Identidades Imaginadas Ou Agualusa Vs. Agostinho Neto: a Falência Do Projeto Original Da Identidade Nacional Angolana
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1 Universidade de Brasília Instituto de Letras Departamento de Teoria Literária e Literaturas Programa de Pós-Graduação em Literatura IDENTIDADES IMAGINADAS OU AGUALUSA VS. AGOSTINHO NETO: A FALÊNCIA DO PROJETO ORIGINAL DA IDENTIDADE NACIONAL ANGOLANA LÉO MACKELLENE GONÇALVES DE CASTRO Orientador: Prof. Dr. João Vianney Cavalcanti Nuto Brasília Maio de 2011 2 LÉO MACKELLENE GONÇALVES DE CASTRO IDENTIDADES IMAGINADAS OU AGUALUSA VS. AGOSTINHO NETO: A FALÊNCIA DO PROJETO ORIGINAL DA IDENTIDADE NACIONAL ANGOLANA Dissertação de Conclusão de Curso apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Literatura da Universidade de Brasília para obtenção do título de Mestre em Literatura. Área de Concentração: Literatura e Práticas Sociais Orientador: Prof. Dr. João Vianney Cavalcanti Nuto Brasília Maio de 2011 3 4 AGRADECIMENTOS Peço licença para fazer desses agradecimentos um espaço em que eu me mostro sem amarras, sem padronizações, sem formalidades, sem preocupação de estar alerta em não me delongar muito, como num lugar em que se pode estar sozinho meditando sobre o fechamento de um ciclo imenso que é a conclusão desse mestrado, momento em que tudo, no mais absoluto silêncio, se põe a ouvir a espiral do tempo dando mais uma volta, a engrenagem dos dias se encaixando, o mecanismo do mundo dando seu imenso giro. De novo. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça o estalar do encaixe nos dentes da catraca dos séculos e das horas. Essas são pessoas por quem serei eternamente grato porque contribuíram imensamente, infinitamente para a realização desse curso, para a escritura deste texto, para a passagem de mais essa fase na minha vida, fase que marca algo que para muitos pode parecer simples, comum, mas que, pra mim, significa ter alcançado um horizonte distante. Sorte minha a lei natural de que o horizonte é sempre mais além. Sou de um gênero de gente pra quem as ideias são feitas de carne, têm corpo e alma. A história da gestão de algumas dessas ideias que aqui vão está repleta de lacunas e afastamentos, pausas em que eu precisava emergir para respirar e auxiliar SIMONE minha esposa, companheríssima, amada amante e eterna namorada a cuidar das novas pessoas que nós engendramos em nós e de nós, João e Júlia. Aprendemos juntos, e cada vez mais, que as coisas são caras, muito caras, que as coisas, na verdade, são caríssimas, e esse mestrado... Ah! Esse mestrado! Esse mestrado custou muito. Boa parcela dessa conta foi Simone quem pagou, com sua paciência, seu apoio, sua força, seu carinho, seu amor in-con-di-cio-nal aos meninos, sua atenção para com eles e comigo também. Sem ela, não. Sem ela, nunca. Sem ela, nem... a você, pequena, o meu primeiro e mais sincero muito, muitíssimo grato. Não sei dizer ainda hoje se o PROF. VIANNEY entendia esses tais afastamentos de que estou falando, ou se ele simplesmente os desconhecia. De certo que eu notava, a princípio, certo receio. Ora, naturalmente compreensível: eu estava do outro lado do país, recebendo uma bolsa da CAPES, sem a qual, inclusive, eu jamais teria concluído esse trabalho — aproveito para dizer que sou também infinitamente grato à Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior. O prof. Vianney é responsável por uma parcela significativa nesse processo. Desde seu sincero voto de confiança quando da entrevista na seleção; confiança essa a quem espero, do fundo do meu coração, ter conseguido corresponder e cumprir. Caríssimo prof. Vianney, o Sr foi crucial no direcionamento desse trabalho que começou tão nonsense — comecei querendo pesquisar cinco autores de cinco países dos cinco continentes do planeta em que se fala língua portuguesa. Grato, meu professor, por tudo isso. Muito grato mesmo! MEU PAI e eu temos uma história peculiar. Só agora, quando deixei de ser apenas “filho”, quando comecei a ser também um “pai”, é que compreendo a importância de algumas coisas que ele fez e de coisas que deixou de fazer. Há muita sombra ainda, meu pai, em mim, mas já há muito de luz, essa luz que o Sr é quem me traz agora, de volta. Muito grato, meu pai, por seu reconhecimento, por seu apoio, por seu exemplo quanto à dedicação ao trabalho, ao esforço para viver e sobreviver nessa luta cotidiana. Sua dedicação, seu empenho, sua disciplina e organização necessárias à vida são ensinamentos preciosos. 