ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Setor Habitacional Arniqueira

Diagnóstico Ambiental Parte B/C Volume I/V

Abril de 2018

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL - GDF COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA – TERRACAP

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL EIA/RIMA

REGULARIZAÇÃO DO SETOR HABITACIONAL ARNIQUEIRA- SHAr

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

VOLUME- I/V Parte B/C

Abril de 2018

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Governo do Distrito Federal - GDF

Governador Agnelo dos Santos Queiroz Filho

Vice-Governador Tadeu Filippelli

Presidente da Terracap - PRESI Abdon Henrique de Araújo

Diretor de Gestão Administrativa e de Pessoas - DIGAB Israel Marcos da Costa Brandão

Diretor Financeiro - DIFIN Luciano Menezes da Abreu

Diretor de Desenvolvimento e Comercialização – DICOM Deusdeth Cadena Finotti

Diretor de Prospecção e Formatação de Novo Empreendimentos – DIPRE José Humberto Matias de Paula

Diretor Técnico e de Fiscalização – DITEC Jorge Guilherme de Magalhães Francisconi

Diretoria Extraordinária de Regularização Fundiária de imóveis Rurais Moisés José Marques

Diretoria Extraordinária de Habitação e Regularização Fundiária de Interesse Social - DEHAB Luciano Nóbrega Queiroga

Executora do Contrato Thais Waldow de Souza Barros

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

EQUIPE TÉCNICA - TOPOCART Topografia e Engenharia S/C Coordenador Geral JORGE MAURO BARJA ARTEIRO Eng° de Geodésia e Topografia - CREA - RJ 22.012/D

Coordenador do Plano de Mobilização LUCIANA NUNES FONSECA Socióloga 4527009 – GO

Coordenador de Projeto Responsável pelos Estudos Ambientais LEONAM FURTADO PEREIRA DE SOUZA Eng°. Agrônomo CREA - 1792 D - PA

Coordenador do Levantamento Aerofotogramétrico Topográfico Cadastral CLAÚDIO MÁRCIO QUEIROZ Eng° Agrimensor. CREA – MG 37.435/D - MG

Coordenador do Estudo e Projeto de Topografia e Urbanismo GUNTER ROLAND KOHLSDORF SPILLER MSc. Arquiteto e Urbanista. CREA - DF - 9.945/D

Coordenador do Projeto de Infraestrutura e Estudo Geotécnico PLÍNIO FABRICIO MENDONÇA FRAGASSI Eng° Civil. CREA – MG - 68431/D - MG

Equipe Técnica - Meio Ambiente

ALEXANDRO PIRES Eng° Florestal. CREA - DF 14393/D

CLAÚDIO DA CRUZ ARAÚJO Geógrafo. CREA - DF-17673/D

CRISTIANO NASCIMENTO GOUVEIA Eng° Ambiental. CREA - DF –19023/D

ELIZABETH MARIA MAMEDE DA COSTA Msc. Bióloga. CRBIO - DF - 103241/4-D

FRANCISCO DE SOUSA FILHO Eng°. Agrônomo e Florestal. CREA - DF - 7321/D

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

GIULLIANO GONÇALVES CONDE Eng°. Ambiental. CREA - DF - 13428/D

HUGO DO VALE CHRISTOFIDIS Eng°. Civil – CREA – DF 12436/D

JÂNIO MONTEIRO DOS SANTOS Geólogo. CREA - DF -15362/D

LEONAM FURTADO PEREIRA DE SOUZA Eng°. Agrônomo CREA - 1792 D - PA

RAFAEL LUIZ FONSECA Biólogo CRBIO – DF80441/4-D

Equipe Técnica - Engenharia

ABNER LIMA DE OLIVEIRA Eng°. Civil. CREA - DF 9725/D

ALEXANDRE DA SILVA MATOS Eng°. Civil – CREA - MG 120581/LP

FRANKS ALVES FONSECA Eng°. Civil. CREA - TO 204751/D

MARCELO DA COSTA TEIXEIRA Eng°. Civil. CREA - CE - 14754/D

PLÍNIO FRAGASSI Eng°. Civil. CREA – MG 68431/D

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Equipe Técnica - Topografia e Geodésia

ARLINDO VERZEGNASSI FILHO Eng°. Agrimensor. CREA - SP 5060497290/D

CLAÚDIO MÁRCIO QUEIROZ Eng°. Agrimensor – CREA-MG 37.435/D

GIVANILDO JOSÉ SILVA Eng°. Agrimensor – CREA-DF 11.522/D

Equipe Técnica - Urbanismo

ANA CAROLINA FAVILLA COÍMBRA Arquiteta Urbanista. CREA - DF - 12499/D

BRENNO WELDER MARTINS Arquiteto Urbanista. CREA - DF - 12366/D]

GEANINA PICADO MAYKALL MSc. Arquiteta Urbanista JOSÉ JANDSON QUEIROZ MSc. Arquiteto Urbanista. CREA - CE - 10805/D

Equipe Técnica - Social

ANA SELMA CAMPOS Assistente Social

ARICEYA DA CONCEIÇÃO SILVA SOUZA Assistente Social CRESS 2501 2° Região 4527009 – GO

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

EDILSON TEIXEIRA DE SOUZA Arqueólogo

LUCIANA NUNEZ Socióloga 4527009 – GO

Equipe Técnica - Economia

CLARIVAL MOREIRA PAIVA Economista. CRE - 2.215/2

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO Volume I Parte A e B – Diagnóstico Socioambiental Parte C – Avaliação de Impacto Ambiental

Volume II

Prognóstico de Impacto Ambiental do Setor Habitacional Arniqueira (SHAr)

Volume III

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

Volume IV

Planos e Programas de Monitoramento Ambiental do Setor Habitacional Arniqueira (SHAr).

Volume V

Anexos: Mapas, Estudos Geotécnicos, Outorgas ADASA, cartas consultas das concessionárias de serviços públicos, Cálculo de escoamento superficial das águas pluviais, cadastro de lançamento de água pluvial, certificado de análise da qualidade da água e estudos de caso (compensação florestal).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

SUMÁRIO

5.3. MEIO ANTRÓPICO ...... 331 5.3.1. Formação socioespacial ...... 333 5.3.2. Diagnóstico Urbanístico ...... 381 5.3.3. Áreas Protegidas ...... 400 5.3.4. Equipamentos Públicos Comunitários ...... 334 5.3.5. Equipamentos Públicos Urbanos e Infraestrutura existente...... 356 Drenagem Pluvial ...... 362 Sistemas de Abastecimento de Água ...... 475 Sistema de Esgotamento Sanitário...... 478 Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos ...... 480 Sistema de Energia Elétrica ...... 493

5.4. Considerações finais sobre o diagnóstico socioambiental do setor habitacional arniqueira 501

5.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...... 510

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

ÍNDICE DE FIGURAS Figura 387: Fotografias antigas da construção de Brasília – Imagem 1 ...... 334 Figura 388: Fotografias antigas da construção de Brasília – imagem 2 ...... 334 Figura 389: Operários (Candangos) trabalhando na construção de Brasília – Imagem 1 ...... 335 Figura 390: Operários (Candangos) trabalhando na construção de Brasília – Imagem 2 ...... 335 Figura 391: Remanescentes (rugosidades) de chácaras na AII...... 336 Figura 392: Remanescentes (rugosidades) de chácaras na AII...... 336 Figura 393: Bolsão de Pobreza- SHAr ...... 376 Figura 394: Bolsão de Pobreza- SHAr ...... 377 Figura 395: Planta do trecho VIII da proposta de Jaime Lerner para a Via Interbairros...... 386 Figura 396: Vista aérea, em maquete eletrônica, do trecho...... 386 Figura 397: Vista da área da praça, gerada a partir de maquete eletrônica...... 387 Figura 398: Planta do trecho VIII da proposta de Jaime Lerner para a Via Interbairros...... 387 Figura 399: Perfil de ocupação a partir das faixas leste/oeste, vistas no sentido norte/sul, proposto no Estudo Urbanístico da Expansão Urbana de Águas Claras, de 2001/2002...... 389 Figura 400: Perfil de ocupação a partir do gradiente topográfico visto no sentido leste/oeste, proposto no Estudo Urbanístico da Expansão Urbana de Águas Claras, de 2001/2002...... 389 Figura 401: Afloramentos rochosos de quartzito, com marcas de retiradas, localizados durante as pesquisas arqueológicas no sítio DF-PA-11 (Fotos: Acervo IGPA/UCG) – Imagem 1 ...... 411 Figura 402: Afloramentos rochosos de quartzito, com marcas de retiradas, localizados durante as pesquisas arqueológicas no sítio DF-PA-11 (Fotos: Acervo IGPA/UCG) – Imagem 2 ...... 411 Figura 403: Instrumentos líticos (plano-convexos), da Tradição Itaparica, recuperados durante as pesquisas arqueológicas no sítio DF-PA-11 (Fotos: Acervo IGPA/UCG) – Imagem 1 ...... 412 Figura 404: Instrumentos líticos (plano-convexos), da Tradição Itaparica, recuperados durante as pesquisas arqueológicas no sítio DF-PA-11 (Fotos: Acervo IGPA/UCG) – Imagem 2 ...... 412 Figura 405: Pontos vistoriados na poligonal de estudos (Fonte: Google Earth, 2011)...... 413 Figura 406: Áreas de uso residencial – Imagem 1 ...... 414 Figura 407: Áreas de uso residencial – Imagem 2 ...... 414 Figura 408: Áreas de uso residencial – Imagem 3 ...... 414 Figura 409: Áreas de uso residencial – Imagem 4 ...... 414 Figura 410: Áreas de uso público e coletivo – Imagem 1 ...... 415 Figura 411: Áreas de uso público e coletivo – Imagem 2 ...... 415 Figura 412: Áreas de uso comercial – Imagem 1 ...... 415 Figura 413: Áreas de uso comercial – Imagem 2 ...... 415 Figura 414: Áreas de uso religioso – Imagem 1 ...... 415 Figura 415: Áreas de uso religioso – Imagem 2 ...... 415 Figura 416: Movimentação de solo na área em estudo – Imagem 1 ...... 416 Figura 417: Movimentação de solo na área em estudo – Imagem 2 ...... 416 Figura 418: Áreas com remoção da cobertura vegetal, jardinagem e agricultura – Imagem 1 ...... 416 Figura 419: Áreas com remoção da cobertura vegetal, jardinagem e agricultura – Imagem 2 ...... 416 Figura 420: Áreas com remoção da cobertura vegetal, jardinagem e agricultura – Imagem 3 ...... 417

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Figura 421: Áreas com remoção da cobertura vegetal, jardinagem e agricultura – Imagem 4 ...... 417 Figura 422: Vias não pavimentadas – Imagem 1 ...... 331 Figura 423: Vias não pavimentadas – Imagem 2 ...... 331 Figura 424: Vias pavimentadas e sistema de distribuição de energia – Imagem 1 ...... 331 Figura 425: Vias pavimentadas e sistema de distribuição de energia – Imagem 2 ...... 331 Figura 426: Via férrea, no interior da poligonal – Imagem 1 ...... 331 Figura 427: Via férrea, no interior da poligonal – Imagem 2 ...... 331 Figura 428: Detalhe de depósitos tecnógenos (lixo doméstico e rejeito de construção civil), localizados no interior da poligonal – Imagem 1 ...... 332 Figura 429: Detalhe de depósitos tecnógenos (lixo doméstico e rejeito de construção civil), localizados no interior da poligonal – Imagem 2 ...... 332 Figura 430: Detalhe de depósitos tecnógenos (lixo doméstico e rejeito de construção civil), localizados no interior da poligonal – Imagem 3 ...... 332 Figura 431: Detalhe de depósitos tecnógenos (lixo doméstico e rejeito de construção civil), localizados no interior da poligonal – Imagem 4 ...... 332 Figura 432: Áreas remanescentes alteradas – Imagem 1 ...... 333 Figura 433: Áreas remanescentes alteradas – Imagem 2 ...... 333 Figura 434: Áreas remanescentes alteradas – Imagem 3 ...... 333 Figura 435: Áreas remanescentes alteradas – Imagem 4 ...... 333 Figura 436: Universidades na AII - Águas Claras – Imagem 1 ...... 335 Figura 437: Universidades na AII - Águas Claras – Imagem 2 ...... 335 Figura 438: Unidades escolares na AII - Águas Claras – Imagem 1 ...... 335 Figura 439: Unidades escolares na AII - Águas Claras – Imagem 2 ...... 335 Figura 440: Unidades escolares na AII – Guará – Imagem 1 ...... 336 Figura 441: Unidades escolares na AII – Guará – Imagem 2 ...... 336 Figura 442: Centro de Assistência Social e Colégio/Faculdade na AII – Guará – Imagem 1 ...... 336 Figura 443: Centro de Assistência Social e Colégio/Faculdade na AII – Guará – Imagem 2 ...... 336 Figura 444: Unidades escolares na AII - Núcleo Bandeirantes – Imagem 1 ...... 336 Figura 445: Unidades escolares na AII - Núcleo Bandeirantes – Imagem 2 ...... 336 Figura 446: Unidades escolares na AII – Taguatinga – Imagem 1 ...... 337 Figura 447: Unidades escolares na AII – Taguatinga – Imagem 2 ...... 337 Figura 448: Universidades na AII – Taguatinga – Imagem 1 ...... 337 Figura 449: Universidades na AII – Taguatinga – Imagem 2 ...... 337 Figura 450: Unidades de Saúde na AII – Guará – Imagem 1 ...... 338 Figura 451: Unidades de Saúde na AII – Guará – Imagem 2 ...... 338 Figura 452: Unidades de Saúde na AII – Taguatinga – Imagem 3 ...... 339 Figura 453: Unidades de Saúde na AII – Taguatinga – Imagem 4 ...... 339 Figura 454: Unidades de Saúde na AII - Taguatinga – Imagem 5 ...... 339 Figura 455: Unidades de Saúde na AII – Taguatinga – Imagem 6 ...... 339 Figura 456: Unidades de Segurança na AII – Guará – Imagem 1 ...... 340 Figura 457: Unidades de Segurança na AII – Guará – Imagem 2 ...... 340 Figura 458: Unidades de Segurança na AII – Guará – Imagem 3 ...... 340 Figura 459: Unidades de Segurança na AII – Guará – Imagem 4 ...... 340

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Figura 460: Unidades de Segurança na AII – Taguatinga ...... 341 Figura 461: Vias Urbanas; SHAr...... 350 Figura 462: Vias Urbanas; SMPW – Trecho 03...... 351 Figura 463: Vias Urbanas; SMPW – Trecho 03...... 351 Figura 464: Escola infantil particular – Vila Areal – RA III ...... 355 Figura 465: Colégio Criativo (escola particular – infantil e fundamental), no SMPW ...... 355 Figura 466: Posto Policial – PMDF na EPVP (SMPW) ...... 355 Figura 467: Igreja Católica no SMPW (frente à via EPVP) ...... 356 Figura 468: Estação Bernardo Sayão, da extinta RFFSA ...... 356 Figura 469: Divisão da água precipitada em dois cenários...... 363 Figura 470: Comparação entre tubulações de sistemas de drenagem urbana ...... 364 Figura 471: Divisão das sub-bacias...... 366 Figura 472: Localização da sub-bacia 01 ...... 368 Figura 473: Localização da caneleta na sub-bacia 01...... 369 Figura 474: Canal a céu aberto paralelo à EPNB...... 370 Figura 475: Deslocamento da ala de lançamento...... 370 Figura 476: Lançamento do canal visto do alto do pontilhão...... 371 Figura 477: Erosão na margem do córrego , próxima ao pontilhão da linha férrea. .. 371 Figura 478: Lançamento do canal...... 372 Figura 479: Lançamento em dias de chuva...... 372 Figura 480: Curva acentuada no canal...... 373 Figura 481: Erosão na curva...... 373 Figura 482: Localização da sub-bacia 02 ...... 374 Figura 483: Localização de Dissipador da Sub-bacia 02...... 375 Figura 484: Via com declividade acentuada...... 376 Figura 485: Início de erosão em vias não pavimentadas...... 376 Figura 486: Via sem saída com declividade acentuada...... 377 Figura 487: Estragos no pavimento causados pela chuva...... 377 Figura 488: Ponto de lançamento de rede clandestina...... 378 Figura 489: Rede clandestina mal executada...... 378 Figura 490: Erosão causada por redes de drenagem irregulares...... 379 Figura 491: Placa com alerta de perigo implantada pelo GDF...... 379 Figura 492: Sistema de drenagem pluvial em colapso...... 380 Figura 493: Rede danificada e erosão em estágio inicial...... 380 Figura 494: Grade suspensa devido à erosão...... 381 Figura 495: Muro suspenso...... 381 Figura 496: Proteção feita por moradores. No local existia um muro que caiu devido à erosão. .... 382 Figura 497: Poste que caiu após a ação da erosão...... 382 Figura 498: Vista frontal da erosão. Muro da casa está condenado...... 383 Figura 499: Fundação do muro exposta. Muro condenado...... 383 Figura 500: Moradores sem acesso as suas residências...... 384 Figura 501: Rua intransitável...... 384

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Figura 502: Erosão e assoreamento no encontro dos córregos. Ponto 92, parcial 20/22 – PRAD coordenada UTM X = 179399.8411 / Y = 8243480.5998...... 385 Figura 503: Localização da sub-bacia 03...... 386 Figura 504: Poço de Visita (PV) oficial existente...... 387 Figura 505: Assoreamento do lançamento...... 387 Figura 506: Assoreamento do dissipador de impacto...... 388 Figura 507: Vista geral do local...... 388 Figura 508: Erosões no córrego Vicente Pires avançam a cada período chuvoso, colocando em risco várias residências. Ponto 82, Janela de Ampliação 18/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 182640.3985 / Y = 8243962.0100...... 389 Figura 509: Erosões no córrego Vicente Pires já comprometem residências. Ponto 81, Janela de Ampliação 18/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 182628.1375 /Y = 8243995.1651...... 389 Figura 510: Erosões e assoreamento. Ponto 82, Janela de Ampliação 18/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 182604.8386 / Y = 8243986.0909...... 390 Figura 511: Localização da sub-bacia 04...... 391 Figura 512: Rede de drenagem pluvial irregular executada de maneira incorreta...... 392 Figura 513: Lançamento inadequado seguido de erosão da margem...... 392 Figura 514: Lançamento sem dissipador de impacto causando erosões...... 393 Figura 515: Bueiro celular de concreto. Desnível, erosões e falta de manutenção...... 393 Figura 516: Juntas das aduelas de concreto não foram protegidas...... 394 Figura 517: Localização da sub-bacia 05...... 395 Figura 518: Lançamento da rede. Águas coletadas na ADE de Águas Claras...... 396 Figura 519: Erosões nas laterais das paredes...... 396 Figura 520: Dissipador de impacto. Erosões também neste ponto...... 397 Figura 521: Localização da sub-bacia 06...... 398 Figura 522: Rede de drenagem e sinalização irregulares e mal executadas...... 399 Figura 523: Rede de drenagem clandestina mal executada...... 399 Figura 524: Rede de drenagem clandestina mal executada...... 399 Figura 525: Surgência de água sob o muro de contenção...... 400 Figura 526: Localização da sub-bacia 07...... 401 Figura 527: Entrada de condomínio SHA Conjunto 05 Chácara 47...... 402 Figura 528: Tubos de concreto dispostos na calçada...... 402 Figura 529: Tubos de concreto comprados pelos moradores...... 402 Figura 530: Lançamentos de redes de esgoto diretamente na rede de drenagem pluvial irregular. Coordenada UTM X = 178213.9899 / Y = 8244572.1423...... 403 Figura 531: Tubos de concreto já estão posicionados para serem assentados...... 403 Figura 532: Placa da TERRACAP alertando para a proibição de construção ou venda de terreno. .. 404 Figura 533: Caminho natural da água superficial...... 404 Figura 534: Além de irregular, a execução da vala não segue parâmetros mínimos de qualidade e segurança...... 405 Figura 535: Erosão causada pela execução da vala...... 405 Figura 536: Canalização de nascente...... 406

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Figura 537: Água das nascentes é captada irregularmente por moradores...... 406 Figura 538: Água proveniente de nascente causando erosões próximo às residências...... 406 Figura 539: Volume expressivo de águas de nascentes...... 407 Figura 540: Canal que drena a área em análise...... 407 Figura 541: Canal passa debaixo de residências...... 408 Figura 542: Vista do canal após passar debaixo de residências...... 408 Figura 543: Muro derrubado por chuvas fortes...... 409 Figura 544: Caixa de passagem a jusante do canal...... 409 Figura 545: Após o canal, a água é conduzida através de tubos de concreto...... 410 Figura 546: Muro destruído pelas chuvas...... 410 Figura 547: Existência de redes de drenagem pluvial sob as residências...... 411 Figura 548: Erosão causada pela rede irregular. Ponto 58, Janela de Ampliação 12/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas...... 411 Figura 549: Lançamento irregular...... 412 Figura 550: Boca de lobo com abertura excessiva e perigosa...... 412 Figura 551: Falta de drenagem pluvial causa erosões na via...... 413 Figura 552: Água escoa superficialmente...... 413 Figura 553: Água que escoa superficialmente pela via são captadas por estas bocas de lobo...... 414 Figura 554: Localização da sub-bacia 08...... 415 Figura 555: Ponto próximo à interferência entre o córrego Arniqueira e a linha férrea, onde ocorrem alagamentos constantes...... 416 Figura 556: Condições estruturais satisfatórias...... 416 Figura 557: Localização da sub-bacia 09...... 417 Figura 558: Pontilhão do córrego Vereda da Cruz no cruzamento da DF-079 (EPVP)...... 418 Figura 559: Pontilhão do córrego Vereda da Cruz no cruzamento com a DF-079 (EPVP)...... 418 Figura 560: Lançamento direto no córrego causando erosão na margem. Ponto 10, Janela de Ampliação 05/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas...... 419 Figura 561: Obra inacabada. Carreamento de material de construção para o leito do córrego. Na lateral do muro em gabião verifica-se a existência de entulho...... 419 Figura 562: Guias de meio fio espalhadas pela obra. No canto inferior esquerdo observa-se barras de aço expostas...... 420 Figura 563: Erosão no talude da rodovia...... 420 Figura 564: Água percorrendo fora da caixa coletora. Verifica-se erosão nas laterais da caixa...... 421 Figura 565: Compactação de aterro executado próximo a caixa coletora - risco de danificação, cujas marcas no solo indicam uso de equipamento pesado próximo à caixa coletora...... 422 Figura 566: Falta de rejuntamento entre os tubos indicando que o restante da rede também pode estar...... 422 Figura 567: Lançamento executado por moradores...... 423 Figura 568: Lançamento executado por moradores: dispositivo irregular e fora dos padrões...... 423 Figura 569: Dispositivo com má qualidade de execução e com materiais impróprios...... 424 Figura 570: A erosão neste local avançou muito em direção às residências...... 424 Figura 571: Neste local os moradores afirmaram que a rede de drenagem foi executada com tubo PVC DN=150 milímetros, o que confirma a necessidade de uma nova rede de drenagem pluvial. . 425

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Figura 572: Rede de drenagem pluvial executada com tubo PVC. Fora do padrão...... 425 Figura 573: Boca de lobo. Fora do padrão e danificada...... 426 Figura 574: Solução adotada por moradores para escoar a água do fundo dos lotes para a rua. ... 426 Figura 575: Solução adotada por moradores para escoar a água para a rua...... 427 Figura 576: Entrada do canal. Residências construídas ao longo de seu percurso...... 427 Figura 577: Canal com estrutura danificada...... 428 Figura 578: Lançamento de água através de canal. Material inapropriado para este tipo de estrutura...... 428 Figura 579: Erosão causada pelo lançamento do canal...... 429 Figura 580: Possível local para passagem de tubos de concreto...... 429 Figura 581: Rampas de garagem podem ser alternativas para a passagem rede de drenagem pluvial...... 430 Figura 582: Rede de drenagem clandestina passa dentro do terreno...... 430 Figura 583: Uma futura rede de drenagem se torna inviável devido a interferências...... 431 Figura 584: Localização da sub-bacia 10...... 432 Figura 585: Localização da sub-bacia 11...... 433 Figura 586: Erosão no córrego Águas Claras. Figura obtida dentro da área do parque...... 434 Figura 587: Estragos causados pelas chuvas...... 434 Figura 588: Localização da sub-bacia 12...... 435 Figura 589: Proteção feita por morador para evitar alagamento...... 436 Figura 590: Proteção feita por morador para evitar alagamento...... 436 Figura 591: Águas subterrâneas coletadas...... 437 Figura 592: Localização da sub-bacia 13...... 438 Figura 593: Lançamento da rede no córrego Águas Claras...... 439 Figura 594: Margens do córrego Águas Claras sob o pontilhão da EPVP...... 440 Figura 595: Vão entre as duas pistas da EPVP sobre o córrego Águas Claras...... 440 Figura 596: Rede de drenagem da EPVP lançada incorretamente na margem da via...... 441 Figura 597: Desenho esquemático de uma sarjeta (TOPOCART)...... 445 Figura 598: Desenho esquemático de uma boca-de-lobo (TOPOCART)...... 445 Figura 599: Exemplo de lançamento em área verde...... 446 Figura 600: Figura de pavimento intertravado realizado no interior de condomínio...... 446 Figura 601: Exemplo de reservatório de detenção...... 447 Figura 602: Croqui de bacia de detenção enterrada (PDDU-DF)...... 448 Figura 603: Modelo em corte de microreservatório para pequenas vazões (TOPOCART)...... 448 Figura 604: Detalhamento de áreas no cálculo do coeficiente de escoamento superficial...... 451 Figura 605: Exemplo de planilha de dimensionamento dos reservatórios de detenção...... 453 Figura 606: Delimitação das Bacias Hidrográficas da Unidade Hidrográfica do Riacho Fundo...... 459 Figura 607: Delineamento do caminho mais longo de uma gotícula de água em cada bacia hidrográfica dos afluentes do córrego Vicente Pires...... 459 Figura 608: Visualização do arranjo do modelo hidrológico para a geração dos cenários estudados...... 462 Figura 609: Exemplo de dados obtidos com a execução do perfilamento Laser...... 468 Figura 610: Seções transversais dos afluentes do córrego Vicente Pires...... 469

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Figura 611: Seções transversais do córrego Vicente Pires...... 469 Figura 612: Assoreamento do Lago Paranoá. Detalhe para a Bacia do Riacho Fundo...... 475 Figura 613: Sistema de Abastecimento de Água...... 476 Figura 614: Sistema Produtor e Distribuidor do Rio Descoberto...... 477 Figura 615: Localização do Aterro Controlado do Jóquei...... 484 Figura 616: Fluxograma das principais entradas de resíduos no aterro do Jóquei...... 485 Figura 617: Principais áreas de disposição de resíduos do Aterro do Jóquei...... 486 Figura 618: Disposição de resíduos sólidos em contêineres (Setor Habitacional Arniqueira - SHAr)...... 488 Figura 619: Disposição de resíduos sólidos em contêineres (Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS)...... 488 Figura 620: Disposição de resíduos sólidos em lixeira (Setor de Mansões - SMPW Trecho 03)...... 489 Figura 621: Disposição de resíduos sólidos em contêineres, acúmulo de lixo ao lado...... 489 Figura 622: Disposição de resíduos sólidos em lixeira, acúmulo de lixo ao lado...... 490 Figura 623: Disposição de resíduos sólidos em terreno baldio...... 490 Figura 624: Disposição de resíduos sólidos em terreno baldio...... 491 Figura 625: Esquema genérico do PEV médio, conforme PDRS-DF (TC/BR e GDF, 2008c)...... 492 Figura 626: Diagrama Geoelétrico da área de estudo e entorno (CEB, 2009, ADAPTADO)...... 495 Figura 627: Subestação Núcleo Bandeirante (CEB) – 69 kV/13,8 kV. Coordenada UTM X = 182891.0382 / Y = 8244102.4156...... 496 Figura 628: Subestação Águas Claras (CEB) - 138/13,8 kV...... 497 Figura 629: Linhas de Transmissão – 138 kV...... 497 Figura 630: Rede secundária de iluminação pública subterrânea na Rodovia DF-079...... 498 Figura 631: Rede secundária de iluminação pública subterrânea na Rodovia DF-079...... 498 Figura 632: Rede secundária de iluminação pública junto à linha férrea no SMPW...... 499 Figura 633: Rede secundária no interior dos condomínios...... 499 Figura 634: Rede secundária no interior dos condomínios...... 500 Figura 635: Rede secundária no interior dos condomínios...... 500 Figura 636: Áreas destinadas ao Parque no Setor Habitacional Arniqueira...... 504

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 52: População por grupo de idade em Águas Claras ...... 348 Gráfico 53: População por grupo de idade em Águas Claras ...... 359 Gráfico 54: População por grupo de idade em Águas Claras ...... 373 Gráfico 55: Tempo de Residência nos SHAr, SMPW - Trecho 3 e SHBS - DF; 2011 ...... 375 Gráfico 56: Uso do Domicílio...... 378 Gráfico 57: Condição de Ocupação ...... 379 Gráfico 58: Padrão Construtivo ...... 379 Gráfico 59: Satisfação com a Moradia. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais em estudo (2011)...... 380 Gráfico 60: Satisfação com a vizinhança...... 380 Gráfico 61: Tipo de Moradia...... 381 Gráfico 62: Criação de Animais...... 381 Gráfico 63: Existência de Escolas...... 342 Gráfico 64: Qualidade da Escola...... 343 Gráfico 65: Existência de Posto de Saúde...... 343 Gráfico 66: Qualidade do Posto de Saúde...... 344 Gráfico 67: Existência de Posto Policial...... 345 Gráfico 68: Existência de Ronda Policial...... 345 Gráfico 69: Existência de Segurança no Bairro ou Proximidades...... 346 Gráfico 70: Existência de Agência de Correios...... 347 Gráfico 71: Existência de Transporte Público...... 348 Gráfico 72: Qualidade do Transporte Público...... 348 Gráfico 73:Tipos de Vias...... 349 Gráfico 74: Características das Vias Urbanas...... 349 Gráfico 75: Existência de Problemas de Tráfego...... 350 Gráfico 76: Existência de Saneamento Básico...... 357 Gráfico 77: Abastecimento de Água...... 358 Gráfico 78: Esgotamento Sanitário...... 358 Gráfico 79: Qualidade do Saneamento Básico...... 359 Gráfico 80: Possui Caixa D`água...... 359 Gráfico 81: Existência de Drenagem Pluvial...... 360 Gráfico 82: Tipos de Drenagens Pluviais...... 360 Gráfico 83: Sistema de Coleta de Lixo...... 361 Gráfico 84: Coleta de Lixo...... 362 Gráfico 85: Descarga córrego Vicente Pires confluência córrego Águas Claras (TOPOCART, 2010). 439 Gráfico 86: Precipitação x Duração Unitária de uma chuva de 15 minutos...... 461 Gráfico 87: Seção transversal do corte ID 7974...... 470 Gráfico 88: Seção transversal do corte ID 6634...... 470 Gráfico 89: Seção transversal do corte ID 5119...... 471 Gráfico 90: Seção transversal do corte ID 0844...... 471 Gráfico 91: Áreas das APP’s no SHAr ...... 503

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 92: Número de Lotes por Área...... 332 Tabela 93: Número de Questionários Aplicados por Área...... 332 Tabela 94: População, por ano de chegada no Distrito Federal - Taguatinga - Distrito Federal - 2011 ...... 338 Tabela 95: População segundo o motivo da mudança para o DF - Taguatinga ...... 339 Tabela 96: População, por tempo de moradia na Região Administrativa atual - Taguatinga/DF - 2011 ...... 339 Tabela 97: População segundo os grupos de idade - Taguatinga - DF - 2011 ...... 339 Tabela 98: População segundo o sexo - Taguatinga - Distrito Federal - 2011 ...... 340 Tabela 99: População segundo a condição de estudo - Taguatinga - DF – 2011 ...... 340 Tabela 100: População segundo nível de escolaridade - Taguatinga - DF – 2011 ...... 340 Tabela 101: População segundo a situação de atividade - Taguatinga - DF – 2011 ...... 341 Tabela 102: População ocupada segundo o setor de atividade remunerada - Taguatinga/ DF – 2011 ...... 341 Tabela 103: População ocupada segundo a posição na ocupação - Taguatinga - DF- 2011 ...... 342 Tabela 104: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Taguatinga - DF - 2011 342 Tabela 105: Distribuição dos domicílios ocupados segundo as Classes de Renda Domiciliar - Taguatinga - Distrito Federal - 2011 ...... 342 Tabela 106 Distribuição dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo - Taguatinga - DF – 2011 ...... 343 Tabela 107: Domicílios ocupados, segundo a espécie - Taguatinga - DF – 2011 ...... 343 Tabela 108: Domicílios ocupados segundo o tipo - Taguatinga - Distrito Federal – 2011 ...... 343 Tabela 109: Domicílios ocupados segundo a condição - Taguatinga - DF - 2011 ...... 344 Tabela 110: População, por setor, segundo o ano de chegada no Distrito Federal - Águas Claras - 2010 ...... 344 Tabela 111: Moradores por setores segundo Unidade da Federação/RIDE de onde veio para o Distrito Federal - Águas Claras - Distrito Federal - 2010 ...... 345 Tabela 112: População, por setor, segundo o motivo da mudança para o DF - Águas Claras – 2010 ...... 346 Tabela 113: População segundo os grupos de idade - Águas Claras - DF - 2010 ...... 347 Tabela 114: População segundo a condição de estudo - Águas Claras – DF - 2010 ...... 348 Tabela 115: População segundo nível de escolaridade - Águas Claras – DF - 2010 ...... 349 Tabela 116: População, por setor, segundo a situação de atividade - Águas Claras /DF - 2010 ...... 349 Tabela 117: População, por setor, segundo o setor de atividade remunerada - Águas Claras DF – 2010 ...... 350 Tabela 118: População segundo a posição na ocupação - Águas Claras - DF -- 2010 ...... 351 Tabela 119: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Águas Claras - DF– 2010 ...... 351 Tabela 120: Distribuição dos Domicílios ocupados, por setor, segundo as Classes de Renda Domiciliar - Águas Claras - Distrito Federal - 2010 ...... 352

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Tabela 121: Distribuição dos responsáveis pelos domicílios, por setor, segundo o sexo – Águas Claras/DF – 2010 ...... 352 Tabela 122: Domicílios ocupados segundo a espécie - Águas Claras - DF- 2010 ...... 353 Tabela 123: Domicílios ocupados, por setor, segundo o tipo - Águas Claras - Distrito Federal – 2010 ...... 353 Tabela 124: Domicílios ocupados, por setor, segundo a condição - Águas Claras - Distrito Federal – 2010 ...... 354 Tabela 125: População pelo ano de chegada no Distrito Federal - Guará/DF - 2011...... 354 Tabela 126: População segundo o motivo da mudança para o Distrito Federal - Guará -DF – 2011355 Tabela 127: População segundo o tempo de moradia na Região Administrativa atual - Guará - DF- 2011 ...... 355 Tabela 128: População segundo os grupos de idade - Guará - Distrito Federal – 2011 ...... 356 Tabela 129: População segundo o sexo - Guará - Distrito Federal – 2011 ...... 356 Tabela 130: População segundo a condição de estudo - Guará - Distrito Federal – 2011...... 356 Tabela 131: População segundo nível de escolaridade - Guará - Distrito Federal – 2011 ...... 356 Tabela 132: População segundo a situação de atividade - Guará - DF – 2011...... 357 Tabela 133: População ocupada segundo atividade remunerada - Guará/DF – 2011 ...... 357 Tabela 134: População ocupada segundo a posição na ocupação - Guará - DF – 2011 ...... 358 Tabela 135: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Guará /DF - 2011 ...... 359 Tabela 136: Distribuição dos domicílios ocupados segundo as Classes de Renda Domiciliar - Guará - Distrito Federal – 2011 ...... 359 Tabela 137: Distribuição dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo - Guará - DF – 2011 .. 359 Tabela 138: Domicílios ocupados, segundo a espécie - Guará - DF – 2011 ...... 360 Tabela 139: Domicílios ocupados segundo o tipo - Guará - Distrito Federal – 2011 ...... 360 Tabela 140: Domicílios ocupados segundo a condição - Guará - Distrito Federal - 2011 ...... 360 Tabela 141: População segundo o ano de chegada no DF - Park Way – DF ...... 361 Tabela 142: População segundo o motivo da mudança para o DF - Park Way - DF ...... 362 Tabela 143: População, por tempo de moradia na Região Administrativa atual - Park Way/DF - 2012 ...... 362 Tabela 144: População segundo os grupos de idade - Park Way - Distrito Federal - 2012 ...... 362 Tabela 145: População segundo o sexo - Park Way - Distrito Federal - 2012 ...... 363 Tabela 146: População segundo a condição de estudo - Park Way - DF – 2012 ...... 363 Tabela 147: População segundo o nível de escolaridade - Park Way - DF - 2012 ...... 363 Tabela 148: População segundo a situação de atividade - Park Way - DF – 2012 ...... 364 Tabela 149: População ocupada segundo o setor de atividade remunerada - Park Way - Distrito Federal - 2012 ...... 364 Tabela 150: População ocupada segundo a posição na ocupação - Park Way - DF - 2012 ...... 365 Tabela 151: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Park Way - DF – 2012 .. 365 Tabela 152: Distribuição dos domicílios ocupados segundo as Classes de Renda Domiciliar - Park Way - Distrito Federal – 2012 ...... 366 Tabela 153: Distribuição dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo - Park Way - DF – 2012 ...... 366 Tabela 154: Domicílios ocupados, segundo a espécie - Park Way - DF – 2012 ...... 366

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Tabela 155: Domicílios ocupados segundo o tipo - Park Way - Distrito Federal – 2012 ...... 366 Tabela 156: Domicílios ocupados segundo a condição - Park Way - DF – 2012 ...... 367 Tabela 157: População segundo o ano de chegada no Distrito Federal - Núcleo Bandeirante/DF- 2011 ...... 368 Tabela 158: População segundo o motivo da mudança para o Distrito Federal - Núcleo Bandeirante - Distrito Federal - 2011 ...... 368 Tabela 159: População segundo o tempo de moradia na Região Administrativa atual - Núcleo Bandeirante - Distrito Federal - 2011 ...... 369 Tabela 160: População segundo os grupos de idade - Núcleo Bandeirante - DF – 2011 ...... 369 Tabela 161: População segundo o sexo - Núcleo Bandeirante - Distrito Federal – 2011 ...... 369 Tabela 162: População segundo a condição de estudo - Núcleo Bandeirante - DF- 2011 ...... 370 Tabela 163: População segundo nível de escolaridade - Núcleo Bandeirante – DF – 2011 ...... 370 Tabela 164: População segundo a situação de atividade - Núcleo Bandeirante - DF-2011 ...... 370 Tabela 165: População ocupada, por setor de atividade remunerada - Núcleo Bandeirante - DF - 2011 ...... 371 Tabela 166: População ocupada segundo a posição na ocupação - Núcleo Bandeirante - DF – 2011 ...... 371 Tabela 167: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Núcleo Bandeirante/DF - 2011 ...... 372 Tabela 168: -Distribuição dos domicílios ocupados segundo as Classes de Renda Domiciliar - Núcleo Bandeirante - Distrito Federal – 2011 ...... 372 Tabela 169: Distribuição dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo - Núcleo Bandeirante - DF- 2011 ...... 373 Tabela 170: Domicílios ocupados, segundo a espécie - Núcleo Bandeirante - DF - 2011 ...... 373 Tabela 171: Domicílios ocupados segundo o tipo - Núcleo Bandeirante - DF– 2011 ...... 373 Tabela 172: Domicílios ocupados segundo a condição - Núcleo Bandeirante - DF –2011 ...... 374 Tabela 173: Chefes de Domicílio do SHAr, SMPW e SHBS, Segundo Sexo...... 375 Tabela 174: Renda Familiar Mensal por Classe Social (2008 /2009)...... 377 Tabela 175: Quantitativo de área por usos do solo em termos absolutos e relativos ao total da poligonal de estudo...... 391 Tabela 176: Quadro Simplificado dos Possíveis Impactos Negativos, quando existirem, ao Patrimônio Arqueológico ...... 400 Tabela 177: Quadro Simplificado de Martins (1997) baseado em Ab´Saber (1994)...... 400 Tabela 178: Outros impactos arqueológicos relacionados...... 401 Tabela 179: Sítios arqueológicos cadastrados no Distrito Federal ...... 409 Tabela 180: Equipamentos Públicos necessários para o Setor Habitacional Arniqueira - SHAr...... 351 Tabela 181: Equipamentos públicos necessários para o SH Bernardo Sayão – SHBS...... 353 Tabela 182: Equipamentos públicos necessários para o Setor de Mansões Park Way - SMPW -Trecho 03...... 353 Tabela 183: Áreas Públicas (verdes) de uso coletivo necessárias para o Setor Habitacional Arniqueira – SHAr, Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS e áreas do Setor de Mansões Park Way - SMPW Trecho 3, para uma população total de 54.000 habitantes...... 354 Tabela 184: Fases do desenvolvimento dos sistemas de saneamento no meio Urbano...... 363

