Ordinária - CD
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DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA REVISÃO E REDAÇÃO SESSÃO: 071.3.52.O DATA: 20/04/05 TURNO: Vespertino TIPO DA SESSÃO: Ordinária - CD LOCAL: Plenário Principal - CD INÍCIO: 14h TÉRMINO: 20h09min DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR PARA REVISÃO Hora Fase Orador 14:18 PE ÁLVARO DIAS 14:30 PE LUIZ BASSUMA 17:00 GE ANTONIO CARLOS MENDES THAME Obs.: CÂMARA DOS DEPUTADOS Ata da 071ª Sessão, em 20 de abril de 2005 Presidência dos Srs. ................................................................... ................................................................... ................................................................... ................................................................... ................................................................... ................................................................... ................................................................... ................................................................... ................................................................... ................................................................... ................................................................... ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.: Severino Cavalcanti José Thomaz Nonô Ciro Nogueira Inocêncio Oliveira Nilton Capixaba Eduardo Gomes João Caldas Givaldo Carimbão Jorge Alberto Geraldo Resende Mário Heringer CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 071.3.52.O Tipo: Ordinária - CD Data: 20/4/2005 Montagem: 4176/4171 I - ABERTURA DA SESSÃO O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Havendo número regimental, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. II - LEITURA DA ATA O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Passa-se à leitura do expediente. O SR. ..........................................................., servindo como 1° Secretário, procede à leitura do seguinte III - EXPEDIENTE 3 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 071.3.52.O Tipo: Ordinária - CD Data: 20/4/2005 Montagem: 4176/4171 O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Finda a leitura do expediente, passa-se ao IV - PEQUENO EXPEDIENTE Concedo a palavra ao Sr. Deputado Dr. Rosinha. 4 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 071.3.52.O Tipo: Ordinária - CD Data: 20/4/2005 Montagem: 4176/4171 O SR. DR. ROSINHA (PT-PR. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna na sessão de hoje para informar que ontem, na cidade de Curitiba, foi realizado um movimento público pela Associação Comercial do Paraná. Creio que foi a primeira manifestação realizada, na sua história, contra impostos. Em primeiro lugar, quero dizer que toda manifestação pública é democrática. Mas o mérito dessa está equivocado, porque a Associação não pede justiça tributária; pede, sim, redução de impostos. No País quem paga é o povo, o cidadão consumidor, uma vez que as empresas repassam os custos para as mercadorias. Os manifestantes pediam redução de impostos, mas esses são necessários para que se faça justiça social. Portanto, a manifestação deveria ter sido no sentido de se fazer justiça tributária e social. Justiça tributária significa diminuir os impostos sobre consumo, que são muito altos em nosso País. A tributação do capital, da renda e do patrimônio propiciam a justiça social, ampliação dos serviços de saúde e educação, com distribuição indireta de renda. Ainda não foram fechados os dados relativos ao montante do Produto Interno Bruto de 2004, o que se dá em torno de junho ou julho, mas, quando comparamos os percentuais em relação ao PIB de 2002, no Governo Fernando Henrique Cardoso, constatamos que a relação Produto Interno Bruto/tributos era maior do que no Governo Lula, em 2003. Tenho absoluta certeza de que em 2004 acontecerá o mesmo. Portanto, a Associação Comercial do Paraná tem o objetivo de manter os privilégios dessa classe da população em detrimento da justiça social. 5 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 071.3.52.O Tipo: Ordinária - CD Data: 20/4/2005 Montagem: 4176/4171 A reforma tributária é necessária. Deve-se debater como e de quem cobrar impostos e a forma de distribuir melhor a renda. Não estava na pauta da manifestação a distribuição dos tributos. Sabemos que os Municípios estão aviltados e com grande dificuldade de cumprir seu papel e seus programas, porque para eles a distribuição de recursos caiu muito. Vamos debater os tributos, mas com justiça na sua cobrança, na distribuição e no atendimento à população. Por que, durante o Governo anterior, quando os impostos eram maiores, aqueles não se manifestaram publicamente? Por que se manifestam agora, quando o próprio Governo já está