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PUBLICADA NO DPL DO DIA 15 DE DEZEMBRO DE 2015.

QUINQUAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 04 DE DEZEMBRO DE 2015.

ÀS DEZENOVE HORAS E QUARENTA MINUTOS, O SENHOR DEPUTADO MARCOS BRUNO OCUPA A CADEIRA DA PRESIDÊNCIA.

O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Senhoras e senhores, deputados presentes, telespectadores da TV Ales, boa noite. É com satisfação que a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo recebe todos para a sessão solene em homenagem ao Dia Nacional do . Neste momento é convidado à Mesa o deputado idealizador desta sessão, o Senhor Deputado Marcos Bruno, que fará a abertura dos trabalhos conforme é regimental.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão e procederei à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Marcos Bruno lê Provérbios, 12:10)

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Dispenso a leitura da ata da sessão anterior e informo aos Senhores Deputados e demais presentes que esta sessão é solene em homenagem ao Dia Nacional do Samba, conforme requerimento de autoria da Mesa Diretora, aprovado em Plenário. Concedo a palavra ao cerimonialista para conduzir a próxima fase desta sessão.

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Convido para compor a Mesa os senhores José Roberto Santos Neves, subsecretário de Estado da Cultura; e Flávio Campos de Oliveira, representando todos os homenageados desta noite.

(Tomam assento à Mesa os referidos convidados)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Convido todos para, de pé, ouvirmos a execução do Hino Nacional e a do Espírito Santo. (Pausa)

(É executado o Hino Nacional e o do Espírito Santo)

