Preço n o o Quinta-feira, 25 de Outubro de 1956 Ano || - N .9 85

Propritlóris, Administrador e ídifor REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026 467 ------MONTIJO------~ - v. S. MOTTA PiNTO OOMPOSIÇAO E IMPRESSÃO — TIPOGRAFIA «GRAFEX» — TELEF. 026 236 — MONTIJO

f s t i •e m o z

Por José dos Santos Marques

Uma das roais interessan­ igualdade de direitos e de­ igreja de Santo André tes realizações da Escola veres, e isto porque numa Nova é fazer da escola uma perfeita democracia e como pequena democracia, onde princípio de boa moral (da­ todos sejam iguais e tenham quela boa moral apregoada À frente, o Pe­ os mesmos deveres e direi­ por tantos e seguida por tão tos. A escola passa a ser poucos), todos os cidadãos lourinho da orientada por um governo são iguais perante as leis de alunos e, por ele, com a que os regem, com as mes­ comparticipação de todos, mas obrigações e os mesmos cidade são resolvidos os assuntos direitos, sejam quais forem decorrentes da vida escolar. as suas condições sociais, Evidentemente que este raça ou religião. sistema só atinge a plenitude Evidentemente que o Da Assistência Social quando empregado nas es­ êxito 110 emprego do auto- -governo depende, na sua colas destinadas aos alunos fonte dos grandes movimen­ maior parte, da clarividên­ Não é esta a primeira vez mais velhos, isto é, de idade tos emancipadores do ho­ cia e perfeito sentido peda­ que falo de assistência social. igual ou superior a 12 anos. mem pensante, terra sempre gógico do educador, a par Já tenho tentado, mesmo, 0 auto-governo poderá acolhedora e tolerante quando de uma grande nobreza de definir o que isso é, mas ter várias formas de aplica­ pensa pela sua cabeça. carácter, bem como pelo tenho a impressão que ainda um tempo a esta parte voltou ção, conquanto a sua base Não sei quem inventou a desprezo absoluto de toda não consegui 0 que queria: a falar-se. seja sempre, e intrinseca­ assistência social. Por outras a sua superioridade e auto­ colocar 0 problema à vista mente, democrática; ou, E acho bem qúe volte. palavras, não conheço rigo­ ridade pessoal, porque na de todos como problema re­ mais claramente, embora Entendo mesmo qut' nunca é rosamente a origem do sis­ escola nova o professor é um solvido. variem os cargos a distri­ demais analisar problemas tema que procura dominar, amigo e não um déspota. Mas isto que me acontece buir pelos alunos, o processo sociais, principalmente neste pelo alto valor das suas di­ Se o educador tem o direito a mim, por insuficiência de de votações e a própria or­ momento em que 0 mundo rectrizes morais, o campo de veto numa comunidade bagagem, sucede a muita ganização do sistema, con­ se revolve e se transforma em que apenas a assistência, escolar onde se aplica o gente boa, a tratadistas dos soante as circunstâncias, o ainda não se sabe em quê e pública ou privada, tem auto-governo, deve exercê- local e 0 momento, este terá melhores, que possuem ma­ de que maneira. actuado até aqui. -lo, apenas, quando se torne sempre a mesma base demo­ las e caixotes de sabedoria Apòs a primeira grande A assistência social não estritamente necessário à crática com a obrigatorie­ para dar e vender. guerra, ou melhor, depois pretende, creio eu, derrubar verdadeira defesa dos alunos dade de todos os alunos, Há assuntos que têm a da primeira fase da grande aquelas, pela simples razão sem quaisquer excepções, se ou da comunidade escolar sua época, seu ambiente pró­ guerra que destruiu civiliza­ e nunca movido por senti­ de que, dentro dela, cabem manifestarem e, como con­ prio, seu interesse de mo­ ções e sistemas, a assistên­ mentos próprios ou por todas as modalidades de as­ dição expressa para o seu mento. A moda toma conta cia social foi tratada a pri­ sistência, todas as espécies bom funcionamento, de to­ ideologias contrárias ao bem deles. Este da assistência mor por humanislas dos e ao interesse comuns. de. socorros individuais ou dos os alunos, também sem social é dos tais. lá em tem­ maiores, principalmente em colectivos. Deixaria, até, de excepções, terem absoluta (Continua na página 4) pos idos se falou dele. Há França, pátria do espírito, ser assistência social, se não abarcasse as múltiplas for­ mas, quer morais, quer ma­ teriais, de diluir ou enfraque­ cer a miséria por maneira que 0 sentimento da solida­ riedade possa fazer dos in­ divíduos, em vez de escra­ vos, homens que 0 voltem a ser. Não sei se é assim que hoje, simultaneamente época de coisas reles e brilhantes, se vê a assistência social, mas é assim qne eu, na hu­ mildade do meu julgamento, a observo e aprecio em suas linhas gerais. f $ t r emoz Sensacional!., Con

Majestosa Praça, aeno- oshcos

FRinada Jardim Rodrigues Futebol

Tocha, que t a demsns-

tra a magnificência da

Cidade e o seu esplender. 2 A PRO V IN CIA 25-10-956

VIDA Nojro PROFISSIONAL M O N T J O Horizonte Médicos A fi Da Associação Cultural incõof 1oca1 dum semanário da Cadeia Comarcã, de Mon­ Dr. Avelina Rocha Barbosa tijo, recebemos o n.° i do mente envolto nas dificulda­ cuja honestidade não tem seu jornal mensal, com o Das 15 às 20 h. des que as asfixias produzem. dúvidas, vai uma resposta titulo «Novo Horizonte*. Montijo correspondeu à R. Almirante Reis, 68, 1.° Ora esse lado comercial negativa, desconsoladora, Iniciativa dos presos da­ aparição do seu jornal, -—do sofre, por vezes, cruéis desi­ derrotista; para o que chega quela cadeia, apresenta-se Telef. 026245-MONTIJO jornal por que anseava e cuja Consultas em Sarilhos Grandes, lusões. de fora, para o que ninguém modestamente mas de certo falta tanto sentia. Logo nos A parte comercial é cons­ conhece, para o que se apre­ modo simpático. às 9 horas, todos os dias, excepto primeiros números se sentiu tituída, na sua maior subs­ senta com ares snperiores, N a verdade, este gesto ás sextas feiras. claramente a simpatia, o de­ tância, pela publicidade. abre-se a bolsa e o sorriso merece o nosso aplanso pelo sejo de constante desenvol­ E já tem acontecido que, e dá-se-lhe logo metade ou que contém de significativo e vimento, a vontade insupe­ ao procurá-la, se recebem o total do contrato. impressionante. Dr. fausto Neiva rável de que ele fosse alguma decepções que magoam, que No fim, o dinheiro foi-se, Não o saudamos com as coisa na Imprensa Portu­ provocam desânimos, em­ nada se aproveitou, e o pan­ normas jornalísticas do cos­ Largo da Igreja, 11 guesa. bora passageiros, que cho­ tomineiro, o escroque, o in­ tume; mas saudamo-lo com E o jornal continuou e veio Das 10 às 13 e das 15 às 18 h. cam profundamente. trujão lá Vai todo satisfeito todo o afecto e com o desejo até hoje, nas asas dessa Telef. 026256 - MONTIJO Andam os nossos agentes pela Vitória, com a certeza de que a iniciativa progrida vontade e desse desejo, pro­ dessa publicidade com toda de que nem será mais in­ e não desfaleça. curando sempre corresponder a honestidade e honradez, comodado... porque não Registamos com satisfa­ ao fim para que fora criado procurando servir os interes­ Vale a pena! ção o aparecimento do «Novo Dr ). ousa Correia e à aspiração donde nascera. ses comerciais do jornal, os Horizontes e fazem os votos Era uma natural manifestação Eis o que tem acontecido CLÍNICA DENTÁRIA interesses dos próprios visi­ para que ele continue na es­ de bairrismo e ao mesmo e que é necessário acabar. Dentes artificiais e consertos tados, e o prestígio da nossa trada por onde começou. tempo a consequência do Para bom nome da imprensa Consultas todos os dias terra. local e para terminar com Agradecemos a gentileza progresso pertinaz que sa­ das 11 às 13 e das 15 às 17 horas Surgem as desculpas, as desapontamentos que doiem do exemplar que nos reme­ cudira todo o arcaboiço da Rua Rulhão Pato, 58 — M ONTIJO evasivas, as invocações de e que magoam. teram. vida local. muitas impossibilidades «A Província» bem o com­ reais, e tudo serve para a JlJLQJijljLÍL5UULSLSLSlíULOJJLOUUL5lJUlJL5LSLíliLÍUlJlJLOJJlAQJlJli preendeu e sentiu. esquivança. Dr.* Isabel Gomes Pires E, não obstante aqueles Estão no seu direito e nin­ Ex-Estagiária do Instituto pequenos aborrecimentos que Qtm eaiú de eônieieneia são obrigatórios em empre­ guém se pode indignar com Português de Oncologia. essas atitudes. Cada um é Doenças das Senhoras sas desta natureza, segue imperturbável na sua marcha senhor do seu dinheiro e faz Consultas às 3.as e 6.as feiras dele o que entender. Cada e de humanidade. R. Almirante Reis, 68-1.°-Montijo que a divisa adoptada lhe impõe. Quantos nela traba­ um sabe da sua vida e orien­ Todos os dias ta-a como melhor lhe parece. Desculpem voltarmos ao Falta agora colocar a R ua M orais Soares, 116-1.° lham, estão convencidos de que têm cumprido seus de­ Até aqui, nada que reparar. assunto; mas desta vez, é Maria Vitória, de c> anos, a L IS B O A Telef. 48649 veres e assim continuarão, Mas aparece no «mercado» para noticiarmos o que de qual continua vivendo com a sem transigências nem hesi­ um pantomineiro, um escro- bom suscitou o apelo de tia,—pessoa muito doente e tações. que, um intrujão de p®lpa, «A Provincia». fraca, sem possibilidades de Parteiras No entanto, há muito que um que vem de fora caçar Das quatro criancinhas, assistir convenientemente à aperfeiçoar, muito que modi­ no mesmo terreno. Tem pa- filhas da infeliz M aria criança. lavriado, tem paióis (como Queremos fazer ressaltar felisbela Victória Pina ficar até que alcance a per­ Luísa, três já estão ampa~ feição ideal. Seria estultícia se diz em linguagem popu­ radas, com o que sentimos a o gesto de quantos se inte­ ressaram pela sorte e pela Parteira - Enfermeira não o reconhecer. Tudo fa­ lar), tem «cantiga», tem ha­ maior satisfação. vidas das pobrezinhas, in­ Partos, injecções e tratamentos remos, porém, para o conse­ bilidades para convencer. O rapaz está internado no cluindo os vizinhos e um Rua Sacadura Cabral, n.° 50 guir e esperamos que, com Todas as portas se abrem e Orfanato Dr. César Fer­ o andar dos tempos e com a logo desaparecem as tais criado do Café Aliança que T E L E F . 026487 — MONTIJO nandes Ventura; a N a tivi­ lição dos factos, chegaremos dificuldades e logo se esfu­ as presenteou com vestidos e dade Maria, está entregue calçado. a essa realidade palpável. mam as desculpas e as eva­ aos cuidados da sr.a D. Ma- Todavia, para que essa sivas. — B e m hajam ! Bem Augusta fflarq. Charneira Moreira tia Josè Fernandes Veiga e hajam ! realidade se aproxime mais Para cúmulo, vão pedindo de seu marido, o sr. José Parteira-Enfermeira rapidamente é também neces­ adiantadamente importâncias António da Veiga, morado­ A inda não está tudo per­ Diplomada pela Faculdade de sário modificar certas atitu­ e no primeiro vapor, no pri­ res no Bairro do Mouco, os dido ... Medicina de Coimbra des de vários sectores. meiro comboio, na primeira quais já lhe compraram Rua Tenente Valâdim, 29-1.° Um jornal, seja ele qual camioneta, passam-se com agasalhos, brincos, fio, e «armas e bagagens» e o MONTIJO for, tem o seu lado comercial, uma cama para seu ilnico como qualquer outra empre­ anúncio nunca mais aparece, uso, a Analina, de 18 meses sa, e, para que possa viver e o tal «número especial» apenas, está entregue à sr.a Beneficência com nobreza e com digni­ que se apregoava nunca D. Leopoldina Caldas e a dade, é-lhe indispensável mais sai! seu marido, o sr. Armando Organizações = alcançar os meios de subsis­ Isto significa que: para o Maria Peixinho, moradores tência, sob pena de baquear jornal conhecido, servido por no Largo do Lagar, 9-Mon­ A sr.a D. Leopoldina Pial­ estrepitosamente, triste­ pessoas que todos conhecem, tijo. gata, ao receber o prémio = Prog resso que coube a seu filho José Oiçam todas as 3.as feiras às Joaquim no nosso Concurso 13 horas, através do Clube dos Prognósticos, entregou Radiofónico de Portugal o programa «REVISTA DES­ para os pobres de «A Pro­ PO RTIVA», uma produção de víncia» a quantia de dez Fernando de Sousa, com o Sociedade flectrificadora Tejo, Lda. escudos. patrocínio deste jornal. Em nome dos nossos po- REV1STA~ DESPORTIVA Rua Almirante Cândido dos Reis, 18 Telefone 026084 MONTIJO bres, muito agradecemos.

