Wiliam Pianco Dos Santos a Alegoria Histórica Nos Filmes De Viagem De
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WILIAM PIANCO DOS SANTOS A ALEGORIA HISTÓRICA NOS FILMES DE VIAGEM DE MANOEL DE OLIVEIRA Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – Centro de Investigação em Artes e Comunicação 2017 WILIAM PIANCO DOS SANTOS A ALEGORIA HISTÓRICA NOS FILMES DE VIAGEM DE MANOEL DE OLIVEIRA Doutoramento em Comunicação, Cultura e Artes. Trabalho efetuado sob a orientação de: Profa. Dra. Ana Isabel Candeias Dias Soares (Universidade do Algarve / Portugal) Prof. Dr. Samuel José Holanda de Paiva (Universidade Federal de São Carlos / Brasil) Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – Centro de Investigação em Artes e Comunicação 2017 ii A ALEGORIA HISTÓRICA NOS FILMES DE VIAGEM DE MANOEL DE OLIVEIRA Declaração de autoria de trabalho Declaro ser o autor deste trabalho, que é original e inédito. Autores e obras consultados estão devidamente citados no corpo do texto e constam da listagem de referências incluída. Copyright em nome de Wiliam Pianco dos Santos A Universidade do Algarve reserva para si o direito, em conformidade com o disposto no Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, de arquivar, reproduzir e publicar a obra, independentemente do meio utilizado, bem como de a divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição para fins meramente educacionais ou de investigação e não comerciais, conquanto seja dado o devido crédito ao autor e editor respetivos. Wiliam Pianco dos Santos iii iv Dedico este trabalho à memória de Nilsa Maria Panini Silveira, a quem sou muito grato pela amizade, carinho e respeito que sempre dedicou a mim e ao meu trabalho. Meus pensamentos seguem permanentemente ao seu lado. Este trabalho também é dedicado à Juliana Panini Silveira, meu exemplo maior de força e coragem. A ela ainda sou grato pela leitura atenta e pelos comentários valiosos sobre esta investigação. v AGRADECIMENTOS Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES pela bolsa de estudos concedida no âmbito do Programa de Doutorado Pleno no Exterior, sem a qual este trabalho seria inviabilizado. Agradeço à Universidade do Algarve por ter-me acolhido ao longo desses anos de investigação, tendo oferecido todas as condições necessárias para o desenvolvimento do meu trabalho. Cumprimento encarecidamente o Gabinete de Relações Internacionais e Mobilidade – GRIM, nomeadamente na pessoa da Dra. Carla Mendes Ferro. Pelo acompanhamento atento da minha pesquisa, por suas sugestões e orientações que, por vezes, extrapolaram os limites profissionais, agradeço muito sinceramente à Profa. Dra. Ana Isabel Soares e ao Prof. Dr. Samuel Paiva, orientadores e amigos. Agradeço aos colegas do Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve – CIAC / UAlg. Um muito obrigado especial ao Dr. Jorge Carrega, entusiasmado investigador, sempre disposto a pensar em novos projetos. Agradeço ainda aos colegas da Associação de Investigadores da Imagem em Movimento – AIM, com os quais muito aprendi ao longo dos últimos anos. Saúdo especialmente aos amigos Daniel Ribas, Filipa Rosário, Iván Villarmea, Paulo Cunha e Tiago Baptista, exemplos de solidariedade e competência. Sou também muito grato aos colegas e amigos com os quais pude dialogar e aprender ao longo dessa trajetória – aos colegas do Cinemídia / UFSCar; Adriana Martins; Ana Catarina Pereira; Ana Paula Nunes; António Preto; Carolin Overhoff Ferreira; Edson Costa; Gustavo Sousa; Jusciele Oliveira; Maria Ines Dieuzeide; Marina Tedesco; Michelle Sales; Nelson Araújo; Pedro Maciel Guimarães; Renata Soares Junqueira; Sérgio Dias Branco; Sofia Sampaio; Susana Viegas. Nunca é fácil ser estrangeiro, mesmo quando se ama a terra que o acolhe. Agradeço imensamente pelo afeto e solidariedade de José Filipe Costa e Mirian Tavares, sem os quais minha estada em Portugal não teria sido a mesma, de certo muito mais difícil. A vi eles também sou grato por contribuições valiosas diretamente relacionadas às temáticas desta investigação. Agradeço também a todos os amigos que, por vezes não vinculados à universidade e aos trabalhos acadêmicos, direta ou indiretamente muito contribuíram para que esta investigação pudesse avançar: Anabela Campos; Cheila Cruz; Débora Dias; Filipa Miranda; Gisele Navarro; Miguel Brinca; Miguel Gonçalves; Pedro Gomes; Paula Proença; Pedro Sepúlveda; Robert Badura; Sofia Saldanha; Tanara Zingano Kuhn; Thomas Wilker. Agradeço pelo afeto de minha família – Maria das Graças Oliveira Pianco dos Santos; Sergio Morais dos Santos; Willy Pianco dos Santos –, pelo apoio dos amigos-família – Bruna Panini Silveira; Fabiana Panini Silveira; Luís Antonio Nogueira da Silveira – e pelo acompanhamento incondicional e carinhoso do (ainda) pequeno Ohmu. Por fim, agradeço a Manoel de Oliveira e