Hecateu De Mileto E a Formação Do Pensamento Histórico Grego

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Hecateu De Mileto E a Formação Do Pensamento Histórico Grego KATSUZO KOIKE HECATEU DE MILETO E A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO HISTÓRICO GREGO Tese de doutoramento em Estudos Clássicos, na área de especialização Mundo Antigo, orientada pela Doutora Maria do Céu Grácio Zambujo Fialho e coorientada pela Doutora Carmen Isabel Leal Soares, apresentada ao Departamento de Línguas, Literatura e Culturas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Universidade de Coimbra Faculdade de Letras 2013 II Genealogies. This historical work was prefaced by a motto which, in its intellectual pride and the cold clarity of its reason, sounds in our ears today like the blare of trumpets at dawn. Theodor Gomperz1 1 T. Gomperz. Greek thinkers: a history of ancient philosophy.Transl. Laurie Magnus. London: J. Murray, 1964, pp.254-255. III Aos meus pais, Johei Koike (in memoriam) & Marieta Koike, por terem despertado em mim o amor pelos livros e pelo conhecimento. IV AGRADECIMENTOS A vivência acadêmica na Universidade de Coimbra agrega uma bagagem de conhecimentos e de enriquecimento pessoal difícil de medir. No final do período do doutoramento e com o retorno ao Brasil a aproximar-se, resta lembrar os bons momentos experimentados nesta tão antiga cidade e nesta tradicional universidade. Da mesma forma, cabe reconhecer a participação das pessoas que, de alguma forma, contribuiram para nos sentirmos em “casa”, e para tornar esta pesquisa possível. Assim, agradeço, em primeiro lugar e com todo sentimento, à minha esposa Maria Lygia, que não só teve a disposição de me acompanhar neste empreendimento, como também abraçou a vida acadêmica da Universidade. Agradecimento especial às doutoras Maria do Céu Fialho e Carmen Leal Soares, pelo empenho, disponibilidade e competência com que acompanharam o desenvolvimento dos meus estudos. Meu reconhecimento estende-se a todos os professores do Instituto de Estudos Clássicos, com os quais compartilhei um rica convivência, sempre em ambiente afável. Aos funcionários da Faculdade de Letras, meus sinceros agradecimentos pelo tratamento amigável e pela generosidade com que sempre me acolheram, em especial, Dona Custódia, pela presteza e pelos cuidados comigo e Maria Lygia. A todos os alunos, colegas de disciplinas, de Portugal e do Brasil, que tornaram essa estadia no Exterior tão agradável. Agradeço, ainda, à CAPES, pela oportunidade e apoio, pelo financiamento do doutoramento. Não posso esquecer a participação do meu Tutor de curso, no Brasil, o Professor Doutor Alexandre Cerqueira Lima, da Universidade Federal Fluminense. Agradecimentos que faço extensivos à Doutora Neyde Theml, que motivou e aprofundou o meu gosto acadêmico pelo mundo antigo. Importante lembrar também os professores Livio Rossetti, da Universidade de Perugia, na Itália, a quem sou grato pelo diálogo estabelecido sobre várias temáticas de estudo, e o professor Gabriele Cornelli, da Universidade de Brasília, pela amizade e motivação de sempre. Reconheço mais do que uma gratidão, aos meus pais, irmãos e familiares, o apoio incondicional que me deram em todas as fases de minha formação. Por fim, deixo registrada o sincero reconhecimento dos que, de longe, estiveram sempre perto: minhas tias e amigas Socorro e Jupira, pelo carinho de sempre. V VI NOTAS PRÉVIAS A realização deste trabalho exigiu transpor dificuldades próprias das pesquisas acadêmicas, em várias frentes, considerando-se sobretudo as peculiaridades da investigação acerca da Antiguidade. Uma delas foi lidar com nomes de povos, cidades e personagens não correntes em língua portuguesa. No caso, parte da solução encontrada foi adotar a nomenclatura antiga presente na obra de Maria Helena e João Maria Urenã Prieto, e Abel do Nascimento Pena, Índices de Nomes Próprios Gregos e Latinos (Lisboa, 1995). Os termos não existentes nessa obra foram transliterados à grafia portuguesa segundo os vários critérios em que as palavras gregas são vertidas ao português. Em uma época de indefinição e de tentativa de unificação do vernáculo, mediante Acordo Ortográfico entre os países de língua portuguesa, ainda em transição, fez-se opção pela grafia em voga no Brasil. As abreviaturas utilizadas no trabalho, referentes principalmente a revistas