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

Tabela 185: Valor de Coeficientes de escoamento superficial conforme a cobertura do solo...... 451 Tabela 186: Valores de α e β...... 460 Tabela 187: Resumo dos dados e parâmetros utilizados na modelagem e simulação dos processos hidrológicos...... 463 Tabela 188: Vazão máxima, por bacia hidrográfica, de cada trecho inserido na área estudada...... 464 Tabela 189: Vazões dos córregos da área de estudo conforme cenário estudado: ...... 472 Tabela 190: Destino final dos resíduos sólidos, por unidades de resíduos no Brasil - 1989/2008. .. 482 Tabela 191: Dados operacionais da capacidade nominal de processamento das Unidades de Tratamento do DF...... 483 Tabela 192: Dados operacionais do SLU na área que abrange a poligonal de projeto...... 487 Tabela 193: Composição média do resíduo urbano domiciliar do Distrito Federal...... 492 Tabela 194: Características básicas dos PEVs propostos no PDRS-DF...... 493

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

ÍNDICE DE EQUAÇÕES Equação 1: Equação para cálculo de cheia de reservatórios pelo método de Pulz: ...... 450 Equação 2: Equação de cálculo da vazão pelo método Racional: ...... 450 Equação 3: Equação de cálculo de média ponderada ...... 451 Equação 4: Dimensionamento descarga do orifício de fundo do reservatório: ...... 452 Equação 5: Dimensionamento do vertedouro de emergência: ...... 452 Equação 6: Cálculo da vazão de escoamento superficial do SCS: ...... 456 Equação 7: Relação entre S e CN estabelecido pelo SCS: ...... 457 Equação 8: Relação da vazão subterrânea: ...... 457 Equação 9: Fórmula de Kirpich para o cálculo do tempo de concentração: ...... 460 Equação 10: Equação para o cálculo de Precipitação relativa: ...... 460 Equação 11: Cálculo do parâmetro K: ...... 460 Equação 12: Equação de Bernoulli para o cálculo hidráulico do escoamento em canais: ...... 465 Equação 13: Equação de cálculo da perda de carga por atrito das laterais e fundo dos canais...... 465 Equação 14: Cálculo das distâncias ponderadas: ...... 466 Equação 15: Equação de Manning: ...... 466 Equação 16: Equação para o cálculo da capacidade de vazão de cada subdivisão: ...... 466 Equação 17: Cálculo da energia cinética média: ...... 466 Equação 18: Cálculo da fricção...... 467 Equação 19: Perda por contração expansão do escoamento: ...... 467

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

LISTA DE MAPAS Mapa Nº 01 - Localização do Parcelamento e Região Administrativa-AID Mapa Nº 02 - PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial-AID Mapa Nº 03 - Definição da Área de Estudo - AII e AID Mapa Nº 04 - Análise Histórica 1991 Mapa Nº 05 - Análise Histórica 1998 Mapa Nº 06 - Análise Histórica 2010 Mapa Nº 07 - Geologia da AID Mapa Nº 08 - Geologia da AII Mapa Nº 09 - Geomorfologia da AID Mapa Nº 10 - Geomorfologia da AII Mapa Nº 11 - Declividade Mapa Nº 12 - Pedologia da AID Mapa Nº 13 - Pedologia da AII Mapa Nº 14 - Furos de Sondagem Mapa Nº 15 - Geotecnia Mapa Nº 16 - Susceptibilidade de Erosão (folha 1/2 e folha 2/2) Mapa Nº 17 - Áreas de Aterros e Cortes Mapa Nº 18 - Hidrografia da AID Mapa Nº 19 - Hidrografia da AII Mapa Nº 20 - Área de Inundação Mapa Nº 21 - Hidrogeologia da AID Mapa Nº 22 - Hidrogeologia da AII Mapa Nº 23 - Zonas de recarga Mapa Nº 24 - Vulnerabilidade a Contaminação Mapa Nº 25 - Áreas de Risco Mapa Nº 26 - Uso e Ocupação do Solo (folha 1/2 e folha 2/2) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (1/40 – Quadrante do SICAD 135 – IV-1) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (2/40 – Quadrante do SICAD 135 – IV-2) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (3/40 – Quadrante do SICAD 135 – IV-3) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (4/40 – Quadrante do SICAD 136 – III-1)

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 323

Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (5/40 – Quadrante do SICAD 135 – IV-4) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (6/40 – Quadrante do SICAD 135 – IV-5) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (7/40 – Quadrante do SICAD 135 – IV-6) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (8/40 – Quadrante do SICAD 136 – III-4) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (9/40 – Quadrante do SICAD 136 – III-5) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (10/40 – Quadrante do SICAD 151 – II-1) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (11/40 – Quadrante do SICAD 151 – II-2) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (12/40 – Quadrante do SICAD 151 – II-3) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (13/40 – Quadrante do SICAD 152 – I-1) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (14/40 – Quadrante do SICAD 152 – I-2) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (15/40 – Quadrante do SICAD 151 – I-6) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (16/40 – Quadrante do SICAD 151 – II-4) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (17/40 – Quadrante do SICAD 151 – II-5) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (18/40 – Quadrante do SICAD 151 – II-6) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (19/40 – Quadrante do SICAD 152 – I-4) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (20/40 – Quadrante do SICAD 152 – I-5) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (21/40 – Quadrante do SICAD 152 – I-6) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (22/40 – Quadrante do SICAD 151 – III-3) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (23/40 – Quadrante do SICAD 151 - IV-1) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (24/40 – Quadrante do SICAD 151 - IV-2) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (25/40 – Quadrante do SICAD 151 - IV-3) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (26/40 – Quadrante do SICAD 152 - III-1) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (27/40 – Quadrante do SICAD 152 - III-2) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (28/40 – Quadrante do SICAD 152 - III-3) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (29/40 – Quadrante do SICAD 152 - IV-1) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (30/40 – Quadrante do SICAD 151 - IV-4) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (31/40 – Quadrante do SICAD 151 - IV-5) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (32/40 – Quadrante do SICAD 151 - IV-6) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (33/40 – Quadrante do SICAD 152 - III-4) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (34/40 – Quadrante do SICAD 152 - III-5) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (35/40 – Quadrante do SICAD 152 - III-6) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (36/40 – Quadrante do SICAD 152 - IV-4) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (37/40 – Quadrante do SICAD 167 - II-2)

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 324

Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (38/40 – Quadrante do SICAD 167 - II-3) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (39/40 – Quadrante do SICAD 168 - I-1) Mapa Nº 27 - Áreas de Proteção Permanente – APPs (40/40 – Quadrante do SICAD 168 – I-2) Mapa Nº 28 - Unidades de Conservação em um raio de 3 Km Mapa Nº 29 - Mapa Sistema Viário Existente Mapa Nº 30 - Transporte público existente Mapa Nº 31 - Uso do solo existente Mapa Nº 32 - Equipamentos Públicos Comunitários Existentes Mapa Nº 33 - Divisões dos Bairros Mapa Nº 34 - Sistema viário proposto Mapa Nº 35 - Sistema Transporte Coletivo Proposto Mapa Nº 36 - Plano de Uso e Ocupação do Solo - PUOS Mapa Nº 37 - Equipamentos Públicos Comunitários Propostos Mapa Nº 38 - Sub-bacias de Drenagem Mapa Nº 39 - Lançamentos Pluviais Existentes Mapa Nº 40 - Sistema de Drenagem Existente, Traçado Básico e Lagoas, Faixa de Servidão e Interferências Mapa Nº 41 - Coeficiente de Escoamento Mapa Nº 42 - Área de Inundação Futura Mapa Nº 43 - Rede de Abastecimento de Água Existente, Sistema de Esgotamento Sanitário Existente Mapa Nº 44 - Distribuição de Energia Elétrica Existente Mapa Nº 45- Localização dos Pontos Exutórios

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080 www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 325

5.3. MEIO ANTRÓPICO

A caracterização do meio antrópico tem o objetivo de avaliar a capacidade de suporte da estrutura urbana local, bem como, levantar dados referentes à distribuição, composição, ocupação e nível socioeconômico da população residente no empreendimento implantado irregularmente. O levantamento teve em vista identificar a disponibilidade de atendimento das concessionárias de serviços públicos, a qualidade dos serviços de infraestrutura existentes, a disponibilidade de sistema viário e de transporte e a condição da ocupação do solo urbano.

Fonte de Dados Levantamento Socioeconômico

Para esse levantamento, foram aplicadas técnicas de coletas de dados específicas para a elaboração do perfil socioeconômico da população da área. Assim, utilizaram-se dados primários na AID (Área de Influência Direta) e análise de dados secundários nas AII (Áreas de Influência Indireta). Para a elaboração da caracterização da população da AII, foram resgatadas diferentes fontes de dados oficiais disponíveis, como CODEPLAN, a partir de seu material mais completo Plano Distrital de Amostra de Domicílios (PDAD 2011/ 2012), IBGE, etc.  Metodologia Utilizada no Levantamento Socioeconômico da AID O princípio metodológico adotado foi o de pré-fixar um instrumento sistematizador que auxiliasse na organização do conhecimento. Nesse sentido, foi elaborado um questionário que apontasse dados socioeconômicos fundamentais, regularidades sociais e atender todos os itens solicitados no Termo de referência para elaboração deste Estudo Ambiental. Para o levantamento socioeconômico, foram realizadas quatro visitas à AID, cuja definição da quantidade de Unidades Habitacionais (UH) a serem visitadas surgiu a partir das informações do levantamento aerofotogramétrico, elaborado especialmente para este EIA-RIMA. Segundo os dados levantados pela TOPOCART, o número total de UH corresponde a 10.567, distribuídas nas três áreas correspondentes à poligonal. Todas as áreas foram consideradas com equidade na elaboração do estudo. Com isso, a pesquisa de campo caracterizou-se pela lógica do survey domiciliar, ou por amostragem, onde a base de cálculo da amostra foi levantada a partir do número de residências existentes. Os entrevistados foram preferencialmente os chefes de família ou algum representante, que no momento da aplicação do questionário, estava em casa. As UH foram escolhidas por meio de sorteio sistemático, entre todas as unidades que constituem a área de intervenção. De acordo com a metodologia utilizada, alcançou-se um valor amostral de 371 lotes, equivalentes a uma amostra de 3,5% do total. Tendo em vista a possível diversidade socioeconômica dessas áreas, distribuiu-se proporcionalmente esse último valor, tendo como referência o número total de lotes por área. O intervalo de confiança para cálculo é o de 95% e a margem de erro é de apenas 1%. Desse ponto de vista foram aplicados questionários conforme as informações das tabelas abaixo:

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 331

Tabela 92: Número de Lotes por Área. Setor Nº de lotes Percentual Setor de Mansões Park Way– SMPW Trecho 3 1.805 17,1% Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS 1.810 17,1% Setor Habitacional Arniqueira - SHAr 6.952 65,8% TOTAL 10.567 100% Fonte: Produto 2.1 do Projeto Técnico de Regularização, composto de Estudo Ambiental, Levantamentos Aerofotogramétrico, Topográfico e Geotécnico, Projeto de Urbanismo e Projetos de Infraestrutura, dos Setores Habitacionais Arniqueira e Bernardo Sayão, bem como das ocupações irregulares das áreas remanescentes e de parcelamento futuro do projeto de urbanismo do Setor de Mansões Park Way- SMPW, dezembro de 2010. OBS: os dados aqui apresentados, por divisão de setores, não correspondem à divisão proposta pelo PDOT/2012, tendo em vista que a legislação é posterior ao estudo realizado. Considera-se que a atualização pela nova divisão do PDOT/2012 comprometeria as análises efetuadas.

Tabela 93: Número de Questionários Aplicados por Área. Setor Nº de Questionários Percentual Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3 63 17,1% Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS 63 17,1% Setor Habitacional Arniqueira - SHAr 245 65,8% TOTAL 371 100% Fonte: Produto 2.1 do Projeto Técnico de Regularização, composto de Estudo Ambiental, Levantamentos Aerofotogramétrico, Topográfico e Geotécnico, Projeto de Urbanismo e Projetos de Infraestrutura, dos Setores Habitacionais Arniqueira e Bernardo Sayão, bem como das ocupações irregulares das áreas remanescentes e de parcelamento futuro do projeto de urbanismo do Setor de Mansões Park Way- SMPW, Dezembro de 2010.OBS: os dados aqui apresentados, por divisão de setores, não correspondem à divisão proposta pelo PDOT/2012, tendo em vista que a legislação é posterior ao estudo realizado. Considera-se que a atualização pela nova divisão do PDOT/2012 comprometeria as análises efetuadas.

A aplicação dos questionários foi realizada em seis dias, nos períodos manhã e tarde, sendo, 4 dias nos finais de semana e 2 dias úteis. Para execução da pesquisa de campo, agentes aplicadores abordaram os moradores explicando o objetivo da atividade e sua importância para a execução do Projeto, entregando um folder explicativo para cada entrevistado. Esses agentes aplicadores foram organizados em quatro grupos, e cada grupo foi acompanhado e orientado por uma supervisora/coordenadora de equipe. Com o objetivo de levantar os dados necessários à caracterização da população que ocupa a área de estudo, o questionário foi sistematizado a partir do levantamento das seguintes informações: localização do domicílio, para registrar o endereço da unidade, considerando amostras aleatórias e variadas; dados gerais, para registrar os dados do responsável pelas informações prestadas; dados populacionais, para levantamento geral de informações sobre a população que reside no local; dados físicos e espaciais para levantar dados gerais sobre a ocupação. Assim, as informações levantadas foram: (i) Localização / Dados Gerais/ Populacionais • Endereço do Imóvel; • Nome do Responsável ela informação; • Nº de famílias na unidade;

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 332

• Posição social do (a) entrevistado (a); • Tempo de residência no DF e no local; • Naturalidade e procedência da população; • Nº de ocupantes na residência; • Grau de instrução do (a) chefe de família; • Renda familiar mensal; • Estrutura etária da população. (ii) Dados Físicos e Espaciais a Características dos Domicílios: Aspectos Físicos e Espaciais • Tipo de moradia; • Uso do domicílio; • Condição da ocupação. b Infraestrutura, Equipamentos e Serviços Urbanos • Relações área e uso rural por área e uso urbano; • Capacidade de atendimento dos serviços e equipamentos urbanos básicos; • Infraestrutura de saneamento; • Sistema de transportes. Com o intuito de coletar informações complementares acerca da população, considerando os tipos de organizações sociais existentes e os tipos de atendimentos básicos disponíveis no local, foram levantados todos os equipamentos públicos, comunitários e urbanos.

5.3.1. FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL

A formação socioespacial dos Setores Habitacionais em estudo está diretamente vinculada à construção da cidade de Brasília, na década de 1950. Com o intuito de promover o povoamento e o desenvolvimento da região centro-oeste do país, o presidente da república Juscelino Kubitschek iniciou o processo de transferência da sede do governo federal para o centro do estado de Goiás. Assim, uma nova cidade foi planejada e construída num local praticamente inexplorado (Figura 387 e Figura 388), cuja inauguração em abril de 1960 redirecionou o povoamento e a infraestrutura para o centro do país, que até então estava concentrada no eixo Rio-São Paulo.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 333

Figura 387: Fotografias antigas da construção Figura 388: Fotografias antigas da construção de Brasília – Imagem 1 de Brasília – imagem 2 Fonte: Google Imagem. Fonte: Google Imagem.

Na época, o projeto aprovado foi estruturado para atender a uma população de 600 mil habitantes ao final de 2000. Contudo, os fortes correntes migratórias, rurais e urbanas, multiplicou esse número por quatro, trazendo uma população para perto de 2 milhões de habitantes, no ano de 2000, e para 2.469,489 milhões de habitantes em 2010 (IBGE). O fenômeno da migração tem alta representatividade no Distrito Federal, tendo em vista que a cidade foi implantada num local onde não havia nenhum núcleo urbano e, para isso, ocorreram diversas iniciativas para incrementar a população local. Desta forma, conforme o desenvolvimento de Brasília, distintos públicos foram sendo atraídos para a cidade onde se registram como principais fatores potencializadores deste fenômeno a carência de mão de obra especializada, a disponibilidade de serviços públicos, políticas sociais nas áreas mais dinâmicas, boa remuneração salarial em relação a outros locais do país. Num primeiro momento, por volta de 1950, famílias de nordestinos destinaram-se à nova capital do país para servir de mão-de-obra na construção civil. O ambiente era inóspito e os “candangos” (Figura 389 e Figura 390), como eram comumente conhecidos, enfrentavam diversos problemas como habitação, segurança, infraestrutura precária, além de conviver com acidentes fatais.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 334

Figura 389: Operários (Candangos) trabalhando Figura 390: Operários (Candangos) trabalhando na construção de Brasília – Imagem 1 na construção de Brasília – Imagem 2 Fonte: Google Imagem. Fonte: Google Imagem.

Após a inauguração da cidade, as obras continuaram por muito tempo e em ritmo acelerado, pois havia a necessidade de construção das cidades-satélites, atuais regiões administrativas. Na década de 1970, cidades como Gama, Taguatinga, Candangolândia e Núcleo Bandeirante foram erguidas para abrigar esses trabalhadores que pretendiam fixar-se na capital, bem como atender população de baixa renda que estavam se deslocando para Brasília. A segunda leva de pessoas atraídas para Brasília, a partir de 1970, correspondia a uma mão-de-obra mais especializada para atender o comércio e serviços locais, bem como para compor o quadro técnico e administrativo do serviço público. Estes profissionais são originários, sobretudo, das regiões sul e sudestes, onde a migração da população masculina para ocupar cargos de destaque decorreu no aumento da feminina, pois houve a necessidade de as esposas acompanhar a transferência familiar. Na década de 1980, o acréscimo da população residente no entorno do Plano Piloto era de 1,6% ao ano e, no início de 1990, esse índice subiu para 3,57%; ao final desta década o crescimento populacional subiu para 5% a 6%. Isto pode ser atrelado a fatores como transformações na estrutura produtiva brasileira e as novas configurações do desenvolvimento regional que se delineiam a partir da década de 70 e que ambientaram importantes modificações na dinâmica migratória nordestina. Na década de 90, a migração originada do Nordeste reaquece o comportamento do período que se estende até os anos 70, no qual se destacam os fluxos para o Sudeste e Centro-Oeste. Em 2003, segundo dados da SEPLAN/CODEPLAN, o crescimento populacional teve uma expressiva alta, passando para 13,9% ao ano. O censo de 2000 registrou que dos 2.051.146 habitantes, 1.094.303 eram migrantes de outros estados, sendo que desse total, cerca de 400 mil pessoas residiam na cidade a menos de 10 anos. Este fato demonstra que Brasília é uma cidade em construção e que ainda é uma região de forte atração populacional. O histórico da ocupação de Brasília resume-se, basicamente, na vocação desse trecho em consolidar-se, ao longo do tempo, como polo econômico, visando o desenvolvimento da região Centro-Oeste. A possibilidade de se tornar um polo é reforçada pela existência do subquadrilátero sudoeste do Distrito Federal e seu entorno imediato, estruturado pela existência de rodovias (BR- 040, 060 e 070) e pelo metrô.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 335

No contexto em que se inserem os Setores Habitacionais em estudo poderá constituir o embrião de uma área metropolitana que lançará Brasília, como rótula de articulação e integração dos eixos econômicos brasileiros, por não dizer latino-americanos. Em contrapartida, a tentativa de consolidação em polo de desenvolvimento econômico está o fato de o trecho localizar-se em um sítio sensível, sob o ponto de vista do meio ambiente natural. Diante desse aspecto, a área onde localiza as Colônias Agrícolas, possui uma alta suscetibilidade ambiental, devido à grande quantidade de mananciais e às Áreas de Preservação Permanente. Essas colônias remontam da década de 60, porém, somente em 1986 o Governo do Distrito Federal autorizou a ocupação da região, criando o projeto Águas Claras, regularizando a situação por meio de uma ocupação ordenada. O projeto aprovado consistia em sete colônias agrícolas: Governador, que parte hoje é a cidade de Águas Claras; Águas Claras, o fundo do Guará; Arniqueira; Vereda da Cruz; Vereda Grande (Veredão); Bernardo Sayão, atrás do Núcleo Bandeirante e a Vicente Pires. As Colônias Agrícolas regularizadas não mantiveram sua conformação inicial por muito tempo e, inevitavelmente, tiveram suas chácaras parceladas. O processo de transformação da área, da origem da ocupação por meio da exploração agropecuária ao surgimento dos parcelamentos, ocorreu de forma muito rápida e foi, principalmente, devido aos problemas enfrentados pelos produtores e pela pressão imobiliária que se intensificou a partir da década de 80. Nessa nova configuração, a região teve sua vocação inicial abandonada para se transformar em uma área urbana, restando, atualmente, alguns remanescentes (chácaras) que se constituem de rugosidades do espaço geográfico (Figura 391 e Figura 392). O desmembramento das Colônias Agrícolas Vereda da Cruz, Arniqueira e Vereda Grande (Veredão) ocorreu em 2000, com o anúncio da construção e a ocupação do bairro Águas Claras, acelerou-se dramaticamente o desmembramento das chácaras e poucas foram as que mantiveram seu formato original.

Figura 391: Remanescentes (rugosidades) de Figura 392: Remanescentes (rugosidades) de chácaras na AII. chácaras na AII. Fonte: Fotografias aéreas de 1991 e 2010, Fonte: Fotografias aéreas de 1991 e 2010, respectivamente. respectivamente.

O sítio estrutura-se entorno da Bacia do córrego Vicente Pires, afluente do córrego Riacho Fundo que se aporta no lago Paranoá. As contribuições de ambos os córregos ocorrem em condições ambientais negativas, com graves processos de assoreamento e eutrofização. Trata-se de uma área com patamares escalonados que iniciam em uma altitude de 1.300 metros nos platôs de Taguatinga e descem à altitude de 1.000 metros nos platôs de Brasília.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 336

Essa configuração, 300 metros de desnível no sentido oeste/leste, a uma situação de mirante de efeito panorâmico, um “anfiteatro” de dimensões gigantescas é uma paisagem marcante. No sentido norte-sul alternam-se situações de divisores de águas com fundos de vale (dos córregos Águas Claras, Vereda da Cruz, Arniqueira e Vereda Grande). Em resposta ao processo acelerado de transformação da área das Colônias Agrícolas ao surgimento dos parcelamentos, elaborou-se em 1977 o Plano Estrutural de Ocupação Territorial (PEOT) que pretendia equacionar o problema, criando um eixo de conurbação Taguatinga-Ceilândia-Gama. A tentativa era de se criar uma “capital” paralela que despressurizasse a bacia do lago Paranoá. No entanto, a realidade mostrou que o plano era ingênuo. A implantação de Samambaia, em 1983, foi à primeira ação concreta para atender às diretrizes do PEOT. O sistema viário consolidado entre o “polo simbólico” - Plano Piloto - e o “polo econômico” - do Guará, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia - gerou acessibilidade a locais do chamado “cinturão verde”, o qual pretendia preservar o entorno de Brasília. Águas Claras foi projetada e implantada como forma de justificar a existência de um metrô naquele trecho, induzindo a transformação maciça e rápida das áreas agrícolas em lotes urbanos e sua venda sem o correspondente embasamento institucional. O contexto histórico da área reflete que o desafio é enorme no sentido de conciliar uma ocupação densa e verticalizada, que não agrida o meio ambiente natural e reverta o panorama atual de degradação (erosões, ravinas de magnitude intolerável, cascalheiras, destruição da mata ciliar e poluição dos córregos).

Caracterização da População

Área de Influência Indireta – AII - Regiões Administrativas de Taguatinga RA - III, Águas Claras RA - XX, Guará RA - X, Park Way RA - XXVI e Núcleo Bandeirante RA – VIII.

As primeiras famílias da área em estudo residiam em chácaras arrendadas para produziriam alimentos ao novo centro urbano que estava sendo constituído. Nestes locais, eram produzidos produtos alimentares para abastecer a nova capital, bem como ocorria à criação, suínos e aves. A partir da década de 1980, estas pequenas propriedades rurais sofreram um processo de fracionamento do solo, onde foram originados inúmeros condomínios, cuja numeração ainda é utilizada como referência para o atual endereçamento. Neste contexto, ocorreu uma formação populacional, que pode ser dividido, grosso modo, em duas parcelas: famílias que estão no local há mais de 30 anos, para as quais foi concedido o direito de uso do local, e outro grande percentual que veio residir nos novos fracionamentos, há menos de 10 anos. Vale lembrar que a regularização fundiária em tela visa atender a estes dois públicos, com vistas à adequação urbanística e ambiental no local. Quanto a sua representação, cada condomínio possui síndico, e existem também algumas associações comunitárias de pequeno porte, porém com grande abrangência. A Prefeitura comunitária de todos os setores é bem participativa e tem-se demonstrado ativa nos debates necessários à regularização. As informações que fazem parte desse levantamento foram prestadas pelos moradores, sendo que todas possuem observações técnicas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 337

Para o melhor tratamento deste tema, optou-se por dividir a descrição da população por Região Administrativa, as quais são apresentadas a seguir:  Região Administrativa de Taguatinga – RA III A Região Administrativa de Taguatinga foi fundada em 5 de junho de 1958, em terras que anteriormente pertenciam a fazenda que levava o mesmo nome. A localidade foi criada em função do superpovoamento da Cidade Livre (Núcleo Bandeirante), que já não tinha condições de abrigar o grande número de trabalhadores que chegavam de toda parte do país para a construção da nova capital. Dessa forma, antecipava o projeto de Lúcio Costa que previa uma cidade satélite para 25.000 habitantes, que deveria ser construída apenas dez anos após a inauguração da Capital. Inicialmente a cidade chamava-se Vila Sarah Kubitschek, depois foi alterado para Santa Cruz de Taguatinga, permanecendo apenas Taguatinga, cujo nome indígena significa Ave Branca. Em 1964, a Lei nº. 4.545 de 10 de dezembro dividiram o Distrito Federal em oito Regiões Administrativas – RAs, denominando para Taguatinga a RA III. Resolução CONAMA Nº 001/86 Contudo, devido ao crescimento populacional e à necessidade de novos espaços para habitação, ocorreu o desmembramento nas cidades, dando origem, após 1989, a Ceilândia e a Samambaia. Em 2003 e 2009 são desmembradas, também, Águas Claras e Vicente Pires. Atualmente, a população de Taguatinga foi estimada em 221.909 (IBGE, 2011). Ao resgatar-se o crescimento da população de Taguatinga, percebe-se que do total da população existente, 48,9% migraram entre 1961 a 1980. Cabe destacar que a migração para Taguatinga ocorreu de forma muito parecida nessas duas décadas, enquanto nas seguintes o fluxo migratório foi similar, embora menos significativo, entre 12% e 14% conforme a Tabela 94. Tabela 94: População, por ano de chegada no Distrito Federal - Taguatinga - Distrito Federal - 2011 Anos Nº % % de Imigrantes Até 1960 12.095 5,5 10,5 De 1961 a 1970 28.024 12,6 24,4 De 1971 a 1980 28.116 12,7 24,5 De 1981 a 1990 15.199 6,8 13,2 De 1991 a 2000 13.829 6,2 12,0 Acima de 2000 16.111 7,3 14,0 Não sabe 1.597 0,7 1,4 Imigrantes 114.971 51,8 100,0 Nascidos no DF 106.938 48,2 TOTAL 221.909 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Conforme levantamento, a migração dos residentes na RA III, 48,2% do seu contingente populacional são naturais do próprio Distrito Federal. Dos imigrantes, 47,3% são naturais da Região Nordeste, 29,2% do Sudeste e 17,5% do Centro-Oeste, enquanto apenas 3,8% e 1,7% são do Norte e do Sul do País. A Tabela 95 elenca os principais motivos que atraíram os migrantes à residir em Taguatinga a vir para o Distrito Federal. Desse modo, “Acompanhar parentes e Procura de trabalho” destacou-se

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 338

como principais motivações de decisão de migrar. Leva-se em conta, que o item “Acompanhar parentes” refere-se, principalmente, aos filhos que chegaram em companhia dos pais. O item “Procura de trabalho” classifica-se, então, como fator de motivação determinante da migração para o DF. Tabela 95: População segundo o motivo da mudança para o DF - Taguatinga Motivo da Mudança Nº % % de Imigrantes Acompanhar parentes 62.438 28,1 54,3 Estudo e/ou escola 2.875 1,3 2,5 Aquisição de moradia 639 0,3 0,6 Aluguel mais barato - - - Programa do governo para a moradia 91 0,0 0,1 Transferência do local de trabalho 867 0,4 0,8 Procura de trabalho 45.322 20,4 39,4 Melhor acesso aos serviços de saúde 822 0,4 0,7 Mudança de estado civil 867 0,4 0,8 Dificuldade no relacionamento familiar 91 0,0 0,1 Outros motivos 913 0,4 0,8 Não sabe 46 0,0 0,0 Total de Imigrantes 114.971 51,8 100,0 Distrito Federal 106.938 48,2 TOTAL 221.909 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Dos moradores de Taguatinga, 63,4% tem mais de 15 anos de residência na região, compondo o grupo dos que ali nasceu e os imigrantes de origens diversas Tabela 96. Tabela 96: População, por tempo de moradia na Região Administrativa atual - Taguatinga/DF - 2011 Tempo de Moradia Nº % Menos de 1 ano 4.975 2,2 1 a 5 anos 33.044 14,9 6 a 9 anos 18.485 8,3 10 a 14 anos 24.783 11,2 15 ou mais anos 140.622 63,4 Não sabe - - TOTAL 221.909 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Segundo os dados da PDAD 2010/2011, do total de habitantes da RA III, 16,4% têm até 14 anos de idade, abaixo da proporção do DF (25,5%). O grupo de 15 a 59 anos compõe a população em idade ativa, são 65,3%. Na faixa de 60 anos ou mais, concentram-se 18,3%, muito acima da média do DF (7,4%). (Tabela 97). Tabela 97: População segundo os grupos de idade - Taguatinga - DF - 2011 Grupos de Idade Nº % 0 a 4 anos 10.680 4,8 5 a 6 anos 4.929 2,2 7 a 9 anos 7.257 3,3

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 339

Grupos de Idade Nº % 10 a 14 anos 13.556 6,1 15 a 18 anos 13.556 6,1 19 a 24 anos 20.995 9,5 25 a 39 anos 54.359 24,5 40 a 59 anos 55.910 25,2 60 anos ou mais 40.667 18,3 TOTAL 221.909 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Sobre o gênero, constata-se que a maior parte da população é constituída por mulheres (54,7%). A razão de sexo, que é expressa pelo número de homens para cada 100 mulheres, é de 82,9, abaixo da registrada no Distrito Federal (90,7). Reflexo, provavelmente, do elevado percentual de população acima de 60 anos ou mais, majoritariamente formada por mulheres, e a mortalidade por causas externas, principalmente, do sexo masculino (Tabela 98). Tabela 98: População segundo o sexo - Taguatinga - Distrito Federal - 2011 Sexo Nº % Masculino 100.548 45,3 Feminino 121.361 54,7 TOTAL 221.909 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Quanto ao grau de instrução, do total da população de Taguatinga 29,2% são estudantes, sendo que a maioria de escola pública (Tabela 99) e apenas 1,4% da população declararam ser analfabetas. A segunda maior participação concentra-se na categoria dos que têm o ensino médio completo, (24,3%), seguida pelo ensino fundamental incompleto (23,3%); sendo que deste total, 33,1% são estudantes na faixa etária adequada. O curso superior, completo incluindo curso de especialização, mestrado e doutorado somam 17,1% (Tabela 100). Tabela 99: População segundo a condição de estudo - Taguatinga - DF – 2011 Condição de Estudo Nº % Não Estuda 157.326 70,8 Escola Pública 34.733 15,7 Escola Particular 29.850 13,5 TOTAL 221.909 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Tabela 100: População segundo nível de escolaridade - Taguatinga - DF – 2011 Nível de Escolaridade Nº % Analfabeto (15 anos ou mais) 3.058 1,4 Sabe ler e escrever (15 anos ou mais) 2.967 1,3 Alfabetização de adultos 913 0,4 Maternal e creche 1.871 0,8 Jardim I e II/Pré Escolar 6.481 2,9 Fundamental incompleto 51.803 23,3 Fundamental completo 14.286 6,4 Ensino médio incompleto 19.124 8,6

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 340

Nível de Escolaridade Nº % Ensino médio completo 53.583 24,3 Superior incompleto 22.319 10,1 Superior completo 34.368 15,5 Curso de especialização 2.784 1,3 Mestrado 502 0,2 Doutorado 319 0,1 Crianças de 6 a 14 anos não alfabetizadas - - Não sabe 593 0,3 Menor de 6 anos fora da escola 6.938 3,1 TOTAL 221.909 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

A partir das informações coletadas no tocante à ocupação dos moradores de Taguatinga, observa- se que 41,7% de 10 anos e mais têm atividade remunerada, enquanto 14,1% encontram-se aposentados. Os desempregados somam 4,1% da população total (Tabela 101). Entre os que trabalham 28,7% desenvolvem suas atividades no comércio e 22,8% em órgãos públicos (Tabela 102). Tabela 101: População segundo a situação de atividade - Taguatinga - DF – 2011 Situação de Atividade Nº % Não tem atividade 6.983 3,1 Tem trabalho remunerado 92.471 41,7 Aposentado 31.264 14,1 Aposentado trabalhando 730 0,3 Pensionista 7.303 3,3 Do lar 18.804 8,5 Desempregado 8.991 4,1 Estudante 32.497 14,6 Trabalho voluntário - - Menor de 10 Anos 22.866 10,3 TOTAL 221.909 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Tabela 102: População ocupada segundo o setor de atividade remunerada - Taguatinga/ DF – 2011 Setor de Atividade Remunerada Nº % Agropecuária 365 0,4 Construção civil 2.008 2,2 Indústria 913 1,0 Comércio 26.793 28,7 Adm. pública federal 7.257 7,8 Adm. pública do GDF 14.012 15,0 Transporte 3.104 3,3 Comunicação 1.734 1,9 Educação 4.929 5,3 Saúde 3.377 3,6 Serviços domésticos 2.967 3,2 Serviços pessoais 1.780 1,9

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 341

Serviços de creditícios e financeiros 1.461 1,6 Serviços comunitários 91 0,1 Serviços de informática 1.871 2,0 Serviços de arte/cultura 411 0,4 Serviços em geral 5.796 6,2 Outras atividades 14.103 15,1 Não sabe 274 0,3 TOTAL 93.246 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Do contingente de trabalhadores, a pesquisa indica que a maioria (55,3%) é constituída por empregado, sendo que, 48,1% possuem carteira assinada, e 7,2% ainda estão na informalidade. Os autônomos representam 22,7% e no serviço público e militar estão 18,6% (Tabela 103). Tabela 103: População ocupada segundo a posição na ocupação - Taguatinga - DF- 2011 Posição na Ocupação Nº % Empregado com carteira de trabalho 44.866 48,1 Empregado sem carteira de trabalho 6.709 7,2 Empregado temporário 548 0,6 Serviço público e militar 17.298 18,6 Conta-própria (Autônomo) 21.178 22,7 Empregador 319 0,3 Estagiário 1.689 1,8 Cargo comissionado 319 0,3 Trabalhador não remunerado 91 0,1 Não sabe 228 0,2 TOTAL 93.246 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Com base nos dados levantados sobre a situação ativa da população de Taguatinga a renda domiciliar média apurada na pesquisa, é da ordem de R$ 4.359,00, correspondente a 8,5 salários mínimos (SM) e a renda per capita é de R$ 1.465,00 (2,9 SM). Ao analisar a distribuição da renda domiciliar bruta mensal, segundo as classes de renda, com base em múltiplos de salários mínimos, verifica-se que a mais expressiva é o agrupamento de mais de 2 até 5 SM, que concentra 31,7% dos domicílios, seguidos da classe de 5 até 10 SM (26,9%). Cabe destacar a participação significativa, em termos proporcionais, para aqueles que recebem mais de 10 a 20 SM (21,0%) e os que auferem uma renda domiciliar acima de 20 SM, 8,0% (Tabela 104 e Tabela 105) Tabela 104: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Taguatinga - DF - 2011 Renda Domiciliar Média Mensal Renda Per Capita Média Mensal 4.359 8,5 1.465 2,9

Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Tabela 105: Distribuição dos domicílios ocupados segundo as Classes de Renda Domiciliar - Taguatinga - Distrito Federal - 2011 Classes de Renda Nº % Até 1 Salário Mínimo 822 1,4 Mais de 1 a 2 Salários Mínimos 6.572 11,0

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 342

Mais de 2 a 5 Salários Mínimos 18.987 31,7 Mais de 5 a 10 Salários Mínimos 16.111 26,9 Mais de 10 a 20 Salários Mínimos 12.597 21,0 Mais de 20 Salários Mínimos 4.792 8,0 Subtotal 59.882 100,0 Renda não declarada 4.792 - TOTAL 64.674 - Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Os domicílios são chefiados em sua maioria por homens (65,8%), enquanto 34,2% das mulheres ocupam a condição de responsáveis (Tabela 106). Tabela 106 Distribuição dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo - Taguatinga - DF – 2011 Sexo Nº % Homens 42.538 65,8 Mulheres 22.136 34,2 Total 64.674 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

O número de domicílios urbanos estimados é de 64.674 e, considerando que a população urbana estimada é de 221.909 habitantes, a média de moradores por domicílio urbano é de 3,43 pessoas. Na região, 99,7% das construções são permanentes (Tabela 107), sendo que o tipo de residência predominante na localidade é a casa, que correspondem a 74,5% do total das moradias e 24,2% refere-se aos apartamentos (Tabela 107). Tabela 107: Domicílios ocupados, segundo a espécie - Taguatinga - DF – 2011 Espécie de Domicílio Nº % Permanente 64.491 99,7 Improvisado 46 0,1 Permanente em construção 137 0,2 TOTAL 64.674 - Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011.

