Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade De Ciências Econômicas Programa De Pós-Graduação Em Estudos Estratégicos Internacionais
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS ESTRATÉGICOS INTERNACIONAIS LUÍSA CALVETE PORTELA BARBOSA A ZONA DE PAZ E COOPERAÇÃO DO ATLÂNTICO SUL (ZOPACAS): CRIAÇÃO, PROJEÇÃO E DIMENSÃO POLÍTICO-ESTRATÉGICA Porto Alegre 2015 LUÍSA CALVETE PORTELA BARBOSA A ZONA DE PAZ E COOPERAÇÃO DO ATLÂNTICO SUL (ZOPACAS): CRIAÇÃO, PROJEÇÃO E DIMENSÃO POLÍTICO-ESTRATÉGICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Estudos Estratégicos Internacionais. Orientadora: Profa. Dra. Analúcia Danilevicz Pereira Porto Alegre 2015 LUÍSA CALVETE PORTELA BARBOSA A ZONA DE PAZ E COOPERAÇÃO DO ATLÂNTICO SUL (ZOPACAS): CRIAÇÃO, PROJEÇÃO E DIMENSÃO POLÍTICO-ESTRATÉGICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Estudos Estratégicos Internacionais. Aprovado em: Porto Alegre, 28 de janeiro de 2015. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________________ Profa. Dra. Analúcia Danilevicz Pereira - Orientadora UFRGS ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Paulo Gilberto Fagundes Visentini UFRGS ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Fábio Costa Morosini UFRGS ______________________________________________________________________ Profa. Dra. Kamilla Raquel Rizzi UNIPAMPA A Alan, Anaelize e Maria Conceição. AGRADECIMENTOS Inicialmente, exponho minha gratidão ao apoio financeiro advindo da CAPES. Este auxílio garantiu o bom cumprimento deste trabalho e a participação em eventos da área. Mais do que isto, a assistência recebida materializa o interesse em fomentar uma academia brasileira de Relações Internacionais, algo que motiva a qualquer jovem pesquisador. Também agradeço à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e ao Programa de Pós Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais por oferecerem a oportunidade de ensino superior público e de alto padrão, permitindo que eu continuasse meus estudos e realizasse esta pesquisa. Neste sentido, gostaria de agradecer aos professores que tive contato durante meu mestrado. Este trabalho é fruto das ideias trazidas por eles, de maneira generosa, em palestras, salas de aula e conversas informais. Dentre estes professores agradeço aos professores Dr. Paulo Visentini e Dr.ª Analúcia Pereira por me incentivarem a pesquisar e a me manter curiosa, além de servirem de inspiração. Em especial, agradeço a minha orientadora, a Prof.ª Dr.ª Analúcia Danilevicz Pereira, pela disponibilidade e generosidade em dividir seu conhecimento comigo, dentro e fora das reuniões de orientação. Entendo ser o Programa de Pós Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais um conjunto de pessoas e seus esforços, logo, agradeço também a secretaria do Pós pelo auxílio constante desde a inscrição no processo seletivo. Ainda, agradeço aos meus colegas pela amizade e pela troca de conhecimentos. Aqui eu não poderia deixar de agradecer meus colegas Anselmo Otávio, Erik Ribeiro, Guilherme Ziebell e Nilton Cardoso. À estes, caríssimos, colegas devo a qualidade deste trabalho, dado que nunca hesitaram em trocar bibliografia e seus conhecimentos comigo. Também agradeço ao colega de longa data, Fernando Scholz, pelo apoio constante e motivação. Agradeço também o apoio e paciência dos meus pais, cujo trabalho eu dedico, e de minhas irmãs, Camilla e Aline. Assim como ao companheirismo inabalável dos meus amigos mais próximos, ainda do tempo da escola e graduação. Obrigada a Gisele Branda e ao Rafael Klein, amigos com quem divido a opção pela carreira acadêmica, e cujo suporte é fundamental. A mí solo me mataréis, pero mañana volveré y seré millones. Túpac Katari (1781) We look at Africa not so much because we care to understand Africa, but because looking at Africa is one way of defining ourselves. In the nineteenth century we found Africa‘s ‘primitive’ societies as reassuring proof of how much we had evolved. Today we find in Africa an equally reassuring indication of how ‘modern’ we are. Patrick Chabal (1997) RESUMO Em meio ao Sistema Internacional bipolar que marcou o período da Guerra Fria, a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul era criada em 1986. Tratava-se da concretização de uma importante iniciativa diplomática do Brasil, a qual resultara de um longo processo de aproximação e estreitamento dos laços com o continente africano. Desta forma, as duas margens do Atlântico Sul se uniam em busca de uma voz comum, que respondesse à expansão naval das potências ocidentais e da transferência de tensões decorrentes da Guerra Fria para a região. Com o final da Guerra