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Volume 9 • Número 2 • Julho - Dezembro 2017 Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 1 19/02/2018 18:09:18 Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 2 19/02/2018 18:09:19 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Reitor Ruy Garcia Marques Vice-reitora Maria Georgina Muniz Washington Sub-reitora de Graduação – SR1 Tania Maria de Castro Carvalho Netto Sub-reitor de Pós-graduação e Pesquisa – SR2 Egberto Gaspar de Moura Sub-reitora de Extensão e Cultura – SR3 Elaine Ferreira Torres CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS - CCS Diretor Domenico Mandarino INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - IFCH Diretora Dirce Eleonora Nigro Solis FACULDADE DE DIREITO DIRETOR RICARDO LODI NÚCLEO DE ESTUDOS DAS AMÉRICAS - NUCLEAS Coordenadores Maria Teresa Toribio B. Lemos Alexis T. Dantas Paulo Roberto Gomes Seda CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/CCS/A L357 Latinidade. – Julho-Dezembro 2017 - Rio de Janeiro : UERJ. IFCH. Nucleas, 2017. v. ; il. 287p. Semestral. Inclui bibliografi a. ISSN 1983-5086 1. América Latina - Periódicos. 2. Ciências sociais Periódicos. I. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Filosofi a e Ciências Humanas. Núcleo de Estudos das Américas. CDU 3(05) Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 3 19/02/2018 18:09:19 Editor Responsável: Maria Teresa Toribio B. Lemos Conselho Editorial: Alexis T. Dantas – UERJ Carlos Juárez Centeno – UNC Dejan Mihailovic – TEC/Monterrey Katarzyna Dembicz – CESLA Lená Medeiros de Menezes – UERJ Maria Luzia Landim – UESB Mauricio Mota – UERJ Nilson Alves de Moraes – UNIRIO Tânia Maria Carvalho Netto – UERJ Coordenação de Aperfeiçoamento Tatyana de A. Maia – USS de Pessoal de Nível Superior Zdzislaw Malczewskis – Scr. – Paraná Benefi ciário de auxílio fi nanceiro da CAPES - Brasil. Programa de Apoio a Projetos Institu- Conselho Consultivo: cionais com a participação de Recém-Doutores (PRODOC) Raimundo Lopes Matos – UESB Paulo Roberto Gomes Seda – UERJ Andre Luis Toribio Dantas – UERJ/FAETEC Eduardo Antonio Parga – UGF Fernando Rodrigues – USS Alexandre Dumans – UCAM Maria Medianeira Padoin – UFSM Marianna Abramova – Academia Financeira/Gov.Moscou Sergey V. Ryazantsev – ISPR/RAS/Moscou Adalberto Santana – UNAM Irina Vershinina – Academia Financeira/Gov.Moscou Hennque Shaw – UNC Editoração Eletrônica: Rogério Mota – UERJ Revisão: A revisão dos textos é de responsabilidade dos autores. Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 4 19/02/2018 18:09:19 Apresentação A Revista Latinidade, 2017-vol. 2, reúne artigos resultantes dos projetos e estudos dos grupos de pesquisa desenvolvidos por pesquisadores latinoa- mericanista, nas Linhas de Pesquisa Sociedade e Cultura, Cultura Política, Economia e Relações Internacionais, Saúde e Educação, Cinema e História e História e Cosmovisão. Esses textos visam à transdisciplinaridade e se destacam pelo pluricultu- ralismo que envolve as questões americanas, como a diversidade, os precon- ceitos, o racismo e os problemas de gênero. A Resenha, de autoria do Professor Juliano Gonçalves da Silva, trata da obra de Leopoldo Zea Discurso desde a marginalização e a barbárie. A ideia central do livro, exposta pelos comentadores Roberto Bartholo, Maurício Delamaro e André da Paz. O Dossiê de autoria da Professora Ximena Antonia Diaz Merino con- templa a obra do Inca Garcilaso de la Veja, considerada uma das primeiras fontes escritas por um mestiço que enfrenta a história oficial da conquista. O Inca Garcilaso participou ativamente na construção e narração de sua pró- pria história, acabando com a posição secundaria e passiva que lhe confe- riam os cronistas espanhóis. Os textos publicados nesse número da Revista Latinidade revelam a inquietação dos autores com os problemas que envolvem o mundo contem- porâneo e a procura de superação das crises que assolam as sociedades atuais. Maria Teresa Toribio Brittes Lemos Alexis T.Dantas Organizadores 5 Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 5 19/02/2018 18:09:19 Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 6 19/02/2018 18:09:19 Linha Editorial A Revista Latinidade se caracteriza pelos estudos das sociedades america- nas, priorizando as linhas de pesquisa Política e Cultura, Política e sociedade, Economia e Relações Internacionais, além de Saúde e Educação. Os estudos sobre cultura política atendem aos Grupos de trabalho/ GT do Núcleo de Estudos das Américas/Nucleas, do Laboratório de Estudos das Américas/ LEPAS e dos latinoamericanistas do país e do exterior. A Revista Latinidade é assessorada por pareceristas, professores da UERJ/ Universidade do Estado do Rio de Janeiro e colaboradores de outras univer- sidades do Estado do Rio de Janeiro e do país, como professores da UFRJ/ Universidade Federal do Rio de Janeiro; UNIRIO/ Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; UFSM/Universidade Federal de Santa Maria, entre outras instituições de ensino superior. Destacam-se entre os pareceristas os professores Drs. Elias Marco Kalil Jabbour (UERJ), Nilson Moraes (UNIRIO), Luiz Carlos Borges (MAST), Dejan Mihailovic (TEC/Monterrey), André Luis Toribio Dantas (UERJ/FAETEC) e Ximena Antonia Diaz Merino (UFRRJ). No final dos artigos encontram-se as datas de recebimento e aprovação dos textos entregues para publicar. Os volumes da Revista Latinidade publicados a partir de 2012 apresen- tam alterações em sua estrutura. Foram acrescentados à publicação: dossiê, resenha, comunicações e estudos de caso, além do Sistema de Editoração Eletrônica. Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 7 19/02/2018 18:09:19 Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 8 19/02/2018 18:09:19 Sumário Apresentação 5 Linha Editorial 9 DOSSIÊ GARCILASO DE LA VEGA, Inca. Obras Completas. Tomo I, II, III 11 Ximena Antonia Díaz Merino RESENHA ZEA, Leopoldo. Discurso desde a marginalização e a barbárie seguido de A filosofia latino-americana como filosofia pura e simplesmente 25 Juliano Gonçalves da Silva ARTIGOS Glocalización – desterritorialización del estado y fronteras internacionales 47 Dejan Mihailovic A importância da raiz africana para a formação da identidade da mulher brasileira: a habilidade culi nária como forma de sustento e liberdade 65 João Maia Claudia Domingues Processos de criminalização das identidades trans 89 Luis Felipe Dantas Ana Carolina França Clarissa Dutra Iamara Peccin La vía ecuatoriana. Transformaciones y desafíos de la Revolución Ciudadana 99 María del Carmen Villarreal Villamar Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 9 19/02/2018 18:09:19 O índio Guamán Poma de Ayala no limiar da transculturação: perdas e aquisições 119 Mariluci Guberman O direito à moradia digna na regularização fundiária da Lei Federal nº 11.977/2009: o caso do auto de demarcação da Comunidade da Rocinha 133 Mauricio Jorge Pereira da Mota Emerson Affonso da Costa Moura A Pedra do Sol e a Cosmogonia Asteca 161 Michael Marques Os dilemas da ética 175 Nilo do Vale Higienismo e imigração – fontes para investigação da história de Leopoldina, na Zona da Mata Mineira, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX 189 Rodolfo Alves Pereira Reflexões sobre desigualdade e pobreza: tudo preto no branco sobre as comunidades quilombolas brasileiras 217 Sidimara Cristina de Souza Roberta Rezende Oliveira Assimetrias espaciais no centro varejista do Rio de Janeiro 255 Susana Mara Miranda Pacheco Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 10 19/02/2018 18:09:19 DOSSIÊ GARCILASO DE LA VEGA, Inca. Obras Completas. Tomo I, II, III. Edición y Notas Carlos Araníbar. Lima: Ministerio de Relaciones Exteriores del Perú, 2015. Profa. Dra. Ximena Antonia Díaz Merino – UFRRJ Os primeiros textos literários coloniais de autoria indígena e mestiça foram publicados na América hispânica no século XVII. Primeiramente foi publicado o livro intitulado Comentarios reales (1609) escrito pelo mestiço peruano Inca Garcilaso de la Vega (1539-1616), e em 1615 foi publicada a Nueva corónica y buen gobierno de autoria do cronista indígena Felipe Guaman Poma de Ayala (1534-1615). Essas obras constituem parte importante do corpus literário colonial, pois se situam nas denominadas zonas de contacto, ou seja, nos “[...]espacios sociales en que culturas dispares se encuentran, chocan y se enfrentan, a menudo dentro de relaciones altamente asimétricas de dominación y subordinación, tales como el colonialismo, la esclavitud [...].” (PRATT, 2010, p. 31). De acordo com Mary Louise Pratt, as zonas de contacto constituem espaços sociais propícios para que as culturas originarias enunciem sua versão da história e construam sua identidade, pois La zona de contacto desplaza el centro de gravedad y el punto de vista hacia el espacio y el tempo del encuentro, al lugar y al momento en que indivi- duos que estuvieron separados por la geografía y la historia ahora coexisten en un punto, el punto en que sus respectivas trayectorias se cruzan [...] los individuos que están en esta situación se constituyen en y a través de su relación mutua [...]. (PRATT, 2010, p. 34) 11 Latinidade 2017.2-imgs-pb.indd 11 19/02/2018 18:09:19 Latinidade Os textos coloniais escritos por mestiços ou indígenas apresentam um relato oposto ao desenvolvido pelos cronistas europeus no que se refere à representação do indígena, e revelam uma versão pessoal e diferente da his- tória desses povos. Conforme Pratt (2010, p. 35-36), as obras citadas podem ser consideradas textos ‘autoetnográficos’, posto que neles“[...] los sujetos colonizados emprenden su propia representación de manera que se ‘comprometen’ con los términos del colonizador”. Levando em consideração que nos textos etnográ- ficos os europeus representam para eles mesmos aos outros, Pratt acrescenta que os textos autoetográficos “[…] son los [textos] que los otros construyen