internacionais, podem ser encontradas na lista do Journal Abbreviations do L'Année Philologique. Quanto ao nome de autores e obras antigas, as abreviaturas seguem as do Greek-English Lexicon (LSJ), de Henry George Liddell and Robert Scott, edição de 1940. As notas de pé de páginas são corridas, ou seja, não foram divididas por capítulo. As citações literais das fontes secundárias, quando em nota, estão apresentadas na lingua original das obras consultadas. Em relação aos textos antigos, foi realizada uma versão livre dos fragmentos de Hecateu presentes no Brill´s New Jacoby (2006), que como é sabido, agregou novas passagens em relação à edição original do referido autor (1923). A versão em português transcorreu durante o ano de 2012, contando com o generoso apoio das Doutoras Maria do Céu Fialho e Carmen Leal Soares, respectivamente, Orientadora e Co-orientadora desta tese. As citações literais de fontes primárias presentes no texto da tese assentam-se VII em traduções estabelecidas e reconhecidas em português. Edições em outras línguas modernas foram, com frequência, utilizadas no caso de discurso indireto referente a fontes primárias. Finalmente, a pesquisa sobre Hecateu aqui apresentada tornou-se possível, em grande parte, graças à consulta constante ao trabalho realizado pela professora canadense da Universidade de Alberta, a Doutora Frances Pownall, que traduziu e comentou os fragmentos hecataicos da coleção de Jacoby, re-editados pelo projeto Brill´s New Jacoby. Nessa obra, a autora revisita e disponibiliza, em inglês, não apenas testemunhos e fragmentos, mas também levanta questões que a obra do Milésio suscita aos pesquisadores. VIII RESUMO Hecateu de Mileto é um autor pouco lembrado nos estudos de historiografia grega, e sobre sua figura muita “poeira” foi depositada. A presente pesquisa pretende mostrar, dentre outros propósitos, que a importância desse autor clássico para a formação da historiografia é bem maior do que muitos têm acreditado. Ele representa muito bem a produção intelectual da aristocracia grega arcaica, e sua figura e obras merecem ser reavaliadas sob um novo prisma, para que sejam alargadas e atualizadas as reflexões sobre o pensamento histórico grego. A razão histórica que ele cultivou, expressa em sua principal sentença, o fragmento 1, tornou-se um modelo para o tratamento apurado acerca do passado, na cultura grega. A revisão crítica das narrativas míticas presentes na tradição épica, especialmente a de Homero e Hesíodo, constituem o primeiro passo para a construção do pensamento histórico. Do mesmo modo, o surgimento da história grega não seria possível sem dois elementos que a cultura jônica produziu: o desenvolvimento do letramento, com a produção de obras em prosa, e a exploração de mundo que homens como Hecateu realizaram. Como representante da tradição logográfica, o Milésio fará uso da escrita para expor e difundir a sua consciência histórica. As suas duas obras, a Periegesis e as Genealogiai, das quais pouca coisa restou, supriram o conhecimento do espaço e do passado no mundo grego, como se fosse uma verdadeira enciclopédia. No século V a.C., elas serviram de fonte para Helânico de Lesbos e Heródoto, e mais tarde, ao chegarem às bibliotecas do período helenístico, tornaram-se, de fato, monumentos da prosa jônica arcaica. O que se propõe nesta pesquisa é analisar os fragmentos atribuídos a Hecateu dentro de um plano mais amplo do que tem sido seguido nas pesquisas modernas, de comumente considerá-los antigos exemplos de geografia ou mitografia. Sua vasta obra IX não se limitou à investigação do espaço e dos mitos, mas abrangeu um espectro de conhecimentos plenamente condizente com as características da histórie jônica. A análise dos fragmentos, no estado em que nos chegaram, ainda são suficientes para sugerir tendências ou indícios do que a tradição preservou. Isso permite de forma limitada formar um esboço do que foi a obra original de Hecateu, e qual sua influência nos autores posteriores. Enquanto na moderna na historiografia Hecateu é tido por mero precursor de Heródoto, a tradição grega antiga o considerou um pensador digno de menção. Pelo que podemos retirar dos indícios presentes nos fragmentos e testemunhos disponíveis, acreditamos que Hecateu foi um autor que merece figurar entre os principais formadores do pensamento historiográfico grego. X ABSTRACT