O /S/ FINAL DO FALAR TRIRRIENSE – UM ESTUDO SOBRE AS VARIANTES LINGUÍSTICAS NO CONTINUUM LINGUÍSTICO RJ-BH

Daniela Samira da Cruz Barros (UFRRJ) [email protected]

Renata Rita Rangel (UFRRJ) [email protected]

Pilar Silveira Mattos (UFJF) [email protected]

Introdução

O presente trabalho se configura como um recorte do macroprojeto “Carioca ou : um estudo sobre o falar trirriense” que tem como principal objetivo tecer, através de um estudo fonético-fonológico, características da fala da cidade de Três Rios/RJ. Como foco principal do projeto, temos a construção de um estudo sistemático do /s/ em coda produzido pelos cidadãos trirrienses, bem como sua relação com o estereótipo “carioca” ou “mineiro” destinado ao trirriense. Para tanto, é imperioso ressaltar o fator geográfico: a região está situada no meio do continuum RJ-BH, delimitando assim, a situação fronteiriça de Três Rios em termos linguísticos, o que nos permite traçar análises que não eximam esse fator como determinante. A metodologia, componente ímpar neste trabalho, recai em um extenso corpus que abriga entrevistas de informantes das cinco localidades investigadas do continuum RJ-BH: , Petrópolis, Três Rios, Juiz de Fora e Belo Horizonte. Os entrevistados são de ambos os sexos e foram divididos em faixas etárias – de 15 a 25 anos; de 26 a 49 anos; e de 50 anos ou mais. Como escopo teórico da pesquisa, as metas realizadas estão alicerçadas nos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista, mais precisamente nos pressupostos labovianos. Sendo assim, tendo em vista a completude desse estudo, esse recorte objetiva, após considerar primeiramente a definição da variável linguística (/s/ em coda silábica), expor a fase metodológica de análise de dados por qual perpassou este estudo. Assim, pretendemos analisar o primeiro fator segundo Labov (1972): (i) definição do número exato de variantes, e, em um segundo momento, postular os dois últimos fatores: (ii) estabelecimento da multiplicidade de contextos em que a variação aparece, e (iii) elaboração um índice quantitativo que permita medir os valores das variantes.

Desenvolvimento

Tendo como ponto de partida o momento de análise das transcrições das entrevistas realizadas, seguindo as variáveis estabelecidas, após a codificação dos dados, chegamos a um total de 4.064 ocorrências de S pós-vocálico. Assim, postulamos no continuum investigado, quatro variantes a serem consideradas:

1) Fricativa alveolar surda – [s] 2) Fricativa alveolar sonora – [z] 3) Fricativa pós-alveolar surda – [ʃ] 4) Fricativa pós-alveolar sonora – [ʒ]

Localidades investigadas Nº de dados RIO DE JANEIRO 811 PETRÓPOLIS 895 TRÊS RIOS 729 JUIZ DE FORA 902 BELO HORIZONTE 727 TOTAL 4064

Tabela 01 – Números de dados de cada localidade investigada.

É de fundamental importância salientar que para entender os percentuais considerados na pesquisa, é necessário lembrarmos que a investigação abarcou cinco cidades, duas marcadamente cariocas, duas marcadamente mineiras e uma que se encontra no meio do continuum traçado, foco deste estudo, a qual mescla características de ambos os falares conforme demonstram os resultados. Começamos por quantificar os percentuais de ocorrência de alveolares e palatais considerando-se a totalidade de 4064 ocorrências no corpus. Temos o percentual de 57% para as alveolares e 43% constituindo as pós-alveolares. Sendo assim, podemos constatar que há o predomínio da variante alveolar nas realizações do S pós-vocálico em relação ao número total de ocorrências, o que em um primeiro momento pode nos direcionar a outro viés analítico. Todavia, a diferença não é grandiosa, visto que temos um total de 57% de alveolares e 43% de pós-alveolares. Para uma análise global do funcionamento das variantes, as surdas e as sonoras não se mantiveram ausentes: segundo o traço da anterioridade, assim, temos as alveolares [+anteriores] e as pós-alveolares [-anteriores]. A fim de analisarmos as ocorrências de cada uma das quatro variantes que investigamos, pudemos constatar percentualmente (considerando) tanto o traço da anterioridade como o traço da sonoridade) que, de modo geral, a variante surda se mostra dominante, seja alveolar ou pós-alveolar:

