Clipping Em Movimento O Instituto Tomie Ohtake
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Clipping Em movimento 7301586 - FOLHA DE S.PAULO - ILUSTRADA - São Paulo - SP - 28/11/2017 - Pág C 2 http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=mNqqtrgyqFSe6HBnUuOkUhX2yDeFH7qnWWS76TfoBVAt5elSdqqdHQ== O Instituto Tomie Ohtake abriu no sábado a exposição “Julio Le Parc: da Forma à Ação”. O músico Yamil Le Parc e a artista Carmela Gross passaram por lá. Ficha Técnica Empresa: INSTITUTO TOMIE OHTAKE Categoria: Instituto Tomie Ohtake Autor: Mônica Bergamo Cidade: São Paulo Estado: SP País: Disponibilização: 28/11/2017 Tipo Veículo: Jornal Palavra Chave: INSTITUTO TOMIE OHTAKE Arquivo Interno: Clipping Um artista em busca do diálogo com o público 7301599 - O ESTADO DE S. PAULO - CADERNO 2 - São Paulo - SP - 28/11/2017 - Pág C2 http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=mNqqtrgyqFQ+jbBkcgnfQhX2yDeFH7qnWWS76TfoBVAt5elSdqqdHQ== Conhecido como um dos precursores da arte cinética, o argentino Julio Le Parc conversou com a coluna durante almoço pilotado por Renata Paula. O artista, de 89 anos, abriu duas exposições no sábado, em São Paulo. Uma delas no Instituto Tomie Ohtake e outra na galeria Nara Roesler. Abaixo, os principais trechos da entrevista. Seu trabalho busca combater a passividade do espectador, oferecendo uma experiência sensorial. Como fica essa interação num cenário marcado por tecnologias como o celular? Dentro do possível, combater essa passividade é o que pretendo. Acho que hoje há mais possibilidades de comunicação. Talvez o consumo seja muito rápido, mas isso não impede que essas experiências continuem acontecendo de forma interessante. O senhor afirmou, em 2013 em Paris, que as pessoas estão cansadas de coisas monótonas. O que se pode fazer a respeito? A minha intenção é criar situações de relação direta com o público. Uma cumplicidade. Mas com o público em geral, não apenas com aqueles que são entendidos no assunto. Me interesso por pessoas que têm essa abertura para olhar, observar, e que conservem a disponibilidade para entrar em contato com essas obras. O senhor participou de forma ativa do movimento maio de 68. Qual a sua percepção do atual momento do mundo? Acredito que o domínio do mundo está nas mãos de grandes grupos, que tomam decisões importantes, como os acordos contra a poluição. Esses grupos promovem indústrias que vão poluir e que não enxergam o perigo para as gerações futuras. Mas há sábios que são contra. E as pessoas tomam consciência, pouco a pouco, dessas situações. O sr. acredita que há um diálogo direto entre arte e política? Sim. Um diálogo que é estabelecido de diversas maneiras. Desde arte que denuncia situações sociais degradantes até estimulação para as pessoas tomarem consciência. E, mesmo a arte que não parece, faz parte de uma situação política. O Brasil passou nos últimos tempos por episódios em que museus e exposições foram atacados. O que pensa disso? As pessoas comentaram comigo. Acredito que agredir as pessoas não é necessário. Impedir que os artistas tomem atitude também não é bom. As pessoas sabem o que querem ver ou não ver. Não é preciso que outros digam o que eles devem ou não ver. Ficha Técnica Empresa: INSTITUTO TOMIE OHTAKE Categoria: Instituto Tomie Ohtake Autor: Sonia Racy Cidade: São Paulo Estado: SP País: Disponibilização: 28/11/2017 Tipo Veículo: Jornal Palavra Chave: INSTITUTO TOMIE OHTAKE Arquivo Interno: Clipping Luz, ação , Le Park 7298475 - O ESTADO DE S. PAULO - CADERNO 2 - São Paulo - SP - 25/11/2017 - Pág CAPA E C7 http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=LedX7yHCcY7EmB3cFUEyYxX2yDeFH7qnWWS76TfoBVAt5elSdqqdHQ== O artista cinético Julio Le Parc, que revolucionou as artes nos anos 60, exibe suas obras em São Paulo. O artista argentino Julio Le Parc, aos 89 anos, é um dos últimos remanescentes do histórico Groupe de Recherche d’Art Visuel (Grupo de Pesquisa de Arte Visual), ativo em Paris entre 1960 e 1968, que reuniu 11 dos mais famosos artistas cinéticos do mundo e provocou, em 1963, uma revolução estética ao criar, na Bienal de Paris, um labirinto de ambientes com instalações de móbiles, luzes e relevos. Agora, meio século depois, Le Parc apresenta ao público paulistano algumas obras da época e outras mais recentes em duas exposições, que serão abertas hoje, 25, uma no Instituto Tomie Ohtake e outra na Galeria Nara Roesler, que representa o artista no Brasil. Na retrospectiva dedicada a ele pelo instituto Tomie Ohtake, Julio Le Parc: Da Forma à Ação, com curadoria de Estrellita B. Brodsky e consultoria do filho do artista, Yamil Le Parc, estão reunidos trabalhos de várias épocas, cobrindo seis décadas de sua produção. A mais antiga é de 1958, ano em que Le Parc se instalou em Paris, um estudo bidimensional em tinta e guache sobre papel. Lá, também está sua labiríntica instalação exibida na terceira bienal parisiense, em 1963, sequência de três ambientes que conduzem o espectador a uma experiência psicodélica, para usar uma palavra em voga na época. Le Parc não se mostra nostálgico. Lamenta que o mundo contemporâneo esteja reeditando aquilo que de pior os anos 1960 produziram, ou seja, ditaduras, censuraeperseguiçãoaoinconformistas. “Fico apreensivo com o avanço da extrema direita não só na Europa como no resto do mundo”, declara o artista, que chegou a ser expulso da França em maio de 1968, por participar do engajado Atelier Populaire, que congregou artistas militantes reunidos em protestos contra instituições. O artista já era, então, um nome internacionalmente reconhecido como um do precursores da arte cinética e da Op Art, ganhador do Grande Prêmio de Pintura da 33.