Calendário 2013 Janeiro

Sala Principal 04 Sex Concerto Ano Novo 21h30

09 Qua Timão de Atenas 21h30 10 Qui Timão de Atenas 21h30 11 Sex Timão de Atenas 21h30 12 Sáb Timão de Atenas 21h30 13 Dom Timão de Atenas 16h00

16 Qua Timão de Atenas 21h30 17 Qui Timão de Atenas 21h30 18 Sex Timão de Atenas 21h30 19 Sáb Timão de Atenas 21h30 20 Dom Timão de Atenas 16h00

23 Qua Timão de Atenas 21h30 24 Qui Timão de Atenas 21h30 25 Sex Timão de Atenas 21h30 26 Sáb Timão de Atenas 21h30 27 Dom Timão de Atenas 16h00

30 Qua Timão de Atenas 21h30 31 Qui Timão de Atenas 21h30 Fevereiro

Sala Principal Sala de Ensaios Sala Experimental 01 Sex Timão de Atenas 21h30 02 Sáb Timão de Atenas 21h30 03 Dom Timão de Atenas 16h00

05 Ter Os gatos 10h30 06 Qua Os gatos 10h30 07 Qui Os gatos 10h30 08 Sex Os gatos 10h30 Cavalo manco não trota 21h30 09 Sáb Sara Tavares 21h30 Os gatos 17h00 Cavalo manco não trota 21h30 10 Dom Os gatos 11h00 Cavalo manco não trota 16h00 11 Seg Os gatos 16h00 12 Ter Os gatos 11h00

15 Sex Preocupo-me, logo existo 21h30 Adalberto Silva Silva 21h30 16 Sáb Preocupo-me, logo existo 21h30 Adalberto Silva Silva 21h30 17 Dom Adalberto Silva Silva 16h00

23 Sáb Ciclo Sala Experimental 21h30 24 Dom A Criação 17h00

28 Qui Ciclo Sala Experimental 21h30 C a l e n d á r i o março maio Sala Principal Sala Experimental Sala Principal Sala Experimental 01 Sex UHF 03 Sex A elegante... 21h30 02 Sáb Conversa com... 21h30 04 Sáb Janita Salomé 21h30 A purga do bebé 21h30 05 Dom A purga do bebé 16h00 08 Sex Orq. Gulbenkian 21h30 07 Ter A purga do bebé 21h30 14 Qui Gil Vicen... 10h30 | 15h00 08 Qua A purga do bebé 21h30 15 Sex Gil Vicen... 15h00 | 21h30 09 Qui A purga do bebé 21h30 16 Sáb Gil Vicen... 21h30 10 Sex A purga do bebé 21h30 17 Dom Gil Vicen... 16h00 11 Sáb Missão (im)p... 21h30 A purga do bebé 21h30 12 Dom Missão (im)p... 16h00 A purga do bebé 16h00 23 Sáb Norberto Lobo 21h30 14 Ter A purga do bebé 21h30 28 Qui Negócio fechado 21h30 15 Qua A purga do bebé 21h30 29 Sex Fragile 21h30 Negócio fechado 21h30 16 Qui A purga do bebé 21h30 30 Sáb Fragile 21h30 Negócio fechado 21h30 17 Sex Chão de água 21h30 A purga do bebé 21h30 31 Dom Negócio fechado 16h00 19 Dom Beethoven troc... 16h00 A purga do bebé 16h00

abril 21 Ter A purga do bebé 21h30 Sala Principal Sala Experimental 22 Qua A purga do bebé 21h30 03 Qua Negócio fechado 21h30 23 Qui A purga do bebé 21h30 04 Qui A estalajadeira 21h30 Negócio fechado 21h30 24 Sex Orq. A. Metrop. 21h30 A purga do bebé 21h30 05 Sex A estalajadeira 21h30 Negócio fechado 21h30 06 Sáb A estalajadeira 21h30 Negócio fechado 21h30 29 Qua A sagração... 21h30 07 Dom A estalajadeira 16h00 Negócio fechado 16h00 30 Qui A sagração... 21h30 31 Sex A sagração... 21h30 10 Qua Negócio fechado 21h30 11 Qui Negócio fechado 21h30 12 Sex Vera Mantero 21h30 Negócio fechado 21h30 13 Sáb Lula Pena 21h30 Negócio fechado 21h30 junho 14 Dom Negócio fechado 16h00 Sala Principal Sala Experimental 17 Qua Negócio fechado 21h30 01 Sáb Rodrigo C. Félix 21h30 Um gesto... 21h30 18 Qui Negócio fechado 21h30 19 Sex Negócio fechado 21h30 07 Sex Orq. Metropol... 21h30 20 Sáb António M. Cart. 21h30 Negócio fechado 21h30 08 Sáb Ciclo Sala Exp. 21h30 21 Dom Negócio fechado 16h00 09 Dom Oresteia 15h00

24 Qua Negócio fechado 21h30 15 Sáb Ciclo Sala Exp. 21h30 25 Qui Um dia os réus... 21h30 Negócio fechado 21h30 26 Sex Um dia os réus... 21h30 Negócio fechado 21h30 21 Sex Bucha e Estica 21h30 27 Sáb Um dia os réus... 21h30 Negócio fechado 21h30 22 Sáb Bucha e Estica 21h30 28 Dom Um dia os réus... 16h00 Negócio fechado 16h00 23 Dom Bucha e Estica 16h00 2 0 1 3 setembro Novembro Sala Principal Sala Experimental Sala Principal Sala Experimental 06 Sex Orq. Gulbenkian 21h30 01 Sex Falar verdade... 15h00 07 Sáb Ciclo Sala Exp. 21h30 02 Sáb Em direcção... 21h30 03 Dom Em direcção... 16h00 14 Sáb O pelicano 21h30 Vontade de... 21h30 15 Dom O pelicano 16h00 05 Ter Falar verdade... 15h00 06 Qua Em direcção... 21h30 Falar verdade... 15h00 19 Qui O pelicano 21h30 Chove em Bar... 21h30 07 Qui Em direcção... 21h30 Falar verdade... 15h00 20 Sex O pelicano 21h30 Chove em Bar... 21h30 08 Sex Em direcção... 21h30 Falar verdade... 15h00 21 Sáb O pelicano 21h30 Chove em Bar... 21h30 09 Sáb Em direcção... 21h30 22 Dom O pelicano 16h00 Chove em Bar... 16h00 10 Dom Em direcção... 16h00

26 Qui O ensaio... 21h30 12 Ter Falar verdade... 15h00 27 Sex O ensaio... 21h30 13 Qua Em direcção... 21h30 Falar verdade... 15h00 28 Sáb O pelicano 21h30 O ensaio... 21h30 14 Qui Em direcção... 21h30 Falar verdade... 15h00 29 Dom O pelicano 16h00 O ensaio... 16h00 15 Sex Em direcção... 21h30 Falar verdade... 15h00 16 Sáb Em direcção... 21h30 17 Dom Em direcção... 16h00

Outubro 20 Qua Em direcção... 21h30 21 Qui Em direcção... 21h30 Salomé 21h30 Sala Principal Sala Experimental 22 Sex Em direcção... 21h30 Salomé 21h30 03 Qui O pelicano 21h30 23 Sáb Em direcção... 21h30 Salomé 21h30 04 Sex O pelicano 21h30 24 Dom Em direcção... 16h00 Salomé 16h00 05 Sáb O pelicano 21h30 Ciclo Sala Exp. 21h30 06 Dom O pelicano 16h00 27 Qua Em direcção... 21h30 28 Qui Em direcção... 21h30 11 Sex Yerma 21h30 29 Sex Em direcção... 21h30 12 Sáb Yerma 21h30 30 Sáb Em direcção... 21h30 Ciclo Sala Exp. 21h30 13 Dom Yerma 16h00 Dezembro 16 Qua Falar verdade... 15h00 Sala Principal Sala Experimental 17 Qui Falar verdade... 15h00 05 Qui Dias Felizes 21h30 18 Sex Falar verdade... 15h00 06 Sex Dias Felizes 21h30 07 Sáb Dias Felizes 21h30 Ciclo Sala Exp. 21h30 20 Dom Sabe Deus... 16h00 08 Dom Dias Felizes 16h00

22 Ter Falar verdade... 15h00 14 Sáb Viagem pelo...21h30 Ciclo Sala Exp. 21h30 23 Qua Falar verdade... 15h00 24 Qui Falar verdade... 15h00 20 Sex Muito chão 21h30 25 Sex Falar verdade... 15h00 21 Sáb Concerto Natal 16h00 Ciclo Sala Exp. 21h30 22 Dom Magnificat! 16h00 29 Ter Falar verdade... 15h00 30 Qua Falar verdade... 15h00 28 Sáb Cinderela 21h00 31 Qui Falar verdade... 15h00 29 Dom Cinderela 17h00 Índice

Teatro Municipal de Almada, Temporada 2013 Maria Emília Neto de Sousa 7 Substituir o insubstituível Rodrigo Francisco 9

Teatro Timão de Atenas 12 Os gatos 14 Negócio fechado 16 Um dia os réus serão vocês 18 A purga do bebé 20 O pelicano 22 Falar verdade a mentir 24 Em direcção aos céus 26 Cavalo manco não trota 30 Preocupo-me, logo existo 32 Adalberto Silva Silva 34 Conversa com homem-roupeiro 36 Gil Vicente na horta 38 A estalajadeira 40 A elegante melancolia do crepúsculo 42 Chão de água 44 Oresteia 46 Bucha e Estica 48 Chove em Barcelona 50 O ensaio ou Café dos Artistas 52 Yerma 54 Sabe Deus pintar o Diabo 56 Salomé 58 Dias felizes 60 Ciclo Sala Experimental 62 Dança Fragile 66 Vera Mantero, três solos 68 A sagração da Primavera 70 Um gesto que não passa de uma ameaça 72 Vontade de ter vontade 74 Muito chão 76 Cinderela 78 Música Concerto de Ano Novo 82 Sara Tavares 84 A Criação 86 UHF 88 Orquestra Gulbenkian 90 Norberto Lobo 92 Lula Pena 94 António Maria Cartaxo 96 Janita Salomé 98 Missão (im)possível 100 Beethoven trocado por miúdos 102 Orquestra Académica Metropolitana 104 Rodrigo Costa Félix 106 Orquestra Metropolitana de Lisboa 108 Orquestra Gulbenkian 110 Os Músicos do Tejo 112 Concerto de Natal 114 Magnificat! 116 Artes Plásticas Uma cena de papéis 120 Eclipse 122 Crepúsculo 124 Intimidade 126

Informações e Serviços 128 Espectáculos em digressão 138 Grupo de Campolide (1976) Teatro Municipal de Almada Programação da Temporada 2013

Companhia de Teatro de Almada propõe-nos uma vez mais em 2013 um vas- to e rico programa de produções culturais de extrema diversidade e qualida- de, confirmando de novo o seu extraordinário desempenho na promoção, en- A riquecimento e valorização do património cultural e artístico dos Almadenses. Ancorado essencialmente no Teatro, vocação primeira da Companhia de Teatro de Almada e do Teatro Municipal de Almada “Joaquim Benite”, o programa que nos é proposto integra produções noutros domínios da expressão artística e cultural, como a música clássica, a dança, as artes plásticas e o trabalho cénico experimental.

Propondo-nos cinquenta e nove produções distintas ao longo do ano de 2013, a programação do Teatro Municipal de Almada constitui um contributo de excelência para, em contra ciclo com a realidade nacional, elevar os padrões de qualidade de vida dos cidadãos através do usufruto de bens culturais de elevado valor, contribuindo igualmente para a consolidação de um público cada vez mais conhecedor, informado e exigente.

A Câmara Municipal de Almada orgulha-se da parceria institucional que mantém há mais de três décadas com o projecto cultural posto em prática e em cena pela Com- panhia de Teatro de Almada, que vem contribuindo de forma indelével para a quali- ficação do nosso Concelho e da nossa Vida colectiva. Quero, por isso, reiterar com veemência o maior reconhecimento a todos quantos a cada ano erguem e colocam nos palcos um programa cultural de verdadeira excelência, dirigindo-lhes as mais vi- vas felicitações.

Ao público em geral, e especialmente aos Almadenses e aos Amigos do Teatro, reitero igualmente o convite para que possam acompanhar, participar e usufruir dos espectá- culos e diferentes manifestações artísticas e culturais que nos são propostas pela pro- gramação do Teatro Municipal de Almada “Joaquim Benite” na temporada de 2013.

Maria Emília Neto de Sousa Presidente da Câmara Municipal de Almada Joaquim Benite com Virgílio Martinho e o Grupo de Campolide (1972) Substituir o insubstituível

omo é que se substitui o insubstituível? Durante os próximos anos este pa- radoxo pairará sobre nós. Em 1971 Joaquim Benite, juntamente com um grupo de jovens liceais, fun- Cdou o Grupo de Campolide. A ditadura estava caduca. Por todos os lados ia pulsando já a Revolução que lhe daria o piparote final. Liderado por um audaz (e te- mível) crítico de teatro que ainda não chegara aos trinta, esse grupo de jovens — com irreverência, criatividade, e alguma alegria à mistura — fundou um dos mais importan- tes projectos da Renovação do teatro português. Vem 74. Segue-se a aclamação do Grupo no Teatro da Trindade. Noites em que só não se passava dos trezentos espec- tadores quando havia futebol. Depois a descentralização cultural. 1978. O Grupo foge da burguesa Baixa/Chiado para Almada. Operários. Um público novo. Benite estreia um tal de José Saramago (A noite), um perfeito desconhecido. Anos 80. Para mostrar o trabalho de animação cultural levado a cabo com os grupos de teatro do conce- lho, a Companhia de Teatro de Almada cria, juntamente com a Câmara da cidade, o Festival de Almada, no Beco dos Tanoeiros. A população acha graça. Empresta as cadeiras lá de casa para a plateia. O nosso público não mais nos largaria. Meados de 80 e na CEE: dinheiro a vir a rodos da Europa e a Companhia perde o apoio da SEC. Joaquim Benite inaugura o antigo Teatro Municipal e aumenta o ordenado dos actores. (Ele era assim, o Joaquim). Chega-se a fazer três espectáculos por dia. Tempos difíceis. Depois o sonho do Teatro Azul. A aclamação internacional (primeiro) e nacional (depois). Os prémios, as Comendas. 2006, inauguramos esta casa. Pro- gramações anuais. Teatro, sempre. E bailados e sinfonias (e fado e rock e rap). Salas repletas. Noites memoráveis. O resto já vocês sabem. Como é que se substitui o insubstituível? Esta Programação 2013 foi desenhada por ele. As produções da Companhia: uma peça sobre um director de um teatro que tinha um pacto com o Diabo, a quem passa- va a perna para viver mais uns anos. (O Joaquim também era assim). Quanto aos aco- lhimentos, temos mais oito do que no ano passado. Números. “Mas os espectáculos são bons?”, perguntaria ele. Tornamos a colaborar com alguns criadores e instituições que estão connosco desde o início desta casa, que agora leva o seu nome. Convidá- mos os mais novos. Arriscámos, como o Joaquim sempre fez. Quando Joaquim Benite vem para Almada, em 1978, tem 35 anos e instala-se numa colectividade. Faz ainda jornalismo, e uma grande parte dos jovens que o acompa- nham, armados com copiógrafos stencil e uma determinação indomável, é ainda ama- dora. Aos 31 anos, cabe-me liderar (ele assim o determinou) uma das mais bem prepa- radas equipas do teatro português — a sua. Um colectivo instalado num dos melhores teatros do País — o seu. Mas não tenho o Joaquim. Mas não o tenho a ele. Hélas. Não se pode substituir o insubstituível.