O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Neste momento, fará uso da palavra o Senhor Presidente Marcos Bruno.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO - REDE – Sem revisão do orador) – Boa-noite a todos, ao público presente no plenário da Assembleia Legislativa e aos amigos da TVAles. Cumprimento também o senhor José Roberto Santos Neves, subsecretário de Cultura, músico e amigo que se faz presente; e o senhor Flávio Campos de Oliveira, representando os homenageados. Sejam bem-vindos! Inicialmente, agradeço àqueles que procuraram a Assembleia Legislativa do Espírito Santo, a Fernanda Pereira e o Leonardo de Oliveira Nunes. Eles estiveram nesta Casa procurando a Mesa Diretora e a Comissão de Cultura para que chegássemos a este momento tão importante nesta noite, em que comemoramos o Dia Nacional do Samba. E por que o Senhor Deputado Marcos Bruno, enquanto presidente da Comissão de Cultura, resolveu abraçar e atender a esse chamado? Por dois motivos. O primeiro, José Roberto, é que há duas semanas estava em um evento, em um jantar, onde algumas pessoas de outros estados brasileiros participavam de uma roda de discussão. Na ocasião, uma mulher de Brasília disse assim: Qual é o sotaque do povo capixaba? E um senhor do Rio Grande do Sul disse: O capixaba não tem sotaque, ele é muito brasileiro. É um dos povos mais brasileiros deste país. E o samba está intimamente ligado, enraizado à cultura brasileira e, consequentemente ao povo do Espírito Santo. Em qualquer cidade, em qualquer bairro, tanto na periferia, quanto no asfalto, em todos os espaços, o samba e a música capixaba são tocados e valorizados, independentemente de época. Vocês sobrevivem aos modismos, ao 2 sertanejo, ao funk. O samba no Espírito Santo sempre continua forte e vivo. Enquanto presidente da Comissão de Cultura, estamos tomando algumas iniciativas no sentido de fortalecer e valorizar o músico e o artista capixaba. Queria citar duas ações, que aparentemente são simples, mas que em médio prazo, tenho certeza de que iremos colher alguns frutos. Dia 24 de abril deste ano, fizemos uma grande audiência pública com os músicos do Espírito Santo. Estiveram presentes músicos do movimento hip hop, do sertanejo, do samba, do funk, do rock e do pop rock, que discutiram a questão da identidade da música capixaba. O subsecretário esteve presente, foi um movimento lindo, com todas as expressões musicais do Espírito Santo reunidas, discutindo a valorização da nossa música, e nasceu a ideia de celebrarmos, no dia 24 de abril, o Dia da Música Capixaba. Isso virou a Lei n.º 10.404/2015, que transforma a data no Dia da Música Capixaba. Agora, não adianta ter uma data se as pessoas não entendem, não podem discutir o que é essa música, quais as suas influências, qual a identidade da nossa música. Para dar mais um passo no sentido da construção e da organização dessa identidade cultural, destinamos uma emenda parlamentar para a Secretaria de Cultura para que, no próximo ano, seja produzido um livro no nosso estado, uma obra bem didática com o tema Música Capixaba, para que, na semana da Música Capixaba, os professores, as escolas municipais, estaduais e particulares e, quiçá as faculdades e universidades, possam ter uma referência para explicar aos estudantes o que é a nossa música e o quanto é grande a música produzida no Espírito Santo. Então, subsecretário, a partir de janeiro do ano que vem, já pode procurar essa emenda, já tem rubrica, já será aprovada no orçamento pela Assembleia Legislativa, para que vocês possam trabalhar e convidar, para que nessa obra o samba tenha uma página de destaque, um espaço especial par o Espírito Santo. Quando digo página, não me refiro a uma folha, mas a um espaço que consiga abranger a grandeza e a importância de vocês para a cultura e para a história do Estado do Espírito Santo. Esses dias vazou um vídeo meu tocando cavaquinho e chegou aos funcionários da Assembleia Legislativa, que brincaram comigo: Ué, Marcos Bruno, é você que vai tocar? Falei: se eu ousasse pegar um cavaquinho na frente de tantos sambistas e músicos, seria o fim. Tem que deixar para quem sabe, para vocês, profissionais, que vivem do samba. Uma coisa é dizer que é músico; outra coisa é não assumir, é dizer que faz por esporte. Tem que falar: sou músico, queria mais condições, mais espaço, para que eu pudesse viver da música capixaba. Mas assumir essa identidade, porque vocês fazem o bem para o nosso povo, não só trazem alegria e diversão, mas trazem cultura, conhecimento e informação para o povo do Espírito Santo. Viva o samba do Brasil! Viva o samba capixaba! Uma ótima noite e parabéns a todos vocês. Obrigado. (Muito bem!)

O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Ouviremos agora a saudação do senhor José Roberto Santos Neves, subsecretário de Cultura do Estado do Espírito Santo.

