8 Jan 2017 Orquestra 18:00 Sala Suggia – CICLO BARROCO BPI Barroca ANO BRITÂNICO Casa da Música violino e direcção musical

1ª PARTE 2ª PARTE Jan Dismas Zelenka Concerto Grosso em Si bemol maior, Hipocondrie a 7 Concertanti (1723; c.8min) op. 3 n.º 2 (c.1715-18; c.12min) 1. [Grave] –­ 1. Vivace­ 2. Allegro – 2. Largo 3. Lentement 3. Allegro 4. Menuet 5. Gavotte Concerto para violino em Lá menor, BWV 1041 (c.1717-23; c.14min) Antonio Vivaldi 1. [Allegro] Concerto para violino em Dó menor, 2. Andante op. 9 n.º 11 (1727; c.10min) 3. Allegro assai 1. Allegro 2. Adagio Antonio Vivaldi 3. Allegro Concerto para violino em Ré maior, op. 4 n.º 11 (c.1715; c.6min) Henry Purcell 1. Allegro Música de cena de Fairy Queen 2. Largo e King Arthur (1691-92; c.14min) 3. Allegro assai 1. Prelude 2. Hornpipe 3. Rondeau 4. Prelude (Act V): If love’s a sweet passion 5. Dance for the Fairies 6. Jig 7. Fairest Isle – Air 8. Chaconne: Dance for the Chinese man and woman Grandes Concertos para Violino APOIO CICLO GRANDES CONCERTOS PARA VIOLINO

PATROCINADORES ANO BRITÂNICO APOIO ANO BRITÂNICO

A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE Nesta tradição inserem-se os 6 Concerti “Concerto” ou “stile concertato” ainda são, no Grossi, op. 3 de George Frideric Handel (Halle, início do Barroco, termos fluidos que, de diver- 1686 – Londres, 1759), publicados em 1734 em sas maneiras, parecem aludir ao gosto pela Londres por John Walsh; o editor juntou, prova- mistura dos vários elementos sonoros dentro velmente sem a autorização de Handel, algu- de uma composição, gosto que marca a supe- mas composições já escritas há algum tempo, ração progressiva do ideal de harmonia e da a fim de aproveitar, com um trabalho que o tendência para a homogeneidade que havia evocava explicitamente no título, o sucesso caracterizado a arte renascentista. O gosto editorial dos 6 Concerti Grossi, op. 6 de Corelli. pela oposição, juntamente com a busca de Isso explica porque a obra de Handel parece novos “efeitos” numa forte propensão “teatra- estar ainda ligada a uma fase anterior deste lizante”, permitirá ao músico do século XVII género, mais do que reflectir a prática musical uma grande liberdade de experimentação que que se vinha afirmando nos últimos anos. Se acabaria por transformar em profundidade a o carácter virtuosístico de muitas passagens linguagem musical. No fim do século, em para- inscrevem com direito esta obra de Handel na lelo com a mais geral afirmação na cultura de tradição do concerto grosso, todavia nestes tendências racionais, regista-se pelo contrá- concertos não aparece sempre claramente rio uma progressiva estabilização que irá criar definida a distinção de papéis, que se tinha ordem e, em parte, irá limitar as possibilida- tornado habitual no género, entre tutti e concer- des de fantasiosas experimentações, dando tino; bem como o número de andamentos, lugar a convenções formais sólidas (no interior que não parece ainda estabilizado (variando das quais havia sempre uma margem de varia- entre os 2 andamentos do sexto concerto ção) que serão geralmente adoptadas pelos e os 5 do segundo e do quinto), enquanto as músicos da época. Enquanto nos ensembles partes polifónicas ainda parecem afectadas orquestrais se iniciará o predomínio indiscu- pelas convenções da antiga tradição italiana. tível da família dos instrumentos de arco, que No entanto, graças ao poder comunicativo e à graças à sua homogeneidade fónica passarão a capacidade de Handel, que se poderia definir constituir a sua estrutura de base, o gosto pela quase “dramatúrgica”, de captar a atenção do oposição, que teve origem no estilo concertato, ouvinte, a obra apresenta-se no seu conjunto confluirá, na música instrumental, sobretudo muito variada e original. À semelhança do que num esquema formal relativamente simples Handel realizou no campo do melodrama (onde mas extremamente flexível e eficaz, como é o foi capaz de revitalizar e dotar de nova potên- do concerto: nele tinha lugar de facto a oposi- cia dramática um género fortemente ligado às ção entre um grupo mais amplo de instru- convenções rígidas como o da opera seria), ou mentos (tutti) e um número limitado deles ainda na sua produção de oratórias (à qual se (concertino) no chamado concerto grosso, irá dedicar completamente a partir de 1741), ou entre o tutti e um instrumento solista, no também neste grupo de concertos Handel concerto solístico. oferece uma prova inequívoca da sua exube- rante imaginação criativa e da inusual eficácia comunicativa da sua música. É o que confirma, por exemplo, o Concerto Grosso n.º 2, em