Fria, a ZOPACAS diminuía de importância quando comparada a crise econômica e política que se instaurava nos países em desenvolvimento. Após anos sem reuniões, o agrupamento é revitalizado em Luanda, em 2007. E é neste sentido que este trabalho intenta desvendar o motivo por detrás da revitalização da Zona. Lançando mão de revisão bibliográfica e análise documental, defende-se que a ZOPACAS consolida a busca por autonomia dos países ribeirinhos. E que, assim como em 1986, também em 2007 houve reação das potências ocidentais ao estabelecimento do agrupamento. Palavras-chave: ZOPACAS. Atlântico Sul. África do Sul. Angola. Brasil. Nigéria. ABSTRACT Amongst the bipolar International System that marked the Cold War period, the Zone of Peace and Cooperation of the South Atlantic was created in 1986. It was the realisation of a major diplomatic initiative of Brazil, which had resulted from a long process of rapprochement and the establishment of closer ties with the African continent. Thus, both sides of the South Atlantic were united in the pursuit of a common voice that could answer the naval expansion of the western powers and tensions arising from the transfer of the Cold War to the region. With the end of the Cold War, ZPCSA has its importance diminished when compared to the economic and policy crisis that took place in the developing countries. After years without meetings, the grouping is revitalized in Luanda, in 2007. In this sense, this work attempts to unravel the motive behind the revitalization of the Zone. Resorting to literature review and document analysis, it is argued that ZPCSA consolidates the search for autonomy of the riparian countries. In addition, just as in 1986 in 2007 there is a reaction of the Western powers to the establishment of the grouping. Keywords: ZPCSA. South Atlantic. South Africa. Angola. Brazil. Nigeria. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Territórios Europeus no Oceano Atlântico Sul .......................................................44 Figura 2 - Mapa das Reivindicações Territoriais na Antártida ...............................................53 Figura 3 - Divisão da África antes e depois do Africom..........................................................65 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABACC Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares ABC Agência Brasileira de Cooperação ACSS Africa Center for Strategic Studies Africom Comando dos Estados Unidos para África AGOA African Growth and Opportunity Act AOPIG Grupo para a Iniciativa da Política do Petróleo Africano APEX Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos APRM African Peer Review Mechanism APS Africa Parternship Station ASA Cúpula América do Sul-África AUC Autodefensas Unidas de Colombia BM Banco Mundial BRIC Brasil, Rússia, Índia e China BRICS Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul CEAO Comunidade Econômica da África Ocidental CEDEAO Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental CEEAC Comunidade Econômica dos Estados da África Central CGG Comissão do Golfo da Guiné CIDA Canadian International Development Agency CIDDEMA Comissão Inter-Ministerial para a Delimitação e Demarcação dos Espaços Marítimos de Angola CNA Congresso Nacional Africano CNUDM Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar COMMONWEALTH Commonwealth of Nations CONSAS Constellation of Southern African States COPAX Conselho de Paz e Segurança e Estabilidade da África Central COSATU Congress of South African Trade Unions CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa CRESMAC Centro Regional de Segurança Marítima na África Central CSL Cooperative Security Locations CSS Cooperação Sul-Sul ECOMOG Economic Community of West African States Monitoring Group ELN Unión Camilista - Ejército de Liberación Nacional EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária END Estratégia Nacional de Defesa EUA Estados Unidos da América FAC Fundo para Assistência e Cooperação FAO Fishery and Aquaculture Statistics FARC Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo FHC Fernando Henrique Cardoso FIFA Federação Internacional de Futebol FMI Fundo Monetário Internacional FNLA Frente de Libertação de Angola FRELIMO Frente de Libertação de Moçambique GEAR Growth, Employment and Redistribution Programme GWVSA Global West Vessel Specialist Agency IBAS Índia, Brasil e África do Sul IED Investimentos Externos Diretos IILP Instituto Internacional da Língua Portuguesa IMO International Maritime Organization INTERPOL International Criminal Police Organization IORA Indian Ocean Rim Association ISDCSC Inter-State Defence and Security