Tradução Intersemiótica E Construção Narrativa De Don Quijote De La Mancha (Miguel De Cervantes) Para Donkey Xote (José Pozo)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE HUMANIDADES UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO DA LITERATURA PARA O CINEMA: TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA E CONSTRUÇÃO NARRATIVA DE DON QUIJOTE DE LA MANCHA (MIGUEL DE CERVANTES) PARA DONKEY XOTE (JOSÉ POZO) Amanda da Silva Prata Campina Grande, PB 2017 Amanda da Silva Prata DA LITERATURA PARA O CINEMA: TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA E CONSTRUÇÃO NARRATIVA DE DON QUIJOTE DE LA MANCHA (MIGUEL DE CERVANTES) PARA DONKEY XOTE (JOSÉ POZO) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Linguagem e Ensino, da Universidade Federal de Campina Grande. Orientadora: Dra. Sinara de Oliveira Branco (UFCG). 2017 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFCG P912d Prata, Amanda da Silva. Da literatura para o cinema: tradução intersemiótica e construção narrativa de Don Quijote de La Mancha (Miguel de Cervantes) para Donkey Xote (José Pozo) / Amanda da Silva Prata. – Campina Grande, 2017. 137 f. : il. color. Dissertação (Mestrado em Linguagem e Ensino) – Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Humanidades, 2017. "Orientação: Profa. Dra. Sinara de Oliveira Branco”. Referências. 1. 1. Literatura Comparada. 2. Tradução Intersemiótica. 3. Adaptação – Literatura e Cinema. 4. Instâncias Narrativas. I. Branco, Sinara de Oliveira. II. Título. CDU 82.091(043) AGRADECIMENTOS A Deus, por Sua presença constante em cada dia, pela vida, pela saúde e por ajudar- me a seguir em frente, mesmo nos momentos mais difíceis. Aos meus avós, Josefa, Ernesto e Aristides (in memoriam), por torcerem sempre por mim, e a vovó Duca, pela acolhida sempre tão calorosa. Aos meus pais, Ademir e Socorro, que ao presentear-me com um quadro negro, na infância, despertaram em mim o encanto pela docência. Aos meus irmãos, Alan e Ayanne, por não esconderem o orgulho que sentem a cada conquista minha. A minha sobrinha Ariela, por trazer um colorido novo aos meus dias. Ao meu namorado, Tony, por mostrar-me que não importa o ritmo da caminhada, desde que se siga sempre em frente. A Maeli, por sua amizade e apoio. A Marcelo Medeiros, pelo incentivo, pelas leituras, pelos livros emprestados, e por ouvir-me em todos os momentos. A Wanderlan Alves e Márcia Nascimento, pelo incentivo desde os primeiros momentos do mestrado e pelas leituras reflexivas. À professora orientadora, Sinara Branco, por despertar meu interesse pelos Estudos da Tradução e da Adaptação, e pela paciência e disponibilidade para orientar-me ao longo desta pesquisa. Desde que participei de um grupo de trabalho seu, durante o SELIMEL de 2011, desejei que algum dia fosse minha orientadora; o destino fez a sua parte. Obrigada por tornar os obstáculos menores! Quando crescer, quero ser tão competente quanto você! Aos examinadores, Prof.ª. Márcia Tavares e Prof. Júlio César, pela disponibilidade para participar da banca e pelas inestimáveis contribuições oferecidas à pesquisa. Aos professores do POSLE UFCG, Marco Antônio, Washington e Edmilson, pelas contribuições oferecidas à pesquisa, e, especialmente, à professora Josilene Pinheiro, por sua dedicação e preocupação constantes. Aos colegas do mestrado, por todos os momentos compartilhados. ¡MUCHAS GRACIAS! Pensamentos valem e vivem pela observação exata ou nova, pela reflexão aguda ou profunda; não menos querem a originalidade, a simplicidade e a graça do dizer. Machado de Assis RESUMO Este estudo busca comparar a narrativa da adaptação fílmica Donkey Xote (POZO, 2007) à narrativa do segundo volume da obra original, Don Quijote de la Mancha (CERVANTES, 2004), através da observação das principais instâncias narrativas analisadas em ambas as obras, considerando a tradução intersemiótica na adaptação do texto literário para o cinema. O aporte teórico que respalda o estudo se baseia em estudos da tradução, através de autores como Oustinoff (2011), Eco (2007) Jakobson (2000), Peirce (2005) e Plaza (2010), dentre outros; também se apresentam reflexões acerca do processo de adaptação de texto literário para o meio cinematográfico, através, principalmente, das discussões de Hutcheon (2011) e Stam (2006; 2013); por fim, são discutidas questões referentes à construção narrativa, na literatura e no cinema, e ao narrador, por meio dos estudos de Genette [s.d.], Gaudreault e Jost (2009), e Reuter (2011), entre outros. Metodologicamente, esta investigação se insere no campo dos estudos descritivos, pois se busca observar o processo de transposição de uma obra literária para o cinema, com o objetivo de descrever as transformações realizadas na narrativa da obra original, que passa por um processo de tradução intersemiótica para dar origem ao filme. O produto do ato tradutório será analisado