3 Si bemol que se articula num primeiro anda- Largo, Allegro) do Concerto para Violino em mento (Vivace) dominado já depois dos primei- Dó menor, op. 9, n.º 11, que bem representa ros quatro compassos pelo fluxo contínuo as aquisições do estilo maduro do concerto dos violinos num estilo quase improvisatório, de Vivaldi no qual está estabilizada a forma seguido por um Largo, centrado na sinuosa e em 3 andamentos contrastantes e a alter- encantadora melodia do oboé, por um Allegro nância, no Allegro, de ritornelli (partes expos- de carácter mais polifónico e, finalmente, pelos tas mais vezes pela orquestra e que definem dois últimos andamentos que apelam à dança com clareza os centros tonais da composi- (Menuet e Gavotte) e que concluem o concerto ção) e episódios solísticos (de carácter mais com especial verve e vitalidade. livre e virtuosístico). O concerto foi publicado em Amesterdão, em 1728, na colecção de 12 Na definição e evolução da forma do concerto concertos intitulada La Cetra (título frequente um papel decisivo foi desenvolvido por Anto- nas composições musicais que parece aludir nio Vivaldi (Veneza, 1678 – Viena, 1742) desde aos mitos musicais relacionados com as figu- a publicação em Amesterdão da sua colec- ras de Apolo e Orfeu) e dedicado ao imperador ção de 12 concertos, op. 3, intitulada L’estro austríaco, e músico amador, Carlos VI. Armonico, com a qual tinha captado a atenção da Europa musical do tempo. Como é sabido, Handel, no auge do sucesso na Itália, deci- Vivaldi trabalhou desde 1704 no Ospedale della diu transferir-se para Londres onde, em 1711, a Pietà de Veneza, um orfanato feminino que dava representação do seu Rinaldo marcou o início uma excelente educação musical às jovens da afirmação da opera seria italiana em Ingla- ali hospedadas e que tinha ganhado grande terra. Até então, de facto, ela não tinha ainda renome pela alta qualidade das suas exibi- encontrado grande acolhimento no público ções musicais. Sem dúvida, o facto de poder da ilha que preferia a sua tradição de teatro de dispor de um elevado número de instrumen- prosa – muitas vezes enriquecido com música tistas talentosas assim como a necessidade, incidental – e a do masque – um entretenimento imposta pelo seu cargo, de compor uma grande teatral de corte baseado em encenações sump- quantidade de música (concertos, mas também tuosas, que envolviam o uso de cenas móveis e sonatas, óperas e música sacra) permitiu ao máquinas de cena, e no qual coexistiam acção músico um trabalho contínuo de experimenta- recitada, dança e pantomima. A composição ção que no âmbito do concerto se desenvolveu de música para este tipo de teatro ocupará a em duas direcções, de certo modo funcionais última fase da breve vida do maior compositor uma à outra: a de uma clarificação e simplifica- inglês do século XVII, Henry Purcell (Londres, ção formal e a de uma pesquisa contínua sobre 1659-1695), que também, por uma série de os vários parâmetros de linguagem musical que circunstâncias especiais, tinha composto uma o levou a resultados sonoros até então inespe- obra inteiramente cantada – Dido and Aeneas rados e que lhe permitiram variar, usando uma – que foi um caso isolado sem seguimento no vasta gama de nuances expressivas, cada uma seu tempo. Entre as obras teatrais para as quais das suas composições. Purcell escreveu a música figuram The Fairy Encontramos estas características, por Queen (1692) – uma vivaz reelaboração do exemplo, nos três andamentos (Allegro, Sonho de uma Noite de Verão de Shakespeare

