Educação Entra Nos Prioritários a Partir Da Próxima Semana
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Fundado em 2 de fevereiro de 1893 A UNIÃO128 anos - PaTRIMÔnIo Da PaRaÍBa no governo de Álvaro Machado Ano CXXVIII Número 100 | R$ 2,50 João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 28 de maio de 2021 auniao.pb.gov.br | @jornalauniao Foto: Marcus Antonius Educação entra nos Paraíba prioritários a partir da próxima semana Sequenciamento genético Indentificadas 19 Comissão define início da vacinação dos trabalhadores da Educação junto ao Plano Nacional variantes do coronavírus em circulação na Paraíba. Página 5 de Imunização, com promessa de envio de 29,2 milhões de doses para todo o país. Página 4 Estado envia 91 mil doses da AstraZeneca para municípios Foto: Marcus Antonius Vacina da Fiocruz é destinada a imunizar grupos com comorbidade e com deficiência permanente. Página 5 Nova Zona Azul de JP deve ter início no fim do ano Prefeitura lança edital para empresas interessadas em administrar o sistema de vagas rotativas. Página 8 Últimas PB bate recorde no número de internações por covid Em 24 horas, 112 pacientes foram internados, segundo o boletim diário da Secretaria de Estado da Saúde. Página 4 Cultura ‘Cartas a Paulo Freire’: 2o H1N1: baixa procura por vacina preocupa PB volume será lançado hoje O alerta é da Secretaria de Estado da Saúde, que contabilizou apenas quatro, dos 223 municípios, que já tiveram 90% do público-alvo imunizados. Página 3 Viúva do homenageado, a educadora Nita Freire participa do evento virtual promovido pela EPC e UEPB. Página 9 Fotos: Samir Oliveira-Campinense / Instagram-Atlético Foto: Pixabay Esportes Economia Colunas E a praça, silenciosamente, geme a ausência de vida. Sente a tristeza de não ouvir os gritos e desafios dos meninos que, em piruetas e malabarismos, mergulhavam em sua fonte. Página 2 Editorial O sinal de que o São João se avizinhava era a cor e o cheiro do milho verde. Desde nossa infância, observava-se a chegada do milho, na cozinha e no nosso mundo de De olho na última vaga da semifinal Campinense e Mesa farta Venda de comidas típicas, como pamonha, canjica (foto) e bolo brinquedos. Página 2 Atlético de Cajazeiras voltam a se enfrentar, hoje, pelas quartas de final. Página 21 de milho, deve crescer 300% no período junino, avaliam comerciantes. Página 17 Damião Ramos Cavalcanti Foto: Paulo Vitor/Estadão Conteúdo A covid em números Maio Amarelo C P E G N I T E CASOS MORTES VACINAS aplicadas K R A M NA PARAÍBA 324.425 7.556 1.260.860 O MELHOR CAMINHO É O RES!PEITO NO BRASIL 16.341.112 456.753 65.570.960 RESPEITE AS NO MUNDO 168.502.092 3.500.383 1.742.739.771 REGRAS DE TRÂNSITO. Luto O samba perde um dos seus grandes ícones, RESPEITE A VIDA. Fonte - PB: SES-PB/ BR: G1/ Mundo: Microsoft Bing Covid-19 Tracker o cantor e compositor Nelson Sargento. Página 12 Assine o Jornal A União agora: (83) 3218.6518 | (83) 9 9117.7042 [email protected] Opinião Edição: Demócrito Garcia Editoração: Joaquim Ideão 2 A UNIÃO | João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 28 de maio de 2021 CONTATOS: [email protected] REDAÇÃO: (83) 3218-6539/3218-6509 Damião Ramos Cavalcanti Editorial Crônica [email protected] | Colaborador Terceira onda O São João na rede com milho Embora a tecnologia tenha coloca- havia fogareiro, um cozinhando, outro Tomando-se como exemplo a cidade de João Pessoa, e exce- do nas prateleiras dos supermercados, assando, para desjejum ou almoço, be- tuando-se a obrigatoriedade do uso de máscaras nos estabeleci- aqui e acolá, o milho verde, e deixado las e grandes espigas. A feira, no inte- mentos que produzem ou comercializam bens e serviços, como suas sobras, nas feiras livres, essa pos- rior, é um fenômeno cultural muito rico, também nos espaços públicos abertos, embora muita gente não sível permanência do milho nas nossas como a “de mangaio”, na música do ita- obedeça a esse protocolo sanitário, a vida segue quase normal, mesas, até durante o carnaval e a pás- baianense Sivuca. coa, não diminuiu, apenas atenuou o Se não houver milho, como haveria com um número absurdo de pessoas movimentando-se e aglo- caráter sazonal dos milharais. Contudo, São João? Se há milho, muito ou pouco, merando-se de cara limpa em vários pontos da capital. reconheça-se a produção, fora de época, então enfeitemo-nos para a festa de Sendo assim, não admira que a pandemia de coronavírus da plantação, mas não das nossas cos- São João. Com muita precaução contra transcorra em uma espécie de gangorra, ora baixando, ora tumeiras festas juninas, que ocorrem o contágio da Covid, apressadamente, atingindo picos perigosos, como está a ocorrer agora na Pa- em junho. A força da cultura explica podemos escolher as espigas, ou, por isso, na preservação dos costumes. internet, pela qual, nos dias