Efervescência Estudantil Estudantes, Acção Contenciosa E Processo Político No Final Do Estado Novo (1956-1974)

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Efervescência Estudantil Estudantes, Acção Contenciosa E Processo Político No Final Do Estado Novo (1956-1974) Universidade de Lisboa Instituto de Ciências Sociais Efervescência Estudantil Estudantes, acção contenciosa e processo político no final do Estado Novo (1956-1974) Guya Accornero Doutoramento em Ciências Sociais Especialidade de Sociologia Histórica 2009 Universidade de Lisboa Instituto de Ciências Sociais Efervescência Estudantil Estudantes, acção contenciosa e processo político no final do Estado Novo (1956-1974) Guya Accornero Doutoramento em Ciências Sociais Especialidade de Sociologia Histórica Tese orientada pelo Prof. Doutor Manuel Villaverde Cabral 2009 Tese financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), fundos nacionais do Ministério da Ciência Tecnologia e o Ensino Superior (MCTES), Referência SFRH/BD/23008/2005 Ao meu avô, Mario Cantele e a todos aqueles que, como ele, lutaram para abrir espaços de democracia. Efervescência Estudantil Resumo O movimento estudantil, um dos mais activos contra o Estado Novo nas suas últimas décadas, intensificou-se a partir de 1956, quando os estudantes conseguiram bloquear a tentativa do Governo de pôr as associações académicas sob o seu controlo. Isso coincidiu com uma conjuntura internacional que provocou profundas consequências na política contenciosa. O XXº Congresso do PCUS, com as consequentes crises nos países satélites da União Soviética e com a eclosão do conflito com a China, e o Civil Rights Movements nos Estados Unidos, foram os elementos mais salientes. A nível interno, os seus efeitos foram amplificados pela campanha eleitoral do General Humberto Delgado em 1958 e pelo início da guerra colonial em 1961. Estes factores contribuíram para a emergência em Portugal de um amplo ciclo de protesto, que concorreu para a politização do sector estudantil e na sua fase final, caracterizada por uma forte repressão, para a radicalização da oposição política, com o aparecimento das primeiras formações maoístas. Em 1967 inícia-se um segundo ciclo de protesto, cuja trajectória difusa motiva a definição de “conflitualidade permanente”, impulsionado pela “descompressão política” iniciada por Marcelo Caetano em 1968 e pela contestação estudantil que, sobretudo com o “Maio de ‘68”, estava a eclodir em toda Europa. As últimas fases da luta contra o regime foi dominada pelo issue da guerra colonial e por um forte movimento de resistência à incorporação militar. A mobilização e politização estudantil, por seu lado, estendeu-se através um mecanismo de difusão a variados sectores sociais, como o das Forças Armadas, e contribuiu para criar as condições para a mobilização que caracterizou a primeira fase da transição portuguesa, aberta pela Revolução de 25 de Abril 1974. Este ciclo de protesto confluirá portanto no chamado Processo Revolucionário em Curso (PREC), começando a refluir só depois das eleições de 25 de Abril 1975. Palavras Chave Acção contenciosa, estudantes, Estado Novo, Estrutura das Oportunidades Políticas, guerra colonial, revolução de 25 de Abril III Efervescência Estudantil Abstract Students’opposition was ones of the most active facing the New State in the last two decades of its survival, mainly from 1956, when students succeeded in blocking the government's attempt to put academic associations under its control. This event happened to coincide with an international critical situation having a profound impact on contentious politics. The XX Congress of the CPSU – with the ensuing crisis of the Soviet Union’s satellite countries and the outbreak conflict with China – and the Civil Rights Movements in the United States, were important elements of this juncture. In Portugal, these conditions were amplified by the presidential election campaign of 1958 along with the beginning of the colonial war in 1961. This contributed to the emergence of a cycle of protest, which runs for the politicization and the formation of students’ repertoires of contention. In its final phase, this cycle was characterized by a strong repression and by the first signs of radicalization, with the emergence of the first Maoist groups. Since 1967, a second cycle of protest began, whose diffuse trajectory justifies the definition of "permanent conflict." This second cycle was stressed by a period of "decompression policy" initiated by Marcelo Caetano in 1968 and felt the effects of European Student’s contention. The latest phases of the struggle against the regime were dominated by the colonial war issue and by a strong movement of draft resistance. Moreover, the students’ mobilization and politicization kept spreading, by a mechanism of diffusion, through various social sectors, such as the Armed Forces. This contributed in creating the conditions for the mobilization