15 minutos em que fala do desporto e a favor do desporto. Não compre sem consultar os seus preços : Produção associada de: Fer­ nando de Sousa, Fernando de Grande variedade de: TODO MATERIAL ELECTRICO Obras de Alvaro Valente Lacerda e Veríssimo Alves. LUSTRES — CANDIEIROS Brevemente novos progra­ De fios a cabo armado — «Eu», livro de sonetos, mas e novas rubricas. Para esgotado; «Daqui...fala Ri' a sua publicidade consulte FOGÕES ELECTRICOS M O T O R E S ELÉCTRICOS batejo», contos monográficos. 30 escudos; «Pedaços deste desde Esc. 95$00 Grupos Moto-Bombas e Automáticos Organizações Progresso Ribatejo», folclore e costumes, Av. de Roma, 207, 3.°-Esq.° Ferros - Torradeiras - Ventoinhas 30 escudos; «A m inha visita LISBOA BATERIAS E; PILHAS TUDOR ao museu de S. Miguel de - Termo-acumuladores - Aquecedores Ceide», folheto, 5 escudos; Eléctricos - Aspiradores - Ence- Representantes de Rádio e Televisão «Hino a Almada», em verso, radoras e Descansos automáticos. melhor LÂMPADA MÀREUI — AGA - GELOSO 10 escudos; «Grades Eternas») estudos sociais, 15 escudos! T e le fo n e 086 576 Representantes exclusivos da melhor panela de pressão : PR í STIGE «Vidas Trágicas», romance, 1? escudos; «Viagem de Maravi­ (Paia. àaai Cfet^qxafixii incarrega-se de trabalhos de montagens de instalações eléctricas, água e gás lhas», reportagem, 20 escudos- Grandes facilidades de pagamento Pedidos à Redacção de «A Fole Montijense Província». 25-10-956 A PROVINCIA 3

I AGENDA M O N T J O| AGENDA ELEGANTE I UTILITÁRIA

Aniversários Farmácias de Serviço __ No dia 12 de Outubro, o me­ n i n o Joaquim Manuel Valador Ba­ li-/a neto da nossa estimada assi­ 5.* - fe ir a , 25 — M o d e r n a nante, sr.a D. Balbina Izaura Pial- e a Comissão Pró-Praça de Toiros de MonHjo viu aumentadas 6." - fe ir a , 26 — Diogo ^ D ia 21, a sr.a D. Felizbela Sábado, 27 — Giraldes V itó ria Pin a, nossa estimada assi- asjíossibilidades de pôr de pé, num futuro muito próximo, Domingo, 28 — Montepio fDia 25, a sr.a D. Rosalina 2.* - fe ir a , 29 — Moderna Correia de Carvalho. uma das maiores aspirações da nossa terra. __p ;a 25. a m enina M an a de 3.“ - fe ir a , 30 — Diogo Fátima Sepúlveda Prudêncio, afi­ Domingo passado foi dia grande, grande par de bandarilhas e no Brindou também pela próxima 4.* - fe ir a , 31 — Giraldes lhada da S r.a D. M aria M anuela mas a estrada Montijo-Moita foi resto.., pouco havia a fazer. Re­ execução da Praça de Toiros de pequena para o movimento dos

Literatura é a base da ver, porém, em primeiro lu­ Civilização e do Pro­ gar, nas montras dos nosssos Agresso. livreiros, as capas menos A frase não é nossa. berrantes das obras dos es­ Nem é de hoje, ou apenas critores sérios. Era sublime de ontem, a precedência da essa medida, até porque ia incontestável verdade que Literatura arrancar, à obscuridade onde encerra na sua construcção. jazem, uns tantos nomes de Vem de há niuito. Desde luto a consagração dos seus Vejam lá! — e ai do infeliz jovens que são já, não pro­ que o homem aprendeu a ideais. Sabêmo-lo. E reco­ POR que tenh^ a ousadia de des­ messas, mas autênticas rea­ manusear a pena com que nhecemos que na desenfreada dizer o autor ou o mérito lidades, a quem falta única atirou para o papel os seus luta do dia a dia, o homem pre­ Josué A. Silva literário da historieta. mente, para a consagração, primeiros pensamentos, a cisa, realmente, de firmar-se Pobre literatura! Discutir um lugar ao so l.. • Literatura tomou lugar pri­ nesse materialismo para se mais de pão e roubam — o um Eça, discutir um Fialho, Com razão, estamos em mordial em todas as evolu­ manter em equilíbrio na trô­ termo não é forçado —ex­ um Aquilino, Ferreira de crer que a primeira e princi­ ções que caracterizam a pega existência que os deu­ pansão à Cultura, gerando Castro, Namora, Heminguay pal manobra a realizar para existência humana e que ses lhe concederam. Mas a mentalidades adoentadas, ou Maughan, será, não bo­ modificação de tal estado de têm posto o Mundo a cami­ Arte, essa, nunca deve ser criando espíritos inadapta- nito, que é frase de etiqueta, coisas, devia partir dos se­ nhar num Progresso cada traficada, nem mesmo deixar dos. São cómodos. A histó­ mas elevado e instrutivo. nhores livreiros-editores. vez mais rico de fontes de que se arrimem a ela os ria do polícia esperto que Com estes, .corno com ou­ Menos importação de Queen ensinamento, de cultura e, sonhadores de lucros, calcu­ acaba sempre por agarrar o tros de nomeada igual, ar­ ede Agatha Christie, das po­ portanto, de perfeição. Guia listas balofos que outra criminoso papalvo, mesmo tistas na verdadeira acepção liciais inglesas ou das toscas dos povos — pela História; , coisa não possuem, nem sa­ repetida milhares de Vezes, do termo, aprende-se, culti­ aventuras de Gray. Menos — escrínio dos mais belos bem ter em conta, senão as ainda consegue manter em va-se o espírito, constrói-se aceitação às obras dos es­ preconceitos — na moral; — cifras que se amontoam nos emoção, durante um par de uma inabalável base de crevinhadores de pena mal- grandiosa expansão do génio seus canhenhos do deve e horas, os ávidos ledores — e conhecimentos e de princí­ sim. E, já agora, edições do homem —como Arte; — do haver. ledoras, que muitas são — pios. E sobretudo, dá-se o mais baratas, um maior ca­ testamento indestrutível que Surgem estas considera­ dessa fantochada escrita. No valor pelo Valor, traz-se para rinho e amparo ao livro na­ diz da nossa continuidade ções, à margem de um dos fim, porém, mal soletrada a o primeiro plano a verda­ cional e às obras de onde sobre a Terra, a Literatura pormenores do actual pano­ última página, que fica des­ deira literatura e não as far­ algo se possa tirar para cons­ é o alicerce das tradições rama da Literatura nacional. sas duas horas de leitura? sas dos talentosos de meia- truir a consciência clara no da humanidade inteira. Enquanto apodrecem nas Nada. Um nada triste e es­ -tigela. No nosso País toda nosso povo. Ganharão me­ Por isso, há que defendê-la prateleiras dos nossos livrei­ téril como a. desolada exten­ a gente escreve, muitos sem nos com isso os senhores do cancro da corrupção de ros, as obras dos escritores são de um deserto de areias. saberem o que escrevem. editores ? Acreditamos. Mas princípios e do veneno do — dos bons escritores - Mas é «chique», anda na Parece-me que foi o Eça acima dos mesquinhos inte­ puro materialismo. Sacudir, portugueses, as montras das moda o uso do livrinho de quem disse que «em Portu­ resses materiais há que so­ quanto possível, da sombra livrarias enchein-se de uma capa berrante no bolso ou gal lê-se pouco e escreve-se brepor, na justa medida, os da mais bela expressão do literatura de tostão, impor­ na malinha de mão, que se muito». Não achamos que o interesses de uma Arte que pensamento humano, o mer­ tada, que nenhum benefício abre no combóio, no Café, mal esteja na quantidade dos tem sido a glória da Nação cantilismo; e tentar dar à traz à humanidade. Livre- ou mesmo em plena rua, até que escrevem, mas na quali­ e. que, prezada e compreen­ Literatura o lugar que lhe cos de algibeira, como já lhes com um olhar de superiori­ dade do que se escreve. E dida, lhe trará mais largos compete, é um dever de to­ chamam, essas obras, Vendi­ dade intelectual para òs que, se não preconizamos o total horizontes... dos os que às letras oferecem das ao desbarato, com capas pobres de espírito, não que­ desaparecimento daliteratura Este grito não é único, a Vida e- a inteligência. Sabe­ e nomes espampanantes, ti­ rem ou não sabem ler tais barata, da literatura para nem é o primeiro. Mas nunca mos que o nosso século pro­ ram aos autores nacionais a coisas. E discute-se com ca­ distracção, seja nacional ou é de mais frisar-se um proble­ cura no materialismo abso­ possibilidade de um pouco lor o conteúdo da obra — estrangeira, gostaríamos de ma que interessa a tantos. P o r Terras Galegas Exportação de Cortiça