Hecataeus of Miletus is not an author mostly remembered in Greek historical studies, and over his image there was deposited a lot of "dust". This research intends to show, among its purposes, the importance of this classic author for the construction of the historical knowledge, that he is much greater than the scholars have accredited. He faithfully represents the intellectual production of archaic Greek aristocracy, and both his image and his works deserve to be reassessed in a new light, and thus, the studies of Greek historical thought will be expanded and updated. The historical reason cultivated and expressed in his principal judgment, the famous fragment 1, became a model for proper treatment about the past, in Greek culture. The critical judgment of mythical narratives of the epic tradition, especially those of Homer and Hesiod, is the first stage in the development of historical thinking. Likewise, the emergence of Greek history would not be possible without two aspects produced in the Ionian culture: the development of
Recommended publications
  • Tra Atene E La Persia Le Città Greche D'asia Nel V Sec. A.C
    Università degli Studi di Roma “La Sapienza” Dottorato di Ricerca in Filologia e Storia del Mondo Antico Giuseppe Bonaccorso Tra Atene e la Persia: le città greche d’Asia nel V sec. a.C. __________________ Tesi di dottorato Ciclo: XXIX Curriculum: Storia Antica Tutor: Prof. Francesco Guizzi Co-Tutor: Prof. Pietro Vannicelli INDICE INTRODUZIONE………………………………………………… 4 Capitolo Primo DALLA BATTAGLIA DI MICALE ALLA BATTAGLIA DELL’EURIMEDONTE (479-466 A.C.) 1.1 La battaglia di Micale e la ‘seconda rivolta ionica’............................................. 13 1.2 L’integrazione dei Greci d’Asia nell’organizzazione imperiale achemenide....... 17 1.3 Dopo Micale: la reazione persiana........................................................................ 26 1.4 Dopo Micale: la reazione greca............................................................................ 32 1.5 La fondazione della Lega delio-attica e la questione della composizione originaria 36 1.6 L’influenza persiana sulle città costiere dell’Egeo................................................ 45 1.7 Il caso della città ionica di Teo.............................................................................. 56 1.8 Il primo decennio della Lega delio-attica e la battaglia dell’Eurimedonte........... 66 Capitolo Secondo DALL’ASCESA DI ARTASERSE ALLA ‘PACE DI CALLIA’ (465-449 A.C.) 2.1 L’ascesa di Artaserse e la ripresa delle ostilità tra Atene e la Persia.................. 80 2.2 Il disertore Temistocle al servizio del Gran Re in Asia Minore.......................... 89 2.3 La
    [Show full text]
  • Jebb's Antigone
    Jebb’s Antigone By Janet C. Collins A Thesis submitted to the Graduate Program in Classics in conformity with the requirements for the Master of Arts Queen’s University Kingston, Ontario, Canada August 2015 Copyright Janet Christine Collins, 2015 I dedicate this thesis to Ross S. Kilpatrick Former Head of Department, Classics, Queen’s University, Kingston, Ontario. Who of us will forget his six-hour Latin exams? He was a very open-minded prof who encouraged us to think differently, he never criticized, punned us to death and was a thoroughly good chap. And to R. Drew Griffith My supervisor, not a punster, but also very open-minded, encouraged my wayward thinking, has read everything and is also a thoroughly good chap. And to J. Douglas Stewart, Queen’s Art Historian, sadly now passed away, who was more than happy to have long conversations with me about any period of history, but especially about the Greeks and Romans. He taught me so much. And to Mrs. Norgrove and Albert Lee Abstract In the introduction, chapter one, I seek to give a brief oversight of the thesis chapter by chapter. Chapter two is a brief biography of Sir Richard Claverhouse Jebb, the still internationally recognized Sophoclean authority, and his much less well-known life as a humanitarian and a compassionate, human rights–committed person. In chapter three I look at δεινός, one of the most ambiguous words in the ancient Greek language, and especially at its presence and interpretation in the first line of the “Ode to Man”: 332–375 in Sophocles’ Antigone, and how it is used elsewhere in Sophocles and in a few other fifth-century writers.