ao seu legado cinematográfico. vii A ALEGORIA HISTÓRICA NOS FILMES DE VIAGEM DE MANOEL DE OLIVEIRA RESUMO Esta investigação defende que uma análise temática, formal e conceitualmente centrada sobre O Sapato de Cetim (1985), Non, ou a Vã Glória de Mandar (1990), Viagem ao Princípio do Mundo (1997), Palavra e Utopia (2000), Um Filme Falado (2003) e Cristóvão Colombo – O Enigma (2007), títulos da autoria do cineasta português Manoel de Oliveira, pode sustentar a configuração desse conjunto fílmico enquanto corpus. À seleção em causa propõe-se a denominação filmes de viagem de Manoel de Oliveira. Os filmes de viagem de Manoel de Oliveira são caracterizados por enredos que abordam episódios passados da história global, com ênfase sobre a história portuguesa, para que, por meio do uso da alegoria histórica como recurso narrativo, possam refletir acerca da atualidade geopolítica mundial, com especial atenção sobre o contemporâneo nacional. Nos títulos que compõem os filmes de viagem de Manoel de Oliveira, sustenta-se, há recorrentemente a presença de narrativas de viagem, nas quais destaca-se a interação entre a crítica da imagem eurocêntrica como modo de compreensão da história (nacional ou mundial) e a defesa dos feitos portugueses como contribuição fundamental para a globalização planetária. O presente trabalho argumenta que o discurso narrativo dos filmes de viagem de Manoel de Oliveira está constituído filme a filme, em diálogo permanente e complementar entre os enredos em causa, em razão de uma mensagem alegórica que relaciona passado e presente, bem como a partir do proveito de narrativas de viagem e do embate entre a crítica ao discurso eurocêntrico e o elogio à diferença portuguesa. Palavras-chave: Manoel de Oliveira; filmes de viagem de Manoel de Oliveira; alegoria histórica; narrativas de viagem; crítica da imagem eurocêntrica; diferença portuguesa. viii HISTORICAL ALLEGORY IN THE MANOEL DE OLIVEIRA‘S TRAVEL MOVIES ABSTRACT This research argues that an analysis thematically, formally and conceptually centered on the Shoe of Satin (1985), Non, or the Vain Glory of Command (1990), Journey to the Beginning of the World (1997), Word and Utopia (2000), A Talking Picture (2003) and Christopher Columbus – The Enigma (2007), titles by Portuguese filmmaker Manoel de Oliveira, can sustain the configuration of that filmic set as a corpus. For that selection the designation of Manoel de Oliveira’s travel movies is proposed. Manoel de Oliveira’s travel movies are characterized by plots, which approach past episodes from global history, with emphasis on Portuguese history, so that with historical allegory as a narrative resource they can reflect about current geopolitical world with special attention to the contemporary national. In the titles that make up Manoel de Oliveira’s travel movies there is the recurrence of travel narratives, in which the interaction between the critique of the Eurocentric image as a way of understanding the history (national or worldwide) and the defense of Portuguese achievements as a fundamental contribution to planetary globalization is highlighted. This work argues that the narrative discourse of Manoel de Oliveira’s travel movies is constituted film by film, in a permanent and complementary dialogue between the referred plots. This is due to an allegorical message that relates past and present as well as to the benefit of travel narratives and the confrontation between critique of the Eurocentric discourse and praise for the Portuguese difference. Keywords: Manoel de Oliveira; Manoel de Oliveira’s travel movies; historical allegory; travel narratives; critique of the Eurocentric image; Portuguese difference. ix ÍNDICE DE MATÉRIAS APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 1 CAPÍTULO 1: ALEGORIA HISTÓRICA........................................................ 23 CAPÍTULO 2: VIAGENS................................................................................... 40 2.1: Literatura de viagens......................................................................... 41 2.2: Road Movie ........................................................................................ 51 CAPÍTULO 3: CRÍTICA DA IMAGEM EUROCÊNTRICA ....................... 63 CAPÍTULO 4: A DIFERENÇA PORTUGUESA............................................ 90 CAPÍTULO 5: A ALEGORIA HISTÓRICA EM MANOEL DE OLIVEIRA: O CASO DOS FILMES DE VIAGEM.............. 112 5.1: O Sapato de Cetim .............................................................................. 113 5.2: Non, ou a Vã Glória de Mandar ........................................................ 121 5.3: Viagem ao Princípio do Mundo ......................................................... 131 5.4: Palavra e Utopia ................................................................................