k todos os meus companheiros de viagem Kazoável se manteve o nível tnerados, as aparas espalda- de exportação de coi'tiças por­ das, as aparas grossas, e o re­ fragmentadas, com riquíssi­ queta» de Vigo futuro, — tuguesas, no conjunto dos seus fugo, os elementos constituti­ I V ramos, para os mercados ex­ vos, na ordem decrescente, mas ornamentações simbóli­ obra do arquitecto galego ternos, na ordem dos merca­ dessa exportoção. cas em baixos relevos as quais António Palácios, e a outra dos de destino, no primeiro Influiram, durante o pri­ VIGO correspondem, segundo se s e m e s tre d e 1956. do monumento aos heróis da meiro semestre do ano, em julga, aos séculos III e IV reconquista. De passagem, Segundo o boletim da Junta todo o com ércio corticeiro, Chegámos ao parque Mar­ da nossa era. vemos ainda as valiosas Nacional de Cortiças, as ven­ certos factores adversos, e quês de Alcedo, — D. Cor­ peças artísticas espalhadas das de Junho registaram ainda alguns países consumidores O nosso cicerone não está melhoria sensível em relação adiaram as suas compras, pelo rêa y Quiiiones de Leon. com demasias. Pontifica pelas salas e escadarias, — O parque é grandioso, de aos meses anteriores, elevan­ que, em relação aos prim eiros também acerca da colecção figuras de bronze, estatue­ do-se a cerca de 12.000 tonela­ seis meses do ano findo, os múltiplo arvoredo, parte sel­ e supõe que fala a ignoran­ tas, terracotas, porcelanas, das, no valor de de 130 mil quantitativos denotam uma vático, parte obra do homem, tes e os assombra com suas relógios, móveis laqueados, contos. No total do primeiro baixa de cerca de 29% e se ve­ sem estre de 1956, a exportação rifica uma dim inuição do valor que seu último dono, o fi­ baboseiras. cornucópias, espelhos, etc., dalgo D. Fernando, doou ao c o r t ic e ir a c ifro u - s e em 66.800 lobal em 22°/0. Ma» por me- numa profusão estonteante. toneladas, no montante de 749 idas adoptadas, em que se povo de Vigo. Entrámos, finalmente, no palácio, depois da saída dos Abundam os autores anó­ m il contos, sendo a cortiça em feliminam certBS causas, pre­ Segundo a inscrição que nimos e nota-se a diversi­ prancha, as rolhas, os aglo- vê-se que nos próxim os meses se encontra na fachada do visitantes anteriores. Pagá­ •os embsrques aumentem de dade de escolas de pintura : palácio, este foi reconstruído mos as entradas (em Espa­ ritmo e que, no final do ano, nha paga-se em toda a parte flamenga, inglesa, sevilhana, ■se tenha atingido quantitativo em 1770, depois de ter sido holandesa, italiana. povos fronteiriços aproxi­ «em elhante ao de 1955. demolido por seu possuidor e em todos os lugares de mam-se mais dos observa­ D. Benito Tavares. visita) e penetrámos. O museu deixa-nos boa dores. Dá vontade de ficar Segundo afirmações de bas­ A Câmara de Vigo tornou impressão pela grandiosi­ tante confiança, parece que Fala -se vagamente num por ali horas e horas, na na Tunísia o volume de pro­ conta da doação em 1931, dade e espectacular recheio, doce contemplação da natu­ dução será sensivelm ente igual incêndio provocado pelas pôs lá os seus guardas e que não pelo renome dos tropas portuguesas, — incên­ reza selvagem e das belezas ao do ano passado, e em M ar­ tratou logo de estabelecer o autores expostos. Embora rocos não se conseguirá ex­ dio que reduziu o solar a que de todos os lados nos preço da entrada, para ajuda aqui e ali alguns quadros trair m ais de 70“/.. Na Argélia, ruínas... Seja. espreitam. •crê-se haver possibilidades de das despesas... que se impõem, muitas tri­ Temos, porém, que deixar •obter à ro d a dos 50 a 60®/<,, com O parque, por onde come­ No átrio e nas escadarias vialidades também. o bucolismo e passarmos às agravante de parte destes çámos a nossa visita, é na sumptuosas, bustos, quadros, Saímos e fomos até a •quantitativos poder ser des­ verdade interessante, com vitrinas com bandeiras, re­ Guia. coisas reais da vida. Almo­ truída por incêndios lançados çámos na pensão apressa­ jpelos terroristas. A dar-se a estátuas, lagos, plantas exó­ tábulos, etc.. O guarda vai Aproximava-se a hora do damente. A digressão que confirmação, não é arriscado ticas, jardins odorosos, pe­ dizendo os nomes dos artistas almoço e consequente par­ fizéramos obrigava a maior prognosticar-se que, entre nós, quenas fontes, ruas de mur­ e autores das magníficas tida para o resto da viagem. aumentarão em muito os nos- corrida. Pagámos a conta... tas e de buxos. Esperámos obras expostas, com aquela Não podíamos demorar-nos «08 negócios de cortiça e que com lingua de palmo, sem as cotações se elevarão a pela saída doutros visitantes mesma cantilena já muito na extática admiração de tempo para reclamações (a níveis razoáveis. Qo museu, pois parece que conhecida dos que andam tamanha misturada de pai­ conta é sempre apresentada 0 respectivo guarda não por Espanha e visitam os néis e de objectos de arte. Não sendo, pois, nota de gosta de acumulacões lá monumentos, palácios e mu­ O monte de Nossa Se­ quando faltam cinco minutos ■desiquilíbrio, os quase 750 m il para a partida), e corremos contos relativos à exportação dentro. seus. nhora da Guia, em cujo para o autocarro. Lá vamos de cortiça, no prim eiro semes- Entretanto, vamos obser- São onze salas, dispersas cimo se ergue o santuário lre de 1956, e pelas perspecti­ ou vez a caminho, depois Vando uma colecção de aras pelo andar e pelas alas. moderno, é um autêntico vas que 8e antevêem, é razoá­ r°manas, dos tempos da do- Quase todas as telas são de miradoiro! Dali se disfruta de termos «provado» a terra vel conCluir-se que não só o viguense sem quase a es­ nível da exportação corticeira l^nação, para ali levadas pintores e escultores espa­ um panorama que deslumbra! cutarmos. Vamos embora, s e m a n té m em equilíbrio, duma rua de Vigo, com ins­ nhóis, na sua maioria pouco A cidade abre-se a nossos como no nosso país, tradicio­ vamos embora... crições diabólicas que não conhecidos. pés, esplendorosa e vibrante nalmente ocupando um lugar consigo entender. São 27 Para finalizar a excursão Álvaro Valente de destaque na escala deste de aspectos. A ria oferece-se género de comércio, aí se m an­ Peças diferentes, algumas interior, observamos a «ma­ em toda a sua extensão e os ( Continua) terá com segurança. — (C.) A PROVINCIA 25-10-956 DESPORTOS Concurso de Prognósticos de futebol Campeonato Nacio­ Campeonato nal da 2.a Divisão C j f z u t t k & L Distrital de Juniores Cupão N.° 5 Arroios, 1 - Montijo, 2 Montijo, 1 - Cuf, 1 Ninguém acertou em todos os resul­ Equipas: — — N unes; sias. Foi, talvez, rigorosa em ex­ A rroios. No próximo domingo: Mendes e Almeida, Ferreira, Isaac, cesso, indo a minudências que tados por isso também ninguém Simpliciano; Daniel, Alves, .loão pouco ou nada influiam. No en­ Paio Pires - Montijo Silva e Am adeu. tanto, antes assim que ao contrá­ Desportivo de M ontijo: — rio. ganhou os 1.500$00 prometidos para Redol; Anica e Caixeirinha; Neto, A classificação ficou, portanto, Barragon, Santana; Barriga, Vere­ como estava, com igualdade de Este número de «A Pro­ este cupão. das, João Mário, Mora, Ernesto. pontos para o Desportivo e Farense. Campo da Picheleira. E enfim : A v a n te .. . a ver se faze­ víncia» foi visado pela — A r b itr o :— Manuel Vaz Va­ mos m ais... e melhor. lente, de Beja. CENSURA Diga-se já de entrada que o João di cá Desportivo não jogou como nos encontros anteriores. Venceu, mas Prémios para o cupão n,° 7 a sua actuação foi inferior àquelas a que nos acostumou nos passados jogos. H ouve a habitual falta de Aos rematee no conjunto deminuiu-se. que acertem em todos os resultados deu-nos a impressão de que se tratava doutro team. (BaityiLeteb&L O jogo começou com o Arroios imperando, em duas avançadas 1.5 0 0 $ 0 0 perigosas mas de remates falhados. O Desportivo reagiu e Barriga teve uma avançada tão perigosa que Barreirense, 125 - MonHjo, 31 provocou desconcerto nos adver­ i [igris u eifilieleilmti a tsullii di i sários. Sob a arbitragem do sr. Ilermí- do Barreiro nos têm dito ter o Aos 33 m inutos, sem que tal se nio Castro disputou-se no passado B arreirense a m elhor equipa de esperasse, houve nova e grande sábado, dia 20. o encontro acima sempre e estar num m áxim o de avançada do Desportivo ao campo a contar para o Campeonato Be- forma como jamais esteve. do Arroios e em seguida a uma gional de Setúbal. Segundo nos foi dado observar, boa «cabeça» de Mora, .loão Mário As equipas alinharam: concordamos plenamente com marcou o primeiro golo do encon­ B arreiren se: (56 cestas e 13 lan­ aqueles juízos. A «máquina» bar­ tro. ces livreS transformados em 30 reirense, ajustadas como estão as Ao que acerte em maior O A rroios também reagiu e pro­ tentados) Vicente (10), Soeiro ((>), devidas peças, dá todo o rendi­ curou o empate com todo o entu­ Macedo (41). Ferreira (14), Nunes mento que seria de desejar, e isso siasmo. Não o conseguiu, porém, (4) Valente (33), Climaco (7), Nar­ num ritmo impressionante e numa e ao intervalo o m arcador estava ciso e A. Macedo (10). actividade desgastadora. número de resultados em 1-0, a favor do Desportivo. Montijo: (15 cestas e o lance Esperem os pelos «Nacionais» Na segunda parte o Arroios livre transformado em 6 tentados) para nessa altura uns pseudo-en- começou logo com jogo forte e de Luciano, Iléitor (4), Teodemiro tendedores montijenses.que vendo certo modo duro, na busca de go­ (6), Elesiário (10), Adriano, Pinto simplesmente a ^miséria» — Mon­ Lanternas eléctricas de algibeira (sem los que lhe desse o empate ou a (11) e Adelino. tijo, não reconhecem a «grandeza» vitória; mas havia igualmente Ao intervalo 60-15. — Barreirense. se certificarem a falta de remate, certo nervosismo Tem pouca história o encontro devidamente do valor actual desta lâmpada e sem pilha), mais uma oferta que conduziu à desorientação. No disputado no ginásio do Barrei­ equipa. entanto, aos 15 minutos de jogo o rense, entre este clube e o Mon­ Regra geral em todos os jogos de empate surgia, por intermédio de tijo. elevada pontuação a exibição do da SETEL, a maior casa em artigos Amadeu. Tentar relatar ou apreciar ac­ árbitro não costuma interferir Aos 38 minutos, quase no final, tuações e sistemas de actuar, seria no resultado. Tal não sucedeu portanto, o Desportivo marcou quanto a nós. tarefa sem cabimen­ desta vez. O Sr. Hmínio Castro eléctricos no Montijo. mais um golo, por intermédio de to e poderia até adulterar factos. mostrou conhecer de tudo menos Neto, e assim se conservou o mar­ Mais do que quaisquer outros de basquetebol. Lamentamos por­ cador até o fim. O Desportivo comentários fala a eloquência que reconhecemos ainda na sua Obs. : Chamamos a atenção dos concorrentes que não vencera por 2-1 , mas não conven­ dos números. pessoa um mínimo de qualidades cera. A tarde não fora feliz, em­ Superioridade esmagadora de que seriam aproveitáveis. tem sido atribuído prémio, aos que acertem em maior nú­ bora o resultado fosse favorável e uma equipa e ingénua resistência O sr. Herminio há-de-nos dizer mero de resultados, em virtude de se ter aumentado o pré­ satisfizesse aqueles que apenas pro de outra foram características que quem assinou o «livrete» de pas­ curam o número de golos para ga mantiveram durante todo o sagem livre pelos «três segundos» mio principal de i.ooo$oo para i.jooo$oo. rantir a classificação.] jogo. para todos os jogadores do Bar- A arbitragem foi rigorosa, pro­ Com petências dentro do Bas­ reirensç. Gostaríamos de saber e Contudo e para não haver descontentamentos, de futuro curando corrigir excessos e dema­ l i quetebol e diversas pessoas amigas cá estamos prontos para a sua esclarecedora resposta. mantemos à mesma o prémio dos i.foo$oo e mais os secun­ No jogo de reservas que termi­ nou com o resultado de 64-17, dários que oportunamente iremos anunciando. repetiu-se o já passado nas l.as. Superioridade flagrante do Bar­ EDITAL reirense. —------CORTE POR AQUI -- -— ------— @.&n(er.içã» de mtdLdai C U P Ã O N . 0 T Concurso Prognósticos de Futebol A Câmara Municipal do Concelho de Montijo Trabalhos para amadores de «A Província» fotografias d'flrte Divisão 2.a Divisão (Zona Sul) Faz saber que as (irmas e indivíduos que utilizem Aparelhos fotográficos i.a medidas e instrumentos de medir, para comércio, de­ Barreirense Lusitano Alm ada Portitnone..... vem apresentá-los a conferir na oficina municipal nos Reportagem Fotográfica meses de Novembro e Dezembro ès quintas-fei­ Torreense Setúbal Beja M ontem or ...... Rua Bulhão Foto, 11 - MONTIJO ras e sábados. Académica Oriental Juventude Coruchense... Os interessados que pretendam as conferições no próprio estabelecimento, podem solicitá-las para reali­ Benfica Atlético Farense Portalegre .... zação nos restantes dias úteis, mediante o paga­ Sporting Belenenses Arroios O lhanense .... mento do dobro das taxas. Aos transgressores serão aplicadas as multas comina­ C ovilhã Caldas Olivais Estoril das na lei. Sieíeliie teeaiiM Porto Cuf «Os Leões» Montijo Com as medidas devem ser apresentados os recibos 11027105 de Contribuição Industrial paga no corrente ano. fiojisno “ Pare que ninguém possa alegar ignorância, se publica Nome o presente e idênticos, que vão ser afixados nos lugares Terminaram no passado Do­ Morada mais publico* do Concelho. mingo as comemorações aniversi- tárias da simpática colectividade. A noite, realizou-se mais um Localidade (Pmçot do êonetiko, 2 2 ie Outuâia de 1956. baile com o concurso duma orques­ O Presidente, tra afamada, o qual, como de cos­ tume, decorreu com o maior en­ «A Província* Cupão N<* tusiasmo. $osé da óilva Síeite E que o aniversário se repita por muitos e dilatados anos, fnviar este cupão até às 12 horas de 5." feira 1 M O T O Reinai NA FAMOSA C I A O G ra n d e ç o e s era o festa, O S dias 13 e 1 tegoria: Câmara Pe- a acrobacia Rali Lisboa- eves. moto è, por d e r a ^--- natureza, um H nizado pelo S prova e que seja o vencedor! Portuguesa dc ano teve a Baptista Rodrigues, prefe­ d a té c n ic a espectáculo emo- Motociclismo e criado, em três provas de perícia, que foram riu, desta vez, a categoria de 125. p e lo p ú b lico , tudo Moto Clube de Lisboa, o motoci­ disputadas no Porto, na Figueira da — Parece-lhe que a prova vai ser aconselha a sua difusão, não sò ^STAedição do Grande Prémio clismo desportivo libertou-se, em Foz e em Lisboa, na Praça do Império. fácil ? por Enrico Benzing dros M.V.-Agusta e as 3 cilindros para estimulo dos novos como par a parte, duma asfixia que durou A maior parte do rali decorreu de­ — Muito difícil, mas assim é que é C> das Nações será recordada D. K. W., contra as Velocíssi­ a propaganda e desenvolvimento exactamente 3 anos e 10 meses. baixo de chuva e teve as habituais bom porque haverá mais «estoiros». por muito tempo pelos pro­ da modalidade. Por isso está indi­ mas máquinas . Nem, quer Voltámos a ter provas de velo­ cada a inclusão de provas — ou, dificuldades, todavia, dos 38 concor­ — Tem algum reparo a fazer ao re­ gressos conseguidos pelas má­ falíado Lomas, que caiu na prova a Guzzi, quer a MV-Agusta e a cidade. Foi até possivel a alguns rentes que partiram, apenas 5 foram gulamento ? pelo menos, demonstrações de quinas de cada cilindrada, ex­ d as'-350 c. c. e perdeu quase clubes da provincia realizarem, eliminados: dois desclassificados, — Os que são elaborados pelo Ben- D. K. W., deram uma ideia acrobacia — a quando da realiza­ pressas, com toda a clareza, nas uma * volta à partida e por exacta das suas possibilidades, de novo, pequeuos festivais de mo­ ção de gincanas e de provas de Abrantes Correia vítima de acidentt e fica são sempre perfeitos e este está tociclismo ; multiplicaram - se os dois que desistiram. m uito bom. extraordinárias médias estabe­ Campbell, que conduzia a se­ p ericia . de modo a tirar conclusões de­ «rally s» e as chamadas provas de 'lenho verificado que pela pro­ O primeiro concorrente a cortar a — Quais são os seus fa vo rito s? lecidas. Progresso que, para as gunda,^ter sido eliminado tam­ finitivas. p ericia . meta cm Bclcm foi o n.° 2, e o segundo — Espírito Santo, Arsénio Machado vincia se encontram rapazes habi­ classes de 125, 250 e 500 c. c bém devido a queda. Todavia A proeza das 4 cilindros Gi­ Uma modalidade existe, no en­ lidosos com vontade, mas sem o n.° 4, Fernando Espirito Santo. e R u i de N oronha. tanto, onde não se tem verificado A partida, que teve lugar no Rairro Despedimo-nos de Baptista Hodri­ são comparáveis, não há um ano, podem tirar-se conclusões sobre lera abre novas possibilidades e possibilidades de se exibirem nas um desenvolvimento paralelo. Re- suas terras. Porquê? Porque não dc Alvalade, ouvimos vários concor­ gues augurando-lhe um bom triunfo. mas h á disputa do Campeonato as possibilidades da Guzzi 8 ci­ realça o nível técnico da classe firo-me á acrobacia em motoci­ sé tem seguido o bom exemplo que rentes, em breves entrevistas. italiano da passada primavera, lindros, analisando as voltas 350 c. c .; a confirmá-lo bastam clismo, grande atractivo especta­ Começámos por ouvir José Fontinha, nos ó dado pelos dirigentes do no qual as máquinas das cilin­ efectuadas por Campbell. cular que põe á prova os nei vos automobilismo e do ciclismo: para I Tanto á partida como à chegada nu­ as médias conseguidas por Li­ nosso prezado amigo — que desenhou da assistência, sabido como é o os pequenos festivais realizados o cabeçalho de meroso público que dradas atrás referidas conseçui- Mostrou ainda as suas possi- berati, principalmente a da volta interesse das multidões pelos es­ em recintos reservados, e sem in­ MOTO Jornal. assistiu interessado ram médias mais que notáveis, j bilidades a bicilíndrica mais rápida, quase igual à mé­ pectáculos dc emoções fortes. tuitos lucrativos, nada de filiações ao desenrolar dos — Agrada-lhe o Mas observemos tudo isto; basta dizer que, a metade da dia que o mesmo campeão con­ Refle­ o b rig a tó ­ itinerário? preparativos e da mais de perto, com uma breve prova, o seu condutor, Zeller, x o s r á p i­ ria s nem prova de perícia, a seguiu alcançar na passada pri­ — Acho mal ini­ dos, ao- d e p a g a ­ qual decorreu com análise das causas e das con-1 estava em quarto lugar ; depois, mavera com a Gilera de 4 ci­ ciar-se o R a li pela m itiio se- m ento de entusiasmo e ’ com clusões técnicas de cada estrada de Torres, lindros de 500 c. c . g u r o e taxas; algumas brilhantes que é basiante si­ uma das cinco provas. Sobre a fantástica ve­ a b s o lu to n a d a d e nuosa e se torna actuações. Na classe de 500 c. c. d a m oto, com p lica ­ particularmente di­ A classificação locidade desta nova 4 ci­ os aumentos notáveis das lindros, com motor se­ confiança ções d e s ­ fícil e perigosa com dos trinta e très em sip r ó - n e c e s s á ­ concorrentes ficou médias são devidos à Gi­ o tempo de chuva MÊÊ melhante aos de maior P r i o , ria s. A té que vamos enfren­ assim estabelecida: lera de quatro cilindros de cilindrada, não restam e q u ili- mesmo tar. Scooters A : — Duke (182,9 km./h., no to­ dúvidas; a monocilíndrica brio, d e s­ p o r que, — Quanto à pro­ 1.° Vasco da Câma­ tal) e Duke e Liberati Guzzi no auge das suas treza , ar­ sa lv o m e­ va, 4em algum re­ ra Pereira, 2.° Fili­ rojo e . .. lhor o p i­ paro a fazer ? pe Campos, 3.° Eva­ (187,5 km./h. na Volta mais possibilidades, conseguiu cora g em , n iã o , não — As provas de risto dos Santos rápida). Os «4 cilindros» uma prova mais veloz do eis o que se m e a fi­ perícia são dema­ Pereira, 4.° Manuel da Casa di Arcore corre­ que as MV-Agusta de precisa gura d e ­ siadas. Campos Crespo, 5.° 4 ram nas perfeitas condi­ cilindros e as D. K. W. ter o m o ­ f e n s á v e l Desejámos-lhe Luis Filipe Neves, to c ic lis ta tais ex i- boa viagem e abor­ 6.° Rui de Noronha, ções de eficiência dos de 3 cilindras, confir­ ao d ese­ gênciàs dámos outro con­ 7.° Eduardo dç Oli anos anteriores (4 máqui­ mando a classificação n h a r a s s e a ten ­ corrente, o colabo­ veira e Silva, e 8.° nas nos primeiros lugares, nas provas precedentes. su a s fig u ­ tarm os no rador de «A. Pro­ Fernando Pinto de das 5 à partida), tendo ra s acro­ q u e d is­ vín cia», António Abreu. Na classe de 250 c. c. b á tica s; e p õ e o d e­ Carlos Hodrigues. Vasco da Câmara Pereira, ven­ Scooters B : — conseguido progressos Emocionante passagem do Campeonato das Nações. assistiu-se a um interes­ o p u b lic o , creto n .° — Algumas pala­ cedor na classe A cie scooters, e 1.° Arsénio Cunha enormes, especialmente no Ivassner (40-N. S. U.), Montanari (8-Guzzi), Heck santíssimo duelo entre sentindo 3 2:496, vras para M O T O sua Esposa, pousam especial­ Vieira Machado, 2.° campo de velocidade pura. (32- X . S. U.), Sandford (34-M ondial) e T a ve ri Lorenzetti, sobre a «sua» que isto è Alberto Simões, executa um dos seus difíceis nú no seu ar­ J o r n a l?! m en te p a r a MOTO Jornal, mo­ Fernando Espírito A prova das «4 cilin­ (4-MV-Agusta), em plena acção. Repare-se na loca­ Guzzi modificada e a a s s i m meros de acrobacia. A moto que utiliza tigo 4 8 .°: — Cá vou. Não mentos antes da partida. Santo, 3.° Fernando lização do público, bastante numeroso, e confron- m e s m o , e uma pesada Ilarley. «provas tenho grandes pre­ Jo sé Sim ões, 4.° dros» Gilera, dominantes te-se o que se faz lá fora com o mais Veloz da monoci­ n ã o lhe p a rticu la ­ tensões, a máquina nem sequer foi Viriato da Cruz Santos, 5.° Rui Mon- do princípio ao fim, não que vimos cm Monsanto. líndrica MV-Agusta, con­ regateia aplausos. res 8 ão as organizadas por clubes, revista. Farei, porém, tudo quanto targ il, 6.® Vasco Perdigão Garcia, 7.° foi contestada e quase es­ duzida por Ubbiali, que Em tempos náo muito distantes, in teg ra d o s ou não na hierarquia puder. José Nunes Rosa, 8.° Franco Olivieri, tiveram a faltar os competidores, existiram em Lisboa três secções desp ortiva ». Boa viagem e melhor classificação, e 9.° José Olindo da Silva Fontinha. uma avaria na admissão do ci­ esteve sempre a poucos metros de motociclismo que dispunham Chegado a esta altura parece- forarn os nossos votos. dos quais tanto se esperava lindro esquerdo atrasou o cam­ do adversário no «rush» final. Scooters C: — 1.° Nicolau António de valorosos elementos para a -jme não ser descabido transcre­ Rui de Noronha era a «bomba» do Godinho, 2.° Alfredo Baptista Rodri­ na véspera. As «4 cilindros» peão tedesco. As causas? Primeiramente assi­ prática da acrobacia em moto — ver, nas colunas amigas e acolhe­ Rali. Trocara a pela Bella Zun­ gues, 3.° José Gordilho Cardoso. MV-Agusta n ão conseguiram Bem mais característica e Benfica, Sporting e Belenenses — d o r a s de M O T O J o rn a l, o p erio d o dapp, o que trás foros de sensação. nalamos o facto de Venturi se­ figurar nos primeiros lugares; completa foi a prova das má­ os quais, nas suas deslocações, duma carta qne cm 1955 dirigi à — Q ual o m otivo da tro ca? — come­ M otos A : —• 1.° Joaquim Jorge Pe­ guir a pouca distância de Lo­ marcavam sempre um lugar de Federação de Motociclismo, e cuja çámos. reira de Sousa, 2.° Adelino de Oliveira os irmãos Agusta devem, por quinas de 550 c. c., onde o equi­ renzetti e Ubbiali. Isto explica a d esta q u e. copia entreguei na Direcção Geral — Uma situação mais favorável na Teque, 3.° João Hugo Xavier Cardoso, isso, ter lamentado a ausência líbrio dos Valores em campo foi conveniência de Lorenzetti em R eco rd o a s provas de acrobacia dos Desportos: Zundapp. Temos que olhar aos nossos 4.° Fernando Rainho Gaiaz, 5.° Albano de Surtees e a saída de Ma- superado inteiramente por uma se lhe adiantar, para lutar com organizadas pelo Ginásio Clube « O motociclismo desportivo não interesses___ De resto, como sabe, a Castela Jaques. 6.° Francisco Craveiro setti ao fim das primeiras voltas. de Alcobaça, onde apareciam ra­ pode estar confinado apenas a Bella é uma boa máquina. / Oliveira, e 7.® Valentim Lopes Neto. surpreendente e indiscutível su­ um só adversário. Ubialli, apro- pazes de valor, destemidos, que Lisboa. Ê preciso que desapareça — Parece-lhe que a prova está bem Ainda que a , com perioridade da Gilera de 4 ci­ veitando-se da ligeira superio­ M otos B : — 1.° Fernando Manuel conquistavam o público com as o colete de forças que foi imposto delineada? a Bento Nogueira, 2.° António da Costa sua velocíssima oito cilindros lindros, Vencedora do final. ridade da sua máquina em velo­ suas perigosas exibições. Saudo­ àquelas pequenas organizações da — 10 óptima, mais difícil do que a Monteiro, e 3.® Domingos Malhou. prometesse uma prova emocio­ Nada conseguiram as outras cidade pura, sobre a Guzzi de samente me recordo ainda dos provincia, que eram tão simpáti­ do ano passado, mas com maior inte­ nante e uma dura luta com as festivais de motociclismo nas Sa- cas, onde se abriam de par em resse por isso mesmo. M otos C ; — 1.° José Nunes Cor­ máquinas em luta, as Guzzi Lorenzetti, reservou-se inteira­ lèsias em que a acrobacia ocupava par as portas dos campos despor- — Quais os concorrentes que consi­ reia, 2.® Victor Hugo Delgado, e 3.° «4 cilindros» Gilera, foi forçada monocilíndricas, vencedoras na mente para a tirada final. o primeiro lugar, e dos do Grupo dera mais perigosos ? Álvaro Mendes Ferreira. a abandonar a prova por lhe ter | Véspera na categoria, as 4 cilin- (Continua na página 3) Desportivo de Sesimbra. Aqui, a (Conclui na página 3)