O SR. JOSÉ ROBERTO SANTOS NEVES – (Sem revisão do orador) - Boa-noite a todos. Falo em nome do secretário de Estado da Cultura, João Gualberto, e de toda a equipe da Secult do Governo do Estado. Cumprimento às autoridades presentes, especialmente o Senhor Deputado Marcos Bruno, proponente desta sessão solene em homenagem ao Dia Nacional do Samba. Cumprimento também o senhor Flávio Campos de Oliveira, que está representando os homenageados, os músicos, os ritmistas, os instrumentistas, os compositores, enfim todos os presentes a esta sessão. Parabenizo o Senhor Deputado Marcos Bruno pela iniciativa da emenda parlamentar voltada para a produção de um livro sobre a história da música do Espírito Santo. Sou pesquisador da música popular, tenho quatro livros publicados. Sei que tem muita história para desvendarmos, existem grandes personagens da nossa música. A música no Brasil começa no Espírito Santo com a chegada de Francisco de La Vacas, de Portugal, isso lá por volta de 1500 e pouco. A nossa tradição musical é gloriosa, passa por Maurício de Oliveira, Hélio Mendes, por grandes compositores, toda a geração dos anos 80; e Carlos Bona, Lula d’Vitória, Carlos Papel, João Pimenta, os grupos de reggae e de pop. O Espírito Santo é um estado muito musical e o nosso samba merece todo apoio e toda a visibilidade. Temos grandes compositores de samba, temos grandes músicos aqui, sempre acompanhei. Vejo o Josué Ramos, o Rogerinho do Cavaco, vários conhecidos presentes, amigos. Sempre acompanhei o movimento musical, trabalhando no jornal. Vejo que a gravação do CD e do DVD da escola de samba está cada vez melhor. Passamos por momento de dificuldade, mas hoje vejo que o nível sobe a cada ano, e temos que ter muito orgulho do samba produzido em nosso estado. Queria fazer uma breve reflexão histórica sobre o Dia Nacional do Samba. Na realidade essa data foi instituída na Bahia, quando pisou pela primeira vez em Salvador, no dia 2 de dezembro de 1940. Mas, a história do samba, a gente sabe que remonta há muito mais tempo, isso no século XIX quando os 3 escravos chegaram na Bahia vindos da África, trazendo o batuque africano. Quando esses escravos chegaram ao , já no início do século XX no terreiro de Tia Ciata - nosso companheiro está rindo ali porque conhece a história. Então, no terreiro de Tia Ciata, naquele movimento do início do século XX, quando compôs por telefone, que foi o primeiro samba gravado em 1917. Então, aconteceu um movimento curioso: na década de 20, li o livro de Hermano Vianna, irmão do , explica que é mistério do samba: Como que o samba se tornou um símbolo da identidade nacional? Houve uma reunião naquele momento, entre músicos eruditos como Heitor Villa-Lobos, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, com o Donga, o , toda essa geração. Buscavam naquele momento, um elemento que fosse unificador da identidade do Brasil. Chegaram à conclusão que o gênero, a expressão cultural que nos traduz enquanto povo, enquanto nação, é o samba. Vivíamos no país, um momento muito delicado, porque havia os conservadores que não aceitavam a miscigenação racial do país, como elemento de identidade. Consideravam a miscigenação racial como atraso. De outro lado, tinha o Gilberto Freyre e toda aquela geração de pesquisadores que via justamente a miscigenação como o sinônimo da nossa força e nossa afirmação enquanto nação. Daí veio o Casa-Grande & Senzala, daí veio o período da Ditadura de Getúlio Vargas que também apoiou o samba, independente da questão do Estado Novo, mas estava ali apoiando. Com a criação das escolas de samba, que o samba se tornou essa música que nos representa, que nos enche de orgulho e é uma música que representa o negro, o índio, o branco. Não é por acaso que Vinícius de Moraes cantou que, se hoje o samba é branco na poesia, ele é negro demais no coração. Não é por acaso que escreveu também que o samba não nasce nem no morro e nem na cidade, todo mundo que sentir, então, uma paixão saberá que o samba nasce no coração. O samba é isso. O samba não tem questão de religião. Ele abrange todos independentemente de religião, de classe social, de faixa etária. O samba realmente é um motivo de orgulho para todos nós brasileiros, todos nós capixabas. Quero deixar aqui uma saudação para os nossos compositores, instrumentistas, todos aqueles que vivem do samba e escrevem esta página gloriosa, com todas as dificuldades que sabemos que existem de apoio. Nós do Governo do Estado apoiamos, por meio do fundo estadual de Cultura, que destina prêmios para a classe artística, a classe musical. Sabemos que a realidade do músico é difícil, do sambista, principalmente. Mas entendemos que tudo tem condições de melhorar. Estamos também realizando um programa de economia criativa, que está sendo capitaneado pelo secretário João Gualberto, que em breve anunciará novidades no sentido de valorizar o protagonismo e empreendedorismo por parte dos músicos, por parte dos artistas capixabas. Contamos muito, neste projeto, com o apoio do Bandes, que é representado pelo presidente Luiz Paulo Vellozo Lucas. Então, muito obrigado a todos. Boa noite. (Muito bem!) (Palmas)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Ato de grande importância nesta sessão, neste momento o Senhor Deputado Marcos Bruno acompanhado do senhor José Roberto Santos Neves, subsecretário de Cultura, procederão à entrega das homenagens desta noite, em comemoração ao Dia Nacional do Samba. Convido o senhor Wanderley Gomes dos Santos para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Wanderley Gomes dos Santos, conhecido como Leley do Cavaco, é natural de Cachoeiro de Itapemirim – ES. É músico, cantor e compositor com grande destaque pelo Grupo Aparência Maior, no Espírito Santo e Rio De Janeiro. Teve a oportunidade de abrir shows de nomes consagrados nacionalmente no cenário musical tais como: , Fundo de Quintal, Pique Novo, Arlindo Cruz, Exaltasamba, Jorge Aragão, Belo, Dudu Nobre, Revelação, Jeito Moleque, Boka Loka, Pixote, dentre outros.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Alisson José dos Santos para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Alisson José dos Santos, conhecido como Alisson do Banjo, nasceu em Belo Horizonte – MG. É músico, compositor e intérprete. Aos quinze anos se interessou pelo cavaquinho e começou os estudos. Mas se identificou com o banjo, que toca há quase vinte e cinco anos. Durante dezesseis anos foi integrante do grupo Mania do Samba, em Belo Horizonte. Já acompanhou e abriu shows para diversos artistas de renome, entre eles Arlindo Cruz, Sombrinha, Luiz Carlos da Vila, entre outros. 4

