Unirio Centro De Letras E Artes – Cla Instituto Villa-Lobos – Ivl Programa De Pós-Graduação Em Música - Ppgm
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO CENTRO DE LETRAS E ARTES – CLA INSTITUTO VILLA-LOBOS – IVL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA - PPGM LEONARDO CORRÊA BOMFIM O SONHO ACABOU? O FESTIVAL PSICODÁLIA: EXPERIÊNCIAS MUSICAIS EM UMA COMUNIDADE EFÊMERA RIO DE JANEIRO – RJ 2018 LEONARDO CORRÊA BOMFIM O SONHO ACABOU? O FESTIVAL PSICODÁLIA: EXPERIÊNCIAS MUSICAIS EM UMA COMUNIDADE EFÊMERA Tese submetida ao Programa de Pós-Graduação em Música do Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor em Música, sob a orientação da Profa. Dra. Martha Tupinambá de Ulhôa Subárea: Musicologia Linha de Pesquisa: Etnografia das Práticas Musicais RIO DE JANEIRO – RJ 2018 LEONARDO CORRÊA BOMFIM O SONHO ACABOU? O FESTIVAL PSICODÁLIA: EXPERIÊNCIAS MUSICAIS EM UMA COMUNIDADE EFÊMERA Defesa apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto Villa-Lobos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, como exigência parcial para a obtenção do título de Doutorado em Música. BANCA EXAMINADORA Profa. Dra. Martha Tupinambá de Ulhôa (Orientadora) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO Prof. Dr. Alberto Tsuyoshi Ikeda UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP Prof. Dr. Edmundo Marcelo Mendes Pereira UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – MUSEU NACIONAL - UFRJ Prof. Dr. Samuel Araújo UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ / UNIRIO Prof. Dr. José Alberto Salgado e Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ / UNIRIO RIO DE JANEIRO 5 de Julho de 2018 Autorizo a cópia de minha tese “O Sonho Acabou? O Festival Psicodália: Experiências musicais em uma comunidade efêmera” para fins didáticos. ___________________________________ Leonardo Corrêa Bomfim Dedico este trabalho a meus pais Leonardo, Maristela e meu irmão Felipe, fontes de força e amor. E aos meus irmãos psicodálicos, que me trouxeram a leveza no experienciar. Sem vocês este sonho não seria possível. AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a essa inexplicável energia que habita o universo e coexiste em cada um de nós. Fonte de amor e paz, também chamada Deus. A meus pais, Leonardo, Maristela e meu irmão Felipe, por serem meus maiores exemplos de perseverança, força e fé, e por sempre me mostrarem com amor o valor de uma família unida. A minha avó Agmar (in memoriam), minha tia Ninha, tio Humberto (in memoriam) e tio Marinho, que sempre me incentivaram e estiveram na torcida por minhas vitórias. Levo vocês em meu coração. Aos meus queridos primos, Pedro e Maria, minha tia Ana e meu tio Irineu, minha família carioca, que comemora cada passo e cada conquista comigo. Em especial a minha querida orientadora Profa. Martha Ulhôa, sempre muito atenta, dedicada e paciente, com quem aprendi muito nesses quatro anos de doutorado. Obrigado por permitir que eu seguisse meus caminhos e por guiar meus passos nessa longa jornada acadêmica. Aos professores da Banca de Defesa, Prof. Samuel Araújo, Prof. Edmundo Pereira e Prof. Zé Al, pelas grandes contribuições em minha formação como etnomusicólogo e pelas valiosas críticas na construção de minha pesquisa. Em especial ao Prof. Ikeda, que acompanhou com muita dedicação minha trajetória na academia desde o início, tornando-se um grande exemplo de pessoa e pesquisador para mim e, agora, compõe mais um episódio deste percurso. Ao Prof. Vincenzo Cambria, pela leitura atenta e contribuições no processo de construção desta tese e, Prof. Edilberto Fonseca, pelo aceite em participar como suplente da banca deste trabalho. Aos amigos de doutorado e da UNIRIO Pedrinho Mendonça, Clarissa Ferreira, Daniela Spielmann, Marcílio Lopes, Renato Borges, Luiz “Lula” Costa Lima Neto, Ferran Tamarit, Cláudia Azevedo, Josélia “Jô” Vieira, Josiane Maltauro, Artur Lopes Costa, Rodrigo Heringer “Picolé”, Serginho Castanheira, Clara Sandroni, Marcela Velon, Ilana Linhales, Roberta Lobo, Joana Saraiva e Luísa Lacerda. Aos Profs. Pedro Aragão (UNIRIO) e Márcio Goldman (Museu Nacional – UFRJ), pelos ensinamentos durante o período de doutoramento. Aos amigos de Teoria Antropológica I e II do Museu Nacional – UFRJ: Francesca Repetto, Telma Bemerguy, Nathália Gonçales, Anderson Pereira, Carol Maia, Daniela Alarcon, Oswaldo Zampiroli, Camila Bevilaqua, Bianca Marcossi, Anita Lino e Eloy Terena, por tornarem o aprofundamento neste campo de conhecimento muito mais divertido. À Gracy Laport e Will Nogueira, grandes amigos que me apoiaram e me incentivaram de inúmeras formas. Ao meu amigo Sidharta Monteiro, pela amizade, parceria, desabafos, cafés filosóficos e “pelações” ouropretanas. Aos amigos psicodálicos da produção do festival, sem