Rodrigo Francisco Director do Teatro Municipal Joaquim Benite A sapateira prodigiosa, de Lorca Teatro Karl Marx, Luanda (1978) Teatro Produções da Companhia de Teatro de Almada Intérpretes Luís Vicente, André Gomes, Alberto Quaresma, Ana Cris, Celestino Silva, Ivo Alexandre, Jeff de Oliveira, Joana Francampos, João Farraia, Manuel Mendonça, Marques D’Arede, Miguel Martins, Paulo Matos e Pedro Walter

Versão dramatúrgica, segundo uma tradução de Yvette K. Centeno Cenário Jean-Guy Lecat Figurinos Sónia Benite Desenho de Luz José Carlos Nascimento Voz e elocução Luís Madureira Consultoria musical Fernando Fontes Caracterização Sano de Perpessac Reposição Teatro Companhia de Teatro de Almada

Timão de Atenas De William Shakespeare Encenação de Joaquim Benite, com Rodrigo Francisco

omposta na primeira década do século XVII, Shakespeare terá escrito Timão de Atenas com a colaboração do poeta e drama- turgo seu contemporâneo Thomas Middleton (1580–1627). A Cpeça representou para Joaquim Benite um regresso a esse tex- to que encenara já em 2008 para o Festival de Mérida, mas também, e sobretudo, um regresso ao teatro do mais glorioso nome da era isabelina: William Shakespeare (1564–1616), cujas peças O mercador de Veneza, Othello e Troilo e Créssida encenara já anteriormente. Numa tradução de grande qualidade, assinada por Yvette Centeno, a peça teve estreia absolu- ta em Portugal em Dezembro de 2012 e foi a última encenação de Joaquim Benite, constituíndo desse modo a sua criação testamentária.

Teatro eterno, encenado para a eternidade da tragédia humana, Timão de Atenas põe em cena o predador humano de qualquer tempo histórico, es- sencialmente movido pelos maus instintos de sempre. Na primeira parte, Timão convida vários amigos para um deslumbrante banquete, presen- teando-os e deixando-se ofuscar pelos seus elogios e manifestações de gratidão. Quando toma consciência da penúria, a eles recorre para sanar as dívidas, deparando-se com recusas e recriminações amargas e mes- mo humilhantes, restando-lhe a amizade leal de Flávio, seu criado, e as advertências avisadas de Apemanto, filósofo. Decidido a vingar-se, volta a convidar para novo banquete, servindo-lhes agora somente água e pedras.

sala Principal | M/12 | 1h45 (c/interv.) jan 09 10 11 12 13 16 17 18 19 20 qua qui sex sáb dom qua qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00 23 24 25 26 27 30 31 fev 1 2 3 qua qui sex sáb dom qua qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00

13 Intérpretes Joana Francampos, João Farraia, Miguel Martins e Pedro Walter

Cenário Ana Paula Rocha Figurinos Sónia Benite desenho de luz José Carlos Nascimento © Raquel Diniz Raquel © Criação Teatro Companhia de Teatro de Almada Os gatos A partir de O livro dos gatos, de T. S. Eliot Encenação de Teresa Gafeira

S. Eliot (1888–1965), Nobel da Literatura em 1948, compôs uma importante obra poética em língua inglesa, de que The Waste Land (1922), viagem interior metaliterária, é exemplo maior. Publicado em T. 1939, Old Possum’s Book of Practical Cats é uma ode aos gatos – os objectivamente felinos, mas também os gatos simbólicos que habitam essa outridão de tantos humanos – que tem feito as delícias dos amantes da espécie, vindo a inspirar a famosa comédia musical Cats, de Andrew Lloyd Weber. Estreada em Londres em 1981, levou os gatos para a cena como nunca tinham sido vistos. Seres superlativamente literários, vários ou- tros poetas se dedicaram já ao estudo metafísico dos gatos.

O livro de Eliot, obra-prima de amor e humor sobre os gatos (isto é, sobre quem imaginamos serem) contém em si a chama de transgressão e de aventura capaz de propiciar, sem infantilizar, o encontro entre as crianças e a arte. Misterioso e hedonista, o mundo dos gatos interpela o imaginário do público infantil através deste estudo poético, e cujo programa é for- mulado desde o início do espectáculo nesta adivinha: “Como dar nome aos gatos?”, considerando que têm vários, entre os quais um secreto e jamais confessado, “profundo e incontável”, e “que nenhuma investigação humana pode descobrir?”.

Sala de Ensaios I M/3 I 0h50 FEV 05 06 07 08 09 10 11 12 Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Seg Ter 10h30 10h30 10h30 10h30 17h00 11h00 16h00 11h00

15 Intérpretes Alberto Quaresma, Ivo Alexandre, Marques D’Arede, Miguel Martins, Paulo Guerreiro Pedro Lima e Pedro Walter

adaptação Rodrigo Francisco Cenário e figurinos Ana Paula Rocha Desenho de Luz Guilherme Frazão Caracterização Sano de Perpessac Assistente de Encenação Paulo Mendes © Raquel Diniz Raquel © Criação Teatro Companhia de Teatro de Almada Negócio fechado De David Mamet Encenação de Rodrigo Francisco

m Negócio fechado (no original, Glengarry Glen Ross), Prémio Pulit- zer 1984, David Mamet desmistifica o chamado sonho americano. Centrando-se no ambiente de uma agência imobiliária, Negócio fe- Echado sintetiza alguns dos temas habitualmente tratados por Mamet (o excesso de competitividade, a ausência de escrúpulos, e a impiedade para com os mais fracos), imputáveis a alguns sectores da sociedade nor- te-americana. Nesta peça assiste-se à ruína de um velho vendedor caído em desgraça, numa empresa que promove concursos de vendas com pré- mios peculiares: um Cadillac para o vencedor, uma colecção de facas para o segundo classificado, e o despedimento imediato para os restantes.

David Mamet (Illinois, 1947) monta as suas primeiras peças no teatro de Saint Nicholas, em Chicago. A partir de 1975 começa a ser produzido no circuito off da Broadway: Perversidade sexual em Chicago (1974), Búfalo americano (1977), Uma vida de teatro (1977)… Mestre do diálogo, o seu estilo é habitualmente equiparado ao de Edward Albee. As suas peças, bre- ves mas densas, assentam nas vidas das suas personagens, cuja solidão encontra eco na sociedade moderna. A linguagem de Mamet, considerado um virtuoso construtor de enredos, distingue-se pelo ritmo quase musical, obtido através de pausas, de frases interrompidas, e de um inconfundível jargão realista – simultaneamente violento e poético.

Sala Experimental I M/12 I 1H30 mar 28 29 30 31 abr 03 04 05 06 07 10 qui sex sáb dom qua qui sex sáb dom qua 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 qui sex sáb dom qua qui sex sáb dom qua qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00

17 Intérpretes Luís Vicente, João Farraia e Manuel Mendonça Vídeo Catarina Neves desenho de Luz e cenário Guilherme Frazão Produção Paulo Mendes Criação Teatro Companhia de Teatro de Almada Um dia os réus serão vocês: o julgamento de Álvaro Cunhal Dramaturgia de Rodrigo Francisco, segundo uma ideia original de Joaquim Benite

o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal (1913–2005), a CTA cria um espectáculo baseado na defesa que o líder comunista apresentou para si próprio no tribunal que o julgou entre 2 e 9 de NMaio de 1950 (uma contundente acusação à ditadura fascista), e cuja actualidade não pode deixar – desgraçadamente – de assombrar-nos. Preso pela PIDE a 23 de Março de 1949, Cunhal recusou-se a prestar de- clarações. Após a condenação, esteve detido durante 11 anos, oito dos quais em regime de isolamento. Evade-se da fortaleza de Peniche a 3 de Janeiro de 1960, juntamente com outros oito prisioneiros políticos. Na sua intervenção em tribunal, Cunhal ataca as políticas seguidas pelo Governo de Salazar, quer no que toca ao contexto nacional, quer no que diz respeito à política internacional, numa época na qual se assistia à ascensão da influência dos EUA na Europa e no Mundo: em 1949 Portugal torna-se membro fundador da NATO, adere ao Plano Marshall, e disponibiliza a Base das Lajes às forças armadas norte-americanas. Nesta altura agrava-se a repressão contra o movimento comunista portu- guês: a polícia política assassina Militão Ribeiro a 2 de Janeiro de 1950; José Moreira a 23 de Janeiro; Alfredo Lima a 4 de Junho; e Carlos Pato a 26 de Junho. Este espectáculo é também uma homenagem às mulheres e aos ho- mens que dedicaram as suas vidas à defesa da Liberdade, para que fiquem preservados na nossa memória. E na dos que vierem depois de nós.

Sala Principal I M/12 I 1H00 abr 25 26 27 28 qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 16h00

19 Intérpretes André Gomes, Alberto Quaresma, Joana Francampos, Maria Frade, Miguel Martins, Teresa Gafeira e com a participação dos pequenos Bruno e Gabriel

Tradução José Martins Cenário Joaquim Benite, com André Gomes Figurinos Sónia Benite Desenho de Luz José Carlos Nascimento Caracterização Sano de Perpessac Reposição Teatro Companhia de Teatro de Almada A purga do bebé De Georges Feydeau Encenação de Joaquim Benite, com Rodrigo Francisco

comédia A purga do bebé caricaturiza problemas da sociedade do início do século XX, entre os quais o da condição feminina e do lugar da criança. Os negócios do fabricante de porcelanas Folla- A voine, o protagonista, cruzam-se com a tentativa da sua mulher para que Totó, filho de ambos, beba um purgante. Uma grande encomenda destinada ao exército francês, de fornecimento de penicos supostamente inquebráveis (parceria público-privada de contornos eternos), cruza-se com um rol de situações domésticas em torno de um fedelho obstinado em não ingerir a purga. Representada pela primeira vez em Paris em 1910, um críti- co escreveria ser a peça uma emanação de “Feydeau no seu melhor – uma farsa desopilante tratada de uma forma simples e sólida por um mestre do riso”. A purga do bebé conheceria uma versão cinematográfica por Jean Renoir, em 1931.

Georges Feydeau (1862–1921), dramaturgo francês celebrizado pelas suas hilariantes comédias de costumes, construídas sobre complexas teias de intrigas e de situações imprevistas, teve uma vida instável e boémia, na qual contudo encontrou inspiração para as suas obras. Consagrado “rei do vaudeville”, escreveria A purga do bebé na sequência da separação da sua mulher, em 1909, investindo como nunca na denúncia satírica das escolhas de vida burguesas.

Sala Experimental I M/12 I 1h20 mai 04 05 07 08 09 10 11 12 14 sáb dom ter qua qui sex sáb dom ter 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 15 16 17 19 21 22 23 24 qua qui sex dom ter qua qui sex 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30

21 Intérpretes Joana Francampos, Maria Frade, Pedro Lima, Pedro Walter e Teresa Gafeira

Tradução Gastão Cruz Cenário José Manuel Castanheira Figurinos Sónia Benite Desenho de Luz José Carlos Nascimento Caracterização Sano de Perpessac Voz e elocução Luís Madureira © Raquel Diniz Raquel © Criação Teatro Companhia de Teatro de Almada Apoio: Nordic Culture Fund O pelicano De August Strindberg Encenação de Rogério de Carvalho

criação de O pelicano para a Companhia de Teatro de Almada re- presenta para o encenador e reconhecido pedagogo Rogério de Carvalho (n. 1954) um duplo regresso: a um autor que abordou na A sua primeira colaboração com a CTA (em 1986, quando montou A menina Júlia) e ao tema que tem prevalecido nas suas escolhas de en- cenação: o das relações familiares como espelho das relações sociais. Foi cumprindo essa transposição programática que o tem interessado (e que a realidade ocultamente replica), que encenou anteriormente para a CTA as peças As três irmãs, de Tchecov; Fedra, de Racine; Tio Vânia, de Howard Barker; ou O luto vai bem com Electra, de Eugene O’Neill.

Tragédia de câmara, em o pelicano “Strindberg abala os alicerces do valor da vida, fazendo emergir a ilha da morte, nos confins do oceano de humi- lhação e mentira” (nas palavras de Gastão Cruz, o tradutor do texto) que aqui constituem os traumas e as tensões do passado. Fazendo parte do grupo restrito de grandes escritores para quem a vida e a obra são uma e a mesma coisa, August Strindberg (1849–1912) fez de quase tudo o que escreveu uma confissão autobiográfica. O pelicano estreou em 1907 na inauguração do seu Teatro Íntimo – a pequena sala experimental de Estocolmo que o dramaturgo fundou nos últimos anos da sua vida, para aí fazer o seu teatro de texto, desligado do artifício, significante e carregado da intencionalidade dramática que define o teatro de Arte.

Sala Principal I M/12 I 1H30 set 14 15 19 20 21 22 28 29 sáb dom qui sex sáb dom sáb dom 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 16h00 out 03 04 05 06 qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 16h00

23 Intérpretes Alberto Quaresma, Celestino Silva, Joana Francampos, João Farraia, Maria Frade e Miguel Martins

Cenografia e Figurinos Ana Paula Rocha Desenho de Luz José Carlos Nascimento Caracterização Sano de Perpessac Reposição Teatro Companhia de Teatro de Almada Falar verdade a mentir De Almeida Garrett Encenação de Rodrigo Francisco

rtista, político, homem de acção, literato, e – talvez acima de tudo – dramaturgo, o sentido da intervenção pública de Almeida Gar- rett (1799–1854) nunca esteve desligado da questão cultural, e do Ateatro, que ele considerava, de acordo com a ideia dominante eu- ropeia, “um grande meio de civilização, mas que não prospera onde não a há”. Garrett, como homem do seu tempo, apreciava os grandes dramatur- gos estrangeiros, nomeadamente Eugène Scribe – o autor de Le menteur véridique, na qual se baseia para escrever Falar verdade a mentir. Mas basta comparar os dois textos para ver que Garrett apenas se serve de um dispositivo para introduzir elementos de reflexão muito agrestes sobre o estado dos costumes políticos em Portugal. O que parece querer dizer-nos é que a mentira deixou de ser um escândalo e passou a constituir a forma normal de viver. Garrett quer um divertimento que eduque e que faça pensar. As novas mentiras que José Félix é obrigado a criar, para salvar o sistema, fizeram o seu caminho ao longo dos anos, e os instrumentos virtuais que as produzem já há muito ultrapassaram o âmbito então exclusivo do teatro. Os novos Josés Félix constituem exércitos preparados para a criação de “verdades” virtuais com instrumentos sofisticados e que se foram adaptan- do, ao correr das épocas, para transformar mentiras em novas mentiras, criando uma aparência de verdade.

Sala Experimental I M/12 I 0h50 out 16 17 18 22 23 24 25 29 30 31 qua qui sex ter qua qui sex ter qua qui 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 nov 01 05 06 07 08 12 13 14 15 sex ter qua qui sex ter qua qui sex 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00

25 Intérpretes André Gomes, Ana Cris, Celestino Silva, Joana Francampos, João Farraia, Manuel Mendonça, Marques D’Arede, Miguel Martins, Paulo Guerreiro, Paulo Matos, Pedro Walter e Teresa Gafeira

Tradução Maria Gabriela Fragoso Cenário Jean-Guy Lecat Figurinos Sónia Benite Desenho de Luz Guilherme Frazão Voz e elocução Luís Madureira © Raquel Diniz Raquel © Criação Teatro Companhia de Teatro de Almada Em direcção aos céus De Ödön von Horváth Encenação de Rodrigo Francisco

obre Em direcção aos céus, escrita em 1934, Horváth afirmou tratar- -se de “uma comédia sem truques de magia: dado o momento que vivemos, creio que este tipo de teatro pode ser bastante útil, uma vez Sque nos permite abordar temas de que não nos seria possível falar de outra forma”. Estreada em Dezembro de 1937 em Viena, a peça só viria a ser publicada em 1970. Ao servir-se do mundo do teatro para criar uma me- táfora sobre as relações políticas e sociais do seu tempo, Horváth manipula com particular virtuosismo um ambiente feérico (onde não deixam de intervir directamente o próprio S. Pedro e Belzebu em pessoa) para denunciar a cor- rupção e as lutas pelo poder entre as classes dirigentes.

Ödön von Horváth (1901–1938) considerava-se um produto típico do im- pério austro-húngaro, tendo-se fixado em Berlim nos anos 20. Num período de 15 anos escreve dezoito peças profundamente marcadas pelo contexto da ascensão do nazismo, como Casimiro e Carolina (1932). Horváth gos- tava de unir os universos do quotidiano com o fantástico, do realismo com a ironia, da comédia com a tragédia. Nas suas peças, o conflito dramático acaba por não ocupar um lugar central – ainda que se imponha, dissemi- nado por todo o lado, nomeadamente nos choques entre o consciente e o subconsciente das suas personagens. Horváth nunca desmascara a futili- dade e a violência humanas sem ao mesmo tempo relevar a fraqueza e a fragilidade de que elas são testemunho.