Sufiltmené» quinzenal d.t *c4 rpi«oíneia’>>------; õ M O T O 5 crnat 0 Classifica ções P ro v a — S h e ll Portuguesa — C la s s e G — Scooters de 151 a 1 200 c. c. 1.° — 68, Angelo Nunes Diniz, em Heinkel — Tempo : 24 minutos, 20,50; TREINO S 2.® — 19, Vasco Câm ara Pereira, em B e lla Z u n d a p p — 24,35,40 ; 3." — 21, Albano Castela Jaques—Bella Zundapp Prsva - «SKíLL PORTUGUESA» — CUSSt G — Scootm de 151 a 200 CC —-24,54.47; 4.° — 37, Jo rg e C arvalh eira Karaos — T . W . N. — 25,54,98 ; 5 .° — 63, José Luís Salgado — Heinkel — 24,55,81; 6.° — 103, Fernando Nunes lujsr Y«Ha mais Zuzarte — Heinkel — 25,43,07, todos HOMES MARCA Média aa rápida com 12 voltas. alinhar 7.° — 85, Carlos Hesende Velez — Dianna 24,36,47; S.° — 38. Domingos 5 Vasco M. Figueiredo .... Venus 2m., 12,08 s. 8.° Malhou — T. W . N. — 25,04,89; 9.° — 19 Vasco da Câmara Pereira Bella-Zundap 2m., 01,62 s. 3.° 87, Luís Filipe Nèves — Dianna — 20 António Carter Ferra . Bella-Zundap 2m., 01,48 s. 2.° 25,04,89; 10.°— 86, Bernardo Ferreira 21 Albano Castela Jacques . Bella-Zundap 2m., 05, 17 s. 4!° A b reu — D ianna — 25,55,40; 11.° — 64, 37 Jorge Carvalheira Ramos . . . T. \V. N. 2m., 21,67 s. 10.° Jaime Conceição Pereira— Heinkel — 38 José Bernardino Lampreia . T. W. N. 2m., 07,52 s. 7.° 26,12,59; 12.° — 89, B u i Encarnação 62 Angelo Nunes Dinis . H ein k el lm ., 57,72 s. 84,097 l.o Delgado — Dianna — 26,12,96, todos 63 José L u is Salgad o...... H einkel 2m., 06,82 s. 6.° com 11 voltas. 64 Jaime Conceição Pereira H einkel 2m., 24, 26 s. 13.° 85 Carlos L. Besende Velez . Diana-Durkop 2m., 17. 66 s. 9.° Prova— Grémios Auto, Motos 86 Fernando Ferreira Abreu Diana-Durkop 2m., 28,22 s. 14.° e Ind. Anexas — Classe F — Scoo­ 87 Luís Filipe Neves ...... Diana-Durkop 2m „ 22, 50 s. 1 1 .° ters até 150 c. c. 88 Diana-Durkop 2 m „ 53,47 s. 15.° l.°— 16, Rui de Noronha— Vespa 89 Rui Encarnação Delgado . Diana-Durkop 2m., 23, 58 s. 12.» tí. S. — 25,19,28 ; 2.° — 2, A rsénio, 103 Fernando Nunes Zuzarte H einkel 2m., 06,43 s. 5.° Vieira Machado— — 26,06,68; 3." — 22, António Agostinho da Silva — Vespa G. S. — 26,28,71, todos com 12 Prova -« C b r c Social Fragata D. Fernendo» - Classe H - Yeiomoíores «Sport 50 cc.» volas; 4.° — 34, Vasco Perdigão Garcia — P a rilla — 25,40,92, com 11 vo ltas; 5.° — 4, José Maria Lino — Moby — 26.05.43, com 10 voltas. ¥olto mais Lujtr K 0 i» t MURÇA Média ao P rova — Direcção Geral de Des­ rápida alinhar portos — C la sse C — Motos Sport 350 c. c. 18 Manuel J. Matos Pinto . Kreidler 2m., 35, 91 s. 3.° 1.° — 81, Domingos Catula — B.S.A. 73 Raul Coelho ...... Zundapp 3m., 00, 53 s. 6.° 26,31.20 ; 2.° — 77. C arlos Pin to — 90 Carlos A. Barreiros . Parilla 3m., 03, 77 s. 8.° B. S. A . — 27,27,96 ; 3.° 25, Carlos 92 Fernando Moreira Carvalho Ardito 3m., 42, 31 s. 11 'O M iranda F e rre ira — B . S. A. — 27,32,42, 93 Carlos Matos Conceição. Parilla 3m., 01,-89 s. 7.° todos com 15 voltas; 4.° — 40, Jorge 94 José M. Matos Conceição H. M . W . 2m., 51, 16 s. 4.° Carvalheira B a m o s — T. \V. N. — 95 Baltazar A. Coelho .... Pachancho 2m., 58, 25 s. 5.° 27.04.44, com 1 í voltas. 96 Fernando N. Alcobia. . . . Pachancho 4m., 03, 38 s. 12.° 97 João Jesus Serra ...... Pachancho 8id., 09, 08 s. 9.° P rova — Automóvel C lube de 98 José Machado Gomes. Pachancho 12m., 13,12 s. 13.° P o rtu g a l — C la sse D — Motos Sport 100 Fernando A. Salvador Pinto K re id le r 3m., 38, 37 s. 10.° 250 c. c. 104 Fernando Coelho da Silva . . H. M. W . 2m., 35, 49 s. 2.0 1.° — 3, José Nunes Correia — -Gillera 105 Eduard o S ilv a . . ., . . C ucciolo 2m., 29, 95 s. 66,022 1.° — 27,40,18; 2 .°— 14, M anuel Gomes Terenas — G ille ra — 27,56,63; 3.° — 24, L u ís Fernandes — Pu ch — 27,58,35, to­ Provo — «DIÁRIO Df NOTICIAS» — CLfíSSE £— Velomotores «Competição 50 CC.^ dos com 15 vo lta s; 4.° — 36, A lvaro F e rre ira — P a rilla - 2S,36,27 ; 5.° — 69, V icto r Névoa — V ictória — 29,06,29 ; 6.°— 15, José António da Cruz — 1 Lugar VoSfa mais G ille ra — 29,07,28; todos com 14 voltas; N.° Kaa: Marte Média sa rápida 7.° — 30, Fernando Espírito Santo — alinhar A erM ach i — 29,43.22, com 12 voltas.

