Pedro Da Nóbrega N R O
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PUB Edition nº 301 | Série II, du 15 mars 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais GRATUIT O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa A escritora Altina Ribeiro vai apresentar o seu novo romance “Dona Zézinha” no Consulado de Portugal em Paris 14 Edition FRANCE Fr Altina Ribeiro Semana da Gastronomia Portuguesa até dia 19 Na Sala Vasco da Gama, organizada pela rádio Alfa 07 05 Solidariedade. Vários eventos tiveram lugar na região de Stras - bourg para ajudar a asso - ciação ASTA de Almeida, Portugal 13 Pintura. Uma exposição do pintor originário de Bragança Camille Pissarro vai ser inaugurada no Musée du Luxembourg 16 Guerra. Uma semana cultural em Viroflay vai evocar a 11 memória dos soldados do CEP que participa - ram na Guerra de a r i e r e 14-18 P s o l r a C / Futebol. l 18 a Pedro da Nóbrega n r o Os Lusitanos de Saint J o s u Maur venceram ao Croix L e continuam na frente do Semana de cinema lusófono Campeonato CFA (gr. B) de futebol francês Em Nice, Cannes, Grasse e Mouans-Sartoux B U P 02 OPINIÃO Le 15 mars 2017 Opinião de Carlos Gonçalves, Deputado (PSD) pelo círculo eleitoral da Europa As comunidades portuguesas devem integrar o Conselho Económico e Social As Comunidades portuguesas espalha - residindo longe durante grande parte do tando as suas propostas na formulação das pelo mundo são hoje uma clara ano. Ao mesmo tempo, têm um peso das políticas relativas às Comunida - oportunidade para Portugal traduzida bastante importante nos resultados do des, nomeadamente no âmbito do num potencial que deve ser definitiva - setor do turismo nacional e desempe - Conselho Económico e Social, que é mente reconhecido e aproveitado para nham um papel relevantíssimo na in - um órgão constitucional de consulta e bem do nosso país. ternacionalização das pequenas e concertação no domínio económico e É, para mim, evidente que, tendo em médias empresas portuguesas do te - social. conta o seu valor humano, social, eco - cido empresarial português. Neste sentido vai o Projeto de Lei nómico e político, as nossas gentes da Importa destacar também que muitos apresentado pelo Grupo Parlamentar emigração não podem continuar a ser dos nossos compatriotas radicados no do PSD que propõe a inclusão de dois mantidas longe das preocupações do estrangeiro têm hoje posições de relevo representantes do Conselho das Co - todo nacional devendo, pelo contrário, nos países de acolhimento, que são munidades Portuguesas no Conselho ser valorizada a mais-valia que elas re - fruto de um caminho de grande su - Económico e Social de forma a apro - presentam para Portugal. cesso nas sociedades onde se vieram a fundar a participação das gentes da As Comunidades portuguesas são um integrar de forma exemplar e por todos emigração nas políticas nacionais e importante fator de afirmação da língua evidenciada. Apesar disso, todos esses a este nível, tido uma ação muito rele - guesas é o órgão consultivo do Governo naquelas que lhes dizem diretamente e cultura portuguesas no mundo, de - nossos compatriotas nunca descuraram vante contribuindo, por um lado, para para as políticas relativas à emigração respeito. sempenhando, ao mesmo tempo, um a ligação ao seu país de origem man - fomentar a ligação de todos estes Por - e às Comunidades portuguesas e repre - Ao apresentar esta proposta entende - papel determinante no desenvolvi - tendo uma assumida vontade de con - tugueses a Portugal e, por outro, para sentativo das organizações não-gover - mos estar a contribuir para uma efetiva mento e internacionalização da econo - tribuir para o seu desenvolvimento. dar ainda maior visibilidade às Comu - namentais de Portugueses no estran- aproximação de Portugal às suas Co - mia portuguesa num mundo cada vez Assim, é claro que as nossas Comuni - nidades que representam nos países de geiro, tendo um particular relevo na munidades pois consideramos que Por - mais globalizado. dades têm assumido um papel impor - acolhimento. Na minha opinião, é manutenção, aprofundamento e de - tugal não se esgota no seu território e, Os nossos emigrantes assumem-se hoje tante na promoção do nosso país e a assim mais que justo que, através dos senvolvimento dos laços com Portugal. por isso, mais do que dar resposta a como dos maiores investidores em Por - sua ação tem-se revelado determinante Conselheiros, as Comunidades possam Assim, o Conselho das Comunidades uma aspiração das nossas Comunida - tugal, ajudando ao desenvolvimento de na capacidade de atração externa de estar representadas no Conselho Eco - Portuguesas deve poder contribuir des, o