Tabela 108: Domicílios ocupados segundo o tipo - Taguatinga - Distrito Federal – 2011 Tipo de Domicílio Nº % Casa 48.151 74,5 Barraco 46 0,1 Cômodo - - Quitinete/Estúdio 639 1,0 Flat 46 0,1 Apartamento 15.655 24,2 Uso misto 137 0,2 Outros - - TOTAL 64.674 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

Quanto à forma de ocupação, 69,2% dos entrevistados declararam que seus domicílios são próprios. Os domicílios alugados são 25,3%, enquanto 5,6% são cedidos (Tabela 109).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 343

Tabela 109: Domicílios ocupados segundo a condição - Taguatinga - DF - 2011 Condição do Domicílio Nº % Próprio quitado 40.940 63,3 Próprio em aquisição 3.788 5,9 Próprio em terreno não legalizado - - Próprio em assentamento/invasão - - Alugado 16.340 25,3 Cedido 3.606 5,6 Funcional - - Outros - - TOTAL 64.674 - Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Taguatinga - PDAD 2011

 Região Administrativa de Águas Claras – RA XX O Bairro de Águas Claras surgiu em 1984, com as quadras QS 01 a QS 09 ímpares incluindo o antigo Setor de Áreas Complementares. Em 1989, a invasão Vila Areal foi regularizada, configurando as quadras pares do bairro – QS 06 a QS 10. Em dezembro de 1992 a Lei nº 385 autorizou a implantação do Bairro de Águas Claras na Região Administrativa de Taguatinga—RA III e aprova o respectivo Plano de Ocupação. Com a criação de novas Regiões Administrativas, por parte do Governo do Distrito Federal, a Lei nº 3.153 transformou Águas Claras em RA, ao desmembrá-la da área de Taguatinga. (PDAD, CODEPLAN, outubro de 2010). A Região Administrativa de Águas Claras – RA XX foi criada a partir da Lei n.º 3.153, de 06 de maio de 2003, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal de 21/05/2003. Sua criação deu-se pela necessidade de viabilizar o metrô como uma proposta racional de ocupação do solo e expansão ordenada de Brasília. Quando a cidade foi planejada pelo arquiteto e urbanista Paulo Zimbres buscou-se a mesma qualidade de vida do Plano Piloto, embora em outros moldes urbanísticos. Esta área abrange um total de 31,50 Km² e é composta por Águas Claras (Vertical), Areal e Setor Habitacional Arniqueira, que compreende em Arniqueira, Veredas da Cruz, Setor Veredas e Veredão. A população de Águas Claras foi estimada em 135.685, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (PDAD – 2010). Diante desta estimativa analisado o ano de vinda para o Distrito Federal, percebe-se, uma população recém-chegada, 20,2% migraram depois do ano de 2000 e 12,8% entre 1991 e 2000. Apenas 8,1 % chegaram entre 1960-1970 (Tabela 110). Tabela 110: População, por setor, segundo o ano de chegada no Distrito Federal - Águas Claras - 2010 Anos Águas Claras Vertical Areal Arniqueira Águas Claras Nº Nº % Nº % Nº % Nº % Até 1960 2.004 2,5 427 1,5 777 2,8 3.207 2,4 De 1961 a 1970 4.309 5,4 1.371 4,9 2.080 7,5 7.760 5,7 De 1971 a 1980 6.313 7,9 2.833 10,1 2.691 9,6 11.837 8,7 De 1981 a 1990 5.862 7,3 2.650 9,5 2.053 7,4 10.565 7,8 De 1991 a 2000 11.073 13,9 3.290 11,8 3.024 10,8 17.386 12,8 Acima de 2000 20.642 25,9 3.595 12,9 3.190 11,4 27.427 20,2 Nascidos no DF 29.009 36,3 13.374 47,8 13.897 49,8 56.280 41,5

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 344

Anos Águas Claras Vertical Areal Arniqueira Águas Claras Não sabe 601 0,8 427 1,5 194 0,7 1.222 0,9 TOTAL 79.813 100,0 27.966 100,0 27.906 100,0 135.685 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

A respeito da naturalidade dos moradores da RA Águas Claras 41,5% são naturais do Distrito Federal, 11,8% do total da população de Águas Claras são procedentes de Minas Gerais, 8,4% de Goiás e 5,3% da Bahia. Os estados da Região Norte do país não apresentaram participação significativa, assim como é irrisória a presença de estrangeiros na localidade. Na variável local de origem, alguns estados têm se destacado no seu quantitativo populacional: Minas Gerais com 10,9%, Goiás, 8,3%, Bahia, 5,4%, Rio de Janeiro e São Paulo com 5,3% e 5,15, respectivamente com percentuais quase idênticos. (Tabela 111). Tabela 111: Moradores por setores segundo Unidade da Federação/RIDE de onde veio para o Distrito Federal - Águas Claras - Distrito Federal - 2010 Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Unidade da Vertical Federação/RIDE N° % Nº % Nº % Nº % Acre 50 0,1 - - - - 50 0,1 Alagoas 301 0,4 - - 83 0,3 384 0,3 Amapá 50 0,1 - - - - 50 0,1 Amazonas 200 0,3 - - 55 0,2 255 0,2 Bahia 4.058 5,1 1.736 6,2 1.470 5,3 7.264 5,4 Ceará 1.503 1,9 579 2,1 749 2,7 2.831 2,1 Espírito Santo 401 0,5 - - 55 0,2 456 0,3 Goiás¹ 5.411 6,8 2.986 10,7 2.859 10,2 11.256 8,3 Maranhão 1.253 1,6 1.432 5,1 999 3,6 3.684 2,7 Mato Grosso 1.253 1,6 30 0,1 277 1 1.560 1,1 Mato Grosso do Sul 351 0,4 30 0,1 - - 381 0,3 Minas Gerais¹ 9.520 11,9 2.499 8,9 2.829 10,1 14.848 10,9 Pará 802 1,0 396 1,4 277 1 1.475 1,1 Paraíba 1.102 1,4 366 1,3 583 2,1 2.051 1,5 Paraná 2.104 2,6 30 0,1 - - 2.134 1,6 Pernambuco 1.653 2,1 762 2,7 499 1,8 2.914 2,1 Piauí 1.804 2,3 1.615 5,8 749 2,7 4.168 3,1 Rio de Janeiro 6.313 7,9 274 1 610 2,2 7.197 5,3 Rio Grande do Norte 1.102 1,4 61 0,2 111 0,4 1.274 0,9 Rio Grande do Sul 3.106 3,9 152 0,5 250 0,9 3.508 2,6 Rondônia 301 0,4 - - 111 0,4 412 0,3 Roraima 301 0,4 122 0,4 28 0,1 451 0,3 Santa Catarina 651 0,8 30 0,1 28 0,1 709 0,5 São Paulo 5.762 7,2 487 1,7 666 2,4 6.915 5,1 Sergipe 150 0,2 30 0,1 - - 180 0,1 Tocantins 802 1,0 427 1,5 527 1,9 1.756 1,3 Exterior 200 0,3 - - - - 200 0,1 RIDE² 300 0,4 548 1,9 194 0,7 1.042 0,6 Não sabe ------Não mudou 29.009 36,0 13.374 48,1 13.897 49,7 56.280 41,5

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 345

Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Unidade da Vertical Federação/RIDE N° % Nº % Nº % Nº % TOTAL 79.813 100,0 27.966 100,0 27.906 100,0 135.685 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010. (¹): Exclusive os Municípios da RIDE (²): Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno: Abadiânia; Água Fria de Goiás; Alexânia; Buritis; Cabeceiras; Cabeceira Grande; Cidade Ocidental; Cocalzinho de Goiás; Corumbá de Goiás; Cristalina; Formosa; Luziânia; Mimoso de Goiás; Novo Gama; Padre Bernardo; Pirenópolis; Planaltina de Goiás; Santo Antônio do Descoberto; Unaí-MG; Valparaiso de Goiás, exclusive o Distrito Federal.

Ao analisar a origem da população por setores observa-se que os procedentes da Região Sudeste são maioria em Águas Claras Vertical, enquanto, os oriundos da Região Nordeste têm maior representação em Areal e Arniqueira. A migração interna na RA de Águas Clara ainda se encontra, no processo de ocupação territorial. Segundo a Tabela 112, no ano de 2010, dos 135.685 moradores de Águas Claras, 20,6% são procedentes de Taguatinga, 12,9% de Brasília, 10,8 do Guará, 8,5% da Ceilândia e 27,2% sempre moraram naquela localidade. Pressupõe-se que a explicação para os fatores que impulsionaram a migração interna desses moradores de outras regiões administrativas para Águas Claras está vinculada à questão da moradia. Na Tabela 112 mostra um conjunto de motivos possíveis que levou a população de Águas Claras a migrar para o Distrito Federal. Desse modo, “Acompanhar parentes e Procura de trabalho” destacaram-se como principal motivação no processo de decisão de migrar. Levando em conta, que o item, “Acompanhar parentes”, se refere, principalmente, aos filhos que chegaram na companhia dos pais. O item “Procura de trabalho” classifica-se, então, como a principal motivação da migração para o Distrito Federal. Tabela 112: População, por setor, segundo o motivo da mudança para o DF - Águas Claras – 2010 Motivo da mudança Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Vertical Nº % Nº % Nº % Nº % Acompanhar parentes 25.753 32,3 7.006 25,1 6.853 24,6 39.612 29,2 Estudo e/ou escola 952 1,2 366 1,3 166 0,6 1.484 1,1 Aquisição de moradia 100 0,1 - - - - 100 0,1 Aluguel mais barato ------Programa do governo para a - - 30 0,1 - - 30 0,0 moradia Transferência do local de 7.465 9,4 244 0,9 388 1,4 8.097 6,0 trabalho Procura de trabalho 14.880 18,6 6.641 23,7 6.241 22,4 27.762 20,5 Melhor acesso aos serviços de 301 0,4 61 0,2 55 0,2 417 0,3 saúde Mudança de estado civil 301 0,4 61 0,2 139 0,5 501 0,4 Dificuldade no relacionamento 100 0,1 - - 28 0,1 128 0,1 familiar Outros motivos 952 1,2 183 0,7 139 0,5 1.274 0,9 Não mudou 29.009 36,3 13.374 47,8 13.897 49,8 56.280 41,5 TOTAL 79.813 100,0 27.966 100,0 27.906 100,0 135.685 100,0

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 346

Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010.

Segundo a PDAD de 2010, dos residentes da Região Administrativa de Águas Claras – RA XX, 19,5% são crianças até 14 anos, 16,5% têm idades entre 15 a 24 anos, 53,3 % estavam entre 25 e 59 anos e 10,5% são idosos com 60 anos e mais. Vale ressaltar que, 70,0% da população são compostas por adultos em idade ativa, 15 a 59 anos – grupos de pessoas que, em princípios, estão inseridas no mercado de trabalho (Tabela 113). Tabela 113: População segundo os grupos de idade - Águas Claras - DF - 2010 Grupos de Idade Águas Claras Vertical Areal Arniqueira Águas Claras Nº % Nº % Nº % Nº % 0 a 4 anos 6.263 7,8 1.676 6,0 2.136 7,7 10.075 7,4 5 a 6 anos 1.703 2,1 853 3,1 860 3,1 3.416 2,5 7 a 9 anos 2.305 2,9 1.432 5,1 1.387 5,0 5.124 3,8 10 a 14 anos 3.106 3,9 2.986 10,7 1.831 6,6 7.923 5,8 15 a 18 anos 4.459 5,6 2.254 8,1 1.720 6,2 8.433 6,2 19 a 24 anos 7.265 9,1 3.898 13,9 3.024 10,8 14.187 10,5 25 a 39 anos 24.851 31,1 6.398 22,9 7.544 27,0 38.793 28,6 40 a 59 anos 19.790 24,8 6.367 22,8 7.351 26,3 33.508 24,7 60 anos ou mais 10.071 12,6 2.102 7,5 2.053 7,4 14.226 10,5 TOTAL 79.813 100,0 27.966 100,0 27.906 100,0 135.685 100,0 Fonte: CODPELAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

Entre os grupos etários, com crescimento de maior impacto, destaca-se o grupo de 0 a 4 anos que quase triplicou, se comparado ao PDAD 2004, que tinha na época uma proporção de 2,8%, passando para 7,4% em 2010 e o grupo de idosos que duplicou, de 5,6% para 10,5%, no mesmo período. Ainda segundo o resultado da pesquisa, a população de Águas Claras apresentou taxa de crescimento anual muito elevada, 20,8%, no período de 2004/2010. Tal processo pode ser explicado, pelo acelerado ritmo de ocupação espacial, reflexo da construção civil local. Em 2004, residia em Águas Claras o montante de 43.623 pessoas, passando em 2010 para 135.685. Em função do crescimento populacional elevado torna-se fundamental pensar como esse fenômeno poderá afetar na ocupação da população residente nessa Região Administrativa. Cerca de 2/3 da população estão em idade laboral, o que requer uma maior capacidade de geração de empregos. Os dados apresentados no gráfico abaixo se comparado a estrutura etária por setor de Águas Claras, observa-se que todos apresentaram o mesmo padrão. A população encontra-se envelhecida. Ao considerar a participação dos grupos com idades inferiores a 15 anos, estes são pouco representativos se comparados aos de 15 a 59 anos. Quanto às pessoas com idade acima de 60 anos percebe-se um percentual significativo, principalmente, em Águas Claras Vertical se levar em conta que é uma localidade nova no Distrito Federal. Observa-se, assim, uma população em processo de envelhecimento nos três setores da Região Administrativa XX.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 347

Gráfico 52: População por grupo de idade em Águas Claras

Segundo os dados da PDAD 2010, estima-se que Águas Claras vivem um montante de 135.685 pessoas, onde as mulheres são maioria 51,2%. A menor participação dos homens reflete-se a uma razão de sexo desproporcional, 95,4%, ou seja, uma defasagem na ordem de cinco homens em cada 100 mulheres. Quando os dados são comparados por setores, percebe-se o mesmo padrão a exceção do Setor Arniqueira onde a representação da população masculina é superior, 52,1%. Na Região Administrativa de Águas Claras do total da população 23,2% estão em escolas particulares. Quando os dados são analisados por setores percebe-se que a condição de estudo da população de Águas Claras Vertical e Arniqueira são similares, ambas estão nas escolas particulares, 26,5% e 23% respectivamente, embora no primeiro setor apenas, 3,5% dos moradores utilizam a escola pública. Por outro lado, 23,9% do contingente populacional de Areal utilizam as escolas públicas (Tabela 114). Tabela 114: População segundo a condição de estudo - Águas Claras – DF - 2010 Condição de Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Estudo Vertical Nº % Nº % Nº % Nº % Não Estuda 55.864 70,0 17.425 62,3 18.502 66,3 91.791 67,7 Escola Pública 2.806 3,5 6.672 23,9 2.996 10,7 12.474 9,2 Escola Particular 21.143 26,5 3.869 13,8 6.408 23,0 31.420 23,2 TOTAL 79.813 100,0 27.966 100,0 27.906 100,0 135.685 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

Os níveis de escolaridade da população de Águas Claras por setores são bem distintos. Observa-se que os moradores de Águas Claras Vertical têm o grau de instrução proporcionalmente elevado, em relação aos demais, com uma participação no ensino superior completo de 27,8%, enquanto

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 348

Arniqueira 13,1% e Areal 5,7% (Tabela 115). Quanto aos analfabetos não foi detectado nenhum caso em Águas Claras Vertical, enquanto, no Areal constatou-se 1,5%, e Arniqueira, 0,9%. Tabela 115: População segundo nível de escolaridade - Águas Claras – DF - 2010 Nível de Escolaridade Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Vertical Nº % Nº % Nº % Nº % Analfabeto (15 anos ou mais) - - 427 1,5 250 0,9 676 0,5 Sabe ler e escrever 150 0,2 366 1,3 222 0,8 737 0,5 (15 anos ou mais) Alfabetização de adultos - - 91 0,3 28 0,1 119 0,1 Maternal e creche 1.303 1,6 152 0,5 277 1,0 1.733 1,3 Jardim I e II/Pré-Escolar 2.154 2,7 792 2,8 610 2,2 3.556 2,6 Fundamental incompleto 7.565 9,5 9.901 35,4 6.380 22,9 23.846 17,6 Fundamental completo 1.503 1,9 2.011 7,2 1.609 5,8 5.123 3,8 Ensino médio incompleto 5.060 6,3 2.589 9,3 2.080 7,5 9.730 7,2 Ensino médio completo 13.127 16,4 5.941 21,2 6.186 22,2 25.253 18,6 Superior incompleto 10.722 13,4 2.498 8,9 3.495 12,5 16.715 12,3 Superior completo 22.196 27,8 1.584 5,7 3.662 13,1 27.442 20,2 Curso de especialização 8.968 11,2 274 1,0 1.082 3,9 10.324 7,6 Mestrado 2.706 3,4 152 0,5 305 1,1 3.163 2,3 Doutorado 351 0,4 - - 111 0,4 462 0,3 Crianças de 6 a 14 anos não 4.008 5,0 - - - - 4.008 3,0 alfabetizadas Não sabe ------Menor de 6 anos fora da escola - - 1.188 4,2 1.609 5,8 2.797 2,1 TOTAL 79.813 100,0 27.966 100,0 27.906 100,0 135.685 100,0 Fonte: CODEPLAN Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras – PDAD 2010

A partir das informações coletadas no tocante a ocupação da população moradora em Águas Claras, observa-se que 46,0% têm alguma atividade remunerada e 9,6% estão aposentados. Cabe destacar o percentual relativamente baixo de desempregados – 4,3% (Tabela 116). Tabela 116: População, por setor, segundo a situação de atividade - Águas Claras /DF - 2010 Situação de Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Atividade Vertical Nº % Nº % Nº % Nº % Não tem atividade 2.455 3,1 1.280 4,6 610 2,2 4.345 3,2 Tem trabalho 37.678 47,2 11.516 41,2 13.259 47,5 62.453 46,0 remunerado Aposentado 9.519 11,9 1.523 5,4 1.859 6,7 12.901 9,5 Aposentado 551 0,7 30 0,1 83 0,3 665 0,5 trabalhando Pensionista 701 0,9 518 1,9 277 1,0 1.496 1,1 Do lar 6.413 8,0 1.615 5,8 1.886 6,8 9.914 7,3 Desempregado 2.054 2,6 2.285 8,2 1.470 5,3 5.809 4,3 Estudante 10.121 12,7 5.240 18,7 4.078 14,6 19.439 14,3 Trabalho 50 0,1 - - - - 50 0,0 voluntário Menor de 10 Anos 10.271 12,9 3.960 14,2 4.383 15,7 18.614 13,7

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 349

Situação de Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Atividade Vertical Nº % Nº % Nº % Nº % TOTAL 79.813 100,0 27.966 100,0 27.906 100,0 135.685 100,0 Fonte: CODEPLAN– Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

Com relação à ocupação da população, observa-se que o setor terciário abrange a maior percentagem, com 20,2% alocadas no funcionalismo público federal, 16,3% no GDF e 19,1% no comércio. Como era previsível os setores primário e secundário têm pouca representatividade com 1,2% e 5,1% respectivamente. Ao analisar essas informações separadas para cada setor de Águas Claras, de forma similar, as três atividades são mais encontradas em todos eles, sendo que em Areal e Arniqueira os trabalhadores no comércio são mais representativos, com 21,6% e 29,4%. Cabe ressaltar que somente em Areal os trabalhadores da construção civil representam 8,7% (Tabela 117). Tabela 117: População, por setor, segundo o setor de atividade remunerada - Águas Claras DF – 2010 Setor de Atividade Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Remunerada Vertical Nº % Nº % Nº % Nº % Agropecuária 551 1,4 122 1,1 111 0,8 784 1,2 Construção civil 351 0,9 1.005 8,7 666 5,0 2.022 3,2 Indústria 451 1,2 305 2,6 472 3,5 1.228 1,9 Comércio 5.662 14,8 2.530 21,6 3.884 29,4 12.076 19,1 Adm. pública federal 10.121 26,5 1.005 8,7 1.692 12,7 12.818 20,2 Adm. pública do GDF 7.515 19,6 975 8,4 1.775 13,3 10.265 16,3 Transporte 601 1,6 457 4,0 416 3,1 1.474 2,3 Comunicação 802 2,1 274 2,4 222 1,7 1.298 2,1 Educação 1.603 4,2 274 2,4 250 1,9 2.127 3,4 Saúde 1.754 4,6 274 2,4 305 2,3 2.333 3,7 Serviços domésticos 1.202 3,1 701 6,1 804 6,0 2.707 4,3 Serviços pessoais 150 0,4 366 3,2 111 0,8 627 1,0 Serviços de creditícios e 2.054 5,4 274 2,4 388 2,9 2.716 4,3 financeiros Serviços comunitários - - 30 0,3 - - 30 0,1 Serviços de informática 1.553 4,1 183 1,6 361 2,7 2.097 3,3 Serviços de arte/cultura 551 1,4 30 0,3 166 1,2 747 1,2 Serviços em geral 551 1,4 1.462 12,7 610 4,6 2.623 4,2 Outras atividades 2.806 7,3 1.250 10,8 1.055 7,9 5.109 8,1 Não sabe - - 30 0,3 28 0,2 58 0,1 TOTAL 38.278 100,0 11.547 100,0 13.316 100,0 63.139 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

A renda domiciliar em Águas Claras tem origem predominantemente no trabalho assalariado com 75,4% da população ocupada. Em segunda posição vêm os autônomos, sendo que os empregadores são pouco representativos. Chama atenção o percentual significativo de trabalhadores assalariados da iniciativa privada que não possuem carteira assinada, 9,6% (Tabela 118).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 350

Tabela 118: População segundo a posição na ocupação - Águas Claras - DF -- 2010 Posição na Ocupação Águas Claras Vertical Areal Arniqueira Águas Claras Nº % Nº % Nº % Nº % Empregado com carteira de 15.131 39,6 5.697 49,3 5.548 41,6 26.376 41,8 trabalho Empregado sem carteira de 3.758 9,8 1.219 10,6 1.082 8,1 6.058 9,6 trabalho Empregado temporário 50 0,1 61 0,5 55 0,4 166 0,3 Serviço público e militar 11.173 29,2 1.310 11,3 2.497 18,8 14.979 23,7 Conta-própria (autônomo) 6.964 18,2 2.986 25,9 3.551 26,7 13.500 21,4 Empregador 551 1,4 - 0,0 333 2,5 884 1,4 Estagiário 501 1,3 183 1,6 222 1,7 906 1,4 Cargo comissionado 150 0,4 61 0,5 - - 211 0,3 Não sabe - - 30 0,3 28 0,2 58 0,1 TOTAL 38.278 100,0 11.547 100,0 13.316 100,0 63.138 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

A renda domiciliar per capita mensal média de Águas Claras é da ordem de R$2.282,00 (dois mil duzentos e oitenta e dois reais), correspondentes a 4,5 salários mínimos vigentes. Já Águas Claras Vertical apresenta uma renda per capita de R$3.352,00 (três mil trezentos e cinquenta e dois reais), superior à média da Região Administrativa. Os setores Arniqueira e Areal apresentam rendas per capitas menores, de R$1.685,00 (um mil seiscentos e oitenta e cinco reais) e R$872,00 (oitocentos e setenta e dois reais), respectivamente, equivalentes a 3,3 e 1,7 salários mínimos. (Tabela 119). Tabela 119: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Águas Claras - DF– 2010 Setor Renda Domiciliar Mensal Renda Per Capita Mensal Valores Absolutos R$ 1,00 Valores em Salários Valores Absolutos Valores em Mínimos R$ 1,00 Salários Mínimos Águas Claras Vertical 9.175 18,0 3.352 6,6 Areal 3.050 6,0 872 1,7 Arniqueira 6.196 12,1 1.685 3,3 Águas Claras 6.823 13,4 2.282 4,5 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

A distribuição dos domicílios segundo as classes de renda domiciliar revelou que em Águas Claras Vertical mais de um terço dos domicílios percebem mais de 20 salários mínimos mensais sendo que foi detectado na pesquisa apenas 0,7% domicílio com renda de apenas um SM. O Areal apresenta uma situação econômica mais baixa, sendo que cerca de um terço dos domicílios tem renda domiciliar média mensal entre 2 a 5 SM, enquanto em Arniqueira este percentual é de um quarto na faixa de 10 a 20 SM (Tabela 120). Águas Claras é uma região Administrativa de classe média onde apenas 2,1% dos domicílios vivem com um salário mínimo enquanto 58,9% recebem acima de 10 salários mínimos mensais.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 351

Tabela 120: Distribuição dos Domicílios ocupados, por setor, segundo as Classes de Renda Domiciliar - Águas Claras - Distrito Federal - 2010 Classes de Renda Águas Claras Areal Arniqueira Águas Claras Vertical Nº % Nº % Nº % Nº % Até 1 Salário Mínimo 150 0,7 427 5,9 166 2,6 743 2,1 Mais de 1 a 2 Salários Mínimo 301 1,4 1.523 21,2 527 8,2 2.351 6,6 Mais de 2 a 5 Salários Mínimos 902 4,1 2.316 32,2 1.387 21,6 4.604 12,9 Mais de 5 a 10 Salários Mínimos 3.758 17,0 1.706 23,7 1.470 22,9 6.934 19,5 Mais de 10 a 20 Salários Mínimos 9.619 43,6 1.005 14,0 1.637 25,7 12.261 34,4 Mais de 20 Salários Mínimos 7.315 33,2 213 3,0 1.221 19,0 8.749 24,5 Subtotal 22.045 100,0 7.190 100,0 6.408 100,0 35.642 100,0 Renda não Declarada 3.908 - 91 - 610 - 4.610 - TOTAL 25.953 - 7.281 - 7.018 - 30.252 - Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

A predominância de pessoas do sexo masculino na posição de responsável de domicílios em Águas Claras cresceu 6,2 pontos percentuais no período de seis anos (Tabela 121). Em 2004, a participação dos responsáveis do sexo masculino era de 74,8% passando para 81,0% em 2010. Tabela 121: Distribuição dos responsáveis pelos domicílios, por setor, segundo o sexo – Águas Claras/DF – 2010 Sexo Águas Claras Vertical Areal Arniqueira Águas Claras Nº % Nº % Nº % Nº % Homens 21.293 82,0 5.270 72,4 6.047 86,2 32.61 81,0 Mulheres 4.660 18,0 2.011 27,6 971 13,8 7.641 19,0 TOTAL 25.953 100,0 7.281 100,0 7.018 100,0 40.252 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras – PDAD 2010

Computando o número de domicílios das três localidades, a pesquisa estimou em 40.252 moradias de diversas modalidades. “Águas Claras Vertical” congrega a maior parte delas, respondendo por 64,5% dos domicílios ocupados. Na localidade de ”Areal” está concentrada a segunda maior quantidade de moradias, sendo responsável por 18,1%, enquanto que em “Arniqueira” concentram 17,4% do restante. Observando a composição dos domicílios segundo a espécie, em cada uma das localidades, registra-se a situação das moradias improvisadas. Embora com participação relativamente baixa, 2,1% em “Areal” e 0,4% em “Arniqueira”, áreas já existentes antes de ser elevada à categoria de Região Administrativa. Ainda nessas duas localidades, foi registrado a presença de domicílios do tipo “permanente em construção”, porém são usados como moradia, sendo 9,1%, em “Arniqueira” e 4,2% em “Areal” (Tabela 122).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 352

Tabela 122: Domicílios ocupados segundo a espécie - Águas Claras - DF- 2010 Espécie de Domicílio Águas Claras Vertical Areal Arniqueira Águas Claras Nº % Nº % Nº % Nº % Permanente 25.953 100,0 6.824 93,7 6.352 90,5 39.129 97,3 Improvisado - - 152 2,1 28 0,4 180 0,4 Permanente em construção - - 305 4,2 638 9,1 943 2,3 TOTAL 25.953 100,0 7.281 100,0 7.018 100,0 40.252 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010.

De acordo com a CODEPLAN em “Águas Claras Vertical” as moradias são exclusivamente do “tipo apartamento”, sendo 4,4% são Quitinete/estúdio. Em “Areal”, 84,9% dos domicílios, são do tipo casa; 9,6% apartamentos e 2,9% Quitinete/estúdio. Os “barracos” também estão presentes, representando 1,7%, e, 0,8% do tipo “uso misto”. No núcleo urbano “Arniqueira”, 86,9% das moradias são do tipo casa, 6,7 são apartamentos e mais 3,2% de Quitinete/Estúdio, com 2,4%, de “uso misto”, além de “barraco e cômodo”, que somados representam 0,8%. As moradias da Região Administrativa em sua maioria, 64,5% são do tipo apartamento, que somado à modalidade quitinete/estúdio, representam 68,4% (Tabela 123). Tabela 123: Domicílios ocupados, por setor, segundo o tipo - Águas Claras - Distrito Federal – 2010 Tipo de Domicílio Águas Claras Vertical Areal Arniqueira Águas Claras Nº % Nº % Nº % Nº % Casa - - 6.184 84,9 6.102 86,9 12.287 30,5 Barraco - - 122 1,7 28 0,4 150 0,4 Cômodo - - - - 28 0,4 28 0,1 Quitinete/estúdio 1.152 4,4 213 2,9 222 3,2 1.588 3,9 Flat ------Apartamento 24.801 95,6 701 9,6 472 6,7 25.972 64,5 Uso misto - - 61 0,8 166 2,4 227 0,6 Outros ------TOTAL 25.953 100,0 7.281 100,0 7.018 100,0 40.252 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

Dos 40.252 domicílios estimados pela pesquisa, para zona urbana da Região Administrativa de Águas Claras, 43,6% são próprios e quitados. Se considerado apenas os de “Águas Claras Vertical”, verifica-se que 52,5%, são dessa modalidade, o que pode ser tido como bom parâmetro, a classe de renda dos proprietários, tendo em vista que a localidade é nova e com grande oferta de financiamento. Na sequência “Areal” registrou 38,5%, “Arniqueira”, 15,8%, na mesma condição. Em relação à condição do domicílio, “próprio em aquisição” “Arniqueira” registrou a maior participação relativa, 41,1%, “Águas Claras Vertical”, 21,8% e “Areal” apenas, 7,9%. Chama a atenção a condição de “alugado” representando 24% na região, “Areal” com 32,6%, “Águas Claras Vertical”, 25,1% e Arniqueira, 11,1%. Nas localidades de “Areal” e “Arniqueira”, foi registrada a presença de domicílios em terrenos não legalizados. Estas Informações oferecem subsídios para atuação governamental no setor habitacional (Tabela 124).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 353

Tabela 124: Domicílios ocupados, por setor, segundo a condição - Águas Claras - Distrito Federal – 2010 Condição do Domicílio Águas Claras Vertical Areal Arniqueira Águas Claras Nº % Nº % Nº % Nº % Próprio quitado 13.628 52,5 2.804 38,5 1.110 15,8 17.540 43,6 Próprio em aquisição 5.662 21,8 579 7,9 2.885 41,1 9.125 22,7 Próprio em terreno não Legalizado - - 30 0,4 1.997 28,4 2.028 5,0 Próprio em assentamento/invasão - - 944 13,0 55 0,8 1.000 2,5 Alugado 6.513 25,1 2.376 32,6 777 11,1 9.666 24,0 Cedido 100 0,4 548 7,5 194 2,8 843 2,1 Funcional 50 0,2 - - - - 50 0,1 Outros ------TOTAL 25.953 100,0 7.281 100,0 7.018 100,0 40.252 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Águas Claras - PDAD 2010

 Região Administrativa Guará – RA X A construção do Guará iniciou-se em 1967 para absorver funcionários públicos e trabalhadores do Setor de Indústria e Abastecimento – SIA, de invasões e núcleos provisórios. Tendo sido as primeiras casas construídas por meio de mutirão. Seu nome se deve ao córrego Guará, em homenagem ao lobo Guará, espécie do Planalto Central e muito comum na região à época da construção de Brasília. Em 1969, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil - NOVACAP e a antiga SHIS, hoje Instituto de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal - IDHAB efetuaram com a urbanização de um novo setor - Guará II, para atender os funcionários da união. A Região Administrativa do Guará foi criada pela Lei nº 049 em 25 de outubro de 1989, que a definiu como RA X. A região é formada pelo Guará I e II e Quadras Econômicas Lucio Costa – QELC, SMAS Tr.1 e 2, SGCV e SOF/Sul. Assim sua população foi estimada em 2011, em 125.703 habitantes. Quando analisado o ano de chegada ao Distrito Federal, percebe-se que, do total da população migrante, 44,6% migraram entre 1961 e 1980. Cabe destacar a migração acima de 2000 (16,6%) (Tabela 125). Tabela 125: População pelo ano de chegada no Distrito Federal - Guará/DF - 2011. Anos Nº % % de Imigrantes Até 1960 6.342 5,0 9,7 De 1961 a 1970 14.460 11,5 22,1 De 1971 a 1980 14.672 11,7 22,5 De 1981 a 1990 8.668 6,9 13,3 De 1991 a 2000 9.936 7,9 15,2 Acima de 2000 10.824 8,6 16,6 Não sabe 381 0,3 0,6 Imigrantes 65.283 51,9 100,0 Nascidos no DF 60.420 48,1 TOTAL 125.703 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011.

Conforme levantamento dos residentes na RA X, 48,1% do contingente populacional é natural do próprio Distrito Federal. Dos imigrantes, 45,6% são naturais da Região Nordeste, 33,8% do Sudeste

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 354

e 13,4% do Centro-Oeste, enquanto apenas 4,1% e 2,7% são do Norte e Sul do País. Na variável, local de origem dos moradores, observa-se maior participação da Região Nordeste (43,6%), Sudeste (34,2%) e Centro-Oeste (14,8%). A Tabela 126 mostra um conjunto de fatores que motivou a migração dos residentes no Guará para o Distrito Federal. Acompanhar parentes e procura de trabalho destacaram-se como principais motivações na decisão de migrar. Levando em conta, que o item acompanhar parentes refere-se, principalmente, aos filhos que chegaram em companhia dos pais, a procura de trabalho classifica- se, então, como fator de motivação determinante da migração para o Distrito Federal. Tabela 126: População segundo o motivo da mudança para o Distrito Federal - Guará -DF – 2011 Motivo da Mudança Nº % % de Imigrantes Acompanhar parentes 34.967 27,9 53,6 Estudo e/ou escola 888 0,7 1,4 Aquisição de moradia 42 0.0 0,1 Aluguel mais barato - - - Programa do governo para a moradia - - - Transferência do local de trabalho 1.395 1,1 2,1 Procura de trabalho 26.680 21,2 40,9 Melhor acesso aos serviços de saúde 381 0,3 0,6 Mudança de estado civil 296 0,2 0,5 Dificuldade no relacionamento familiar - - - Outros motivos 592 0,5 0,9 Não sabe 42 0,0 0,1 Total de Imigrantes 65.283 51,9 100,0 Distrito Federal 60.420 48,1 TOTAL 125.703 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

Dos moradores do Guará, 70,6% têm mais de 10 anos de residência na região, prevalecendo, aqueles que moram na localidade há mais de 15 anos (57,4%) (Tabela 127). Tabela 127: População segundo o tempo de moradia na Região Administrativa atual - Guará - DF- 2011 Tempo de Moradia Nº % Menos de 1 ano 2.748 2,2 1 a 5 anos 21.944 17,5 6 a 9 anos 12.008 9,6 10 a 14 anos 16.617 13,2 15 ou mais anos 72.259 57,4 Não sabe 127 0,1 TOTAL 125.703 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011.

Segundo os dados da PDAD 2010/2011, do total de habitantes da RA X, 15,7% têm até 14 anos de idade, proporção abaixo da média do DF (25,5%) (Tabela 128). O grupo de 15 a 59 anos, que supostamente compõe a força de trabalho, responde por 66,7% dos habitantes. Concentram–se 17,6% dos habitantes na faixa etária de 60 anos ou mais, dados muito acima da média do DF (7,4%).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 355

Tabela 128: População segundo os grupos de idade - Guará - Distrito Federal – 2011 Grupos de Idade Nº % 0 a 4 anos 6.089 4,8 5 a 6 anos 2.791 2,2 7 a 9 anos 3.763 3,0 10 a 14 anos 7.146 5,7 15 a 18 anos 6.976 5,5 19 a 24 anos 12.896 10,3 25 a 39 anos 30.104 23,9 40 a 59 anos 33.741 27,0 60 a 64 anos 6.215 4,9 65 anos ou mais 15.982 12,7 TOTAL 125.703 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

A maior parte da população é constituída por mulheres (54,9%). A razão de sexo, expressa pelo número de homens para cada 100 mulheres, é de 82,2, muito abaixo da registrada no Distrito Federal (91,0) (Tabela 129). Tabela 129: População segundo o sexo - Guará - Distrito Federal – 2011 Sexo Nº % Masculino 56.700 45,1 Feminino 69.003 54,9 TOTAL 125.703 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

Da população total do Guará, 28,5% são estudantes, sendo que uma pequena maioria (52,6%) frequenta a escola particular (Tabela 130). Em relação ao grau de instrução da população somente 0,9% declarou ser analfabeto. A maior participação concentra-se na categoria dos que têm ensino fundamental médio completo (25,8%). O ensino superior completo, incluindo curso de especialização, mestrado e doutorado, é o segundo nível de escolaridade com maior representatividade (23,7%). O ensino fundamental incompleto conta com 18,6%. Cabe observar que deste total, 51,9% são estudantes na faixa etária adequada (Tabela 131). Tabela 130: População segundo a condição de estudo - Guará - Distrito Federal – 2011 Condição de Estudo Nº % Não estuda 89.806 71,5 Escola Pública 16.997 13,5 Escola Particular 18.900 15,0 TOTAL 125.703 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

Tabela 131: População segundo nível de escolaridade - Guará - Distrito Federal – 2011 Nível de Escolaridade Nº % Analfabeto (15 anos ou mais) 1.184 0,9 Sabe ler e escrever (15 anos ou mais) 846 0,7 Alfabetização de adultos 127 0,1 Maternal e creche 1.226 1,0 Jardim I e II/Pré Escolar 3.256 2,6

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 356

Nível de Escolaridade Nº % Fundamental incompleto 23.297 18,6 Fundamental completo 5.454 4,3 Ensino médio incompleto 8.583 6,8 Ensino médio completo 32.472 25,8 Superior incompleto 15.306 12,2 Superior completo 27.017 21,5 Curso de especialização 2.114 1,7 Mestrado 550 0,4 Doutorado 85 0,1 Crianças de 6 a 14 anos não alfabetizadas - - Não sabe 169 0,1 Menor de 6 anos fora da escola 4.017 3,2 TOTAL 125.703 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

A partir das informações coletadas no tocante à ocupação dos moradores do Guará, observa-se que 44,7% têm atividade remunerada, enquanto 14,6% encontram-se aposentados. Os desempregados somam 3,5% da população total (Tabela 132). Entre os que trabalham 30,9% desenvolvem suas atividades na Administração Pública (Federal e GDF), 23,1% no comércio, e 4,8% na educação (Tabela 133). Tabela 132: População segundo a situação de atividade - Guará - DF – 2011 Situação de Atividade Nº % Não tem atividade 3.594 2,9 Tem trabalho remunerado 56.403 44,7 Aposentado 17.589 14,0 Aposentado trabalhando 761 0,6 Pensionista 3.213 2,6 Do lar 9.556 7,6 Desempregado 4.355 3,5 Estudante 17.505 13,9 Trabalho voluntário 85 0,1 Menor de 10 Anos 12.642 10,1 TOTAL 125.703 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

Tabela 133: População ocupada segundo atividade remunerada - Guará/DF – 2011 Setor de Atividade Remunerada Nº % Agropecuária 127 0,2 Construção civil 1.395 2,4 Indústria 338 0,6 Comércio 13.193 23,1 Administração pública federal 8.668 15,2 Administração pública do GDF 8.964 15,7 Transporte 888 1,6 Comunicação 1.099 1,9 Educação 2.748 4,8 Saúde 1.226 2,1

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 357

Setor de Atividade Remunerada Nº % Serviços domésticos 1.945 3,4 Serviços pessoais 1.057 1,8 Serviços de creditícios e 1.607 2,8 financeiros Serviços comunitários - - Serviços de informática 1.353 2,4 Serviços de arte/cultura 169 0,3 Serviços em geral 3.425 6,0 Outras atividades 8.921 15,6 Não sabe 42 0,1 TOTAL 57.165 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

Do contingente de trabalhadores, a pesquisa indica que a maioria (52,3%) é constituída por empregados, sendo que destas, 47,6% possuem carteira assinada e somente 4,7% não as possuem. Ainda com base nos dados, os serviços, público e militar, constituem 24,7% e os autônomos absorvem 19,4% do total (Tabela 134). Tabela 134: População ocupada segundo a posição na ocupação - Guará - DF – 2011 Posição na Ocupação Nº % Empregado com carteira de 27.229 47,6 trabalho Empregado sem carteira de 2.664 4,7 trabalho Empregado temporário 296 0,5 Serviço público e militar 14.122 24,7 Conta própria (Autônomo) 11.078 19,4 Empregador 634 1,1 Estagiário 846 1,5 Cargo comissionado 296 0,5 Trabalhador não remunerado - - Não sabe - - TOTAL 57.165 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

A renda domiciliar média da população do Guará apurada na pesquisa é da ordem de R$ 6.051,00, correspondente a 11,1 salários mínimos (SM) e a renda per capita é de R$ 1.853,00 (3,4 SM) (Tabela 135). Ao analisar a distribuição da renda domiciliar bruta mensal, segundo as classes de renda, com base em múltiplos de salários mínimos, verifica-se que a mais expressiva é a de mais de 10 até 20 SM, que concentra 29,3% dos domicílios, seguido da classe de mais de 5 até 10 SM (28,0%), que juntos totalizam 57,3% do total. Cabe destacar a participação significativa, em termos proporcionais, para aqueles que recebem mais de 20 SM (14,4%) (Tabela 136).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 358

Tabela 135: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Guará /DF - 2011 Renda Domiciliar Média Mensal Renda Per Capita Média Mensal Valores Absolutos Valores em Salários Valores Absolutos Valores em Salários R$ 1,00 Mínimos R$ 1,00 Mínimos 6.051 11,1 1.853,00 3,4 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

Tabela 136: Distribuição dos domicílios ocupados segundo as Classes de Renda Domiciliar - Guará - Distrito Federal – 2011 Classes de Renda Nº % Até 1 Salário Mínimo 719 2,0 Mais de 1 a 2 Salários Mínimos 2.156 5,9 Mais de 2 a 5 Salários Mínimos 7.399 20,4 Mais de 5 a 10 Salários Mínimos 10.190 28,0 Mais de 10 a 20 Salários Mínimos 10.655 29,3 Mais de 20 Salários Mínimos 5.243 14,4 Subtotal 36.362 100,0 Renda não declarada 1.776 TOTAL 38.138 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – Guará - PDAD 2011

Gráfico 53: População por grupo de idade em Águas Claras

Os responsáveis pelos domicílios em sua maioria são homens (64,3%), enquanto 35,7% são mulheres (Tabela 137). Tabela 137: Distribuição dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo - Guará - DF – 2011 Sexo Nº % Homens 24.523 64,3 Mulheres 13.615 35,7 Total 38.138 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Guará - PDAD 2011

O número de domicílios urbanos estimados é de 38.138 e, considerando que a população urbana estimada é de 125.703 habitantes, a média de moradores por domicílio urbano é de 3,3 pessoas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 359

Na região, 100% das construções são permanentes (Tabela 138). As residências na localidade se dividem em casas e apartamentos, correspondendo a 51,7% e 47,2%, respectivamente. As quitinetes/estúdios representam somente 1,0% dos domicílios (Tabela 139). Tabela 138: Domicílios ocupados, segundo a espécie - Guará - DF – 2011 Espécie de Domicílio Nº % Permanente 38.138 100,0 Improvisado - - Permanente em construção - - TOTAL 38.138 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