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Anderson Miranda para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Anderson Miranda, popularmente conhecido como Velho, é casado, pai de uma linda menina e morador de São Cristóvão, há quarenta anos. Aprendeu a tocar precursão aos treze anos de idade, quando começou a desfilar na bateria da Unidos de Barreiros. Desde então nunca mais abandonou o samba. Há cinco anos é percussionista integrante do Grupo Amizade e contribui ativamente para cultura do samba na cidade de Vitória.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Cleber Maia para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Cleber Maia ingressou no samba com dezessete anos. Atuou em vários grupos de pagode do Estado como Fino Trato, Malha Samba, Lucidez e outros. É professor da área musical com reconhecimento curricular no cenário artístico capixaba. Toca os instrumentos: violão, banjo, percussão, cavaco, dentre outros.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Diogo José Francisco para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Diogo José Francisco começou em 1990, aos dez anos, tocando repique na bateria da Independente de Eucalipto e surdo na bateria de Barreiros. Em 2001 já montava seu primeiro grupo de samba, o Samba Jovem, tocando tantan e pandeiro. Em 2004, com o grupo Algo a Mais ganhou o primeiro prêmio de melhor pandeiro do concurso de samba.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Edson Daniel Barcelos para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Edson Daniel Barcelos participou do grupo Sampagode em 1992. Depois fez parte do grupo de pagode Samba Sim por cinco anos. Logo após integrou a formação do grupo Explosão do Pagode em 1994. Participou com vários artistas como Mestre Marçal, Reinaldo, Arlindo Cruz, Sombrinha, Marquinho PQD, Carlos Caetano, Jovelina Pérola Negra, Serginho Meriti, Mauro Diniz, Neguinho da Beija-Flor, Délcio Luiz entre outros.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Felipe Dantas Loureiro para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Felipe Dantas Loureiro é cantor, compositor e percussionista. Começou a cantar aos dez anos, em 1996, em rodas de samba com os pais que naquela época tinham um grupo. Aos dezesseis anos, assinou um contrato com uma cervejaria onde fazia parceria com seu professor, grande músico, Paulinho de Minas. Tocou durante três anos e teve várias propostas de bambas locais e fez abertura de vários shows nacionais.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Flávio Campos de Oliveira para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Flávio Campos de Oliveira é conhecido como Papinha. É natural de Vitória, um dos líderes do grupo Samba Sim, que este ano completou trinta anos de historia, com um LP e dois CD’s gravados. Músico profissional que faz vários shows desde 1997, acompanhando também vários artistas renomados nacionalmente como Jovelina Pérola Negra, Reinaldo Príncipe do Pagode, Andrezinho e Anderson Leonardo, ex-Molejo; e 5

