Virchow: Medicina, Ciência E Sociedade No Seu Tempo Autor(Es)
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Virchow: medicina, ciência e sociedade no seu tempo Autor(es): Santos, Marco Steinert Publicado por: Imprensa de Universidade de Coimbra URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/2950 DOI: DOI:http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0503-6 Accessed : 11-Oct-2021 05:07:24 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. 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Capa Pedro Falcão ST 16 (Série Expulsão de Energia), 2006 Tinta de água s/ papel Cortesia Galeria Sete Revisão Paula Almeida Impressão e Acabamento Tipografia Lousanense, Lda. Lousã ISBN 978-989-8074-45-4 Depósito Legal 272072/08 Obra publicada com a colaboração de: © Setembro 2008, Imprensa da Universidade de Coimbra MARCO STEINERT SANTOS VIRCHOW MEDICINA, CIÊNCIA E SOCIEDADE NO SEU TEMPO (Página deixada propositadamente em branco) ÍNDICE Agradecimentos........................................................................................................................... 7 Prefácio........................................................................................................................................ 9 Nota de Abertura......................................................................................................................... 11 Introdução................................................................................................................................... 13 Capítulo I Os primeiros anos...................................................................................................... 17 Capítulo II Virchow e a sua chegada a Berlim.......................................................................... 23 Capítulo III A febre tifoide na Alta Silésia................................................................................ 39 Capítulo IV Virchow e a Revolução de 1848 ........................................................................... 43 Capítulo V A “Die medicinische Reform” (a Reforma da Medicina) ..................................... 33 Capítulo VI Wurzburg: fortaleza-reduto da medicina............................................................. 61 Capítulo VII O regresso a Berlim: a Patologia Celular............................................................. 75 a) A Patologia Celular; alterações dogmáticas (materialismo versus vitalismo) ............. 77 b) Triquinose: uma questão de saúde pública.................................................................... 82 Capítulo VIII Virchow e a sua estreia na política..................................................................... 85 Capítulo IX A unificação alemã ou o II Reich; Virchow no década de 70.............................. 91 a) a guerra franco-prussiana de 1870/1871 ....................................................................... 93 b) Virchow e o SPD............................................................................................................. 94 c) A grande obra de saneamento básico: o saneamento básico de Berlim....................... 96 d) Kulturkampf.................................................................................................................... 100 Capítulo X A Revolução de Darwin; Darwin, Haeckel e Virchow......................................... 105 Capítulo XI As ciências como progresso e civilização: Virchow como antropólogo e arqueólogo................................................................................................................................... 111 a) A Antropologia................................................................................................................. 111 b) A Arqueologia ................................................................................................................. 115 Capítulo XII Virchow e Robert Koch; Patologia Celular versus Bacteriologia...................... 119 5 Capítulo XIII Virchow e a “Reforma prática” da medicina: pensamentos e concretização 123 a) O estado da medicina e da classe médica, até meados de 1840 ........................... 123 b) As reflexões de Virchow, em matéria de organização da classe médica.............. 125 c) A medicina e a curandice ....................................................................................... 128 d) Os “médicos para indigentes”................................................................................. 132 Capítulo XIV Os últimos anos........................................................................................... 135 Capítulo XV Virchow: aspectos da sua vida privada....................................................... 139 Capítulo XVI Virchow: os 100 anos seguintes à sua morte............................................. 143 Capítulo XVII O Legado ................................................................................................... 147 Conclusões.......................................................................................................................... 149 Cronologia de Virchow..................................................................................................... 151 Bibliografia......................................................................................................................... 153 6 AGRADECIMENTOS A dissertação de mestrado que serviu de base ao presente livro não teria sido possível sem o inestimável apoio, estímulo e confiança da Professora Doutora Ana Leonor Pereira e do Professor Doutor João Rui Pita (orientadora e co-orientador, respectivamente). Nomeadamente, nunca poderei esquecer e retribuir a compreensão pelo facto de me encontrar longe de Coimbra (no Reino do Algarve), e de ter de dividir o meu tempo por mil e uma tarefas distintas. Desejo igualmente agradecer aos meus pais, pois é a eles que devo o que sou, e aos meus filhos, que me inspiram e dão forças àquilo que poderei ainda ser. Deixo também aqui um reconhecimento especial à minha irmã, que se encontra longe (Península Itálica), e que também me inspirou. Um último agradecimento aos amigos; não nomearei aqui nenhum em especial, pois não seria justo para com os outros ... mas eles saberão identificar-se com este sinal de apreço. E, finalmente, um tributo às musas que me foram iluminando os sentidos e o sentir. Santa Maria de Al-Farum, Junho de 2008 7 (Página deixada propositadamente em branco) PREFÁCIO Acreditamos que Rudolf Virchow é uma figura pouco conhecida em Portugal fora dos circuitos científicos especializados. Embora tenha sido médico, cientista e professor de medicina, a sua importância não se esgota nos meandros das ciências médicas. Virchow ultrapassa os limites das ciências da saúde. Vulgarmente é considerado como o Pai da patologia moderna mas, simultaneamente, Virchow é referência obrigatória da medicina social, da antropologia, da arqueologia e da política; encontramos em Virchow preocupações com o saneamento básico, as construções hospitalares, higiene escolar e higiene alimentar, entre outras. As consequências do seu trabalho tiveram consequências na teoria e na prática da politica do tempo. Rudolf Virchow nasceu em 1821 e faleceu em 1902. Viveu e realizou ciência num dos períodos históricos em que as ciências médicas germânicas marcavam fortemente a cultura científica europeia. Virchow era um académico; foi professor de anatomia, sublinhando-se o seu trabalho no campo da anatomia patológica na Universidade de Berlim, sobretudo desde 1856. Viveu a Guerra Franco Prussiana, tendo exercido notá vel actividade num hospital de campanha. Virchow fica ligado a diversas descobertas e contributos científicos inovadores como, por exemplo, entre vários, em trabalhos sobre a leucemia, em técnicas relacionadas com os estudos anatómico-celulares. Mas, numa história da medicina e das ciências médicas ou da saúde o nome de Virchow fica pelo menos relacionado com a introdução do conceito de patologia celular e com a consolidação e divulgação do conceito de medicina social e de medicina como ciência social (proposta realizada já anteriormente por outros autores. Ficou célebre a sua obra Die Cellularpathologie (1858). Pode-se dizer que a teoria celular de Virchow representa na segunda metade do século XIX um apuramento da mentalidade anatomoclínica proposta