Tabela 139: Domicílios ocupados segundo o tipo - Guará - Distrito Federal – 2011 Tipo de Domicílio Nº % Casa 19.703 51,7 Barraco - - Cômodo 42 0,1 Quitinete/Estúdio 381 1,0 Flat - - Apartamento 18.012 47,2 Uso misto - - Outros - - TOTAL 38.138 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

Quanto à forma de ocupação, 58,5% dos entrevistados declararam que seus domicílios são próprios quitados e 8,9%, próprios, em aquisição. Próprios, em terrenos não legalizados, e próprios, em assentamento/invasão, juntos somam somente 1,1%. Os domicílios alugados representam 24,6%, enquanto 5,4% são cedidos (Tabela 140). Tabela 140: Domicílios ocupados segundo a condição - Guará - Distrito Federal - 2011 Condição do Domicílio Nº % Próprio quitado 22.281 58,5 Próprio em aquisição 3.383 8,9 Próprio em terreno não legalizado 127 0,3 Próprio em assentamento/invasão 296 0,8 Alugado 9.387 24,6 Cedido 2.072 5,4 Funcional 507 1,3 Outros 85 0,2 TOTAL 38.138 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Guará - PDAD 2011

 Região Administrativa de Park Way – RA XXVI A Região Administrativa surgiu com a criação do loteamento das Mansões Suburbanas Park Way (MSPW), incluída no Plano Urbanístico de Brasília, em uma de suas últimas alterações em 1957/1958. Com lotes iniciais de 20.000 m², o atual Setor de Mansões Park Way - MSPW foi

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 360

concebido para ser implantado por partes, sendo registradas inicialmente as áreas destinadas ao uso residencial. Os Decretos nº 14.932/1993 e nº 18.910/1997 permitiram o fracionamento das glebas, em até oito lotes de 2.500 m². Hoje, a RA está dividida em quadras compostas por condomínios fechados, mansões e casas. O Setor de Mansões Park Way fazia parte da Região Administrativa Núcleo Bandeirante - VIII até 2003 e por meio da Lei nº 3.255/2003 passou a ser a 24ª Região Administrativa do Distrito Federal. No Park Way estão alguns dos principais pontos turísticos de Brasília: Casa Niemeyer, Catetinho, Recanto UNIPAZ, Casa de Fazenda (Country Club), Museu Vivo da Memória Candanga, entre outros. A RA possui ainda uma vasta área verde abrangendo reservas ecológicas de instituições públicas entre elas a Universidade de Brasília - UnB, Marinha, Aeronáutica e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. A região não possui comércio, e depende de outras regiões próximas. Em 2012, a população urbana do Park Way foi estimada em 21.162 habitantes. Quando analisado o ano de chegada ao Distrito Federal, percebe-se que, a maior migração ocorreu entre 1971 e 1980, 22,7%. Após 1981, a migração foi relativamente constante, variando entre 15,6% e 19,5% em cada década. (Tabela 141). Tabela 141: População segundo o ano de chegada no DF - Park Way – DF Anos Nº % % de Imigrantes Até 1960 822 3,9 6,8 De 1961 a 1970 2.299 10,9 19,1 De 1971 a 1980 2.720 12,8 22,7 De 1981 a 1990 1.877 8,9 15,6 De 1991 a 2000 1.887 8,9 15,7 Acima de 2000 2.341 11,1 19,5 Não sabe 74 0,3 0,6 Imigrantes 12.020 56,8 100,0 Nascidos no DF 9.142 43,2 - TOTAL 21.162 100,0 - Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Conforme levantamento dos residentes na RA XXIV, a maioria (56,8%) do contingente populacional é imigrante. Destes, 45,9% são naturais da Região Sudeste, 29,1%, do Nordeste, 15,4%, da Região Centro-Oeste, 5,1% do Sul e apenas 3,0% são do Norte do País. Em relação à origem por estados, Minas Gerais é o mais representativo (25,1%), seguido de Goiás (14,3%), Rio de Janeiro (10,8%), e São Paulo (9,1%) Na variável, local de origem dos moradores, 44,8% vêm da Região Sudeste seguido das Regiões Nordeste (28,6%), Centro-Oeste (15,7%), Sul (5,5%) e Norte (3,6%). Alguns estados têm se destacado no quantitativo populacional: Minas Gerais (23,9%), Goiás (14,7%), Rio de Janeiro (11,1%) e São Paulo (9,1%), situação similar à naturalidade. A Tabela 142 mostra um conjunto de fatores que motivou a migração dos residentes no Park Way para o Distrito Federal. A procura de trabalho e acompanhar parentes destacaram-se como principais motivos na decisão de migrar. Levando-se em conta que o item acompanhar parentes,

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 361

refere-se, principalmente, aos filhos que chegaram em companhia dos pais. A procura de trabalho classifica-se como fator de motivação determinante da migração para o Distrito Federal. Tabela 142: População segundo o motivo da mudança para o DF - Park Way - DF Motivo da Mudança Nº % % de Imigrantes TOTAL 21.162 100,0 - Distrito Federal 12.020 56,8 - Total de Imigrantes 9.142 43,2 100,0 Acompanhar parentes 6.494 30,7 54,0 Estudo e/ou escola 422 2,0 3,5 Aquisição de moradia 32 0,2 0,3 Aluguel mais barato - - - Programa do governo para a moradia - - - Transferência do local de trabalho 401 1,9 3,3 Procura de trabalho 4.302 20,3 35,8 Melhor acesso aos serviços de saúde 63 0,3 0,5 Mudança de estado civil 116 0,5 1,0 Dificuldade no relacionamento familiar - - - Outros motivos 158 0,7 1,3 Não sabe 32 0,2 0,3 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Dos moradores, 25,7% têm mais de 15 anos de residência no Park Way. Observa-se, no entanto, que o local ainda se constitui como polo atrativo, uma vez que 34,2% moram na RA há menos de seis anos (Tabela 143). Tabela 143: População, por tempo de moradia na Região Administrativa atual - Park Way/DF - 2012 Tempo de Moradia Nº % Menos de 1 ano 1.076 5,1 1 a 5 anos 6157 29,1 6 a 9 anos 3.733 17,6 10 a 14 anos 4.766 22,5 15 ou mais anos 5.430 25,7 Não sabe - - TOTAL 21.162 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Segundo os dados da PDAD 2012, do total de habitantes da RA, 15,8% têm até 14 anos de idade, proporção abaixo da média do DF que é de 23,7%. O grupo de 15 a 59 anos, que supostamente compõe a força de trabalho, corresponde a 66,8% dos habitantes, enquanto a média do DF é de 68,6% (Censo de 2010). A faixa etária de 60 anos ou mais representa a 17,4% dos habitantes, muito acima da média do DF (7,7%). (Tabela 144). Tabela 144: População segundo os grupos de idade - Park Way - Distrito Federal - 2012 Grupos de Idade Nº % 0 a 4 anos 1.012 4,8 5 a 6 anos 464 2,2 7 a 9 anos 612 2,9

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 362

Grupos de Idade Nº % 10 a 14 anos 1.255 5,9 15 a 18 anos 1.170 5,5 19 a 24 anos 2.246 10,9 25 a 39 anos 4.397 20,8 40 a 59 anos 6.326 29,6 60 a 64 anos 1.318 6,2 65 anos ou mais 2.362 11,2 TOTAL 21.162 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

A distribuição populacional por sexo na localidade (51,7%) é constituída por mulheres. A razão de sexo, expressa pelo número de homens para cada 100 mulheres é de 93,3, acima da registrada no Distrito Federal, 90,7 (Tabela 145). Tabela 145: População segundo o sexo - Park Way - Distrito Federal - 2012 Sexo Nº % Masculino 10.217 48,3 Feminino 10.945 51,7 TOTAL 21.162 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Da população total do Park Way, 29,3% são estudantes, sendo que a maioria (20,7%) frequenta a escola particular (Tabela 146). Em relação ao grau de instrução da população, apenas 0,9% declara ser analfabeta. A maior participação concentra-se na categoria dos que têm o nível superior completo (42,4%), seguido do ensino fundamental incompleto (15,4%) e médio completo (14,6%). Cabe observar que não foram encontradas crianças (6 a 14 anos), não alfabetizadas (Tabela 147). Tabela 146: População segundo a condição de estudo - Park Way - DF – 2012 Condição de Estudo Nº % Não estuda 14.962 70,7 Escola Pública 1.824 8,6 Escola Particular 4.376 20,7 TOTAL 21.162 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Tabela 147: População segundo o nível de escolaridade - Park Way - DF - 2012 Nível de Escolaridade Nº % Analfabeto (15 anos ou mais) 200 0,9 Sabe ler e escrever (15 anos ou mais) 137 0,6 Alfabetização de adultos 11 0,0 Maternal e creche 148 0,7 Jardim I e II/Pré Escolar 685 3,2 Fundamental incompleto 3.258 15,4 Fundamental completo 569 2,7 Médio incompleto 1.160 5,5 Médio completo 3.089 14,6 Superior incompleto 2.320 11,0 Superior completo 7.129 33,9

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 363

Nível de Escolaridade Nº % Curso de especialização 1.170 5,5 Mestrado 422 2,0 Doutorado 221 1,0 Crianças de 6 a 14 anos não alfabetizadas - - Não sabe - - Menor de 6 anos fora da escola 643 3,0 TOTAL 21.162 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

A partir das informações coletadas no tocante à ocupação dos moradores do Park Way, observa-se que 45,5% têm atividades remuneradas, enquanto 15,4% estão aposentados. Os desempregados somam apenas 3,0% da população total (Tabela 148). Entre os que trabalham 33,7% desenvolvem suas atividades na Administração Pública (Federal e Distrital) seguido por 12,6%, no comércio (Tabela 149). Tabela 148: População segundo a situação de atividade - Park Way - DF – 2012 Situação de Atividade Nº % Não tem atividade 432 2,0 Tem trabalho remunerado 9.606 45,5 Aposentado 3.269 15,4 Aposentado trabalhando 179 0,8 Pensionista 232 1,1 Do lar 1.307 6,2 Desempregado 643 3,0 Estudante 3.406 16,1 Trabalho voluntário - - Menor de 10 Anos 2.088 9,9 TOTAL 21.162 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Tabela 149: População ocupada segundo o setor de atividade remunerada - Park Way - Distrito Federal - 2012 Setor de Atividade Remunerada Nº % Agropecuária 116 1,2 Construção civil 232 2,4 Indústria 42 0,4 Comércio 1.234 12,6 Administração Pública Federal 2.036 20,8 Administração Pública Distrital 1.265 12,9 Transporte 148 1,5 Comunicação 137 1,4 Educação 390 4,0 Saúde 253 2,6 Serviços domésticos 696 7,1 Serviços pessoais 137 1,4 Serviços de creditícios e financeiros 95 1,0 Serviços comunitários - - Serviços de informática 200 2,0

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 364

Setor de Atividade Remunerada Nº % Serviços de arte/cultura 42 0,4 Serviços em geral 496 5,1 Outras atividades 2.267 23,2 Não sabe - - TOTAL 9.786 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Do contingente de trabalhadores, 42,1% são empregados, sendo que 37,0% possuem carteira assinada. Os ocupados no Serviço Público e Militar representam 28,6% e os autônomos, 25,8% do total da mão de obra (Tabela 150). Tabela 150: População ocupada segundo a posição na ocupação - Park Way - DF - 2012 Posição na Ocupação Nº % Empregado com carteira de trabalho 3.617 37,0 Empregado sem carteira de trabalho 443 4,5 Empregado temporário 63 0,6 Serviço Público e Militar 2.794 28,6 Conta própria (Autônomo) 2.520 25,8 Empregador 158 1,6 Estagiário 148 1,5 Cargo comissionado 32 0,3 Trabalhador não remunerado 11 0,1 Não sabe - - TOTAL 9.786 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Com base nos dados levantados sobre a situação ativa da população de Park Way a renda domiciliar média apurada na pesquisa, é da ordem de R$ 13.246,00, correspondente a 21,3 salários mínimos (SM) e a renda per capita é de R$ 3.781,00, (6,1 SM). Ao analisar a distribuição da renda domiciliar bruta mensal, segundo as classes de renda, com base em múltiplos de salários mínimos, verifica-se que a mais expressiva é superior a 20 SM que concentra 48,1% dos domicílios que responderam à questão, seguidos da classe de mais de 10 até 20 SM (21,1%). Destaca-se o percentual dos que ganham até 2 SM (8,9%) (Tabela 151 e Tabela 152). Do total da população, os 10% de menor poder aquisitivo detêm apenas 0,7% da renda média mensal auferida pelos moradores, sendo que os 10% mais ricos absorvem 26,0% da renda, apresentando um Coeficiente de Gini de 0,4211. Tabela 151: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Park Way - DF – 2012 Renda Domiciliar Média Mensal Renda Per Capita Média Mensal Valores Absolutos Valores em Salários Valores Absolutos Valores em Salários R$ 1,00 Mínimos R$ 1,00 Mínimos 13.246 21,3 3.781 6,1 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 365

Tabela 152: Distribuição dos domicílios ocupados segundo as Classes de Renda Domiciliar - Park Way - Distrito Federal – 2012 Classes de Renda Nº % Até 1 Salário Mínimo 105 2,3 Mais de 1 a 2 Salários Mínimos 306 6,6 Mais de 2 a 5 Salários Mínimos 517 11,2 Mais de 5 a 10 Salários Mínimos 496 10,8 Mais de 10 a 20 Salários Mínimos 970 21,1 Mais de 20 Salários Mínimos 2.214 48,1 SUBTOTAL 4.608 100,0 RENDA NÃO DECLARADA 1.223 - TOTAL 5.831 - Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Os responsáveis pelos domicílios em sua maioria são homens (83,4%), enquanto 16,6% são mulheres (Tabela 153). Tabela 153: Distribuição dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo - Park Way - DF – 2012 Sexo Nº % Homens 4.861 83,4 Mulheres 970 16,6 TOTAL 5.831 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

O número de domicílios urbanos estimados é de 5.831 e, considerando que a população urbana estimada é de 21.162 habitantes, a média de moradores por domicílio urbano é de 3,6 pessoas. Na região quase a totalidade das construções é permanente (Tabela 154). A Região Administrativa do Park Way é constituída essencialmente por domicílios do tipo casa, 98,3% (Tabela 155). Tabela 154: Domicílios ocupados, segundo a espécie - Park Way - DF – 2012 Espécie de Domicílio Nº % Permanente 5.746 98,5 Improvisado 74 1,3 Permanente em construção 11 0,2 TOTAL 5.831 100,0 Fonte: CODEPLAN– Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

Tabela 155: Domicílios ocupados segundo o tipo - Park Way - Distrito Federal – 2012 Tipo de Domicílio Nº % Casa 5.735 98,3 Barraco 74 1,3 Cômodo - - Quitinete/Estúdio 11 0,2 Flat - - Apartamento - - Uso misto 11 0,2 Outros - - TOTAL 5.831 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 366

Quanto à forma de ocupação, 89,1% dos entrevistados declaram que seus domicílios são próprios, e 69,6%, próprios quitados. Os domicílios alugados representam apenas 3,6% (Tabela 156). Tabela 156: Domicílios ocupados segundo a condição - Park Way - DF – 2012 Condição do Domicílio Nº % Próprio quitado 4.060 69,6 Próprio em aquisição 264 4,5 Próprio em terreno não legalizado 875 15,0 Próprio em assentamento/invasão - - Alugado 211 3,6 Cedido 411 7,1 Funcional 11 0,2 Outros - - TOTAL 5.831 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Park Way - PDAD 2012

 Região Administrativa Núcleo Bandeirante – RA VIII O Núcleo Bandeirante constitui um dos principais núcleos de povoamento anteriores à inauguração de Brasília, tendo à época a função comercial no contexto da construção da nova capital federal. A existência da localidade estava limitada ao período da construção de Brasília (1956-1960). Para incentivar a vinda de comerciantes foi permitido a estes não só fixar residência, como também foi concedido à isenção de impostos; daí o nome de Cidade Livre. Até a inauguração da capital, os lotes eram emprestados sob a forma de comodato, isto é, sem escritura, admitindo-se que o núcleo habitacional era provisório. A partir de 1960, uma vez cancelado o contrato de comodato, os comerciantes foram transferidos para Brasília, mas os terrenos acabaram sendo invadidos por famílias de baixa renda que ali se fixaram. A área atrelada a Região Administrativa é composta pelo Núcleo Bandeirante propriamente dito, Vila Metropolitana, Setor de Clubes, Vila Nova Divinéia, Agrovila Vargem Bonita, Colônia Agrícola Núcleo Bandeirante I e II e Área Isolada Vargem Bonita. Essa RA teve seus primeiros limites geográfico em 20 de dezembro de 1961 pela Lei nº 4.0201, no entanto, a sua criação é citada pela Lei nº 49 de 1989, que, alterada pela Lei nº 110 de 1990. Define:

“Art. 9º: O Distrito Federal é dividido em doze Regiões Administrativas: Brasília, Cruzeiro, Guará, Núcleo Bandeirante, Gama, Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, e Paranoá.”

Em 2011, a população urbana do Núcleo Bandeirante foi estimada pela Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD 2010/2011 em 26.089 habitantes. Quando analisado o ano de chegada ao Distrito Federal, percebe-se que, do total da população, 50,4% migraram até 1980, com destaque à migração ocorrida a partir do ano 2000 (20,4%) (Tabela 157).

1 Informação disponível em . Acesso em janeiro de 2014.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 367

Tabela 157: População segundo o ano de chegada no Distrito Federal - Núcleo Bandeirante/DF- 2011 Anos Nº % % de Imigrantes Até 1960 1.697 6,5 12,0 De 1961 a 1970 2.723 10,4 19,3 De 1971 a 1980 2.697 10,3 19,1 De 1981 a 1990 1.802 6,9 12,8 De 1991 a 2000 2.223 8,5 15,7 Acima de 2000 2.883 11,2 20,4 Não sabe 105 0,4 0,7 IMIGRANTES 14.130 54,2 100,0 NASCIDOS NO DF 11.959 45,8 TOTAL 26.089 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Conforme levantamento dos residentes na RA VIII, 45,8% do contingente populacional é natural do próprio Distrito Federal. Dos imigrantes, 49,6% são naturais da Região Nordeste, 28,8% do Sudeste e 13,5% do Centro-Oeste, enquanto apenas 5,4% e 2,7% são do Norte e do Sul do País. Na variável local de origem dos moradores, observa-se maior participação da Região Nordeste (47,7%), Sudeste (30,0%) e Centro-Oeste 13,9. Sobre isso, a Tabela 158 mostra um conjunto de fatores que motivou a migração para o Distrito Federal residentes no Núcleo Bandeirante. Acompanhar parentes e Procura de trabalho destacaram-se como principais motivações na decisão de migrar. Levando em conta, que o item acompanhar parentes refere-se, principalmente, aos filhos que chegaram em companhia dos pais, o item Procura de trabalho classifica-se, então, como fator de motivação determinante da migração para o DF. Tabela 158: População segundo o motivo da mudança para o Distrito Federal - Núcleo Bandeirante - Distrito Federal - 2011 Motivo da Mudança Nº % % de Imigrantes Acompanhar parentes 7.499 28,7 53,1 Estudo e/ou escola 211 0,8 1,5 Aquisição de moradia 39 0,2 0,3 Aluguel mais barato - - - Programa do governo para a moradia - - - Transferência do local de trabalho 145 0,6 1,0 Procura de trabalho 5.947 22,8 42,1 Melhor acesso aos serviços de saúde 53 0,2 0,4 Mudança de estado civil 92 0,4 0,7 Dificuldade no relacionamento familiar 13 0,1 0,1 Outros motivos 118 0,5 0,8 Não sabe 13 0,1 0,1 TOTAL DE IMIGRANTES 14.130 54,2 100,0 DISTRITO FEDERAL 11.959 45,8 TOTAL 26.089 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 368

Dos moradores do Núcleo Bandeirante, 47,7% da população tem mais de 15 anos de residência na região (Tabela 159). Tabela 159: População segundo o tempo de moradia na Região Administrativa atual - Núcleo Bandeirante - Distrito Federal - 2011 Tempo de Moradia Nº % Menos de 1 ano 710 2,7 1 a 5 anos 6.249 24,0 6 a 9 anos 2.684 10,3 10 a 14 anos 4.013 15,4 15 ou mais anos 12.433 47,7 Não Sabe - - TOTAL 26.089 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Segundo os dados da PDAD 2010/2011, do total de habitantes da RA, 18,2% têm até 14 anos de idade, proporção abaixo do DF (25,5%) (Tabela 160). No grupo de 15 a 59 anos, que compõe a força de trabalho, são 65,4%. Na faixa de 60 anos ou mais, concentram-se 16,4% dos habitantes, acima da média do DF (7,4%). Tabela 160: População segundo os grupos de idade - Núcleo Bandeirante - DF – 2011 Grupos de Idade Nº % 0 a 4 anos 1.381 5,3 5 a 6 anos 539 2,1 7 a 9 anos 974 3,7 10 a 14 anos 1.842 7,1 15 a 18 anos 1.276 4,9 19 a 24 anos 2.842 10,9 25 a 39 anos 6.144 23,6 40 a 59 anos 6.815 26,0 60 anos ou mais 4.276 16,4 TOTAL 26.089 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

A maior parte da população é constituída por mulheres (55,9%). A razão de sexo, expressa pelo número de homens para cada 100 mulheres, é de 78,8, bem abaixo da registrada no Distrito Federal (90,7), reflexo, provavelmente, do elevado percentual de população acima de 60 anos ou mais, majoritariamente formada por mulheres (Tabela 161). Tabela 161: População segundo o sexo - Núcleo Bandeirante - Distrito Federal – 2011 Sexo Nº % Masculino 11.499 44,1 Feminino 14.590 55,9 TOTAL 26.089 100,0 Fonte: CODEPLAN– Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Quanto ao grau de instrução do total da população do Núcleo Bandeirante, 27,6% são estudantes, sendo que a maioria frequenta a escola pública (Tabela 162). Em relação ao grau de instrução da população, 1,2% declararam ser analfabetas. A maior participação concentra-se na categoria dos

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 369

que têm ensino médio completo (26,3%). O ensino fundamental incompleto é o segundo nível de escolaridade com maior representatividade (22,1%). Cabe observar que deste total, 40,4% são estudantes na faixa etária adequada. O curso superior completo, incluindo curso de especialização, mestrado e doutorado, totaliza 19,0%, se somado com o superior incompleto, soma quase 30% dos habitantes (Tabela 163). Tabela 162: População segundo a condição de estudo - Núcleo Bandeirante - DF- 2011 Condição de Estudo Nº % Não estuda 18.893 72,4 Escola Pública 3.894 14,9 Escola Particular 3.302 12,7 TOTAL 26.089 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Tabela 163: População segundo nível de escolaridade - Núcleo Bandeirante – DF – 2011 Nível de Escolaridade Nº % Analfabeto (15 anos ou mais) 303 1,2 Sabe ler e escrever (15 anos ou mais) 184 0,7 Alfabetização de adultos - - Maternal e creche 224 0,9 Jardim I e II/Pré Escolar 566 2,2 Fundamental incompleto 5.776 22,1 Fundamental completo 1.552 6,0 Ensino médio incompleto 1.855 7,1 Ensino médio completo 6.866 26,3 Superior incompleto 2.829 10,8 Superior completo 4.526 17,3 Curso de especialização 329 1,3 Mestrado 66 0,3 Doutorado 13 0,1 Crianças de 6 a 14 anos não alfabetizadas 13 0,1 Não sabe 13 0,1 Menor de 6 anos fora da escola 974 3,7 TOTAL 26.089 100 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

A partir das informações coletadas no tocante à ocupação dos moradores do Núcleo Bandeirante, observa-se que 45,8% têm atividade remunerada, enquanto 11,8% encontram-se aposentados. Os desempregados somam 3,5% da população total conforme Tabela 164 E entre os que trabalham desenvolvendo atividades no comércio correspondem a 32,9%, enquanto 19,5%, em órgãos públicos (Tabela 165). Tabela 164: População segundo a situação de atividade - Núcleo Bandeirante - DF-2011 Situação de Atividade Nº % Não tem atividade 789 3,0 Tem trabalho remunerado 11.959 45,8 Aposentado 3.079 11,8 Aposentado trabalhando 211 0,8

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 370

Situação de Atividade Nº % Pensionista 645 2,5 Do lar 1.868 7,2 Desempregado 908 3,5 Estudante 3.723 14,3 Trabalho voluntário 13 0,1 Menor de 10 Anos 2.894 11,1 TOTAL 26.089 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Tabela 165: População ocupada, por setor de atividade remunerada - Núcleo Bandeirante - DF - 2011 Setor de Atividade Remunerada Nº % Agropecuária 118 1,0 Construção civil 224 1,8 Indústria 118 1,0 Comércio 4.013 32,9 Administração pública federal 1.026 8,4 Administração pública do GDF 1.355 11,1 Transporte 500 4,1 Comunicação 211 1,7 Educação 434 3,6 Saúde 368 3,0 Serviços domésticos 395 3,2 Serviços pessoais 237 1,9 Serviços de creditícios e financeiros 158 1,3 Serviços comunitários 26 0,2 Serviços de informática 211 1,7 Serviços de arte/cultura 66 0,5 Serviços em geral 539 4,4 Outras atividades 2.184 17,9 Não sabe - - TOTAL 12.183 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Do contingente de trabalhadores, a pesquisa indica que a maioria (56,8%) é constituída por empregados, sendo que, 50,8% possuem carteira assinada, e 5,7% não a possuem. Os autônomos representam 25,6% e no serviço público e militar estão 14,4% (Tabela 166). Tabela 166: População ocupada segundo a posição na ocupação - Núcleo Bandeirante - DF – 2011 Posição na Ocupação Nº % Empregado com carteira de trabalho 6.184,0 50,8 Empregado sem carteira de trabalho 697,0 5,7 Empregado temporário 39,0 0,3 Serviço público e militar 1.750,0 14,4 Conta-própria (Autônomo) 3.118,0 25,6 Empregador 145,0 1,2 Estagiário 184,0 1,5 Cargo comissionado 53,0 0,4

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 371

Posição na Ocupação Nº % Trabalhador não remunerado 13,0 0,1 Não sabe - - TOTAL 12.183 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Com base nos dados levantados sobre a situação ativa da população do Núcleo Bandeirante a renda domiciliar média, apurada na pesquisa, é da ordem de R$ 4.510,00, correspondente a 8,3 salários mínimos (SM) e a renda per capita é de R$ 1.377,00 (2,5 SM). Ao analisar a distribuição da renda domiciliar bruta mensal, segundo as classes de renda, com base em múltiplos de salários mínimos, verifica-se que a mais expressiva é a de mais de 5 até 10 SM, que concentra 32,0% dos domicílios, seguidos da classe de 2 até 5 SM (28,6%). Cabe destacar a participação significativa daqueles que percebem mais de 10 a 20 SM (20,0%) e os que auferem uma renda domiciliar acima de 20 SM (7,6%) (Tabela 168 e Gráfico 54). Tabela 167: Renda Domiciliar Média Mensal e Per Capita Média Mensal - Núcleo Bandeirante/DF -2011 Renda Domiciliar Média Mensal Renda Per Capita Média Mensal Valores Absolutos Valores em Salários Valores Absolutos Valores em Salários R$ 1,00 Mínimos R$ 1,00 Mínimos 4.510 8,3 1.377 2,5 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Tabela 168: -Distribuição dos domicílios ocupados segundo as Classes de Renda Domiciliar - Núcleo Bandeirante - Distrito Federal – 2011 Classes de Renda Nº % Até 1 Salário Mínimo 263 3,5 Mais de 1 a 2 Salários Mínimos 618 8,3 Mais de 2 a 5 Salários Mínimos 2.144 28,6 Mais de 5 a 10 Salários Mínimos 2.394 32,0 Mais de 10 a 20 Salários Mínimos 1.500 20,0 Mais de 20 Salários Mínimos 566 7,6 SUBTOTAL 7.485 100,0 RENDA NÃO DECLARADA 422 TOTAL 7.907 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 372

Gráfico 54: População por grupo de idade em Águas Claras

Os responsáveis pelos domicílios em sua maioria são homens (63,6%), enquanto em 36,4%, são mulheres (Tabela 169). Tabela 169: Distribuição dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo - Núcleo Bandeirante - DF- 2011 Sexo Nº % Homens 5.026 63,6 Mulheres 2.881 36,4 TOTAL 7.907 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante- PDAD 2011

O número de domicílios urbanos estimados é de 7.907 e, considerando que a população urbana estimada é de 26.089 habitantes, a média de moradores por domicílio urbano é de 3,30 pessoas. Na região, 98,8% das construções são permanentes (Tabela 170). Os tipos de residências predominante na localidade são casas e apartamentos correspondendo a 48,4% e 45,4%, respectivamente. (Tabela 171). Tabela 170: Domicílios ocupados, segundo a espécie - Núcleo Bandeirante - DF - 2011 Espécie de Domicílio Nº % Permanente 7.815 98,8 Improvisado 92 1,2 Permanente em construção - - TOTAL 7.907 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Tabela 171: Domicílios ocupados segundo o tipo - Núcleo Bandeirante - DF– 2011 Tipo de Domicílio Nº % Casa 3.829 48,4 Barraco 92 1,2 Cômodo - - Quitinete/Estúdio 368 4,7 Flat 26 0,3

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 373

Tipo de Domicílio Nº % Apartamento 3.592 45,4 Uso misto - - Outros - - TOTAL 7.907 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011

Quanto à forma de ocupação, 57,0% dos entrevistados declararam que seus domicílios são próprios. Os domicílios alugados representam 36,8% percentual extremamente elevado, enquanto 6,2% são cedidos (Tabela 172). Tabela 172: Domicílios ocupados segundo a condição - Núcleo Bandeirante - DF –2011 Condição do Domicílio Nº % Próprio quitado 4.144 52,3 Próprio em aquisição 329 4,2 Próprio em terreno não legalizado 13 0,2 Próprio em assentamento/invasão 26 0,3 Alugado 2.908 36,8 Cedido 487 6,2 Funcional - - Outros - - TOTAL 7.907 100,0 Fonte: CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Núcleo Bandeirante - PDAD 2011.

 Considerações Com base no apresentado, considera-se que a AII dos Setores Habitacionais em estudo, apresentam uma população bastante diversificada, composta por geração de moradores locais e do Distrito Federal, bem como contém indivíduos vindos de outros estados, com destaque à região Nordeste, seguida pelas Sudeste e Centro-Oeste; o Sul e o Norte do país são os que menos contribuem para a miscigenação cultural. Sobre o tempo de residência no local, constatou-se que, respeitando a data de fundação de cada RA, o período variou entre 5 a 15 anos, sendo que o principal motivo da migração é o acompanhamento de parentes. Verificou-se que se trata de uma população adulta (entre 40 a 59 anos), predominantemente feminina e com formação escolar com ensino médio completo; Águas Claras e Park Way apresentaram a melhor escolaridade, com ensino superior completo, locais onde foram registrados os melhores rendimentos domiciliares (R$ 6.823,00 e R$ 13.246,00, respectivamente) e ocupação na administração pública federal. Área de Influência Direta – AID – Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão - SHBS e áreas intersticiais/ remanescentes do setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3 A caracterização demográfica dos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão - SHBS e áreas intersticiais/ remanescentes do setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3, foi realizada através de pesquisa de campo, onde contabilizou-se uma população de, aproximadamente, 42.209 pessoas. Ao cruzar com o número de residências identificadas no local, chegou-se a uma média de 3,9 pessoas por unidade habitacional, ficando um pouco acima da média registrada no DF (3,72 pessoas por domicílio).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 374

Registrou-se uma população bastante jovem, composta por, em média, 22% de crianças (de 0 a 12 anos), 15% de adolescentes (de 12 a 18 anos), 62% de adultos (19 a 59 anos) e 1,7% de idosos (de 60 anos ou mais), o que vem ao encontro do verificado na AII. A pesquisa sobre o tempo de residência dos moradores dos Setores Habitacionais em estudo mostrou que 36,10% dos habitantes moram na área por um período de até 5 anos, 32,38%, entre 6 a 10 anos, 15,75% de 11 a 15 anos, 6,02% dos entre 16 a 20 anos e apenas 3,44% de 21 a 25 anos. Isto revela que ocorreu uma significativa mudança no perfil da população, fato diretamente relacionado ao fracionamento das pequenas chácaras para a instalação de condomínios habitacionais (Gráfico abaixo). p , ;

40

30

20

Percent 36,10% 32,38%

10 15,76%

6,02% 4,58% 3,44% 1,72% 0 0 - 5 6 - 10 11 - 15 16- 20 21- 25 Mais de 25 Não Sabe anos N = 371

Gráfico 55: Tempo de Residência nos SHAr, SMPW - Trecho 3 e SHBS - DF; 2011 Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais em estudo (2011).

O critério que caracteriza chefes de domicílio é o seu autoreconhecimento como tal, bem como pelos outros integrantes da família, independentemente da sua participação financeira na constituição da renda familiar. Sobre isso, a pesquisa revelou que aproximadamente, 55,01% das pessoas entrevistadas consideraram-se chefes do domicílio. Ao se dividir esse dado por gênero, observa-se uma predominância da população masculina (Tabela 173), dado que acompanha a tendência verificada nas demais regiões do Distrito Federal. Tabela 173: Chefes de Domicílio do SHAr, SMPW e SHBS, Segundo Sexo. Sexo Chefes de Família Percentual

Feminino 22 35,9% Masculino 128 64,1% TOTAL 200 100% Fonte: Pesquisa de Socioeconômica do SHAr, SHBS e SMPW – Trecho 3; (TOPOCART 2011)

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 375

A renda familiar é um dos indicadores mais expressivos para a construção do perfil socioeconômico de uma comunidade, ainda que possa configurar problemas por não levar em conta o tamanho médio e a composição da faixa etária dos membros da família. Os dados da pesquisa revelaram a existência de dois níveis de renda com maior expressividade: 26,23% da população declarou receber de 1,1 a 3 salários mínimos e 24,59% indica receber acima de 7 salários mínimos, Classes D e B, respectivamente. Esta diferença socioeconômica foi verificada em campo, quando se constatou locais arborizados, com residências de alto padrão, arruamento largo e com passeios (Setor de Mansão Park Way, por exemplo) e zonas carentes com sistema viário estreito, casas inacabadas e de construídas com materiais classe B (Areal, Arniqueira e Bernardo Sayão). Cabe salientar que, durante a pesquisa de campo foram encontrados diversos bolsões de pobreza (Figura 393 e Figura 395 )A definição mais abrangente de pobreza, a considerar como privação do bem-estar, tendo em vista a ausência de elementos necessários que permitam às pessoas levarem uma vida digna em uma sociedade. A pobreza também está associada à falta de oportunidades e poder, e pela vulnerabilidade de grupos sociais com maior probabilidade de acirrarem a sua condição ou de sofrerem risco de entrar na pobreza.

Figura 393: Bolsão de Pobreza- SHAr

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 376

Figura 394: Bolsão de Pobreza- SHAr

A definição de pobreza torna-se mais ampla no âmbito das pesquisas quantitativas, várias metodologias se desenvolveram nas últimas décadas, mas destacam-se três práticas mais frequentes: as que medem a pobreza absoluta pela identificação de uma linha abaixo da qual as pessoas não teriam um padrão de vida, considerando o mínimo aceitável; as que medem a pobreza relativa através do reconhecimento de pessoas que tenham um nível de vida baixo em relação a outros grupos da sociedade; e as que medem a pobreza subjetiva (percepção dos próprios indivíduos sobre as suas condições mínimas necessárias de sobrevivência). Pesquisadores do IBGE/FGV realizaram distribuição de renda tendo em vista classes sociais. É importante ratificar que essa distribuição por classe social é uma adaptação da FGV aos dados da PNAD – Pesquisa Nacional de Amostras Domiciliares do IBGE, que estratifica por faixa de renda, incluindo a estratificação de renda segundo o Critério de Classificação Econômica Brasil, divulgado anualmente pela ABEP – Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa. Segue Tabela 174 informativa: Tabela 174: Renda Familiar Mensal por Classe Social (2008 /2009). Classe Social Renda Familiar Mensal (Salários Mínimos) A + de 15 SM B de 5 SM até 15 SM C de 3 SM até 5 SM D de 1 SM até 3 SM E até 1 SM Fonte: adaptado de PNAD 2008, ABEP 2009 e Fundação Getúlio Vargas.

A partir disso, conclui-se que a caracterização da renda familiar dos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão - SHBS e áreas intersticiais/ remanescentes do setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3, qualificam-se de acordo com as classes sociais A e B. Para validar essas informações, recorreu-se a uma análise das condições de moradia, pois servem de indicador de padrão de conforto e estilo de vida da comunidade, refletindo, também, o perfil socioeconômico da população.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 377

Os resultados da pesquisa mostram que 85,93% dos imóveis dos Setores Habitacionais em estudo são de uso residencial, salvo alguns comércios próximos, os quais representam apenas 12,84% dos imóveis (Gráfico 56). , , , ;

100

80

60

Percent 85,93% 40

20

12,84% 0 1,23% Residencial Comércio Misto N = 371

Gráfico 56: Uso do Domicílio. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais em estudo (2011).

Das três áreas pesquisadas, 89,88% da população declarou possuir casa própria e apenas 9,36% são residências alugadas. Esses resultados indicam que apesar das áreas não serem regularizadas, há um sentimento de propriedade sobre o espaço, pois o tempo de ocupação permitiu que a população se fixasse ao local, construindo imóveis permanentes ou consolidados. Por outro lado, verificou-se que 89,97% dos entrevistados afirmaram estar satisfeitos com sua moradia, sendo que apenas 7,45 indicaram insatisfação com suas residências e somente 2,58% não se posicionaram. Quando perguntados acerca do motivo dessa satisfação, 53% declararam que o não pagamento de aluguel é um importante fator para a estabilidade da família e para a identidade com o local. Além disso, foram apontadas como qualidades a tranquilidade, a boa vizinhança e os bons hábitos da vizinhança (Gráfico 57 ao Gráfico 60).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 378

ç p ç ; , ;

100

80

60

Percent 89,88% 40

20

9,38% 0 0,74% Própria Alugada Não Sabe N = 371

Gráfico 57: Condição de Ocupação Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

, q , , y ;

100

80

60

95,79% Percent 40

20

0 2,59% 1,62% Alvenaria Madeira Não Informado N = 371

Gráfico 58: Padrão Construtivo Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 379

ç ; , , ;

100

80

60

Percent 89,97% 40

20

7,45% 0 2,58% Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 59: Satisfação com a Moradia. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais em estudo (2011).

100

80

60

Percent 87,97% 40

20

8,31% 3,72% 0 Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 60: Satisfação com a vizinhança. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

A pesquisa de campo permitiu inferir que 3,21% das moradias são classificadas como chácaras, constituindo-se em vestígios da formação socioespacial local. Entretanto, verificou-se que as mesmas não têm economia vinculada à produção rural, sendo comum a criação de animais domésticos e pequenas plantações de uso familiar. (Gráfico 61 e Gráfico 62).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 380

100

80

60

Percent 89,14% 40

20

6,67% 3,21% 0 0,99% Lote Apartamento Chácara Não Respodeu N = 371

Gráfico 61: Tipo de Moradia Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais em estudo (2011).

60

40

Percent 63,32%

20 35,53%

0 1,15% Sim Não Não Respondeu N = 371

Gráfico 62: Criação de Animais. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais em estudo (2011).

Os moradores que ocupam essas chácaras se autodenominam como rurais, devido a sua origem. Contudo, salienta-se que estas unidades, no geral, não são utilizadas para produção com vistas à comercialização. Nesse sentido, a caracterização geral da área é urbana.

5.3.2. DIAGNÓSTICO URBANÍSTICO

Para a elaboração do diagnóstico relativo aos usos do solo, equipamentos urbanos, sistema viário e transporte aplicaram-se a metodologia de planejamento participativo, na qual são analisados dados levantados pelos técnicos em diversas fontes e dados fornecidos diretamente pela população, principalmente durante as oficinas comunitárias. Os procedimentos para a elaboração desse

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 381

diagnóstico estão detalhadamente relatados no Relatório de Atividades do Plano de Participação Comunitária – Parcial 2, que faz parte do Projeto de Regularização em pauta. Destaca-se que o diagnóstico elaborado na vertente urbanística abrange uma série de aspectos não relatados no presente EIA/RIMA, que são necessários à formulação da proposta de ocupação da área em pauta (aspectos bioclimáticos, copresenciais, topoceptivos, econômicos, expressivo- simbólicos, de gestão do território, etc.). Em outros processos, esse diagnóstico é apresentado no Plano de Uso e Ocupação do Solo, uma vez que constitui, junto com o diagnóstico do meio ambiente natural, a base para a formulação das diretrizes da proposta de ocupação. Entretanto, no processo de regularização em pauta todos os trabalhos necessários para a formulação e formatação da proposta de ocupação da área, incluindo a etapa de diagnóstico do meio ambiente construído, estão relatados no Relatório de Atividades do Plano de Participação Comunitária – Parcial 2, uma vez que eles foram realizados por meio de processo de construção coletiva entre os diferentes atores, concretizado principalmente nas Oficinas Comunitárias, nas reuniões técnicas e no trabalho interno da Consultora. No que diz respeito ao diagnóstico técnico, as principais fontes de dados utilizadas foram: levantamento aerofotogramétrico, visitas a campo, consultas às concessionárias de serviços públicos e Secretarias de Estado, reuniões da Comissão Técnica de Acompanhamento do projeto, legislação pertinente ao empreendimento, mapas oficiais, sites oficiais na Internet de diversos órgãos governamentais e consulta bibliográfica.