que temos em vista é salvaguar - muitas zonas do interior às quais man - Portugal e da sua economia. nómico e Social em Portugal. para uma melhor formulação das polí - dar o interesse de Portugal e o interesse tém ainda uma relação estreita mesmo Os Conselheiros das Comunidades têm, O Conselho das Comunidades Portu - ticas para as Comunidades apresen - dos Portugueses. Opinião do Padre Nuno Aurélio, Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris «Oui, je regrette tout de même quelque chose» Iniciou-se a Quaresma, em Quarta- ne regrette rien. Ni le bien qu’on m’a mesmo, e não apenas um outro ser ao sofrimento de milhões de huma - este cortejo de seres humanos de co - feira de Cinzas com esse gesto mile - fait, ni le mal, tout ça m’est bien humano excecional, como um filó - nos, tão ocupados e cheios que esta - ração endurecido. nar de imposição das cinzas. O gesto égal». Não sei se podemos honesta - sofo, um cientista, um artista ou o mos das nossas coisas e das nossas «Lutamos pela vida», quem é como é muito antigo. No Antigo Testamento mente dizer que podemos viver a vida nosso melhor amigo. rotinas confortáveis. Reparar: corrigir, quem diz, «lutamos» para ter traba - a cinza manifesta exteriormente o toda sem nada de que nos arrependa - Suportar os sofrimentos que Ele nos retificar, mudar, transformar o rumo, lho e de comer, casa, automóveis, ali - chamamento de Deus ao arrependi - mos. Creio, pelo contrário, que é sinal queira enviar: atenção! Não é Deus a direção e o sentido das economias, mentação, smartphones, tablettes, mento e à conversão e o desejo inte - de inteligência reconhecer que não se que provoca o nosso mal e sofrimen - das políticas destrutivas da realidade computadores, vestuário e tudo o rior do homem em o realizar. Bem o nasce ensinado e pecamos, mesmo tos. O pedido significa se estamos social e humana de todos nós. Cegos, mais que é hoje considerado neces - sei: é mais fácil pôr a cinza na cabeça procurando ser justo e correto, ao dispostos a colaborar com Deus su - surdos e mudos diante de tanto mal, sário. Lutamos pela vida do corpo que tirar o pecado do coração e o mal menos por ignorância, excesso de portando parte do peso do mal e dos abrem-se e fecham-se os olhos, os ou - neste mundo. Não deveríamos tam - da nossa vida diária. confiança ou até por infantil orgulho. pecados da humanidade? É assim vidos e as bocas conforme as conve - bém lutar pela nossa alma (que ha - A mensagem de Fátima - nas três Se não, vejamos. Logo em 13 de maio como quem ajuda a carregar um niências dos partidos e das ideologias, bita e dá vida à nossa carne) para a aparições do Anjo (1916) e nas seis de 1917, na primeira aparição, Nossa fardo pesado. Estamos dispostos a das pessoas e dos grupos sociais e dos eternidade «do mundo que há-de de Nossa Senhora (1917) - denúncia Senhora pergunta aos Pastorinhos: oferecer a Deus a nossa ajuda para interesses do momento. vir»? a crescente insensibilidade e indife - «Quereis oferecer-vos a Deus para su - transformar o mundo e diminuir Pede Jesus: «arrependei-vos e acreditai Mas para isso será preciso simples - rença dos homens ao pecado e ao portar todos os sofrimentos que Ele nele a força do pecado e o poder do no Evangelho», “reconhecei a vossa mente dizer: «Pai, pequei contra o mal. Habituamo-nos a eles e até pro - quiser enviar-vos, em ato de reparação mal? parte de responsabilidade no mal do céu e contra ti» (Lc 15, 17). Se não curamos uma justificação. Ao final, já dos pecados pelos quais Ele é ofen - E “em ato de reparação dos pecados mundo e dos males que podeis provo - tivermos os sentidos e o coração tão nada é pecado, já nada é mal. Vêm- dido e de súplica pela conversão dos pelos quais Ele é ofendido e de sú - car”. Está na moda as celebridades fechados e a razão completamente me sempre à memória as palavras pecadores?» Vamos por partes. plica pela conversão dos pecadores“, anunciarem por aí que não se arrepen - embotada, como faca sem gume que dessa voz incontornável do século Oferecer-se a Deus: é confiar a um pede a Mãe de Jesus. Podemos ver dem de nada na vida. «No regrets!» já não corta, «oui, on regrette tou - francês da canção popular, que foi outro a busca da nossa felicidade. E aqui o princípio de resposta àquela «Pas de regrets!» Orgulhosamente jours et tout de même quelque Edith Piaf: «Non, rien de rien. Non, je esse outro é o Totalmente Outro, Deus globalização da nossa indiferença face sempre corretos e certos, assim avança chose»… PUB LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS , une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. 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