preocupado com essa situação? Tanto é que a Lei de Diretrizes Orçamentárias já mostra que é uma preocupação do Governo Lula dar um basta ao crescimento da carga tributária. Mas isso não foi mostrado na manifestação de Curitiba. O Governo reconhece que o Brasil é o 18º país a cobrar os mais altos impostos e na proporcionalidade PIB/tributos, mas o que vimos ontem foi mera manifestação de rua desse setor privilegiado contra este Governo que está procurando fazer a justiça distributiva. Outro assunto, Sr. Presidente. Novamente é 19 de abril. Novamente comemoramos o Dia do Índio no nosso País. Tudo seria uma repetição de anos anteriores — sessões de homenagem, justos protestos dos representantes dos povos indígenas e das entidades que os defendem — não fosse a tão esperada homologação da Área Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. 6 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 071.3.52.O Tipo: Ordinária - CD Data: 20/4/2005 Montagem: 4176/4171 Até o ano passado, a comemoração do Dia do Índio começava, invariavelmente, com a cobrança ao Governo para homologar a demarcação dessa área. Há cerca de 30 anos os povos Macuxi, Wapixana, Ingarikó, Taurepang e Patamona perseveram na luta pelo direito de posse sobre a área, território que ocupam desde tempos imemoriais. Ao lado dos índios, de maneira solidária, tem atuado a FUNAI e organizações não-governamentais tais como: CIR (Conselho Indígena de Roraima), CIMI (Conselho Indigenista Missionário), a Diocese de Roraima (na figura pioneira de Dom Aldo Mongiano e, depois, de Dom Aparecido José Dias), apenas para citar algumas. A área foi homologada de forma contínua, excetuando as estradas e o Parque Nacional do Monte Roraima (mantido como Unidade de Conservação), as bases militares, o núcleo urbano do Município de Uiramutã, os leitos das rodovias e as linhas de transmissão de energia elétrica. Os 1.747.464 hectares serão de posse definitiva dos 14 mil índios da região. Mas, como bem salientou o Presidente Lula, o resgate da dívida com os indígenas vai muito além da demarcação e homologação das terras. Os passos seguintes envolvem os vários Ministérios afetos à questão. Caberá ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e ao INCRA viabilizar a concessão de 150.000 hectares de terras da União para a implementação dos Pólos de Desenvolvimento Agropecuário no Estado de Roraima; reassentar as famílias intrusadas na reserva indígena e apresentar o Georeferenciamento e Regularização Fundiária de Imóveis Rurais. Ao Ministério da Justiça, além da Portaria de demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, caberá realizar em conjunto com a FUNAI o plano de transferência dos ocupantes não-índios e a regularização fundiária das terras 7 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 071.3.52.O Tipo: Ordinária - CD Data: 20/4/2005 Montagem: 4176/4171 indígenas existentes em Roraima. Ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão caberá instalar a Gerência Regional da Secretaria de Patrimônio da União no Estado de Roraima, para garantir a regularização da ocupação de imóveis nesta unidade federativa, entre outras atribuições. Ao Ministério da Saúde e FUNASA, cabem a manutenção e ampliação das equipes de Saúde Indígena no Estado, para garantir a atenção integral nas aldeias e imediatamente, a implantação de Sistemas de Abastecimento de Água e melhoria dos 12 Postos de Saúde e da Casa de Saúde Indígena, além da implantação de Sistemas de Saneamento Ambiental para as áreas indígenas e para os municípios. Também os Ministérios do Meio Ambiente e do Turismo têm a obrigação de desenvolver medidas para dar sustentação e continuidade à homologação da área Raposa Serra do Sol. Sras. e Srs. Deputados, este Parlamentar quer expressar seu reconhecimento aos esforços desenvolvidos pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário e pelo Presidente do INCRA, no sentido de viabilizar o reassentamento dos agricultores não-índios fora da área indígena. A retirada desses colonos se dará no prazo de um ano, a partir da data da homologação. Os rizicultores que exploram terras dentro da área indígena também serão transferidos depois de um ano, tempo necessário para a colheita da safra atual. A União indenizará as benfeitorias construídas de boa fé pelos 63 pecuaristas e rizicultores. Lamentavelmente, o Governador de Roraima se declarou em luto e protocolou ação popular contra o decreto de homologação, esquecendo-se da diferença existente entre terra e território indígena, este último englobando não só a extensão fundiária, mas as áreas de caça, pesca, perambulação e espaço da realização cultural indígena. 8 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 071.3.52.O Tipo: Ordinária - CD Data: 20/4/2005 Montagem: 4176/4171 Na Sessão Solene realizada no plenário