e interpretado, por isso, este é um estudo descritivo orientado ao produto, uma vez que não se observa o processo de tradução e sim o seu resultado. Este é, ainda, um estudo qualitativo, de cunho interpretativo (WILLIAMS e CHESTERMAN, 2002), pois busca descrever e comparar os dados obtidos, bem como interpretá-los. O corpus é composto por 25 (vinte e cinco) excertos da obra literária, Don Quijote de la Mancha (CERVANTES, 2004), e 62 (sessenta e duas) cenas da adaptação cinematográfica, Donkey Xote (POZO, 2007). Os resultados apontam que a adaptação não exclui a narrativa original, mas a atualiza e contribui para replicá-la, conferindo-lhe um outro aspecto, e, mesmo sendo uma recriação da narrativa literária, a animação não é uma obra inferior ou secundária, pois, como se observou, ela apresenta originalidade e, portanto, não é uma simples imitação, mas uma produção autônoma. Palavras-chave: Adaptação. Tradução Intersemiótica. Literatura. Cinema. Instâncias Narrativas. RESUMEN Este estudio busca analizar la narrativa de la adaptación fílmica Donkey Xote (POZO, 2007), comparada a la narrativa del segundo volumen de la obra original, Don Quijote de la Mancha (CERVANTES, 2004), mediante la observación de las instancias narrativas analizadas en ambas obras, teniendo en cuenta la traducción intersemiótica en la adaptación del texto literario para el cine. El marco teórico que apoya el estudio se basa en los estudios de traducción, a través de autores como Oustinoff (2011), Eco (2007) Jakobson (2000), Peirce (2005) y Plaza (2010), entre otros; también se presentan reflexiones sobre el proceso de adaptación de texto literario para el medio cinematográfico, sobre todo a través de las discusiones de Hutcheon (2011) y Stam (2006; 2013); Por último, se discuten cuestiones referentes a la construcción narrativa, en la literatura y en el cine, y al narrador, a través de estudios de Genette [s. d.], Gaudreault y Jost (2009), y Reuter (2011), entre otros. Metodológicamente, este estudio se inserta en el campo de los estudios descriptivos, ya que trata de observar el proceso de ejecución de una obra literaria al cine, con el fin de describir los cambios realizados en la obra original, que pasa por un proceso de traducción intersemiótica para dar origen a la película. El producto del acto de traducción será analizado e interpretado, por lo que este estudio es descriptivo, orientado al producto, ya que no se observa el proceso de traducción, pero su resultado. Este es también un estudio cualitativo, de cuño interpretativo (WILLIAMS e CHESTERMAN, 2002), ya que trata de describir y comparar los datos e interpretarlos. El corpus consiste en veinticinco (25) extractos de la obra literaria, Don Quijote de la Mancha (CERVANTES, 2004) y sesenta y dos (62) escenas de la adaptación cinematográfica Donkey Xote (POZO, 2007). Los resultados señalan que la adaptación no excluye la narrativa original, sino la actualiza y contribuye para replicarla, confiriéndole un otro aspecto, y, aunque sea una adaptación de la narrativa literaria, la animación no es una obra inferior o secundaria, pues, como se ha observado, ella presenta su originalidad y, por lo tanto, no es una simple imitación, sino una producción autónoma. Palabras clave: Adaptación. Traducción Intersemiótica. Literatura. Cine. Instancias Narrativas. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Exemplo de Ícone ........................................................................................... 24 Figura 2- Exemplo de Índice .......................................................................................... 25 Figura 3- Exemplo de Símbolo ....................................................................................... 26 Figura 4- Diálogo entre Rocinante e Rucio .................................................................... 37 Figura 5- Camadas da narratividade cinematográfica, diagrama baseado em Gaudreault, 1988 (citado por GAUDREAULT e JOST, 2009) ....................................... 54 Figura 6- Diagrama - Estudos da Tradução, baseado no Mapa de Holmes, 1988 (citado por CHESTERMAN, 2014) ................................................................................. 58 Figura 7- Leão em "O Rei Leão" (1994) e em "Donkey Xote" (2007) ........................... 66 Figura 8- Burro em "Shrek" (2001) e em "Donkey Xote" (2007) ................................... 67 Figura 9- Galinhas em "A Fuga das Galinhas” (2000) e em "Donkey Xote" (2007) ..... 67 Figura 10- Tela inicial do Bandicam ............................................................................... 69 Figura 11- Dom Quixote e os livros de cavalaria ........................................................... 80 Figura 12- Rucio ............................................................................................................. 81 Figura 13- Início da narrativa em Donkey