argon e Neibe Cristina Machado da Costa, ambas do Arquivo Histórico do Museu Imperial, na preciosa ajuda para que eu conseguisse apresentar um “outro” D. Pedro II. “Uma das principais responsabilidades do homem é a de revelar o esquecido, mostrar que o passado comportava outros futuros além deste que realmente ocorreu.” Walter Benjamin RESUMO DANTAS, Regina Maria Macedo Costa. A Casa do Imperador. Do Paço de São Cristóvão ao Museu Nacional. Dissertação (Mestrado em Memória Social)- Programa de Pós-graduação em Memória Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Análise do Paço de São Cristóvão como residência de D. Pedro II, proporcionando um olhar sobre o seu duplo papel de entidade de memória, por meio do depósito legal, da produção científica do Museu Nacional da UFRJ, e como ex-residência imperial – palco de parte da história do Brasil. O destaque é dado ao prédio como Paço de São Cristóvão, a partir da constatação de que o palácio como antiga residência não é enfatizado no discurso oficial do Museu Nacional. Diante disso, apresentamos os resultados de uma pesquisa sobre as marcas do império e do imperador na instituição com a identificação de objetos e demais resquícios da monarquia impressos nas paredes do palácio. A trajetória que o trabalho tende a percorrer apresentará a interação entre os objetos e os espaços do antigo palácio, no viés da memória social, articulando história, memória e patrimônio. Palavras-chave: Paço de São Cristóvão. D. Pedro II. Memória. ABSTRACT DANTAS, Regina Macedo Maria Costa. The Emperor’s House. From São Cristóvão Palace to National Museum. Dissertation (Mastership in Social Memory) - Pos- Graduation Program in Social Memory, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Analysis on the São Cristóvão Palace while residence of D. Pedro II, providing a view on its double role, both as memory entity, through the legal deposit of the scientific production of the Museu Nacional/UFRJ, and also as imperial former-residence – scenery of part of Brazil’s history. Distinction is given to the building as São Cristóvão Palace, based on the fact that the palace, as residence, is not emphasized in the official approach of the Museu Nacional. Based on this, the results of a research on the marks of the empire and the emperor in the institution through the identification of objects and other vestiges of the monarchy printed in the walls of the palace are presented. The trajectory that the work tends to cover will present the interaction between objects and spaces of the old palace, on the bias of the Social Memory, articulating history, memory and property. Key words: São Cristóvão Palace. D. Pedro II. Memory. ACERVOS CONSULTADOS Arquivo Nacional Fundação Biblioteca Nacional Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Rio de Janeiro – IPHAN Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB Museu da República Museu Histórico Nacional Museu Imperial Museu Mariano Procópio Museu Nacional Museu Nacional de Belas Artes LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Espaços Públicos do Paço de São Cristóvão 86 Tabela 2 – Espaços Privados do Paço de São Cristóvão 86 Tabela 3 – Ex-diretores que preservaram a memória do Paço de São Cristóvão 146 Tabela 4 – Cronologia do prédio 187 Tabela 5 – Composição da sala do herbário de D. Pedro II 233 LISTA DE PLANTAS Planta 1 – Primeiro pavimento – Escadaria de mármore 93 Planta 2 – Primeiro pavimento – Sala dos Arqueiros 94 Planta 3 – Segundo pavimento – Escadaria de madeira 99 Planta 4 – Segundo pavimento – Sala do Corpo Diplomático 103 Planta 5 – Segundo pavimento – Sala do Trono 108 Planta 6 – Segundo pavimento – Salão de Baile 123 Planta 7 – Terceiro pavimento – Quarto do Imperador 129 Planta 8 – Terceiro pavimento – Biblioteca Particular de Sua Majestade Imperial 134 Planta 9 – Segundo pavimento – Gabinete de Estudos 139 Planta 10 – Segundo pavimento – Ante-sala e Oratório da Imperatriz 141 Planta 11 – Segundo pavimento – Salão de Jantar 147 Planta 12 – Primeiro pavimento – Capela São João Baptista 154 Planta 13 – Primeiro pavimento – Gabinete de Química 157 Planta 14 –Terraço acima da Sala do Trono – Observatório Astronômico 160 Planta 15 –Térreo – Jardim das Princesas 173 Planta 16 – Primeiro pavimento – “Museu do Imperador” 190 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – O Paço de São Cristóvão, 1817 – Thomas Ender – FERREZ, Gilberto. Iconografia do Rio de Janeiro 1530;1890. Catalogo Analítico Vol. II. RJ Casa Jorge Editorial, 2000. P.61 19 Figura 2 – Aquatinta de Maria Graham - Paço de São Cristóvão – acervo da Direção do Museu Nacional. 20 Figura 3 – Paço de São Cristóvão, 1831. Jean Baptiste Debret – WAGNER, Robert & BANDEIRA, Julio. Viagem ao Brasil nas aquarelas de Thomas Ender 1817 1818. Tomo I. Petropolis: Kapa Editorial, 2000. p.18 21 Figura 4 – Foto de Estátuas de deuses gregos do telhado do Museu Nacional – acervo da Seção de Planejamento, Arquitetura e Restauração do Museu Nacional. 22 Figura 5 – Foto do Paço de São Cristóvão – detalhe da cúpula para a Constituite republicana – Acervo da Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional/UFRJ - FJ 0 DR 108 050 33 Figura 6 – Foto do Paço de São Cristóvão por G. Leuzinger em 1865. ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro, 1840-1900: uma crônica fotográfica. Rio de Janeiro: Casa Ermakoff Editorial, 2006, p. 54. 37 Figura 7 – Foto do final do século XIX do Jardim das Princesas – acervo fotográfico da Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional/ UFRJ. Foto de dois vasos originais existentes na lateral do palácio – registro da autora.
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