    [Show full text]
  • Kültür Ve Turizm Bakanlığı Kültür Varlıkları Ve Müzeler Genel Müdürlüğü Friglerin Gizemli Uygarlığı, S.64, 2007 İstanbul.)
    T.C. KÜLTÜR VE TURİZM BAKANLIĞI TÜRKİYE KÜLTÜR PORTALI PROJESİ ARKEOLOJİ VE SANAT TARİHİ ESKİ ANADOLU UYGARLIKLARI PALEOLİTİK ÇAĞ (Eski Taş Çağı / Yontma Taş Çağı) Prof. Dr. Işın YALÇINKAYA EKİM - 2009 ANKARA 1. ESKİ ANADOLU UYGARLIKLARI 1. 1. Paleolitik Çağ (Eski Taş Çağı / Yontma Taş Çağı) Anahtar Kelime: İnsanlık tarihinin başlangıcı, avcılık, toplayıcılık, konar-göçer yaşam, alet üretimi. Paleolitik kavramı, 1865 yılında J. Lubbock tarafından Eski Taş Çağ’ını ifade etmek için ortaya atılmıştır. Paleolitik Çağ, insanlık tarihinin ilk basamağını oluşturmasının yanı sıra, bu tarihi sürecin %99’undan daha uzun bir bölümünü kapsamaktadır. Günümüzden yaklaşık 2.5 milyon yıl önce, insanın Afrika kıtasında ilk aleti üretmesiyle başlamış, yine Yakındoğu’da günümüzden yaklaşık 20 bin, Avrupa’da ise 10 bin yıl önce sona ermiştir. Üretim öncesi evreleri temsil eden Paleolitik uygarlıklar, üretim sonrası yerleşik yaşamın ürünü olan uygarlıkların aksine, belirli bir coğrafya ile sınırlandırılamazlar. Zira bu uygarlıklar dünya genelinde yer yer yayılmış olup, benzer özelikler sergilemektedirler. Paleolitik kültürler, IV. jeolojik zamanın ilk ve en eski evresi olan pleistosen boyunca gelişmişlerdir. Bu evrede dünya dört büyük buzullaşmaya sahne olmuştur. Buzullar kuzey yarım kürenin orta enlemlerine kadar yayılmışlardır. Buna karşılık Afrika kıtası gibi Anadolu da bu buzul takkesinin uzağında kalmış, dolayısıyla yaşama elverişli koşulları sunmuştur. Paleolitik insanlar, tükettikleri besinleri üretmeyi bilmiyorlar, ancak Doğa’nın kendilerine sunduğu yabani hayvansal ve bitkisel kaynaklarla yetinerek avcı-toplayıcı bir ekonomik modelle yaşamlarını sürdürüyorlardı. Avladıkları su aygırı, gergedan, fil gibi kalın derili memelileri av alanlarına yakın yerlerde parçalıyorlardı. Buralar kasaplık işlemlerinin gerçekleştirildiği “et parçalama atölyeleri” idi. Paleolitik insanlar, iklim dolayısıyla çevre koşullarındaki değişimlere paralel olarak yeni besin kaynakları aramak ve av hayvanlarını izlemek üzere küçük gruplar halinde yer değiştiriyorlardı.