Sala Principal I M/12 I 2H00 (c/interv.) nov 02 03 06 07 08 09 10 13 14 15 16 sáb dom qua qui sex sáb dom qua qui sex sáb 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 17 20 21 22 23 24 27 28 29 30 dom qua qui sex sáb dom qua qui sex sáb 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30 16h00 21h30 21h30 21h30 21h30

27 A noite, de José Saramago Teatro da Academia Almadense (1978) Teatro Produções acolhidas

29 Intérprete Luís Vicente

Tradução Maria João Neves Desenho e Operação de Luz Octávio Oliveira ousa S Fotografia Ana d’Almeida los los r Produção Executiva Elisabete Martins Direcção Artística e de Produção Luís Vicente Foto © Ca © Foto Teatro ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve Cavalo manco não trota De Luis del Val Encenação de Bruno Martins

o momento em que o juiz pergunta se o réu se considera culpado ou inocente, Miguel Torres, a única personagem de Cavalo manco não trota, é remetido, num ápice, para o turbilhão de memórias Nque remontam à sua infância, mais precisamente aos seus oito anos, quando pela primeira vez lhe havia sido feita essa pergunta. Volvidos quase quarenta anos, lança-se num doloroso monólogo interior, no qual aborda os conflitos de infância, a fuga de casa dos pais, a vida nauni- versidade e depois como marinheiro, os amores impossíveis e os amores destruídos, a carreira de construtor civil, as suas relações com o universo da política e do futebol – e a morte do filho. Neste monólogo o actor Luís Vicente propõe-nos um ajuste de contas pessoal – simultaneamente diver- tido, irónico e amargo.

Luis del Val (Saragoça, 1944) é jornalista e escritor. Foi deputado às cortes de Espanha pela Unión de Centro Democrático nas eleições de 1977. Entre 1980 e 1982 foi Director-Geral da Radiotelevisão Espanhola, tendo poste- riormente trabalhado como comentador, crítico de televisão e guionista. É autor de vários livros, entre os quais Los amigos imperfectos, Prietas las filas, Caramba que país e Cuentos del mediodía.

Sala Experimental I M/16 I 1h20 FEV 08 09 10 sex sáb dom 21h30 21h30 16h00

31 intérprete Diogo Infante

cenário e Figurinos Maria João Castelo a Kol a d i Desenho de Luz João Cáceres Alves r ga r Música Original João Gil © Ma © Teatro EGEAC / Cinema S. Jorge Apoio: Montepio Preocupo-me, logo existo De Eric Bogosian Encenação de Natália Luiza

iogo Infante metamorfoseia-se em oito personagens distintas, apresentadas de forma caleidoscópica, num confronto directo com o público no qual os tabus e o absurdo da modernidade Dsão expostos. A universalidade do discurso e dos paradigmas apresentados tornam os textos de Bogosian profundamente actuais. A apatia generalizada, a contradição dos discursos, a ganância, a violência, o sexo, as drogas, a religião, a banalidade do quotidiano e a procura de sentidos para a vida: eis alguns dos temas explorados por estas personagens, com as quais o público pode facilmente identificar-se.

Diogo Infante tem interpretado obras de Shakespeare, Tchecov, Ibsen, Gil Vicente, Pinter, Brecht, Beckett, e Federico García Lorca, entre outros. Encenou O amante, de Harold Pinter; Segredos, de Richard Cameron; Um vestido para cinco mulheres, de Alan Ball; Hamlets, de Eric Bogosian; A casa de Bernarda Alba, de Lorca; Laramie, de Moisés Kaufmann; Cabaret, a partir de Cristopher Isherwood; O ano do pensamento mágico, de Joan Didion; e Um eléctrico chamado Desejo, de Tennessee Williams. Entre 2006 e 2008 foi Director Artístico do Maria Matos Teatro Municipal e, entre 2008 e 2011, do Teatro Nacional D. Maria II.

Sala Principal I M/12 I 1h20 FEV 15 16 sex sáb 21h30 21h30

33 Intérprete Ivo Alexandre

Texto Jacinto Lucas Pires Teatro Adalberto Silva Silva De Jacinto Lucas Pires e Ivo Alexandre

dalberto Silva Silva — um espectáculo de realidade é a alma de Adalberto Silva Silva em formato televisivo. Adalberto é o céle- bre desconhecido, o triste homem comum, um tipo que, de tão Anormalzinho, se apalhaça dos modos mais surpreendentes. Um cidadão que, neste País pobre e maravilhoso, quer juntar-se a uma cidadã para se descobrir por inteiro. Em resumo, a personagem do mais adal- bértico dos anti-heróis portugueses sai agora do papel do teatro para o oxigénio da realidade. Uma comédia em formato de bolso, sobre o desejo, o sonho e os chamados problemas práticos. É a sério, sim, e é para rir, pois. Para rir a sério? Jacinto Lucas Pires

Jacinto Lucas Pires (n. 1974), escritor, estudou Direito e Cinema, foi cro- nista de imprensa, realizou duas curtas-metragens, publicou vários livros, e traduziu peças de teatro. E para teatro, tem ele próprio escrito muito desde 1998, trabalhando com diferentes grupos e encenadores, entre os quais se contam Ricardo Pais (Figurantes, TNSJ, 2004), João Brites (Os vivos, O Bando, 2007), ou Nuno Carinhas e Cristina Carvalhal (Exactamente Antu- nes, TNSJ, 2011).

Ivo Alexandre (n. 1977) estudou teatro no Balleteatro Escola Profissional (Porto), tendo já trabalhado com inúmeros encenadores portugueses (entre os quais Joaquim Benite, Ricardo Pais, Luis Miguel Cintra ou Jorge Silva Melo), e outras tantas companhias, de que se destacam as dos teatros na- cionais de Lisboa e do Porto, ou ainda a Companhia de Teatro de Almada, os Artistas Unidos e a Cornucópia. Fez ainda cinema e televisão.

Sala Experimental I M/12 I 1h15 FEV 15 16 17 sex sáb dom 21h30 21h30 16h00

35 Intérpretes Rui Madeira e Carlos Feio

Adaptação Luísa Santos Costa Figurinos Sílvia Alves Desenho de luz Fred Rompante Ambiente sonoro Pedro Pinto Teatro Companhia de Teatro de Braga Conversa com homem-roupeiro De Ian McEwan Instalação teatral de Rui Madeira e Alberto Péssimo

tilizando um humor requintadamente negro, McEwan coloca a sua personagem-cidadão numa situação paradigmática e perversa, na qual se defende a máxima responsabilização do Estado, no mo- Umento exacto em que este procura demarcar-se das suas obriga- ções para com os seus cidadãos. Perante esta circunstância, a mesma per- sonagem chega a afirmar: “Na verdade, lembro-me agora de por vezes ter desejado menos liberdade. A liberdade condicional não me paga a comida e a renda. Quero ser pequeno, não quero este barulho e estas pessoas à mi- nha volta. Quero estar longe disso tudo, no escuro. Esqueçam-se de mim”.

O dramaturgo britânico Ian McEwan (Aldershot,1948) passou a infância entre o Extremo Oriente, a Alemanha e o Norte de África, sendo filho de um oficial do Exército Britânico destacado sucessivamente para esses locais. O seu primeiro livro publicado foi a colecção de contos Primeiro amor, últimos ritos (1975), a obra que serve de base para a presente adaptação de Luísa Santos Costa e Rui Madeira. Em 1998, sob grande controvérsia, McEwan venceu o Prémio Man Booker com o romance Amesterdão e, em 2011, venceu o Prémio Jerusalém pela Liberdade do Indivíduo na Sociedade.

Sala Experimental I M/16 | 1h20 mar 02 sáb 21h30

37 Intérpretes Alexandre Lopes, João Grosso, José Neves, Lúcia Maria, Manuel Coelho, Marco Paiva, Maria Amélia Matta, Simon Frankel e Bernardo Chatillon, Joana Cotrim, Jorge Albuquerque, Lita Pedreira, Luís Geraldo, Maria Jorge (Ano de 2011/2012 da ESTC)

Figurinos Carlos Paulo Desenho de luz José Carlos Nascimento Direcção musical e sonoplastia Hugo Franco Máquina de cena Eric da Costa Produção TNDM II f oto © Pe dr o Ma c e d / F r a m Photos Teatro Teatro Nacional D. Maria II Gil Vicente na horta A partir de O Velho da horta, de Gil Vicente Versão cénica e encenação de João Mota

il Vicente na horta é um espectáculo construído a partir de O Velho da horta e de outras peças de Gil Vicente. Nesta farsa, na qual se exalta a vitória da Juventude contra a Velhice e a Morte, G o espectador é colocado perante uma intriga engenhosamente construída, num reencontro com a feira alegórica de personagens vicentinas. A partir do sonho/pesadelo do Velho, evocam-se ainda algumas das mais importantes obras vicentinas: Todo o mundo e ninguém, Barca do inferno, Auto da Cananeia, Auto da alma, Auto pastoril português, Tragicomédia do Inverno e Verão e Auto da Índia.

João Mota iniciou a sua carreira como actor nos programas da Emissora Nacional, tendo ingressado no TNDM II em 1957, onde permaneceu 10 anos. Fundou a Comuna – Teatro de Pesquisa em 1972, companhia que ainda dirige e para a qual encenou mais de 90 produções. Em 1992, foi agraciado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, e em 2007 com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal de Lisboa e a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura. É, desde Novembro de 2011, Director Artístico do TNDM II.

Sala Principal I M/12 I 1h40 mar 14 15 16 17 qui sex sáb dom 10h30 15h00 21h30 16h00 15h00 21h30

39 Intérpretes Américo Silva, António Simão, Catarina Wallenstein, Elmano Sancho, Rúben Gomes, Maria João Falcão, Maria João Pinho, João Delgado e Tiago Nogueira

Tradução Jorge Silva Melo Cenário e Figurinos Rita Lopes Alves desenho de Luz Pedro Domingos Assistência Leonor Carpinteiro f oto © Jo r ge G onçalves Teatro Artistas Unidos Co-produção TNSJ / CCB Apoio: Centro Cultural do Cartaxo A estalajadeira De Carlo Goldoni Encenação de Jorge Silva Melo

s dois livros sobre os quais mais meditei, e de que nunca me arrependerei de me ter servido, foram o Mundo e o Teatro” é uma das mais conhecidas afirmações de Goldoni. Com “Oefeito, ele fez soprar o vento (a brisa nova?) da realidade sobre as formas estereotipadas do teatro do seu tempo, essa Commedia dell´arte tão cheia de encantos como de preconceitos e abastardamentos, fórmula que envelhecia na foz. É que o mundo está a mudar, muda. Eu, cá por mim, volto sempre a Goldoni. Com tanta pena de não ter nunca levado à cena A estalajadeira, essa cintilação. E é a este primeiro realismo, esta terna recolha das inquietações humanas, que volto sempre, poesia que é de teatro apenas, noite que cai sobre estas personagens em convívio, esta sociedade. Nasceu ali um teatro, nasceu um mundo. Naquela atenção que ele próprio, arrasado por um real mais real do que o teatro, por um teatro em decomposição, foi inventando. Jorge Silva Melo

Carlo Goldoni (1707–1793) nasceu em Veneza no seio de uma família abastada. La donna di garbo (1743) é a primeira obra de que escreveu todos os papéis, visando assim recolocar o autor no centro da actividade teatral. É Goldoni quem, em 1750, na primeira edição do seu Teatro, afirma que a sua escrita nasce da observação do Mundo, da vida real, abrindo as- sim as portas ao moderno drama burguês. A sua obra teatral é vastíssima: a edição mais completa divide-se em 44 tomos. Entre as suas principais obras encontram-se Arlequim servidor de dois patrões (1745), O teatro có- mico (1750), O café (1751) e O empresário das Esmirnas (1759).

Sala Principal I M/12 I 2h00 (c/interv.) abr 04 05 06 07 qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 16h00

41 Intérpretes João Costa, Isabel Carvalho e Valdemar Santos

Cenário Graça Diogo Figurinos Luísa Pinto e Elisabete Pinto Músico Bernardo Soares Desenho de Luz e operação Bruno Santos Direcção de Vídeo Luísa Pinto Sonoplastia Pedro Moreira Edição e Operação vídeo, Ilustração e imagem promocional Miguel Santiago Miranda Produção Cine-Teatro Constantino Nery / Câmara Municipal de Matosinhos Teatro Pensamento Simbólico, Unipessoal Lda. A elegante melancolia do crepúsculo De Roberto Merino Encenação de Luísa Pinto

elegante melancolia do crepúsculo, que interpela (e transpõe) as fronteiras entre o teatro e o cinema, baseia-se no tríptico Luzes da cidade (1931), O grande ditador (1940) e Luzes da ribalta (1952), A de Charles Chaplin: três marcos da História do cinema, que consti- tuem três exemplos máximos do seu génio e nos quais o célebre realizador fala da vida, do amor, da sobrevivência e da solidariedade. No espectáculo que reúne estes três filmes de Charlot, Luísa Pinto centra-se na derradeira personagem de Chaplin, Calvero, que, à semelhança do Fausto de Goethe, procura uma juventude perdida, neste caso através da memória musical.

Luísa Pinto é Mestre em Teatro pela Escola Superior Artística do Porto, ten- do já, desde 1992, assinado cerca de vinte criações. A par da encenação, desenhou figurinos para as companhias Seiva Trupe, Teatro de Marionetas do Porto e Escola de Mulheres, e também para cinema. Directora artísti- ca do Cine-Teatro Constantino Nery em Matosinhos (parceiro do TMJB na rede Acto5) desde 2007, tem apresentado os seus espectáculos em Portugal e no Brasil. Em paralelo, desenvolve um projecto de reinserção social que reúne reclusos e actores profissionais.

Sala Principal I M/12 I 1H20 mai 03 sex 21h30

43 Intérpretes Catarina Guerreiro, Heitor Lourenço, Helena Montez, Maria João Luís, Patrícia André, Pedro Mendes, Susana Blazer e Rui Gorda e Carolina Pita, Filipa Rosa, Inês Lopes, João Oliveira, Maria Eduarda, Mónica Lanzinha, Paulo Roque, Rita Martins, Rodrigo Martins, Salomé Palmeiro, Tânia Maurício e Vanessa Campff

Coro Coral Polifónico de Ponte de Sor, dirigido pelo maestro Rui Martins Picado Canto em Voz-Off Paulo Ribeiro Figurinos Rafaela Mapril Desenho de Som José Fortes desenho de Luz Pedro Domingos Teatro Teatro da Terra Chão de água De João Monge, a partir de As troianas, de Eurípides Encenação de Maria João Luís

ela primeira vez em Almada, o Teatro da Terra, companhia fundada por Maria João Luís em Ponte de Sor, apresenta uma parábola sobre a vida e a morte – uma epopeia dedicada ao povo alentejano. Chão Pde água compara o desenraizamento provocado pela deslocaliza- ção compulsiva de algumas populações do Sul a pretexto da construção de barragens, com a solidão revoltada das mulheres troianas vendo a guerra roubar-lhes os homens. A tragédia grega é transportada para os nossos dias, criando uma analogia revitalizante de exaltação da saudade pela voz das alentejanas no seu êxodo forçado.

João Monge iniciou-se nas lides musicais nos comecinhos dos anos 80 como letrista do grupo Trovante. Participou na criação dos Rio Grande e em inúmeros discos, entre os quais O Assobio da Cobra (2004), Estrela (2004), Mulheres (2005), Crua (2006), ou ainda Fados de Amor e Pecado (2009). Escreveu também para Mísia, Camané, Luís Represas, . Em 2011 estreou a peça A Lua de Maria Sem, da sua autoria, sobre fados de Alfredo Marceneiro, e com as interpretações de Maria João Luís e Manuela Azevedo.