characterizing the first phase of Portuguese transition to democracy, opened by the 25 April 1974 Revolution. Thus, the cycle of protest merged into the so-called Processo Revolucionário Em Curso (PREC), flawing again only from November 1975. Key-words Contentious Politics, Students, New State, Political Opportunity Structure, Colonial War, Portuguese Revolution. IV Efervescência Estudantil Agradecimentos Durante o desenvolvimento deste trabalho de investigação foi fundamental a ajuda e o apoio de muitas pessoas, que tive a sorte de ter ao meu lado e às quais vão os meus agradecimentos mais sinceros. Antes de mais, quero agradecer de forma especial o meu orientador, o Professor Manuel Villaverde Cabral, que sempre conseguiu transmitir-me confiança e entusiasmo, também nos momentos mais complicados e cuja experiência, de vida e de investigação, foi o estímulo mais importante. Também quero agradecer toda a “família” do Instituto de Ciências Sociais e sobretudo o Gabinete de Estudos Pós-Graduados e a D.ra Maria Goretti Matias, a qual nunca poupou as suas energias e a sua humanidade em dar-me apoio, material e afectivo, em qualquer momento eu precisasse. Um agradecimento especial vai a Victor Pereira e a Diego Palácios Cerezales, que leram a tese de cima a fundo e cuja voz espero ter conseguido incluir nestas páginas. Também quero lembrar os amigos que partilharam os entusiasmos e as dificuldades desta experiência, pela qual eles já passaram antes de mim, como Riccardo Marchi, Marzia Grassi e Paulo Jorge Fernandes. A Elsa, Susana e Laetitia vai a minha gratidão pela sua capacidade motivadora, mas sobretudo pela sua impagável ironia. Finalmente, o meu agradecimento maior vai a Goffredo, que sempre esteve ao meu lado. V Efervescência Estudantil Siglas utilizadas AAC Associação Académica de Coimbra CPRAAC Comissão Pró Reabertura da Associação AC Acção Católica Académica de Coimbra ACS Archivio Centrale dello Stato CR Conselho das Repúblicas AEESBAP Associação de Estudantes da Escola CRAEEC Comités Revolucionários Anti- Superior de Belas Artes do Porto Eleitoralistas dos Estudantes de Coimbra AEFLL Estudantes da Faculdade de Letras de CREC Comité Revolucionário dos Estudantes Lisboa Comunistas AEFML Associação de Estudantes da Faculdade CRS Compagnies Républicaines de Sécurité de Medicina de Lisboa CSAIIP Comissão de Sebentas dos Alunos do AEISCEF Associação de Estudantes do Instituto Instituto Industrial do Porto Superior de Ciências Económicas e Financeiras CSM Circunscrições de Serviço Militar AEIST Associação de Estudantes do Instituto CUPAR Comité de Unidade Progressista e Acção Superior Técnico Revolucionária AHM Arquivo Histórico Militar DC Democrazia Cristiana AHS-ICS/UL Arquivo de História Social do DG Direcção Geral Instituto de Ciências Sociais da Universidade de DGAAC Direcção Geral da Associação Académica Lisboa de Coimbra ANSA Associação Nacional Socialista Académica DGS Direcção Geral de Segurança ARA Acção Revolucionária Armada DN Diário de Noticias ASP Acção Socialista Portuguesa DRIL Directório Revolucionário Ibérico de BNP Biblioteca Nacional de Portugal Libertação BNCR Biblioteca Nazionale Centrale di Roma EDE Esquerda Democrática Estudantil BR Brigadas Revolucionárias EOP Estrutura das Oportunidades Políticas BR Brigate Rosse FAP Frente de Acção Popular CA Comissão Associativa FCL Faculdade de Ciências de Lisboa CADC Centro Académico de Democracia Cristã FEML Federação dos Estudantes Marxistas CAEP Comissões de Apoio aos Estudantes Presos Leninistas CEACS Centro de Estúdios Avanzados en Ciencias FEUP Faculdade de Engenharia da Universidade Sociales de Porto CARPML Comité de Apoio à Reorganização do FJCP Federação Juvenil Comunista Portuguesa Partido Marxista Leninista FMJD Federação Mundial da Juventude CCCP Círculo de Cultura Católica do Porto Democrática CCRML Comités Comunistas Revolucionários FNAT Fundação Nacional para a Alegria no Marxistas-Leninistas Trabalho CDE Comissão Democrática Eleitoral FNET Fédération Nationale des Étudiants du CDEC Comissão Democrática dos Estudantes de Technique Coimbra FPLN Frente Patriótica de Libertação Nacional CDEL Comissão dos Estudantes Democráticos de FRELIMO Frente de Libertação de Moçambique Lisboa GNR Guarda Nacional Republicana CEUD Comissão Eleitoral de Unidade GSR Grupo Socialista Revolucionário Democrática IAN/TT: Instituto dos Arquivos Nacionais Torre CGIL Confederazione Generale Italiana del Lavoro do Tombo p 179 IES Instituto de Estudos Sociais CGT Confédération Générale du Travail IIL Instituto Industrial de Lisboa CGTP-IN Confederação Geral dos Trabalhadores IIP Instituto Industrial do Porto Portugueses- Intersindical IUSSS Istituto Universitario Superiore di Scienze CIA Central Intelligence Agency Sociali CIA Comissão Inter Associações ISCTE Instituto Superior de Ciências do Trabalho CITAC Círculo de Iniciação Teatral e Académica e da Empresa de Coimbra
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