Risco De Ignição De Incêndios Florestais Associado À Circulação De Material Ferroviário Em Linhas De 71 Caminho De Ferro1*

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Risco De Ignição De Incêndios Florestais Associado À Circulação De Material Ferroviário Em Linhas De 71 Caminho De Ferro1* NOTA DE ABERTURA Fernando Rebelo ........................................................................................................................................ 3 ARTIGOS territorium Luciano Lourenço Plenas manifestações do risco de incêndio florestal em serras do Centro de Portugal. territorium Efeitos erosivos subsequentes e reabilitações pontuais. .................................................................................... 5 Amilton Amorim, Ana Maria Rodrigues Monteiro de Sousa e Eric Rafael Pereira de Sousa Utilização do cadastro territorial multifinalitário na gestão de riscos. ................................................................. 25 Geórgia Jorge Pellegrina, Marcos Antonio Antunes de Oliveira e Anna Silvia Palcheco Peixoto Elaboração de um banco de dados para eventos severos. ............................................................................... 31 A. V. Guevara, M. Santana, A. León, L. R Paz e A. Campos Las condiciones de calor intenso (CCI) como indicador de extremos bioclimaticos en La Habana (Cuba). ............. 37 Jorge Marques e Sílvia Antunes A perigosidade natural da temperatura do ar em Portugal Continental: A avaliação do risco na mortalidade. ....... 49 Mário A. R. Talaia e Rui Fernandes Diagnóstico do vento de uma região usando uma carta meteorológica de superfície. ......................................... 63 16 Bruno Martins e Fernando Rebelo Erosão e paisagem em São Vicente e Santo Antão (Cabo Verde): O risco de desertificação................................ 69 Antonio Carlos Vitte e Juliano Pereira de Mello Determinação da fragilidade ambiental na bacia do rio Verde, região nordeste do Estado de São Paulo (Brasil). ... 79 Francisco Silva Costa Risco de inundação na cidade de Amarante (Norte de Portugal): Contributo metodológico para o seu estudo. .... 99 Florie Giacona e Brice Martin Medium-high mountain approach to avalanche risk. The case of the Vosges Range (Alsace, France). ................ 113 António Guilherme Bettencourt Raposo A geotermia: Riscos e impactes ambientais. Um exemplo da exploração de energias alternativas associadas ao vulcanismo. ....................................................................................... 121 Miguel Castillo, Víctor Quintanilla e Guillermo Júlio Análisis del riesgo y vulnerabilidad contra incendios forestales en áreas de interfaz, provincia de valparaíso. ..... 131 territorium 17, 2010, 71-81 António Vieira, António Bento Gonçalves, Luciano Lourenço, Carla Oliveira Martins e Flora Ferreira Leite Risco de incêndio florestal em áreas de interface urbano-rural: O exemplo do Ave. .......................................... 139 Víctor Quintanilla Los riesgos de incendios forestales en la zona mediterránea de Chile: un caso 16 de perturbación ambiental permanente. ........................................................................................................ 147 Lourdes Bugalho e Luís Pessanha Análise dos incêndios florestais em Portugal e avaliação do ICRIF (Índice combinado de risco de incêndios florestais). ....................................................... 155 Romero Bandeira, Rui Ponce Leão, Sara Gandra, Ana Mafalda Reis e Romero Gandra Riscos de fumos de incêndio. Actualidade e controvérsias nas intoxicações. .................................................... 165 Natália Vara e Cristina Queirós BURNOUT – Um risco no desempenho e satisfação profissional nos bombeiros que trabalham na emergência pré-hospitalar.................................................................................. 173 Lucí Hidalgo Nunes Compreensões e ações frente aos padrões espaciais e temporais de riscos e desastres. .................................. 179 J. A. Leal Martins e Luciano Lourenço Os riscos em Protecção Civil. Importância da análise e gestão de riscos para a Prevenção, o Socorro e a Reabilitação. ............................................................................................... 191 NOTAS, NOTÍCIAS E RECENSÕES: Luciano Lourenço journal homepage: http://www.nicif.pt/riscos/Territorium/numeros_publicadosV Encontro Nacional de Riscos e I Congresso Internacional de Riscos. ............................................................. 219 Romero Bandeira, António de Sousa Pedrosa, Fantina Tedim e Albano Ribeiro de Almeida Conclusões do V Encontro Nacional de Riscos e I Congresso Internacional de Riscos. ....................................... 221 Fernando Manuel Paiva Monteiro Os riscos e o sistema europeu de Protecção Civil. .......................................................................................... 