FAMÍLIAS ESCRAVAS NA FREGUESIA DE SANTO ANTÔNIO DE SÁ - RJ (C

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FAMÍLIAS ESCRAVAS NA FREGUESIA DE SANTO ANTÔNIO DE SÁ - RJ (C UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Instituto de História Programa de Pós-Graduação em História DERMEVAL MARINS DE FREITAS FAMÍLIAS ESCRAVAS NA FREGUESIA DE SANTO ANTÔNIO DE SÁ - RJ (c. 1750- c.1808) Niterói-RJ 2018 1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Instituto de História Programa de Pós-Graduação em História DERMEVAL MARINS DE FREITAS FAMÍLIAS ESCRAVAS NA FREGUESIA DE SANTO ANTÔNIO DE SÁ – RJ (c. 1750-1808) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em História da Universidade Federal Fluminense como requisito para a obtenção do Grau de Mestre. Área de Concentração: História Social. Orientador: Prof. Dr. Jonis Freire Niterói-RJ 2018 2 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Programa de Pós-Graduação em História FAMÍLIAS ESCRAVAS NA FREGUESIA DE SANTO ANTÔNIO DE SÁ (c. 1750- c. 1809) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em História da Universidade Federal Fluminense como requisito para a obtenção do Grau de Mestre. Área de Concentração: História Social. Aprovada em 31 de agosto de 2018. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Jonis Freire Universidade Federal Fluminense – Departamento de História ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Eduardo Valencia Villa Universidade Federal Fluminense – Departamento de História ______________________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Maísa Faleiros da Cunha Universidade Estadual de Campinas /NEPO Niterói 2018 3 4 AGRADECIMENTOS A produção de uma pesquisa histórica geralmente é um ato solitário, porém durante todo este percurso em que estive no programa de Pós-graduação em História Social da UFF pude contar com ajuda de muitas pessoas, que me auxiliaram diretamente e indiretamente, seja através do diálogo com a pesquisa, seja com o apoio emocional. Agradeço, em primeiro lugar, ao meu orientador, Prof. Dr. Jonis Freire, pela paciência e dedicação que teve durante todo o percurso de confecção desta dissertação de mestrado. Apesar de todas as minhas dificuldades com os prazos, desde a entrega dos relatórios até a entrega da dissertação, manteve o comprometimento com o trabalho, me auxiliando o quanto pode. Agradeço ao financiamento desta pesquisa realizado pelo CAPES, através da concessão de bolsa de estudos. Assim como agradeço a todos os professores do departamento de História Universidade Federal Fluminense, campus Gragoatá, igualmente agradeço igualmente aos professores do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio de Janeiro pela contribuição do debate historiográfico sobre o tema. O diálogo com pesquisadores voltado aos estudos sobre a escravidão na região do Recôncavo do Rio de Janeiro, também foi de fundamental importância, portanto, agradeço aos professores Vinicius Maia Cardoso e Gilciano Menezes. De fato, sem a minha família não teria chegado até aqui. Portanto gostaria de agradecer primeiramente meus pais, Silvia Pinheiro Marins que dedicou sua vida para o desenvolvimento dos seus filhos, e por muito tempo, sozinha. Ao meu falecido pai, Demócrito Garcia de Freitas, que mesmo não tendo participado de boa parte da minha vida, contribuiu, enquanto esteve vivo, 5 para a minha formação e não tenho dúvida, o quanto ele estaria orgulhoso de mim. E, por fim, ao meu irmão, Carlos Marins de Freitas. 6 RESUMO Este estudo visa compreender a forma como os escravizados, tantos os vindos da diáspora como daqueles nascidos na colônia conseguiram, apesar de todos os infortúnios, sobreviver na sociedade colonial, estabelecendo laços familiares entre os seus companheiros das senzalas e com os forros, libertos e livres da freguesia de Santo Antônio de Sá, localizada no Recôncavo da Guanabara, em fins do período colonial (c.1750 – c. 1808). Nesse sentido, temos como objetivo, através da análise da formação da família escrava e de seus laços de compadrio recuperar as estratégias desenvolvidas pelos escravos. Busco compreender que tais estratégias estiveram relacionadas ao grau de antiguidade dos escravos a sociedade colonial. Utilizamos como fontes básicas, o mapa populacional de 1797, os registros paroquiais de batismo e casamento de escravos no período de 1756-1809 e os diversos censos populacionais e econômicos produzidos no último quartel do século XVIII e início do XIX. Palavras-chaves: Economia e demografia da escravidão; Família escrava; Compadrio escravo; Santo Antônio de Sá; Século XVIII. 