O histórico das propostas urbanísticas para os Setores Habitacionais em estudo

 As propostas de 1993/1994 O Governo do Distrito Federal contratou o chamado Plano Diretor da Expansão Urbana de Águas Claras que abrangia áreas ao norte da EPCL/Via Estrutural, Colônias Agrícola Vicente Pires, Samambaia, Vereda da Cruz, Arniqueira e Vereda Grande (Veredão) onde parte dela foi implantado o bairro de Águas Claras. O plano foi desenvolvido pelo escritório Zimbres e Reis Arquitetos Associados S/C Ltda. e caracterizou-se por estruturar a proposta. Em função de questões operativas o plano trabalhou com quatro áreas homogêneas do ponto de vista de suas características fisiográficas e correspondentes problemas: Área 01: Colônia Agrícola Vicente Pires e Samambaia; Área 02: Colônia Agrícola Águas Claras (entre o córrego Vicente Pires e o Guará); Área 03: Colônia Agrícola Vereda da Cruz, Arniqueira e Vereda Grande (Veredão); Área 04: SMPW. Com relação à situação fundiária, o plano propunha a quebra dos contratos existentes, alegando o “relevante interesse público” aplicável ao caso de expansão de Águas Claras. Desfeito o arrendamento, a gleba poderia ser remembrada e mais uma vez parcelada para os novos usos e formas de ocupação, sendo necessário apenas o pagamento de benfeitorias. No caso da existência de posseiros e/ou invasores, bastaria o governo solicitar a reintegração de posse, neste caso, nem indenizações seriam necessárias.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 382

Quanto à hierarquização do sistema viário, programou-se um zoneamento flexível, onde se fixou certos usos e ocupações, mas por outro lado, deixou-se espaço para manifestações livres. A proposta faz uma integração no sentido norte/sul, na qual o bairro de Águas Claras funcionaria como o centro da área. Sendo que essa integração teria, como obstáculo a EPTG e os vales dos córregos Vereda da Cruz e Arniqueira. O plano trabalhou com uma população de horizonte de 163.000 habitantes para o bairro de Águas Claras e uma população de 188.000 habitantes para as áreas de expansão a serem atingidas em dez anos. Com isso, ter-se-ia uma população total de 351.000 habitantes com uma densidade média bruta de 62 habitantes por hectare.  O EIA/RIMA de 1995 Em 1995, a HABTEC Engenharia Sanitária e Ambiental Ltda. foi contratada para desenvolver o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e o correspondente Relatório de Impacto no Meio Ambiente (RIMA) da proposta do Plano Diretor de Expansão Urbana de Águas Claras. O capítulo final do estudo registra as seguintes recomendações:

• De modo geral, o Plano Diretor de Expansão Urbana de Águas Claras possui elementos suficientes para atingir os objetivos a que se propôs, ou seja, aliviar o Plano Piloto e as Unidades de Conservação ao redor das pressões de urbanização, preservando-o, por um lado, como Patrimônio Cultural da Humanidade e consolidando-o, por outro, um eixo de adensamento e expansão necessária à constituição de uma área metropolitana de apoio ao desenvolvimento econômico da região;

• A oferta de cerca de 43.000 residências à classe média de Brasília, dentro de uma moderna concepção de desenvolvimento sustentável, deve merecer todo o apoio e esforço governamental para sua implantação;

• A incorporação das variáveis constituintes do meio ambiente natural, propiciando a sua preservação é condição essencial para o sucesso do empreendimento. Assim sendo, o Projeto Urbanístico deverá:

• Respeitar os limites das faixas de preservação permanente;

• Os equipamentos urbanos e comunitários propostos, assim como os espaços livres de uso público, deverão ser distribuídos em áreas estratégicas, de modo a configurar subcentralidades e contemplar a função coibitiva da expansão dos vetores urbanos;

• Os Processos de Regularização Fundiária, dada a sua complexidade, deverão ocorrer na totalidade da área antes da implantação de qualquer fase do projeto;

• A demanda de água da expansão da área somada ao abastecimento atual do DF exigirá uma oferta superior à capacidade do sistema atual, o que demandará projetos e investimentos complementares de ampliação da rede;

• O licenciamento da expansão da área deverá ficar condicionado à definição da nova fonte de abastecimento a ser integrada ao sistema existente;

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 383

• Objetivando evitar possíveis invasões recomenda-se que o Governo do Distrito Federal mantenha uma fiscalização rigorosa e constante;

• As etapas de implantação de cada subárea deverão ser priorizadas em função da situação fundiária legalizada e da disponibilidade de infraestrutura;

• A ocupação e construções previstas em locais constituídos por solos com elevado nível de vazios e com possibilidades de recalques; a implantação da via panorâmica próxima à borda de chapada; a ocupação das encostas do córrego Samambaia; os loteamentos previstos no antigo aterro sanitário, bem como a complexidade da situação fundiária local, justificam a necessidade de uma revisão da proposta do Plano Urbanístico. Consideram-se pertinentes algumas recomendações complementares, a saber: Divulgação sistemática das medidas de controle ambiental;

• Estruturação de infraestrutura logística e de pessoal de forma que possibilite a coordenação da execução dos programas ambientais;

• É fundamental que seja definido um cronograma para a realização das intervenções propostas de modo a nortear todo o planejamento setorial subsequente.

 As Propostas de 2001/2002 Em 2001, o Governo do Distrito Federal, através da TERRACAP, por meio de concorrência pública, contratou uma empresa especializada no desenvolvimento de Projetos Urbanísticos, em função das recomendações elencadas no EIA/RIMA desenvolvido em 1995. Na ocasião, a empresa TOPOCART foi contratada e desenvolveu, entre 2001 e 2002, o Diagnóstico e a Proposta Urbanística do chamado Estudo Urbanístico da Expansão Urbana de Águas Claras. O Projeto Urbanístico é descrito e justificado no trecho abaixo extraído do Estudo Urbanístico de 2001/2002:  Divisão das unidades urbanas (bairros) 2

A proposta de intervenção desse Plano se organiza pela transformação de toda a área em urbana subdividida em bairros que, futuramente, poderão constituir juntamente com o Bairro de Águas Claras uma unidade administrativa independente. A nomeação dos bairros leva em consideração o uso da toponímia respeitando a apropriação que a comunidade residente já faz dos espaços constituídos e as divisões propostas no PDL, sendo que foram incorporadas à categoria urbana as áreas rurais remanescentes. Assim, é proposta a criação de dez bairros e um conjunto de áreas remanescentes caracterizados abaixo: (...)

2 O conceito de bairro corresponde a trecho urbano com características de morfologia próprias e limites físicos relativamente claros, fixado no imaginário da população como uma comunidade urbana.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 384

- Bairro Vereda da Cruz: localizado contíguo à cidade de Águas Clara, sua ocupação deverá sofrer profundas alterações com o possível remanejamento das linhas de alta tensão que cortam a área e pela implantação da Via Interbairros (em estudo pelo DER). Sua área é de 143,14 hectares e parte dela, constituída por habitações e chácaras, está encravada nos interstícios do Setor de Mansões Park Way, pertencente à RA VIII do Núcleo Bandeirante. - Bairro Arniqueira: assentado na região de uma topografia acidentada, sua ocupação deverá estar condicionada à proteção dos sítios sensíveis à erosão e das nascentes do Córrego Arniqueira ainda existentes. Abrange uma superfície de 132,57 hectares, sendo que alguns lotes se encontram no SMPW. - Bairro Vereda Grande: localizado no interflúvio entre os Córregos Arniqueira e Vereda Grande, constitui-se basicamente de lotes residenciais, numa área de 339,49 hectares. Nele identifica-se um sítio onde está implantada uma escola de 1º grau que poderá se configurar num subcentro local. Esse sítio, remanescente de antigas áreas de exploração de cascalho, encontra-se degradado, desprovido de qualquer vegetação nativa. A consolidação dessa área como um centro poderá auxiliar na recuperação ambiental da paisagem. - Bairro Veredão: área de 219,81 hectares, locada na Microbacia Hidrográfica do Córrego Vereda Grande, caracterizada por terreno bastante acidentado, canais hidrográficos bem encaixados, demandando uma ocupação rarefeita. Possui grandes terrenos e pequena taxa de ocupação. Sua localização divisa-se com a ADE de Águas Claras e certamente propiciará espaços para a ampliação desse setor lindeiro à EPNB. Assim, como os Bairros Arniqueira e Vereda Grande, parte de sua área encontra-se na RA VIII. - Conjunto de Áreas Remanescentes 1, 2 e 3 do SMPW: constituído por áreas originariamente pertencentes à ARR Vereda Grande (Área Remanescente 01, com uma área de 40,29 hectares), à ARR Arniqueira (Área Remanescente 02, com uma área de 44,45 hectares) e à ARR Vereda da Cruz (Área Remanescente 03, com uma área de 53,80 hectares). É chamado provisoriamente de Conjunto de Áreas Remanescentes, porque não hão de constituir um bairro: são áreas descontínuas e relativamente pequenas. São Áreas Remanescentes, porque não podem fazer parte dos Bairros Veredão, Arniqueira e Vereda da Cruz, apesar de seu parentesco tipológico, em função do critério acima formalizado dos bairros pertencerem à mesma unidade administrativa. Os Bairros Vereda Grande (Veredão), Arniqueira e Vereda da Cruz encontram-se inseridos na RA III – Taguatinga, o Conjunto de Áreas Remanescentes 01, 02 e 03 do SMPW encontram-se inseridas na RA VIII do Núcleo Bandeirante. Nesse sentido, elas deverão ser integradas na elaboração do correspondente Projeto Executivo e registro cartorial ao Setor de Mansões Park Way (SMPW) assumindo nessa integração seu endereçamento definitivo, denominação e correspondentes índices urbanísticos.

 As Propostas do Escritório de Jaime Lerner para a Via Interbairros (2007) Em 2007, o arquiteto Jaime Lerner (Jaime Lerner Arquitetos Associados – JLAA) fez uma proposta para o GDF para a via Interbairros. Nesse estudo, a via Interbairros foi definida como uma via urbana em vez de via expressa, com o objetivo de integrar os núcleos urbanos do Guará, Águas Claras, Taguatinga e Samambaia. O estudo define uma diversidade de funções, usos e tipologias diferentes para a via, a qual seria um eixo de emprego e renda, com atividades ligadas ao comércio e à prestação de serviços. A via foi dividida em vários trechos, onde o trecho de interesse para a área em estudo é VIII, entre o bairro de Águas Claras e o Setor Habitacional Arniqueira.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 385

A proposta desse trecho é constituída por núcleo, com prédios habitacionais verticais (uma torre de trinta andares com prédios com dez ou doze andares) e áreas de comércio, serviço, lazer, praças, parques e estações de metrô. Nesse trecho, essa proposta não considera a ocupação existente e organiza o território, em quadras de 150 x 200 metros, ocupadas por quatro lotes de 7.500 m2. As Figuras (Figura 395 a Figura 398) mostram como ficaria essa ocupação na área.

Figura 395: Planta do trecho VIII da proposta de Jaime Lerner para a Via Interbairros. Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados: Projeto Básico de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal Tema 1 – Macroestruturação Urbana, Relatório 3/3 – Relatório Final, Volume III/VI – Interbairros, abril de 2008.

Figura 396: Vista aérea, em maquete eletrônica, do trecho. Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados: Projeto Básico de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal Tema 1 – Macroestruturação Urbana, Relatório 3/3 – Relatório Final, Volume III/VI – Interbairros, abril de 2008.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 386

Figura 397: Vista da área da praça, gerada a partir de maquete eletrônica. Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados: Projeto Básico de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal – Tema 1 – Macroestruturação Urbana, Relatório 3/3 – Relatório Final, Volume III/VI – Interbairros, abril de 2008.

PÓLO TAGUATINGA SUL

PÓLO ÁGUAS CLARAS

Figura 398: Planta do trecho VIII da proposta de Jaime Lerner para a Via Interbairros. Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados: Projeto Básico de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal Tema 1 – Macroestruturação Urbana, Relatório 3/3 – Relatório Final, Volume III/VI – Interbairros, abril de 2008.

Este estudo foi levado parcialmente em consideração na elaboração da estrutura urbana proposta. Os trechos mais verticalizados e adensados junto à Via Interbairros foram integralmente assumidos,

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 387

até para constituir espacialmente a via em pauta, já que o trecho setentrional, junto do bairro de Águas Claras, assumiria sem maiores restrições a configuração verticalizada e adensada, já que ainda não ocupada. No entanto, os trechos menos verticalizados e adensados, que ocorrem na proposta do arq. Jaime Lerner em direção ao córrego Vereda da Cruz, não foram assumidos com esse formato e densidade, em função de fortes restrições levantadas pelos atuais ocupantes das áreas, como colocado acima. Nesse sentido, uma possível oferta de compensações urbanísticas a partir de uma Operação Urbana Consorciada, imaginada para o trecho junto da Via Interbairros, se apresentou como de interesse para os ocupantes desta faixa (até porque muitos deles já transformaram esta faixa em área mista, com restaurantes, colégios, espaços para atividades noturnas, supermercados, etc.) e a proposta foi vista como indo ao encontro destas transformações. No outro extremo, moradores das áreas estritamente residenciais não se entusiasmaram com a participação em operações não compensadoras, e reagiram veementemente em sentido contrário. Como colocado acima, a proposta de estrutura urbana encaminhada foi um compromisso entre versões técnicas e versões comunitárias.  Estrutura urbana A estrutura urbana proposta consolida tendências detectadas para a área em questão e potencializa-as no sentido de formalizar uma estrutura integrada ao sistema viário, ao transporte coletivo, aos usos e ocupações, às normas de ocupação e construção, à infraestrutura, ao endereçamento, entre outros. É clara a tendência em adensar ocupações ao longo das principais vias, no sentido leste/oeste, correspondentes às faixas de maior acessibilidade e provavelmente com usos caracterizáveis como de centralidade e de habitações coletivas. A tese existente por trás dessa consideração é que atividades centrais e residenciais não são excludentes. Nesse sentido, as faixas ao longo da EPCL/BR-070/DF-095, da EPTG, da Via Interbairros (a ser implantada) e da EPNB/BR-060/DF-075 são propostas como adensáveis. Este perfil poderia ser enriquecido, considerando os interflúvios dos córregos que correm no sentido oeste/leste (Córregos Samambaia, Vereda da Cruz, Arniqueira e Vereda Grande) com os correspondentes pediplanos entre eles. Isso resultaria num gradiente em nível de silhueta, que poderia assumir um esquema como o representado na Figura a seguir que trata do Perfil de ocupação a partir das faixas leste/oeste, vistas no sentido norte/sul. (Figura 399).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 388

Figura 399: Perfil de ocupação a partir das faixas leste/oeste, vistas no sentido norte/sul, proposto no Estudo Urbanístico da Expansão Urbana de Águas Claras, de 2001/2002.

Registra-se, ainda, uma tendência em adensar o sentido norte/sul potencializando o gradiente da topografia, aproveitando a acessibilidade oferecida pela EPCT e a facilidade de transposição de esgotos. Sendo assim, especular-se-ia com densidades menores e construções mais espalhadas nas partes mais baixas, nos trechos de vale junto ao Córrego Vicente Pires, e densidade mais alta e verticalizada na área da chapada, de modo a destacar na paisagem a borda da mesma. Isso resultaria num gradiente, em nível de silhueta, que poderia assumir um esquema como o representado na Figura 400 Perfil de ocupação a partir do gradiente topográfico visto no sentido leste/oeste.

Figura 400: Perfil de ocupação a partir do gradiente topográfico visto no sentido leste/oeste, proposto no Estudo Urbanístico da Expansão Urbana de Águas Claras, de 2001/2002.

Essas duas visões expressam a consolidação morfológica de correspondências entre: (i) Densidades mais altas, ocupações mais verticalizadas e usos centrais com acessibilidade oferecida pelas vias

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 389

arteriais que circundam e atravessam a área de estudo; (ii) Densidades mais baixas e ocupações mais espalhadas nas áreas ambientalmente mais delicadas. O sistema viário, os usos e ocupações propostos deverão potencializar a estrutura insinuada. O sistema viário (caixas de via) deverá ser configurado e complementado para garantir a axialidade e a acessibilidade das áreas potencialmente adensáveis, de modo a oferecer todas as condições para a estruturação de centralidades e subcentralidades, aglutinando nesses pontos as áreas comerciais de maior porte e os equipamentos comunitários públicos e privados.

Dados Sobre Principais Usos e Ocupação do Solo

O projeto propõe a classificação e especificação das formas de uso e ocupação e os critérios para a instalação de atividades e índices urbanísticos, coerentes com a hierarquia e trama do sistema viário. Esta coerência é fortificada a partir da localização dos grandes equipamentos públicos comunitários (previsão de indicação dos possíveis equipamentos privados):

Centros sociais e módulos culturais;

• Módulos esportivos; • Centros de saúde; • Hospital regional; • Centros de educação infantil; • Centros de ensino médio; • Parques urbanos, quadras poliesportivas, praças e parques de vizinhança; • Áreas comerciais, áreas para Setor Habitacional; • Áreas para estação de esgoto; • Áreas para elevatórias; • Áreas para subestação; • Áreas para projetos de interesse ambiental (mananciais, entre outros). Vale considerar as complementaridades destas diversas atividades. Assim, é interessante verificar a possibilidade de se trabalhar com aglutinações de atividades complementares, entorno de cruzamentos de vias principais e secundárias (subcentralidades).

Tipos de atividades (usos do solo em 2009.) 3

A área de estudo apresenta, predominantemente, o uso do solo Residencial Unifamiliar, com quase 54% da área da poligonal; outros tipos de usos residenciais representam 6% (incluindo o uso misto). Os demais usos básicos representam menos de 4% da área da poligonal, distribuídos da seguinte maneira: Comércio e prestação de serviços: 1,3%, com certa concentração ao longo da Av. Arniqueira; Equipamentos Públicos Comunitários, áreas públicas de lazer e Equipamentos Públicos

3 TOPOCART - estudo feito a partir do aerolevantamento de 2009.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 390

Urbanos somam 1,12%; outros usos institucionais (incluindo Igrejas): 1,61%. O uso industrial, localizado na ADE Bernardo Sayão, ocupa 0,33% da área da poligonal. Uma parcela significativa da poligonal corresponde às áreas residuais, que incluem Áreas de Preservação Permanente e outras áreas verdes livres. Tabela 175: Quantitativo de área por usos do solo em termos absolutos e relativos ao total da poligonal de estudo. USOS DO SOLO EXISTENTES TIPO DE USO ÁREA (m²) Fração da poligonal Residencial Unifamiliar 14.776.766,35 53,66% Residencial Multifamiliar 2.909,40 0,01% Chácaras 1.550.371,63 5,6% Uso Misto (Residencial e comercial) 127.949,98 0,46% Comercial 231.646,04 0,84% Equipamentos Públicos Comunitários e Urbanos 309.092,01 1,12% Equipamentos Particulares e outros usos Institucionais 443.971,00 1,61% Industrial 91.525,71 0,33% Parques 19.795,05 0,07% Sistema viário e Áreas residuais 9.996.926,16 36,30 % Total da Poligonal de Estudo 27.539.466,0 100%

O Mapa 31 no Anexo I do Volume V mostra a localização dos diferentes tipos básicos de usos do solo acima mencionados. O percentual de usos públicos e comunitários, apenas 2,73%, está muito abaixo do percentual mínimo recomendado no PDOT/09 para os Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr e Bernardo Sayão - SHBS, que é de 10% da área parcelada. Para a estruturação do sistema viário da área do empreendimento é relevante a localização dos polos de comércio, de serviços particulares e de equipamentos públicos e particulares, mesmo que localizados fora da poligonal de estudo. Na vizinhança são expressivos o uso comercial (Águas Claras, Guará II, Taguatinga e Núcleo Bandeirante), o uso Residencial Coletivo (Águas Claras e Guará II), e o uso institucional, principalmente pela presença de centros de ensino públicos e particulares (infantil, fundamental, médio, técnico e superior) e vários equipamentos públicos comunitários localizados em Taguatinga e Guará II (Mapa 32 no Anexo I do Volume V). Conforme relatado pela população, muitos desses equipamentos (comerciais e institucionais) são utilizados regularmente pelos moradores da área de estudo, uma vez que aqueles existentes dentro dela são insuficientes. Os equipamentos comunitários existentes na vizinhança, cujo raio de atendimento cobrem parte da área de estudo, serão considerados na elaboração do programa de atividades para os setores habitacionais em pauta.

Características das atividades

 Subtipos de atividades: • Atividade residencial: quase exclusivamente unifamiliar. Os usos residenciais são pouco diversificados, o que significa que não há diferentes opções na oferta de tipologias de moradia;

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 391

• Atividade institucional: educação infantil até ensino médio; ensino superior próximo, porém fora da poligonal. Atividade de culto religioso. Dentro da poligonal não há os subtipos de: saúde, assistência social, cultura, ensino técnico, segurança (apenas um posto policial); • Atividade comercial: comércio a varejo de bens e serviços básicos. A população realiza suas compras cotidianas no comércio local e/ou no comércio dos bairros vizinhos (Guará, Águas Claras, Taguatinga e Núcleo Bandeirante); • Atividade industrial / comércio rodoviário / ADE: oficinas mecânicas, concessionárias, outras; • Atividade rural: chácaras agrícolas em pequena escala (hortifrutigranjeiros, viveiros de plantas ornamentais). • Atividade lazer: a área de estudo carece de novas áreas com esse uso, tanto espaços abertos quanto locais fechados. Nas proximidades encontra-se o Parque Águas Claras, porém a acessibilidade ao mesmo é limitada, pois está distante da maior parte das unidades residenciais e não há rede viária nem transporte coletivo em sentido transversal do Setor Habitacional que permita chegar facilmente ao parque. • Atividade circulação: na área há redes dos subtipos rodoviário, metroviário e ferroviário e uma única ciclovia. A circulação rodoviária utiliza rede formada por vias principais perimetrais à área de trabalho (EPTG, EPGU, EPNB, EPCT/ Pistão Sul de Taguatinga) e internas (EPVP), vias secundárias (a maioria em sentido Leste-Oeste) e locais. Existe uma ciclovia (incompleta) ao longo da EPVP, pouco utilizada devido, em parte, a sua descontinuidade e, em parte, ao fato de necessitar de destinos úteis e/ou interessantes. Com relação ao transporte, a área é atendida internamente pelo serviço de ônibus público com rotas ao longo da EPVP, da Avenida Arniqueira e da rua central da antiga Colônia Agrícola Águas Claras, porém, conforme relatos da população, a frequência do serviço é insuficiente. O metrô é pouco utilizado, devido à dificuldade para acessar as estações a partir do assentamento em pauta. Nessas condições, grande parte dos usuários opta pelo transporte particular, apesar dos engarrafamentos nos principais pontos de acesso da área nos horários de pico. Avalia-se que o desempenho no que diz respeito aos tipos e subtipos de atividades é baixo, pois há pouca variedade. Considera-se, ainda, que a área carece de espaços para o lazer, comércio, atividades institucionais essenciais (saúde, educação, cultura, segurança pública) e a atividade de circulação é muito ineficiente.

Qualidades das atividades

A abrangência das atividades é avaliada em função da disponibilidade de atividades com diferente alcance, em relação à atividade predominante, que é a residencial. A atividade Comercial e de Prestação de Serviços, disponível dentro da poligonal de estudo, é quase toda de abrangência local, isto é, atende apenas à população da vizinhança imediata, sendo inclusive insuficiente para a mesma.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 392

Por esse motivo, a população utiliza o comércio e serviços existentes nos bairros vizinhos de Águas Claras, Guará, Taguatinga e Núcleo Bandeirante para resolver suas necessidades quotidianas. Para as compras mais especializadas, maiores ou mais esporádicas, são utilizados os centros comerciais (shoppings e hipermercados) localizados ao longo da EPTG e EPNB. As atividades industriais e rurais (agrícola) presentes na área são de abrangência maior, oferecendo produtos predominantemente em nível microrregional. Avalia-se que o desempenho em relação à abrangência dessas atividades é baixo, pois a área carece de atividades institucionais em nível local e de bairro, bem como de comércio e prestação de serviços (principalmente relacionados à residência) de abrangência de bairro. Com relação à atividade circulação: a rede rodoviária serve a toda a área de projeto e conecta os espaços funcionais desta com outros centros urbanos da cidade, por meio das vias principais que a circundam. A rede metroviária serve apenas à porção no extremo norte da área, não sem dificuldade, uma vez que não há transporte público entre essa porção e as estações do metrô. A rede ferroviária atravessa a porção leste da área, mas, atualmente, não atende ao transporte coletivo de passageiros, pois é utilizada exclusivamente para transporte de carga. No que diz respeito à temporalidade das atividades, a alta predominância de uso residencial unifamiliar faz com que a área em estudo seja considerada um bairro dormitório, pois só é efetivamente utilizada fora dos horários de trabalho. Tal característica faz com que as infraestruturas urbanas permaneçam parte do tempo subutilizadas e que as atividades de comércio (mesmo as de pequeno porte) não tenham estímulos para se fixarem na área de estudo. Com relação à localização e distribuição das atividades dentro da poligonal de projeto, verifica-se que o uso residencial permeia toda a área de projeto, o uso misto localiza-se ao longo das vias de maior circulação, o uso industrial localiza-se em trechos delimitados, junto as vias que dão acesso à área, principalmente a EPNB. Usos comerciais ocorrem, pontualmente, dentro da malha urbana. Usos institucionais localizam-se, sobretudo, ao longo da EPVP (entre quadras). Em termos de autonomia das atividades, a área apresenta-se altamente dependente dos parcelamentos em sua volta, pois não há atividades complementares (usos econômicos) suficientes para atender à atividade residencial. Os pouquíssimos comércios e centros de ensino não conseguem atender as demandas da população ali residente. O mesmo ocorre com as demandas de saúde, segurança, etc., pois tais serviços não são oferecidos dentro da área de estudo. Contribui de forma fortemente negativa para o desempenho da área, pois dificulta o dia-a-dia da população que necessita se deslocar para outros setores para ter acesso a estabelecimentos comerciais, espaços de lazer equipamentos públicos comunitários e locais de atendimento dos serviços públicos. Ao mesmo tempo, esse deslocamento é dependente do transporte particular, pois o transporte coletivo não atende eficientemente toda a área. Avalia-se que o desempenho nesse quesito é muito baixo.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 393

Estruturação viária local

A organização viária local de penetração entre os bairros foi rigorosamente estudada, considerando as possibilidades de ligação entre os córregos, o que permitisse o mínimo de alteração nos loteamentos já constituídos.  Sistema Viário e Transporte

Estrutura viária principal da área de Estudo

A área em estudo localiza-se no interstício entre a cidade de Brasília / Plano Piloto e a conurbação formada pelos bairros de Taguatinga, Samambaia e Ceilândia. Numa escala mais local, os bairros de Águas Claras, Guará I e II, assim como o Núcleo Bandeirante e Riacho Fundo, emolduram a área em pauta, que apresenta bom acesso por vias arteriais. A área de estudo encontra-se delimitada pela rodovia BR 060 / DF 075 / EPNB e localiza-se no eixo de crescimento/adensamento estruturado historicamente ao longo dessa rodovia que, desde o seu início, liga a conurbação Taguatinga - Ceilândia - Samambaia ao entorno goiano, particularmente às cidades de Alexânia, Anápolis e Goiânia. Ao Norte a área de estudo é acessada pela Estrada Parque Taguatinga / EPTG, que é a estrada principal de ligação entre o Plano Piloto e Taguatinga. Recentemente, foram realizadas obras de duplicação, o que decorreu em incentivo para o uso de automóvel para o deslocamento entre estas duas cidades. Essas duas rodovias do Sistema Rodoviário do Distrito Federal têm faixa de domínio de 130,00 metros, isto é, 65,00 metros a cada lado do eixo do canteiro central. Conforme pode ser visualizado no Mapa 29 no Anexo I do Volume V, há interferências pontuais e de pequeno porte em ambas faixas de domínio. No caso da EPTG, as interferências ocorrem na zona rural, correspondendo a cercas de chácaras, cujo perím etro pode ser facilmente ajustado sem necessidade de relocações nem demolições. No caso da EPNB, há duas interferências localizadas em dois postos de gasolina na ADE Bernardo Sayão. A área é acessada por várias vias secundárias a partir do Pistão Sul de Taguatinga, que se prolonga na DF 001 / EPCT, uma das principais vias arteriais do Distrito Federal. Essas vias constituem conexões importantes para a população da área de estudo, pois lhe permitem acesso rápido aos serviços e comércio localizados na área central de Taguatinga. O Projeto Básico da Via Interbairros, que ligará vários bairros do Distrito Federal entre o Plano Piloto e Samambaia (Setor Policial Sul, Setor de Grandes Áreas Sul, Guará I e II, Águas Claras, Taguatinga) já foi formatado, de forma que a sua implantação passa a ser iminente. Ela atravessará uma parte da área de estudo, cortando o Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e a Quadra 05 do SMPW – entre os Conjuntos 5 e 7, e constituirá o limite entre o Setor Habitacional Arniqueira (SHAr) e o bairro de Águas Claras. De acordo com o projeto básico, a via Interbairros será formatada com 04 faixas de rolamento em cada sentido e canteiro central de largura variável. Conforme proposto no estudo preliminar de urbanismo, desenvolvido pelo escritório J. Lerner, a Interbairros deverá ser constituída como uma via urbana e não como uma rodovia. Nesse sentido,

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 394

suas margens, no trecho que corta a área em estudo, deverão ser parceladas e destinadas a atividades condizentes com esse caráter, interligando os bairros localizados às suas margens e constituindo um trecho linear de centralidade, acompanhando o principal vetor de crescimento urbano do Distrito Federal. A Estrada Parque Vicente Pires / DF 079 / EPVP, atravessa a área em tela no sentido NW/SE, praticamente em um traçado perpendicular às anteriores. O PDOT/09 inclui essa via na Estratégia de Estruturação Viária, de Implantação de Polos Multifuncionais, de Dinamização de Espaços Urbanos e de Revitalização de Conjuntos Urbanos, como uma Via para Estruturação ou Implantação. Assim, o Art.115 determina que a estratégia de estruturação viária deverá ser adotada, entre outros, na estruturação das vias internas às Colônias Agrícolas Arniqueira, Vereda Grande, Vereda da Cruz e Vicente Pires e da Estrada Parque Vicente Pires – EPVP. Conforme o Decreto Nº 27.365, de 1º de novembro de 2006, que altera o Sistema Rodoviário do Distrito Federal e dá outras providências, a EPVP está classificada como rodovia do tipo I, com faixa de domínio de 130 metros, o que resultaria em interferências com os lotes do SMPW – Quadras 03, 04 e 05 localizados junto a essa via. Entretanto, o mesmo decreto, em seu Art.7° estabelece:

“Nos casos de loteamentos já consolidados às margens das rodovias do SRDF, os limites das faixas de domínio serão fixados levando-se em consideração o projeto de urbanização aprovado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação”

No caso do trecho em pauta do SMPW – Trecho 3, o projeto urbanístico aprovado não indica a largura dessa via, porém, conforme o levantamento aerofotogramétrico realizado no âmbito do projeto, a distância existente entre as frentes dos conjuntos dos lotes registrados é de 85 metros entre alguns conjuntos e de 90 metros entre outros conjuntos. Portanto, para efeitos do presente estudo será considerada como faixa de domínio da EPVP a largura existente entre os lotes registrados junto a essa rodovia, conforme gráfica do no Mapa 29 no Anexo I do Volume V. Esta faixa de domínio incidirá na possível criação de unidades imobiliárias nos espaços intersticiais do SMPW – Trecho 3, que por ventura venha a ser necessária no âmbito do empreendimento em pauta Diante do apresentado, considera-se que a área de estudo está bem servida do ponto de vista da acessibilidade viária microrregional (Mapa 29 no Anexo I do Volume V) e que a ocupação existente não apresenta interferências significativas com as vias do Sistema Rodoviário do Distrito Federal. Contudo, na escala local, a acessibilidade viária apresenta condições muito inferiores. Fortemente condicionada pelo relevo acidentado, à malha viária interna do Setor Habitacional Arniqueira - SHAr foi sendo criada de forma espontânea, apenas dando acesso mínimo às chácaras e aos conjuntos residenciais, procurando os percursos mais simples que o relevo e a divisão de chácaras permitiam. Assim, a malha viária, atualmente, está composta por vários trechos em formato de espinha de peixe sem conexão entre eles, onde o eixo estruturante de cada um corresponde ao divisor de águas das microbacias hidrográficas. No Mapa 29, esses eixos correspondem às vias Avenida Vereda da Cruz, Avenida Arniqueira e vias V03 e V04. Eles assumem, com muita dificuldade, a função de vias principais internas, distribuindo o fluxo de veículos entre a EPVP e as vias locais (que dão acesso aos conjuntos residenciais).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 395

As caixas de via são predominantemente menores dos padrões mínimos, inclusive para vias locais. Excepcionalmente, as quatro vias que constituem esses eixos principais internos apresentam caixas de via maiores que as vias locais, em média de 12,00 – 18,00 metros de largura livre, sendo apenas 7,50 metros pavimentados. No caso do Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS, o sistema viário local é menos conflitivo, pois a malha é mais simples, com uma via central longitudinal estruturante, a partir da qual ocorrem as vias locais de acesso aos conjuntos residenciais (antigas chácaras); todas muito curtas, porém com caixas relativamente estreitas, em média entre 9,0 e 12,0m de largura. O Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS é atravessado na altura do antigo I IAPI por uma via parcialmente duplicada (V08 no Mapa 29) que constitui a conexão viária existente mais curta entre o Guará II e o Núcleo Bandeirante. Porém, essa conexão não dá vazão nos horários de pico, sendo essa uma das principais queixas dos moradores da área de estudo no que diz respeito ao sistema viário. Essa via está indicada no PDOT/09 como Via de Circulação e, decorrentemente, o GDF conta já com vários projetos para completar sua duplicação e facilitar o fluxo entre o Guará II e a EPNB. Esses projetos viários serão levados em consideração na proposta para o sistema viário, que será apresentada mais para frente. As vias internas dos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr e Bernardo Sayão - SHBS não contam com calçadas nem com a sinalização básica que garanta a segurança no trânsito. A pavimentação é de qualidade desigual; a área apresenta trechos onde o pavimento está muito deteriorado, bem como muitas vias sem pavimentação nenhuma. No Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3 o sistema viário está estruturado a partir da EPVP, da qual partem a maioria das vias locais ao longo das quais estão localizados os conjuntos residenciais. Esse sistema local apresenta boas condições de dimensionamento e de pavimentação, entretanto carece de drenagem pluvial. No que diz respeito a ciclovias, na área de estudo existe um único trecho, construído na margem oeste da EPVP, porém incompleto. Essa ciclovia ainda é pouco utilizada, pois não conecta pontos nodais, isto é, não liga pontos de origem e destino relevantes no quotidiano da população. Além disso, a ciclovia existente carece do mobiliário complementar necessário para sua plena utilização. As ciclovias projetadas dentro da área de estudo e nas cidades vizinhas à mesma, informadas pelo extinto Programa Pedala DF, por meio de sua web site, foram inseridas no Mapa 29 no Anexo I do Volume V. Neste mapa, verifica-se que havia ciclovias projetadas ao longo da EPTG da EPNB, da EPCT (Pistão Norte e Pistão Sul de Taguatinga) e da futura via Interbairros. Estava projetada ciclovia ao longo da Avenida Arniqueira, uma ciclovia entre o Setor Habitacional Arniqueira - SHAr e a estação do Metrô Águas Claras e outra ligando a EPCT (Pistão Sul) com a rede de Samambaia. Os projetos do programa citado passaram a ser responsabilidade da NOVACAP. Apesar de não ter sido informado se o órgão pretende dar continuidade à construção da rede cicloviária do DF conforme às propostas do extinto Programa Pedala DF, os trechos projetados dentro da área de estudo serão considerados na elaboração da proposta, uma vez que foram resultado de estudos especializados. Com relação aos espaços livres de uso público, a poligonal de estudo carece de praças e de áreas verdes públicas, cuja exceção centra-se no Trecho 3 do Setor de Mansões Park Way – SMPW, pois o

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 396

mesmo apresenta áreas verdes públicas abrangentes, ao longo das vias locais, (aproximadamente 80 metros de largura entre frente e frente dos lotes), mas onde não foram registradas praças públicas. A maioria das áreas verdes existentes na poligonal de estudo corresponde a Áreas de Preservação Permanente e áreas verdes livres, que, por tratar-se de áreas habitacionais irregulares, constituem atualmente áreas residuais. Outras áreas verdes existentes nos Setores Habitacionais Arniqueira – SHAr e Bernardo Sayão – SHBS localizam-se dentro das chácaras remanescentes das ex-colônias agrícolas.

Transporte público coletivo existente

O metrô / VLT atravessa a área em pauta após acessar os bairros de Águas Claras e Guará I e II, sem que existam condições de acesso da população moradora dos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr e Bernardo Sayão - SHBS ao mesmo. Isto se deve porque não há transporte coletivo entre eles e as estações do metrô, nem conexões viárias transversais que levem diretamente do até as estações. Além disso, as estações mais próximas aos Setores Habitacionais em estudo (estação Arniqueira e a nova estação Guará) estão separadas entre si por uma distância de 04 km. A ferrovia, atualmente utilizada apenas para o transporte de carga, atravessa o Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS e parte das áreas intersticiais/ remanescentes do setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3em sentido norte – sul, cuja reativação para transporte de passageiros encontra-se em estudo por parte do GDF. A faixa de domínio da ferrovia é de 30,00 metros, distribuídos simetricamente a partir do seu eixo central; apresenta atualmente poucas interferências pontuais com edificações precárias. A ferrovia apresenta um desnível significativo com relação às ocupações adjacentes, que atinge o equivalente de três pavimentos por cima das mesmas. O Mapa 30 no Anexo I do Volume V mostra esquematicamente as redes de transporte coletivo existentes na área de estudo. O mapeamento do serviço de ônibus foi realizado por meio de levantamento em campo e consulta ao site da Secretaria de Estado de Transportes – DF Trans. Foi enviada à respectiva consulta à Secretaria, porém até a data do presente estudo a mesma não tinha sido respondida. O serviço de ônibus está presente nas rodovias que circundam a área de estudo, com destaque para a EPTG (onde está sendo implantada a Linha Verde) e para a EPNB, ambas com várias linhas de ônibus que fazem o transporte diário de passageiros entre o eixo de crescimento sudoeste do DF e o Plano Piloto. Internamente, a área é servida por várias linhas de ônibus, que passam por diferentes trechos da EPVP (linhas 0951, 157.0 e 949.1), pela Avenida Arniqueira (linhas 949.1 e 0039), pela rua central do Vereda da Cruz (linha 0951) e pela rua central da antiga Colônia Agrícola Águas Claras (linha 157.0). Destaca-se que não existe nenhuma linha que faça a conexão entre o Setor Habitacional Arniqueira - SHAr e o Guará II, que é uma demanda importante da população. Conforme relatado pelos moradores da área de estudo, o serviço é insuficiente no que diz respeito à frequência e também ao atendimento de todas as áreas habitacionais, pois vários trechos de tamanho significativo ficam longe demais das vias servidas. Além disso, dentro dos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr e Bernardo Sayão - SHBS os pontos de paradas de ônibus não estão devidamente demarcados e mobiliados, e nenhuma parada conta com baia. No Setor de Mansões

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 397

Park Way - SMPW Trecho 3 as paradas estão demarcadas, contam com refúgio de concreto e algumas também com baia. Conforme o Anexo II do PDOT/09, a EPVP é uma das vias para Estruturação ou Implantação da Rede Estrutural de Transporte Coletivo, que tem como função propiciar os deslocamentos da população entre as principais localidades do território, considerando diferentes modalidades e capacidades. Nessa rede são contemplados três níveis de hierarquia viária: primária, secundária e terciária. A EPVP é classificada no PDOT/09 como de hierarquia terciária, que corresponde àquelas vias utilizadas para o transporte coletivo de média capacidade, destinadas à integração de localidades internas aos núcleos urbanos, interligando-se à rede secundária, com prioridade desta categoria sobre as de menor capacidade.