Distribuição das variantes no corpus Fricativa pós- alveolar sonora 13% Fricativa alveolar surda 40%

Fricativa pós- alveolar surda 30% Fricativa alveolar sonora 17%

Gráfico 01: Distribuição das quatro variantes no corpus

Observamos também se as ocorrências do /s/ se davam em contexto interno – posição medial na sílaba – ou externo – posição final na sílaba. Ao computar as ocorrências, essa diferenciação se faz imperiosa e necessária, se considerarmos que o pós- vocálico quando em final de sílaba, seguido de palavra iniciada por vogal sonoriza-se e passa a funcionar como consoante pré-vocálica da sílaba seguinte. Ou ainda, temos o processo de assimilação no momento em que em posição final de palavra e seguido de outra variante de /S/, torna-se impossível distinguir, de ouvido, os fonemas pronunciados. Sendo assim, nesta análise desconsideramos as ocorrências de S em coda silábica externa diante de vogais e sibilantes. Dessa forma, para as variantes surdas, consideramos como contextos subsequentes, a pausa e o conjunto de consoantes surdas [t, p, f, k, tʃ]; para as sonoras, consideramos o conjunto de consoantes sonoras [d, b, v, g, dʒ, m, n, ɲ, l, ʎ, R]. Portanto, em termos percentuais, temos as ocorrências em posição medial ou final, ou seja, considerando-se os contextos interno (63%) e externo (37%). Sobre as alveolares e pós-alveolares, temos, respectivamente: i) contexto interno: 43% e 44% ii) contexto externo: 57% e 56%

A partir da análise dos percentuais acima, podemos concluir que a presença quantitativa de alveolares e palatais são praticamente as mesmas para as variantes em posição medial ou final na sílaba. Partindo para a análise das ocorrências do S pós-vocálico seguido de cada contexto que delimitamos, pudemos verificar que o S pós-vocálico está mais presente diante das bilabiais, alveolares, velares e africadas. Sendo que as maiores diferenças entre as variantes alveolares e pós-alveolares ocorrem diante de [t, d] e [tʃ, dʒ] como contextos subsequentes. Tais diferenças, no entanto, são amenizadas quando consideramos a totalidade dos dados, considerando que a maior diferença percentual está entre o número de ocorrências das variantes diante de [t, d], as alveolares representam 15,5%, enquanto as pós-alveolares representam apenas 4,9%. Diante das africadas, o número de ocorrências diante das africadas equilibra-se em torno de 4,5% tanto nas alveolares quanto nas palatais. A mesma situação acontece com o contexto em que mais encontramos S pós- vocálico nos dados: diante das bilabiais [p, b], alveolares e palatais ficam em torno de 10%. Sendo assim, os dados não foram separados a partir do traço da anterioridade e a partir da variável localidade, por não servirem de dados significativos para a pesquisa. Por outro lado, destacamos aqui que nas localidades onde a alveolar é categórica ou semicategórica, o contexto mais propício à palatalização é, sem dúvida, diante das africadas [tʃ, dʒ], que representam 100% dos casos em Belo Horizonte e Juiz de Fora, e 32% em Três Rios. Ao analisarmos uma das mais importantes variáveis em nossa análise, a localidade, salientamos a posição entre alveolares e pós-alveolares nos dados das cinco localidades que investigamos em dois gráficos em linha, os quais demostraram que há uma linha ascendente na realização das alveolares no sentido Rio de Janeiro-Belo Horizonte e uma linha descendente na realização das pós-alveolares no mesmo sentido do continuum. Pelo fato do continuum ter seu início na cidade do Rio de Janeiro e cortar duas outras cidades do estado (Petrópolis e Três Rios), focamos também no processo de palatalização do S pós-vocálico, fenômeno linguístico tão significativo na capital carioca. Para tanto, investigamos o contexto, interno e externo, e diante de que segmento na sílaba subsequente, forma-se o ambiente mais propício à palatalização. De acordo com Teyssier, a explicação para o chiado carioca é diacrônica, e os cariocas são pioneiros na implementação da variante palatal do S pós-vocálico no PB, a qual está diretamente ligada ao processo histórico da capital carioca.