    [Show full text]
  • 4-Iscr.-Su-Pietra-.Pdf
    I. ATTICA N. EDIZIONE SCHEDA 1 IG I³ 1143 Provenienza: Salamina, Albelaki Collocazione: Atene, Museo epigrafico, inv. EM 22 Supporto: lastra di marmo bianco Contenuto: epigramma (distici elegiaci) per i morti corinzi nella battaglia di Salamina, detta “isola di Aiace” Data: 480/79 a.C.? 2 Bibliografia: IG I 927; GVI 17; LSAG 132; CEG I 131; G. PFOHL, Festschrift für Robert Μuth, Innsbruck 1983, pp. 350-354 Nome: Aias (Telam., l. 2) 2 IG I³ 234 Provenienza: Atene, acropoli Collocazione: Atene, Museo epigrafico, inv. EM 6559 Supporto: stele di marmo Contenuto: calendario sacrificale (molto framm.) Data: 480-460 a.C. Bibliografia: LSCG 1 Nome: Semele (ll. 18-19) 3 SEG XXVI 136 Provenienza: Thorikòs Collocazione: Malibu, Paul Getty Museum Supporto: stele di marmo Contenuto: calendario sacrificale Data: 430-420 (LEWIS, PARKER); 380-375 a.C. (DAUX) Bibliografia: G. DAUX, «AC» 52, 1983. pp. 150-174, con foto e traduzione, cf. «BCH» 108, 1984, pp. 399-400 (= SEG XXXIII 147); ID., «The J. Paul Getty Museum» 12, 1984, pp. 145-152, con foto e traduzione; J. LABARDE, Thorikos. Les testimonia, Gent 1977, pp. 56-64 nr. 50, con traduzione; G. DAUX, «CRAI» 124, 1980, pp. 463-470; D. M. LEWIS, «ZPE» 60, 1985, p. 108; R. PARKER, in Gifts to the Gods. Proceedings of the Uppsala Symposium 1985, ed. by Tullia Linders and Gullog Nordquist, Uppsala 1987, pp. 144-147; E. KEARNS, The Heroes of Attica, London 1989, p. 158; H. MATTINGLY, «ZPE» 83, 1990, pp. 111, 118-119, 122; M. H. JAMESON, in Democracy 2500? Questions and Challenges, ed.
    [Show full text]
  • Being Suneches, Being Continuous, Is a Central Notion in Aristotle
    1 The notion of continuity in Parmenides1 1. Introduction: Being suneches, being continuous, is a central notion in Aristotle’s Physics, and of crucial importance for understanding time, space, and motion within Aristotle’s framework. In this paper I want to show that continuity is, however, already of crucial philosophical significance in Parmenides, who seems to be the first thinker in the West to use the notion of continuity in a philosophically interesting and systematic way. But Parmenides uses it in a way that is importantly different from Aristotle with opposing implications. The notion of suneches itself has not attracted much attention from Parmenides scholars (even though the passages in which Parmenides talks about suneches have, and their understanding is highly disputed).2 What I will do in this paper is to look first in some detail at the three passages in fragment 8 of Parmenides’ poem that are of crucial importance for Parmenides’ notion of being suneches before comparing it briefly to Aristotle’s notion. An analysis of these three passages in Parmenides will show that suneches for Parmenides implies complete homogeneity and indivisibility. The three passages I look at are (1) fragment 8, lines 5-6a, where Parmenides calls what is (eon) “suneches” for the first time and links being suneches and being homou (‘being together’). (2) Lines 22-25 show being suneches to exclude differences in kind as well as any more or less. (3) Lines 42-49, finally, even though not using the word “suneches”, can be understood as taking up the discussion of conditions that would prevent eon from being suneches and as systematizing these conditions.