Proposta de Sistema Viário

• A proposta de estruturação viária objetiva organizar a circulação nos diferentes bairros, assegurando a possibilidade de se estabelecer um sistema intermodal de transporte coletivo (ônibus e metrô). A concepção parte dos seguintes princípios: • Permitir a acessibilidade entre bairros nas diferentes regiões administrativas. Para tanto, é fundamental o estabelecimento de uma articulação viária que assegure a manutenção de uma estrutura de qualidade e conforto para os moradores e usuários; • Consolidar importantes usos e tipologias já existentes, compatíveis com a proposta de uso do solo e permitir a adequação da geometria viária com os usos existentes e consolidados; • Criar padrões mínimos de dimensionamento viário que permitam a segurança do sistema de circulação de veículos e pedestres. • O sistema viário é caracterizado por duas tipologias bem distintas, a saber: a) uma de circulação regional, constituída pela malha viária exterior; e b) outra de importância para a circulação local constituída a partir das vias já existentes e outras a serem criadas. É resultado da negociação de um contexto existente e várias diretrizes e intenções que visam consolidar tendências.

Estruturação da Rede Viária Regional

A região em estudo insere-se em um contexto privilegiado em relação ao sistema viário, tendo sido beneficiada pela rede de rodovias que integram o DF. Essas rodovias alimentam a área e oferecem oportunidades de articulação com outras, embora frequentemente ocorram algumas dificuldades quanto à articulação com as áreas urbanas da vizinhança. O desempenho de cada uma dessas rodovias é apresentado a seguir: Ao Norte, existe a Estrada Parque Ceilândia - EPCL/DF-095/Via Estrutural considerada uma via expressa, porém, com o tráfego prejudicado em função dos acessos clandestinos, o que poderá ser resolvido com a construção de vias marginais. Por se destinar primordialmente ao tráfego de passagem poderá representar fonte de poluição sonora, afetando as áreas urbanas lindeiras. Sua acessibilidade propicia a instalação de áreas de atividades industriais e de comércio regional, tanto que em seu trajeto está prevista a instalação da Área de Desenvolvimento Econômico da Estrutural.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 398

Sua travessia para pedestres deve ser terminantemente proibida. Em casos inevitáveis deverão ser instaladas passagem de pedestre em desnível (passarela aérea ou subterrânea); Ao Sul, a Estrada Parque Núcleo Bandeirante - EPNB/DF-075 recentemente ampliada, conta com três faixas de rolamento em cada sentido e interseção em desnível (viaduto) com a Estrada Parque de Contorno-EPCT/DF-001, o que proporciona um tráfego relativamente fluido e abriga, do lado da área de expansão analisada, a Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras – confirmando o seu potencial para abrigar atividades de desenvolvimento econômico de porte regional; Entre as Áreas 1 e 2, a Estrada Parque Taguatinga - EPTG/DF-085, também recentemente ampliada com a criação de uma terceira faixa, possui tráfego intenso. Ao longo de seu trajeto sofre a interferência de vários acessos o que reduz a fluidez do tráfego. A criação de vias marginais poderia melhorar esta situação, porém, existem redes de infraestrutura ao longo da faixa de domínio (adutoras) que dificultam sua implantação, além da proximidade de várias edificações. Com a consolidação dos bairros propostos a EPTG, que já absorve o tráfego decorrente dos movimentos pendulares entre o centro e a periferia, deverá receber um incremento de tráfego, exigindo a construção de vias marginais (cujo projeto já se encontra parcialmente consolidado com a duplicação dos viadutos). Certamente, quando da efetivação completa dessas unidades urbanas a travessia entre os bairros pela EPTG deverá ser realizada por interseções em desnível; Atualmente, o DER-DF está desenvolvendo projetos pontuais de modificação do sistema viário, conforme descrito a seguir:

• Duplicação da rodovia EPVP desde a interseção com a EPTG até a ligação com a rotatória, recentemente construída, que dá acesso as Avenida das Castanheiras e Araucárias do Bairro Águas Claras; • Criação das vias marginais à EPTG desde a entrada de Taguatinga, passando por Águas Claras, Guará, SIA, até a interseção desta com a rodovia EPIA. Neste trecho está previsto um viaduto na entrada principal de Águas Claras e nas interseções com as rodovias EPVP e EPVL; • Criação das vias marginais à rodovia EPCL desde a interseção desta com a EPTG, passando pela EPVL até o recém-criado SIA; • Duplicação do trecho final da rodovia EPVL até a interseção deste com a rodovia EPCL. Está sendo avaliada a possibilidade de criação de uma via de ligação Águas Claras – Guará - SOF Sul denominada Via Interbairros. Esta via terá o traçado paralelo ao do Metrô - DF e possibilitará a conexão, num primeiro momento, da rotatória construída no bairro Águas Claras (que dá acesso as Avenida das Castanheiras e Araucárias) com o Centro Metropolitano do Guará e, num momento posterior, com o Setor de Oficinas Sul e a rodovia DF-003 (EPIA). Sua implantação juntamente com o remanejamento das redes de alta tensão de Furnas e da CEB, que passam pela área, permitirão expandir as quadras residenciais do Bairro de Águas Claras ampliando a oferta de habitação coletiva. Cabe ressaltar o papel estrutural das três vias arteriais existentes: a Estrada Parque Ceilândia, a EPTG e a EPNB. Elas estruturam a área no sentido leste/oeste. No sentido norte/sul o papel estrutural é assumido por duas vias: a EPCT e pelo “sistema” EPVP (DF-079) e EPVL (DF-087).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 399

5.3.3. ÁREAS PROTEGIDAS

IPHAN – Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

De acordo com Caldarelli (1997) e Martins (1997) os principais impactos negativos ao patrimônio arqueológico, ressaltando os empreendimentos urbanísticos, podem ser observados nas tabelas a seguir (Tabela 176 a Tabela 178).

Tabela 176: Quadro Simplificado dos Possíveis Impactos Negativos, quando existirem, ao Patrimônio Arqueológico

Tipo de Processo Tecnológico Impacto Arqueológico Empreendimento Cortes e aterros para Exposição, destruição e soterramento de estruturas implantação do sistema arqueológicas / descaracterização do território viário, quadras e lotes. pretérito de captação de recursos.

Implantação de cobertura Mascaramento e perturbação de estruturas

vegetal. arqueológicas superficiais / descaracterização do Empreendimentos território pretérito de captação de recursos. Urbanísticos Pavimentação asfáltica ou Compactação de solos arqueológicos. tratamento do leito viário com solo e material granular compactado. Edificações Destruição de estruturas arqueológicas superficiais e enterradas.

Tabela 177: Quadro Simplificado de Martins (1997) baseado em Ab´Saber (1994). Tipos de Tipos de Tipos de impactos Possíveis impactos sobre o Região Empreendimentos ambientais patrimônio histórico/cultural

Grandes obras de Intensa pavimentação da Destruição total ou parcial de engenharia civil para superfície; terraplanagem sítios arqueológicos instalação de projetos de grandes áreas; históricos, etnoarqueológicos habitacionais, anéis movimentação do solo em e pré-históricos; viários, canalizações de obras subterrâneas; intensa descaracterização de Urbano córregos, distritos ocupação das áreas monumentos arquitetônicos industriais, aeroportos, ribeirinhas. e artísticos; destruição ou centros comerciais etc.; descaracterização de metrôs; redes paisagens urbanas subterrâneas de tradicionais (ruas, bairros, telefonia, saneamento e praças, etc.). energia.

Podem ser observados, ainda, outros impactos ao patrimônio arqueológico, relacionados a esse tipo de empreendimento (AL CONSULTORIA, 2010).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 400

Tabela 178: Outros impactos arqueológicos relacionados. Processo Tecnológico Impacto Arqueológico Implantação do canteiro de obras e Impactos de ordem negativa levando a exposição / destruição alojamentos: de estruturas arqueológicas superficiais e subsuperficiais (-).

Desmatamento e terraplanagem: Exposição / destruição de estruturas arqueológicas superficiais e subsuperficiais (-). Aberturas de vala de saneamento, rede Exposição / destruição de estruturas arqueológicas superficiais elétrica, telefônica e de drenagem pluvial: e subsuperficiais (-). Modificação do terreno para a construção Mascaramento de estruturas arqueológicas, perturbação da de áreas de lazer e uso coletivo (parques, estratigrafia (-); Exposição, soterramento e destruição de jardins, clubes, praças, etc.): estruturas arqueológicas superficiais e subsuperficiais (-).

Na poligonal dos Setores em estudo, já foram realizadas boa parte das atividades de engenharia descritas acima, o que já pode ter causado impacto ao patrimônio arqueológico, porventura existente na área do empreendimento. No entanto, algumas áreas ainda não foram ocupadas, sofrendo poucas alterações e, consequentemente, possibilitando a preservação do patrimônio arqueológico porventura existente no local. Conforme Juliani (1997), a preocupação com os recursos arqueológicos urbanos é recente. É fundamental avaliar a possibilidade de ocorrência e o grau de preservação arqueológica do solo urbano, considerando as características físicas (os usos atuais do solo e os materiais resultantes desses usos). As áreas de uso residenciais (unifamiliares - casas e multifamiliares – edifícios residenciais), as áreas comerciais, as áreas industriais, as de uso público, as ruas e os vazios urbanos são categorias amplas de uso e ocupação do solo que auxiliam nessa avaliação. Segundo a autora, as principais categorias de uso são as seguintes: Áreas de uso residencial: os locais de casas são solos que não apresentam perturbações significativas, sendo, portanto, propícios à ocorrência de vestígios arqueológicos. Nesses locais, a preservação do solo arqueológico é considerada excelente, enquanto que os locais de edifícios residenciais são solos que apresentam perturbações intensas e com poucos espaços não construídos, sendo considerados de baixa possibilidade de preservação do solo arqueológico; Áreas de uso comercial: são áreas com edificações e fundações de relativo porte, com subsuperfície perturbada, apresentam baixo grau de preservação do registro arqueológico. No entanto, nas áreas livres (pátios, estacionamentos, etc.) podem manter uma boa preservação do registro arqueológico; Áreas de uso público: são áreas que apresentam amplos espaços não ocupados, por essa razão possuem um alto grau de preservação do solo. Assim, se possuírem potencial arqueológico, pode apresentar alta significância para propósitos educacionais; Ruas: com exceção das grandes vias, apresentam pouca perturbação do solo original, podendo ser considerado apto à preservação de registro arqueológico; Vazios urbanos: são áreas que permanecem sem muitas alterações, apresentando, portanto, excelente grau de preservação para os vestígios arqueológicos.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 401

Apesar do intenso nível de antropização do solo na poligonal de estudo, ainda há áreas que apresentam condições favoráveis à conservação e preservação de vestígios arqueológicos. Estas áreas deverão ser objeto de pesquisas científicas, que visem não somente à identificação das potencialidades arqueológicas e históricas, mas que também proponham medidas mitigadoras, que irão auxiliar no resgate do patrimônio cultural. Projetos arqueológicos realizados em áreas urbanizadas são mais visíveis pelo maior contato com o público, o que possibilita à valoração e à preservação desse patrimônio.

Metodologia

Para a realização de diagnóstico a metodologia utilizada está estruturada a partir de um levantamento exaustivo de fontes secundárias e de reconhecimento em campo, (varredura e vistoria de superfície), conforme estabelecido na Portaria IPHAN nº 230 de 17 de dezembro de 2002.

Levantamento Secundário

O levantamento de fontes secundárias teve por objetivo a contextualização da área compreendida pela poligonal de estudo, abrangendo as Regiões Administrativas de Taguatinga, Park Way, Guará e Águas Claras, levantando-se as pesquisas arqueológicas realizadas no Distrito Federal, principalmente nestas Regiões Administrativas e entorno. O levantamento de fontes secundárias possibilitou contextualizar as ocupações registradas no Estado de Goiás e Distrito Federal como um todo. A escolha do Estado de Goiás para estudo comparativo justifica-se inter-relação cultural com os remanescentes arqueológicos observados no Distrito Federal, tanto no aspecto pré-histórico quanto histórico. O contexto de ocupação destas duas regiões se confunde, apresentando uma íntima relação em seu processo de ocupação. O levantamento bibliográfico foi tratado nos seguintes tópicos: patrimônio arqueológico (apanhado geral sobre a legislação vigente sobre o patrimônio arqueológico e cultural), contexto arqueológico (histórico das pesquisas arqueológicas realizadas em Goiás e Distrito Federal), ocupação pré- histórica (resultado das pesquisas arqueológicas realizadas no Estado de Goiás e Distrito Federal, com sequência cronológica de ocupação), contexto etnográfico (panorama dos registros históricos sobre a ocupação da região por grupos indígenas), arqueologia do Distrito Federal (pesquisas arqueológicas e sítios identificados na região).

Reconhecimento de Campo

O reconhecimento de campo consistiu em varreduras realizadas na poligonal de estudo e adjacências, vistoriando e documentando, através de registro fotográfico, os perfis de barrancos, áreas com movimentação de solo, vias de acesso, áreas com remanescente de vegetação, áreas degradadas, entre outras. As observações foram realizadas com a principal finalidade de subsidiar a proposta de medidas mitigadoras para evitar ou minimizar impactos negativos sobre possíveis jazidas arqueológicas presentes na AID do empreendimento.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 402

Resultados Obtidos

Os resultados obtidos foram pautados num levantamento exaustivo de fontes secundárias, objetivando contextualizar arqueológica e etno-históricamente a área de influência do empreendimento e o levantamento arqueológico de campo.

Patrimônio Arqueológico

A partir do início da década de 1960, a legislação brasileira passou a defender a preservação das jazidas arqueológicas através dos artigos 20, 23, 30, 216 e 223 da Constituição da República e pelas Leis Federais nº 3.924, de 26/07/61, nº 6.766 de 19/12/79 e nº 6.938 de 31/08/81. Foi somente através da reformulação dessa legislação, juntamente com a resolução CONAMA de 001/86, que considerou entre os fatores componentes do meio socioeconômico, os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade (art. 6, inciso I, alínea C). A partir desse momento, as pesquisas arqueológicas passaram a ser exigidas e amparadas pela legislação, em áreas ameaçadas de impacto ambiental. Desta forma, após 1986, os arqueólogos brasileiros começaram a participar das pesquisas científicas para fins de diagnósticos, este integrado aos Estudos de Impacto Ambiental e, consequentemente, compondo os Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), de levantamentos e de resgates do patrimônio cultural em áreas a serem impactadas por obras de engenharia como: rodovias, ferrovias, portos e terminais, aeroportos, dutovias, coletores e emissários de esgotos, linhas de transmissão, barragens, aberturas de canais, extração de combustíveis fósseis, mineração, aterros sanitários, usinas hidrelétricas, complexos industriais e agroindustriais, projetos urbanísticos entre outros. No entanto, conforme Bastos et al. (2005), não é raro encontrar EIAs/RIMAs que sequer mencionam o patrimônio arqueológico, executado em áreas tradicionalmente conhecidas e ricas em vestígios arqueológicos. Conforme a legislação, a exigência do EIA/RIMA visa compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico e a preservação do equilíbrio ecológico e patrimonial. Assim, conservar um sítio arqueológico é também estender a proteção ao seu entorno, considerando como área relevante de captação de recursos naturais pelos grupos humanos do passado (MARTINS, 1997). Sabe-se que a preocupação com o patrimônio arqueológico urbano é bastante recente e que, infelizmente, mesmo com o surgimento da legislação ambiental brasileira, as atenções dos avaliadores dos impactos ambientais privilegiam as áreas não urbanizadas. Para os inúmeros empreendimentos urbanísticos de pequeno porte, com áreas inferiores a 100 hectares, não são exigidos os Estudos de Impacto Ambiental (conforme Resolução CONAMA nº001/1986, artigo 2º). Com o intuito de preservar o patrimônio historio brasileiro, a Lei Federal nº 10.257/2001, comumente conhecida como Estatuto da Cidade, prevê um instrumento de avaliação dos impactos em ambiente urbano - o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). A legislação prevê que o EIV será executado de forma a contemplar a análise dos efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade na qualidade de vida da população residente na área e em suas proximidades, (OLIVEIRA, 2001).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 403

O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) incluirá, ao analisar os impactos do novo empreendimento, pelo menos: o aumento da população na vizinhança; a capacidade e existência dos equipamentos urbanos comunitários; o uso e a ocupação do solo no entorno do empreendimento previsto; o tráfego que vai ser gerado e a demanda por transporte público; as condições de ventilação e de iluminação; bem como as consequências, para a paisagem, da inserção deste novo empreendimento no tecido urbano e, também suas implicações no patrimônio cultural e natural, (OLIVEIRA, 2001). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por exigência legal (Portaria nº 007/1988), é o órgão brasileiro, ligado ao Ministério da Cultura, responsável pela proteção, preservação e gerenciamento dos bens e sítios arqueológicos que por lei são patrimônio da União. O IPHAN, ao tratar especificamente do patrimônio cultural arqueológico, ressalta que os impactos ao meio ambiente podem causar danos irreparáveis ao patrimônio cultural em geral, e ao arqueológico em particular quando há intervenções no solo, já que a maioria dos sítios se encontra enterrada. Enfatiza que desmatamentos, serviços de terraplanagem, sondagens ou qualquer outro tipo de escavação podem expor objetos arqueológicos ou mesmo um sítio inteiro, causando sérios impactos ao patrimônio, uma vez que os recursos arqueológicos são finitos e não renováveis. Com isso, fica evidente a necessidade de realizar pesquisas científicas em áreas passíveis de impacto. Tais pesquisas devem, além de identificar as potencialidades arqueológicas e históricas, propor medidas para a preservação e conservação do patrimônio cultural. Assim, o levantamento e o resgate de sítios arqueológicos em áreas de impacto ambiental são tendências irreversíveis na pesquisa arqueológica brasileira que vêm aumentando progressivamente em virtude do constante desenvolvimento econômico do país (CALDARELLI; SANTOS 2000). Em decorrência disso, os gerenciamentos de bens culturais pela arqueologia de contrato veem-se tornando uma prática necessária e eficaz, tendo em vista que o patrimônio arqueológico não é um bem inesgotável e o sítio arqueológico, por sua vez, não é renovável; em outras palavras, ele não pode ser duplicado entre aqueles que restaram e nem tampouco pode ser reposto (LIPE, 1974).

Contexto Arqueológico

Neste tópico, serão abordadas e testadas hipóteses já criadas para a ocupação pré-histórica do Planalto Central e Distrito Federal, cujo exame será pautado nos estudos anteriormente realizados, que interagem em alguns momentos, com os processos históricos da própria arqueologia no Brasil. Na década de 1960, foi implantado no Brasil um projeto arqueológico nomeado PRONAPA (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas), que pode ser considerado o pioneiro na arqueologia brasileira, onde em sua maioria os trabalhos eram realizados no litoral brasileiro. Sendo assim, o interior ficou desfalcado de pesquisa e conhecimento acerca da pré-história regional. Em 1972, no estado de Goiás foi criada uma parceria entre o Instituto Goiano de Pré-história e Antropologia (IGPA), da Universidade Católica de Goiás (UCG), e o Instituto Anchietano de

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 404

Pesquisas (IAP/UNISINOS). Baseado nos preceitos do PRONAPA implantou o Programa Arqueológico de Goiás com o intuito de explorar a arqueologia da região central do Brasil. Essa parceria estendeu-se até a década de 1980 e para a realização das pesquisas do Programa Arqueológico de Goiás, o Estado foi dividido em oito grandes projetos, cujas áreas variavam de 35.000 a 70.000 km²: Paranaíba, Alto Araguaia, Complementar Centro-Sul, Alto Tocantins, Serra Geral, Médio Tocantins, Ilha do Bananal e Extremo Norte (SCHMITZ et al., 1982). Enquanto o Projeto Extremo Norte, por exemplo, nem foi iniciado, o Projeto Paranaíba contou com inúmeras etapas de campo. Paralelamente, pesquisas arqueológicas também foram desenvolvidas pela Universidade Federal de Goiás, com o Projeto Anhanguera e Programa Paranã (MELLO; VIANA, 2006). Tais programas, apoiados na corrente teórica histórico-culturalista, visavam criar um quadro cronoespacial da ocupação pré-histórica, descrevendo exaustivamente a sua área de estudo, assim como a cultura material, em especial a cerâmica. Os sítios eram encontrados através de prospecções oportunísticas. No Distrito Federal em 1979, Martins realizou pesquisas arqueológicas em Brasilinha, cidade- satélite de Brasília, e nas barrancas do córrego Rico. A pesquisadora identificou uma oficina lítica (sítio Brasilinha), verdadeira indústria pré-histórica de instrumentos de pedra, como machados, cunhas, raspadores e rejeitos (que não passaram pelo controle de qualidade então vigente). A data mais antiga obtida neste sítio é de 10.600 anos AP. A coleção resgatada neste sítio soma quase 4 mil peças, que foram encontradas em três níveis de escavação e ainda estão em fase de estudo e datação. Considera a pesquisadora que seu trabalho está longe de encerrar-se, pois há evidências na região de outros sítios arqueológicos, como o do Barreiro – escavado em 1985, sob a coordenação da professora Margarida Andreatta, do Museu Paulista (BERTRAN, 2000). Na década de 1990, Miller pesquisou o potencial arqueológico da região do Gama. Em 1991, um sítio com evidências cerâmicas e líticas foi registrado por este pesquisador nas cabeceiras do córrego Ipê, com uma área de quase 3.000m², onde atualmente localiza-se a Universidade Holística e Cidade da Paz (BERTRAN, 2000). Na região conhecida por Ponte Alta, vários sítios arqueológicos cerâmicos e pré-cerâmicos foram localizados. Miller (1993) identificou no vale do córrego Taguatinga, cinco sítios pré-cerâmicos, na área do córrego Melchior, que provavelmente eram reocupados com certa frequência. Entre os 26 sítios arqueológicos cadastrados no banco de dados do IPHAN4, estão: uma parte da estrada real e o catetinho (a primeira residência do presidente), localizado no Núcleo Bandeirante, às margens da BR 040, próximo à poligonal de estudo. Há uma carência de informações detalhadas sobre os sítios já cadastrados e os trabalhos sobre o patrimônio cultural ainda são incipientes na região do Distrito Federal como um todo.

4www.iphan.gov.br

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 405

Ocupação Pré-histórica

O Planalto Central brasileiro é a designação do grande platô geográfico, que abrange todo o estado do Goiás, Distrito Federal e, parcialmente, os estados de Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. É caracterizado por um relevo regular, raramente ultrapassando cotas de 1.000 metros de altitude, com duas estações bem marcadas, uma seca e outra chuvosa. Encontram-se dentro do Planalto Central os biomas da Amazônia, Cerrado e Caatinga. É conhecido também como berço das águas, pois as nascentes das principais bacias do território brasileiro estão neste planalto. No Planalto Central há uma sequência arqueológica bem definida, mas a sua explicação em termos de dinâmicas de povoamento não está ainda clara (LOURDEAU, 2006). Esta sequência arqueológica consiste em três grandes horizontes culturais: O Paleoíndio (12.000-9.000 AP5), o Arcaico (9.000-2.000 AP) e o Formativo (a partir de 3.000 AP). (SCHIMTZ, 2000; MELLO, 2005; VIANA, 2005). O Período Paleoíndio é caracterizado pela grande padronização do material lítico. Um dos únicos vestígios que são encontrados, entre seus maiores ícones, é a tradição arqueológica Itaparica, cujas datações mais antigas ocorrem nos sítios do estado de Goiás entre cerca de 11.000 a 9.000 AP. Na transição do Pleistoceno/Holoceno, caracterizada pela alta padronização de seu instrumental e a pouca quantidade de pontas de projétil, tem como marcador cultural a presença de instrumentos líticos lascados plano-convexos, conhecidos como “lesmas”. Estas “lesmas” são instrumentos elaborados sobre lascas espessas e grandes, onde o trabalho de concepção volumétrica ocorre em detrimento da face superior da lasca, com retiradas por toda a periferia da peça (LOURDEAU, 2006). O arcaico no Planalto Central é caracterizado por mudanças técnicas e climáticas. A partir de 9.000 AP, o clima apresenta-se como uma transição entre uma fase mais quente e seca para uma fase mais fria e úmida, cuja intensidade foi aumentando em direção ao optimum climático6 (SCHMITZ, 1981a apud MELLO, 2005). Acerca da tecnologia, numa visão mais tradicional, tem-se uma ruptura brutal, o material padronizado da tradição Itaparica dá lugar a um material grosseiro, sobre lascas irregulares, onde muitas vezes apenas o gume é regularizado (FOGAÇA, 1990). Em estudos mais recentes, percebe-se que o material apesar de realmente não apresentar certa padronização “não se pode negar que não haja uma lógica na confecção desses instrumentos, e que essa lógica se encontra dentro de um determinado sistema técnico. ” (MELLO, 2005 pg. 282). Considera-se que o material não pode ser caracterizado como expedito ou oportunístico como se pensava. Trata-se, então, de um período sem padronização no material lítico e que essa mudança na confecção dos artefatos pode estar ligada a uma adaptação à mudança no ambiente (MELLO, 2005) ou a uma mudança biológica (NEVES et al.,2004).

5 AP significa “Antes do Presente” que por convenção é 1950. 6 É o ápice de um processo de mudança climática, alcançando as temperaturas mais elevadas entre 7.000 e .000 AP, já no Holoceno.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 406

Já o período Formativo, ou Horticultor-ceramista, é caracterizado pela presença da cerâmica e tem como tradição mais antiga a Una, ocupando preferencialmente abrigos, com bastante material lítico em seus sítios. Para o Planalto Central registram-se mais três tradições a Aratu, Tupi-guarani e Uru (SCHMITZ, 2000). A cultura material desse horizonte destaca-se pela presença de cerâmica e instrumentos líticos polidos e lascados sobre suportes volumosos. Em períodos posteriores, por volta de 1.000 anos atrás, a região passa a ser ocupada por grupos maiores e os sítios característicos são as grandes aldeias que comportavam mais de 2.000 pessoas. O modelo de ocupação para os grupos ceramistas do Planalto Central está ligado à uma rede de assentamentos, na qual existe uma grande aldeia base e considerada de hábitat mais prolongado, interligada a várias outras pequenas aldeias de atividades limitadas. Segundo Bertran (2000), fatores ambientais contribuíram para o interesse na área, sob o ponto de vista de povoamento pré- histórico do Distrito Federal: “O triplo divisor de bacias hidrográficas deveria ser, no passado remoto – bem como o seria no Século XVIII –, um caminho inevitável para as migrações. Igualmente existem dentro do Distrito Federal alguns pontos de contato entre ecossistemas diferenciados, zonas de transição de campo limpo para cerrado e para mata que, segundo alguns parâmetros levantados pela escola goiana de arqueologia, poderiam delimitar sítios pré-históricos interessantes. ” Diante do apresentado, salienta-se que raras são as pesquisas publicadas sobre a pré-história do Distrito Federal, apesar da riqueza da área, sobretudo quando se trata de algumas áreas especificas que apresentam pouquíssimos dados disponíveis.

Contexto Etnográfico

De acordo com Ataídes (1998), a literatura etnográfica aponta para dois grupos Kayapó que ocupavam a região compreendida pelo que hoje é o estado de Goiás, durante o período colonial, são eles: os Kayapó do Sul e os Kayapó do Norte, ambos pertencentes ao mesmo tronco linguístico macro-jê. Os Kayapó do Sul ocupavam desde Camapuã, no Mato Grosso do Sul, o sul de Goiás até próximo às cidades de Goiás, Pirenópolis e Luziânia. Mais a leste o território dos Kayapó do Sul estendia-se até o rio Paranaíba (atual Triângulo Mineiro), chegando a São Paulo, no rio Paraná. Já os Kayapó do Norte formavam um grande grupo, que ocupavam desde o sul do Pará (margem esquerda do rio Araguaia). E após a fragmentação desse grupo, hoje três subgrupos Kayapó: os Xicrim ou Djore, que habitam as margens do rio Itacajá; os Gorotire, chamados Kayapó do Xingu e os Kayapó do rio Araguaia ou do rio pau D`Arco. Os Kayapó do Sul eram mais numerosos e atinados à guerra. Por habitarem uma região de mineração, como Vila Boa (Cidade de Goiás) e Meia Ponte (Pirenópolis), eram mencionados constantemente nos documentos oficiais, por constituírem-se em obstáculos para a coleta e escoamento do ouro dessas regiões. Os primeiros contatos oficialmente registrados entre os colonos e os Kayapó do Sul estão relacionados à bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, no início do século XVIII. Muitos relatos de ataques estão oficializados, e pela hostilidade dos indígenas frente aos colonizadores, os Kayapó do

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 407

Sul tornaram-se um empecilho à exploração das minas, contrariando os interesses econômicos vigentes na época. Os conflitos foram tantos que D. Luiz de Mascarenhas oficializou a permissão para estabelecer uma guerra aos Kayapó do Sul, criando duas companhias de soldados de mato para o patrulhamento das regiões habitadas pelos índios. Os Kayapó do Sul eram tão hostis que chegaram a interromper o comércio praticado nas estradas de Goiás e de Cuiabá, fato que levou em 5 de março de 1732, sua majestade o conde de Sarzedas ordenar que se fizesse “guerra de extermínio a esses bárbaros” (grifo do autor). Em 1741, Antônio Pires de Campos foi chamado à Cuiabá para pôr fim aos Kayapó do Sul, mediante a vantajosa recompensa de uma arroba de ouro. Este assumiu o compromisso de livrar a capital e os demais arraiais, por dois anos dos ataques desses índios. Com praticamente 500 guerreiros bororo, ele percorreu grande parte do território dos Kayapó do Sul, chamado sertão de Camapuã, passando pelos rios Pardo, Coxim, Taquari, Paraná e Claro, até as cabeceiras do rio Araguaia, investindo contra os índios, destruindo suas aldeias e matando grande quantidade de sua população, entre eles mulheres e crianças. Mesmo com tantas atrocidades, não foi o fim do grupo, que demonstrava grande resistência, não abdicando facilmente de seu território. Em 1744, Antônio Pires de Campos, com mais um exército de 500 soldados bororo, inicia outra batalha contra os Kayapó do Sul, e apesar das violentas atrocidades sofridas pelos índios, eles ainda resistem e de certa forma, ganhavam as batalhas. Vendo-se em condição difícil, Pires de Campos, em 1750, fez nova solicitação de ajuda de custo à Fazenda Real para cobrir as despesas com seu exército bororo. Nesta oportunidade requereu, ainda, a isenção de impostos, a concessão por sesmaria de toda a campanha do Rio Kayapó e a patente de capitão-mor da sua conquista. Atendida as solicitações, Pires de Campos partiu da Aldeia de Rio das Pedras, que tinha fundado, para uma nova batalha contra os Kayapó do Sul, mas desta vez foi flechado no peito e teve que se recuperar na aldeia de Rio das Pedras. Foi novamente solicitado para uma outra missão, de escolta a uma grande remessa de ouro para Vila Rica, sem estar totalmente restabelecido de uma forte febre, Pires de Campos faleceu em 1751, na cidade mineira de Paracatu. Após a morte de Pires de Campos, seu irmão Manuel de Campos Bicudo, prometeu concluir a inacabada tarefa de seu irmão, como troca do perdão das dívidas de Pires de Campos e dos mesmos benefícios estabelecidos anteriormente. Mas os Kayapó do Sul continuaram a empreender ataques em 1755, 1760, 1764 e 1767, que foram registrados em cartas escritas à corte do então governador de Goiás, João Manoel de Mello. Ainda em 1767, após uma invasão ao Distrito de Arraial de Santa Luzia em que os Kayapó do Sul incendiaram casas e destruíram roças, a população local armou uma bandeira por conta própria e solicitou ajuda aos Bororos aldeados no Rio das Pedras. No conflito cruel, vários Kayapó do Sul foram mortos, suas aldeias queimadas e 18 índios presos. Mas as tentativas de exterminar os Kayapó do Sul sucederam com os governadores da capitania. Em 1780, numa tentativa de pacificar os Kayapó do Sul, parte deles foram aldeados em Maria I, uma aldeia criada pelo então governador da província, nas margens do Rio Fortuna, doze léguas de Vila Boa; esta aldeia subsistiu até 1813.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 408

No início do século XIX a política indigenista pacífica dá lugar a uma outra, de extinção dos indígenas, baseados no fato de serem inúteis à economia da Província. A partir de 1813, os aldeados em Maria I são transferidos para outra aldeia, São José de Mossâmedes, com a catequização de uma criança, que recebeu novo nome Damiana, mais tarde empreenderia ações pelo governo para a eliminação dos problemas indígenas. Damiana, atirada e muito religiosa, era uma mulher respeitada por todos, realizando várias incursões a procura de seus irmãos Kayapó do Sul, sempre voltando com inúmeros índios pacificados, numa de suas incursões, em 1831, ela voltou muito doente, vindo a falecer logo em seguida. Servindo ao que foi criada e educada para fazer, Damiana contribuiu para a pacificação dos índios e para a política colonialista, atrelada aos liames dos interesses oficiais. Os índios Kayapó do Sul, fugitivos, perambularam pelo norte e sul da Província de Goiás, nas franjas dos seus núcleos urbanos, apatriados da terra que fora deles. Atualmente os Kayapó distribuem-se por 14 aldeias, num vasto território que se estende do Pará ao Mato Grosso, na região do Rio Xingu. Os grupos são: Gorotire, Xikrim do Cateté, Xikrin do Bacajá, A'Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire (Txukarramãe), Kokraimoro, Kubenkrankén e Mekragnoti. Há indicações de que pelo menos três outros grupos ainda sem contato com a sociedade nacional. Esses grupos são os resultados de várias cisões, que se iniciaram em fins do século 18.

Arqueologia do Distrito Federal

De acordo com os registros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN até o momento estão cadastrados 26 sítios arqueológicos dentro dos limites do Distrito Federal, conforme a Tabela 179. Tabela 179: Sítios arqueológicos cadastrados no Distrito Federal Nº. CNSA Nome Município UF DF00001 Catetinho - Primeira Residência Oficial do Presidente da República Brasília DF DF00002 Parque Nacional de Brasília Brasília DF DF00003 DF-CA-015, DF-PA-15 Brasília DF DF00004 São Francisco Brasília DF DF00005 Caboclo Brasília DF DF00006 Ipê Brasília DF DF00007 Mineiro Brasília DF DF00008 Capão da Onça Brasília DF DF00009 Taguatinga Brasília DF DF00010 DF-CA-012, DF-PA-12 Brasília DF DF00011 DF-CA-013, DF-PA-13 Brasília DF DF00012 Belchior Brasília DF DF00013 Zico Brasília DF DF00014 Recanto Brasília DF DF00015 Retiro Brasília DF DF00016 Marica Brasília DF DF00017 Amarelinho Brasília DF DF00018 Cantinho Brasília DF DF00349 PRAINHA I Brasília DF

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 409

Nº. CNSA Nome Município UF DF00354 TAPERA I Brasília DF DF00355 JUNDIAI Brasília DF DF00356 Rio Guapara Brasília DF DF00357 São Sebastião Brasília DF DF00358 Ocorrência Arqueológica Gama1 Brasília DF DF00359 Unidade Habitacional Brasília DF DF00360 Antiga Estrada Real Brasília DF

A maioria dos sítios cadastrados tem registro datado da década de 1990 ou do ano de 2004 e carecem de informações. Foram realizados vários outros trabalhos de arqueologia no Distrito Federal, novos sítios foram identificados e pesquisados, mas até o momento apenas estes 26 sítios estão cadastrados, no banco de dados do IPHAN. Entre as pesquisas no Distrito Federal, convêm destacar às realizadas no Vale do Taguatinga, muito próximo da área de estudo. Pesquisas empreendidas por Miller na década de 1990 e por Barbosa e Meneses, entre os anos de 2004 e 2006, revelaram sítios caçadores coletores, que podem se um dos mais antigos da região. Na região do vale do Taguatinga, a pesquisa realizada por Miller (1993b) identificou alguns sítios na região da ARIE JK e acabou concluindo que:

• A substituição da vegetação nativa por pastagens e gramíneas acabou por prejudicar o estudo da superfície do solo; • Atividade agrícola praticada atualmente na área, dificultou a localização de sítios arqueológicos; • As matérias-primas líticas apropriadas para lascamento, como calcedônia, quartzito, quartzo entre outras, ocorrem principalmente no entorno do córrego Taguatinga e de seus afluentes; • As demais rochas da área de entorno, como areias e argilas, são exploradas intensamente para a construção civil na região; • Os solos próprios para agricultura de coivara, que consiste na derrubada e na queima, ocorrem nas partes baixas, junto às drenagens naturais; • A ocorrência de mata ciliar, com alta umidade relativa e com diversidade de fauna e flora nativas para a subsistência de grupos caçadores-coletores, ocorre especialmente no chamado ótimo climático, junto à rede de drenagem com ênfase no córrego Taguatinga; • As áreas mais altas da região apresentam potencial hidrobiótico aquém do necessário para a subsistência humana, mesmo considerando-se a ocorrência de pequenos grupos, em sítios tipo acampamento; • As fontes etno-históricas escritas pesquisadas especificam que a presença de indígenas (Caiapó) ocorrem longe da área em estudo, a mais de cem quilômetros da região. O vale do Taguatinga vem sofrendo impactos ambientais, em decorrência de atividades antrópicas, desde meados do século XX. A constante expansão das áreas urbanas de Taguatinga, Samambaia e Ceilândia acabam por gerar várias atividades extrativas, econômicas, públicas e particulares; estas

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 410

alteraram profundamente a paisagem local, ocasionando grandes crateras que perturbaram de certa maneira a estratigrafia em pontos aleatórios. A fauna e a flora do local foram dizimadas em decorrências de atividades agropastoris e das indústrias de olarias, não se esquecendo da grande quantidade de resíduos poluentes que foram despejados diretamente no leito dos córregos, provenientes do cotidiano urbano destas cidades (Miller, 1993b), fato atenuado com a construção e operação da ETE sistema Melchior, que passou a receber e tratar estes resíduos. O sítio DF-PA-11 tem grande significância arqueológica, pois se trata de um remanescente cultural de comunidades de caçadores e coletores que apresenta potencial informativo de sociedades ainda pouco pesquisadas na região do Distrito Federal. Ele está situado no Parque das Três Meninas, região administrativa de Samambaia, na chamada Área de Relevante Interesse Ecológico Juscelino Kubitschek - ARIE JK. Este sítio foi pesquisado por Fogaça e Juliani (1997a e 1997b), através do Programa de Avaliação de Potencial Arqueológico e Resgate dos Sítios DF-PA-11 e DF-PA-15. Entre 2004 e 2006, novas pesquisas foram realizadas nestes sítios, agora por Barbosa e Costa durante o desenvolvimento dos Projetos: Programa Levantamento e Monitoramento do Patrimônio Arqueológico da ADA pela Implantação do Receptor e Emissário de Esgotos do Sistema Melchior, em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, no Distrito Federal (2004); Programa de Resgate do Patrimônio Arqueológico e Gestão do Patrimônio Cultural da ADA pela Implantação do Receptor e Emissário de Esgotos do Sistema Melchior, no Distrito Federal (2005); Programa de Monitoramento do traçado da Galeria Localizada no Sítio Arqueológico Pré-Histórico DF-PA-11 (2006). Estes projetos atestaram a presença de sítios arqueológicos a céu-aberto dos mais antigos grupos de caçadores / coletores do início do Holoceno na região da ARIE JK. Também Paulo Jobim Mello, em 2007, localizou remanescentes históricos nos trabalhos de levantamento e resgate arqueológico para a construção da ligação viária entre as cidades de Ceilândia e Samambaia. (Figura 401 a Figura 404).

Figura 401: Afloramentos rochosos de Figura 402: Afloramentos rochosos de quartzito, com marcas de retiradas, quartzito, com marcas de retiradas, localizados durante as pesquisas arqueológicas localizados durante as pesquisas arqueológicas no sítio DF-PA-11 (Fotos: Acervo IGPA/UCG) – no sítio DF-PA-11 (Fotos: Acervo IGPA/UCG) – Imagem 1 Imagem 2

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 411

Figura 403: Instrumentos líticos (plano- Figura 404: Instrumentos líticos (plano- convexos), da Tradição Itaparica, recuperados convexos), da Tradição Itaparica, recuperados durante as pesquisas arqueológicas no sítio durante as pesquisas arqueológicas no sítio DF-PA-11 (Fotos: Acervo IGPA/UCG) – Imagem DF-PA-11 (Fotos: Acervo IGPA/UCG) – Imagem 1 2

As pesquisas arqueológicas no vale do Taguatinga demonstram o grande potencial da região para a ocorrência de sítios arqueológicos. As bacias do Taguatinga e do Vicente Pires são vizinhas, a região dos sítios pré-históricos no vale do Taguatinga, dista cerca de 8Km da poligonal de estudo, no vale do Vicente Pires. A região do Distrito Federal como um todo, foi intensamente ocupada, apresentando imenso potencial arqueológico, tanto para ocupações pré-históricas quanto históricas. O vale do Vicente Pires oferece condições ambientais para o estabelecimento de populações desde a pré-histórica, como a disponibilidade de águas, vegetação que possibilitava a caça e coleta, rios para pesca, terrenos agricultáveis etc. A geologia entre as duas bacias é diferenciada, Taguatinga e Vicente Pires. Enquanto na bacia do Taguatinga ocorrem rochas quartzíticas, que servem como matéria-prima para a confecção de ferramentas, no vale do Vicente Pires isso não ocorre, fato que não exclui a possibilidade de ocorrência de outros tipos de sítios nesta região. No vale do Vicente Pires, a poligonal de estudo abrange uma área 2.754,98 hectares, cobrindo vales e interflúvios, se estendendo pelas margens do córrego Vicente Pires. A área apresenta condições ambientais favoráveis a presença de remanescentes arqueológicos. Apesar do elevado grau de antropização, ainda há possibilidade de preservação e conservação de vestígios, em áreas ainda não ocupadas ou pouco alteradas.