Bezerra da Silva, além de outros artistas nacionais.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Hudson Bento Alves para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Hudson Bento Alves está no mercado musical há mais de dez anos; tem experiência com vários instrumentos, como surdo, tantan, cavaquinho, banjo e outros. Hoje faz apresentações no Bar do Gordinho, Tia Penha, Bar do Aloir, antigo Floricultura, dentre outros. Também foi convidado para estar na comissão de intérpretes das agremiações Andaraí e Mocidade Unida da Glória.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Josué Ramos para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Josué Ramos também tem um trabalho importante voltado para o samba capixaba, o samba de raiz.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Júlio Manoel Barbosa para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Júlio Manoel Barbosa, conhecido como Julinho, começou tocando profissionalmente no início dos anos 80. Participou dos seguintes grupos: Sampagode, Samba Sim Violência Não, Gosto que me Enrosco, Amigos do Samba, Pura Malandragem, Os Bambas, Fabiano Nascimento e Amigos, Samba Classe A. Músicos nacionais que acompanhou: Reinaldo, Arlindo Cruz, Sombrinha, Jovelina Pérola Negra, Mestre Marçal, Joel Teixeira, Elson, Serginho Meriti, entre outros.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Junior Oliveira para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Junior Oliveira teve seu primeiro trabalho foi em 1994, no grupo Liberdade do Samba, onde permaneceu por oito anos. Foi diretor de bateria da Gres Pega no Samba, de 1998 até 2003. Puxador de samba enredo desde 2000, tendo feito parte de várias escolas capixabas como Andaraí, Tradição Serrana, entre outras.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Leonardo Chagas Barcelos para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Leonardo Chagas Barcelos é conhecido como Ferinha, atualmente está no grupo Explosão do Pagode. É compositor, toca o instrumento cavaco, já participou com vários artistas do mundo do samba compondo. Artistas de nível nacional como Neguinho da Beija- Flor, Cleber Augusto Sombrinha, Noca da , entre outros.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Luciano Gomes Mattos para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Luciano Gomes Mattos é conhecido como Nego Lu. Começou no mundo do samba com dezessete anos de idade, incentivado por amigos. Iniciou realizando diversos eventos do samba no lava-jato que possuía. Atualmente, faz apresentações no Bar da Tia Penha, em Maruípe. 6

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Marcelo Falbo Romano para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Marcelo Falbo Romano é compositor, gravado por inúmeros intérpretes e grupos de samba do Espírito Santo, sendo o autor de maior número de gravados no estado. Representou o samba capixaba no Rio de Janeiro, gravando quatro músicas no projeto A Fonte não Seca de novos compositores de samba da Lapa, levando o samba do Espírito Santo ao berço dos compositores no Rio de Janeiro. Parceiro em composições de compositores renomados como Flavinho Silva (ex-vocal Fundo de Quintal), Herlon, entre outros.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Maycon Windson Batista para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do Senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Maycon Windson Batista faz parte do capixaba desde os quatorze anos, tendo defendido a bandeira do samba. Há vinte anos, fundador do Grupo Vip -Vocês irão pagodear - na década de 90. Já se apresentou com grupos renomados do estado como: Explosão do Pagode, Samba Sim, Pele Morena, Samba ADM, Cyara, Monique Rocha e Leley do Cavaco.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Patrick Nilson de Oliveira Lima Batista para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do Senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Patrick Nilson de Oliveira Lima Batista é conhecido como Patrick do Surdo; nascido e criado no Morro da Fonte Grande. É filho de um grande músico Chirinho. Ouvindo vários bambas do samba de Vitória, dos anos 80 e 90, criou sua história na percussão e no surdo.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Pedro Luiz Oliveira dos Santos para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do Senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Pedro Luiz Oliveira dos Santos também tem importante envolvimento no samba e pagode capixabas.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Rogério Arthur Gonçalves Nogueira para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do Senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) O senhor Rogério Arthur Gonçalves Nogueira é conhecido como Rogerinho do Cavaco. É jornalista, cantor, compositor, músico e professor. É natural de Guarapari. Já atuou em diversos grupos de samba e pagode capixabas e também em agremiações carnavalescas. Já tocou com diversos cantores e compositores consagrados do samba como: , Almir Guineto, Neguinho da Beija-Flor, , Grupo Sambô, Jorginho do Império, Paulinho Mocidade, da Estácio, Quinho, Ataulpho Alves Júnior, Ircéa - irmã de Zeca Pagodinho -, Arlindo Cruz Neto - filho de Arlindo Cruz, Wilson Moreira, Noca da Portela, Toninho Geraes, Andrezinho da Mocidade - Grupo Molejo, Leonardo Bessa, Rikodorilêo, entre outros.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o senhor Wzeington Aloysio Victoriano para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do Senhor José Roberto 7