4 na qual as intervenções musicais se concen- alto grau de complexidade executiva, tanto tram, em particular, nas cenas centradas sobre pela escrita virtuosística como pela audácia as fadas – e King Arthur (1691) – sobre textos de concepção harmónica. Particularmente de John Dryden que oferecem ao compositor a apreciado pela habilidade contrapontística e possibilidade de escrever muita música variada pela atenção à expressão dos textos, espe- e firmemente integrada no enredo do drama. cialmente na música sacra, Zelenka foi na Em ambos os casos os resultados obtidos por sua época admirado por músicos do calibre Purcell são tão brilhantes que se tornou habi- de Bach e Telemann. De entre as suas mais tual tocar as partes musicais independente- importantes obras instrumentais chegaram­- mente do espectáculo teatral. Alguns números, -nos 4 composições escritas em Praga, em sejam eles danças (como a britânica Hornpipe) 1723, que contêm no título a palavra “concer- ou canções (como a lânguida If Love’s a Sweet tante” (Concerto à 8 Concertanti, Hipocon- Passion, why does it torment?) extraídas de drie à 7 Concertanti, Overture à 7 Concertanti, The Fairy Queen, bem como a canção-minueto Simphonie à 8 Concertanti) e que, presumivel- Fairest Isle de King Arthur ou a Chaconne que mente, deveriam fazer parte de um grupo maior acompanha a dança dos chineses no final do de composições. Entre estes, Hipocondrie à Fairy Queen, estão presentes nas salas de 7 Concertanti é uma composição para um concerto e mostram a frescura da invenção pequeno conjunto instrumental que tem a melódica e a alta qualidade da escrita musical estrutura típica da abertura francesa, com de Purcell; um estilo que é o resultado brilhante uma primeira secção lenta e caracterizada por e original do encontro entre as tradições musi- um ritmo ponteado, uma segunda mais rápida cais britânicas, populares e cultas, e as influên- em estilo fugato e uma conclusão novamente cias estrangeiras, em particular italianas. lenta. O tom geral da obra, todavia, parece-nos menos solene do que era habitual neste género A assimilação de diferentes tradições musi- e mais fresco e cheio de elementos surpresa. cais da época também é uma característica Entre eles destacam-se em particular, desde o da música de Jan Dismas Zelenka (Louňo- início, e em todas as secções da composição, vice pod Blaníkem, 1679 – Dresden, 1745), as oscilações frequentes, e por vezes abruptas, músico boémio que se tinha formado em entre os modos maiores e menores num jogo Viena com Johann Joseph Fux e que esteve de contrastes (que inclui também a oposição activo na corte de Dresden dotada, naquele entre desenhos ascendentes e descendentes, tempo, de uma das mais prestigiadas cape- ritmos pontuados e movimentos cromáticos) las musicais. A sua produção que chegou até que poderia talvez ser uma pista para decifrar nós abrange os diferentes géneros musicais as alusões contidas no tão evocativo quanto da época e mostra uma atenção para a evolu- misterioso título Hipocondrie da composição. ção da música italiana e francesa assim como, em alguns casos, a influência do estilo galante No período entre 1717 e 1723, Johann Sebastian ou ainda, particularmente em composições Bach (Eisenach, 1685 – Leipzig, 1750) foi Kapell- para coro a cappella, a capacidade de utilizar meister na corte de Köthen, onde se dedicou, uma escrita polifónica de cunho antigo. Algu- como é sabido, sobretudo à música instru- mas das suas obras apresentam também um mental e de câmara. Entre as composições