8 Alvaro Mendes Ferreira. Cucciolo 2m., 14,18 s. 2.“ Prova — Jornal «Diário de Noti­ 9 Jú lio F e r r e i r a ...... Cucciolo 2m., 49,90 s. Í3*° c ia s •> — C la sse F — Velomotores de 10 Alvaro Amorim Vieira . Cucciolo 2m., 32,45 s. 10. ° competição. 11 Aimando Inácio Brilo . Cucciolo 2m., 26,59 s. 7 .° I.° — 44, José Martins Ferreira — 12 Jaime Leandro Fernandes . Cucciolo 2m., 23,36 s. 6.° Pachancho — 26,13,89; 2.° — 45, Jo sé 17 António Texeira Oliveira Kreidler 2m., 38,06 s 12.° da S ilv a F e rre ira - Pachancho - 26,47,04; 41 Fernando Pinheiro Silva. Pachancho 2m.. 32,48 s. 1 L ° 3.° — 12, Jaime Leandro Fernandes — 42 José A. Maia Castro . Pachancho 2m., 14,72 s. 3.° Cucciolo — 26,58.93; 4.° — 41, Fernando 43 Joaqnim L. Ferreira . Pachancho 2m., 16,44 s. 5.° Pinheiro da S i lv a — Pachancho — 44 José Martins Ferreira Pachancho 2m., 09,87 s. 76, 230 1.0 27,01,51; 5.° — 42, Jo sé A . M aia Castro 45 José da Silva Ferreira Pachancho 2m., 15,16 s. 4.° — Pachancho — 27,22,32 ; 6.° — 75, L e o ­ 46 Manuel Costa Santos ./ . Pachancho 4m., 04,44 s. 14.° nel de Sousa— Cucciolo— 28,04,88; 74 Albertino D ia s ...... Zundapp 2m., 31,54 s. 8.° 7.° — 9, Júlio Ferreira — Cucciolo — 75 Diogo de So u sa ...... Zundapp 2m., 32, Oi s. 9.° 28,18,01. todos com 12 vo lta s; 8.11— 10, Alvaro Amorim Vieira — Cucciolo 26,54, 86 ; 9.° — 17, António Teixeira Rectificação',: — Por lapso indicámos no número anterior o nome de João Piçarra de Brito para o corredor n.° 107, quando se tiata£de outro concorrente. (Continua na página 7)