7 ABSTRACT This study aims to understand how the enslaved, both those from the diaspora and those born in the colony succeeded, despite all the misfortunes, to survive in colonial society, establishing family ties between their companions of the slave quarters and the liners, freed and free from the parish of Santo Antônio de Sá, located in the Recôncavo da Guanabara, at the end of the colonial period (c.1750 - c.1808). In this sense, we have as objective, through the analysis of the formation of the slave family and their ties of compadrio to recover the strategies developed by the slaves. I try to understand that such strategies were related to the degree of antiquity of the colonial society slaves. We used as basic sources, the population chart of 1797, the parish registers of baptism and marriage of slaves in the period 1756-1809 and the various population and economic censuses produced in the last quarter of the eighteenth and early nineteenth centuries. Keywords: Economics and demography of slavery; Slave family; Compadrio slave; Santo Antônio de Sá; XVIII century. 8 SUMÁRIO Introdução ................................................................................................................................. 17 Capítulo 1 – O Rio de Janeiro e a Vila de Santo Antônio de Sá (c.1750-c.1808) ................... 26 1.1 - A Vila de Santo Antônio de Sá .................................................................................... 34 1.2 - A população do distrito de Santo Antônio de Sá e o problema dos “censos” populacionais ........................................................................................................................ 40 A) A visita pastoral de 1774 ............................................................................................. 44 B) A Relação de Marques de Lavradio de 1778 ............................................................... 50 C) O censo durante o governo do vice-rei Luiz de Vasconcellos (1779-1789) ................ 52 D) Visitas Pastorais de Monsenhor Pizarro de 1795 ........................................................ 57 E) Mapa populacional do distrito de Santo Antônio de Sá de 1797 ................................. 60 F) População do distrito de Santo Antônio de Sá em 1804 .............................................. 61 G) Evolução da População do distrito de Santo Antônio de Sá: uma visão de conjunto (1774-1804) ....................................................................................................................... 64 1.3 - Economia ...................................................................................................................... 68 1.4 - O crescimento da Economia Canavieira no distrito de Santo Antônio de Sá .............. 71 1.5 - A madeira ..................................................................................................................... 78 Capítulo 2 - Estrutura da Posse de Escravos no distrito da Vila de Santo Antônio de Sá (1797) .................................................................................................................................................. 82 2.1 - Fogos com e sem escravos ........................................................................................... 85 2.2 - Da posse de escravos .................................................................................................... 87 2.3 - Senhores e senhoras de escravos .................................................................................. 91 9 2.4 - Os escravos ................................................................................................................. 103 Capítulo 3 – Família escrava: casamentos, batismos e compadrio ........................................ 116 3.1 - Padrinhos e madrinhas de escravos ............................................................................ 122 3.2 - Demografia escrava nos engenhos de Dona Maria da Conceição Cruz e do Capitão Brás Carneiro Leão ............................................................................................................. 134 3.3 - Legitimidade e compadrio entre os escravos de Dona Maria da Conceição Cruz e do Capitão Brás Carneiro Leão ............................................................................................... 140 3.4 - Compadres e comadres dos escravos de D. Maria e do C. Brás ................................ 142 3.5 - Quando os padrinhos eram livres ............................................................................... 146 3.6 - Os padrinhos forros .................................................................................................... 154 3.7 - Os padrinhos escravos preferidos ............................................................................... 156 Conclusão ............................................................................................................................... 161 FONTES ................................................................................................................................
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