5 Mas eu sou um rapaz de sorte. Tive dois outros pais: meus “tios-in-law” JOSÉ EDVAR e EINSTEIN LEMOS, dois grandes professores e intelectuais que contribuíram muito com sua grande chama para essa pequena faísca que eu sou, ainda. Se eu estou aqui hoje, meu mérito deve ser compartilhado com eles. A eles, meu muito obrigado, por me terem “adotado” durante aqueles importantes anos para minha formação como indivíduo e como artista, pro desenvolvimento primordial do meu pensar, do meu sentir, do meu amar, do meu sonhar. MINHA MÃE! Não se preocupe com o tempo, minha mãe. O tempo é onde as coisas acontecem. E creia-me: tudo o que precisa acontecer acontece. Cedo ou tarde. Mas a semente que ele lança na gente precisa ser adubada com as lágrimas de nosso querer, porque as sementes não são jogadas ao chão, mas nos são dadas nas mãos. Mas eu tive também outras duas mães, EUNICE e NEUSA. Eu calado, sem palavra alguma que consiga dizer do que sinto por vocês, me curvo em agradecimento profundo, com o silêncio de quem medita forte... ...de chapéu nas mãos... ...em reverência total. ...às Sras, a vida que tenho (ou que me tem). Em memória de minha TIA LÚCIA, que via em mim um guerreiro que nem sei se existiu algum dia. Ela me confiou, na última vez que me dirigiu o olhar, ali, varrendo a calçada da vila, uma missão que cedo ou tarde terei que cumprir. Eu jurei, com um beijo na testa eu lhe jurei que sim, enquanto me despedia dela varrendo aquela calçada que também me viu crescer, me olhando de soslaio, como quem tem vergonha de falar com alguém que galgou alguma posição social. Minha tia, me ilumine nesse caminho de volta pra casa. Ao meu tio ZECA GONÇALVES, sua esposa e suas filhas adoráveis. Quero ser grato a vocês todos e espero um dia conseguir retribuir o carinho, a atenção e o amor que me dispensaram. A luz de Deus está mesmo em todo lugar. Mesmo que nós não a consigamos ver, religião, seita, terreiro, eu e vocês. Ao HERVESON SANTOS, o Baxim, amigo-irmão de todas as horas, de todos os tempos (Ever-Son), bons e maus. Amigo profundo, de quem, não fossem as distâncias serem dentro, estaria longe, longe, longe... Sendo dentro da gente, estamos juntos sempre, todos os dias, ainda naquele estúdio, ensurdecendo deitado eternamente na cama macia da memória dos sons. Dizem que seremos reconhecidos no dia do juízo final, dizem, pelo som que nós emitimos e que receberemos o que merecemos pela beleza desse som. Sendo assim, já estás salvo, meu caro. Já está salvo. Amo você, amigo velho. Ao Mestre XAVIER, a quem devo um abraço de que jamais esquecerei. Sinto o carinho que o Sr nutre pela minha pessoa no seu olhar, nos seus gestos, na sua postura amiga e sensível. Quero que saiba que seu apoio foi providencial naquele instante frágil em que um novo ciclo começava. Muitíssimo grato meu amado mestre e amado amigo. Celebremos esse nosso encontro, nosso precioso encontro sagrado. Gratíssimo, amigo. Que momentos tão bons esses quando posso ouvi-lo. Ao meu também grande amigo e também grande irmão MARCELO BITTENCOURT (in memoriam)... eu não sei o que dizer, meu irmão, mas, se estiver no meu merecimento e dentro da minha condição, quando eu também me for, te procuro onde quer que esteja. 6 A DANIEL ARRUDA com quem reencontrei parte de meu passado mais recente. Meu grande amigo e irmão (graças a Deus tenho vários! O Sr é dos mais importantes!). Pelas horas de conversa, pelas horas de debate sincero e pelos momentos de criação em que desfrutamos juntos da energia pura do cosmos, muito, muito grato, irmão. Em Brasília também foi crucial o apoio de várias pessoas, amigos e irmãos com quem eu pude contar para, primeiro chegar em Brasília, depois, pra me estabelecer em Brasília. JULIANO GOULART, pianista de dedos cheios, foi um desses verdadeiros amigos. Muito grato, meu irmão. Luz, Paz e Amor na vida do Sr. E que a gente não se perca nessa selva escura e densa em que às vezes nos encontramos, sem nenhum Virgílio. Ao Conselheiro TUCO, sua atenção e disponibilidade também foram cruciais para que eu pudesse chegar nessa cidade. Ao Mestre DIOGO, por ter aberto esse caminho até o Conselheiro Tuco. Ao CONSELHEIRO PAULO MATRICÓ e sua graciosa esposa HELENA, pelo acolhimento, compreensão e apoio. Muito grato, senhores. Muito grato mesmo. Estendo esses agradecimentos a um amigo em especial com quem dividi uma quitinete na Asa Norte, aliás, que dividiu comigo o apê em que morava. JOÃO VICENTE. Você nem sabe a importância que tem na maneira como eu comecei a encarar a vida desde que saí daí, João. Você é um ser especial, dum tipo evoluído; afora a sua birra em não querer entender que tudo, na verdade, é uma autorrepresentação. Muito grato, meu amigo. Não fosse você ali naquele momento, nem sei o que teria feito. Aos amigos que tive na Residência da Colina, BERNHAR, BRUNO, LINDEMBERG, FERNANDO, FÁBIO BORGES, ANANDA, MARTINHA, MARIA... não fossem todos vocês, como é que eu teria agüentado estar mais uma vez longe de casa?! Aos professores que sempre acreditaram em mim, em especial minha eterna e lúcida professora SOLANGE KATE, tutora omnipresente em minha formação como pesquisador e amante da literatura, e a professora MARIA ISABEL EDOM PIRES, que sempre se mostrou inteiramente disponível para conversarmos ao longo da disciplina em que tive a honra e o prazer de ser seu aluno.