Sala Principal I M/12 I 1H40 mai 17 sex 21h30

45 Intérpretes Ana Bustorff, André Laires, António Jorge, Carlos Feio, Eduardo Chagas, Frederico Bustorff Madeira, Jaime Monsanto, Rogério Boane e Solange Sá Coros Amália Oliveira, Ana Cristina Oliveira, André Antunes, André Pacheco, Cristiano Lima, Deolinda Mendes, Helena Guimarães, Hugo Silva, Humberto Almeida, João Chelo, Joaquim Carvalho, Jorge Bentes Paulo, José Augusto Ribeiro, José Domingos Marinho, Judite Pregueiro, Maria Elisa Fernandes, Maria Julita Capelo, Manuela Artilheiro, Tatiana Mendes e Teodorico Enes

Tradução Manuel de Oliveira Pulquério Assistente de Encenação Nuno Campos Monteiro Apoio Dramatúrgico Ana Lúcia Curado Cenário e Figurinos Samuel Hof Concepção de Máscaras António Jorge Desenho de Luz Fred Rompante a r Criação Vídeo Frederico Bustorff Madeira

oguei Criação Sonora Luís Lopes N Design Gráfico Carlos Sampaio Fotografia Paulo Nogueira Foto © Paulo Paulo © Foto Teatro Companhia de Teatro de Braga Oresteia De Ésquilo Encenação e dramaturgia de Rui Madeira

presentada em Atenas em 458 a. C., a trilogia Oresteia (Agamémnon, Coéforas e Euménides) é constituída por três eta- pas de uma história que narra o assassínio de Agamémnon, rei de A Argos, pela sua mulher Clitemnestra; o assassínio desta pelo filho vingador do pai, Orestes; e, finalmente, a expiação de Orestes pela morte da mãe, mal-grado a protecção dos deuses e a sua absolvição pelo tribu- nal de Atenas. O tema da justiça que tarda mas se cumpre, mesmo se na penumbra interior da consciência de cada homem: eis o que é tratado pelo coro das Coéforas na reflexão central desta trilogia de Ésquilo, dramaturgo de superlativa grandeza, cujas tragédias consagrou ao Tempo.

Não existem fontes fidedignas sobre a vida de Ésquilo. Terá nascido cerca de 525 a. C., em Eleusis, na Ática, filho de Eufórion, um aristocrata atenien- se. É contemporâneo das guerras persas, nas quais combateu. Haveria de morrer na Sicília, em 455 ou 456. Das cerca de noventa peças que escre- veu, sete chegaram aos nossos dias: Os persas (472), Os sete contra Tebas (467), As suplicantes (463) e Oresteia (458). Prometeu agrilhoado, cuja sua autoria é contestada, faria parte de uma outra trilogia, Prometeia, escrita algures entre as décadas de 480 e 452.

Sala Principal I M/12 I 6h30 (c/interv.) jun 09 dom 15h00

47 Intérpretes Raul Oliveira e Ricardo Moura

Tradução António Gonçalves Cenário e Figurinos Rita Torrão Desenho de luz Daniel Worm D’Assumpção Caracterização Helena Rosa Operação técnica Rui Senos e Francisco Gonçalves io d Tema Musical Hugo Lopes Design Hugo Neves ge Custó ge r Produção Raul Oliveira Fotografia Jorge Custódio Foto © Jo © Foto Teatro Associação Cultural TRUTA Co-produção AJAGATO Bucha e Estica De Juan Mayorga Encenação de Mário Primo

carreira desta famosa dupla chegou a um impasse. Sem trabalho e longe da época áurea que fez deles uma dupla mítica do cinema, parecem “fantasmas de si mesmos”. Num quarto de hotel, evocam A e ensaiam obsessivamente os seus filmes, à espera de que alguém os convide para uma nova produção. Bucha procura manter a dupla e recu- perar o passado glorioso, mas Estica chegou ao ponto de ruptura e deseja ardentemente mudar de vida fora do quarto de hotel, fora do cinema ou até mesmo fora do casal. TRUTA

A Associação Cultural TRUTA nasceu em 2003, por iniciativa de um grupo de jovens criadores, profissionais das artes do espectáculo, com formação nas áreas do teatro, dança e artes plásticas. O trabalho desenvolvido por este colectivo privilegia os grandes autores e textos clássicos da dramatur- gia mundial, bem como um trabalho minucioso sobre o texto e a palavra.

Constituída a partir do trabalho desenvolvido desde 1988 pelo Grupo de Teatro de Santo André, a AJAGATO tem tido um papel preponderante na promoção das Artes de Palco que fazem de Vila Nova de Santo André uma referência cultural no sul do País.

Sala Experimental I M/12 I 1H30 jun 21 22 23 sex sáb dom 21h30 21h30 16h00

49 Intérpretes Anna Eremin, João de Brito e Luís Barros

Tradução Anna Eremin Cenário e Figurinos Teresa Varela Desenho de Luz Jochen Pasternacki unha C

. . Sonoplastia Jorge Silva e Rui Rebelo R Design Gráfico Rui A. Pereira ndré ndré A Produção Executiva Anabela Gonçalves Foto © © Foto Teatro Teatro dos Aloés Chove em Barcelona De Pau Miró Encenação de Jorge Silva

au Miró, jovem autor catalão, dá voz à gente do Bairro Raval, onde uma mescla imensa de povos e culturas se cruzam. Tendo como pano de fundo a promiscuidade entre o consumismo da sociedade P“invisível” e o mundo da alta cultura, assistimos ao triângulo formado por Lali, a prostituta (que se comove com pinturas renascentistas), Carlos, o chulo (que se alimenta exclusivamente de fast-food), e David, o cliente (cuja mulher se encontra às portas da morte e se contenta em contemplar Lali). As personagens de Miró são pessoas reais, que o autor transforma em seres carregados de sonhos e frustrações.

Pau Miró nasceu em Barcelona em 1974. É licenciado em Arte Dramática pela Escola Superior d’Art Dramátic – Institut del Teatre (1999). É funda- dor da companhia Menudos, formada por ex-alunos do Institut del Teatre. Escreveu e encenou, entre outras, as peças Girafes, lleons, búfals, Una habitatió a l’Antàrtida e La poesia dels asassins. Chove em Barcelona foi traduzida para castelhano, italiano, francês, polaco e inglês, tendo sido apresentada no Teatro Nuovo de Nápoles em 2007, e no Piccolo Teatro de Milão em 2008. A peça foi adaptada para o cinema pelo próprio Pau Miró, num filme homónimo de Carles Torrents.

Sala Experimental I M/16 I 1h10 set 19 20 21 22 qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 16h00

51 Intérpretes Jorge Silva, José Peixoto e Rui Rebelo

Tradução Mário Jacques Cenário e Figurinos Marta Carreiras Música Rui Rebelo Desenho de Luz e Fotografia Aurélio Vasques Design Gráfico Rui A. Pereira Produção Executiva Anabela Gonçalves Teatro Teatro dos Aloés O ensaio ou Café dos Artistas De M’hamed Benguettaf Encenação de José Peixoto

m actor, um músico e um encenador ensaiam incansavelmente, dia após dia, a mesma peça: a história de um simples cidadão perse- guido pelos vizinhos notáveis e dignitários do regime. Os ensaios Uredundam em catástrofe. A companhia vê partir, um a um, todos os seus membros e é sistematicamente posta fora das salas que ocupa por razões prioritárias: encontros políticos, reuniões sindicais, cineclube... Maus tempos para o Teatro! Maus tempos para a esperança também... Porque a história passa-se num país que, desde a sua independência, ensaia sem parar e não chega nunca a fazer uma verdadeira estreia. Teatro dos Aloés

M’hammed Benguettaf (Argel, 1939), autor e actor, é uma figura desta- cada do teatro argelino. Como actor, passa grande parte da sua carreira no Teatro Nacional Argelino, fundando no início dos anos 90 a Companhia Masrah el Kalaâ – Teatro da Cidadela. Em 2003 é nomeado director do Teatro Nacional Argelino, ano em que faz também uma adaptação do Quixote. A sua adaptação do romance de Tahar Quetar Os mártires voltam esta semana e a sua peça O grito ganham os primeiros prémios do Festival de Cartago em 1987 e 1989.

Sala Experimental I M/12 I 1h30 (c/interv.) set 26 27 28 29 qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 16h00

53 Intérpretes Miguel Borges, Sara Ribeiro e duas actrizes a designar

Música Rui Gato Video Artica Figurinos Miguel Moreira Direcção técnica Ricardo Teodósio Direcção de Produção Filipa Hora Teatro

Companhia João Garcia Miguel Co-produção: Marselha Provence 2013 Capital da Cultura, H.A.S., Théâtre des Bernardines, Centro Cultural Vila Flor e Teatro-Cine de Torres Vedras Yerma De Federico García Lorca Encenação de João Garcia Miguel

erma, mulher casada, desespera ao descobrir que Juan, o seu ma- rido, não consegue dar-lhe o filho que deseja. Mas não se resigna: recusando-se a ser prisioneira da esterilidade de que não se sente Yculpada, trilha o seu próprio caminho, que a levará ao assassínio de Juan e à sua própria tragédia, tomando em mãos o seu futuro e o seu destino, revoltando-se contra Deus e contra as regras estabelecidas. Nesta obra, Lorca mostra-nos a dor e o anátema causados pela impotência: pelas regras estabelecidas perante o espírito e a vontade individual; pelos laços sociais, perante a animalidade das forças que se ocultam no nosso corpo; pelos acordos de convivência humanos, perante a violência; pelo indivíduo, perante as forças da lei e da moral. João Garcia Miguel

Federico García Lorca nasceu em Fuentevaqueros (Andaluzia) em 1898. Em 1919 viaja para Madrid, onde se integra na Geração de 27, que incluía Dali e Buñuel. Inspirando-se na tradição andaluza escreve Romanceiro ciga- no (1928). Em 1929, o seu período Surrealista, parte para os EUA e Cuba. Regressado a Espanha em 1930, cria o grupo La Barraca, que cruzava os clássicos espanhóis com peças da sua autoria. Em 1936 é morto por sol- dados Franquistas. Entre as suas peças conta-se, por exemplo, A sapatei- ra prodigiosa (1930), Amores de D. Perlimplim com Belisa em seu jardim (1933), D. Rosinha, a solteira (1935) e A casa de Bernarda Alba (1936).

Sala Experimental I M/12 I 1H30 out 11 12 13 sex sáb dom 21h30 21h30 16h00

55 Intérpretes Rogério Boane, Carlos Feio e Emílio Lucombo

Cenário Samuel Hof Figurinos Sílvia Alves Desenho de luz Fred Rompante ambiente sonoro Pedro Pinto Teatro Companhia de Teatro de Braga Sabe Deus pintar o Diabo De Abel Neves Encenação de Rui Madeira

ndam por aí, próximos de toda a gente. Vieram de perto, mas de onde não sabemos. Os seus nomes são-nos revelados: Feliciano e Raimundo. Abrigados no último andar de um velho prédio, esco- Alheram ser autores de uma espécie de fim do Mundo. Cúmplices de uma acção degradante com motivos que fazem pensar o lodo onde a hu- manidade repetidamente se deixa atolar, Feliciano e Raimundo, amigos de circunstância, julgam-se portadores de uma razão capaz de dar acerto ao Mundo, e não se afligem com a opção que decidiram, mas sentem o nervo- sismo que algum humor inquietante deixa transparecer. Encontraram-se e o que sabemos é que se entenderam para um jogo de extermínio. As suas biografias, se as conhecêssemos ao pormenor, não dariam para explicar o que são capazes de fazer. E o que eles fazem nunca deveria fazer-se. Abel Neves

Abel Neves (n. 1956), poeta, romancista, ensaísta, e sobretudo prolífico dramaturgo, escreveu para A Comuna entre 1979 e 1991. Entre as suas pe- ças mais recentes contam-se Jardim suspenso (distinguida em 2009 com o Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva), Clube dos pessimistas (2010), e Flores para mim (Teatro Meridional, 2011).

Sala Experimental I M/12 I 1h20 out 20 dom 16h00

57 Intérpretes António Mortágua, Carolina Salles, Ricardo Neves-Neves, Sandra Faleiro Vozes André Cortina, António Braga, Bruno Simões, Dinis Gomes, Eduardo Breda, Jan Gomes, Jorge Vara, Miguel Castro Caldas, Peter Michael, Sofia Vitória e Vítor Oliveira

Tradução Aníbal Fernandes Cenário e Figurinos Stéphane Alberto Música Sérgio Delgado Luz João Paiva avo r Execução de Figurinos Sandra Ferreira e Patrícia Buzi

uno B uno Assistente de Produção Laura Tomás r Direcção de Produção Paula Fernandes Foto © B © Foto Teatro Primeiros Sintomas Salomé De Oscar Wilde Encenação de Bruno Bravo

alomé, tragédia em um acto escrita por Oscar Wilde em 1893, ba- seia-se na história bíblica da decapitação de São João Baptista, prisioneiro de Herodes: Salomé, incitada pela sua mãe, Herodíade, Samante de Herodes, pede ao rei (como recompensa por ter dança- do perante ele e os seus convidados) que lhe seja entregue a cabeça de João numa bandeja de prata. Este texto, cuja estreia em Londres deveria ter contado com Sarah Bernhardt como protagonista, acabou por ser proibido em Inglaterra, por ter sido considerada ilegal a representação de persona- gens bíblicas em palco.

Oscar Wilde (1854–1900), poeta, dramaturgo e ensaísta irlandês, inscreve- se no decadentismo europeu de fim de século. Por ser homossexual, foi condenado a dois anos de prisão. Depois de ser libertado viveu em França, onde passou os últimos três anos da sua vida. É autor, entre muitas outras obras, de O retrato de Dorian Gray (1890); O leque de Lady Windermere (1893); e A importância de ser Ernesto (1899).

Criado em 2001, o colectivo Primeiros Sintomas, dirigido por Bruno Bravo, tem levado à cena textos de Beckett, Hemingway, Strindberg, Ravenhill ou Castro Caldas, em produções premiadas com várias distinções, como o Globo de Ouro 2005 para Melhor Espectáculo de Teatro (Endgame, de Beckett), ou o Prémio da Crítica 2007 (Foder e ir às compras, de Mark Ravenhill), atribuído pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.

Sala Experimental I M/12 I 1H10 nov 21 22 23 24 qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 16h00

59 una

T Intérpretes Emília Silvestre e João Cardoso

Tradução Alexandra Moreira da Silva Foto © João João © Foto Cenografia e figurinos Nuno Carinhas Desenho de luz Nuno Meira Desenho de som Francisco Leal Teatro Teatro Nacional São João Dias felizes De Samuel Beckett Encenação de Nuno Carinhas

ias felizes, escrita por Samuel Beckett há 50 anos, continua a re- velar um poder inesperado para dar conta da condição humana, da sua história e da sua circunstância. Neste espectáculo, Emília D Silvestre é Winnie, a mulher que nos surge enterrada, primeiro até à cintura, e depois até ao pescoço, resistindo ilusoriamente à passagem do tempo com um discurso fragmentário, feito de frases aparentemente insignificantes e repetitivas, mas cuja cadência rítmica e fértil elementarida- de Alexandra Moreira da Silva trata de captar na sua nova tradução. João Cardoso será Willie, o marido que dorme ou lê, ensimesmado, o jornal, respondendo com secura e monossílabos.

Nuno Carinhas (Lisboa, 1954), pintor, cenógrafo, figurinista e encenador, estudou Pintura na ESBAL. Trabalhou com o Teatro Nacional São João (TNSJ) e com estruturas como Cão Solteiro, ASSéDIO, Ensemble, Escola de Mulheres e Novo Grupo / Teatro Aberto. Como cenógrafo e figurinista, tem trabalhado com Ricardo Pais, João Lourenço, Jorge Listopad, Olga Roriz, entre outros. Dos espectáculos encenados para o TNSJ, assinalam- -se O grande teatro do Mundo, de Calderón de la Barca; A Ilusão cómica, de Corneille; O tio Vânia, de Tchecov; Todos os que falam, quatro “drama- tículos”, de Beckett; Beiras, três peças de Gil Vicente; Tambores na noite, de Brecht; Antígona, de Sófocles; e Alma, de Gil Vicente. É desde 2009 Director Artístico do TNSJ.

