Anarquia Viva! Trais Para a Linguagem Política Anarquista Hoje

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Anarquia Viva! Trais Para a Linguagem Política Anarquista Hoje coleção de ideias. As ideias anarquistas são sérias e sofistica- das como também fluidas e em constante desenvolvimento. O conteúdo das ideias anarquistas centrais mudam de uma gera- ção para outra, e apenas pode ser entendido no contexto dos movimentos e culturas nos e pelos quais foi expresso. Para mapear as ideias do movimento anarquista con- temporâneo, o Capítulo 2 aponta três temas que parecem cen- Anarquia Viva! trais para a linguagem política anarquista hoje. O primeiro é a rejeição de todas as formas de dominação, um termo que inclui Política Antiautoritária as variadas instituições e dinâmicas sociais – na verdade, a da Prática para a Teoria maior parte dos aspectos da sociedade moderna – e que anar- quistas procuram desvelar, desafiar, erodir e, por fim, derrubar. O segundo é o ethos da ação direta, que enfatiza a intervenção não-mediada para confrontar injustiças e construir alternativas URI GORDON ao capitalismo – nas formas destrutivas e defensivas como sa- 2008 botagem industrial ou ocupação de florestas, ou construtivas e possibilitadoras como centros sociais, jardins comunitários ou cooperativas. A ideia de ação direta também está relacionada com a ênfase na “política prefigurativa”, ou a realização e ex- pressão dos valores anarquistas nas próprias atividades e estru- turas do movimento. Por fim, a diversidade é por si mesma um valor central do anarquismo hoje, tornando os objetivos do mo- vimento bastante abertos. A diversidade deixa pouco espaço para noções como fechamento revolucionário ou esquemas e projetos detalhados para uma sociedade livre. Ao invés disso, tradução Editora Subta modos não-hierárquicos e anárquicos de comportamento e or- 2015 ganização são estimados como um potencial sempre presente de interação social aqui e agora – uma “revolução na vida coti- diana”. De onde vem essas culturas e ideias? Talvez não seja surpreendente que o anarquismo contemporâneo é apenas em pequena medida uma continuação direta dos movimentos anar- quistas do século XIX e início do século XX, os quais foram efetivamente apagados da cena política no fim da Segunda Guerra Mundial. Em vez disso, as raízes das redes anarquistas contemporâneas podem ser encontradas nos processos de inter- 12 to para os capítulos 3 a 6, onde o verdadeiro caldo começa – Este livro pode ser baixado gratuitamente em este livro também é uma forma de aprender sobre anarquismo e https://www.we.riseup.net/subta/anarquia-viva explorar as ideias que mais caracterizam as redes de ação direta hoje. Ainda assim, o maior objetivo é contribuir para a teoria anarquista, sem ter que pedir desculpas por isso. O Capítulo 1 oferece uma estrutura básica para pensar sobre anarquismo, não em termos do seu conteúdo, mas em ter- mos de que tipo de coisa é o anarquismo. Proponho entendê-lo pelo menos como três coisas. Primeira, o anarquismo é um mo- vimento social contemporâneo, composto por uma densa rede de pessoas, grupos de afinidade e coletivos que se comunicam e coordenam intensivamente, às vezes globalmente, e criam in- úmeros projetos contínuos e ações diretas. O que às vezes pode ser confuso sobre o movimento anarquista é que ele é comple- tamente decentralizado e interligado – toda atividade normal- mente acontece sem cadastramento formal ou fronteiras organi- zacionais fixas. Segunda, anarquismo é um nome para uma cultura po- lítica intrincada que dá vida a essas redes e preenche-as com conteúdo – refiro-me aqui a uma família de orientações com- partilhadas sobre como fazer e falar sobre política e como viver a vida cotidiana. Algumas das principais características desta cultura são: Um repertório compartilhado de ações políticas baseadas em ação direta, construção de alternativas de base, sensibiliza- ção de comunidade e enfrentamento. Formas de organização compartilhadas – descentralizadas, horizontais e que buscam o consenso. Ampla expressão cultural em áreas tão diversas como arte, música, roupas e alimentação, frequentemente associada a pro- eminentes subculturas ocidentais. Linguagem política compartilhada que enfatiza a resistên- cia ao capitalismo, ao Estado, ao patriarcado e mais generica- mente à hierarquia e à dominação. A linguagem política anarquista, por sua vez, expressa um terceiro sentido do anarquismo – o anarquismo como uma 11 orgulho, uma responsabilidade desnecessária ou um acessório insignificante. Seus eufemismos são vários: antiautoritário, au- tônomo, horizontal ... mas você reconhece quando vê, e a anar- Conteúdo quia está em todo lugar. Cheguei na Europa em outubro de 2000. Aparentemen- Notas sobre a edição em português ..................................... 1 te, meu propósito era de fazer um PhD em ética ambiental, mas Agradecimentos ................................................................... 