de hoje, raíba. Ressalte-se que este pêndulo não é exclusividade da O sinal de que o São João se avizi- tudo se compra, até as iguarias juninas: Paraíba. O Brasil inteiro amarga essas oscilações que, para nhava era a cor e o cheiro do milho ver- milho cozinhado, assado, canjica, pamo- mais ou para menos, dependendo do balanço do dia, têm como de. Desde nossa infância, observava-se nha, bolo de milho e até cuscuz, sem ser saldo milhares de pessoas infectadas e outras tantas interna- a chegada do milho, na árabe, bem nordestino, ao das, sepultadas ou cremadas. cozinha e no nosso mun- Tradição cultural é gosto paraibano. do de brinquedos. Na co- São João vem aí na rede. No que se refere à Paraíba, o Governo do Estado tem feito zinha, debulhando-se as coisa muito forte, é Deitado? Não, em pé, dan- um esforço hercúleo, no sentido de refrear o surto de covid-19 espigas; nas mãos das çando, cantando e tocando e, ao mesmo tempo, garantir assistência médica e hospitalar meninas, a palha servindo fogueira que cozinha forró adequado e autênti- aos infectados pela doença. Esta semana esteve o secretário de roupa e os cabelos das canjica, cozinha e assa co ao festejo. O governador estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, em audiência com o espigas, de peruca às figu- João Azevêdo, tendo experi- ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reivindicando ações e ras de trapo, bonecas tão muitas espigas. mentado o sucesso do “São facilmente encontradas João na rede”, realizado em equipamentos para elevar a qualidade do sistema público de nas feiras livres. Os meninos usavam 2020, duplicou o apoio para que, tam- saúde do Estado. os grãos como cabeças de gado, e os sa- bém, ocorra, em 2021, virtualmente, a Mas há uma tecla na máquina que registra o processo dessa bugos, como estacas de curral. Para dar todos os paraibanos e para o restan- história que, por mais que nela se bata, o texto que sai não satis- vida a essa fantasia, as lagartinhas ani- te do Nordeste, um maior São João na faz. Trata-se da necessidade da população, de modo geral, obe- mavam essas brincadeiras, querendo rede, sob a coordenação da Associação fugir, mesmo longe da porteira, esca- Balaio Nordeste, representada pela decer às medidas restritivas destinadas a conter a pandemia de pando do cerco dos sabugos. Com pali- forrozeira, ativista cultural, Joana Al- coronavírus. Sair de casa apenas quando necessário, usar más- tos, ninguém pegava em lagarta, adver- ves. Então, estenda essa rede até a sua caras e higienizar as mãos com álcool são atitudes simples, po- tido pelo medo que se tinha da lagarta casa, onde, com certeza, haverá milho. de pelo que, segundo nossas mães, quei- Tradição cultural é coisa muito forte, é Embora não tenha sido pouco o que até agora foi feito maria nossos dedos. Nada de plástico, fogueira que cozinha canjica, cozinha e nada imitando coisas e personagens de assa muitas espigas. Todas as modas, pararém, comdeter enorme a pandemia, poder profiláticoa verdade contraé que algo a covid-19. mais eficaz pre- violência... Que mundo bom ! rapidamente, desaparecerão; menos cisa ser concebido com urgência. A “terceira onda” da co- O milho chegava, do campo, em as tradições legitimamente culturais, vid-19 é uma realidade e o resultado de cada novo impulso carroças e caminhões; e às nossas ca- enquanto sobreviver e se propagar a que o surto toma todo mundo já conhece, embora nem todos sas, em sacos, quando o pai anunciava: cultura. É assim também que nunca temam seus resultados. É que, infelizmente, existem pessoas “Comprei uma mão de milho”. Ela era deixará de existir cultura; a cidade não ensacada em sacos de estopa, carrega- é, nesse sentido, menor do que a nação, que só acreditam na agressividade dessa doença quando já da, nas costas, pelo feirante. Geralmen- seja ela a mais interiorana; e só existirá é tarde demais. te, na feira, ao lado das tuias de milho, nação, se houver cultura... Mariana Moreira Marcus Antonius Artigo [email protected] | Colaboradora [email protected] Fotolegenda A tristeza da praça A algazarra denuncia a presen- Comentários exaltam sua beleza. ça de crianças e adolescentes em Saudosistas rememoram momentos reboliços de folguedos e traquina- felizes desfrutados em ontens de gens. Na praça recém-reformada, a retretas, flertes e roletes de cana fonte de água azulada se converte que anunciam festas religiosas e em aprazível piscina e palco para encontros sociais. Filhos ausentes as aventuras de cambalhotas e mer- constroem aproximações com as gulhos dimensionados em pequenos lembranças da terra ainda mais dis- espaços que ganham a projeção de tante em razão das interdições de “mares nunca dantes navegados”. mobilidade que a pandemia impõe. A cidade entra em pé de guerra E a praça, restaurada em sua com tamanha “afronta”.