Formas De Resistência Camponesa: Visibilidade E Diversidade De Confl Itos Ao Longo Da História

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Formas De Resistência Camponesa: Visibilidade E Diversidade De Confl Itos Ao Longo Da História ocorridos entre 1945 e 1964 no Rio de Janeiro, As narrativas reunidas neste volume resgatam a multiplicidade das muitas realidades que A Coleção História Social do Campesinato no Rio Grande do Sul e Paraná. se espalham pelo espaço brasileiro, possibilitando ao leitor uma compreensão mais Formas de resistência Brasil apresenta narrativas que escapam da Do Rio Grande do Sul é também utilizada a ampla do mundo cultural, político, econômico e social em que o camponês produz e se ótica sedimentada pela historiografia tradicio- história de colonização e imigração para reproduz. Mergulhando nos diversos aspectos do mundo rural, seus autores oferecem o Formas de resistência camponesa – vol. II – Motta e Zarth (Orgs.) nal, em que os camponeses são mais conheci- pensar os projetos de ocupação de terras e a suporte necessário para o debate sobre o direito à terra no Brasil. camponesa: visibilidade dos pelas grandes rebeliões contra os latifun- trajetória do campesinato caboclo. E, de diários do que por sua formação histórica. Pernambuco, retoma-se o emblemático Enge- e diversidade de conflitos Resgatando a multiplicidade das muitas reali- nho de Galiléia para revelar complexas redes dades que se espalham pelo espaço brasileiro, de alianças e embates. este livro abre uma nova perspectiva para ao longo da história pensar a questão agrária nacional. Este livro apresenta concepções de justiça que questionam a concentração fundiária e que Neste volume, a Era Vargas é vista por novos produzem uma resposta à amnésia social que ângulos, reavaliando-se a historiografia que consagrou – como memória nacional – a vol. II considera inoperante a atuação dos campone- noção de passividade do povo brasileiro. ses no período. Os trabalhos organizados por Concepções de justiça e resistência Márcia Motta e Paulo Zarth mostram como a participação do campesinato na política nas repúblicas do passado (1930-1960) nacional teve início muito antes do que se pensava e discutem a centralidade do mundo do trabalho urbano nas políticas sociais do Márcia Motta e Estado Novo. Coleção História Social do Campesinato no Brasil Paulo Zarth (Orgs.) Outros artigos se voltam para o momento histórico subseqüente, destacando a capacidade de organização dos posseiros diante da ameaça de expulsão da terra por grileiros e a constitui- ção de várias e complexas arenas de luta. São relatados casos de resistência e articulação NEAD UNESP Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de confl itos ao longo da história NEAD - Formas_de_resistência_camponesa_(FINAL).indd 1 11/8/2009 20:48:09 FUNDAÇÃO EDITORA DA UNESP LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Presidente da República Presidente do Conselho Curador Herman Voorwald GUILHERME CASSEL Ministro de Estado do Desenvolvimento Diretor-Presidente Agrário José Castilho Marques Neto Editor-Executivo DANIEL MAIA Jézio Hernani Bomfi m Gutierre Secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário Assessor Editorial Antonio Celso Ferreira ROLF HACKBART Conselho Editorial Acadêmico Presidente do Instituto Nacional de Cláudio Antonio Rabello Coelho Colonização e Reforma Agrária José Roberto Ernandes ADONIRAM SANCHES PERACI Luiz Gonzaga Marchezan Secretário de Agricultura Familiar Maria do Rosário Longo Mortatti Maria Encarnação Beltrão Sposito ADHEMAR LOPES DE ALMEIDA Mario Fernando Bolognesi Secretário de Reordenamento Agrário Paulo César Corrêa Borges Roberto André Kraenkel JOSÉ HUMBERTO OLIVEIRA Sérgio Vicente Motta Secretário de Desenvolvimento Territorial Editores-Assistentes JOAQUIM CALHEIROS SORIANO Anderson Nobara Coordenador-geral do Núcleo de Estudos Arlete Zebber Agrários e Desenvolvimento Rural Christiane Gradvohl Colas VINICIUS MACÁRIO Coordenador-executivo do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO (MDA) www.mda.gov.br NÚCLEO DE ESTUDOS AGRÁRIOS E DESENVOLVIMENTO RURAL (NEAD) SBN, Quadra 2, Edifício Sarkis – Bloco D – loja 10 – sala S2 – CEP: 70.040-910 Brasília/DF Telefone: (61) 2020-0189 www.nead.org.br PCT MDA/IICA – Apoio às Políticas e à Participação Social no Desenvolvimento Rural Sustentável NEAD - Formas_de_resistência_camponesa_(FINAL).indd 2 11/8/2009 20:48:13 MÁRCIA MOTTA PAULO ZARTH (Orgs.) Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de confl itos ao longo da história Concepções de justiça e resistência nas repúblicas do passado (1930-1960) volume 2 NEAD - Formas_de_resistência_camponesa_(FINAL).indd 3 11/8/2009 20:48:13 © 2008 Editora UNESP Direitos de publicação reservados à: Fundação Editora da UNESP (FEU) Praça da Sé, 108 01001-900 – São Paulo – SP Tel.: (0xx11) 3242-7171 Fax: (0xx11) 3242-7172 www.editoraunesp.com.br [email protected] CIP – Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ F82 v.2 Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história, vol. 2: concepções de justiça e resistência nas repúblicas do passado (1930-1960) / Márcia Motta, Paulo Zarth (orgs.). – São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: Ministério do Desenvolvimento Agrário, NEAD, 2009. 