Levantamento de Campo

O levantamento de campo consistiu em varredura e prospecção não interventiva, realizadas em locais favoráveis à observação do solo e à paisagem, através de vistoria de superfície e extratos do subsolo, na área da poligonal de estudo e adjacências. Os pontos ilustrados na Figura 405, foram vistoriados na tentativa de identificar possíveis vestígios arqueológicos. Esta atividade objetivou

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 412

subsidiar a proposta de medidas mitigadoras, que visa atenuar ou evitar possíveis impactos sobre o patrimônio arqueológico. Na vistoria foram documentados, através de registro fotográfico, os diferentes arranjos espaciais, no uso e apropriação do espaço urbano. Para a melhor compreensão dos processos que podem impactar ou manter preservados o patrimônio arqueológico em ambiente urbano, estes locais foram assim divididos: áreas ocupadas, áreas com movimentação de solo, áreas com remoção da cobertura vegetal, áreas com infraestruturas implantadas, áreas com depósitos tecnógenos, áreas pouco alteradas ou remanescentes de vegetação.

Figura 405: Pontos vistoriados na poligonal de estudos (Fonte: Google Earth, 2011).

• Áreas ocupadas: são áreas utilizadas com finalidade residencial, seja ela unifamiliares ou edifícios residenciais, uso comercial, espaços públicos ou coletivos etc. O processo de construção destas estruturas, pode causar impactos ao patrimônio arqueológico, porventura existente no local. Os danos estão diretamente relacionados à dimensão do empreendimento e a profundidade dos depósitos arqueológicos (Figura 406 a Figura 415).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 413

Figura 406: Áreas de uso residencial – Imagem Figura 407: Áreas de uso residencial – Imagem 1 2

Figura 408: Áreas de uso residencial – Imagem Figura 409: Áreas de uso residencial – Imagem 3 4

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 414

Figura 410: Áreas de uso público e coletivo – Figura 411: Áreas de uso público e coletivo – Imagem 1 Imagem 2

Figura 412: Áreas de uso comercial – Imagem 1 Figura 413: Áreas de uso comercial – Imagem 2

Figura 414: Áreas de uso religioso – Imagem 1 Figura 415: Áreas de uso religioso – Imagem 2

• Áreas com movimentação de solo: como a área já é habitada, estas movimentações de solo e escavações já ocorreram ou estão em atividade. Estas escavações podem expor ou destruir jazidas arqueológicas, tanto em superfície quanto em subsuperfície, mas também podem auxiliar em alguns casos na identificação de jazidas mais profundas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 415

A Figura 416 e Figura 417 ilustram exemplos de áreas com movimentação de solo na AID.

Figura 416: Movimentação de solo na área em Figura 417: Movimentação de solo na área em estudo – Imagem 1 estudo – Imagem 2

Áreas com remoção da cobertura vegetal: praticamente em toda área de estudo tal atividade já foi praticada, geralmente para a limpeza das áreas, introdução de espécies ornamentais, jardinagem ou prática de agricultura. Esta atividade pode descaracterizar e perturbar os vestígios arqueológicos que estejam em extratos mais superficiais. (Figura 418 a Figura 421Figura 427).

Figura 418: Áreas com remoção da cobertura Figura 419: Áreas com remoção da cobertura vegetal, jardinagem e agricultura – Imagem 1 vegetal, jardinagem e agricultura – Imagem 2

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 416

Figura 420: Áreas com remoção da cobertura Figura 421: Áreas com remoção da cobertura vegetal, jardinagem e agricultura – Imagem 3 vegetal, jardinagem e agricultura – Imagem 4

• Áreas com implantação de infraestruturas: a área já apresenta diversas infraestruturas implantadas, como ruas pavimentadas e não pavimentadas, sistema distribuição de energia elétrica, sistema de saneamento, rede de drenagem pluvial subterrânea, sistema telefônico, via férrea etc. Todas estas infraestruturas, no ato de sua implantação, realizaram atividades de escavação, aterro ou movimentação de solo, podendo ter causado, mesmo que pontualmente, danos irreversíveis ao patrimônio arqueológico (Figura 422 a Figura 427). A implantação de novas infraestruturas pode gerar todos esses impactos, anteriormente mencionados, ao patrimônio arqueológico.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 417

Figura 422: Vias não pavimentadas – Imagem 1 Figura 423: Vias não pavimentadas – Imagem 2

Figura 424: Vias pavimentadas e sistema de Figura 425: Vias pavimentadas e sistema de distribuição de energia – Imagem 1 distribuição de energia – Imagem 2

Figura 426: Via férrea, no interior da poligonal Figura 427: Via férrea, no interior da poligonal – Imagem 1 – Imagem 2

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 331

• Áreas com depósitos tecnógenos: são áreas com solo soterrado por entulho ou lixo. Observados em vários pontos da poligonal de estudo, os rejeitos são compostos por lixo doméstico e entulhos (rejeitos da construção civil). Apesar do soterramento, algumas áreas apresentam possibilidade de conservação de vestígios arqueológicos em subsolo (Figura 428 a Figura 431).

Figura 428: Detalhe de depósitos tecnógenos Figura 429: Detalhe de depósitos tecnógenos (lixo doméstico e rejeito de construção civil), (lixo doméstico e rejeito de construção civil), localizados no interior da poligonal – Imagem 1 localizados no interior da poligonal – Imagem 2

Figura 430: Detalhe de depósitos tecnógenos Figura 431: Detalhe de depósitos tecnógenos (lixo doméstico e rejeito de construção civil), (lixo doméstico e rejeito de construção civil), localizados no interior da poligonal – Imagem 3 localizados no interior da poligonal – Imagem 4

• Áreas remanescentes ou pouco alteradas: estas áreas apresentam solos preservados, alguns ainda permanecem sem uso, com parte da vegetação original ou regenerada. Podendo ser definidos como de alto grau de preservação e considerados com maior possibilidade de se encontrar sítios arqueológicos. Na poligonal de estudo são observadas inúmeras e extensas áreas desocupadas, mas poucas delas em seu estado original (Figura 432 a Figura 435).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 332

Figura 432: Áreas remanescentes alteradas – Figura 433: Áreas remanescentes alteradas – Imagem 1 Imagem 2

Figura 434: Áreas remanescentes alteradas – Imagem 3

Figura 435: Áreas remanescentes alteradas – Imagem 4

Considerações sobre a Arqueologia

Durante a etapa de levantamento de campo não foram identificados indícios remanescentes de ocupação histórica ou pré-histórica na poligonal de estudo, que abrange parte dos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão – SHBS e áreas intersticiais/ remanescentes do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 333

No entanto, o levantamento bibliográfico indicou que, próximo à poligonal, está localizado o sítio histórico Catetinho, primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek na cidade de Brasília. A área também apresenta grande potencial para a presença de remanescentes arqueológicos, por estar muito próxima a uma região (vale do Taguatinga), que possui registros de ocupação histórica e pré- histórica. O empreendimento abrange uma poligonal na qual não há registro de sítios arqueológicos, até o momento. Contudo, destaca-se a possibilidade de encontrar novos sítios durante novas atividades de movimentação de solo não podem ser descartadas, mesmo naquelas áreas que apresentam acentuada antropização. Portanto, torna-se indispensável à elaboração de um programa de levantamento arqueológico, na próxima fase do licenciamento, visando identificar e preservar possíveis jazidas arqueológicas presentes na poligonal de estudo.

5.3.4. EQUIPAMENTOS PÚBLICOS COMUNITÁRIOS

Área de Influência Indireta – AII - Regiões Administrativas de Taguatinga RA - III, Águas Claras RA - XX, Guará RA - X, Park Way RA - XXVI e Núcleo Bandeirante RA – VIII.

Na AII dos Setores Habitacionais em estudo foram localizados vários equipamentos comunitários, os quais exercem abrangência microrregional em relação à poligonal em estudo (AID). Dentre os equipamentos públicos, destacam-se: a Escola Técnica de Brasília – ETB (QS 09 de Águas Claras, frente ao Areal), o Museu Vivo da Memória Candanga (junto à EPIA, RA do Guará) e as estações metroviárias Águas Claras e Arniqueira. O Mapa 32no Anexo I do Volume V localiza os equipamentos comunitários existentes dentro da poligonal de estudo e em suas proximidades.

• Educação A Escola Classe Arniqueira (CEF), localizada na Avenida Arniqueira, conta apenas com 03 salas de aula, sendo insuficiente inclusive para a vizinhança imediata. Junto à mesma localiza-se a sede da Associação Comunitária de Arniqueira e o Centro de Inclusão Digital, único equipamento de cultura em toda a área. Esse conjunto perfila-se como o único subcentro local de equipamentos comunitários em todo o Setor Habitacional. Nas proximidades da poligonal de estudo funcionam vários centros de ensino de diferentes níveis, tanto públicos quanto privados, no Guará II (níveis fundamental e médio), em Taguatinga (ensino fundamental / CAIC, ensino técnico / ETB, ensino superior / Universidade Católica) e em Águas Claras (todos os níveis), nos quais está matriculada grande parte dos estudantes da área. Entretanto, a maioria das residências da área em pauta localiza-se além dos raios de atendimento ideais desses centros de estudo (conforme a Norma Técnica N°3 - NT), com exceção da Escola Técnica de Brasília (ETB), localizada junto ao CAIC (frente ao Areal) e dos centros de ensino superior de Taguatinga e Águas Claras. É preocupante a ausência de equipamentos públicos básicos de saúde e de assistência social, visto o perfil da população local, predominantemente de classe média e com significativa fração de

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 334

famílias de baixa renda. Destaca-se o Albergue Conviver, Unidade de Alta Complexidade da SEDEST, que acolhe moradores de rua. Localizado a sudoeste da poligonal de estudo, entre o campus da Universidade Católica e a gleba da antena da Aeronáutica, o albergue é motivo de polêmica entre a população, pois por um lado presta um serviço social necessário e por outro é visto pelos moradores como refúgio de delinquentes. A Figura 436 a Figura 449 ilustram os equipamentos educacionais levantados durante o trabalho de campo na AII.

Figura 436: Universidades na AII - Águas Claras Figura 437: Universidades na AII - Águas Claras – Imagem 1 – Imagem 2

Figura 438: Unidades escolares na AII - Águas Figura 439: Unidades escolares na AII - Águas Claras – Imagem 1 Claras – Imagem 2

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 335

Figura 440: Unidades escolares na AII – Guará Figura 441: Unidades escolares na AII – Guará – Imagem 1 – Imagem 2

Figura 442: Centro de Assistência Social e Figura 443: Centro de Assistência Social e Colégio/Faculdade na AII – Guará – Imagem 1 Colégio/Faculdade na AII – Guará – Imagem 2

Figura 444: Unidades escolares na AII - Núcleo Figura 445: Unidades escolares na AII - Núcleo Bandeirantes – Imagem 1 Bandeirantes – Imagem 2

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 336

Figura 446: Unidades escolares na AII – Figura 447: Unidades escolares na AII – Taguatinga – Imagem 1 Taguatinga – Imagem 2

Figura 448: Universidades na AII – Taguatinga Figura 449: Universidades na AII – Taguatinga – Imagem 1 – Imagem 2

• Saúde No Guará existem três Centros de Saúde e dois Postos de Saúde, um Laboratório Regional e um Centro de Atenção Psicossocial. O Centro de Saúde nº 01 é o de maior abrangência da Regional do Guará. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, esta unidade tem a capacidade de atender uma população de aproximadamente 52 mil habitantes. Situado na Quadra E 06 Guará I, este Centro de Saúde tem sua área de abrangência no Guará I, Setor de Abastecimento e Indústria, Park Way (Quadra 05), ofertando atendimentos básicos de vacinação, consultas em clínica médica, Atenção à Saúde da Criança e do Recém-Nascido (Pediatria), Atenção à Saúde da Mulher e da Gestante (Ginecologia e Obstetrícia), além de programas específicos à atenção às pessoas com diabetes, hipertensão, DST/AIDS, tuberculose e hanseníase. Ainda no Guará, localiza-se o Centro de Saúde nº02, que atende aproximadamente 49 mil habitantes. Esse Centro de Saúde localiza-se na Quadra E17 do Guará II e têm abrangência nas quadras QIs 23, 25, 27,29; QEs 13, 15, 17, 19, 21, 23, 24, 26, 28 do próprio Guará, Setor de Oficinas

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 337

Sul; Carrefour Sul; Área especial 2A; Setor de Garagem Sul; Park Shopping; Parque Ecológico do Guará; Chácaras adjacentes (estas últimas são objeto de interesse desse estudo ambiental). Tem a função de realizar atendimentos básicos como vacinação, curativos, consultas em clínica médica, Atenção à Saúde da Criança e do Recém-Nascido (Pediatria), Atenção à Saúde da Mulher e da Gestante (Ginecologia e Obstetrícia), além de programas específicos à atenção às pessoas com diabetes, hipertensão, DST/aids, tuberculose e hanseníase. Os agendamentos ocorrem da mesma maneira que no Centro de Saúde nº 1, referenciado anteriormente. O Centro de Saúde nº03, também se localiza na Quadra E 38 – AE- Guará II e engloba as QIs. 31,33; QEs. 32, 34, 36, 38, 40, 42, 44, 46,48; AE 04; IAPI/Colônia Agrícola Bernardo Sayão; Polo de Moda; Invasão do Grêmio. Tem capacidade para atendimento de uma população de aproximadamente 25 mil habitantes e localiza-se na área de abrangência mais carente do Guará, circuncidado por pequenas invasões alternadas e por áreas de assentamento recente, onde não existe saneamento básico. Em Taguatinga faz-se referência ao Hospital Regional, que se localiza na QNC - Área Especial Nº 24 - Taguatinga Norte. É um hospital com grande capacidade de atendimento, tendo em vista as seguintes especialidades; Anestesiologia, Angiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Clínica Médica, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Ginecologia e Obstetrícia, Hematologia e Hemoterapia, Medicina do Trabalho, Medicina Intensiva, Nefrologia, Odontologia (Periodontia), Oftalmologia, Radiologia. A Figura 450 A Figura 455 ilustram os equipamentos de saúde levantados durante o trabalho de campo na AII.

Figura 450: Unidades de Saúde na AII – Guará Figura 451: Unidades de Saúde na AII – Guará – Imagem 1 – Imagem 2

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 338

Figura 452: Unidades de Saúde na AII – Figura 453: Unidades de Saúde na AII – Taguatinga – Imagem 3 Taguatinga – Imagem 4

Figura 454: Unidades de Saúde na AII - Figura 455: Unidades de Saúde na AII – Taguatinga – Imagem 5 Taguatinga – Imagem 6

• Segurança O Posto Policial está localizado junto à EPVP, Quadra 05, Conjunto 1 do SMPW - Trecho 3, com previsão de ser substituído por um Posto Comunitário de Segurança exatamente frente ao posto atual. Funcionam na área de estudo vários equipamentos particulares de ensino (infantil fundamental e médio) e creches também particulares. Junto ao limite entre o Setor Habitacional Arniqueira - SHAr e o Areal, funciona um Centro de Ensino Infantil público, o CEI Águas Claras, junto ao mesmo há um parque infantil, em torno do qual existem dois centros de ensino infantis e creche particulares, também utilizados pela população de Arniqueira. Outra questão levantada é a falta de equipamentos públicos de segurança, como corpo de bombeiros e polícia, esse último muito reclamado pela população. Na prática de planejamento urbano atual do Distrito Federal, consideram-se vários parâmetros para a definição da demanda de equipamentos públicos de uma área urbana. Os parâmetros dados pela Norma Técnica n°3 são aplicados com certa relativização, em função da densidade populacional perseguida e do perfil da população a ser atendida. Também são consideradas as demandas específicas formalizadas pelas Secretarias de Estado do Distrito Federal e pelas concessionárias dos serviços públicos, por meio de respostas às Cartas

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 339

Consultas encaminhadas no âmbito do projeto em pauta. No pré-projeto do empreendimento em pauta, são também consideradas as demandas estimadas a partir dos projetos preliminares de infraestrutura desenvolvidos paralelamente ao mesmo. A Figura 456 a Figura 460 mostram os equipamentos levantados durante o trabalho de campo na AII.

Figura 456: Unidades de Segurança na AII – Figura 457: Unidades de Segurança na AII – Guará – Imagem 1 Guará – Imagem 2

Figura 458: Unidades de Segurança na AII – Figura 459: Unidades de Segurança na AII – Guará – Imagem 3 Guará – Imagem 4

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 340

Figura 460: Unidades de Segurança na AII – Taguatinga

• Transporte Urbano O traçado da cidade, com avenidas largas, sem cruzamentos, e o alto poder aquisitivo da população, principalmente em Brasília e nos Lagos Sul e Norte, favorecem o uso do automóvel no Distrito Federal, que representa 78% da frota local, de 825.690 veículos (janeiro de 2006 - DETRAN), apresentando uma taxa média de cerca de 3 pessoas por veículo. Apesar disto, para grande parte da população do Distrito Federal o principal meio de locomoção é o ônibus, com a dependência do transporte coletivo, em algumas cidades, chegando a 71%, como no caso de Paranoá, 67 % em e 65% em Santa Maria (CODEPLAN - Pesquisa Domiciliar Transporte - 2000). Em Brasília concentram-se cerca de 45% das oportunidades de emprego do Distrito Federal, seguidos por Taguatinga (10,71%) e Guará (9,03), consolidando assim a importância do transporte público para os trabalhadores das demais Regiões Administrativas e para as próprias atividades produtivas (cerca de 52% das viagens são por motivo de trabalho - dados da Pesquisa de Transporte – 2000 - CODEPLAN). A população do DF é servida atualmente por 780 linhas de ônibus urbanos convencionais e 11 de Transporte Vizinhança e uma frota de 2.354 ônibus (DFTRANS 2011). Para complementar o atendimento a esta necessidade de transporte urbano foi concebido o Metrô. Com quarenta quilômetros de extensão, dos quais nove subterrâneos, o Metrô de Brasília possui 29 estações, sendo que só 24 estão em funcionamento. Algumas das estações do Plano Piloto ainda não estão ativadas, sendo que o primeiro trecho operacional do metrô está atendendo as ligações Samambaia - Centro de Taguatinga - final da Asa Sul, que contempla as cidades: Brasília, Guará, Águas Claras, Taguatinga e Samambaia. Atualmente existem 14 estações em funcionamento.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 341

Área de Influência Direta – AID – Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão - SHBS e áreas intersticiais/ remanescentes do setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3

Os Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr e Bernardo Sayão - SHBS mais as quadras 01, 03, 04 e 05 do Setor de Mansões Park Way - SMPW - Trecho 3, praticamente não conta com Equipamentos Públicos Comunitários. Para melhor tratar esta questão, optou-se pelas seguintes estratégias metodológicas: (i) levantamento da percepção dos moradores locais, por meio de entrevistas, sobre a oferta de equipamentos comunitários e: (ii) resgate, por meio de trabalho de campo.

• Percepção dos Moradores Locais Para retratar a visão dos usuários locais sobre os equipamentos comunitários existentes na AID, aplicou-se um questionário com os moradores locais, resgatando-se os seguintes temas: educação, saúde, segurança e lazer. Os resultados desses questionários são apresentados a seguir.  Educação Quando questionados acerca da existência de escolas na comunidade, a maioria dos entrevistados (67,92%) dos entrevistados afirmaram que não existem, sendo que os restantes (30,465) afirmaram ter conhecimento. No que se refere à qualidade dos serviços ofertados, 21,19% da população afirma ser de boa qualidade, 2,95% considera o serviço regular e 2,68% destaca que é ruim. Os demais entrevistados (73,32%) que participaram diretamente da pesquisa afirmaram não saber da acerca da qualidade dessas escolas. (Gráfico 63 e Gráfico 64).

60

40

67,92% Percent

20

30,46%

0 1,62% Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 63: Existência de Escolas. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 342

Q ; , , ;

80

60

40 73,32% Percent

20

21,02%

2,70% 2,96% 0 Bom Regular Ruim Não Sabe N = 371

Gráfico 64: Qualidade da Escola. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

• Saúde Os entrevistados declararam que desconhecem a existência de serviços públicos de saúde em suas áreas de residência ou nas localidades que devem atender às demandas setoriais. Outros 17,79% reconhecem a existência desses serviços. Quanto à qualidade dos serviços de atenção à saúde, 78,51% não sabe informar, 6,59% afirmou ser bom, 6,59% regular e para 8,31% é ruim. (Gráfico 65 e Gráfico 66).

100

80

60 Percent 40 80,59%

20

17,79%

0 1,62% Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 65: Existência de Posto de Saúde. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais em estudo (Pesquisa de campo 2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 343

80

60

40 78,51% Percent

20

6,59% 6,59% 8,31% 0 Bom Regular Ruim Não Sabe N= 371

Gráfico 66: Qualidade do Posto de Saúde. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03; (2011).

• Segurança Pública A Secretaria de Estado de Segurança Pública é encarregada de garantir a segurança e preservar a ordem pública do Distrito Federal. Esta Secretaria coordena as ações da Polícia Civil do DF, da Polícia Militar do DF, do Corpo de Bombeiros Militar do DF, do Departamento de Trânsito – DETRAN e da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do DF – FUNAP e do Conselho de Entorpecentes - CONEN. Nas áreas de intervenção direta e indireta dessa pesquisa, foram identificados 19 postos policiais distribuídos nas cidades, mas dentro da área de estudo existe apenas 1 que fica nas proximidades da quadra 5, conjunto 1 do SMPW – Trecho 03. Tendo isso em vista, verificou-se que 73,85% da população afirmam não existir posto policial nas proximidades de sua residência ou local de trabalho e apena 24,7% informou a existência de posto policial. Quando questionados sobre a qualidade dos serviços prestados pelo posto policial, 73,79% não souberam responder, enquanto que 11,33% informaram ser 1bom, 2,27% regular e 16,62% ruim. Acerca da qualidade das rondas policiais 66,34% não souberam dizer e apenas 10,36% informou que são boas 6,80% regular, 16,50% ruim. Esses dados estão ilustrados nos Gráfico 67 a Gráfico 69.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 344

stê c a de osto o c a ; S , , S S ; 0

80

60

40 73,85% Percent

20

24,70%

0 1,45% Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 67: Existência de Posto Policial. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011). stê c a de o da o c a ; S , , S S ; 0

100

80

60 Percent 40 80,15%

20

18,40%

0 1,45% Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 68: Existência de Ronda Policial. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 345

80

60

40 73,08% Percent

20

21,54%

5,38% 0 Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 69: Existência de Segurança no Bairro ou Proximidades. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

• Correios e Telégrafos No Distrito Federal, a rede de atendimento do CORREIO conta atualmente, com 87 agências próprias, 27 agências franqueadas de correios e 1.119 Caixas de Coleta, 22 centros de distribuição domiciliar, 01 centro de entrega de encomenda e um terminal de cargas. Embora seja assim, segundo 79,18% dos moradores, os Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão - SHBS e áreas intersticiais/ remanescentes do setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3 não contam com agências de correios nas proximidades de suas residências e comércios. O que contribui para que sejam mais utilizadas as agências localizadas nas cidades vizinhas. Nesse sentido, 18,40% dos (as) moradores (as) considera que essas agências estão perto de suas unidades habitacionais e/ou comerciais. 2,42% não souberam informar. (Gráfico 70).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 346

g ; , , ;

80

60

40 79,18% Percent

20

18,40%

0 2,42% Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 70: Existência de Agência de Correios. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

• Transporte Público e Sistema Viário No Setor Habitacional Arniqueira - SHAr, Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3 e Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS, 28,61% da população identifica a existência de Transporte Público. Utilizam o transporte coletivo urbano 35,93% da população, considerando ônibus e metrô. Utilizam transporte individual 61,39%, considerando automóvel e moto. De alguma maneira, 54,26% da população consideram que não há pontos de ônibus nas proximidades das suas unidades habitacionais e comerciais. Dos entrevistados 73,46 não soube informar acerca da qualidade do metrô, 7,51% considera esse tipo de transporte bom, 10,19% regular, 8,85% ruim. No que se refere aos tipos de vias urbanas, 72,78% as consideram como ruas, 12,57% avenidas, 12,57% vias expressas. Quanto à qualidade das vias, 51,48% é considerada asfaltada, 40,16% terra batida. Esse último dado tem tanta expressividade principalmente em decorrência da existência de condomínios e ocupações irregulares, cuja população ainda não teve acesso às melhorias urbanas ( Gráfico 71 a Gráfico 75). Chama muita atenção o dado que evidencia que, segundo 57,14% da população não há problemas de tráfego nas localidades de nosso escopo de pesquisa. Essa informação se destaca já que a localização da AID é servida por grandes vias de grande circulação. A exemplo temos: A EPTG, EPNB entre outras.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 347

60

40

68,77% Percent

20

28,81%

2,42% 0 Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 71: Existência de Transporte Público. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

Qua dade do a spo te úb co; S , , S S ; 0

60

40

Percent 61,89%

20

22,06%

8,31% 7,74% 0 Bom Regular Ruim Não Sabe N = 371

Gráfico 72: Qualidade do Transporte Público. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 348

p ; , , ;

80

60

40 72,78% Percent

20

12,67% 12,67%

0 1,89% Vias Expressas Avenidas Ruas Viadutos N = 371

Gráfico 73:Tipos de Vias. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011). ; , , ;

60

50

40

30

Percent 51,48%

20 40,16%

10

7,82%

0 0,54% Asfaltadas Terra Batida Vias Duplicadas Vias Estreitas N = 371

Gráfico 74: Características das Vias Urbanas. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 349

60

50

40

30 57,87% Percent

20 38,26%

10

3,87% 0 Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 75: Existência de Problemas de Tráfego. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

Figura 461: Vias Urbanas; SHAr.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 350

Figura 462: Vias Urbanas; SMPW – Trecho 03.

Figura 463: Vias Urbanas; SMPW – Trecho 03.

• Demanda Futura por Equipamentos Públicos Comunitários na AID Considera-se que para o melhor atendimento da população deveriam ser instalados novos equipamentos públicos e comunitários. As Tabela 180 a Tabela 182 listam os equipamentos públicos comunitários e urbanos que seriam necessários, de acordo com os parâmetros acima citados, para atender a população da área, estimada em 54.000 habitantes para um horizonte de 10 anos. Tabela 180: Equipamentos Públicos necessários para o Setor Habitacional Arniqueira - SHAr. Tipo de equipamento Quantidade Área/unidade (m2) Área total (m2) Equipamentos Públicos Comunitários Unidades Básicas de Saúde 3 5.000 15.000 Postos de Apoio às Equipes Médicas do Programa 3 800 2.400 Saúde em Casa Hospital Regional 1 > 30.000 30.000 Centros de Educação Infantil e Creches 12 3.000 36.000

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 351

Tipo de equipamento Quantidade Área/unidade (m2) Área total (m2) Equipamentos Públicos Comunitários Centros de Ensino Fundamental 8 8.000 64.000 Centros de Ensino Médio 2 12.000 24.000 Escola de Ensino Profissionalizante 1 30.000 30.000 Oficinas de 1º Emprego 1 30.000 30.000 Centros de Educação Tecnológica 1 1.500 1.500 Centro de orientação socioeducativa / COSE 1 3.000 3.000 Centro Regional de Assistência Social – CRAS / Centro 1 2.000 2.000 Regional Especial de Assistência Social – CREAS Postos de Distribuição de Pão e Leite 2 100 200 Agência do Trabalhador 1 600 600 Módulos Culturais Locais / Centro Comunitário / 3 2.500 7.500 Centro de Convivência Módulos Culturais Regionais: Teatro, Biblioteca, 1 45.000 - 75.000 50.000 Museu, Anfiteatro, Concha, Acústica, etc. Módulo Esportivo Regional: 1 30.000 36.000 Estádio (com pista de atletismo); 1 3.000 Ginásio; 1 3.000 Piscina. Posto Policial / Delegacia de Polícia 2 2.000 4.000 Delegacia circunscricional 1 10.000 10.000 Companhia do Corpo de Bombeiros 1 6.000 6.000 Espaços para Feiras Livres Semanais 2 1.200 metros em 2.400 formato linear Equipamentos Públicos Urbanos Subestação elétrica Parkway (CEB) 1 80 X 80m 6.400 Posto de Entrega Voluntária - PEV grande (SLU) 1 3.500 3.500 Lagoas de retenção / detenção da drenagem pluvial 39 Variável 195.000 (estimativa preliminar) TOTAL 559.500 Observação: os EPUs são listados na área onde seriam localizados (de acordo com os projetos preliminares de infraestruturas), não na área correspondente à população a ser atendida por eles.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 352

Tabela 181: Equipamentos públicos necessários para o SH Bernardo Sayão – SHBS. Tipo de equipamento Quantidade Área/unidade (m2) Área total (m2) Equipamentos Públicos Comunitários Unidades Básicas de Saúde 1 5.000 5.000 Postos de Apoio às Equipes Médicas do 1 800 800 Programa Saúde em Casa Centros de Educação Infantil e Creches 4 3.000 12.000 Tipo de equipamento Quantidade Área/unidade (m2) Área total (m2) Centros de Ensino Fundamental 2 8.000 16.000 Centros de Ensino Médio 1 12.000 12.000 Centros de Educação Tecnológica 1 1.500 1.500 Postos de Distribuição de Pão e Leite 1 100 100 Módulos Culturais Locais / Centro Comunitário / 1 2.500 2.500 Centro de Convivência Posto Policial / Delegacia de Polícia 1 2.000 2.000 Delegacia circunscricional 1 10.000 10.000 Espaços para Feiras Livres Semanais 2 1.200 metros em 2.400 formato linear Equipamentos Públicos Urbanos Lagoas de retenção / detenção da drenagem 15 Variável 75.000 pluvial (estimativa preliminar) Posto de Entrega Voluntária - PEV pequeno 1 2.000 2.000 (SLU) TOTAL 141.300 Observação: os EPUs são listados na área onde seriam localizados (de acordo com os projetos preliminares de infraestruturas), não na área correspondente à população a ser atendida por eles.

Tabela 182: Equipamentos públicos necessários para o Setor de Mansões Park Way - SMPW - Trecho 03. Tipo de equipamento Quantidade Área/unidade Área total (m2) (m2) Equipamentos Públicos Comunitários Centros de Educação Infantil e Creches 2 3.000 6.000 Centros de Ensino Fundamental 2 8.000 16.000 Módulos Culturais Regionais: Teatro, Biblioteca, Museu, 1 45.000 - 75.000 50.000 Anfiteatro, Concha, Acústica, etc. Posto Policial 1 2.000 2.000 Delegacia circunscricional 1 10.000 10.000 Equipamentos Públicos Urbanos Estações elevatórias de esgotamento sanitário (CAESB) 4 5.000 20.000 Subestação elétrica Park Way (CEB) 1 80 X 80m 6.400 Posto de Entrega Voluntária - PEV pequeno (SLU) 1 2.000 2.000 Lagoas de retenção / detenção da drenagem pluvial 16 Variável 80.000 (estimativa preliminar) TOTAL 192.400 Observação: os EPUs são listados na área onde seriam localizados (de acordo com os projetos preliminares de infraestruturas), não na área correspondente à população a ser atendida por eles.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 353

Além dos equipamentos públicos listados acima, toda área residencial precisa de espaços verdes públicos destinados ao lazer para garantir um mínimo de qualidade do ar, de amenização das temperaturas e de agradabilidade da paisagem urbana. Junto ao limite oeste da poligonal de estudo existe o Parque do Areal, atualmente cercado e sem equipamentos. Dentro do Setor Habitacional Arniqueira - SHAr há várias pequenas praças, porém sem mobiliário nem jardinagem. Para o caso dos setores em pauta e considerando a extensão da área (2.754 hectares) seriam necessários os espaços listados na Tabela 183. Tabela 183: Áreas Públicas (verdes) de uso coletivo necessárias para o Setor Habitacional Arniqueira – SHAr, Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS e áreas do Setor de Mansões Park Way - SMPW Trecho 3, para uma população total de 54.000 habitantes. Tipo de equipamento Quantidade Área/unidade Área total (m2) (m2) Parque Urbano 1 90.000 Parques de Bairro (Equipamentos esportivos locais) 4 2.500 10.000 (divisível em partes) Praças Públicas + Jardins 1 por quarteirão - 137.350 Parques de Vizinhança 12 6.000 72.000

Não são incluídas na tabela acima as Áreas de Preservação Permanente que deverão ser demarcadas a partir de critérios de preservação ambiental, uma vez que elas não configuram espaços de uso público. Verifica-se que a área de estudo apresenta altíssima carência de equipamentos básicos e complementares, bem como de espaços de lazer ao ar livre, considerando sua população atual e aquela esperada pelo seu crescimento natural. Nesse sentido, o projeto de regularização em pauta apresenta-se como oportunidade para corrigir essa deficiência, que representaria um ganho significativo de qualidade de vida para a população envolvida.

• Levantamento dos Equipamentos Comunitários Existentes A área de estudo conta com uma escola pública denominada Escola Classe Arniqueira, a qual oferece Educação Infantil e de Ensino Fundamental I e II. Possui laboratório de informática, auditório e ampla área externa, além de promover atividade extraclasse e interação com a comunidade de modo geral, inserindo as das famílias dos alunos nas atividades específicas da escola. Uma pesquisa efetuada na Secretaria de Educação da Administração dos Setores em estudo confirmou a carência verificada no mapeamento do local e evidenciou a urgência da implantação de novas escolas que ofereçam a 6ª, 7ª, e 8ª séries (ensino fundamental), além do Ensino Médio. Assim, verifica-se que a maioria dos adolescentes é obrigada a buscar em outras áreas do Distrito Federal o direto de estudar. . Constatou-se que não existe hospital e nem posto de saúde, sendo que os setores em estudo contam apenas com os serviços de saúde das regiões administrativas de sua Área de Influência Indireta. Sobre os equipamentos de segurança, registrou-se somente um posto policial na Estrada Parque Vicente Pires. (Figura 466). Outros equipamentos encontrados na área: a igreja católica no SMPW (frente à via EPVP) e a Estação Bernardo Sayão, da extinta RFFSA (Figura 464 a Figura 468).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 354

Figura 464: Escola infantil particular – Vila Areal – RA III

Figura 465: Colégio Criativo (escola particular – infantil e fundamental), no SMPW

Figura 466: Posto Policial – PMDF na EPVP (SMPW)

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 355

Figura 467: Igreja Católica no SMPW (frente à via EPVP)

Figura 468: Estação Bernardo Sayão, da extinta RFFSA

5.3.5. EQUIPAMENTOS PÚBLICOS URBANOS E INFRAESTRUTURA EXISTENTE.

Os Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr e Bernardo Sayão - SHBS mais as quadras 01, 03, 04 e 05 do Setor de Mansões Park Way - SMPW - Trecho 3, possui infraestrutura urbana consolidada, mas que foi implantada sem um planejamento urbano. Assim como ocorreu com os equipamentos comunitários, para melhor tratar esta questão, optou-se pelas seguintes estratégias metodológicas: (i) levantamento da percepção dos moradores locais, por meio de entrevistas, sobre a oferta de equipamentos urbanos e: (ii) resgate, por meio de trabalho de campo e análise das cartas consultas enviadas às concessionárias responsáveis pelos serviços.

• Percepção dos Moradores Locais Esta parte do EIA voltou-se para o resgate da percepção dos moradores locais sobre os equipamentos urbanos e infraestrutura existentes na AID, a partir de aplicação de questionário aplicou-se: abastecimento água, esgotamento sanitário, drenagem, coleta de resíduos sólidos, etc. Os resultados desses questionários são apresentados a seguir.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 356

 Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Drenagem Pluvial No Distrito Federal, a fornecedora oficial de Água Tratada e a responsável pelo Esgotamento Sanitário é a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB). Segundo dados oficiais dessa instituição, o índice de atendimento à população do DF com sistema de abastecimento de água é de 99% e o de atendimento com coleta de esgotos sanitários é de 93%; o índice atual de tratamento dos esgotos coletados é de 100%. Do ponto de vista da área estudada, 26,39% dos entrevistados afirmam ter acesso a esgotamento sanitário, enquanto que a maioria dos (das) habitantes ou 58,60% recorre à fossa séptica. Segundo o que foi levantado, quase 100% do local não possui sistema de rede de esgoto sanitário, contradizendo as informações prestadas pelos moradores. No que se refere ao abastecimento de água, 51,57% são atendidos com a rede CAESB, e os demais habitantes, com alternativas, tais como poços e coleta em córregos. No que se referem à drenagem pluvial, os habitantes em sua maioria, 59,08%, afirmam não existir esse recurso em sua localidade de moradia e 36,06% reconhece haver alternativas de drenagens. Desses que reconheceram a existência dos serviços de drenagem, 70,35% não soube detalhar o tipo de tecnologia utilizada para o escoamento das águas das chuvas. 23,45% afirmaram que se trata de bocas de lobo, e 3,77% de caixas de ligação. (Gráfico 76 a Gráfico 82 ).

80

60

40 77,72% Percent

20

20,34%

0 1,94% Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 76: Existência de Saneamento Básico. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 357

60

50

40

30

Percent 51,57% 46,49% 20

10

1,94% 0 Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 77: Abastecimento de Água. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

p g ; , , ;

60

50

40

30 58,60% Percent

20

26,39% 10 15,01%

0 Rede CAESB Fossa Não Sabe N = 371

Gráfico 78: Esgotamento Sanitário. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 358

60

40

Percent 61,60%

20

15,47% 11,75% 11,17%

0 Bom Regular Ruim Não Sabe N = 371

Gráfico 79: Qualidade do Saneamento Básico. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011). ossu Ca a água; S , ; S S ; 0

100

80

60 Percent 40 82,57%

20

15,74%

0 1,69% sim não Não Sabe N = 371

Gráfico 80: Possui Caixa D`água. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 359

60

50

40

30 59,08% Percent

20 36,08%

10

4,84% 0 Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 81: Existência de Drenagem Pluvial. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011). pos de e age s u a s; S , , S S ; 0

80

60

40

Percent 70,35%

20

23,45%

3,77% 0 1,89% 0,54% Bocas-de-lobo Caixas de Galerias Outros Não Sabe ligação N = 371

Gráfico 82: Tipos de Drenagens Pluviais. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

Aproximadamente 89,35% da população afirmam haver coleta de lixo nos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão - SHBS e áreas intersticiais/ remanescentes do Setor de Mansões

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 360

Park Way – SMPW Trecho 3. Para 5,33% não há coleta e 5,33% não soube informar. A coleta ocorre regularmente, ou seja, de forma programada e contínua para 60,05% da população, para 6,3% é irregular, ou seja, de forma aleatória. Considera-se também que 19,61% dos entrevistados despejam em lixeiras, embora alguns desses considerem a coletar como regular. A qualidade da coleta é considerada boa por 70,73% dos (as) moradores (as). (Gráfico 83 a Gráfico 84). S ste a de Co eta de o; S , , S S ; 0

100

80

60

Percent 89,35% 40

20

5,33% 5,33% 0 Sim Não Não Sabe N = 371

Gráfico 83: Sistema de Coleta de Lixo. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 361

Co o o é Co etado; S , , S S ; 0

60

40

Percent 60,05%

20

19,61%

12,11% 6,30% 0 1,94% Regular Irregular Despejado em Coleta Seletiva Não Sabe Lixeira N = 371

Gráfico 84: Coleta de Lixo. Fonte: Pesquisa Socioeconômica dos Setores Habitacionais Arniqueira (SHAr), Setor Habitacional Bernardo Sayão (SHBS) e do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 3; (2011).

• Levantamento da Infraestrutura Urbana Existente As informações aqui apresentadas são provenientes das cartas enviadas às concessionárias prestadoras do serviço.