Sala Principal I M/12 I 1H30 dez 05 06 07 08 qui sex sáb dom 21h30 21h30 21h30 16h00

61 Sala Experimental

Playground session Turbo-lento João Mamede e Pedro Loureiro Tiago Cadete e Raquel André Sáb 23 Fev às 21h30 Sáb 08 JUN às 21h30

É sobre motivação. Laca para cabelo. Nova geração actor do sec-xxi muito discursso muito erro assumido a minha avó o papa e o luis esteves cadorso e todos os intelectuais no mesmo lugar ...aaaaai como eu tenho Gana de estar no vietname na china antiga no tibet ...com a ...fffffff Bernardo Chatillon Qui 28 Fev às 21h30 riado em 2012 o ciclo Sala Experimental proporcionou a dez jovens criadores a possibilidade de se estrearem. Nesta Tem- porada lança-se de novo o repto àqueles que preferem “resistir” Ca “desistir”, nas palavras de Tiago Bartolomeu Costa. Mais do que financiar um espectáculo a jovens que não possuem um espaço, esta iniciativa estimula o desenvolvimento de técnicas de criação – na sua vertente artística, técnica, publicitária e financeira.

T-Rex Tetraedro Silly Season de Sandra Hung Sáb 15 Jun às 21h30 Sáb 30 Nov às 21h30 Movement (Im)possibilidade de amar is best encouraged Rita Figueiredo by a static object Sáb 7 Dez às 21h30 Maria Ramos Sáb 07 Set às 21h30 On a multiplicity Telma Santos O fazedor Sáb 14 Dez às 21h30 de teatro Subtil Rita Calçada Bastos Teatro ABC.PI Sáb 05 Out às 21h30 Sáb 21 Dez às 21h30 Joaquim Benite, Teresa Gafeira, Virgílio Martinho e Manuel Brito no Teatro da Academia Almadense (1984) Dança

65 Edge Coreografia Ana Rita Barata Direcção Artística Ana Rita Barata e Pedro Sena Nunes Intérpretes Bernardo Gama, Joana Gomes, Luís Oliveira e Sofia Soromenho Desenho de Luz João Cachulo Touched Coreografia Kjersti K. Engebrigtsen Intérpretes Alexander Aarø, Nina Biong, Hege Finnset Eidseter, Geir Hytten e Katja Henriksen Schia Desenho de Luz Jan Erik Smedhaugen Compositor Knut Olaf Sunde Plexus Coreografia Ajjar Ausma Assistente de Coreografia Riina Ausma Intérpretes Hedy Haavalaid, Kärt Tõnisson e Einar Lints Desenho de Luz e Som Taavet Jansen Figurinos Liis Plato Criação Dança

VoArte Fragile De Ana Rita Barata, Kjersti K. Engebrigtsen e Ajjar Ausma

ragile é um projecto transnacional que aposta na inclusão de defi- cientes visuais nas artes performativas, em três países de pontos distantes da Europa, e que assenta nas experiências no âmbito da F dança com invisuais dos coreógrafos Kjersti K. Engebrigtsen (No- ruega), Ana Rita Barata (Portugal) e Ajjar Ausma (Estónia). O resultado deste processo artístico é apresentado no espectáculo Links, dividido em três partes: Edge (Barata), Touched (Engebrigtsen) e Plexus (Ausma).

Ana Rita Barata (n. 1972) estudou no Conservatório e no European Dance Development Centre da Holanda. Como coreógrafa e directora artística, tra- balha com Pedro Sena Nunes desde 1994, junto de diversas comunidades com características especiais. É desde 1997 directora artística e programa- dora da VoArte. É co-criadora da Companhia Integrada Multidisciplinar.

Kjersti K. Engebrigtsen (n. 1947) estreou-se como bailarina e coreógrafa em 1969 e o seu trabalho tem sido apresentado em teatros, salas de con- certo, igrejas, museus e transmitido pela televisão. Mestre em Educação Aplicada a Necessidades Especiais pela Universidade de Oslo, tem traba- lhado na área da dança com pessoas invisuais.

Ajjar Ausma (n. 1977) estudou coreografia na Universidade de Tartu (Es- tónia), é actor, encenador, coreógrafo e bailarino no Cabaret Rhyzome, em Talin. Professor de dança e teatro físico, tem participado em vários projec- tos de artes performativas locais e internacionais.

sala Principal | M/12 | 1h30 (c/interv.) mar 29 30 sex sáb 21h30 21h30

67 uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings Caracterização Alda Salavisa (desenho original de Carlota Lagido) Adereços Teresa Montalvão Desenho de Luz João Paulo Xavier operação de luz Bruno Gaspar

O que podemos dizer do Pierre Banda Sonora Gilles Deleuze Montagem da banda sonora Vera Mantero, com Vítor Rua e António Duarte desenho de Luz Bruno Gaspar

Olympia eves N Desenho original de Luz João Paulo Xavier

usana usana Adaptação e operação de luz Bruno Gaspar S Texto Jean Dubuffet Foto © © Foto Dança O Rumo do Fumo Vera Mantero, três solos Concepção e interpretação de Vera Mantero

era Mantero, três solos, a noite dedicada à coreógrafa portugue- sa, consiste na apresentação de um conjunto de três coreogra- fias suas: Olympia, uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings, V e O que podemos dizer do Pierre. Acerca da criação deste último espectáculo, a coreógrafa afirma: “Trata-se de uma pequena improvisação ao som da voz de Gilles Deleuze dando uma aula sobre Espinoza, e sobre o seu conceito dos três tipos de conhecimento possíveis ao ser humano. Esta proposta apresenta-se na linha de vários outros trabalhos que tenho feito, nos quais proponho multiplicidades que põem em interacção filosofia e intuição, verbal e não-verbal, racional e irracional.”

Vera Mantero estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Bal- let Gulbenkian entre 1984 e1989. Começou a sua carreira coreográfica em 1987 e desde 1991 tem mostrado os seus espectáculos por toda a Europa, Argentina, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura. Participa re- gularmente em projectos internacionais de improvisação com Lisa Nelson, Mark Tompkins, Meg Stuart e Steve Paxton, entre outros. Em 2002 foi-lhe atribuído o Prémio Almada, e em 2009 o Prémio Gulbenkian Arte.

Sala Principal I M/12 I 1H30 (c/ 2 interv.) Abr 12 Sex 21h30

69 Intérprete Olga Roriz

Música Igor Stravinsky Cenário e Assistência Dramatúrgica Paulo Reis Figurino Olga Roriz e Paulo Reis Desenho de Luz Cristina Piedade Desenho e operação de som Sérgio Milhano Director Técnico Manuel Alão Assistente de Cenografia e Figurino Maria Ribeiro Director de Produção Fernando Pêra Produtora Executiva Teresa Brito Criação Dança Companhia Olga Roriz A sagração da Primavera Direcção de Olga Roriz

pós 36 anos de carreira como intérprete e nove solos por si diri- gidos, Olga Roriz lança-se no desafio da revisitação de uma obra maior, A sagração da Primavera, assinalando o centenário da sua Acriação por Nijinsky / Stravinsky, no Dia Mundial da Dança. Poucos são no Mundo os criadores que se propõem coreografar esta peça; muito menos, ainda, aqueles que a dançam aos 56 anos de idade. Continuando a transmitir através do seu próprio corpo o seu legado coreográfico e artís- tico, Olga Roriz persiste em construir, desenvolver e partilhar com o público a sua presença gestual e interpretativa ímpar.

Natural de Viana do Castelo, Olga Roriz fez o curso da Escola de Dança do Teatro Nacional de S. Carlos e o curso da Escola de Dança do Conserva- tório Nacional de Lisboa. Em 1976 integrou o elenco do Ballet Gulbenkian, sucessivamente como primeira bailarina e como coreógrafa principal. Em 1992 assumiu a direcção artística da Companhia de Dança de Lisboa. Em 1995 fundou a Companhia Olga Roriz, da qual é directora. O seu reportório na área da dança, teatro e vídeo é constituído por mais de 90 obras. As suas criações têm sido apresentadas nas principais capitais europeias, nos EUA, Brasil, Japão, Egipto, Cabo Verde, Senegal e Tailândia, e reconheci- das com vários prémios nacionais e estrangeiros.

sala Principal | M/12 | 1h00 mai 29 30 31 qua qui sex 21h30 21h30 21h30

71 Intérpretes Sofia Diase Vítor Roriz

Som Sofia Dias tinho r Colaboração artística Catarina Dias o Ma o

dr Figurinos Lara Torres Direcção técnica e iluminação Nuno Borda de Água Foto © Pe © Foto Dança Materiais Diversos Co-produção Box Nova / CCN, O Espaço do Tempo e CDCE Um gesto que não passa de uma ameaça Direcção de Sofia Diase Vítor Roriz

aseando-se na improvisação, Dias e Roriz lançam-se, literalmente de corpo e alma, num intenso brainstorming motor, mental e verbal. O ambiente cénico frugal e o parcimonioso desenho de luz dirigem Bo olhar dos espectadores para a presença dos intérpretes. Apenas as vozes, os ruídos do corpo, e um ou outro apontamento gravado povoam a ambiência sonora.

Sofia Dias (formada na Escola de Dança do Conservatório) e Vítor Roriz (licenciado em Educação Física e Desporto) colaboram desde 2006 na pes- quisa e concepção de várias coreografias, apresentadas em Portugal, Es- panha, França, Alemanha, Suíça, Roménia, Bélgica, Inglaterra e Holanda. As suas criações caracterizam-se pela contenção e intensidade, e apelam a uma forte relação com o público. Para além da actividade artística, têm dirigido várias acções de formação no campo da dança. São artistas asso- ciados da Materiais Diversos e d’O Espaço do Tempo.

sala experimental | M/12 | 0h40 jun 01 sáb 21h30

73 Intérprete Cláudia Dias

Assistência Cátia Leitão Texto Cláudia Dias e Cátia Leitão Espaço Cénico Cláudia Dias Direcção técnica e Luz Carlos Gonçalves o r ei b Professora de Pilates Maria João Madeira a Ri a d i Professores de Samba Carmen Queiroz e Pedro Pernambuco r ga r Tradutores Dominique Bussillet, Jorge Sedas Nunes, Egdar Sedas Nunes e Karas Foto © Ma © Foto Dança Sumo Co-produção Singel Internationale Kunstcampus e Culturgest Apoio: Dance Ireland, Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, Espacio AZALA, El Graner/Mercat De Les Flors/Modul Dance Vontade de ter vontade Coreografia de Cláudia Dias

a mais recente criação de Cláudia Dias coabitam as dimensões individual, colectiva, pessoal e histórica. O seu olhar sobre o mo- mento que vivemos na Europa e no Mundo evidencia as relações Nentre o Norte e o Sul, entre o colonizador e o colonizado, entre o central e o periférico. Trata-se também de um manifesto contra a inevi- tabilidade: dança política e de intervenção, a peça fala do “estar aqui”, em Portugal, o canto do canto da Europa do Sul.

Cláudia Dias (n. 1972) iniciou a sua formação em dança na Academia Al- madense. Integrou o colectivo Ninho de Víboras e colaborou com a Re.Al. Criou as peças One woman show, Visita guiada, Das coisas nascem coisas e a performance / instalação 23+1. O seu trabalho como coreógrafa, perfor- mer e formadora tem sido acolhido por várias estruturas, teatros e festivais nacionais e internacionais.

sala experimental | M/12 | 0h50 set 14 sáb 21h30

75 Intérpretes Beatriz Rousseau, Carla Jordão, Daniela Andana, Débora Queiroz, Luciano Fialho, Lucinda Saragga, Nuno Gomes e Sofia Silva Dança

Companhia de Dança de Almada Muito chão Coreografia de Benvindo Fonseca

uito chão encerra a trilogia de comemoração dos meus trinta anos de carreira. As três coreografias têm em comum uma busca de casa, casa essa que se encontra onde há pessoas Mde verdade. Onde, por momentos, nos encontramos com o outro. Vou olhar profundamente para esta Índia que também faz parte de mim e que não se consegue descrever mas sentir. A terra e suas cores, os gestos, os sabores, cheiros e costumes. A desigualdade, juntamente com rituais, deuses e sabedoria, assim como o Nada, qualidade tão importante, valorizada naquelas paragens e tão pouco no Ocidente. Benvindo Fonseca

Benvindo Fonseca estudou no Conservatório Nacional de Lisboa e na Escola da Fundação Gulbenkian. Foi co-fundador, director artístico e coreógrafo do Lisboa Ballet Contemporâneo. Coreografou também para o Teatro Nacional D. Maria II, Ballet Gulbenkian, Ópera de Berlim, entre outros. Os seus bailados foram apresentados em Espanha, Itália, Alemanha, EUA, Cuba, Brasil, Grécia e Polónia.

Sala Principal I M/6 I 1H00 dez 20 sex 21h30

77 aiva r a S o o Música Sergei Prokofiev rd ua Cenário e Figurinos Yolanda Sonnabend Ed Desenho de luz Orlando Worm Foto © © Foto Dança

Companhia Nacional de Bailado Cinderela Coreografia de Michael Corder

a autoria do coreógrafo Michael Corder, Cinderela, um bailado em três actos, conta-nos as desventuras de uma menina em busca do caminho da felicidade. Composta entre 1940 e 1944, durante Da invasão da Rússia pela Alemanha, a composição alterna entre o tom ácido e o melancólico. Estreado em 1996 pelo English National Ballet, recebeu o prémio Evening Standard Award for Outstanding Production, em 1996, e o Laurence Olivier Award for Best New Dance Production, em 1997.

Michael Corder nasceu em Londres, onde viria a estudar na Royal Ballet School. Dançou com o Royal Ballet, o Royal Danish Ballet, e o Australian Ballet, entre outros. Membro da grande escola coreográfica inglesa – cujas musicalidade, pureza técnica e dramaturgia depurada são as qualidades mais importantes –, é um dos seus representantes mais reconhecidos. É autor de mais de 50 criações, entre as quais Rhyme nor reason (1978); L’invitation au voyage (1982) e The wand of youth (1985), ambos nomeados para os prémios Laurence Olivier; Ancient airs and dances (1986); Romeo and Juliet (1992); e Danses Concertantes (1993, 2000).

Sala Principal I M/3 I 2H40 (c/interv.) dez 28 29 sáb dom 21h00 17h00

79 Memorial do Convento, de José Saramago Teatro da Trindade (1998) Música

81 Intérpretes Filipa Lopes (Soprano) Conceição Martinho (Contralto) João Queirós (Tenor) João Miranda (Baixo) e Kodo Yamagishi (Piano) Música

Concerto de Ano Novo Obras de Strauss, Franz Lehar, Verdi e Offenbach

tentação de celebrar à moda dos austríacos a chegada do Novo Ano, com um concerto que lhe é especialmente dedicado, tem vin- do a reunir cada vez maior número de adeptos em todo o Mundo. A Inspirando-se no popularizado concerto vienense anualmente tele- visionado em mais de 70 países, estes verdadeiros festins musicais aspiram a fazer da grande música um veículo para a mensagem de esperança num futuro de paz entre os homens – à imagem do espírito que presidiu à primei- ra edição do famoso acontecimento musical de Viena, ocorrida em 1939. No entanto, há quem procure ir além do reportório mais convencional (que tradicionalmente é quase inteiramente consagrado à música da dinastia Strauss), oferecendo um programa mais variado. Foi o que se procurou fazer neste Concerto de Ano Novo (de inauguração, também, da nova tem- porada de espectáculos do recém-renomeado Teatro Municipal Joaquim Benite), com valsas de Strauss, mas também napolitanas, árias de óperas famosas e canções de filmes musicais que todos conhecem desde sempre, mesmo que não se lembrem bem da letra.

sala Principal | M/6 | 1h00 jan 04 sex 21h30

83 Foto © Eleonor Ekevik Música

Sara Tavares

ara Tavares escreve e canta canções de grande riqueza melódica e beleza, cheias de uma espécie de energia sonhadora e alegre. Eu adoro este tipo de música, e oiço tudo o que consigo encon- Strar: há nele algo de extremamente apaziguador e hipnótico. É sexy, e envolve-me de um sentimento de conforto. Parece transportar-me para alguma parte. Sara Tavares tem uma abordagem fresca, uma perspectiva desopilante: a vida é divertida, a vida é gloriosa, a vida vive-se no momento. É assim o som de Balancê. Winter Miller, in The New York Times

Sara Alexandra Lima Tavares (n. 1978), filha de Almada, ganhou a final da 1ª edição (1993/1994) do concurso Chuva de Estrelas, na SIC, no qual interpretou um tema de . Foi convidada para participar no Festival RTP da Canção de 1994, que venceu com a canção Chamar a música. Em 1999 editou o álbum Mi Ma Bô, um disco com fortes liga- ções às suas raízes. O álbum Balancê, editado em 2005, foi considerado um dos melhores álbuns do ano por parte da crítica, tendo alcançado o disco de ouro. Em 2008 é lançado o DVD Alive in Lisboa. No ano de 2009 regressa aos originais com Xinti.

sala Principal | M/6 |1h30 FEV 09 Sáb 21h30

85 solistas Angélica Neto (Soprano) Armando Possante (Barítono) e Vítor Carlos Paiva (Tenor) Música

Coral Sinfónico de Portugal

A Criação De Franz Joseph Haydn Direcção musical e artística de Saraswati

oseph Haydn (1732–1809) compôs A Criação entre 1796 e 1798. Obra da maturidade do compositor (curiosamente desaparecido no ano em que Darwin nasce), terá tido três fontes inspiradoras: o Livro do Gene- Jsis, as orações do Livro dos Salmos e o poema épico de John Milton Paradise lost (originalmente publicado em 1667), que Haydn, homem solar, terá para muitos tratado com insuficiente pathos e demasiada alegria para aquele que permanece o maior e mais misterioso drama concebível pela imaginação humana: um mundo nascente sucedendo ao caos e iluminan- do-se pela palavra de Deus. E no entanto, é porventura esse carácter algo profano que faz de A Criação uma das mais apetecidas oratórias pós-bar- roco musical – período posterior ao apogeu do género.