    [Show full text]
  • Die Griechische Polis Als Historisch-Geographisches Problem Des Mittelmeerraumes
    Colloquium Geographicum ISSN 0588-3253 Band 5 Die griechische Polis als historisch-geographisches Problem des Mittelmeerraumes Vorangestellt: Alfred Philippsons Lebenswerk von Herbert Lehmann und Bibliographie A. Philippson von Ernst Kirsten 1956 Bonn E. Kirsten I Die griechische Polis als historisch-geogr~phisches Problem des Mittelmeerraumes Colloquium Geographicum Vorträge des Bonner Geographischen Kolloquiums zum Gedächtnis an Ferdinand von Riohthofen herausgegeben vom Geographischen Institut der Universität Bonn durch C a r I T r o 11 Schriftleitung: H e l m u t H ahn Band 5 Ernst Kirsten Die griechische Polis als historisch-geographisches Problem des Mittelmeerraumes mit A Philippson-Bibliographie und Gedächtnisrede von H. L eh m an n 1956 In Kommission bei Ferd. Dümmlers Verlag• Bonn Die griechische Polis als historisch-geographisches Problem des Mittelmeerraumes Mit 15 Abbildungen im Text und 10 Bildern auf Kunstdrucktafeln von Ernst Kirsten vorangestellt: Alfred Philippsons Lebenswerk von H e r b e r t L e h m an n und Bibliographie A. Phi 1i pp so n In Kommission bei Ferd. Dümmlers Verlag• Bonn Alle Rechte. vorbehalten. Satz und Druck: Richard ·Mayr, Würzburg Vorwort Als einer der letzten Schüler Ferdinand von Rich thofens verstarb am 28. März 1953 in seiner Geburtsstadt Bonn im 90. Lebensjahre Geheimrat Professor Alfred Phfäppson, nachdem bereits eineinhalb Jahre vorher, am 4. September 1951 sein Nachfolger auf dem Bonner Lehrstuhl der Geogra- phie, Professor Leo Waibel, plötzlich vom Tode dahingerafft worden war. Die beiden bedeutenden Forscher haben der deutschen Geographie seit der Jahrhundertwende entscheidende Stempel aufgedrückt, Philippson ganz besonders für die Geomorphologie und die Länderkunde, Waibel für die Landschaftskunde und Wirtschaftsgeographie.
    [Show full text]
  • Archaic Greece Edited by H
    Cambridge University Press 978-0-521-52929-7 - The Cambridge Companion to Archaic Greece Edited by H. A. Shapiro Frontmatter More information The Cambridge Companion to ARCHAIC GREECE S The Cambridge Companion to Archaic Greece provides a wide-ranging syn- thesis of history, society, and culture during the formative period of Ancient Greece, from the Age of Homer in the late eighth century to the Persian Wars of 490–480 BCE. In ten clearly written and succinct chapters, leading scholars from around the English-speaking world treat all aspects of the civilization of Archaic Greece, from social, political, and military history to early achievements in poetry, philosophy, and the visual arts. Archaic Greece was an age of experimentation and intellec- tual ferment that laid the foundations for much of Western thought and culture. Under the rule of strongmen known as “tyrants,” individual city-states in Greece rose to great power and wealth, and after a long period of isolation, many cities sent out colonies that spread Hellenism to all corners of the Mediterranean world. The Greeks came together in great sanctuaries like Delphi and Olympia to compete in athletic contests and celebrate their gods with the earliest examples of mon- umental architecture and sculpture. The book offers a vivid and fully documented account of this critical stage in the history of the West. H. A. Shapiro is the W.H. Collins Vickers Professor of Archaeology and Professor of Classics at The Johns Hopkins University. A Fellow of the Guggenheim Foundation, the Alexander von Humboldt Foundation, and the American School of Classical Studies at Athens, he is the author of Art and Cult under the Tyrants in Athens (1989), Personifications in Greek Art (1993), and Myth into Art: Poet and Painter in Classical Greece (1994) and coauthor of Women in the Classical World (1994).