5 deste período ocupam um lugar de destaque No processo de maturação da forma do con- os concertos, que sintetizam e enriquecem certo solista e do próprio estilo de Antonio todas as possibilidades oferecidas pela prática Vivaldi, os Concertos op. 4 bem exemplificam, barroca neste género. Exemplos prodigiosos são logo no título La Stravaganza, o gosto tipica- os famosíssimos 6 Concertos Brandeburgueses mente barroco pelo bizarro, pelo efeito de sur- onde o compositor não propõe um único modelo presa, pela contínua busca de novas soluções. mas apresenta uma espécie de panorâmica Esta é a característica que une estes 12 concer- geral das diferentes possibilidades no âmbito tos que, com a excepção do n.º 7, recorrem aos do concerto. Ao mesmo período pertencem habituais três andamentos. O Concerto para os três concertos para violino e orquestra, os violino em Ré maior, op. 4, n.º 11 mostra desde únicos que nos chegaram de um corpus maior o início peremptório do primeiro Allegro, com as perdido e que podemos reconstruir em parte suas passagens ascendentes, o papel de estrela graças às transcrições para cravo e orquestra indiscutível do violino e a sua escrita eminente- que o próprio Bach realizou na fase de Leipzig. mente virtuosística; segue-se um momento de Por volta dos anos 20 do século XVIII, período relaxamento das tensões, na atmosfera mais no qual viu a luz o Concerto para violino em íntima que, como de costume, é reservada ao Lá menor, BWV 1041, a música de Vivaldi era segundo andamento (Largo), onde a linha meló- amplamente difundida na Alemanha e, presu- dica altamente ornamentada do violino é supor- mivelmente, tinha sido conhecida também por tada pelo violoncelo; terminando, finalmente, Bach. O músico alemão, de facto, utiliza a estru- com energia e vitalidade no Allegro vivace final. tura em três andamentos e a alternância entre Dedicado ao seu aluno Vettor Delfino, músico ritornelli e episódios, de acordo com o modelo amador e membro da Academia Filarmónica fixado por Vivaldi, todavia enriquecendo-o com de Veneza, este grupo de concertos foi publi- novas contribuições que o tornam mais sólido cado em Amesterdão por volta de 1715. e concentrado: são reduzidas, por exemplo, as FRANCESCO ESPOSITO, 2017 partes ornamentais do violino e, durante os seus episódios solísticos, são confiadas passagens temáticas também ao tutti. É o que se pode ver no primeiro andamento (Allegro) que começa com o ataque decidido da orquestra seguido pelo primeiro solo do violino, e que procederá num percurso harmónico que atingirá as tona- lidades próximas ao Lá menor bem como no andamento final (Allegro assai) – onde a oposi- ção entre solista e conjunto orquestral se torna cada vez mais tumultuosa e virtuosística. De grande beleza e simplicidade é também o Andante central, em que o discurso do solista procede destacando-se graças a uma base sonora realizada pelos sons graves dos baixos.

6 Barroco pela gravação dos concertos La Cetra Rachel Podger de Vivaldi com o ensemble Holland Baroque violino e direcção musical (2012), um prémio da BBC Music Magazine na categoria instrumental por Guardian Angel Ao longo das últimas duas décadas, Rachel (2014) e múltiplos Diapasons d’Or. A grava- Podger estabeleceu-se como uma das prin- ção integral dos concertos L’Estro Armonico cipais intérpretes do repertório barroco e de Vivaldi em 2015, com o Brecon Baroque, foi clássico. Em Outubro de 2015, foi a primeira considerada “Gravação do Mês” pelas revis- mulher a ser premiada com o prestigiante tas BBC Music Magazine e Gramophone, e /Kohn Foundation conquistou um Prémio da BBC Music Magazine Bach Prize. Estudou na Alemanha e na Guild- na categoria de Concerto, um Diapason d’Or e a hall School of Music and Drama em Inglaterra, nomeação para um Gramophone Award (2015). onde teve a orientação de David Takeno e A sua mais recente gravação, A Arte da Fuga Micaela Comberti. de Bach com o Brecon Baroque, foi lançada em Enquanto maestrina e solista, Rachel Setembro de 2016. Irá gravar em breve os títu- Podger tem colaborado com músicos de todo los C18 Italian (2017), As Quatro Estações de o mundo, entre os quais Jordi Savall, Masaaki Vivaldi (2017) e um álbum a solo de Bach (2018). Suzuki, Academy of Ancient Music, Holland Rachel Podger é fundadora e Directora Baroque Society, Berwick Academy (EUA), Artística do Brecon Baroque Festival. É uma Handel and Haydn Society (EUA), Tafelmusik professora dedicada e mantém cargos hono- (Toronto), Berkeley Early Music (EUA), Philhar- rários na Royal Academy of Music (ocupando monia Baroque Orchestra, Orquestra Barroca a Micaela Comberti Chair for Baroque Violin, da União Europeia, English Concert e Orches- fundada em 2008) e na Royal Welsh College tra of the Age of Enlightenment. Apresentou­ of Music and Drama (Jane Hodge Foundation ‑se enquanto solista no Festival Internacional International Chair in Baroque Violin). É visita Händel em Göttingen (Alemanha), Festival regular da Juilliard School, em Nova Iorque. Izmir (Turquia), Shakespeare’s Globe Thea- Entre os seus compromissos futuros tre e Wigmore Wall. Colabora com Kristian incluem-se digressões internacionais com Bezuidenhout, com quem fez recentemente a Orchestra of the Age of Enlightenment uma digressão com obras de Bach, Mozart e (Musica Viva, Austrália) e Philharmonia Baro- Beethoven. Na temporada de 2016 foi Artista que; digressões europeias com Kristian Bezui- em Residência no Kings Place no ciclo “Baro- denhout e Trondheim Barokk; e actuações em que Unwrapped”. salas como Casa da Música, Fundação Juan Como artista exclusiva da Chanel Classics, March e Martin Randall Travel. Apresenta-se Rachel Podger tem mais de 25 discos editados com and Friends, Maggie Cole, que incluem a integral das Sonatas de Mozart. Jane Rogers, BBC NOW, English Concert e em Ganhou inúmeros prémios, incluindo dois recitais, concertos e workshops no Kings Place, Gramophone Awards na categoria de Barroco Juilliard, Universidade de Sheffield e Royal Instrumental por La Stravaganza (2003) e as Academy of Music. Sonatas do Rosário de Biber (2016), um Diapa- son d’Or de l’Année na categoria de Ensemble