O Coral Sinfónico de Portugal (CSP) é uma formação de características únicas que reúne pessoas de todos os pontos do País, idades e profissões. Em actividade desde 1991, o coro e a orquestra do CSP têm-se apresenta- do tanto em espaços religiosos como nalgumas das mais importantes salas de espectáculos portuguesas, interpretando peças de compositores tão diferentes como Bach, Haendel, Vivaldi, Mozart, Bomtempo, Beethoven, Brahms, Bruckner, Dvorák, Puccini, Verdi, Poulenc, entre outros.

Sala Principal I M/6 I 1H40 (c/interv.) FEV 24 dom 17h00

87 Intérpretes António Manuel Ribeiro (voz e viola) António Côrte-Real (viola acústica e voz) Ivan Cristiano (bateria e voz) Fernando Rodrigues (baixo, voz, bandolim e piano) Nuno Oliveira (piano, teclas, voz, bandolim e cavaquinho)

Roadies Renato Dias e Luís Simão Som de Frente Jorge Morgado Som de Palco Bruno Gonçalves Iluminação Vasco Letria Figurinos e Merchandising Carolina Ribeiro Manager Catarina Tavares A ntónio H o m e Ca rd oso difusão e produção Nuno Santos Foto © Música

UHF

averá um som de Almada? E esse som nasceu esteticamente na e da envolvência urbana e industrial da margem que namora Lisboa, das sombras caídas do pórtico da Lisnave que domina solitário Ha corrida do rio? Estará nesta união de elementos o fermento da sonoridade maturada por adolescentes que firmaram como seu no céu o acrónimo UHF no Verão de ’78? Das garagens e semelhanças de quatro paredes nesta cidade do beija Tejo, até uma colina sobre as enseadas do Mar da Palha no Seixal e finalmente nos fundilhos de um centro comercial na Costa de Caparica, corridos e correndo, os UHF insistiram na escrita de canções em português sobre o seu tempo, os ritmos e as rimas da paixão, o pulsar da cidade e as efusões que povoam o mundo sem qualquer sentido. No ano redondo dos ’35 de UHF’, a banda de Almada estreia-se no tablado do Teatro Municipal Joaquim Benite com o espectáculo que reúne o som acústico ao fulgor eléctrico que os identifica e determinou um movimento de renovação da música portuguesa urbana: o rock português. A digressão ‘UHF 2013 – A Minha Geração’ parte de Almada. UHF

Os UHF formaram-se em Almada em 1978. O primeiro EP da banda, o céle- bre Jorge morreu (1979), foi dedicado a um amigo do baixista Carlos Peres, falecido no Algarve depois de ter caído na toxicodependência. A segunda formação da banda gravou três álbuns de sucesso, À flor da pele, Estou de passagem e Persona non grata, após os quais se seguiram Ares e bares de fronteira e, com uma formação totalmente renovada, Noites negras de azul (1988). Em 2007, os UHF comemoraram o seu trigésimo aniversário, assinalando a efeméride com a pré-edição de um disco de raridades.

Sala Principal I M/6 I 1H30 mar 01 sex 21h30

89 Rui Pinheiro Música Fundação Calouste Gulbenkian Orquestra Gulbenkian Direcção musical de Rui Pinheiro Obras de Mozart e Beethoven Solista Cristina Ánchel

Adagio e fuga em dó menor para quarteto de cordas KV546 foi composto em Viena, em Junho de 1788, por Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791), retomando uma sua outra O obra de 1783 (K426). A conhecida Sinfonia N.º 5 de Ludwig van Beethoven (1770–1827), composta entre 1805 e 1808, tornou-se uma espécie de hino do Classicismo musical, com a sua abertura fulminante de três notas breves seguidas de uma nota longa (correspondendo o con- junto à letra V – de Vitória – em código Morse) que viriam a transformar-se num símbolo da Resistência francesa durante a Segunda Grande Guerra: usava-as a BBC como indicativo para as emissões destinadas aos países ocupados pelos nazis.

A flautista Cristina Ánchel fez a sua formação musical em Valência e em Alicante, tendo já colaborado com as mais importantes orquestras espa- nholas. Solista em inúmeras ocasiões, integrou também formações de câ- mara e foi membro do Ensemble Carl Nielsen, actuando em festivais de música por toda a Espanha. Depois de ter sido Flauta Solista da Orquestra Sinfónica da Estremadura, em 2007 ingressou como Flauta Solista Assis- tente na Orquestra Gulbenkian.

Sala Principal I M/6 I 1h30 mar 08 sex 21h30

91 Foto © Fred NS Música

Norberto Lobo

as melodias de Norberto Lobo, um original e um independente, reside uma qualidade rara nas progressões estéticas da criação musical contemporânea. Norberto Lobo é um autodidacta, ca- Nracterística que poderá causar surpresa, tendo em conta o virtu- osismo que demonstra: o seu percurso, precisamente por não ter passado por qualquer trâmite académico, existe para lá de uma óptica escolástica, enciclopédica e cronológica dos gestos e das tradições artísticas.

Norberto Lobo (Lisboa, 1982) é já considerado uma das figuras principais da música portuguesa deste arranque de século. É co-fundador dos pro- jectos Norman, Colectivo Páscoa e Tigrala. A sua discografia, a título indi- vidual, é feita das edições de Mudar de bina (2007), Pata lenta (2009), Fala mansa (2011) e Mel azul (2012), discos aclamados de forma unânime pela crítica. É versado em vários tipos de guitarra, particularmente nas guitarras acústica e eléctrica, e, mais recentemente, na tambura, o seu principal ins- trumento no projecto Tigrala, entretanto extinto.

Sala Principal I M/12 I 1H00 mar 23 sáb 21h30

93 foto © Cláudia Varejão Música

Lula Pena

stá reunida a constelação de circunstâncias e acontecimentos para que, finalmente, possamos viver a Lula Pena que sempre- desejá mos. Para que a possamos mostrar àqueles com quem partilhamos Eas coisas mais preciosas, e para que eles alarguem ainda mais esse círculo. Trata-se de um inquestionável tesouro nacional, contemporâneo e irrepetível. Uma conjunção de música, expressão e som que nos dá o dom de melhor aprendermos a viver os dias como sendo mais nossos, mais belos. Se somos capazes de amar individualmente, por que não aceitamos o amor numa escala maior? Pedro Gomes

Lula Pena é cantora, “phadista”, e performer. Estudou desenho em Lisboa e viveu em Barcelona e Bruxelas, onde cantou em bares e clubes de jazz. Apresentou-se na Alemanha, França, Itália, Holanda, e Marrocos. Lançou Phados em 1998 e, após um interregno de 12 anos, o muito esperado e aclamado Troubador. A sua abordagem única à música pode levar-nos do fado à bossa nova e ao tango, e valeu-lhe louvores de artistas como por exemplo Caetano Veloso.

Sala Principal I M/12 I 1H00 abr 13 sáb 21h30

95

Música

António Maria Cartaxo Obras de Beethoven, Chopin, Stravinski, Prokofiev, Fernando Lopes-Graça e Brahms

Sonata op.101 de Ludwig van Beethoven (1770–1827) integra o conjunto de sonatas tardias do compositor que elevou a escrita pianística a um ponto extremo de perfeição e complexidade. Fré- A déric Chopin (1810–1849) compôs entre 1830 e 1832 uma série de doze estudos (op.10) que dedicou ao seu amigo Franz Liszt. O quarto desses estudos é um exercício de velocidade e destreza de mãos do pia- nista. Serguei Prokofiev (1891–1953) compôs o escândalo de experimen- talismo que na época foi Sarcasmes (op.17) entre 1912 e 1914. Em 1854 Johannes Brahms (1833–1897) compôs as suas Baladas para piano op. 10, uma obra de juventude em que contudo o singular talento de Brahms se revela já plenamente.

António Maria Cartaxo (n. 1987) foi aluno de António Menéres Barbosa, de Elisa Lamas e de Sergey Leschenko. Em 2006 conquistou o 1.º Prémio num concurso para jovens pianistas dos conservatórios de música da Bél- gica, sendo simultaneamente o único representante do primeiro ano e o concorrente mais novo. Trabalha desde 2011 com Pavel Gililov, em Colónia (Alemanha). Em 2012 concluiu o curso de piano do Conservatório de Bru- xelas na classe de Dominique Cornil e Sergey Leschenko.

Sala Principal I M/6 I 1H30 (c/interv.) abr 20 sáb 21h30

97 Foto © Rui Carlos Mateus Música

Janita Salomé

anita Salomé é um experimentalista multifacetado e versátil, um compo- sitor e cantautor de capacidades únicas. Dividido entre o culto do canto polifónico, a busca das suas raízes ancestrais e o uso das capacidades Jvocais que explora, tem criado diversos temas de matriz mediterrânica, a linha que unifica a sua obra.

João Eduardo Salomé Vieira nasceu na vila do Redondo em 1947. Janita, como veio a ficar conhecido, editou o seu primeiro álbum a solo,Melro , em 1978. Em 1983 edita A cantar ao Sol, em 1985 Lavrar em teu peito, e Olho de fogo em 1987. Depois de A cantar à Lua (1991), regressa com Raiano (1994). O disco Vozes do Sul foi distinguido com o Prémio José Afonso. Em 2004 surge Utopia, registo dos dois concertos de Vitorino e Janita Salomé em homenagem a Zeca Afonso. Seguem-se O vinho dos amantes (2007), Muxima: homenagem ao Duo Ouro Negro (2010) e Muxima ao vivo (2011) e Moda impura (2012), com Vitorino e Cantadores de Redondo.

Sala Principal I M/12 I 1h30 Mai 04 sáb 21h30

99 Intérpretes Catarina Molder (soprano), Carlos Guilherme (tenor), Manuela Teves (meio- soprano), Rui Baeta (barítono), e João Crisóstomo (piano)

Direcção cénica Caroline Bergeron e Catarina Santana Desenho de Luz Gi Carvalho Direcção de produção Nuno Barroso Produção Companhia de Ópera do Castelo Ópera Companhia de Ópera do Castelo Dias Europeus da Ópera 2013 Missão (im)possível Direcção artística de Catarina Molder

Companhia de Ópera do Castelo (COC) une-se ao TMJB para celebrar os dias europeus da ópera 2013, que envolve mais de cem teatros de ópera e companhias por toda a Europa. O tema A do certame deste ano é a ópera como divertimento e descoberta, encontrando-se em perfeita sintonia com este espectáculo, que pretende transportar o público para uma espécie de brincadeira e delírio operático, evocando os seus clichés, o seu repertório mais emblemático e a sua po- pularidade. Excertos de óperas de Mozart, Rossini, Verdi, Bizet, Offen- bach, Puccini e algum musical americano para variar, numa trama hilariante. Histórias de paixão ardente, de cantores líricos à desgarrada, de carmens e toreadores, de copos a mais, de barba por fazer, estrelas a brilhar e ne- gócios – interacção exigida. Companhia de Ópera do Castelo

Com direcção artística de Catarina Molder, a COC pretende levar a ópera a todos os espectadores, em formatos e espaços inovadores, contribuindo para a formação de novos públicos e para a renovação do mercado da ópera. Destacam-se as suas produções em português de A flauta mágica, de Mozart e La bohème de Puccini.

Sala Principal I M/12 I 1H00 Mai 11 12 sáb dom 21h30 16h00

101 Pedro Carneiro Música Orquestra de Câmara Portuguesa Beethoven trocado por miúdos Direcção musical e comentários de Pedro Carneiro Obras de Ludwig van Beethoven

obra de Ludwig van Beethoven (1770–1827), de importância equi- parada à de J.S. Bach para a História da música, constituí, tal como a do mestre barroco, a emanação levada à perfeição das obras A dos compositores precedentes. No entanto, e ao invés de Bach, Beethoven foi não só um homem do passado, transportando também com ele, em pleno Classicismo musical, o Romantismo que ainda haveria de vir, e cuja afirmação a sua obra mais tardia ilumina. O concerto, comentado, percorre trechos da obra sinfónica de Beethoven, entre os quais da Sinfonia No. 5 (aí brilham, eternas, as quatro mais famosas notas de sempre!), de- tendo-se ainda no Concerto para Violino e Orquestra em Ré Maior, Op. 61.

A Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP), criada em 2007 como or- questra residente do CCB, conta com uma formação de base constituí- da por 36 instrumentistas, sendo dirigida pelo maestro Pedro Carneiro (n. 1975), distinguido em 2011 com o Prémio Gulbenkian de Arte. Formação de referência no panorama musical português, indelevelmente associada aos Dias da Música, a OCP estreou-se internacionalmente em 2010, no City of London Festival.

Sala Principal I M/3 I 1h00 Mai 19 dom 16h00

103 Foto © André Nacho / Metropolitana Música Orquestra Académica Metropolitana Direcção musical de Jean-Marc Burfin Obras de Richard Wagner e Maurice Ravel

ichard Wagner (1813–1883) compôs a peça sinfónica O idílio de Siegfried (que dedicou à sua mulher Cosima, filha de Franz Liszt) an- tes ainda de concluir a ópera Siegfried, o terceiro dos quatro dramas Rlíricos que integram o monumento musical que constitui a tetralogia O anel do Nibelungo. A primeira execução de O idílio de Siegfried ocorreu em 1870, na manhã do 33º aniversário de Cosima, por uma pequena or- questra de apenas dezassete instrumentistas dirigidos por Wagner, vindo a ser publicamente tocada apenas em 1878, por uma formação aumentada para 35 músicos. Íntima e sentimental, sem relação com a grandiloquência das obras mais conhecidas de Wagner, evoca o nascimento de Siegfried, o filho do compositor nascido pouco tempo antes.

A Orquestra Académica Metropolitana (OAM), hoje uma formação sinfó- nica participada por cerca de 70 músicos, estreou-se em 1993, na sequên- cia da criação da Academia Superior de Orquestra – uma instituição única no país, destinada a formar músicos profissionais nas áreas de Instrumento e Direcção de Orquestra. Desde o seu início, a OAM é orientada por Jean- Marc Burfin, reconhecido pedagogo que é, simultaneamente, o seu maes- tro titular e director artístico. Discípulo, entre outros, de Pierre Boulez, dirigiu já importantes orquestras, caso da mítica Orquestra de Paris.

