“THE NORMAL HEART”: UM FILME PARA ABORDAR A Cód.: 219 AIDS E O PRECONCEITO NA William Pereira Santos Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF) [email protected] SOCIEDADE E NO CUIDADO Claudia Regina A. Arrais Rosa Universidade Federal do Maranhão (UFMA) EM SAÚDE Alcindo Antônio Ferla Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Obras ficcionais podem embasar análises de questões sociais, sobretudo quando essas são expostas mobilizando debates.
Analisar o uso de filmes como estratégia pedagógica para mobilizar imaginários e THE NORMAL HEART (2014) compreender as relações entre a saúde e a Direção: Ryan Murphy. Roteiro: Larry Kramer. sociedade. Produção: Brad Pitt, Ryan Murphy, Scott Ferguson. Ensaio a partir do filme “The Normal Elenco: Mark Ruffalo, Matt Heart”, drama estadunidense dirigido por Bomer, Taylor Kitsch, Julia Ryan Murphy, a partir de roteiro do Roberts, Jim Parsons, Alfred dramaturgo Larry Kramer, com pesquisa Molina. em documentos contemporâneos sobre cuidado em saúde e preconceito.
O filme é contemporâneo, de 2014, retratando a crise social e sanitária da AIDS nos Estados Unidos no início da década de 1980. O enredo aponta o desconhecimento das pessoas sobre a realidade da época e evidencia a negligência governamental em políticas preventivas e de cuidado, motivada pelo preconceito com homens homossexuais, primeiro grupo com visibilidade de adoecimento e mortalidade. Passadas quatro décadas de evolução, mesmo com políticas para o cuidado à saúde das pessoas vivendo com HIV, a doença é muito relevante no Brasil, conforme os boletins epidemiológicos oficiais. No Brasil, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV, mas somente 89% têm diagnóstico confirmado (40% deles com diagnóstico tardio), 77% fazem tratamento antirretroviral no SUS, sendo que a quase totalidade desses já tem carga viral indetectável. Os números são relevantes e falam de histórias de tristeza, estigma social, preconceito e negligência. Políticas de cuidado embasadas na integralidade precisam prover ações de atenção às pessoas e romper os estigmas sociais associados às doenças, construindo novos imaginários sociais.
Referências: A ficção ajuda a desvelar o 1) MS. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Bolso das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Brasília: MS. 2005. preconceito social e a reflexão sobre as 2) MS. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Brasília: MS, relações entre saúde e sociedade. 2016. 3) MS. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e IST. Boletins Epidemiológicos - Linha do tempo. 2020. Compreender as vulnerabilidades às