7 Apresentou-se em digressão em várias Orquestra Barroca cidades portuguesas e também em Espanha Casa da Música (Festival de Música Antiga de Úbeda y Baeza), Laurence Cummings maestro titular Inglaterra (Festival Handel de Londres) e França (Festivais Barrocos de Sablé e de A Orquestra Barroca Casa da Música formou-­ Ambronay). Ao lado do Coro Casa da Música, -se em 2006 com a finalidade de interpretar interpretou Cantatas de Natal de Bach em con- a música barroca numa perspectiva histori- certos no Porto e Ourense. Em 2015 estreou-se camente informada. Para além do trabalho no Palau de la Musica em Barcelona, conquis- regular com o seu maestro titular, Laurence tando elogios entusiasmados da crítica. Ainda Cummings, a orquestra apresentou-se sob no mesmo ano, mereceu destaque a integral a direcção de Rinaldo Alessandrini, Alfredo dos Concertos Brandeburgueses sob a direc- Bernardini, Fabio Biondi, Harry Christophers, ção de Laurence Cummings e concertos para Antonio Florio, Paul Hillier, Riccardo Minasi, cravo com Andreas Staier. Andrew Parrott, Christophe Rousset, Daniel A Orquestra Barroca Casa da Música editou Sepec, Andreas Staier e Masaaki Suzuki, na em CD gravações ao vivo de obras de Avison, companhia de solistas como Andreas Staier, D. Scarlatti, Carlos Seixas, Avondano, Vivaldi, Roberta Invernizzi, Franco Fagioli, Peter Kooij, Bach, Muffat, Handel e Haydn, sob a direcção Dmitri Sinkovsky, Alina Ibragimova e agrupa- de alguns dos mais prestigiados maestros da mentos como The Sixteen ou o Coro Casa da actualidade internacional. Música. Em 2017 acompanha pela primeira vez a grande violinista inglesa Rachel Podger e celebra a Páscoa com a voz da soprano Mónica Monteiro, dando a conhecer os comoventes Pianto di Maria de Ferrandini e Salve Regina de Vivaldi, num programa que inclui o célebre Concerto para oboé de Albinoni na interpreta- ção de Pedro Castro. Viaja até ao classicismo com sinfonias célebres de Mozart e Haydn e percorre a música de Handel, especialmente num programa dedicado à vida teatral de Londres no século XVIII e no concerto espe- cial de Natal, com o Coro Casa da Música, que inclui a primeira parte do fabuloso Messias. Os concertos da Orquestra Barroca têm recebido a unânime aclamação da crítica nacional e internacional. Fez a estreia portu- guesa da ópera Ottone de Handel e, em 2012, a estreia moderna da obra L’Ippolito de Fran- cisco António de Almeida.