Na maior parte do Brasil, os –s e os –z implosivos são sibilantes. Mas no Rio de Janeiro e em toda zona dita carioca, assim como em diversos pontos do litoral encontram-se [ʃ] e [ʒ] chiados, nas mesmas condições que em Portugal. O chiar carioca é, talvez, um efeito da “relusitanização” do Rio de Janeiro, quando D. João VI aí instalou a sua capital em 1808. Há, pois, atualmente, duas pronúncias de –s e –z implosivos no Brasil: a pronúncia sibilante, largamente majoritária, e a pronúncia chiante, característica principalmente do Rio de Janeiro, e que goza do prestígio sociocultural da antiga capital federal. (TEYSSIER, 2004, p. 100).

Por outro lado, embora seja altamente frequente nas cidades fluminenses e em grande parte do litoral do estado do Rio de Janeiro, podemos perceber que o processo de palatalização, na medida que nos afastamos da capital carioca em direção a perde sua produtividade, dando origem à diminuição da variante pós-alveolar do S em coda silábica. Para visualizar a inversão que ocorre quando tratamos das alveolares, vamos observar os dados a seguir (extraídos de um gráfico de colunas) que também parte do Rio em direção a Belo Horizonte: na capital carioca, os índices ficam em 0%, enquanto que ao fim do continuuem, em Belo Horizonte, pode-se constatar um percentual de 100% na produção das alveolares. No que diz respeito às ocorrências das variantes alveolares e pós-alveolares nas cinco localidades investigadas, numa sequência que inicia pelo Rio de Janeiro, temos: [s] 3%; 1%[z] ; 28%[ Ʒ] e 68% [ɭ]. Ao observar os dados que percorrem as variantes em S em coda no Rio de Janeiro, constatamos que a variante pós-alveolar é semicategórica e evidencia norma na capital carioca e o número de ocorrências alveolares é quase irrelevante. Entretanto, observamos que, devido a falta de uma precisão maior no reconhecimento dos fonemas, sentimos que seria imprescindível a utilização de programas de análise e síntese de fala, como o PRAAT. Apesar disso, acreditamos que, mesmo sem a utilização deste instrumento, não compromete o que procuramos evidenciar neste estudo. Assim, prosseguimos a quantificação por localidade. Em Petrópolis, observamos praticamente a mesma descrição que na capital carioca. Na cidade imperial, observamos mais palatais surdas que sonoras, ao contrário do que aconteceu no Rio de Janeiro. No entanto, a diferença é menor que 1%. Os índices de palatização que encontramos em Petrópolis igualam-se aos do Rio de Janeiro. Em alguns momentos, tivemos a impressão de que o chiado tipicamente carioca é ainda mais presente e acentuado em Petrópolis que na própria capital. Na cidade de Três Rios, ponto inicial dessa discussão, onde cujos falantes são reconhecidos como cariocas por mineiros e vice-versa, podemos verificar, através de dados estatísticos que a distribuição das variantes de S pós-vocálico, se comporta da seguinte maneira: [s] 62%; [z] 24% ; [Ʒ] 7% e [ɭ] 7%. O que vemos em Três Rios é a variante alveolar como semicategórica e índices de palatalização significativamente menores que no Rio e em Petrópolis. No entanto, em Três Rios, ainda encontramos um percentual de ocorrências de pós-alveolares que consideramos significativo, somadas, as variantes palatais correspondem a 14% das ocorrências. Todavia, é preciso observar que não trabalhamos com questionários fonéticos típicos da pesquisa sociolinguística variacionista, logo, não monitoramos os contextos de ocorrência das variantes, já que partimos de uma investigação qualitativa. Assim, o que queremos dizer com isso, é que uma pesquisa a partir de questionários fonéticos talvez indicasse índices maiores de palatalização em Três Rios, porque levaríamos os falantes a pronunciarem contextos propícios à palatalização com uma frequência maior do que acabamos por fazer neste trabalho em que não escolhemos os vocábulos a serem pronunciados. Mas, ainda assim, pudemos perceber um número significativo de pós-alveolares. A partir de agora, ilustramos as cidades mineiras do nosso continuum. Em Juiz de Fora, as alveolares, assim como em Três Rios, são semicategóricas, mas, numericamente, os percentuais são maiores em Juiz de Fora. Não identificamos um número significativo da variante pós-alveolar surda, menos de 1%, por isso, o editor do gráfico marcou como 0 (zero). Entretanto, identificamos algumas ocorrências da pós- alveolar sonora em seu contexto mais propício, diante de segmento africado, como ocorre, por exemplo, no próprio nome da cidade [ʒu'yʒ dʒi ´fɔra], o enunciado em que mais identificamos o fenômeno. Em Belo Horizonte, não encontramos nenhuma ocorrência de pós-alveolar surda e menos de 1% da variante sonora. Assim, na capital de Minas Gerais, cidade que recebeu “mineiros e brasileiros de todas as partes”, a alveolar constitui norma suprema. Após a avaliação dos gráficos de variantes por localidade, observamos que a variante palatal possui ampla ocorrência na fala do Rio de Janeiro e de Petrópolis, no entanto, se perde conforme a aproximação de Minas Gerais. Em Três Rios, ainda encontramos algumas ocorrências, em mais de um contexto – dentre eles, destacamos a pausa, as alveolares [t, d] e as africadas [tʃ, dʒ] como contextos mais frequentes – no entanto, em Juiz de Fora só encontramos [ʃ] e [ʒ] diante das africadas [tʃ] e [dʒ], ambiente mais propício à palatalização do S pós-vocálico. Já em Belo Horizonte, não encontramos ocorrências relevantes das pós-alveolares, mesmo nos contextos mais propícios. Ao levantar os dados, observamos também o fenômeno da ditongação diante de S, bastante comum no Português Brasileiro, pela inserção da assilábica [y] (iode) diante das variantes do S em coda silábica, como em [´fays], [´treyʃ] e [´meyʒmƱ]. Segundo Teyssier (2007), a pronúncia chiante de /s/ e /z/ em final de palavra provoca, não raro, o aparecimento de um iode e é também considerada aspecto inovador da fonética brasileira como em [a´trayʃ], [´luyʃ], [´pɛyʃ].