    [Show full text]
  • On the Lion Harbour and Other Harbours in Miletos: Recent Historical, Archaeological, Sedimentological, and Geophysical Research*
    On the Lion Harbour and other Harbours in Miletos: recent historical, archaeological, sedimentological, and geophysical research* HELMUT BRÜCKNER, ALEXANDER HERDA, MARC MÜLLENHOFF, WOLFGANG RABBEL & HARALD STÜMPEL Καλοὶ δὲ Μιλησίων εἰσὶ λιμένες “But beautiful are the harbours of the Milesians” (Chariton, Chaireas and Kallirhoë 4.1.5) 1. Introduction from its strategic role as one of the closable war harbours The Lion Harbour was Miletos’ most prominent harbour of Archaic and later times. Its central position in the Ar- during antiquity. It can be envisaged as the heart of the chaic insula street grid, lining the agora and the main city Ionian metropolis in western Asia Minor. Originally situ- sanctuary of Apollo Delphinios, made it a gate through ated in a bay of the “(I-)Karian Sea”, Miletos is now fully which, so to speak, gods and humans entered the city; incorporated into the plain of the Maeander river, today’s it was also the point from which Milesians left the city Büyük Menderes. to start their sailing seasons or found their many colo- In this article we combine results from historical and nies. The Lion Harbour is likely to be identified with the archaeological research with those from palaeo-geography “Harbour of Dokimos” mentioned by the 1st century AD and geophysics. This geoarchaeological approach offers novelist Chariton (Chaireas and Kallirhoë 3.2.11) new insights into the dynamic evolution of the harbour The commercial relevance of the Lion Harbour, how- basin from the time of the marine transgression in the ever, was quite limited in antiquity. Miletos had a series early Bronze Age (c.
    [Show full text]
  • CAMBRIDGE GREEK and LATIN CLASSICS General Editors P. E
    Cambridge University Press 978-0-521-88332-0 - Iliad: Book XXII Homer Frontmatter More information CAMBRIDGE GREEK AND LATIN CLASSICS G eneral E ditors P. E . E asterling Regius Professor Emeritus of Greek, University of Cambridge P hilip H ardie Senior Research Fellow, Trinity College, and Honorary Professor of Latin, University of Cambridge R ichard H unter Regius Professor of Greek, University of Cambridge E. J. Kenney Kennedy Professor Emeritus of Latin, University of Cambridge S. P. Oakley Kennedy Professor of Latin, University of Cambridge © in this web service Cambridge University Press www.cambridge.org Cambridge University Press 978-0-521-88332-0 - Iliad: Book XXII Homer Frontmatter More information © in this web service Cambridge University Press www.cambridge.org Cambridge University Press 978-0-521-88332-0 - Iliad: Book XXII Homer Frontmatter More information HOMER ILIAD BOOK XXII edited by IRENE J. F. DE JONG Professor of Ancient Greek University of Amsterdam © in this web service Cambridge University Press www.cambridge.org Cambridge University Press 978-0-521-88332-0 - Iliad: Book XXII Homer Frontmatter More information University Printing House, Cambridge cb2 8 bs, United Kingdom Cambridge University Press is part of the University of Cambridge. It furthers the University’s mission by disseminating knowledge in the pursuit of education, learning and research at the highest international levels of excellence. www.cambridge.org Information on this title: www.cambridge.org/9780521709774 c IreneJ.F.deJong2012 This publication is in copyright. Subject to statutory exception and to the provisions of relevant collective licensing agreements, no reproduction of any part may take place without the written permission of Cambridge University Press.