vocês esta pesquisa jamais seria possível: Alexandre Osiecki “Xande”, Fredy Kowertz, Arthur Hadler, Bernardo Bravo, Ricardo Leiva, Caio Mantovani, Rosângela Araújo, Gustavo Santos “Gustas”, Alecsander Mattos “Alec”, Felipe Brasil “Mineiro”, Moises Prestes “Muka”, Renan Herbster, Diego Machado, Dezê, Kaoe Hack, Diego Perin, Gustavo Machado, Rafael Solla, Lúcio Nogueira, Willian Silva “Will”, Henrique Leite, Fer Stancik, Fernanda de Carvalho, Marlon Cascaes, Rodrigo Schultz “Raposa”, Hellen Monteiro, Havlyson Bueno “Hav”, Marcela Tonello, Heron Sales, Johnny Gregolin, Ana Paula Ferreira, David Rocha, Rômulo “Cabuquinho” Miranda, Lou Bueno, Will Klends, “Kiko Tartaruga”, Vilmildo Nunes “Boy”, Ernani, Vilmar e todos com que tive o enorme prazer em trabalhar. Aos amigos de Psicodália, de Ouro Preto e da vida: Marco Buchmann, Luíza Comarella “Margie”, Felipe Anjos “Pera”, Felipe Claudino, Vetrô Vetromille, Felipe de Freitas e Zé Trindade, Candice Dourado, Kátia Villagra, Hermano Rezende, Nádia Camacho, Igor e Ianco Rodrigues, Rafa Vieira, Sara Meireles, Juliana Martins “Junta”, Rodrigo Schamber “Barrichello”, Fernando Pacheco “Umpalumpa”, Carla Acácio “Giga”, Vitor Peixoto, Lotus Osava, Joana Moura e todos com quem partilhei experiências psicodálicas no festival. Aos queridos amigos de Rio Novo – MG e ao Bloco Boi Voador. Aos amigos de Jacareí – SP, em especial Rodrigo Muniz “Fofão” e Mauro Foltram “Sagui”, amigos de São Paulo, Curitiba, Ouro Preto e da República Castelo dos Nobres. Aos amigos e músicos Érico Jones “Broto”, Rodrigo Bourganos, Rafael Gomes e à banda Francisco, El Hombre. À Isabela Lobo, por todo apoio, companheirismo, paciência e leveza que sempre me trouxe, sobretudo nestas fases finais do doutorado. Aos amigos e colegas de trabalho do Colégio Pedro II: Clara Albuquerque, Inês Rocha, Roberto Stepheson, Cristina Kreutzfeld, Mário Dantas, Pedro Silva, Marcelo Izar e Isabel Leite, além de todas as grandes amizades que constitui no CP2 Realengo e Centro. Ao meu grande amigo e irmão paraense Dr. Vanildo Monteiro, que sempre acreditou em mim e me incentivou no caminho da pesquisa e da etnomusicologia, sendo um exemplo singular de pessoa, músico e pesquisador. Agradeço ainda à CAPES, visto que, o presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil, aos Programas de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO e da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social – PPGAS do Museu Nacional – UFRJ, pela oportunidade de ter estudado gratuitamente em algumas das mais proeminentes instituições públicas do país. Aos funcionários da Secretaria do PPGM UNIRIO, especialmente ao Leonardo, pela dedicação e solicitude. E, por fim, ao Psicodália, festival que adquiriu um grande espaço em minhas memórias e em meu coração. “A loucura é a origem da façanha de todos os heróis” – Erasmo de Roterdã (Elogio da Loucura, 1511). RESUMO Esta pesquisa aborda o festival Psicodália, atualmente sediado na área rural do município de Rio Negrinho – SC, tendo surgido em 2001, e completando em 2018 sua 21ª edição. O evento, apesar de ser um festival essencialmente musical, possui um caráter multimidiático, por não se restringir exclusivamente a shows, havendo também peças de teatro, performances, mostras de cinema (filmes, documentários e curtas), oficinas, exposições, artesanato e recreação. O Psicodália já recebeu renomados artistas como Os Mutantes, Tom Zé, Elza Soares, Baby do Brasil, Moraes Moreira, Alceu Valença, Hermeto Pascoal, Yamandu Costa, Nação Zumbi, Steppenwolf, Ian Anderson (Jethro Tull), entre outras bandas autorais e independentes e grupos musicais de gêneros como rock’n’roll, blues, jazz, reggae, folk, soul, MPB, músicas regionais, rock-progressivo, psicodélico etc. A partir de um levantamento bibliográfico, do recolhimento de materiais (escritos e audiovisuais), informações nas pesquisas de campo, e da realização de entrevistas, diálogos, questionários e análises etnográficas do festival, a tese possui o objetivo geral de examinar aspectos e processos estruturais desta comunidade efêmera e fluida que se aglutina e se dissipa anualmente no espaço-tempo criado pelo Psicodália. Ressaltando as experiências musicais, possíveis apropriações, relações de identidade, pertencimento e ressignificações, assim como potenciais deslocamentos aos cotidianos dos participantes, promovendo transformações individuais e sociais. Como objetivos específicos, o trabalho busca elencar e discutir as motivações, objetivos e ideário de seus organizadores, músicos e público; além de interpretar os papéis que a música assume no decorrer do evento, investigando suas relações entre a construção de concepções, estruturação e intensificação das experiências vivenciadas no local. Estabeleço um recorte