Conclusão

Em nossa análise, portanto, chegamos à conclusão de que o processo de ditongação diante de sibilante também se torna mais reduzido à proporção em que vamos do Rio para Minas, assim como o processo de palatalização do S pós-vocálico. Encontramos, em todo o corpus, um total de 391 ocorrências de ditongação diante de sibilante, o que representa quase 10% dos casos. Deste modo, concluímos que o fenômeno da ditongação segue a variação do S pós-vocálico no continuum Rio de Janeiro-Belo Horizonte, e, assim que a variante pós- alveolar – semicategórica no Rio – vai dando lugar à variante alveolar – categórica em Belo Horizonte – a ditongação também vai deixando de acontecer conforme há o afastamento da capital carioca. É importante destacar que Zágari (1977) não incluía Belo Horizonte no dito “falar mineiro” por ser uma capital jovem e por constituir uma espécie de koiné. Um dos exemplos da peculiaridade do falar belorizontino apontado pelo autor trata-se da ausência da ditongação diante de sibilante, como em [a´hoys] ou [´treys], característica que denominou de “falar mineiro”. Encontramos o fenômeno da ditongação diante de sibilante em Belo Horizonte, ainda que em baixo índice de ocorrência. Neste sentido, concluímos ao final deste trabalho que o continuum que se forma pela variação do S pós-vocálico entre Rio e Minas, onde é acompanhado de um continuum da ditongação. Para Leiria (1995), a ditongação é uma regra variável que se apresenta como indício de mudança no sistema. Logo, consideramos, após todas discussões até aqui estabelecidas, que uma pesquisa estritamente quantitativa possa expor dados que indiquem, em Belo Horizonte, uma mudança em curso no que diz respeito ao fenômeno de ditongação diante de sibilante.

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