_ Sufi.Ltm.into qju.int.tnaL dt "c4 'JJcevínfia» —.....- M O T O Reinai ^ ------— =------— • ------3 CLASSIFICAÇÕES 0 Grande Prémio das Mações (Continuação da página 1) s P rova — Moto Clube de Lisboa — C la sse I — Scooters com Side- -C a rs. a& miezú&eópiõ da téeniea 1.° — 53, A n g e lo Nunes D in iz , (Continuação das pá g in a s centrai s) 28,11,60; 2.° — 54, A m ílc a r A lv e s , 28,36,30; 3.° — 59, .losé L u ís Salgado, Nesta ocasião, a «especialíssima» o pior. No melhor da prova, po­ 28,56,85 í 4 . °— 57, A ntónio Rodrigues, Guzzi de Lorenzetti aparece mais rém, uma importante avaria na 29,35,00; 5.° — 58, D iniz S a lg a d o , veloz do que nunca, tanto que sò ignição, eliminou a bicilíndrica 29,58,78, Iodos com 12 voltas; 6.° — 60, foi vencido, por pouco, por uma d e F e r r i. A ntónio Fernandes. 28,30,24 ; 7.” — 55, máquina preparada e de patente Entre a MV-Agusta de Ubbiali e Vasco G. Franco, 29,05,83 ; 8.° — 56, como é a bi-eixo dos irmãos a Mondial de Provini, destacou-se Vasco Fonseca, 30,12,78, todos c o m '11 A g u s ta . a primeira máquina, que manteve voltas, e em Heinkel.; Da corrida das motos ligeiras de uma ligeira superioridade devido Os tripulantes dos «side-cars» do 1.“, 125 c. e., esperava-se um confronto à acelaração da máquina bi-eixo 2.® e 3.° classificados, foram respecti­ eloquente, isto è, donde se pode­ campeã do Mundo, jà tudo se vamente, Manuel Pinto de Sá, Alvaro ria tirar imediatamente uma apre­ sabia. Surpreendeu, por vezes, o Bugalho e Jorge Brazão. ciação dos valores técni- nível alcançado pela Mon­ nos em jogo e conclusão dial, que quase igualou Nesta prova, todos os concorrentes do despique que estas m á­ e máquinas inscritas, completaram o a s possibilidades d a quinas mantêem há um percurso e foram classificadas, nos MV-Agusta, obtendo o seu ano, vencendo alternada­ termos regulamentares. motor, sem modificação mente. A corrida não ilu­ das características, a po­ A voltajmais rápida desta prova, foi diu a espectativa. O com­ tência de 19 c a v a lo s a obtida pelo concorrente n.°|53 com o bate entre a bi-cilindrica 12.000 r o ta ç õ e s , q u e é o tempo de 2,18,36. Giiera e as monòcilíndri- rendimento da bi-eixo da As médias horárias, mais elevadas, cas MV-Agusta e a Mon- m arca de Ca sei na Costa. em cada uma destas provas, foram as dial, apagou as restantes. Por fim, houve um últim o seguintes : — Classe K — Velomotores Das três máquinas, a motivo de interesse apre­ — C oncorrente n .° 44, média 76,74 Iv/ m ais veloz, è visivelm ente ciável : a clara afirmação /II.. Classe II — Velomotores Sport — a bicilíndrica Gilera, ainda da Gilera de quatro cilin­ Concorrente n.° 105. média 68,44 K/H. que desenvolvendo lenta­ dros, com side-car, de A l­ Classe I — Scooters com side Con­ m ente; pelo contrário, as b in o M ila n i, possuidora, corrente n.° 53, média 71,55 K II. duas rivais, a monocilín- entre tantas, de uma su­ drica MV-Agusta e a Mon- premacia assombrosa. Pa- P rova — Ministério da Educação dial, mostraram-se sensi- rj Nacional — Máquinas de Compe­ receu-nos ta mbém estranho velmente mais fortes em o facto de entre a bicilín­ tição — C la sse A. acelaração.Evidentemente drica B. M. W., vencedora 1.° — 49. António Pinto — Norton os técnicos da Gilera de­ no ano passado, e a mono- — 41,18,38 (a); 2,° — 61, José Luís Sal- vem ter dado tudo para obter cilíndrica Norton, tenha prevale­ ■ gado — N orton — 42,48,40 (a); 3.“ — 72, m aior velocidade, em prejuízo da cido esta últim a, com a conquista Albano Castela Jaques — A. J. S .— «reprise». Por isso se viu, na fase do segundo lugar. 43,09.43 (a); 4.° — 77. Domingos Catula média da corrida, a Gilera de Traduzido psr Mório de (orvalho — B . S. A. — 42,05,14 ( b ) ; 5.° — 29, C a r­ Ferri tom ar o comando, adiantar- los P in to — B . S. A . — 41,67,64 (c ); 6.® -se ao fim das rectas, mas ser al­ — 106, A. Gomes Pereira — B. S. A. — cançada pela M V - A g u s t a de ACROBACIA 41,28,90 (d). Ubbiali e pela Mondial de Provini ( Continuação da pág-Ina 5) Não completaram o percurso, ou não (as quais tiveram que se lançar tivos para que todos — m esm o o s se classificaram, outros 4 inscritos. numa perseguição para alcançar pobres — pudessem presenciar , Média obtida pelo vencedor— 102,36 os corredores da frente) nos locais gratuitamente, exibições de moto­ de m aior acelaração, á saída das K/H — Volta mais rápida, 1,36 m. ciclismo. Não são sò os endinhei­ curvas de Lesmo e de Vedano. Prova — Câmara Municipal de rados que devem ter direito á vida. L isb o a — Máquinas de S p o r t— Os resultados da pugna eram Por mim, sou dos que entendem 500 C C '== C la sse L. ainda incertos, tanto que se Ferri que no desporto deve existir algu­ ma coisa de superior a antipáti­ 1.° — 66, José Luís Salgado — Nor­ não tivesse conseguido uma boa cas preocupações de ordem mone­ to n — Tem po, 42,43,47 (a) V olta mais vantagem, na tirada final, pode­ tária ou de pagamento de taxas». rápida, 1,37,25; 2.° — 70, Joaquim Pe­ ríamos, com toda certeza, esperar Suponho estar com a boa causa. reira de Sousa — Norton — 42,55,07 (a) — 1,38,47; 3.° — 33, Fran cisco C raveiro Oliveira — N o r t o n — 43,34,90 (a) — 1,41,77 ; 4.° — 101, Adelino Gadanho — T riu m p h - 44,12,65 (a) - 1,44,17 ; 5.° — 48, Afonso Espalha — Triumph — MOTOS 42,48,53 (b ) — 1,45,19; 6.° — 47, A delino Teque - N o r t o n — 43,13,18 (b )— 1,46,35; 7 . °— 102, V alentim L o p e s SCOOTERS Neto — T i- iu m p h — 43.24,93 (b ) — 1,45,93 ; 8.° — 28, Angelo Marques Fer­ raz — B . S. A . — 42,47,12 (c ) — 1,40,40. Reparações e transformações em todos os géneros Não completaram o percurso, 3 con­ correntes que não se classificaram e desistiram quatro inscritos, Não alinharam à partida, très inscri­ tos que efectuaram treinos. J H ig u id v S a Lqa d o a) — Totalizaram 25 voltas; b) — F i ­ zeram 24 voltas; c) — Fizeram 23: e RUA BARÃO DE SABROSA, 350 (AO AREEIRO) d > — Fizeram 22. Média obtida pelo vencedor— 101,79 TELEF. 725624 LISBOA K/H.

Sufilement» quinzenal dt *c4 firoiúneia » 2 ...... — ...... - -- ~ M O T O 5 eznai '== «»»«>■>-"»"» M0T0CLISTAS f PfflfS

e a federação PEÕES E MOTOCICLISTAS Sabemos que é dever de todo 1.° — A vida que se perdeu z-"TIRANDO aqueles que são ela - o motociclista (e quando íalo por culpa do motociclista tem borados por pessoas de re- conhecida competência, de de motociclistas, incluo todos maior valor do que a que se uma forma que vai tornando-se aqueles que andam sobre duas perdeu por culpa do peão ? notória, os regulamentos de várias rodas motorizadas), ter o má­ 2.® — Porque não são detidos p ro v a s — principalmente de ginca­ ximo cuidado e atenção para os peões quando provocam um nas — são dc umapóbrezaconfran- g edora. evitar desastres que em certos acidente ? casos, infelizmente, são fatais No entanto e justamente, o Compreende-se que a inexpe­ riência nas andanças motociclistas e que em todos e quaisquer, motociclista que provocar um possam justificar a sua elabora­ são sempre desagradáveis. desastre grave é detido e, até ção, mas /á não se pode aceitar Ora acontece, e muito justa­ ser julgado, só prestando uma ou admitir que os homens que es­ mente, que se um motociclista fiança andará em liberdade. tão à frente da nossa Federação os aprovem. atropela um peão, responde Fica-se julgando assim, que Verificando-se que existem na pelos danos que lhe causou, se entendeu que todo aquele Federação pessoas de reconhecida quer tenha ou não seguro e que, por necessidade ou prazer competência e de larga experiên­ quer tenha ou não, bens mate­ usa moto, automóvel, etc., é cia, não compreendemos como riais; se estes não existirem, rico, enquanto que os que an­ esses regulamentos aparecem em público. Será que as pessoas com­ vai parar à cadeia e estará lá dam a pé são pobres. petentes que existem na Federa­ o tempo que lhe S im ! a diferença de ção não lêem os regulamentos ? for designado em re­ responsabilidades de Será que, se os lêem, o fazem su­ lação com a s u a uns e outros é tão perficialmente? Desde que essas pessoas competentes estejam á culpa e com os pre­ evidente, que somos frente da comissão encarregada juízos causados e levados a supor que a de aprovar os regulamentos, nada pelos quais não res­ ideia que paira no es­ justifica que os mesmos não reu­ pondeu. pírito dos legisladores nam condições essenciais de efi­ ciên cia . Tudo isto está ab­ é aquela, dado que até Um mau regulamento pode es­ solutamente certo! aqui se têm esquecido tragar uma prova, desprestigiar Apreciemos agora em absoluto dos que, a modalidade, contribuir para o as responsabilidades embora utilizando veí­ afastamento das lides desporti­ dos peões. culos motorizados, vas e dar lugar a reclamações. Um regulamento tem que ter Sabemos também morrem por culpa ex­ principio, meio e fim e ser minu­ todos que o peão pode andar clusiva dos que passeiam a pé ciosamente elaborado, prevendo, como quizer e por onde muito e possivelmente a gozar dos tanto quanto possivel, todas as bem entender, não tendo res­ rendimentos. hipóteses. ponsabilidades para com ter­ Resta-nos pedir que sejam E,, jà que esta m o s fa la n d o de. ceiros, e é do conhecimento de regulamentos, convém chamar criadas por quem de direito, todo o motociclista, que um também a boa atenção da Federa­ responsabilidades para todos, ção para o hábito, que ja está peão que distraidamente atra­ a fim de que, cada um, tenha constituindo abuso, de se altera­ vessa uma rua ou uma estrada, rem os regulamentos á última em conta o que faz e como hora, por tudo e por nada e, mui­ lhe pode causar a morte, sem procede. tas vezes, para ser agradável a que tenha que dar contas dos este ou àquele. prejuízos causados. João Viegas Faísca Um concorrente quando se ins­ Pergunta-se agora: creve é porque o regulameuto lhe interessa e está disposto a dispu­ tar a prova nas condições estabe­ lecidas. Se o que se regulamenta passa a ser letra morta pode sen­ JÚLIO MIRANDA tir-se preju d ica d o , a lém cie ter sid o iludido. Se o conrrente pagou a Fabricante de taças de casquinha sua inscrição — as mais das ve­ H À MAIS DE VINTE ANOS zes bastaute exorbitante - para disputar uma prova em determi­ nadas condições e á última foraciJor dos principais clubes de País hora ou mesmo no decorrer da prova esta é modificada, sem que possa reaver o seu dinheiro, foi GRANDES DESCONTOS AOS CLUBES como se lhe tivessem impingido um género adulterado ou vendido gato por lebre. Peça catálogo ilustrado Á Federação compete velar pelos interesses dos motociclistas e, por­ Travessa da Cruz de Soure, 2 tanto, hà que pôr travão, desde já, a estes abusos. Telefone 28991 LISBOA S . M .

S-uftUttuHÍ» quinzenal dz «ai ^tooíneia» J------M O TO Jorn a l ------■------^------:—^------l------~J - Clas sitie ações [Continuação da página 6 )

1° O liveira — K re id le r — 26,58,68; 10.° — 8, Alvaro Mendes-Ferreira — Cucciolo — 26,59.86: 11.“ — 11. A rm ando Inácio TREINOS B rito — Cucciolo — 26,49,55; 12.» — 74, Albertino Dias — Zundapp — 28.41,49, Pravo -«G8IM30 AUTO, MOTOS E 1HD- AfltXàS» - (LASSE f-Scooters até 150 CC. todos com 11 voltas ; 13.° — 83, Diogo de Sousa — A lter — 27,31,06. com 10 I I I r. r. Ml I • » 1 * vouas ; i i . — i.), .loaquim i.. re rre i i a lajar Valia aiaii — Pachancho — 20,55,88, com 8 voltas. H.° H 0 fl) £ M A 1 C A Rlédia as 3 outros concorrentes não obtiveram lápida •linhar classificação — Número insuficiente de voltas. Volta mais rápida: concorrente 4 José Maria Lino . M o b v 2m., 24,78 s. 6.° n .° 44, com 2 m in.,09. 16 Rui de Noronha ...... Vespa 2m., 06,29 s. 2.® P ro v a — Obra Social da Fragata 22 António Agostinho Silva. Vespa 2m., 12,29 s. 5.® D. Fernando — Velomotores Sport 23 Fernando Espírito Santo Vespa 2m., 07. 97 s. :i.° — C la sse H. 34 Vasco Perdigão Garcia . P a rilla 2m., 02,02 s. 81,134 1 .” 68 António Rodrigues . H einkel 2rn., 08, 22 s. 4.® t.° — 105, Eduardo Silva — Cucciolo — 27,07,29; 2.° — 18, M anuel Matos Pin to , — K re id le r — 28,16,09; 3.’ — 104, Prova— «MOTO CLUBE DE LISBOA » — Classe 1 — Scooters com side-cars Fernando Coelho da Silva — II. M. W. — 28,23.24, todos com 11 v o lta s; 4.° — 90, Carlos Barreiros - Parilla - 26,25,24; lnjor ?«!ia mais 5.° — 93, Carlos Matos Conceição — n.® n o m i B U IS C Média ao P a rilla — 27,37,10; 6.° — 94, Jo sé Matos i rapidi alinhar Conceição — H. M . \V. — 27,40,49, todos com 10 voltas; 7.° — 73, Raúl Coelho 53 Angelo Nunes Dinis . Heinkel 2m, 32,83 s. 5.® — Zundapp — 28,03,85; 8.° — 91, Ma- 54 Amilcar Alves . Heinkel 2m., 24.57 s. 3.® nuel Silva Alves — Frej us-Rcx — 55 Vasco G. Franco . H einkel 2m., 40,61 s. 1.° 29,14,93, ambos com 9 voltas; 9.® — 92, 56 Vasco Fonseca . H eidkel 2m., 40,68 s. 8.® Fernando Moreira Carvalho — Ardito 57 António Rodrigues . H einkel 2m., 23,91 s. 68, 793 1.0 — 28,36,86, com 8 voltas. 58 D inis S a lg a d o ...... Heinkel 2m., 29,94 s. 4.® 5 concorrentes não se classificaram 59 José Luis Salgado . Heinkel 2m., 24, 21 s. 2.° — Volta mais rápida do concorrente 60 António Fernandes . Heinkel 2m., 33, 36 s. 6.» 105: 2,24,65. (Continua na pájrfn» 3)

