Preço n o o Quinta-feira, 25 de Outubro de 1956 Ano || - N .9 85 Propritlóris, Administrador e ídifor REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026 467 ---------------------------------------------------------------MONTIJO--------------------------------------------------- ~ - v. S. MOTTA PiNTO OOMPOSIÇAO E IMPRESSÃO — TIPOGRAFIA «GRAFEX» — TELEF. 026 236 — MONTIJO f s t i •e m o z Por José dos Santos Marques Uma das roais interessan­ igualdade de direitos e de­ igreja de Santo André tes realizações da Escola veres, e isto porque numa Nova é fazer da escola uma perfeita democracia e como pequena democracia, onde princípio de boa moral (da­ todos sejam iguais e tenham quela boa moral apregoada À frente, o Pe­ os mesmos deveres e direi­ por tantos e seguida por tão tos. A escola passa a ser poucos), todos os cidadãos lourinho da orientada por um governo são iguais perante as leis de alunos e, por ele, com a que os regem, com as mes­ comparticipação de todos, mas obrigações e os mesmos cidade são resolvidos os assuntos direitos, sejam quais forem decorrentes da vida escolar. as suas condições sociais, Evidentemente que este raça ou religião. sistema só atinge a plenitude Evidentemente que o Da Assistência Social quando empregado nas es­ êxito 110 emprego do auto- -governo depende, na sua colas destinadas aos alunos fonte dos grandes movimen­ maior parte, da clarividên­ Não é esta a primeira vez mais velhos, isto é, de idade tos emancipadores do ho­ cia e perfeito sentido peda­ que falo de assistência social. igual ou superior a 12 anos. mem pensante, terra sempre gógico do educador, a par Já tenho tentado, mesmo, 0 auto-governo poderá acolhedora e tolerante quando de uma grande nobreza de definir o que isso é, mas ter várias formas de aplica­ pensa pela sua cabeça. carácter, bem como pelo tenho a impressão que ainda um tempo a esta parte voltou ção, conquanto a sua base Não sei quem inventou a desprezo absoluto de toda não consegui 0 que queria: a falar-se. seja sempre, e intrinseca­ assistência social. Por outras a sua superioridade e auto­ colocar 0 problema à vista mente, democrática; ou, E acho bem qúe volte. palavras, não conheço rigo­ ridade pessoal, porque na de todos como problema re­ mais claramente, embora Entendo mesmo qut' nunca é rosamente a origem do sis­ escola nova o professor é um solvido. variem os cargos a distri­ demais analisar problemas tema que procura dominar, amigo e não um déspota. Mas isto que me acontece buir pelos alunos, o processo sociais, principalmente neste pelo alto valor das suas di­ Se o educador tem o direito a mim, por insuficiência de de votações e a própria or­ momento em que 0 mundo rectrizes morais, o campo de veto numa comunidade bagagem, sucede a muita ganização do sistema, con­ se revolve e se transforma em que apenas a assistência, escolar onde se aplica o gente boa, a tratadistas dos soante as circunstâncias, o ainda não se sabe em quê e pública ou privada, tem auto-governo, deve exercê- local e 0 momento, este terá melhores, que possuem ma­ de que maneira. actuado até aqui. -lo, apenas, quando se torne sempre a mesma base demo­ las e caixotes de sabedoria Apòs a primeira grande A assistência social não estritamente necessário à crática com a obrigatorie­ para dar e vender. guerra, ou melhor, depois pretende, creio eu, derrubar verdadeira defesa dos alunos dade de todos os alunos, Há assuntos que têm a da primeira fase da grande aquelas, pela simples razão sem quaisquer excepções, se ou da comunidade escolar sua época, seu ambiente pró­ guerra que destruiu civiliza­ e nunca movido por senti­ de que, dentro dela, cabem manifestarem e, como con­ prio, seu interesse de mo­ ções e sistemas, a assistên­ mentos próprios ou por todas as modalidades de as­ dição expressa para o seu mento. A moda toma conta cia social foi tratada a pri­ sistência, todas as espécies bom funcionamento, de to­ ideologias contrárias ao bem deles. Este da assistência mor por humanislas dos e ao interesse comuns. de. socorros individuais ou dos os alunos, também sem social é dos tais. lá em tem­ maiores, principalmente em colectivos. Deixaria, até, de excepções, terem absoluta (Continua na página 4) pos idos se falou dele. Há França, pátria do espírito, ser assistência social, se não abarcasse as múltiplas for­ mas, quer morais, quer ma­ teriais, de diluir ou enfraque­ cer a miséria por maneira que 0 sentimento da solida­ riedade possa fazer dos in­ divíduos, em vez de escra­ vos, homens que 0 voltem a ser. Não sei se é assim que hoje, simultaneamente época de coisas reles e brilhantes, se vê a assistência social, mas é assim qne eu, na hu­ mildade do meu julgamento, a observo e aprecio em suas linhas gerais. f $ t r emoz Sensacional!., Con Majestosa Praça, aeno- oshcos FRinada Jardim Rodrigues Futebol Tocha, que t a demsns- tra a magnificência da Cidade e o seu esplender. 