Santos Neves. (Pausa) O senhor Wzeington Aloysio Victoriano iniciou carreira aos treze anos, tocando repique de mão, que toca até hoje, além do tantan e outros. Participou de vários grupos de pagode: Grupo Samba, Velha Guarda do Samba, Malha Samba, Projeto Samba & Resenha, entre outros.

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido a senhora Zilda Antônia de Aquino para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do Senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) A senhora Zilda Antônia de Aquino é conhecida como Zilda do Bar. Tem o seu espaço no Centro de Vitória, onde recebe diversos artistas capixabas para apresentações. É uma produtora cultural e microempresária na área do comércio e cultura. Semanalmente proporciona diversas apresentações culturais há mais de quinze anos, onde também é conhecida em outros estados por receber turistas e pessoas do mundo do samba no espaço local, no bar da Zilda, no final da rua Sete de Setembro.

(A homenageada recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Feitas as homenagens, convido para fazer uso da palavra, em nome de todos os homenageados, o senhor Flávio Campos de Oliveira, o Papinha.

O SR. FLÁVIO CAMPOS DE OLIVEIRA – (Sem revisão do orador) - Boa-noite a todos! Boa-noite, gente! Melhorou! Queria agradecer ao Senhor Deputado Marcos Bruno e ao senhor José Roberto Santos Neves, nosso secretário de Cultura, esta homenagem linda que a Assembleia Legislativa fez com a rapaziada do samba, uma homenagem justa a nós, que estamos na batalha há tantos anos. Meu parceiro Júlio Manuel Barbosa e Edson Daniel Barcelos, com quem viemos nessa caminhada há mais de trinta anos. Nunca ninguém nos fez esta homenagem no Estado do Espírito Santo. Então, só tenho a agradecer por esta noite maravilhosa a todo o sambista capixaba porque a rapaziada sabe o quanto foi difícil para chegar até aqui, com muita correria. Há trinta anos o samba não tocava em nehuma rádio, comprávamos LP, tirávamos a música em casa e levávamos para a roda de samba para o público aprender a tocar samba. E o samba foi evoluindo no estado. Temos a graça de até hoje estar tocando e vendo essa rapaziada nova chegando, bonita, meu compadre Marcelo, Marcelão, compositor que tem quatro ou cinco obras em nosso CD. Outra coisa que registramos também é o respeito ao sambista. Hoje gravamos um CD e nossa obra dificilmente é tocada nas rádios capixabas. Falo isso porque já gravei dois CDs e um LP. É muito difícil, gente. Farei um pedido ao Senhor Deputado Marcos Bruno: Olhe com carinho e faça uma lei para que nossas músicas toquem nas rádios do estado. De repente, isso faz com que muitos sonhos morram. Sonhos de vários compositores que querem ver sua obra tocada na rádio, que querem ver aquilo e aqui não acontece. Hoje acontece se você fizer uma barganha, na qual prometem executar sua música cinco vezes por dia, e ela é executada uma vez por semana só. Esse é o desabafo do sambista. Mas agradeço de coração essa linda homenagem. Boa-noite, gente. Valeu. (Muito bem!)