Sala Principal I M/6 I 1H30 Mai 24 sex 21h30

105 foto © Jorge Simão Música

Rodrigo Costa Félix

tradição vocal e instrumental dolorosamente nostálgica e fatalista do fado remonta aos dias nos quais Portugal era uma potência ma- rítima, culminando em meados do século XX com a imensamente A talentosa — e amada — Amália Rodrigues. Os actuais cantores de fado pós-Amália correm por vezes o risco de constituírem meras reencena- ções históricas. Mas o jovem Rodrigo Costa Félix coloca-se à margem de tudo isso, ao concentrar-se nas pequenas nuances da sua interpretação, ajudado por instrumentistas extremamente competentes. in The Atlantic

Rodrigo Costa Félix é um dos fadistas precursores do novo fado e um dos herdeiros da grande tradição masculina do fado lisboeta. Profissional desde os 17 anos, tem mantido uma carreira artística multifacetada, em Portugal e no estrangeiro. Lançou o seu primeiro CD, Fados d’alma, em 2008, ime- diatamente aclamado pela crítica e pelo público.

Sala Principal I M/6 I 1h30 jun 01 sáb 21h30

107 Abr eu / Met r o p olitana A n dr é James Judd Foto © Música Orquestra Metropolitana de Lisboa Direcção musical de James Judd (Programa a anunciar)

Orquestra Metropolitana de Lisboa volta ao palco do Teatro Municipal de Almada nesta temporada para um novo programa, dirigido por um dos mais requisitados maestros da actualidade. A James Judd tem estado presente nas grandes salas de música internacionais, sendo sempre notada a sua versatilidade e capacidade de comunicação com o público. Entre as orquestras que já regeu contam-se a Filarmónica de Berlim, a Filarmónica de Roterdão, a Orquestra Nacional de França, a Orquestra de Leipzig, a Royal Philharmonic, a Sinfónica de Londres, a Orquestra de Câmara Inglesa, a Orquestra Sinfónica da BBC ou a Sinfónica de Baltimore, entre muitas outras. Considerado um dos mais destacados intérpretes da música orquestral inglesa, Judd fez uma vasta colecção de gravações para reputadas etiquetas, diversas das quais com a New Zealand Symphony Orchestra, de que é Music Director Emeritus. Anteriormente tinha ocupado o cargo de Maestro Convidado Principal da Orchestre National de Lille (França) e foi Director Musical durante 14 anos da Florida Philharmonic Orchestra. É a segunda vez que dirige a Orquestra Metropolitana de Lisboa. António Diegues Ramos

Sala Principal I M/6 I 1h30 jun 07 sex 21h30

109 foto © Pedro Ferreira Música Fundação Calouste Gulbenkian Orquestra Gulbenkian Direcção musical de Felipe Rodriguez Obras de Barber, Mozart, Vivaldi e Tchaikovski

Adagio para cordas do norte-americano Samuel Barber (1910– 1981) é a própria imagem da desolação, numa das suas mais sublimes emanações, tanto quanto a tristeza pode ser simul- O taneamente bela e inquietante. O poema sinfónico para violino e orquestra As quatro estações de Antonio Vivaldi (1678–1741), integra Il cimento dell’armonia e dell’invenzione (O confronto entre a harmonia e a invenção), uma série de doze concertos compostos entre 1723 e 1725 pelo determinante nome do Barroco tardio no posterior desenvolvimento da música instrumental.

Felipe Rodriguez (n. 1982), virtuoso concertino da Orquestra Gulbenkian, ofereceu ao público de Almada em 2012 a sua interpretação emotiva e ge- nial de Las cuatro estaciones porteñas, no rearranjo do russo Leonid Desya- tnikov. Iniciando a sua formação musical aos sete anos de idade, passou pelos conservatórios de Las Palmas de Gran Canaria e de Madrid, tendo trabalhado com Yehudi Menuhin, Luciano Berio, Walter Levine ou Rainer Schmidt. Apresentou-se já como solista e músico de câmara nos EUA, na Alemanha, em Inglaterra, França, Itália, Suíça, Portugal e Espanha.

Sala Principal I M/6 I 2h00 (c/interv.) set 06 sex 21h30

111 Marcos Magalhães e Marta Araújo Música Os Músicos do Tejo Viagem pelo barroco europeu Direcção musical de Marcos Magalhães Solistas Ana Quintans e Fernando Guimarães

om um itinerário que passa por Nápoles, Londres, Coimbra, Lis- boa e Paris, o concerto abre com a frescura graciosa do tema de abertura da ópera buffa de G.B. Pergolesi (1710–1736) Lo Cfrate nnamurato. O dueto As steals the morn (primeiras palavras da cena 1 do V acto de A tempestade de Shakespeare), da ode pastoral L’allegro, il penseroso ed il moderato (1740) de G. F. Haendel (1685–1759), expressa a beleza de formas robustas da música do Barroco. È un folle, un vile affeto integra Alcina (1735), a mais sensual das óperas de Haendel. Da tempeste, da ópera Júlio César (1724), é uma das mais conhecidas árias de Haendel para soprano solista (no papel de Cleópatra). Verdadeiro ban- quete renascentista, a viagem revisita ainda Carlos Seixas (1704–1742), Francisco António de Almeida (1702–1755), Henry Purcell (1659–1695), André Cardinal Destouches (1672-1749) e Jean-Philippe Rameau (1683–1764).

Músicos do Tejo, projecto fundado em 2005 pelos cravistas Marcos Maga- lhães e Marta Araújo, tem contribuído para o desenvolvimento em Portugal do movimento da Música Antiga em instrumentos originais. Dois grandes cantores portugueses, cujas vozes brilham em todo o Mundo, tornam esta viagem imperdível.

Sala Principal I M/6 I 1H00 dez 14 sáb 21h30

113 Intérpretes Pequenos Cantores do Conservatório de Lisboa e Camerata de Lisboa Música

Conservatório de Lisboa Concerto de Natal Direcção de Inês Igrejas

ela variedade das suas expressões, bem como pela identidade reli- giosa notória em Portugal, a música ocupa um espaço privilegiado na nossa tradição. Estas, aqui presentes, estão adornadas de uma ad- Pmirável contemporaneidade, impressa através dos espíritos criativos de quatro compositores portugueses da actualidade – um valioso e inédito encontro entre a fusão das duas linguagens musicais e as vozes infantis.

Inês Igrejas

Os Pequenos Cantores do Conservatório de Lisboa são quarenta crian- ças e jovens entre os oito e os catorze anos. Fundado em 2009, o agru- pamento gravou em 2012, sob a direção da maestrina Joana Carneiro, o álbum Canções de Natal Portuguesas – que reúne canções inéditas dos compositores portugueses contemporâneos Carlos Marecos, Vasco Pe- arce de Azevedo, Sérgio Azevedo e João Madureira, escritas a partir de canções de Natal do cancioneiro tradicional português. Neste concerto, interpretarão alguns desses temas em estreia absoluta em Portugal, caso de Três canções alentejanas de Natal, Triste pastora, O sono do menino, ou ainda Fado de Natal, a que se acrescentam as bem conhecidas Entrai pastores, entrai, pastores do verde prado e Natal de Elvas.

Sala Principal I M/6 I 1h00 dez 21 sáb 16h00

115 Massimo Mazzeo Música

Divino Sospiro e Coro Gulbenkian Magnificat! Direcção musical de Massimo Mazzeo e Jorge Matta Obras de Vivaldi e Charles Avison

nome do compositor inglês Charles Avison (1709–1770) ficou para a posteridade grandemente graças a uma série de doze concertos que retomaram as perto de cinquenta sonatas para O cravo do excepcional compositor e virtuoso cravista e organista italiano Domenico Scarlatti. O padre veneziano Antonio Vivaldi (1678–1741) musicou o Salmo 127 do Livro dos Salmos, Nisi Dominus na liturgia cristã, celebrando com a eterna arte da música os movimentos da ascensão da fé no espírito dos homens. São também deste contemporâneo de Goldoni o Credo para coro e orquestra (1713–17) e o Magnificat para solistas, coro e orquestra (1739).

A Orquestra Barroca Divino Sospiro foi fundada em 2004 pelo músi- co italiano Massimo Mazzeo. Dedicada essencialmente à música antiga, o seu reportório abrange também os períodos clássico e romântico, com incursões pela música contemporânea. “Os Divino”, como por vezes são designados os seus músicos, têm-se apresentado nas mais importantes salas portuguesas, bem como no estrangeiro.

Sala Principal I M/6 I 1h10 (c/interv.) dez 22 dom 16h00

117 Timão de Atenas, de Shakespeare Teatro Municipal de Almada (2012) artes plásticas

119

Artes Plásticas Pintura Uma cena de papéis Exposição de Jorge Rodrigues

projecto Uma cena de papéis, realizado especificamente para o espaço da Galeria do TMJB, consiste num conjunto de pinturas sobre papel em que atmosferas e espaços de luz exteriores se O ligam e confundem com as luzes e espaços cénicos, criando, através do exercício da pintura, a possibilidade de situar, num lugar não específico, uma subtil ou evidente realidade atmosférica: a imagem de uma ilusão. As pinturas partem de um exercício de recriação da infinita paleta do céu, tornando-se progressivamente mais abstractas e bidimensionais. As cores, evanescentes, materializam-se – mas sempre num espaço ambíguo, sem começo nem fim.

Jorge Rodrigues (n. 1973) vive e trabalha em Lisboa. Em 2000 concluiu o Curso Avançado de Artes Plásticas do Ar.Co – Centro de Arte e Comunica- ção Visual. A sua obra já foi apresentada na exposição Prémio CELPA/VIEI- RA DA SILVA (2002), na Fundação Arpad Szenes Vieira da Silva, em Lisboa, na ARCO 2002-2006 e 2009, em Madrid, e na exposição Luz (2007), na Fundação EDP, em Lisboa. O seu trabalho faz parte das colecções Helga de Alvear e do Banco de España, das colecções da Galeria Filomena Soa- res, da Fundação EDP, da Fundação Arpad Szenes Vieira da Silva e da co- lecção António Cachola do Museu de Arte Contemporânea de Elvas, bem como da colecção do Hammersmith Hospital, em Inglaterra.

Galeria I M/3 19 JAN – 23 Mar Qui a Sáb das 18h00 às 20h00 Dom das 15h00 às 19h30 Em dias de espectáculo a galeria está aberta até às 22h00

121

Artes Plásticas Pintura Eclipse Exposição de Paulo Brighenti

clipse: Desenhos de grande escala: Falamos de atmosferas, de temperaturas... Algo semelhante a uma encenação irreconhecível a partir de um desenho que exerce violência sobre si mesmo. Nesta Eimpõe-se o segredo. É como se as suas personagens negassem a fala, como se estivessem perdidas no silêncio, na sua espécie de solidão lenta, de representação congelada. O olhar perde-se, apesar de nos surgir de frente. Como se se dedicassem a medir, indiferentes e inexpressivas, o momento antes de mover uma peça de xadrez. David Barro, in Paulo Brighenti, imagens para uma temperatura

Paulo Brighenti (n. 1968) vive e trabalha em Lisboa. Completou os seus estudos em Artes Visuais na Ar.Co, e expõe regularmente desde finais dos anos 90. Entre as suas exposições individuais, destacam-se: no means no, no CAV–Centro Artes Visuais de Coimbra; a sombra não chega para esta memória, na Galeria Pedro Oliveira, no Porto; Negativland, Galeria Baginski, em Lisboa; e is this desire?, na Galeria Porta 33, no Funchal. Participou ainda em várias exposições colectivas: Espectral, CGAC, em Santiago de Compostela; Arena, na Fundação Carmona e Costa; e A culpa não é minha – Obras na Colecção Cachola, Museu Colecção Berardo, entre outras.

Galeria I M/3 30 Mar – 22 Jun Qui a Sáb das 18h00 às 20h00 Dom das 15h00 às 19h30 Em dias de espectáculo a galeria está aberta até às 22h00

123

Artes Plásticas Pintura Crepúsculo Exposição de Inês A

endo por ponto de partida a literatura, a música e o teatro, a exposi- ção/instalação Crepúsculo é o resultado de uma exploração do es- paço através de um processo que revela o que não se vê, que mostra To que está escondido, que manifesta o que é sonhado: transforma- -se assim o concreto em miragem, o vislumbre em realidade.

Inês A (n. 1982) vive e trabalha entre Lisboa e Viena. É licenciada em Artes Plásticas (Pintura) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2007). O seu trabalho foi seleccionado para as Bienais de Cerveira e da Nazaré, em 2007, e esteve patente ao público em exposições como Alunos de Belas Artes na HP (2008), em Oeiras, O que é feito do Verão? (2009), no Centro Cultural de São Martinho do Porto, AAA - Abertura de ateliers de artistas, Chateau D’if (2011), em Lisboa, ou Un jour si blanc (2012), na Plataforma Revólver - Project 1. Em 2010 colaborou nos projectos Motion e Histórias do Castelo, de Bernardo Sassetti. Desde 2003, tem também de- senvolvido uma actividade constante na área da educação pela arte, e em 2008 e 2009 realizou um projecto de desenho no centro de Psicogeriatria do Hospital Júlio de Matos.

Galeria I M/3 29 Jun – 05 Out Qui a Sáb das 18h00 às 20h00 Dom das 15h00 às 19h30 Em dias de espectáculo a galeria está aberta até às 22h00

125

Artes Plásticas Vídeo / Instalação Intimidade Exposição de Susana Anágua e Sara Franqueira

ntimidade: Substantivo feminino, qualidade do que é íntimo, essencial. Substantivo essencial, lugar de silêncio onde muitas coisas acontecem. Substantivo de acontecimento, um grau de confiança a mais. Eu e a ISusana Anágua; a Sara Franqueira e eu; nós duas e August Strindberg, a nossa proposta e o vosso olhar. Uma exposição que respira teatro, um silêncio com ecos de palavras ditas como só uma intimidade pode criar. Uma proposta que cruza os universos da cenografia e das artes plásticas, do objecto e da imagem, da intuição do olhar e da evidência do material.

Susana Anágua e Sara Franqueira

Susana Anágua (n. 1976) tem uma Licenciatura em Artes Plásticas na ESTGAD, Caldas da Rainha (1998), e um MA em Digital Arts, pelo Cam- berwell College of Art de Londres (2004). Participou individualmente nas ex- posições Natureza Mecânica, Episódio 3 – A Queda do Simulacro, Project Room, ArteLisboa 07 (2007) e Nortless, Centro de Arte Moderna/Fundação Gulbenkian (2008), e colectivamente em: Opções e Futuro 2 (2006), Colec- ção PLMJ, Artcontempo, em Lisboa e MA Digital Arts, final show (2009), no Camberwell College of Art, Londres.

Sara Franqueira (n. 1979), licenciou-se em Arquitectura em 2004, e em 2010 fez o Mestrado em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras, cen- trando a sua investigação nas relações e contaminações entre a cenografia e as artes plásticas contemporâneas. Prossegue presentemente um Dou- toramento na mesma área. É autora de mais de trinta espaços cénicos, em locais como o Teatro da Trindade, o Teatro Maria Matos, o Teatro Taborda, o Teatro da Luz, o Museu da Marioneta ou o Centro Cultural da Malaposta.

Galeria I M/3 12 Out – 31 Dez Qui a Sáb das 18h00 às 20h00 Dom das 15h00 às 19h30 Em dias de espectáculo a galeria está aberta até às 22h00

127 Equipa do Teatro Municipal Joaquim Benite Informações e Serviços RESTAURANTE DO TEATRO COZINHA DE QUALIDADE A PREÇOS POPULARES!

