Dissertação De Mestrado

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Dissertação De Mestrado FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL – CPDOC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA, POLÍTICA E BENS CULTURAIS MESTRADO PROFISSIONAL EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS A DANÇA DA MODA: LUIZ GONZAGA COMO MEDIADOR CULTURAL (1946 - 1954) APRESENTADA POR RENILDO CARLOS FERREIRA PROFESSOR ORIENTADOR ACADÊMICO: MARCO AURÉLIO VANNUCCHI LEME DE MATTOS Rio de Janeiro Março/2020 FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL – CPDOC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA, POLÍTICA E BENS CULTURAIS MESTRADO PROFISSIONAL EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS PROFESSOR ORIENTADOR ACADÊMICO: MARCO AURÉLIO VANNUCCHI LEME DE MATTOS RENILDO CARLOS FERREIRA A DANÇA DA MODA: LUIZ GONZAGA COMO MEDIADOR CULTURAL (1946 - 1954) Dissertação de Mestrado Profissional apresentada ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil – CPDOC como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais. Rio de Janeiro Março/2020 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas/FGV Ferreira, Renildo Carlos A dança da moda: Luiz Gonzaga como mediador cultural (1946-1954) / Renildo Carlos Ferreira. – 2020. 146 f. Dissertação (mestrado) - Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas, Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais. Orientador: Marco Aurélio Vannucchi. Inclui bibliografia. 1. Gonzaga, Luiz. 2. Baião (Música). 3. Cultura popular - Brasil, Nordeste 2. Cultura popular - 1946-1954. 4. Música popular. I. Mattos, Marco Aurélio Vannucchi, Leme de. II. Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas. Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais. III. Título. CDD – 782.42164 Elaborada por Maria do Socorro Almeida – CRB-7/4254 Dedico esse trabalho às pessoas que, apesar das dificuldades políticas, sociais e econômicas, acreditam no poder da educação para a construção de um Brasil menos paradoxo, mais justo e amplamente democrático. Também, aos migrantes nordestinos que fizeram do Rio, em algum momento de suas vidas, a sua casa, o seu refúgio e o seu recomeço nos momentos de saudades do “torrão” natal. AGRADECIMENTOS Em busca do engrandecimento acadêmico ou profissional parte de uma série de possibilidades e oportunidades de observar o mundo, está a minha gratidão às pessoas que contribuíram para minha formação como cidadão e historiador. Nenhuma página nesse trabalho existiria sem apoio, oração, esperança, honra, expectativa e pensamentos positivos de gente que fizeram - e fazem - o meu dia-a-dia. Como migrante, várias memórias afetivas compuseram de forma enriquecedora novos olhares. Sendo assim, agradeço: Ao programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais e ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) por maximizarem o que aprendi na graduação de historiador, após os quatro semestres de disciplinas, aulas, congressos e seminários, evidenciando uma nova dinâmica nas discussões intelectuais em sala e trazendo uma pluralidade a partir de uma base curricular essencial na construção dessa dissertação. É uma honra pessoal fazer parte, de alguma forma, dessa instituição importante para o desenvolvimento do Brasil. Ao Professor Doutor Marco Aurélio Vannucci Leme de Mattos, pela orientação no desenvolvimento do trabalho, confiança no projeto e ricas reflexões que foram além de uma orientação de mestrado. Apesar de desafiador, o caminho escolhido foi embebido por camaradagem, cafés e conversas que levarei para os próximos passos acadêmicos. Muito obrigado! Da banca de qualificação à mesa de defesa, exponho minha gratidão pelas colaborações das professoras doutoras Vivian Fonseca (FGV) e Juçara Mello (PUC-Rio) por serem vitais para as mudanças, acertos, realinhamentos e melhor fluidez da pesquisa. Suas críticas, sugestões e elogios ajudaram esse trabalho a ganhar novos rumos e interessantes desdobramentos. Demonstro aqui todo o agradecimento pelas conversas formais e informais. Levo meu afetivo abraço e carinho aos demais professores, funcionários e amados companheiros e companheiras de mestrado e de doutorado da FGV/CPDOC. Esse intercâmbio de sotaques, culturas, devires e debates me fizeram um historiador mais ativo, observador e opinativo. Vocês são incríveis. Verdadeiros superadores de dificuldades e exemplos de excelência. Ainda, agradeço aos Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, Museu do Gonzagão e Memorial Luiz Gonzaga, que foram fundamentais para a escrita da dissertação e minhas expectativas. Obrigado aos queridos da rua José Maximino Pereira Viana, do bairro Alto da Maternidade (meu refúgio de sempre) e à terra das Verdes Colinas pelo orgulho de ser morenense. Dos doces de Marlene, ao carinho de dona Lia, dos reforços escolares de Maria e Ritinha e às partidas de futebol com a patota da rua, parafraseando Gonzaguinha, “Começaria tudo outra vez, se preciso fosse...”