2 A PRO V IN CIA 25-10-956 VIDA Nojro PROFISSIONAL M O N T J O Horizonte Médicos A fi Da Associação Cultural incõof 1oca1 dum semanário da Cadeia Comarcã, de Mon­ Dr. Avelina Rocha Barbosa tijo, recebemos o n.° i do mente envolto nas dificulda­ cuja honestidade não tem seu jornal mensal, com o Das 15 às 20 h. des que as asfixias produzem. dúvidas, vai uma resposta titulo «Novo Horizonte*. Montijo correspondeu à R. Almirante Reis, 68, 1.° Ora esse lado comercial negativa, desconsoladora, Iniciativa dos presos da­ aparição do seu jornal, -—do sofre, por vezes, cruéis desi­ derrotista; para o que chega quela cadeia, apresenta-se Telef. 026245-MONTIJO jornal por que anseava e cuja Consultas em Sarilhos Grandes, lusões. de fora, para o que ninguém modestamente mas de certo falta tanto sentia. Logo nos A parte comercial é cons­ conhece, para o que se apre­ modo simpático. às 9 horas, todos os dias, excepto primeiros números se sentiu tituída, na sua maior subs­ senta com ares snperiores, N a verdade, este gesto ás sextas feiras. claramente a simpatia, o de­ tância, pela publicidade. abre-se a bolsa e o sorriso merece o nosso aplanso pelo sejo de constante desenvol­ E já tem acontecido que, e dá-se-lhe logo metade ou que contém de significativo e vimento, a vontade insupe­ ao procurá-la, se recebem o total do contrato. impressionante. Dr. fausto Neiva rável de que ele fosse alguma decepções que magoam, que No fim, o dinheiro foi-se, Não o saudamos com as coisa na Imprensa Portu­ provocam desânimos, em­ nada se aproveitou, e o pan­ normas jornalísticas do cos­ Largo da Igreja, 11 guesa. bora passageiros, que cho­ tomineiro, o escroque, o in­ tume; mas saudamo-lo com E o jornal continuou e veio Das 10 às 13 e das 15 às 18 h. cam profundamente. trujão lá Vai todo satisfeito todo o afecto e com o desejo até hoje, nas asas dessa Telef. 026256 - MONTIJO Andam os nossos agentes pela Vitória, com a certeza de que a iniciativa progrida vontade e desse desejo, pro­ dessa publicidade com toda de que nem será mais in­ e não desfaleça. curando sempre corresponder a honestidade e honradez, comodado... porque não Registamos com satisfa­ ao fim para que fora criado procurando servir os interes­ Vale a pena! ção o aparecimento do «Novo Dr ). ousa Correia e à aspiração donde nascera. ses comerciais do jornal, os Horizontes e fazem os votos Era uma natural manifestação Eis o que tem acontecido CLÍNICA DENTÁRIA interesses dos próprios visi­ para que ele continue na es­ de bairrismo e ao mesmo e que é necessário acabar. Dentes artificiais e consertos tados, e o prestígio da nossa trada por onde começou. tempo a consequência do Para bom nome da imprensa Consultas todos os dias terra. local e para terminar com Agradecemos a gentileza progresso pertinaz que sa­ das 11 às 13 e das 15 às 17 horas Surgem as desculpas, as desapontamentos que doiem do exemplar que nos reme­ cudira todo o arcaboiço da Rua Rulhão Pato, 58 — M ONTIJO evasivas, as invocações de e que magoam. teram. vida local. muitas impossibilidades «A Província» bem o com­ reais, e tudo serve para a JlJLQJijljLÍL5UULSLSLSlíULOJJLOUUL5lJUlJL5LSLíliLÍUlJlJLOJJlAQJlJli preendeu e sentiu. esquivança. Dr.* Isabel Gomes Pires E, não obstante aqueles Estão no seu direito e nin­ Ex-Estagiária do Instituto pequenos aborrecimentos que Qtm eaiú de eônieieneia são obrigatórios em empre­ guém se pode indignar com Português de Oncologia. essas atitudes. Cada um é Doenças das Senhoras sas desta natureza, segue imperturbável na sua marcha senhor do seu dinheiro e faz Consultas às 3.as e 6.as feiras dele o que entender. Cada e de humanidade. R. Almirante Reis, 68-1.°-Montijo que a divisa adoptada lhe impõe. Quantos nela traba­ um sabe da sua vida e orien­ Todos os dias ta-a como melhor lhe parece. Desculpem voltarmos ao Falta agora colocar a R ua M orais Soares, 116-1.° lham, estão convencidos de que têm cumprido seus de­ Até aqui, nada que reparar. assunto; mas desta vez, é Maria Vitória, de c> anos, a L IS B O A Telef. 48649 veres e assim continuarão, Mas aparece no «mercado» para noticiarmos o que de qual continua vivendo com a sem transigências nem hesi­ um pantomineiro, um escro- bom suscitou o apelo de tia,—pessoa muito doente e tações. que, um intrujão de p®lpa, «A Provincia». fraca, sem possibilidades de Parteiras No entanto, há muito que um que vem de fora caçar Das quatro criancinhas, assistir convenientemente à aperfeiçoar, muito que modi­ no mesmo terreno.
Details
-
File Typepdf
-
Upload Time-
-
Content LanguagesEnglish
-
Upload UserAnonymous/Not logged-in
-
File Pages15 Page
-
File Size-