C IN A L PACHANCHO % a f r e n t e 9i 30 DE SETEMBRO DE 1953 CIRCUITO NACIONAL DE MON5ANTO 1.° — José Marfins Ferreira 2,® — José Ferreira da Silva 4,® — Fernando Pinheiro da Silva 5.° — José Mayer de Castro 15 DE SETEMBRO DE 1956 2.° CIRCUITO DE ALVALAJDE 1." — José Ferreira da Silva 2.® — Joaquim Lourenço 3.® — José Marlins Ferreira 5.® — José Mayer de Castra

A FRENTE ONTEM, Porto — Cinal, Lda. — R. de Sta. Catarina, HOJE E SEMPRE ! 620-624 — T el. 3 2345 Lisboa — Américo Rodrigues, Lda. — Av. F. Pereira de Melo, 17-A — T e l. 55238 Coimbra — Ciclo-Cinal Coim bra, L d a . — R . da Fig. da Foz, 11-A — T el. 2552 Braga — Centro Ciclista do M inho — ‘«SÍIICH» Tel. 2533

Suplemento quinzenal. de. «-cA ín£Ía'>> 8 M O T O cjcrnal

C A P A C E T E S

de p r o t e c ç ã o

Tipo aviação

M o í o f o n e

Dinamarca produz actualmente uma espécie A de telefone, muito prático para inter-comuni- cação entre o piloto e o pas­ sageiro. É um invento bastante ori­ ginal e de manifesta utilidade, principalmente nas longas via­ gens e nas provas de regula- ridade em que «pendura» se torna num ma- gnifico auxiliar

JL uma novidade francesa que já che- PARA ÀS SENHORAS |“ gou a Portugal. O primeiro destes ■“ capacetes vendido entre nós foi uti­ ÃO se trata lizado no i.° Circuito Motociclista propriamente de.Lisboa, no Monsanto. de uma novi­ dade entre nós, Como se pode apreciar pela gravura, no entanto esta trata-se dej-u‘m capacete de grande pro­ ãõ está tecção, excelen^^^H^yompetições de muito em voga velocidade. nos Estados Uni­ Está fabrieado em fim »»» vidro de dos e como é prá­ tica e fácil de alta resistência e guarné||||| interior­ confeccionar re- mente de borracha esponjos^Sobgrta de comendam às nossas leitoras. cabedal.

a r i n a , famoso volante italiano, O melhor seria uno experimen- faia: recentemente àcerca da tar pessoalmente 'ontrar-se nas con- F meni ede do autom obilista e do dições daquel om quem amanhã que d ev er a sua instrução psico- terá que ha^ segtiíntes considerações lógica, fi ExisteM^BlTações em que o ciclista ka «certp s» a uto m obilis-que dedicai® ka «certps» autom obilis-que o «sjjcioíéjRta» ou o carroceiro não tas Iusitano|^ roce^gr de maneira diferente «Na escolif^SHfeológica deveria ex­ radopta'ram. E ’ necessário ter, plicar-se, anteVde uiais nada, o que é , , paciência e compreensão, res- a mentalidade no^^^pmobilista e o Estamos habituados a r£ ^*fo pelos outros e especialmente que ela deveria ser?§?f§3^ aos ciclistas, aos [>elas mulheres, pelos velhos e por E ’ necessário não so in £ IfML ratraiám »,' Rias nãò\i#®pwr a todos os que trabalham e que, necessi­ pessoa a guiar um automóvel co áienor i4eia. dasíAftáutóSres que dc- tando de circular com volumes ou também a saber conhecer as dificulda­ fronra^í^reS^l^ue numa bicicleta ou cargas, desempenham uma tarefa in­ des de quantos vamos encontrando ao Quma motocicleta, ou quem conduz cómoda para si próprios mas útil para longo duma estrada. um cavalo. os outros.»

Sup.Um.enf<% quinzenal dt «cA oíneia» cSuplementfi Quinzenal de ^ 's Ês - e Ws WZÊ&^iiâ'?. ■ sp-./:;:^&::í 3 í S r ! s ^ - s - .jeí.;::

AP r OVÍNCI# !|;|:B .. D'|:B'ECCAO .ÇiíÉl

: ií.a 85 — fík«hjo,. \% dt ôvi«bo de m h 4 ^ - cjo > t d o éanic* J/íafque> ÉÓWPOSTÇ^V-) B : lMT>ní;«rA.O • • JITOQGfi.AFJÀ «ÍH A P E X »' — ÍELEF.. 024 23<í — M O JífiíÉ)

Solidariedade na Estrada

Solidariedade não deve ser uma palavra vã. ria para percorrer o espaço que nos separa da O egoísmo é uma arma de dois gumes, que bomba mais próxima. No entanto, penosamente, A pode ferir quem a utilize. Possuir um veí­ ou se empurra o veículo ou se calcurreia a pé a culo motorizado estabelece um ponto de distância, enquanto, sarcasticamente, os outros partida para a solidariedade. Não se deve deixar condutores vão passando por nós em louca corre­ na estrada, sem apoio, quem teve uma «pane» ria, indiferentes ao rectrovisor. que reflecte as — seja ela de que natureza for. É cómodo seguir suas próprias dificuldades em qualquer outro em frente, mas pode suceder que mais adiante momento, que poderá muito bem estar a alguns o mesmo lhe aconteça e, então, jâ não será tão escassos metros. cómodo ver passar os outros sem parar. Talvez que pela atitude desumana adoptada A solidariedade na estrada é honrosa para por outros condutores para connosco nos sintamos quem a pratica e um símbolo do verdadeiro con­ inclinados à vingança. Todavia havemos de con­ dutor. A solidariedade não deve existir apenas siderar que a vingança é a arma dos torpes e dos entre os motociclistas, velomotoristas, scooteristas fracos e em nada nos aproveita. É preciso que ou automobilistas, cada um de per si, mas em saibamos ser superiores e paguemos sempre com todos relativamente a cada um. o bem o mal que nos fizerem. Porque não há-de o automobilista precisar do Quando alguém estiver parado na estrada ao velomotorista ? pé do seu veículo, não devemos esperar que nos Porque não há-de o velomotorista precisar do peça auxílio. Devemos oferecer-lho espontanea­ automobilista ? mente. Ninguém, certamente, por pior que seja, Se todos nós tivermos sempre pronto um gesto ficará isensível a uma gentileza. Quando nos de solidariedade e compreensão pelas dificuldades agradecerem o auxílio prestado, devemos sim- alheias, teremos dado um plesmente dizer: grande passo em frente — Nada tem a agra­ para aproximar os ho­ decer. Você será capaz mens, para contribuir 0 Irofeu «BRIO OfSPORÍtVO» de fazer o mesmo por mim em qualquer altura. para a fraternidade que v oferecido pôr MOTO Jarriàl para o cada vez vai sendo mais Daremos assim uma necessária entre nós. lição de civismo e de so­ Solidariedade na es­ 1 Circuito Motociclista dc Lisboa lidariedade que não dei­ trada, solidariedade nos encontra-se exposto em tisboa r»a xará de ser proveitosa e interesses mútuos, soli­ dar os seus frutos. Estas dariedade no desporto, Camisa ria Primaz palavras ficarão grava­ solidariedade no bom das na mente do indiví­ cumprimento das regras gS Rossio, 1 1 4 t ; duo que auxiliámos e que não hesitará em fa­ de trânsito, solidariedade e foi fabricada peia conceituada casa na conservação da inte­ zer o mesmo a qualquer gridade física dos indiví­ Júlio Miranda outro que possa encon­ duos ! trar nas mesmas cir- Na solidariedade se ~ ~ cunstâncias em que encontrará a defesa de uma causa justa. esteve. Quantas vezes se perdem horas e horas para Para benefício comum, estabeleçamos e incre­ reparar uma avaria insignificante. Quantas vezes mentemos a solidariedade na estrada. um litro de gasolina dado de boa vontade chega­ José dos Santos Marques

I p O T O S m SCOOTERS • VELOM OTORES§ 25*í0 "956 A PROVINCIA 1

Pela IMPRENSA

Noticias dos Arcos— Pre­ zado confrade que se pu­ blica em Arcos de Valdevez e de que é director o sr. Vasco Pereira de Castro, completou com seu n.* 858, R de 14 de Outubro, 26 anos de existência. 23 de Setembro de 1956. sua participação na festa, ábajlecimení» de electricidade a que se tem quando se Saudamo-lo afectuosa­ desfilaram garbosamente, O TÁ-MAR exibiu-se no acorda, aos primeiros raios mente e desejamos-lhe infi­ como sempre, e recolheram Pavilhão dos Desportos, em de sol, de um sonho muito Entrou há poucos dias em nitos anos de prosperidades. Lisboa. a uma cabina onde cada um diáfano. Benditos os palecos, funcionamento uma linha de Maria da Fonte — PóVoa tratou de retirar dos pés as que nos lembram 0 direito alta tensão, a 60.000 voltes, Preenchendo a 2.a parte do Lanhoso — Este jornal lascas que, como é de cal­ que todo ser humano tem a entre as subestações de Fer­ de um Serão para Traba­ transcreveu no seu n.° 17 cular, não teriam a doçura gozar 0 merecido devaneio reira do Alentejo e esta ci­ lhadores organizado pela (15.* série) o artigo do nosso de uin «leito de rosas»... de quem moureja e revolve dade, pertencente à Compa­ F. N. A. T. brilhou em Director intitulado «Não há Bravo! — E’ o que, à falta a Terra —Mãe durante as nhia Eléctrica do Alentejo e grande plano. Tanto que as grande, nem pequena im­ de melhor, nos apetece ex­ épocas agrícolas! Benditos Algarve, distribuidora de ovações dispensadas ao fim prensa: há apenas Imprensa». de cada número, por um pú­ clamar ! os palecos, que foram eles energia a vários concelhos que fundaram esta Nazaré— deste distrito. Muito gratos pela amabi­ blico frenèticamente sa­ — O verão acabou. Já no-lo praia de banhos—e são eles lidade. cudido de entusiasmo, pare disse 0 calendário e agora Dentro de poucos meses, que, todos os anos, nos dei­ Portugal d’aquém e d‘além ciam não ter fim. E assim é os castelos escuros das nu­ inaugurar-se-á, também, o xam entregues à poesia trá­ M ar —• Também esta exce­ sempre. Onde quer que o vens outonais que cortam 0 edifício da subestação de gica ou melancólica dos dias lente revista ilustrada, que Rancho Tá-Mar interprete espaço vindos quase sempre Beja, onde ficarão instalados tristes de inverno como quem se publica em Lisboa sob a 0 curioso folclore da Nazaré das bandas do sudoeste. Pen­ os serviços de escritório da diz:» Nazaré! Vive agora a Direcção do sr. Manuel dos ele deixa, bem profunda no sando bem, sempre estive­ companhia, em vias de aca­ tua verdadeira vida. Já so­ Santos Guerra, transcreveu auditório, uma impressão ram connosco, há uns bons bamento. mos demais. Nós vamos re­ no seu n.° 77, de Setembro que só a beleza do Sublime doze meses, as borrascas e virar a terra, doma tu 0 mar Ao início do funcionamento passado, o mesmo artigo, comunica. Podem ser de as suladas. selvagem. Boa sorte. Boa da nova linha, assistiram o dando-lhe grande relevo e todas as classes de cultura sr. dr. Marques Fragoso, os espectadores que sempre Realmente, foi uma coisa Noite.» perfeito acordo. estranha este Verão. Instável, Governador Civil do distrito a força do aplauso é igual; Quem viu a colorida amál­ Muito penhorado, agrade­ destemperado... Quem não e dr. José António Silva, que pode o rancho misturar-se gama de barracas e toldos cemos a extrema gentileza. soubesse a quantas andava no local foram recebidos pelo com os ranchos de todos os no Agosto e ainda no Setem­ Jornai do Comércio — a respeito de estações, havia sr. dr. Correia Figueira, pre­ países que sempre o resul­ bro, e vê agora, cada dia sidente do Conselho de Completou em 17 de Ou­ tado é o mesmo. Extraor­ de sentir-se confundido ao mais, os seus esqueletos fa­ tubro 105 anos de publica­ ver surgir sempre a um dia Administração da Compa­ dinário ainda é 0 brio des­ zendo drapejar ao vento— al- nhia, vários engenheiros e ção o nosso prezado colega ses rapazes e raparigas, de razoável calor outro chu­ 'mas que teimam em não Jornal do Comércio, que tem voso e frígido. Mas quem agentes técnicos. gente simples da lida do abandonar 0 corpo—os pa­ servido esforçada e fielmente manda nos Tempos lá terá mar ou filhos de pescado­ nos picados das intempéries, Depois de terem feito uma as actividades económicas e suas razões. Não vale por res! Agora no Pavilhão dos sente inevitavelmente, mor­ demorada visita às obras em os próprios interesses supe­ isso protestar. Agora 0 me­ Desportos deu-se um facto rendo num suspiro de Sol— curso, o sr. Governador Ci­ riores da Nação. lhor é fazer de conta que que passou fora do alcance Poente, a mesma agridoce vil e o Presidente da Câmara, Ao seu Director e a quan­ acaba de passar um Verão dos espectadores e de tal despedida: Boa Sorte! Boa ligaram os cabos respectivos tos nele trabalham, endere­ monta que estes, a terem com V grande e aceitar 0 In­ Noite!... —(C.) que puseram em funciona­ çamos os cumprimentos disso conhecimento, não sei verno, que já nos entra em mento a dita linha. afectuosos da nossa cama­ casa, quer queiramos quer onde iriam buscar mais O sr. dr. Correia Figueira radagem e admiração. veemência para aplaudir. não, vestido ainda das pe­ numbras desta meia estação agradeceu, então, a presença Foi só isto: antes — ou já daquelas individualidades e e perfumado com 0 odor sa­ Tendo V. íx .a que efectuar dentro da exibição — calhou José Teodósio da Silva afirmou que a Companhia boroso das frutas maduras. Segures em qualquer ramo (H e rd e ira ) Eléctrica do Alentejo e Al­ partir-se uma das lâmpadas não deixe de consulía? Ainda por aqui andam os Fábrica fundada em 1900 (em edi- garve, deseja desenvolver que iluminavam o estrado, íício próprio) nossos pa/ecos, que são 0 uma acção que sirva bem os espalhando-se por este os Fábrica de Gasosas, Refrigeran­ pedaços de vidro. Pois o traço que une — ou separa— tes, Soda water, Licores, Xa­ interesses da província. Luís Moreira da Silva rancho passou e bateu com Verão e Inverno. Benditos ropes, lunipero, Cremes de todas as qualidades, etc. Que esses desejos se con­ Pua Almirante Reis, 27 0 mesmo entusiasmo, a des­ os 1palecos! Eles são 0 nar­ Fabricos pelos sistemas mais mo­ dernos. cretizem são os nossos vo­ peito de que se lhes enter­ cótico suave que nos faz Telefone 026 114 rassem nos pés os bocados passar do sonho à realidade, Rua Formosa 8 —Telef. 020204—9 tos, a bem do Alentejo.— M G N T 1 J O MONT! 1 Q da lâmpada. Terminada a com uma doçura semelhante (C.)