. Á Pollyana, minha companheira de vida, parceira e esposa, que sempre fez da sua paciência e amor verdadeiras colaborações, apesar das angústias da distância e da espera espacial e temporal. Seu carinho foi um incentivo para continuar trilhando o nosso caminho. Hoje e sempre, “Eu apenas queria que você soubesse / Que aquela alegria ainda está comigo / E que a minha ternura não ficou na estrada / Não ficou no tempo, presa na poeira”. Amo você, querida! Obrigado tios e tias, primos e primas, sobrinhos e sobrinhas (inclusive, de coração), cunhadas (os), concunhados (as) e sogros. Todo valor das palavras de afeto faz parte de cada página escrita. Nas instituições de ensino a qual passei, aprendi que a dialética, a discussão respeitosa e sadia sobre as diferenças e o debate de ideias em prol da solução dos problemas, quaisquer sejam eles, são essenciais para a construção de um ser humano. Pelos livros, campeonatos, brigas, expulsões, advertências, provas, trabalhos em grupo, elogios e preocupações pedagógicas a respeito do orelhudo que vos fala, obrigado Escola Disneylândia, Escola João de Deus (gratidão eterna), Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas - CODAI em São Lourenço da Mata, Pré-Vestibulares Conexão, Atual e Nicarágua, thanxs! Aos professores, demais alunos e funcionários, deixo meu carinho. Vocês são inesquecíveis. Aos amigos e amigas, virtuais ou reais, irmãos e irmãs que a vida me deu, pelas confidências, pelo playstation, pelas resenhas, pela camaradagem, pelos puxões de orelha (!), pelas confras e pela alegria de saber que a amizade é um bem inesgotável no coração da humanidade. Obrigado a todos os cantores de música popular brasileira, bandas de heavy metal, compositores, poetas, cordelistas, Chaves, Chapolin, a saga Star Wars, revistas em quadrinhos e discos. E, obviamente, ao Sport Club do Recife, pela alegria de ser rubro-negro. Ao Rio de Janeiro, um verso: “Se hoje guardo uma saudade / É enorme a gratidão / E por isso Rio amigo / Te ofereço este baião”. A todas e todos que direta ou indiretamente contribuíram de alguma forma para esta pesquisa. Por fim, louvado seja Deus, os santos, Atena, Amon-Rá, Vishnu, Orixás e demais protetores espirituais que colocaram pessoas tão especiais no meu cotidiano. RESUMO Este trabalho analisa o desenvolvimento das representações musicais e simbólicas do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga do Nascimento, durante a quarta e quinta década do século XX. Através da sua mediação cultural na fase áurea do baião (1946-1954), o sanfoneiro elevou a temática sertaneja a nível nacional e demonstrou trocas de experiências entre utilizações de tradições de origem e aspectos da sua memória afetiva na explosão de um fenômeno sonoro. A elaboração de discursos para a construção de um imaginário de Nordeste, apesar de construídos na metrópole, fez a música gonzaguiana conquistar espaço no mercado fonográfico brasileiro, ao alinhar sua forma inédita de hibridização cultural, divulgando matrizes regionais e renovando urbanamente o gênero musical baião cujas relações tornaram- se referências coletivas de representatividade nordestina em negociação identitária com o seu ouvinte. Assim, o início da sua trajetória artística nos permite avaliar alguns contextos no ambientes sociais e políticos que permeiam das primeiras excursões dos primeiros grupos musicais regionais nordestinos até o inovador interesse da indústria cultural na sua produção de viés regionalista, amplamente difundido pelo rádio e pela imprensa carioca, alcançando vários círculos sociais e econômicos. Nesse sentido, a integração pensada entre a comunicação pelo rádio e a cultura popular nordestina transformaram o gênero elaborado por Gonzaga e outros parceiros em afirmação sonora e visual nacional, eternizado como herança musical do artista no âmbito do patrimônio cultural brasileiro. Palavras-chave: Luiz Gonzaga, Baião, Estado Novo, Mediação cultural, Rio de Janeiro, Identidade, Memória, Cultura popular, Nordeste brasileiro, Rádio Nacional. ABSTRACT This work analyzes the development of musical and symbolic representations of Pernambuco singer-songwriter Luiz Gonzaga do Nascimento during the fourth and fifth decades of the 20th century. Through his cultural mediation in the golden phase of baião (1946-1954), the accordion player elevated the northeast outback to a national level and demonstrated the exchange of experiences between the use of traditions of origin and aspects of his affective memory in the explosion of a true
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    2176-6681 SN 0034-7183 volume 100 número 255 maio/ago. 2019 SN p-IS e-IS República Federativa do Brasil Ministério da Educação (MEC) Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS RBEP EDITORIA CIENTÍFICA Claudianny Amorim Noronha – UFRN – Natal, Rio Grande do Norte, Brasil Guilherme Veiga Rios – Inep – Brasília, Distrito Federal, Brasil Jacira Helena do Valle Pereira Assis – UFMS – Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil Juarez José Tuchinski dos Anjos – UnB – Brasília, Distrito Federal, Brasil Maria Clara Bueno Fischer – UFRGS – Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Maria Clara Di Pierro – USP – São Paulo, São Paulo, Brasil Rogério Diniz Junqueira – Inep – Brasília, Distrito Federal, Brasil CONSELHO EDITORIAL Nacional: Alceu Ravanello Ferraro – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Ana Maria Saul – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – São Paulo, São Paulo, Brasil Bernardete Angelina Gatti – Fundação Carlos Chagas (FCC) – São Paulo, São Paulo, Brasil Carlos Roberto Jamil Cury – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) – Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil Cipriano Luckesi – Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Salvador, Bahia, Brasil Clarissa Baeta Neves – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Delcele Mascarenhas Queiroz – Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – Salvador, Bahia, Brasil Guacira Lopes Louro – Universidade
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