8 Violino I Contrabaixo Huw Daniel José Fidalgo César Nogueira Miriam Macaia Oboé Flávio Aldo Pedro Castro Andreia Carvalho Violino II Reyes Gallardo Fagote Cecília Falcão José Rodrigues Gomes Ariana Dantas Mariña García‑Bouso Cravo/Órgão Fernando Miguel Jalôto Trevor McTait Raquel Massadas

Violoncelo Vanessa Pires Paulo Gaio Lima

9 FUNDAÇÃO CASA DA MÚSICA

CONSELHO DE FUNDADORES EMPRESAS AMIGAS DA FUNDAÇÃO Presidente CACHAPUZ LUÍS VALENTE DE OLIVEIRA DELOITTE Vice-Presidentes EXTERNATO RIBADOURO JOÃO NUNO MACEDO SILVA GRUPO DOUROAZUL JOSÉ ANTÓNIO TEIXEIRA MANVIA S. A. NAUTILUS S. A. ESTADO PORTUGUÊS SAFIRA FACILITY SERVICES S. A. MUNICÍPIO DO PORTO STRONG SEGURANÇA S. A. GRANDE ÁREA METROPOLITANA DO PORTO ACA GROUP OUTROS APOIOS ÁGUAS DO PORTO FUNDAÇÃO ADELMAN AMORIM INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, SGPS, S. A. SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA ARSOPI - INDÚSTRIAS METALÚRGICAS ARLINDO S. PINHO, S. A. RAR AUTO - SUECO, LDA. NEW COFFEE AGEAS PORTUGAL, PATHENA / I2S BA VIDRO, S. A. PRIMAVERA BSS BANCO BPI, S. A. LUCIOS BANCO CARREGOSA BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S. A. PATRONO DO CONCERTINO DA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA BANCO SANTANDER TOTTA, S. A. THYSSENKRUPP BIAL - SGPS S. A. CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS CEREALIS, SGPS, S. A. CHAMARTIN IMOBILIÁRIA, SGPS, S. A. CIN, S. A. COMPANHIA DE SEGUROS ALLIANZ PORTUGAL,S. A. COMPANHIA DE SEGUROS TRANQUILIDADE, S. A. CONTINENTAL MABOR - INDÚSTRIA DE PNEUS,S. A. CPCIS - COMPANHIA PORTUGUESA DE COMPUTADORES INFORMÁTICA E SISTEMAS, S. A. FUNDAÇÃO EDP EL CORTE INGLÊS, GRANDES ARMAZÉNS, S. A. GALP ENERGIA, SGPS, S. A. GLOBALSHOPS RESOURCES, SLU GRUPO MEDIA CAPITAL, SGPS S. A. SDC INVESTIMENTOS SGPS, S.A. GRUPO VISABEIRA - SGPS, S. A. III - INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS E IMOBILIÁRIOS, S. A. LACTOGAL, S. A. LAMEIRINHO - INDÚSTRIA TÊXTIL, S. A. METRO DO PORTO, S. A. MSFT - SOFTWARE PARA MICROCOMPUTADORES, LDA. MOTA - ENGIL SGPS, S. A. MUNICÍPIO DE MATOSINHOS NOVO BANCO S.A. OLINVESTE - SGPS, LDA. PESCANOVA PHAROL, SGPS, S.A. PORTO EDITORA, S.A. PRICEWATERHOUSECOOPERS & ASSOCIADOS RAR - SOCIEDADE DE CONTROLE (HOLDING), S. A. REVIGRÉS - INDÚSTRIA DE REVESTIMENTOS DE GRÉS, S. A. TOYOTA CAETANO PORTUGAL, S. A. SOGRAPE VINHOS, S. A. SOLVERDE - SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS TURÍSTICOS DA COSTA VERDE, S. A. SOMAGUE, SGPS, S. A. SONAE SGPS S. A. TERTIR, TERMINAIS DE PORTUGAL, S. A. TÊXTIL MANUEL GONÇALVES, S. A. UNICER, BEBIDAS DE PORTUGAL, SGPS, S. A.

MECENAS PROGRAMAS DE SALA MECENAS ORQUESTRA SINFÓNICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL DO PORTO CASA DA MÚSICA CASA DA MÚSICA