N.° 28 Folhetim de «A Província» 25-10-956 A moça não dera duas palavras durante o resto da visita; e ele, por decência e cálculo, resolvera partir. Não convinha, numa primeira investida, ir mais além... Elas vieram até a porta acompanhá-lo e esperaram que ele voltasse a esquina, em baixo, na curva do «Palonso». fffldeia do fffvesso E o sr. Morais, todo cortês e fistor, virou-se e disse-lhes «adeus» com um sorriso prolongado. * * * Na aldeia rotejara-se o caso. 3oz cÁtvaro 9?alente Nas terras pequenas «correm bando» as novidades. Fervilhavam os comentários, aqui e ah, nos intervalos dos xaréis e ao encher das cântaras — Muito prazer! Muito prazer! Com que então, tratando da horta. na bica do largo. Pois eu, cá vim para conhecer a família do Joaquim,, o meu protegido. O — Aquilo, está aqui, está-lhe no papo. rapaz vai bem, sabem ? Faz-se qualquer coisa dele. É questão de tempo; e — Ainda havemos de ver a mosca choca a «dar ao penacho», toda re- se continuar a portar-se como até aqui, ainda o havemos de ver feito artista galória, que ninguém a atura. ao lado dos outros. Pois então? — Deram-lhe na fraqueira... E enquanto falava, devorava-a com os olhos e assentava mentalmente: — Ela bem se estabanou com o Joanico; mas ele é que não esteve pe­ — Sim, senhor. Que rica mulher! Não lhe falta nada para um belo los ajutes. Tem «pássara» mais de arriba. conchego... É parôla ? Deixá-lo.. ■ Talvez inda melhor. — E dizem que na primeira «cascada» haverá espiga de milho-rei pró E continuou : — Pois, menina... Não sei a sua graça... sr. Morais, pois. E à colecção, — deixa! — meu dito meu feito, em qual­ quer recha se arruma o caso... — Ermelinda, uma sua criada..., respondeu-lhe ela, aflita com a ins­ pecção. Vamos então a ver o que sai disto tudo. Pouco virá quern não verá! Aquele modo de a olhar era já dela conhecido, era o mesmo do pri­ — Boa vai ela, sr. Quintela ! meiro dia que a vira. Parecia que a queimava lá por dentro, que lhe atra- A portado «Roberto», sentados em bancos de corrida, — uma táboa vessava o corpo em todas as direcções ! vergada e quatro pés—, o velho Santana e certos marmanjões arrancha- vam no mesmo assunto: — Pois, menina Ermelinda. Se mo permitirem, virei por aqui mais ve­ — Se é o que anda constório, a coisa vai na grande... zes para a conversa. Vivo muito só. Não tenho ninguém nesta terra; e o — O que há? — interrogou o filósofo. 1T>eu lugar de «encarregado» das obras traz-me tantos aborrecimentos que — Trapalhadas... Preciso de desabafar com gente amiga. Não se hão-de arrepender, podem — Não estejam com cácheras. Vomitem tudo, c’os diabos! Cfer. Hei-de ajudá-los no que puder... Têm direito também a viver com — Ah ! é verdade. Vomecê, como está lá para a estrebaria, não está rr>ais cómodos •.. Coitados ! ao facto ,.. A velhota cortou logo: — Sempre que quiser, sr. Morais. A nossa «ri- bana» está sempre às ordens. (CONTINUA) Papejaram ainda por mais um bocado. A PROVINCIA 25-10-956

r-stzí, ./ssátzri/- Versos novos a Henrique ?

Do livro «Portugal é Grande» Mas quem és tu que vens, tão mansamente, — Deixem-me passar, As trevas, que densas, da Média Idade, Rodear 0 meu berço de menina Deixem-me atirar aos ventos esta loucura atroz Sereno, soberbo, desafio soou: Em tentativas de ave pequenina ? Desta vil condição de deserdado. A vos de Henrique... — Eu sou a Inspiração. — disse, fremente. Deixem-me levar caminhos de vencida; Se me firo na dureza da corrida Em Sagres ardia fogueira sem fim — E tu, ó nuvem ténue de bonança ? Lavrando futuros, Porque hei-de começar onde acabo? Como és linda, risonha e tão fagueira, O peito de H enrique... E me embalas de forma tão ligeira ! Deixem-me passar, — Quem serás tu ? — Eu chamo-me a Esperança. E havia lon furas, quereres profundos, Como um rio transbordante a marulhar, Enigmas, abismos, Que continuam a encher e conspurcar Nos olhos de Henrique... — E tu, amor, doirado e cor de rosa, De detritos, injúrias e sarcasmos; A doidejar, como uma mariposa, E monges estranhos, E com quem brinco às vezes ? — Sou o sonho ! Mas, com as margens fumegantes, Dobrados em riscos sobre papéis Continua veloz e indiferente De coisas do mar, que vinham contando, A rogos e marasmos... Avançam milénios o mundo parado, — E tu,'senhora, tão serena e forte? Ao mando de H enrique... — Eu. sou a Realidade! Eu trago a morte E cubro a Vida com meu véu tristonho ! (Tenho apenas afagos do plácido luar Que dedos quietos, e logo nervosos, E os abraços do vento, meu irmão, Regem distâncias, vêem mistérios, Segredando-me silente, Os dedos de Henrique... Maria Albertina Baeta Uma lúgubre canção). Oue lábios cerrados, por dias e dias, — Falando sem eles, falando consigo... — Deixem-me passar, Os lábios de Henrique... Deixem-me viver. O mundo redondo, ignoto e perdido, Porque não hei-de amar os cumes da miragem, Envolto nos mares, rodado e aberto Parábola de Cristo O colorido incerto da paisagem Foi todo à navalha da quilha das naus, E os fragorosos abismos da Ilusão? Herdeiras da sina, da fé, da certeza il*» Não me tolham da direita, Do plano de Henrique... Jesus, um dia, prègava à multidão Nem me tolham da esquerda... Que filho tiveste, ó rei de Portugal! O seu Verbo divino e fraternal. — Pra que escureceis os meus alvos ideais, Que sonhos sonhasse Tal qual como nasceram, E sonhos passasse E Ela ouviu-0 extasiada. Ao sangue da grei, que fossem quais foram Como as alvas quimeras dum puro coração? Os sonhos de Henrique? 1... Mas nesse mesmo instante, — Por mais que tolham 0 caminho Junto às arcarias dum portal, E' ano de festa, de festa da Pátria, Hei-de passar! O J povo imortal, ó povo sem pat, Ouve-se um grito trágico, lancinante... Por causa de Henrique !... Manuel Rovisoo Há grande borborinho, EJ ano de fama, é ano de glória, Exaltação... 0 ‘ lusos valentes, ó lusos altivos. Cantemos, gritemos, E dessa onda humana, Ufanos, unidos, à Terra inteira, Uma bela mulher, pálida, desgrenhada, O nome de Henrique !.. . Foge em desalinho L. ROSA BRUNO E ajoelha, chorando aos pés de Cristo.

— Quadro de humildade nunca visto! Relembro a doce casa onde nasci. Alguns mais ousados tentam arrancá-la De junto de Jesus, — Que só doçura e compaixão Quatro paredes erguidas O seu olhar dimana ! Num abraço fraternal De poucos metros quadrados. Esta é a Fernanda E gritam 0 seu ódio, a infamá-la: — A das belas tranças, Era pequena, decerto; A de corpo de fruto meio azedo, — «É uma adúltera, Senhor, Mas vagueava nela uma esquisita A que brinca e baila como as crianças Esssa mulher! Lembrança de castelos e conventos. .. Em seu folguedo !... Se merece castigo 0 pecador, Uma tristeza misto de ternura.... Queremos castigá-la!» Esta é a Fernanda Qualquer coisa assim como a certeza — A dos olhos fundos, E banhado de luz, Tão negros como a noite mais sombria, Jesus responde: De se saber a casa de um poeta.. . Dois olhos que são dois mundos De poesia !... «Atirai-lhe a primeira pedra quem puder! Olhando-a, quantas vezes idealizei E dizei-me aonde existe, aonde... Torná-la num palácio majestoso, Esta é a Fernanda Quem sentir dentro da alma... no seu fundo, Enorme, principesco, refulgente !. .. — A dos lábios rubros que estremecem Que nunca um só momento De emoção; Pecasse pela carne... ou pensamento ! Sonhos que foram sonhos doutros sonhos.. A dos sèioszinhos altos que parecem Um simples palpitar de coração !... Ah ! como eu gostava de beijar agora O rosto envelhecido E sta... Já quase dois mil anos se passaram Esta é a Fernanda Em que Jesus falou assim no mundo, Da casa pequenina onde nasci. .. —■ A criança áltiva (Cada vez pela ambição mais depravado...) De quinze anos (que ainda vai faze-los); ...E os homens e as mulheres não mudaram Eduersá* Olímpio tapada A que ama e se tornou cativa Na isenção da culpa... e do pecado... Dum beijo ao de leve pousado em seus cabelos!. Do seu livro «AS ESMOLAS DO MENDIGO» P. da C. M anuel Giraldes da Silva