O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Temos mais uma homenageada e a convidamos. Foi uma das primeiras a chegar. O Cerimonial ainda perguntou se havia algum homenageado na hora e S. S.ª falou que não era homenageada. Mas será homenageada, com toda honra. Convido a senhora Tereza Cristina dos Santos para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Marcos Bruno e do senhor José Roberto Santos Neves. (Pausa) A senhora Tereza Cristina dos Santos é intérprete de apoio da Unidos da Piedade há dez anos. Já recebeu o prêmio São Benedito Revelação em 2007 e foi homenageada em 2009 pelo site O Samba. Foi indicada melhor intérprete de apoio em 2010, ficando em segundo lugar.

(A homenageada recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Parabéns, Tereza, pela justa homenagem. Feitas as homenagens, o Senhor Deputado Marcos Bruno fará as considerações finais. Tentamos viabilizar 8 a questão técnica para o grupo que chegou, mas infelizmente, deputado, ficará para uma próxima vez.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Optamos por uma sessão mais curta. Primeiro porque é sexta-feira e já imaginamos que alguns poucos tenham compromisso com o trabalho, com a noite, com a música, não é Leley? Daqui a pouquinho estou saindo daqui também e devo ir ao samba. Tenho que ir. É uma alegria e uma felicidade. O Papinho foi muito feliz. Apesar de reconhecer o momento, que é um passo importante, temos muita coisa a avançar no Estado do Espírito Santo. Em relação às rádios, trata-se de uma concessão nacional que nós do Poder Legislativo estadual não conseguimos legislar sobre. Em outros estados houve um movimento, como na Bahia, no Nordeste, de uma pressão para que tocasse música regional. Mas essa pressão surtiu efeito a partir do momento em que houve uma identidade regional ou estadual para aquela música. Então, falamos em construir, em produzir uma obra que manifeste e descreva a música do Espírito Santo. Quando a música do Espírito Santo passar a ser discutida em sala de aula com as crianças em todos os espaços e comemorada nos municípios e nos bairros, começaremos a fomentar a valorização e nosso argumento na hora de discutir com empresários e donos de rádios e de outros meios de comunicação, com certeza, estará mais forte. Não teremos só o músico pedindo, mas o povo do Espírito Santo clamando e pedindo pela valorização da nossa música. Acho que estamos no caminho certo, contamos com a colaboração de vocês. Sei que muita gente pegou trânsito, se complicou todo para chegar a esta Casa, sabe que tem agenda, mas estiveram presentes representando e defendendo os sambistas, e porque não, os músicos do Estado do Espírito Santo. Mais uma vez, estão todos de parabéns. Muito obrigado, em nome da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. O Governo do Estado também se faz presente. Eu, também, nasci e vivo na periferia, sou de Cariacica, do bairro Porto de Santana. Meu pai, já falecido, tocou pandeiro, também tocou na noite. Gosto do ritmo do samba, tenho muitos amigos do samba, os quais gostaria que estivessem presentes nesta noite. Conheço pessoalmente muitos dos que estão aqui. E mais uma vez, sintam-se homenageados pelo Poder Legislativo do Estado do Espírito Santo. Parabéns a todos e viva o Samba do Espírito Santo! Obrigado. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, dia 07 de dezembro de 2015, cuja ordem do dia foi anunciada na centésima décima quarta sessão ordinária, realizada dia 02 de dezembro de 2015. Está encerrada a sessão.

Encerra-se a sessão às vinte horas e vinte e três minutos.