Menu Almoço | 5,00 € Menu Jantar | 9,00 € Menu Teatro| 12,00 € Especialidades Cozido à Portuguesa | Coelho à Nini com Alecrim | Caril de Frango Festas de convívio, aniversários e grupos Horário Almoços - Ter a Dom, das 12h00 às 15h00 | Jantares - Ter a Sáb, das 19h00 às 21h30

INFORMAÇÕES E RESERVAS 212739360 | [email protected] BILHETEIRA CLUBE DE ESPECTÁCULO Sala GRUPOS AMIGOS Acomp. CA ADULTO JOVEM SÉNIOR

Timão de Atenas SP - 8 € 15 € 10 € 10 € 6 € Os gatos SN - 5 € 10 € 5 € 7 € 5 € Negócio fechado SE - 7 € 13 € 7 € 7 € 6 € O julgamento de Álvaro Cunhal SP - 7 € 13 € 7 € 7 € 6 € A purga do bebé SE - 7 € 13 € 7 € 7 € 6 € O pelicano SP - 7 € 13 € 7 € 7 € 6 € Falar verdade a mentir SE - 5 € 10 € 5 € 7 € 5 € Em direcção aos céus SP - 7 € 13 € 7 € 7 € 6 € Cavalo manco não trota SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Preocupo-me, logo existo SP 7 € 8 € 13 € 8 € 8 € 7 € Aldalberto Silva Silva SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Conversa com Homem-roupeiro SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Gil Vicente na horta SP 5 € 5 € 10 € 5 € 7 € 5 € Preçário 2013 Preçário A estalajadeira SP 7 € 8 € 13 € 8 € 8 € 7 € A elegante melancolia do crespúsculo SP 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Chão de água SP 6 € 7 € 13 € 7 € 7 € 6 € Oresteia SP 6 € 7 € 13 € 7 € 7 € 6 € Bucha e Estica SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Chove em Barcelona SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € O Ensaio ou Café dos Artistas SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Yerma SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Sabe Deus pintar o Diabo SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Salomé SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Dias felizes SP 7 € 8 € 13 € 8 € 8 € 7 € Ciclo Sala Experimental SE 5 € 5 € 5 € 5 € 5 € 5 € Fragile SP 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Vera Mantero, três solos SP 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € A sagração da Primavera SP 7 € 8 € 13 € 8 € 8 € 7 € Um gesto que não passa de um ameaça SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Vontade de ter vontade SE 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Muito chão SP 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Cinderela SP 13 € 15 € 25 € 20 € 20 € 15 € Sara Tavares SP 8 € 10 € 13 € 10 € 10 € 8 € A Criação SP 10 € 12 € 15 € 12 € 12 € 10 € UHF SP 7 € 12 € 15 € 12 € 12 € 10 € Orquestra Gulbenkian SP 7 € 12 € 15 € 12 € 12 € 10 € Norberto Lobo SP 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Lula Pena SP 6 € 8 € 13 € 8 € 8 € 6 € António Maria Cartaxo SP 6 € 7 € 10 € 7 € 7 € 6 € Janita Salomé SP 8 € 10 € 13 € 10 € 10 € 8 € Missão (im)possível SP 6 € 8 € 13 € 8 € 8 € 6 € Beethoven trocado por miúdos SP 6 € 8 € 13 € 8 € 8 € 6 € Orquestra Académica Metropolitana SP 6 € 8 € 13 € 8 € 8 € 6 € Rodrigo Costa Félix SP 7 € 9 € 13 € 9 € 9 € 7 € Orquestra Metropolitana SP 7 € 12 € 15 € 12 € 12 € 10 € Orquestra Gulbenkian SP 7 € 12 € 15 € 12 € 12 € 10 € Viagem pela música barroca europeia SP 7 € 9 € 13 € 9 € 9 € 7 € Concerto de Natal SP 5 € 5 € 10 € 5 € 7 € 5 € Magnificat! SP 7 € 12 € 15 € 12 € 12 € 10 € SP - Sala Principal | SE - Sala Experimental | SN - Sala de Ensaios 131 Clube de Amigos

Clube de Amigos do Teatro Municipal Joaquim Ben- ite foi criado em 1988, aquando da inauguração do antigo Teatro Municipal, em Maio desse ano. Formou- O -se na sequência e através da adaptação a Almada da anterior Associação de Espectadores do Grupo de Campolide, que financiou em 1977 a profissionalização do grupo no Teatro da Trindade, uma vez que, nessa altura, não havia qualquer subsídio. A ligação intensa do Teatro à comunidade acentuou-se com a in- auguração do novo TMA e o Clube de Amigos, núcleo central dos nossos espectadores, tem vindo a crescer de ano para ano. Informações Os membros do Clube de Amigos do Teatro Municipal Joaquim Benite têm direito a:

Assistir gratuitamente às produções anualmente apresentadas pela Companhia de Teatro de Almada e beneficiar de condições especiais na assistência a espectáculos de produções acolhidas

Obter descontos para os seus acompanhantes em todos os espectácu- los da CTA

Participar em reuniões de reflexão sobre a actividade do Teatro

Receber informação periódica detalhada sobre a programação e as iniciativas culturais

Ter prioridade na marcação de lugares

Apresentar propostas e sugestões críticas

Beneficiar de acordos de cooperação a estabelecer eventualmente com outras entidades

Beneficiar de 20% sobre o preço de Menu no Restaurante TMJB

A condição de membro do Clube de Amigos do TMJB obtém-se através da aquisição de um cartão anual com as seguintes modalidades:

BENEMÉRITO mínimo de 100 €

GERAL 40 €

JOVEM (até 25 anos) 25 €

SÉNIOR (maiores de 65 anos) 30 €

133 Clube de Amigos do

Desejo pertencer ao CLUBE DE AMIGOS do Teatro Municipal Joaquim Benite, de acordo com as condições da modalidade:

Benemérito GERAL 40€ JOVEM 25€ SÉNIOR 30€

NOME DATA DE NASCIMENTO PROFISSÃO

MORADA

LOCALIDADE CÓDIGO POSTAL

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Junto envio Cheque Vale Postal No valor de à ordem de Companhia de Teatro de Almada

Teatro Municipal Joaquim Benite Av. Prof. Egas Moniz 2804-503 | Tel.: 21 273 93 60 | www.ctalmada.pt Informações Serviço educativo Paralelamente às actividades de criação artística e de programação cultural, o Teatro Municipal Joaquim Benite oferece ainda ao público um largo conjunto de serviços.

Vindas colectivas de estudantes Durante todo o período de funcionamento do teatro desenvolve‑se um programa de colaboração com os estabelecimentos de ensino, que facilita aos estudantes a assistência aos espectáculos a preços especiais. Este programa inclui ainda a or- ganização de colóquios e acções de colaboração com as escolas, nomeadamente através do apoio técnico e artístico a grupos de teatro.

Contactos: Miguel Martins, Pedro Walter e João Farraia (Tel.: 21 273 93 60 | [email protected] ) Actividades para a infância Atelier de tempos livres O Teatro Municipal Joaquim Benite dispõe de um espaço de ATL que dinamiza um conjunto de ateliers de expressão artística para crianças dos 4 aos 12 anos. Horário: Terça a Sexta, das 18h às 20h. Aos Domingos o ATL funciona durante os espectáculos. Em dias de es- pectáculo o atelier permanece em funcionamento até ao final da sessão. Atelier de Expressão dramática O Teatro oferece aos mais novos um atelier formativo de expressão dramática, onde crianças dos 5 aos 12 anos têm a oportunidade de participar na produ- ção de pequenos espectáculos. Horário: Sábados, das 15h às 18h. Para além dos ateliers, o TMJB organiza festas de aniversário, aos fins-de-se- mana , com animação e lanche para as crianças. Visitas ao TMJB Membros do Clube de Amigos do TMJB, estudantes dos ensinos Primário, Básico, Secundário e Superior, membros de Colectividades e Associações, grupos de em- presas ou de grupos culturais ou desportivos podem organizar visitas colectivas ao TMJB. Estas visitas podem ser efectuadas todas as manhãs, de terça a sexta-feira, entre as 10H00 e as 13H00. As visitas tanto podem constituir um primeiro passo para a familiarização com o universo teatral como podem significar um complemen- to - antecipado - de um regresso, em grupo, para assistir a um espectáculo. As visitas são gratuitas e durarão cerca de uma hora. Número máximo de visitantes por sessão: 25 pessoas. As visitas devem ser marcadas com antecedência.

135 Horários dos Horários dos comboios Horário dos barcos autocarros (TST) (Fertagus) (Transtejo e Softlusa) Carreira 152 - Pç.ª de Espanha / Lisboa (Areeiro) >> Pragal Partidas Cais do Sodré Pç.ª S. João Baptista (Almada). Dias úteis Todos os dias Partidas de Lisboa | Almada Entre as 05H43 e as 01H28 Entre as 05H40 e a 01H40 Todos os dias entre 06H30 Três últimos comboios às 23H58, Três últimos barcos às 00H05, e as 00H45. 00H43 e 01H28. 01H00 e 01H40. Partidas de Almada | Lisboa Sábados, domingos e feriados Todos os dias entre 06H00 entre as 06H43 e as 00H43 Partidas Cacilhas e as 00H00. com intervalos de 30 minutos. Todos os dias Entre as 05H20 e a 01H20 Carreira 160 - Pç.ª do Areeiro / Pragal >> Lisboa Três últimos barcos às 00H05, Pç.ª S. João Baptista. Dias úteis 00H40 e 01H20. Partidas de Lisboa | Almada Entre as 05H49 e as 00H59 Todos os dias entre as 07H00 Três últimos comboios às 22H59, Horário do metro (MTS) e as 21H15. 23H59 e 00H59. Partidas de Almada | Lisboa Sábados, domingos e feriados Todos os dias Todos os dias entre as 06H00 Entre as 05H49 e as 00H09 Entre as 05H00 e as 02H00 e as 20H30. com intervalos de 30 minutos.

Carreira 176 - Cidade Univer- Setúbal >> Pragal sitária / Pç.ª S. João Baptista. Dias úteis Partidas de Lisboa Entre as 05H48 e as 00H18 Dias úteis Três últimos comboios às 22H18, Entre as 08H10 e as 20H20. 23H18 e 00H18. Sábados, domingos e feriados Sábados, domingos e feriados Entre as 15H00 e as 18H00. Entre as 05H58 e as 22H58 Partidas de Almada com intervalos de 1 hora. Dias úteis Entre as 06H45 e as 19H30. Pragal >> Setúbal Sábados, domingos e feriados Dias úteis Entre as 14H15 e as 17H15. Entre as 06H00 e a 01H45 Três últimos comboios às 00H15, 01H00 e 01H45. Sábados, domingos e feriados Entre as 07H00 e a 01H00 com intervalos de 30 minutos. Informações Informações úteis

Venda de bilhetes e reservas Horário da Bilheteira Terças e quartas, das 14h30 às 20h30 | Quartas (em dias de espectáculo), quin- tas, sextas e sábados, das 14h30 às 22h00 | Domingos, das 14h30 às 19h30. Nos espectáculos acolhidos, as reservas dos bilhetes são respeitadas até sete dias antes da sessão. Nos espectáculos da CTA, as reservas dos bilhetes são respeitadas até 24h antes do início da sessão.

Contactos Teatro Municipal Joaquim Benite | Av. Prof. Egas Moniz | 2804-503 Almada Tel.: 21 273 93 60 | Fax.: 21 273 93 67 E-mail: [email protected]

GPS Latitude 38.676238, Longitude -9.160173

Sítio da Companhia de Teatro de Almada www.ctalmada.pt

Facebook http://www.facebook.com/pages/Teatro-Municipal-de-Almada/138445747507

Cafetaria e bar A Cafetaria do Teatro Municipal Joaquim Benite inclui um serviço de jantar. O Bar do Teatro Municipal Joaquim Benite está também aberto de Terça a Sábado, das 14h30 às 23h00 e Domingos das 14h30 às 19h30, prolongando o período de funcionamento nos dias de espectáculo.

Acesso de pessoas condicionadas O TMJB está preparado para receber, nas suas salas, espectadores condicionados fisicamente, que tenham de deslocar-se em cadeiras de rodas. Há equipamentos especiais para acolher quem deles necessitar.

137 Espectáculos em digressão

A purga do bebé De Georges Feydeau Encenação Joaquim Benite Intérpretes Alberto Quaresma, Teresa Gafeira, André Gomes, entre outros. Duração 1h00 | Espectáculo para salas convencio- nais. Pequeno formato.

Alberto Quaresma protagoniza uma delirante comé- dia sobre os contratempos da vida em família, da autoria do grande mestre do vaudeville francês: Ge- orges Feydeau. Canções de Brecht De Bertolt Brecht | Tradução Yvette K. Centeno Intérpretes Luís Madureira e Teresa Gafeira (voz) e Jeff Cohen ou Francisco Sassetti (piano) Duração 1h00 | Espectáculo para salas convencio- nais. Pequeno formato.

A actriz Teresa Gafeira, o tenor Luís Madureira e Jeff Cohen ou Francisco Sassetti, ao piano, empreendem – em português – uma viagem músico-dramática pela poesia de Brecht, musicada por vários compo- sitores. Falar verdade a mentir De Almeida Garrett Encenção Rodrigo Francisco Intérpretes Alberto Quaresma, João Farraia, Mi- guel Martins, Maria Frade, entre outros Duração 0h50 | Espectáculo para salas convencionais. Pequeno formato, adaptável a vários espaços

Nesta divertida peça de Garrett, que integra os curri- cula escolares, o jovem Duarte ludibria o futuro genro com as suas mentiras – que afinal são verdades, gra- ças ao auxílio do expedito José Felix. Os gatos A partir de O livro dos gatos de T.S.Eliot Dramaturgia e encenação de Teresa Gafeira Intérpretes João Farraia, Joana Francampos, Miguel Martins e Pedro Walter

A nova criação da CTA para a infância inspira-se no célebre O livro dos gatos, de Eliot, propondo às crian- ças uma inesperada e divertida incursão no mundo dos misteriosos felinos, que nos são tão familiares e, ao mesmo tempo, tão estranhos. Informações

Verdi que te quero Verdi Encenação Teresa Gafeira Intérpretes Pedro Walter, João Maionde, Joana Francampos e João Farraia

Quatro desastrados cozinheiros, que cantam, dançam, e manipulam marionetas, introduzem os mais novos no universo musical do grande compositor italiano Giuseppe Verdi.

O barbeiro de Sevilha A partir de Rossini Encenação Teresa Gafeira Intérpretes João Farraia, Pedro Walter e Joana Francampos

Num teatrinho que reproduz o palco do Teatro Nacio- nal de S. Carlos representa-se O barbeiro de Sevilha, de Rossini. Os cantores são fantoches e os técnicos do teatro são os actores. O conflito entre ambos reve- la-nos os bastidores de um teatro. O fantasma das melancias De Clyesen, Espina e Acuña Encenação Teresa Gafeira Intérpretes João Farraia, Pedro Walter e Joana Francampos

Espectáculo colorido e divertido, que apela à interacti- vidade com as crianças, é composto por três histórias infantis: A sopa de pedras, O galo com dentes e Churrin- che contra o fantasma. Dona raposa e outros animais Baseado nas fábulas de La Fontaine Encenação Teresa Gafeira Intérpretes João Farraia, Pedro Walter e Joana Francampos

Teresa Gafeira encena Dona Raposa e outros animais, espectáculo baseado nas fábulas de La Fontaine, em que miúdos de todas as idades se podem divertir com a matreirice sábia de animais (bem) falantes.

139 Companhia de Teatro de Almada CRL

Director artístico Rodrigo Francisco Director financeiro Carlos Galvão Consultores técnicos José Carlos Nascimento e Jean-Guy Lecat Consultor de arte André Gomes Assessor jurídico Pedro Noronha Director técnico Guilherme Frazão Secretária da direcção Ana Patrícia Santos

Produção Paulo Mendes Mestre aderecista Paulo Horta Técnicos António Antunes, João Martins, Miguel Laureano e Rosa Poeira (guarda-roupa)

Gestão Financeira Susana Fernandes Técnica oficial de contas Adelaide Sayanda Contabilidade Sofia Trindade

Edições Sarah Adamopoulos Design João Gaspar e Sónia Benite Audiovisuais Cristina Antunes e Jorge Freire Fotografia Rui Carlos Mateus

Serviço de público João Farraia, Miguel Martins e Pedro Walter Serviço educativo Teresa Gafeira e Carla Dias

Bilheteira Sofia Bravo Coordenador de frentes de sala Joaquim Silva Bar Miglena Vancheva Restaurante Firmina Albasini, Rosângela Vervloet, Diana Alexe, Maria Silva e Sónia Freire Recepção Fábio Ferreira, Henrique Balola e Pedro Gonçalves Limpeza Rodica Alexe e Valdmira Neto Estagiárias Carina Verdasca e Raquel Diniz