2v. (352, 261p.): il. – (História social do campesinato brasileiro) ISBN 978-85-7139-943-3 (Editora UNESP) ISBN 978-85-60548-48-4 (NEAD) 1. Posse da terra – Brasil – História. 2. Trabalhadores rurais – Brasil – História. 3. Camponeses – Brasil – História. 4. Brasil – Condições rurais. 5. Movimentos sociais rurais – Brasil. 6. Sociologia rural – Brasil. 7. Justiça – Brasil. I. Motta, Márcia. II. Zarth, Paulo Afonso. III. Brasil. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural. IV. Série. 09-3442. CDD: 333.3181 CDU: 332.2.021.8(81) Editora afi liada: NEAD - Formas_de_resistência_camponesa_(FINAL).indd 4 11/8/2009 20:48:13 História Social do Campesinato no Brasil Conselho Editorial Nacional Membros efetivos Ariovaldo Umbelino de Oliveira (Universidade de São Paulo) Bernardo Mançano Fernandes (UNESP, campus de Presidente Prudente) Clifford Andrew Welch (GVSU & UNESP, campus de Presidente Prudente) Delma Pessanha Neves (Universidade Federal Fluminense) Edgard Malagodi (Universidade Federal de Campina Grande) Emília Pietrafesa de Godói (Universidade Estadual de Campinas) Jean Hebette (Universidade Federal do Pará) Josefa Salete Barbosa Cavalcanti (Universidade Federal de Pernambuco) Leonilde Servolo de Medeiros (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, CPDA) Márcia Maria Menendes Motta (Universidade Federal Fluminense) Maria de Nazareth Baudel Wanderley (Universidade Federal de Pernambuco) Maria Aparecida de Moraes Silva (UNESP, campus de Araraquara) Maria Ignes Paulilo (Universidade Federal de Santa Catarina) Marilda Menezes (Universidade Federal de Campina Grande) Miguel Carter (American University, Washington – DC) Paulo Zarth (Unijuí) Rosa Elizabeth Acevedo Marin (Universidade Federal do Pará) Sueli Pereira Castro (Universidade Federal de Mato Grosso) Wendy Wolford (Yale University) Coordenação Horácio Martins de Carvalho Márcia Motta Paulo Zarth NEAD - Formas_de_resistência_camponesa_(FINAL).indd 5 11/8/2009 20:48:13 NEAD - Formas_de_resistência_camponesa_(FINAL).indd 6 11/8/2009 20:48:13 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À COLEÇÃO 9 PREFÁCIO 19 INTRODUÇÃO 23 Márcia Motta e Paulo Zarth 1 Os camponeses entram em cena: a iniciação da participação política do campesinato paulista 29 Clifford Andrew Welch 2 Cartas ao presidente Vargas: outra forma de luta pela terra 53 Vanderlei Vazelesk Ribeiro 3 A Era Vargas e o mundo rural brasileiro: memória, direitos e cultura política camponesa 73 Marcus Dezemone 4 Monges Barbudos: resistência e massacre de camponeses no Sul do Brasil 99 Dejalma Cremonese 5 A revolta camponesa de Porecatu 117 Angelo Priori 6 Organização e luta camponesa no Sudoeste do Paraná 143 Lindomar Wessler Boneti 7 Formoso e Trombas: luta pela terra e resistência camponesa em Goiás – 1950-1964 161 Carlos Leandro da Silva Esteves NEAD - Formas_de_resistência_camponesa_(FINAL).indd 7 11/8/2009 20:48:13 8 O sertão como um direito: o movimento de luta pela terra na zona rural da cidade do Rio de Janeiro (1945-1964) 175 Leonardo Soares dos Santos 9 Lutas e mediações políticas nos movimentos sociais rurais do Rio Grande do Sul 199 Marluza Marques Harres 10 Colonos imigrantes e lavradores nacionais no Sul do Brasil: projetos de ocupação da terra em confl ito 223 Paulo Afonso Zarth 11 Ligas Camponesas: história de uma luta (des)conhecida 243 Márcia Motta & Carlos Leandro da Silva Esteves Sobre os autores 259 NEAD - Formas_de_resistência_camponesa_(FINAL).indd 8 11/8/2009 20:48:13 APRESENTAÇÃO À COLEÇÃO Por uma recorrente visão linear e evolutiva dos processos históricos, as formas de vida social tendem a ser pensadas se sucedendo no tempo. Em cada etapa consecutiva, apenas são exaltados seus princi- pais protagonistas, isto é, os protagonistas diretos de suas contradições principais. Os demais atores sociais seriam, em conclusão, os que, por al- guma razão, se atrasaram para sair de cena. O campesinato foi freqüente- mente visto dessa forma, como um resíduo. No caso particular do Brasil, a esta concepção se acrescenta outra que, tendo como modelo as formas camponesas européias medievais, aqui não reconhece a presença históri- ca do campesinato. A sociedade brasileira seria então confi gurada pela polarizada relação senhor–escravo e, posteriormente, capital–trabalho. Ora, nos atuais embates no campo de construção de projetos concor- rentes de reordenação social, a condição camponesa vem sendo socialmente reconhecida como uma forma efi caz e legítima de se apropriar de recursos produtivos.
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