Dep. Fed. RS 1891-1892; Gov

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Dep. Fed. RS 1891-1892; Gov ABBOTT, Fernando *const. 1891; gov. RS 1891; dep. fed. RS 1891-1892; gov. RS 1892-1893; dep. fed. RS 1893-1894; emb. Bras. Argentina 1894-1897. Fernando Fernandes Abbott nasceu em São Gabriel (RS) em 1857, filho de Jonatas Abbott Filho, natural da Bahia, e de Zeferina Fernandes Abbott. Seu avô paterno foi grande anatomista e professor da Faculdade de Medicina da Bahia. Fez o curso primário em São Gabriel e o ginásio em Porto Alegre. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e desenvolveu sua carreira médica em São Gabriel. Positivista e abolicionista, fundou em sua cidade o Clube Republicano e filiou-se a seguir ao Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). Foi também jornalista, tendo dirigido em São Gabriel O Precursor, órgão republicano de propaganda, e Zig-Zag (1885), igualmente destinado à propaganda republicana. Com a proclamação da República em 15 de novembro de 1889 e a convocação do Congresso Nacional Constituinte, foi eleito deputado constituinte pelo Rio Grande do Sul. Tomou posse em 15 de novembro de 1890 e foi um dos signatários da Constituição de 24 de fevereiro de 1891. Afastando-se da Câmara dos Deputados, assumiu interinamente o governo do Rio Grande do Sul de 16 de março a 15 de julho de 1891, quando passou o poder ao presidente eleito Júlio de Castilhos. Voltou então à Câmara e mais uma vez afastou-se, 27 de setembro de 1892, para exercer interinamente o governo de seu estado e conduzir as eleições que levaram Júlio de Castilhos ao poder. Em 25 de janeiro de 1893 transmitiu o governo a Castilhos e, diante da deflagração da Revolução Federalista no mês seguinte, combateu-a ao lado das forças legalistas, embora por tempo limitado. Reeleito deputado federal, iniciou novo mandato em maio de 1894. Em 31 de outubro seguinte, assumiu o posto de enviado extraordinário e ministro plenipotenciário na Argentina, com a incumbência de acompanhar as ações dos revolucionários federalistas gaúchos naquele país. Tratou também de uma questão de limites, vitoriosa em 1895. Restabelecida a paz em agosto desse ano, permaneceu na missão brasileira em Buenos Aires até 1897. Em 1906 rompeu com Borges de Medeiros, presidente do estado desde 1898, que, ignorando a indicação do PRR, tencionava candidatar-se à segunda reeleição consecutiva. Apresentando-se como candidato dissidente, Abbott disputou a eleição de 1907 com Carlos Barbosa Gonçalves, indicado por Borges. Contou com o apoio das dissidências republicanas, de Joaquim Francisco de Assis Brasil e de uma considerável facção do Partido Federalista, mas foi derrotado. Retornou então a São Gabriel, onde se dedicou à agricultura. Apoiou a candidatura de Assis Brasil em 1922 e a Revolução de 1923. Faleceu em São Gabriel em 13 de agosto de 1924. Casou-se com Matilde Barreto Pereira. Publicou Ligeiro estudo sobre a afinidade química (1877); Do jaborandi: sua ação fisiológica e terapêutica. Qual o ácido do suco gástrico?; Da hematocele; e Histeria, tese apresentada na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1878). Izabel Noll Fontes: BLAKE, A. Diccionário; GUIMARÃES, J.; FELIZARDO, J. Genealogia; O’DONNELL, F. Apparicio. ABBOTT, João * dep. fed. RS 1906-1911. João Frederico de Abbott nasceu em São Gabriel (RS) no dia 6 de fevereiro de 1856, filho de Jonatas Abbott Filho e de Zeferina Fernandes Barbosa. Seu pai foi médico militar e lutou na Guerra do Paraguai (1864-1870). Seu irmão Fernando Abbot foi constituinte de 1891, deputado federal (1891-1892 e 1893-1894), governador do Rio Grande do Sul (1891 e 1892-1893) e embaixador do Brasil na Argentina (1894-1897). Formou-se em medicina e exerceu a profissão em sua cidade natal. Filiado ao Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), criado em fevereiro de 1882, destacou-se na propaganda republicana gaúcha. Já sob o regime republicano, nas eleições de maio de 1891 – conduzidas por seu irmão Fernando, que em março fora nomeado governador do estado –, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte estadual. No dia 14 de julho de 1891, foi promulgada a primeira Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, cujo anteprojeto fora elaborado por Júlio de Castilhos, líder do PRR, e segundo a qual a autoridade legal do governador equivalia à de um ditador. No mesmo dia, a Constituinte estadual elegeu Castilhos presidente do Rio Grande do Sul. No dia seguinte, o presidente eleito tomou posse, e a Constituinte transformou-se em Assembleia dos Representantes. Júlio de Castilhos governou o Rio Grande do Sul de 15 de julho a 12 de novembro de 1891, voltou a assumir o governo, mas apenas por um dia, em 17 de junho de 1892, e iniciou afinal um mandato de cinco anos em 25 de janeiro de 1893. A convite de Castilhos, em 1895 João Abbott assumiu a Secretaria do Interior e Exterior. Permaneceu no cargo até 1905, já sob o primeiro governo de Borges de Medeiros, que