228 RISCOS RISCOS A.P.R.P.S. José António da Piedade Laranjeira O socorro e a sua organização: Funções dos municípios e dos corpos de bombeiros. Subsídios para o estudo da sua evolução nos últimos cinquenta anos. ................................................................................... 233 Manuel João Ribeiro A Protecção Civil Municipal. .......................................................................................................................... 242 Luís Manuel Guerra Neri e Paul Nino Faria de Afonseca A necessidade da comunicação em situação de plena manifestação de riscos. A coordenação das operações de socorro na Região Autónoma da Madeira e a importância vital das comunicações. ....................... 248 Revista da Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança 2009 RISCO DE IGNIÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS ASSOCIADO À CIRCULAÇÃO DE MATERIAL FERROVIÁRIO EM LINHAS DE 71 CAMINHO DE FERRO1* Luciano Lourenço Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra [email protected] João Rocha NICIF – Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais [email protected] RESUMO Os incêndios florestais, motivados por causas antrópicas e naturais, constituem, na actualidade, a principal ameaça à floresta portuguesa. Por sua vez, as causas acidentais, que estão na origem de muitos deles, correspondem a um cluster específico em termos das suas causas. Os incêndios florestais nas imediações e/ou contiguidade da linha de caminho de ferro apresentam um valor relativamente reduzido no contexto geral dos incêndios em Portugal. No entanto, no conjunto das causas acidentais, revelam um quantitativo relativamente significativo, com consequências nos totais de área ardida e, sobretudo, na operacionalidade e interrupção temporária da circulação de composições ferroviárias. Palavras-chave: risco de ignição, circulação ferroviária, linha de caminho de ferro, incêndio florestal, prevenção. RÉSUMÉ Les incendies de forêt, grâce à des causes anthropiques et naturelles, sont, à l’heure actuelle, la principale menace pour les forêts portugaises. En retour, les causes accidentelles, qui sont la source de beaucoup d’entre eux, correspondent à un groupe particulier en termes de leurs causes. Les incendies de forêt dans le voisinage et/ou dans la proximité de la ligne de chemin de fer ont une valeur relativement faible dans le contexte général des incendies au Portugal. Toutefois, dans toutes les causes accidentelles, montrent une quantité relativement importante, avec des implications pour la superficie totale brûlée, et surtout dans l’exploitation et l’interruption de la circulation des trains. Mots-clé: risque d’inflammation, trafic ferroviaire, chemins de fer, incendies de forêt, prévention. ABSTRACT Forest fires, caused by anthropogenic and natural causes, are, at present, the main threat to the Portuguese forest. In turn, the accidental causes, which are the source of many of them, correspond to a particular cluster in terms of their causes. Forest fires in the vicinity and/or adjacent to the railway line have a relatively low value in the general context of the fires in Portugal. However, in all accidental causes, show a quantitatively large, with implications for the total area burned, and especially in the operation and interruption of the movement of trains. Key words: risk of ignition, rail traffic, railway line, forest fire, prevention. 1 * O texto deste artigo corresponde à comunicação apresentada ao V Encontro Nacional e I Congresso Internacional de Riscos e foi sub- metido para revisão em 28-05-2009, tendo sido aceite para publicação em 02-03-2010. Este artigo é parte integrante da Revista Territorium, n.º 17, 2010, © Riscos, ISBN: 0872- 8941. RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança Introdução O trabalho que se apresenta teve como objectivos principais: tipificar os vários focos de incêndio florestal com origem, provável, na circulação de comboios; apurar a importância das ignições com origem nas linhas 72 de caminho de ferro; caracterizar as circunstâncias propícias à ignição de incêndios e identificar as ferrovias prioritárias para intervenção preventiva. Fig. 1 – Distribuição dos registos por fonte. Para o efeito, caracterizaram-se as linhas de caminho- de-ferro mais críticas em matéria de ocorrência de Numa primeira etapa, a análise destes registos e, em incêndios florestais e estabeleceu-se a relação dessas particular, dos autos de notícia permitiu contextualizar com as possíveis causas de ignição, com o objectivo de as diversas situações, tendo-se criado uma base de dados detectar eventuais relações de causa/efeito. na qual constavam todas as informações descritas nesses registos e autos. De igual modo, pretendeu-se avaliar de que forma é que a circulação de comboios poderia estar na origem Posteriormente, toda a informação alfanumérica de determinados focos de incêndios, alguns dos quais disponível foi sujeita a um processo
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