    [Show full text]
  • The Definition of Myth. Symbolical Phenomena in Ancient Culture
    The definition of myth. Symbolical phenomena in ancient culture Synm'JVe des Bouvrie Introduction THE PRESENT article aims at making a contribution to the definition of myth as well as to the discussion about the substance of what is commonly referred to as 'myth.' It does not pretend to give the final answer to all questions related to this intricate problem, but to offer some clarification at the present moment, when the term 'myth' is freely in use among classical scholars without always being suffi­ ciently defined. In fact the question of definition seems indeed to be avoided. In addressing this question I will proceed along two lines and study the nature and 'existence' of myth from a social as well as from a biological point of view. We have to ask how 'myth' operates in the particular culture we are studying, and to con­ sider how the human mind does in fact function in a special 'mythical' way, stud­ ying its relationship to conscious reasoning. By adducing insights from anthropological theory I hope to contribute to the definition of the term and by presenting some results from psychology I wish to substantiate the claim that 'mythical phenomena' can be said to be generated by some 'mythical mind.' Both answers amount to the conclusion that 'myth' does in fact exist, if we study what I provisionally call 'myth' as a subspecies of what commonly is labelled 'symbolic phenomena.' This term refers to processes and entities which constitute a complex force in the creation and maintenance of culture. My justification for these choices is the situation that within our field of classi­ cal studies we are deprived of studying phenomena like 'myth' within their living context.
    [Show full text]
  • ATLAS of CLASSICAL HISTORY
    ATLAS of CLASSICAL HISTORY EDITED BY RICHARD J.A.TALBERT London and New York First published 1985 by Croom Helm Ltd Routledge is an imprint of the Taylor & Francis Group This edition published in the Taylor & Francis e-Library, 2003. © 1985 Richard J.A.Talbert and contributors All rights reserved. No part of this book may be reprinted or reproduced or utilized in any form or by any electronic, mechanical, or other means, now known or hereafter invented, including photocopying and recording, or in any information storage or retrieval system, without permission in writing from the publishers. British Library Cataloguing in Publication Data Atlas of classical history. 1. History, Ancient—Maps I. Talbert, Richard J.A. 911.3 G3201.S2 ISBN 0-203-40535-8 Master e-book ISBN ISBN 0-203-71359-1 (Adobe eReader Format) ISBN 0-415-03463-9 (pbk) Library of Congress Cataloguing in Publication Data Also available CONTENTS Preface v Northern Greece, Macedonia and Thrace 32 Contributors vi The Eastern Aegean and the Asia Minor Equivalent Measurements vi Hinterland 33 Attica 34–5, 181 Maps: map and text page reference placed first, Classical Athens 35–6, 181 further reading reference second Roman Athens 35–6, 181 Halicarnassus 36, 181 The Mediterranean World: Physical 1 Miletus 37, 181 The Aegean in the Bronze Age 2–5, 179 Priene 37, 181 Troy 3, 179 Greek Sicily 38–9, 181 Knossos 3, 179 Syracuse 39, 181 Minoan Crete 4–5, 179 Akragas 40, 181 Mycenae 5, 179 Cyrene 40, 182 Mycenaean Greece 4–6, 179 Olympia 41, 182 Mainland Greece in the Homeric Poems 7–8, Greek Dialects c.
    [Show full text]
  • Map 61 Ephesus Compiled by C
    Map 61 Ephesus Compiled by C. Foss and G. Reger (islands), 1994 Introduction The continental part of the map comprises three distinct geographic regions: the coasts of Ionia and Caria, the Maeander valley, and the mountainous hinterland of Caria. The coastal region, settled by Greeks in their first great expansion in the Iron Age, became the site of major cities and many smaller settlements along its deeply indented coastline. The excavators of Ephesus and Miletus have long surveyed the regions of those cities, and other classical scholars have investigated the rest of Ionia. The Ionian coast has seen great physical changes since antiquity. The vast quantities of alluvium deposited by the R. Maeander have made the ancient port of Ephesus an inland town, and turned the former Gulf of Latmos near Miletus into a lake (inset and E2). The Carian coast, with its numerous small ports, is well known thanks to the researches of Bean and Fraser. The broad Maeander valley, which divides Ionia from Caria, always played a major role in the economy of the region with its fertility and the communication it provided between coast and interior. It has not been systematically surveyed. The river’s tributaries offered an outlet for the scattered settlements in the basins and plateaus of the heavily forested interior of Caria. Much of this region, as well as many parts of neighboring ones, was carefully explored by Louis Robert. The map omits Carian sites for which no Greek name is attested; for these, see Radt (1970). For unnamed village sites also not marked, see Marchese (1989, 147-54).
    [Show full text]