deu continuidade ao projeto político do castilhismo e governou o Rio Grande do Sul de 1898 até 1908, e posteriormente de 1913 a 1928. Após anos à frente da Secretaria do Interior e Exterior no Rio Grande do Sul, em 1906 João Abbott foi eleito deputado federal pelo 3º distrito do estado e exerceu seu mandato de 3 de maio daquele ano a 31 de dezembro de 1908. Enquanto era deputado federal, não acompanhou a dissidência de seu irmão Fernando, que em 1907 foi o candidato da oposição nas eleições para a presidência do Rio Grande do Sul e enfrentou nas urnas Carlos Barbosa Gonçalves, candidato indicado por Borges de Medeiros. Carlos Barbosa saiu vitorioso em quase todos os municípios do estado, com exceção de São Sepé, Lajeado, Estela e São Gabriel. Em 1909 João Abbott foi novamente eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul e exerceu seu mandato de 3 de maio seguinte a 31 de dezembro de 1911. Após dois triênios na Câmara dos Deputados, afastou-se da vida política e voltou a se dedicar à medicina. Faleceu em Porto Alegre em 1925. Foi casado com Luísa Barreto Flores. Izabel Pimentel da Silva Fontes: ABRANCHES, J. Governos (v. 1, 2); ABREU, A. Dicionário histórico-biográfico brasileiro pós-1930. Partido Republicano Rio-grandense (verbete temático); CÂM. DEP. Deputados brasileiros; FRANCO, S. Dicionário; FRANCO, S. Júlio; GRIJÓ, L. Entre a barbárie; LOVE, J. Regionalismo; PESAVENTO, S. Assembléia; SILVEIRA, A. Enciclopédia; SOUSA, J. Índice; SOUSA, J. Índice geral; TRINDADE, H. ; NOLL, M. Subsídios. ABOUDIB, José Pedro Fernandes *dep. fed. ES 1930. José Pedro Fernandes Aboudib nasceu em Guarapari (ES) no dia 11 de dezembro de 1896, filho de Pedro José Aboudib e de Leopoldina Fernandes Aboudib. Seu pai, imigrante libanês naturalizado brasileiro, foi grande comerciante e chefe político, inicialmente em Guarapari e depois em Anchieta (ES), para onde se transferiu por motivos políticos. José Pedro fez os estudos secundários no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde também cursou a Faculdade Livre de Direito, bacharelando-se em 1918. Depois de formado retornou ao Espírito Santo e passou a exercer a advocacia em Vitória. Antes, porém, em 1916, seu pai foi eleito deputado estadual, para uma das vagas destinadas à oposição, por indicação de Muniz Freire, mas uma lei estadual vedou a candidatura de brasileiros naturalizados e ele não pôde assumir o cargo. Em compensação, Jerônimo Monteiro, que dominava a política estadual, ofereceu-lhe a candidatura do filho na eleição para substituí-lo, e José Pedro foi eleito deputado estadual aos 19 anos. Fez uma longa e bem sucedida carreira no Legislativo capixaba, com mandatos sucessivos até 1930, sempre eleito na legenda do Partido Republicano Espírito-Santense (PRES). Nesse último ano foi eleito deputado federal pelo espírito Santo. Assumiu, em maio desse ano, sua cadeira na Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, mas, após a vitória da Revolução de 1930 em outubro, que depôs o presidente Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder, seu mandato foi interrompido com a extinção de todos os órgãos legislativos do país. Foi presidente do Clube Saldanha da Gama de 1931 a 1936. Na sua gestão comprou o antigo Forte de São João e o transformou em sede da agremiação. Em 1932 participou da fundação da Seção do Espírito Santo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES). Após a reconstitucionalização do país em 1934, dois anos depois foi eleito vereador à Câmara Municipal de Vitória. Mas voltou a ter o mandato interrompido em 10 de novembro de 1937 com o golpe do Estado Novo instaurado pelo presidente Getúlio Vargas que extinguiu todos os órgãos legislativos do país. Foi procurador geral do estado de 1938 a 1943. Ocupou ainda cargos de consultor jurídico do estado, escrivão da Santa Casa de Misericórdia e delegado do Tesouro do Espírito Santo no Rio de Janeiro. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 6 de dezembro de 1989. Era casado com Alexandrina Costa, filha de José Horácio Costa, advogado e político influente no Espírito Santo no início da República. Nara Saletto FONTES ABOUDIB, P. Coronel; ASSEMB. LEGIS. ES. Cadastro; CÂM. DEP. Deputados brasileiros; PROCUR. GERAL JUST. ES. Procuradores.; WANICK, F. Aristeu. ABRANCHES, Dunshee de *dep. fed. MA 1905-1917. João Dunshee de Abranches Moura nasceu na cidade de São Luís no dia 2 de setembro de 1868, filho de Antônio da Silva Moura e de Raimunda de Abranches Moura. Seu avô materno, João Antônio Garcia de Abranches, foi político, jornalista e fundador do jornal O Censor no Maranhão durante o Império. Iniciou seus estudos em São Luís e em 1884 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, então capital do Império, tornando-se um defensor das causas abolicionista e republicana. Em 1888 foi nomeado promotor público em Barra do Corda (MA) e, para assumir o cargo, abandou o curso de medicina.
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