ª Bienal de Veneza. Na época, Le Parc estava empenhado em eliminar os traços de composição subjetiva das obras construtivistas e incorporar o público numa experiência estética interativa, sensorial. “Quando cheguei a Paris, em 1958, a arte da moda era o tachismo, a abstração lírica, informal, mas não era atraído por ela, e sim pela ordem de Mondrian”, lembra Le Parc, apontando telas da época, em preto e branco, alusivas ao sistema ortogonal desenvolvido pelo holandês Mondrian (1872-1944) e à progressão cromática do húngaro Victor Vasarely (1906-1997), líder do movimento ‘op art’. A curadora da exposição do Instituto Tomie Ohtake, Estrellita B. Brodsky, esposa do presidente do Metropolitan Museum de Nova York, Daniel Brodsky, trouxe para a retrospectiva de São Paulo as mesmas 100 peças exibidas há um ano na grande mostra dedicada ao artista pelo Pérez Art Museum de Miami. “Por conta do interesse político e social de Le Parc, que sempre visou a participação do público, evitamos as intervenções didáticas de exposições dessa natureza”, justifica Estrellita, cuja tese acadêmica é justamente sobre os artistas latino-americanos ativos em Paris nos anos 1960 (Le Parc, Soto, Cruz-Díez e outros). Aliás, são ainda da época os motores que acionam o mecanismo das peças usadas nas obras das instalações. “Eles são antigos, muito rudimentares, porque não tínhamos dinheiro para equipamentos sofisticados”, conta Le Parc, que conheceu e ficou amigo de artistas neoconcretos brasileiros que passaram por Paris nos anos 1960 (Oiticica, Lygia Clark). A recuperação dessas obras e a exposição certamente não teriam sido possíveis sem o patrocínio de empresas como o Bradesco, o Instituto CCR e o apoio da AkzoNobel, B3 e Calvin Klein. Na Galeria Nara Roesler, o público poderá complementar sua visão da obra de Le Parc vendo seus trabalhos mais recentes: dez pinturas em acrílica, da série Alchimie (2016/17), três esculturas do conjunto Torsion (2004) e a projeção Alchimie Virtuel, que ocupa o espaço central da exposição. Ficha Técnica Empresa: INSTITUTO TOMIE OHTAKE Categoria: Instituto Tomie Ohtake Autor: Antonio Gonçalves Filho Cidade: São Paulo Estado: SP País: Disponibilização: 28/11/2017 Tipo Veículo: Jornal Palavra Chave: INSTITUTO TOMIE OHTAKE Arquivo Interno: Clipping Julio Le Parc: arte e política 7303434 - ESTADÃO - São Paulo - SP - 28/11/2017 Conhecido como um dos precursores da arte cinética, o argentino Julio Le Parc conversou com a coluna durante almoço pilotado por Renata Paula. O artista, de 89 anos, abriu duas exposições no sábado, em São Paulo. Uma delas no Instituto Tomie Ohtake e outra na galeria Nara Roesler. Abaixo, os principais trechos da entrevista. Seu trabalho busca combater a passividade do espectador, oferecendo uma experiência sensorial. Como fica essa interação num cenário marcado por tecnologias como o celular? Sim, dentro da medida do possível, combater essa passividade é o que pretendo. Acho que hoje há mais possibilidades de comunicação. Talvez o consumo seja muito rápido, mas isso não impede que essas experiências continuem acontecendo de forma interessante. O senhor afirmou, em 2013 em Paris, que as pessoas estão cansadas de coisas monótonas. O que se pode fazer a respeito? A minha intenção é criar situações de relação direta com o público. Uma cumplicidade. Mas com o público em geral, não apenas com aqueles que são entendidos no assunto. Me interesso por pessoas que têm essa abertura para olhar, observar, e que conservem a disponibilidade para entrar em contato com essas obras. O senhor participou de forma ativa do movimento maio de 68. Qual a sua percepção do atual momento do mundo? Acredito que o domínio do mundo está nas mãos de grandes grupos, que tomam decisões importantes, como os acordos contra a poluição. Esses grupos promovem indústrias que vão poluir e que não enxergam o perigo para as gerações futuras. Mas há sábios que são contra. E as pessoas tomam consciência, pouco a pouco, dessas situações. O sr. acredita que há um diálogo direto entre arte e política? Sim. Um diálogo que é estabelecido de diversas maneiras. Desde arte que denuncia situações sociais degradantes até estimulação para as pessoas tomarem consciência. E, mesmo a arte que não parece, faz parte de uma situação política. O Brasil passou nos últimos tempos por episódios em que museus e exposições foram atacados. O que pensa disso? As pessoas comentaram comigo.