3 os protestos contra o FMI/Banco Mundial em Praga tinham Introdução ............................................................................ 7 acabado de acontecer, o burbúrio anticapitalista estava palpável no ar, e eu queria muito me meter naquilo. Tinha feito um pou- 1 O que Move o Movimento? co de ativismo pela paz e pelo meio ambiente em Israel, e tinha Anarquismo como Cultura Política ..................................... 21 lido meus Marx, Marcuse e Kropotkin. Em seguida, estava num encontro ativista para relatar o ocorrido em Praga, e den- 2 Anarquismo Reloaded tro de poucas semanas já estávamos organizando uma manifes- Convergência de Redes e Conteúdo Político ....................... 45 tação do lado de fora do auditório de Oxford, onde o antigo chefe do FMI, Michel Camdessus, estava sendo homenageado. 3 Poder e Anarquia E logo acabei fazendo muito mais ativismo que estudando. Me Des/igualdade + In/visibilidade na Política Autonomista ... 73 envolvi mais e mais nas redes alternativas sobre globalização e fiz bastante do que xs ativistas sarcasticamente chamavam de 4 Paz, Amor e Molotovs “pular de uma cúpula a outra”. Experimentei o gás lacrimogê- Anarquismo e Violência Revisitados ................................... 115 nio de Nice, fui encurralado em Londres e escapei por pouco de uma surra bem feia em Gênova. Depois do 11 de setembro 5 Ludditas, Hackers e Jardineirxs (2001), apareceram os movimentos antiguerra e cada vez mais Anarquismo e Política Tecnológica ..................................... 157 a divisão entre reformistas e revolucionárixs estava ficando mais clara. Pela mesma época, me dei conta que o que eu esta- 6 Pátria va fazendo não era negligenciar meus estudos. Poderia facil- Anarquia e a Luta Conjunta Palestina/Israel ....................... 199 mente construir meu ativismo como trabalho de campo, e real- mente orientar meu trabalho acadêmico pelas necessidades dxs 7 Conclusão ......................................................................... 233 ativistas. Este livro é o resultado disso. Anarquia Viva! é um livro anarquista sobre anarquismo. Bibliografia ......................................................................... 237 Ele explora o desenvolvimento de grupos anarquistas, ações e ideias nos últimos anos, e procura demonstrar o que uma teoria baseada na prática pode alcançar quando aplicada aos debates e dilemas centrais do movimento hoje. Embora o conteúdo inte- ressará mais a anarquistas e outras pessoas familiarizadas com o assunto – às quais eu provavelmente recomendaria pular dire- 10 ções? Será que podemos esperar que levem em conta as mudanças climáticas quando não sabem se esse é ou não um problema sério para se debater, como mostram seus próprios documentos vazados? Esta marcha é apenas o primeiro passo. Precisamos fazer mais coisas já que as marchas são frequentemente ignora- das: lembrem das mega-marchas contra a guerra do Iraque. O G8 tem que receber uma mensagem que elxs não pode- rão ignorar. Elxs não podem nos ignorar quando bloqueamos as estradas para o seu campo de golf, atrapalhando o seu encontro e dizendo com nossos corpos no que acreditamos - um mundo melhor. Entretanto, não precisamos pedir ao G8 para criarem um mundo melhor. Podemos começar agora mesmo, por exemplo, com milhares de pessoas se juntando para mostrar soluções práticas aos problemas globais numa ecovila afastada da estrada para Gleneagles - baseada em cooperação e respeito pelo planeta. Começando hoje podemos nos responsabilizar pelas nossas ações e pelo mundo que herdaremos amanhã. Todxs nós po- demos fazer a História. No caso de alguém não ter notado, o anarquismo está vivo e es- perneando. A última década mais ou menos assistiu ao ressurgi- mento do movimento anarquista global numa escala e níveis de unidade e diversidade não vistos desde os anos 1930. Dos cen- tros sociais anti-capitalistas e fazendas eco-feministas a organi- zação de comunidades, bloqueio de cúpulas internacionais, ações diretas diárias e websites e publicações massivas – a anarquia vive no centro do movimento global que diz: “outro mundo é possível”. Longe do fim da história prevista em 1989, a circulação e difusão da política e das lutas anarquistas – prin- cipalmente em países de capitalismo avançado – tiveram uma grande força na resistência ao neoliberalismo e à Guerra Per- manente3. O A-na-bola [a-word] em si pode ser uma fonte de 3 Conceito que remete à situação de guerra constante sem perspectivas de acabar. Também pode descrever uma situação de tensão que poderá escalar a qualquer momento para uma guerra. (wikipedia.org) 9 com mais do que câmeras de pneu infladas. Pelo caminho, al- guém picha num muro: Anarquistas=2 : Polícia=0. De volta à A9, centenas de pessoas estão obstruindo a Notas sobre a edição
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