Drenagem Pluvial

A drenagem pluvial urbana consiste em uma série de condutos e reservatórios que tem como objetivo drenar as águas precipitadas e conduzi-las ao corpo hídrico mais próximo. A drenagem evita inundações urbanas, que geralmente acarretam perda de bens materiais, vidas por afogamento ou doenças de veiculação hídrica, dentre outros benefícios. Entretanto quando o sistema de drenagem urbana é mal planejado ou mal executado os problemas podem ser agravados significativamente. A Figura 469 mostra como a água precipitada se distribui em dois cenários diferentes. No cenário sem urbanização praticamente 50% da água precipitada infiltra, 40% é por meio da evapotranspiração e somente 10% escoa superficialmente. Nota-se que no cenário urbanizado a parcela de escoamento superficial aumenta significativamente, principalmente devido à impermeabilização dos solos e a canalização do escoamento que anteriormente iria ser absorvido pelo solo e plantas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 362

Figura 469: Divisão da água precipitada em dois cenários. Fonte: (TUCCI e ORSINI, 2005 apud CHRISTOFIDIS, 2010).

A Tabela 184 expõe a evolução dos sistemas de saneamento ao longo dos anos. Nota-se que as infraestruturas hídricas do meio urbano, bem como o modo de pensar e planejar as cidades tem evoluído com o tempo, com especial atenção ao gerenciamento de águas urbanas. Entretanto uma grande parcela dos dirigentes das cidades brasileiras ainda adota e executa suas infraestruturas de drenagem forma menos evoluída, ou seja, como se estivesse na fase higienista, em um paradigma com atraso de mais de 40 anos (CHRISTOFIDIS, 2010). Tabela 184: Fases do desenvolvimento dos sistemas de saneamento no meio Urbano. Fase Descrição Fase pré-higienista: antes Período em que os esgotos eram depositados em fossas, não havia canais de do Século XX. drenagem e o abastecimento urbano de água utilizava fontes próximas às casas, principalmente aos rios e poços. Como consequência, surgiram grandes epidemias com altas taxas de mortalidade e inundações frequentes. Fase higienista: do início do Época em que foram construídas as canalizações e os condutos para Século XX até os anos transportar os esgotos e escoamentos pluviais para longe das cidades, 1970. lançando-os nos rios. Nesse período ocorreu a deterioração dos corpos hídricos e as inundações aumentaram, em intensidade e frequência. Fase corretiva: entre 1970 Foi o período em que se praticou o tratamento do esgoto doméstico e e 1990. industrial e o amortecimento das vazões de escoamento pluvial. Houve recuperação dos corpos hídricos e a maior dificuldade era o controle e o tratamento da poluição difusa. Fase de desenvolvimento É uma etapa em que tem sido realizado o tratamento terciário de esgotos e a sustentável: a partir de compatibilização do escoamento pluvial com os sistemas naturais. Como 1990. consequência dessa nova consciência, observa-se a ampliação da conservação ambiental, melhoria da qualidade de vida e redução das inundações. Fonte: (TUCCI, 2008).

Existe a necessidade de quebrar o paradigma da fase higienista para adotar conceitos de desenvolvimento sustentável nos equipamentos urbanos, projetados, atualmente, com o intuito de reduzir os efeitos negativos da ocupação urbana sobre o ambiente natural e até mesmo urbano. O conceito de adoção de técnicas compensatórias nos sistemas de drenagem tem o objetivo de mitigar os impactos que a drenagem urbana tradicionalmente executada causa ao ambiente. A Figura 470 mostra a diferença entre os paradigmas de projetos de drenagem urbana.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 363

O velho paradigma é a forma como se tem executado os sistemas de drenagem hoje em dia, sendo o novo paradigma, o conceito de drenagem sustentável. Nota-se que no velho paradigma os diâmetros das tubulações são cada vez maiores e o pico de cheia nos corpos hídricos é elevado e concentrado em um curto período de tempo. No novo paradigma os diâmetros das tubulações do sistema tendem a se manter reduzidos e o pico de cheia no corpo hídrico é distribuído no tempo, de forma a reduzir os impactos gerados pela drenagem.

Figura 470: Comparação entre tubulações de sistemas de drenagem urbana Fonte: (CHRISTOFIDIS, 2005).

É importante destacar que, para alcançar a sustentabilidade no sistema de drenagem, somente a adoção de medidas estruturais não resolveriam o problema. As alternativas não estruturais, que envolvem legislação ou planos diretores, mapas de zoneamento de riscos e enchentes, seguros e normas urbanas já têm sido desenvolvidas e adotadas nas grandes cidades brasileiras, passando a fornecer diretrizes para as ocupações urbanas. Apesar de serem medidas extensamente estudadas e dimensionadas, devem ser projetadas, de forma a atender as peculiaridades locais. Não se pode adotar a mesma medida em locais diferentes devido às características do meio ambiente e urbano em que se encontram. Desta forma, se faz necessária uma análise completa do ambiente em que se está trabalhando para elencar as melhores soluções para o problema em questão.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 364

Caracterização do Empreendimento

A drenagem pluvial na área de estudo representa um importante capítulo a ser considerado, tanto para diagnosticar a real situação ambiental e funcional do sistema na região, quanto para se elaborar um satisfatório elenco de alternativas para a solução de coleta, transporte e destinação das águas pluviais. Com o intuito de se organizar e sistematizar de maneira satisfatória as diversas informações sobre infraestruturas existentes e proposições acerca de soluções para a área de estudo, foi feita uma análise global de toda a bacia hidrográfica, a qual se insere a poligonal de estudo. A partir disto foi possível extrair as informações necessárias para o estudo. A área de estudo encontra-se dentro da Bacia Hidrográfica do Córrego Vicente Pires, que é afluente do córrego Riacho Fundo, afluente do Lago Paranoá. Consequentemente, a área de estudo está localizada dentro da Bacia Hidrográfica do Lago Paranoá, afluente da Bacia Hidrográfica do Corumbá, afluente da Bacia Hidrográfica do Paraná. Conforme codificação da Agência Nacional de Águas e numerada como 849689, nível 6 da codificação de ottobacias. Segundo a legislação correlata, a bacia hidrográfica deve ser a unidade de estudos e planejamento. Para a drenagem em si é essencial utilizar a bacia hidrográfica como unidade de estudo, tendo em vista que todas as partículas precipitadas dentro da região têm escoamento superficial até sua jusante, no encontro dos córregos Riacho Fundo e Vicente Pires. Tal fato permite analisar diretamente a capacidade dos corpos hídricos, os impactos da urbanização e um dimensionamento dos equipamentos mais próximo ao real. Para o presente estudo, esta Bacia Hidrográfica foi subdividida em treze sub-bacias de contribuição (Figura 471), segundo os seguintes parâmetros: Para a delimitação de cada sub-bacia considerou-se a área de contribuição dos corpos hídricos principais (córrego Vicente Pires, Vereda da Cruz, Arniqueira, Vereda Grande e Veredão); A sub-bacia 01, que embora se estenda até as margens do córrego Riacho Fundo ficou delimitada apenas até a margem direita da DF-075, devido ao fato de que somente esta parte está dentro da poligonal de estudo. Isto explica o fato desta sub-bacia não possuir um ponto exutório em corpos hídricos. Para esta sub-bacia foi considerado como exutório um canal existente que deságua no córrego Riacho Fundo; A sub-bacia13 representa a contribuição para a área de estudo, oriunda, principalmente, da região do Setor Habitacional Vicente Pires. Como esta área já possui projeto elaborado com as estimativas de vazões calculadas e redes de drenagem pluvial propostas, não foi necessário fazer estimativas de vazões e os dados calculados serão considerados para o cálculo da seção de alagamento dentro da poligonal de estudo.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 365

Figura 471: Divisão das sub-bacias.

Caracterização Atual

A condução de águas pluviais na área de estudo é, de maneira geral, insatisfatória e relativamente preocupante, pois na maior parte da área percebe-se que as redes foram executadas por moradores e síndicos de condomínios, sendo que em alguns casos simplesmente não existem. Em vários locais, observou-se que a rede de drenagem foi executada sem qualquer critério de dimensionamento e padrão de execução, tornando inviável a sua utilização em um futuro sistema de drenagem pluvial a ser proposto.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 366

Para a elaboração do diagnóstico de infraestrutura foram realizadas consultas às concessionárias e aos órgãos governamentais, visitas de campo e levantamentos de dados primários e secundários, assim como consultas aos moradores sobre os problemas existentes no local. Estas respostas estão presentes no volume V anexo III pasta 3.2. A ADASA é o órgão responsável pela outorga de lançamento de águas pluviais, desta forma, foi encaminhado, segundo os termos previstos na Resolução ADASA n° 350/2006, e nas leis distritais 2.725 de 13/06/01; e 4.285 de 26/12/08, o pedido de outorga para um lançamento de águas pluviais com volume de 24,4 l/s/ha, correspondente a vazão natural calculada para a região, visto que, considerando a impermeabilização da área, e a dinâmica pluviométrica local. Já a vazão natural calculada na região é maior que esse limite. Para tanto, realizou-se um estudo criterioso, cuja metodologia, memória de cálculo e justificativas estão descritas (volume V anexo III pasta 3.1.) As visitas a campo foram extremamente importantes para a análise da real situação da área. Estas foram registradas com Figuras que auxiliaram na elaboração dos trabalhos e foram utilizadas nas situações de relevância, com o objetivo de melhor esclarecer as informações descritas. Observou-se in loco a existência de diversos problemas decorrentes da inexistência de um sistema de drenagem pluvial em alguns casos ou sistemas ineficazes, em outros. Em vários relatos de moradores evidenciou-se a preocupação com o período chuvoso, devido aos diversos locais em que existem erosões, inundações e até mesmo danos às obras de arte. A seguir, elencamos os principais problemas encontrados na área para a melhor proposição de um adequado sistema de drenagem pluvial. A descrição destes problemas foi realizada de forma individual para cada sub-bacia, objetivando um melhor detalhamento.

Sub-Bacia 01

A sub-bacia 01 (Figura 472) coleta águas precipitadas em uma área situada entre a DF-079 ou Estrada Parque Vicente Pires (EPVP), DF-075 ou Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e a via férrea. Esta sub-bacia possui ponto de lançamento mais próximo ao córrego Riacho Fundo, estes lançamentos estão fora da AID. Nos cadastros recebidos não constam redes de drenagem pluvial na área entre a DF-079 e a linha férrea. Nesta área, as águas precipitadas na via local são conduzidas através de uma canaleta existente na área verde nas entradas das residências, conforme pode ser verificado na Figura 473. Foi procurado o ponto de deságue desta canaleta (Figura 473), a qual não foi localizada, pois segue para dentro dos lotes, onde a equipe técnica da TOPOCART não teve acesso. Este dispositivo poderá ser aproveitado desde que seja conhecido o seu caminhamento e sua capacidade de condução hidráulica.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 367

Figura 472: Localização da sub-bacia 01

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 368

Figura 473: Localização da caneleta na sub-bacia 01.

Esta sub-bacia é margeada pela via EPNB, que possui sistema de drenagem pluvial percorrendo o canteiro da via. Na execução do projeto executivo de drenagem pluvial para a sub-bacia 01 é

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 369

necessário verificar a profundidade destas redes, a fim de se evitar uma possível interferência com o sistema proposto. Paralelo à via EPNB, existe um canal situado ao lado oposto à Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) – Águas Claras (Figura 474), que conduz as águas de chuva precipitadas na região do Riacho Fundo I até o córrego Riacho Fundo. Este lançamento está situado próximo ao pontilhão da linha férrea que passa sobre o córrego Riacho Fundo.

Figura 474: Canal a céu aberto paralelo à EPNB. Coordenada UTM E = 179546.4445 /N = 8242392.8839.

Pelas condições atuais de conservação, neste lançamento, percebe-se que este canal está com sua capacidade hidráulica comprometida, ocasionando problemas graves, tais como deslocamento da ala de lançamento (conforme a Figura 475 a Figura 479) e erosões nas margens do córrego Riacho Fundo, o que pode ser comprovado na Figura 477. As fotos mostram o lançamento em dia chuvoso.

Figura 475: Deslocamento da ala de lançamento. Coordenada UTM X = 180923.9432 / Y = 8241994.7448.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 370

Figura 476: Lançamento do canal visto do alto do pontilhão. Coordenadas UTM X = 180948.1464 / Y = 8242002.0810.

Figura 477: Erosão na margem do córrego Riacho Fundo, próxima ao pontilhão da linha férrea. Coordenada UTM X = 180939.2540/ Y = 8241992.5068.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 371

Figura 478: Lançamento do canal. Coordenadas UTMX = 180947.9396 / Y = 8242001.5299.

Figura 479: Lançamento em dias de chuva. Coordenadas UTM X = 180920.9574 Y = 8241993.1879.

Outro problema encontrado neste canal é seu traçado, que faz uma curva de aproximadamente 90º no ponto em que ele deixa de ser paralelo à EPNB e segue em sentido ao córrego Riacho Fundo. Este é um ponto crítico, pois devido à mudança brusca no traçado do canal e, por consequência, a diminuição repentina da velocidade da água, ocorrendo inundações e erosões neste trecho, conforme pode ser notado na Figura 480 e Figura 481.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 372

Figura 480: Curva acentuada no canal. Coordenada UTM X = 180788.8327/ Y = 8242664.3171.

Figura 481: Erosão na curva. Coordenada UTM X = 180791.7368 / Y = 8242667.7770.

É necessária uma análise completa da capacidade hidráulica dos dispositivos existentes para averiguar quais ações se fazem necessárias, para a redução dos problemas detectados e como estas podem ser aproveitadas no sistema de drenagem futuro, a ser projetado para a sub-bacia 01.

Sub-Bacia 02

A sub-bacia 02 (Figura 482) e a sub-bacia 05 têm seu ponto exutório coincidente na sub-bacia 04. Este ponto torna-se extremamente importante devido ao fato de ser uma confluência de dois corpos hídricos em um só, o que nos leva a fazer uma análise mais detalhada do local, observando os problemas que nele venham a existir. A sub-bacia 02 recebe águas de chuva precipitadas na ADE de Águas Claras, sendo que estas águas deságuam no córrego Vereda da Cruz, através de um canal disposto com um dissipador de impacto no seu lançamento, conforme mostra a Figura 483.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 373

A localização, as fotos e a descrição deste e de outros lançamentos são mais bem detalhados no decorrer deste Estudo Ambiental, no Mapa 39 do anexo Ido volume V. Esta sub-bacia possui problemas de drenagem pluvial comuns em áreas irregulares como redes coletoras executadas por moradores fora dos padrões, lançamentos mal executados, e diversos outros problemas conforme descrito a seguir. Várias ruas não possuem saídas e têm declividade longitudinal, caminhando para a área verde existente, os quais geram dificuldades na elaboração de soluções. Como estas vias são de curta extensão, a condução de águas pluviais para as áreas verdes correspondentes, evitará a necessidade de execução de redes convencionais, uma vez que poderá ocorrer infiltração, minimizando o impacto da urbanização.

Figura 482: Localização da sub-bacia 02

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 374

Figura 483: Localização de Dissipador da Sub-bacia 02.

Nas vias onde constatadas velocidades e/ou vazões elevadas dever-se-ão prever algum dispositivo de amortecimento, pois estas já apresentam sinais de erosão, o que poderá ser acentuado depois da impermeabilização gerada com a pavimentação das mesmas. (Figura 484 a Figura 485).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 375

Figura 484: Via com declividade acentuada. Coordenada UTM X = 178576.5849 / Y = 8242877.5289.

Figura 485: Início de erosão em vias não pavimentadas. Ponto 113, Janela de Ampliação 22/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 178565.0240 /Y = 8242871.8761.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 376

Figura 486: Via sem saída com declividade acentuada. Coord. UTMX = 178442.5730/ Y = 8243063.4477.

Em vias próximas à ADE de Águas Claras verificou-se que a rede de drenagem pluvial existente entrou em colapso. Isto pode ter ocorrido devido à entrada de lixo e entulho nestas redes, causando entupimento e consequente, ineficiência do sistema. Sobre isso, apresenta-se, a Figura 487 ilustra alguns estragos no pavimento, causando pelo aumento do escoamento superficial ocorrido na área em estudo.

Figura 487: Estragos no pavimento causados pela chuva. Coordenada UTM X = 178184.2753 / Y = 8242426.2864.

Também foram evidenciados problemas de erosões causadas pela implantação de sistema de drenagem clandestina. Estas redes foram executadas por moradores que, sem o devido conhecimento necessário para tal, eliminaram o problema do escoamento superficial, mas não se preocuparam em dar o devido tratamento para estas águas no ponto de lançamento, causando erosões, conforme ilustram a Figura 488 a Figura 490.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 377

Figura 488: Ponto de lançamento de rede clandestina. Ponto 93, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179398.5588 / Y = 8243352.6303.

Figura 489: Rede clandestina mal executada. Ponto 94, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179399.8858 / Y = 8243348.4205.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 378

Figura 490: Erosão causada por redes de drenagem irregulares. Ponto 96, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179334.0217 / Y = 8243175.2808.

Em determinados locais, a erosão encontra-se em estágio avançado, ocasionando desmoronamentos e comprometendo a estabilidade das edificações circunvizinhas, conforme pode ser verificado a seguir. Na tentativa de atenuar estes problemas, os moradores se mobilizaram com a intenção de reconstruir a rede danificada e recuperar a erosão existente, o que provavelmente será realizado fora dos padrões recomendados pelos órgãos competentes. As Figuras a seguir evidenciam a gravidade do problema citado, mostrando os locais onde foram localizadas as erosões, (Figura 491 a Figura 494), que serão mitigados através do Plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD), por meio de implantação de sistema de drenagem, retaludamento das margens, recomposição topográfica e revegetação.

Figura 491: Placa com alerta de perigo implantada pelo GDF. Coordenada UTM X = 179337.3338 / Y = 8243169.8089

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 379

Figura 492: Sistema de drenagem pluvial em colapso. Ponto 98, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179332.9516 / Y = 8243165.6134.

Figura 493: Rede danificada e erosão em estágio inicial. Ponto 97, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTMX = 179334.0404/Y = 8243170.2584.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 380

Figura 494: Grade suspensa devido à erosão. Ponto 99, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179336.7212 / Y = 8243165.2441

Os locais onde foram identificadas danificações na rede de drenagem devido à formação de processos erosivos, (Figura 495 e Figura 496) serão mitigados através do Plano de recuperação de áreas degradadas - PRAD. O PRAD prevê a implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais, recomposição topográfica, retaludamento das seções, implantação de barragem de gabião e por fim revegetação.

Figura 495: Muro suspenso. Ponto 101, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179336.2944 / Y = 8243158.5692

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 381

Figura 496: Proteção feita por moradores. No local existia um muro que caiu devido à erosão. Coordenada UTM X = 179329.4181 / Y = 8243157.0522.

Os locais onde foram identificadas à formação de processos erosivos serão mitigados através da implantação de obras de infraestruturas de recomposição topográfica, retaludamento das seções, implantação de barragem de gabião e por fim revegetação. (Figura 497).

Figura 497: Poste que caiu após a ação da erosão. Ponto 100, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179333.2398 /Y = 8243158.7158.

No local onde foi identificada à formação de processos erosivos em estágio bastante avançado (Figura 498) será mitigado através da implantação de obras de infraestruturas de recomposição topográfica, retaludamento das seções, implantação de barragem de gabião e por fim revegetação.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 382

Figura 498: Vista frontal da erosão. Muro da casa está condenado. Ponto 102, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179328.5373 / Y = 8243151.4862.

O local onde foi identificada danificação na rede de drenagem devido à formação de processos erosivos (Figura 499) será mitigado através da implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais e pavimentação e recomposição topográfica.

Figura 499: Fundação do muro exposta. Muro condenado. Ponto 103, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179328.5373 / Y = 8243151.4862.

Poderá ser executado o retaludamento das seções e implantação de barragem de gabião, através do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. (Figura 500 e Figura 501).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 383

Figura 500: Moradores sem acesso as suas residências. Ponto 106, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179327.7540 / Y = 8243142.6186.

Figura 501: Rua intransitável. Ponto 105, Janela de Ampliação 20/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 179331.8776 / Y = 8243150.0352.

É importante salientar, que a falta de pavimentação em algumas vias favorece o surgimento de erosões, entretanto apenas a execução de pavimentação não resolve por si só estes problemas. É necessária uma intervenção baseada em estudos detalhados para reverter às erosões detectadas e a correção das redes de drenagem existentes. No ponto exutório desta sub-bacia também foram evidenciados vários locais de erosão. A Figura 502 mostra o ponto de confluência do córrego Veredão (sub-bacia 02) e do córrego Vereda Grande (sub-bacia 05). Nota-se a degradação avançada nas margens. Também foram evidenciados problemas de assoreamento dos corpos hídricos, ocasionados pela inexistência de dispositivos de detenção e/ou retenção de águas pluviais que poderiam atenuar o carreamento de sedimentos.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 384

Figura 502: Erosão e assoreamento no encontro dos córregos. Ponto 92, parcial 20/22 – PRAD coordenada UTM X = 179399.8411 / Y = 8243480.5998.

Sub-Bacia 03

A sub-bacia 03 (Figura 503) encontra-se no ponto mais a jusante da poligonal de estudo, sendo composta por parte da área do Núcleo Bandeirante, que já possui sistema de drenagem instalado. Esta sub-bacia representa uma das áreas mais importante deste trabalho, uma vez que é afluente de todos os córregos existentes na região.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 385

Figura 503: Localização da sub-bacia 03.

O ponto mais a jusante da sub-bacia 03 localiza-se no cruzamento do córrego Vicente Pires com a via EPNB. Esta área apresentou menos problemas relacionados à drenagem urbana quando comparada as demais áreas, porém também foram observadas erosões e pontos de assoreamento. Em alguns trechos da área constatou-se a existência de redes de drenagem sob a responsabilidade da NOVACAP. (Figura 504).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 386

Figura 504: Poço de Visita (PV) oficial existente. Coordenada UTM X = 182300.5026 / Y = 8244456.2737.

Um problema constatado nesta área foi o surgimento de assoreamento nos dissipadores de impacto (Figura 505 a Figura 507). Isto foi observado ao longo de toda a sub-bacia, apesar dos dispositivos terem sido construídos recentemente. Isto chama a atenção para o problema do carreamento dos solos e erosão das margens dos córregos de toda a bacia hidrográfica.

Figura 505: Assoreamento do lançamento. Coordenada UTM X = 182595.8795 / Y = 8244024.8629.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 387

Figura 506: Assoreamento do dissipador de impacto. Coordenadas UTM X = 182593.3624/ Y = 8244036.4360

Figura 507: Vista geral do local. Coordenada UTM X = 182603.3089 / Y = 8244029.7647

Foram observadas erosões significativas, agravadas pelo fato desta região receber as contribuições de todas as sub-bacias da poligonal em estudo, exceto a sub-bacia 01. Conforme se pode observar na Figura 508 a Figura 510, existem erosões em estado avançado nas margens do córrego Vicente Pires pondo em risco a segurança das residências próximas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 388

Figura 508: Erosões no córrego Vicente Pires avançam a cada período chuvoso, colocando em risco várias residências. Ponto 82, Janela de Ampliação 18/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 182640.3985 / Y = 8243962.0100.

Figura 509: Erosões no córrego Vicente Pires já comprometem residências. Ponto 81, Janela de Ampliação 18/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 182628.1375 /Y = 8243995.1651.

O local onde foi identificada formação de processos erosivos será recuperado por meio de procedimentos do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 389

Figura 510: Erosões e assoreamento. Ponto 82, Janela de Ampliação 18/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 182604.8386 / Y = 8243986.0909.

Sub-Bacia 04

A sub-bacia 04 (Figura 511) é desprovida de redes de drenagem oficiais e, assim como as outras sub-bacias, possui problemas de redes irregulares, áreas de alagamento e margens erodidas. Esta sub-bacia é cortada pela via EPVP que ao longo de toda sua extensão possui problemas sérios de execução e de conservação. Foram registrados vários serviços executados de maneira incorreta, com materiais impróprios, acabamento de má qualidade e métodos construtivos que não condizem com a importância da via em questão.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 390

Figura 511: Localização da sub-bacia 04.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 391

Figura 512: Rede de drenagem pluvial irregular executada de maneira incorreta. Coordenadas UTM X = 179566.7579 / Y = 8243663.6758.

Destacam-se, ainda, os lançamentos em locais inadequados sem a preocupação mínima de execução das estruturas de dissipação de energia, redução de velocidade ou contenção das águas. Tais fatos acarretam erosões de grande porte, como as verificadas nas Fotos que seguem (Figura 513 a Figura 516).

Figura 513: Lançamento inadequado seguido de erosão da margem. Ponto 75, Janela de Ampliação 16/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 180136.5699 / Y = 8244161.0660.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 392

Figura 514: Lançamento sem dissipador de impacto causando erosões. Ponto 72, Janela de Ampliação 16/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 180128.5889 / Y = 8244176.9263.

Figura 515: Bueiro celular de concreto. Desnível, erosões e falta de manutenção. Ponto 73, Janela de Ampliação 16/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 180133.6510 / Y = 8244168.6347.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 393

Figura 516: Juntas das aduelas de concreto não foram protegidas. Ponto 73, Janela de Ampliação 16/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 180133.6510 / Y = 8244168.6347.

Os locais onde foram identificadas danificações na rede de drenagem devidas a processos erosivos serão recuperados por meio de procedimentos técnicos especificados no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

Sub-Bacia 05

Cortada pelo córrego Vereda Grande, a sub-bacia 05 (Figura 517) apresenta vários pontos de encostas com declividade acentuada e uma região com alta densidade de ocupação. Esta sub-bacia possui, na sua região a montante, um lançamento proveniente da ADE Águas Claras composto por uma descida d’água e um dissipador de impacto, como mostram a Figura 518 e Figura 519. Observa-se, tanto nas laterais da descida d’água quanto no dissipador, a existência de erosões.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 394

Figura 517: Localização da sub-bacia 05.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 395

Figura 518: Lançamento da rede. Águas coletadas na ADE de Águas Claras. Coordenadas UTM X = 177696.7802 / Y = 8242817.6682.

Figura 519: Erosões nas laterais das paredes. Ponto 110, Janela de Ampliação 21/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTMX = 177688.0830 / Y = 8242829.9639.

O local onde foi identificada danificação na rede de drenagem devido à formação de processos erosivos, (Figura 520) será mitigado através da implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais, recomposição topográfica, retaludamento das seções e implantação de barragem de gabião.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 396

Figura 520: Dissipador de impacto. Erosões também neste ponto. Ponto 108, Janela de Ampliação 21/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 177680.8276 / Y = 8242842.3952.

Assim como na maior parte da área de estudo, a sub-bacia 05 também é deficitária no que se refere aos sistemas oficiais de drenagem pluvial.

Sub-Bacia 06

A hidrografia da sub-bacia 06 (Figura 521) é bastante complexa, pois possui várias ramificações (grotas secas ou não) e onde se encontram as diversas nascentes do córrego Arniqueira. Devido a esta grande complexidade, do ponto de vista da drenagem pluvial urbana, decidiu-se analisar todo este conjunto de informações em uma única sub-bacia.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 397

Figura 521: Localização da sub-bacia 06.

Esta sub-bacia apresenta um grande número de problemas do ponto de vista ambiental. Muitas nascentes foram suprimidas com a construção de edificações nestes locais, bem como o lançamento de drenagem pluvial clandestina executada pelos moradores, o que leva a outros problemas mais graves. Constatou-se que as redes existentes não atendem aos parâmetros mínimos de projeto. Desta forma, não é aconselhável o seu aproveitamento no projeto a ser desenvolvido. Neste contexto, algumas redes observadas foram escolhidas como exemplo, as quais são mostradas na Figura 522 a Figura 524.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 398

Figura 522: Rede de drenagem e sinalização irregulares e mal executadas. Coordenada UTM X = 176843.5456 / Y = 8243725.4317.

Figura 523: Rede de drenagem clandestina mal executada. Coordenada UTM X = 176848.7200 / Y = 8243697.5921.

Figura 524: Rede de drenagem clandestina mal executada. Coordenada UTM X = 176853.2480 / Y = 8243684.1685.

Os locais onde foram identificados um mal dimensionamento na rede de drenagem serão mitigados através da implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais, e

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 399

pavimentação. Percebe-se na (Figura 525) que as estruturas de contenção feitas pelos moradores, possuem surgimento de água em suas fundações, o que acarreta o surgimento de falhas estruturais e o risco de desabamento destas residências. Segundo relatos de moradores a água que surge abaixo das construções é permanente, mesmo em época de estiagem.

Figura 525: Surgência de água sob o muro de contenção. Coordenada UTM X = 177413.3435 / Y = 8243835.4817.

Sub-Bacia 07

A sub-bacia 07 (Figura 526) está localizada na região central da área de estudo e possuem os mesmos problemas já constatados nas outras sub-bacias, como construções irregulares, redes de drenagem pluvial clandestinas, entre outros. Entretanto, foi verificada pelo corpo técnico da TOPOCART, a existência de uma rede de drenagem de porte considerável que percorre uma grande extensão sob as residências e que é lançada de maneira irregular no córrego Arniqueira.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 400

Figura 526: Localização da sub-bacia 07.

Ao entrar em um condomínio do Setor Habitacional Arniqueira-SHAr Conjunto 05, Chácara 47 (Figura 527 a Figura 529), registraram-se vários tubos de concreto comprados pelo condomínio e que serão utilizados em mais uma rede de drenagem irregular.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 401

Figura 527: Entrada de condomínio SHA Conjunto 05 Chácara 47. Coordenada UTM X = 178301.3669 / Y = 8244637.8374.

Figura 528: Tubos de concreto dispostos na calçada. Coordenada UTM X = 178246.1536Y = 8244591.9830.

Figura 529: Tubos de concreto comprados pelos moradores. Coordenada UTM X = 178227.6579 / Y = 8244571.5446.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 402

Foram verificados locais de ocorrência de lançamento de esgoto sanitário in natura dentro das redes de drenagem pluviais instaladas na região. (Figura 530).

Figura 530: Lançamentos de redes de esgoto diretamente na rede de drenagem pluvial irregular. Coordenada UTM X = 178213.9899 / Y = 8244572.1423.

O local onde foi identificado dano na rede de drenagem, (Figura 531 e Figura 532) será mitigado através da implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais e pavimentação. Em trabalho de campo, ao verificar os pontos a montante da sub-bacia07 com o intuito de abordar avaliação geral da área, foram registrados outros tubos de concreto que a serem assentados pelos moradores. Apesar de placa proibitiva instalada pela TERRACAP informando o impedimento de construção no local, esta prática parece ser corriqueira na região.

Figura 531: Tubos de concreto já estão posicionados para serem assentados. Coordenada UTM X = 177947.3421/Y = 8244275.4276.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 403

Figura 532: Placa da TERRACAP alertando para a proibição de construção ou venda de terreno. Coordenada UTM X = 177969.7298 / Y = 8244276.6692.

Ao realizar caminhamento pela área de estudo, percebe-se que, além de não respeitar a proibição de construção no local, os moradores executaram, de forma inadequada, uma rede de drenagem pluvial em que o escoamento ocorre permanentemente e que, segundo os próprios moradores, são de nascentes da região, conforme (Figura 533 a Figura 535).

Figura 533: Caminho natural da água superficial. Ponto 70, Janela de Ampliação 15/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 177934.3975 / Y = 8244239.3530.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 404

Figura 534: Além de irregular, a execução da vala não segue parâmetros mínimos de qualidade e segurança. Ponto 67, Janela de Ampliação 15/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 177961.9185 / Y = 8244278.6898.

Figura 535: Erosão causada pela execução da vala. Ponto 68, Janela de Ampliação 15/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 177955.6257 / Y = 8244273.6322.

Os locais onde foi identificado caminho natural da água superficial, danificação na rede de drenagem e formação de processos erosivos, (Figura 536 a Figura 539) serão recuperados por meio de procedimentos técnicos, os quais estão descritos no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas do empreendimento.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 405

Figura 536: Canalização de nascente. Ponto 69, Janela de Ampliação 15/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 177935.7898 /Y = 8244246.7041.

Figura 537: Água das nascentes é captada irregularmente por moradores. Coordenada UTM X = 177930.0442 / Y = 8244249.0278.

Figura 538: Água proveniente de nascente causando erosões próximo às residências. Coordenada UTM X = 178038.2157 / Y = 8244375.5909.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 406

Figura 539: Volume expressivo de águas de nascentes. Coordenada UTM X = 178114.2064 / Y = 8244393.7104.

Foi identificada na região a construção de um canal para a drenagem de águas pluviais e captação de nascentes. Em conversas com os moradores locais, constatou-se que em ocasião de tormentas é frequente a ocorrência de transbordamentos. Este canal pode ser visualizado na Figura 540 a Figura 544.

Figura 540: Canal que drena a área em análise. Coordenada UTM X = 178019.2405 / Y = 8244567.4594.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 407

Figura 541: Canal passa debaixo de residências. Coordenada UTM X = 178051.1288/ Y = 8244578.3469.

Figura 542: Vista do canal após passar debaixo de residências. Coordenada UTM X = 178084.9480 / Y = 8244589.4928.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 408

Figura 543: Muro derrubado por chuvas fortes. Coordenada UTM X = 178098.3724 / Y = 8244594.1130

Figura 544: Caixa de passagem a jusante do canal. Coordenada UTM X = 178125.5613 / Y = 8244640.8388

Os locais onde foram identificados como caminho natural da água superficial, águas disciplinadas, danificação na rede de drenagem e formação de processos erosivos, (Figura 545 a Figura 547) serão mitigados através da implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 409

Figura 545: Após o canal, a água é conduzida através de tubos de concreto. Coordenada UTM X = 178125.5613 / Y = 8244640.8388.

Figura 546: Muro destruído pelas chuvas. Coordenada UTM X = 178122.0565 / Y = 8244603.4745.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 410

Figura 547: Existência de redes de drenagem pluvial sob as residências. Coordenada UTM X = 178127.5479 / Y = 8244641.9503.

Segundo relatos dos moradores, a tubulação segue sob as residências até o seu ponto de lançamento, próximo ao córrego Arniqueira (Figura 548 a Figura 549).

Figura 548: Erosão causada pela rede irregular. Ponto 58, Janela de Ampliação 12/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. Coordenada UTM X = 177937.1578 / Y = 8244836.4051.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 411

Figura 549: Lançamento irregular. Ponto 57, Janela de Ampliação 12/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 177921.0997 / Y = 8244869.7637

Os locais mostrados abaixo, os quais foram enquadrados como tendo problemas ambientais, estão contemplados no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. Outros problemas, não menos graves, foram observados como na Figura 550, onde a boca de lobo existente foi executada fora dos padrões usuais, podendo ocasionar acidentes aos transeuntes.

Figura 550: Boca de lobo com abertura excessiva e perigosa. Coordenada UTM X = 178007.9023 / Y = 8244782.9431.

A falta de dispositivos adequados para a condução das águas de chuva, somado à impermeabilização dos solos e ainda, à alta declividade de algumas vias, ocasiona vazões elevadas que podem ser danosas aos pedestres e veículos, além de danificarem o pavimento, conforme pode ser verificado na Figura 551. Verificou-se que, especificamente na via mostrada na Figura 552 as águas são captadas apenas no ponto mais a jusante, o que explica a quantidade excessiva de bocas de lobo.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 412

Figura 551: Falta de drenagem pluvial causa erosões na via. Coordenada UTM X = 178255.5856 / Y = 8244714.3322.

Figura 552: Água escoa superficialmente. Coordenada UTM X = 178298.2000 / Y = 8244663.3275.

Os locais onde foram identificadas, danificação nas vias de acessos e rede de drenagem, serão mitigados através da implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais e pavimentação (Figura 553).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 413

Figura 553: Água que escoa superficialmente pela via são captadas por estas bocas de lobo. Coordenada UTM X = 178128.3214 / Y = 8244860.6700.

Em outro ponto desta sub-bacia existe um canal de responsabilidade da NOVACAP que coleta parte das águas da região, é lançado no Córrego Arniqueira, cujos detalhes sobre esta estrutura podem ser encontrados no Mapa 40 do Anexo 1 e Anexo 3.3. Salienta-se, contudo, a falta de um dissipador de energia no seu lançamento.

Sub-Bacia 08

A sub-bacia 08 (Figura 554) tem duas importantes interferências: a via EPVP e a linha férrea da extinta RFFSA. De acordo com o cadastro enviado pelo DER-DF, a via EPVP já possui uma rede de drenagem pluvial que coleta as águas precipitadas a montante desta sub-bacia e que lança seus efluentes no córrego Arniqueira, próximo à outra interferência, a linha férrea. A utilização desta é viável, desde que seja analisada sua capacidade hidráulica, uma vez que a mesma foi dimensionada considerando apenas a situação atual, ou seja, não prevendo futuras impermeabilizações da área, como informou o próprio DER-DF.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 414

Figura 554: Localização da sub-bacia 08.

A outra interferência situa-se na passagem do Córrego Arniqueira sob a linha férrea, onde se percebeu um processo erosivo avançado. Em conversa com um morador local, foi possível constatar que esta região é alagada em dias chuvosos, com o nível da água chegando à altura do peito de uma pessoa adulta, aproximadamente, 1,50 metros. (Figura 555).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 415

Figura 555: Ponto próximo à interferência entre o córrego Arniqueira e a linha férrea, onde ocorrem alagamentos constantes. Coordenada UTM X = 180037.3840 / Y = 8245621.3178.

A transposição de águas de um lado para o outro da linha férrea é feita através de um túnel com aspectos construtivos satisfatórios que não apresenta visualmente quaisquer avarias (Figura 556). Entretanto, a ocorrência de processos erosivos no aterro acima do bueiro indica que o mesmo funciona no seu limite de vazão durante as cheias. Uma observação a ser feita para este local é a erosão causada nas margens da via lateral à linha férrea que é originada, aparentemente, pela inexistência de proteção do talude, onde se situa a transposição.

Figura 556: Condições estruturais satisfatórias. Coordenada UTM X = 180099.7516 / Y = 8245654.7831.

Esta sub-bacia também recebe contribuições da parte do Guará e da antiga Colônia Agrícola Águas Claras. A área de contribuição do Guará correspondente ao Polo de Modas que já dispõe de sistema de drenagem pluvial. Este sistema deságua no córrego Vicente Pires, por meio de tubos de concreto, com dissipadores de impacto no lançamento. A área da antiga Colônia Agrícola Águas Claras não é servida de sistema de drenagem pluvial.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 416

Sub-Bacia 09

A sub-bacia 09 (Figura 557) tem como único corpo hídrico o córrego Vereda da Cruz, que está totalmente inserido nesta região hidrográfica. Este córrego inicia-se próximo à Avenida Brasília, cruza a DF-079 (EPVP) e conduz suas águas ao córrego Vicente Pires. No cruzamento com a DF-079 (EPVP), existe um pontilhão que deverá ter sua capacidade hidráulica aferida para verificação da condução hidráulica. A TOPOCART solicitou as informações hidráulicas/hidrológicas destes e de outros dispositivos, contudo o DER-DF, que é responsável pelas obras de arte na EPVP, informou que não possuem dados sobre o tema. Este pontilhão apresenta várias falhas de execução e manutenção com pontos de erosão, estruturas em concreto armado inacabadas, lançamentos de águas pluviais sem qualquer proteção e restos de material de construção da própria obra espalhados pelo local. Devido a estes fatores, recomenda-se considerar vazões para tempos de recorrência mais elevados.

Figura 557: Localização da sub-bacia 09.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 417

Vale lembrar que a falta de fiscalização em uma obra e a não conclusão destas acarretam sérios riscos estruturais, inclusive o de morte para usuários em uma eventual chuva atípica. (Figura 558 a Figura 560).

Figura 558: Pontilhão do córrego Vereda da Cruz no cruzamento da DF-079 (EPVP). Coordenada UTM X = 178386.8336 / Y = 8246380.5165.

Figura 559: Pontilhão do córrego Vereda da Cruz no cruzamento com a DF-079 (EPVP). Coordenada UTM X = 178375.3017/ Y = 8246372.8645.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 418

Figura 560: Lançamento direto no córrego causando erosão na margem. Ponto 10, Janela de Ampliação 05/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. Coordenada UTM X = 178373.0386 / Y = 8246384.6170.

O local onde foi identificada danificação na rede de drenagem, (Figura 561) será mitigado através da implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais.

Figura 561: Obra inacabada. Carreamento de material de construção para o leito do córrego. Na lateral do muro em gabião verifica-se a existência de entulho. Coordenada UTM X = 178402.9275 / Y = 8246392.7987.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 419

Figura 562: Guias de meio fio espalhadas pela obra. No canto inferior esquerdo observa-se barras de aço expostas. Coordenada UTM X = 178422.7336 Y = 8246384.0029.

Figura 563: Erosão no talude da rodovia. Ponto 12, Janela de Ampliação 05/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 178417.8438 / Y = 8246334.1389.

O local onde foi identificada erosão no talude da rodovia será mitigado através da implantação de obras de infraestruturas de drenagem de águas pluviais e pavimentação.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 420

Figura 564: Água percorrendo fora da caixa coletora. Verifica-se erosão nas laterais da caixa. Ponto 13, Janela de Ampliação 05/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. Coordenada UTM X = 178446.1614 / Y = 8246302.5846.

Situada ao longo do córrego Vereda da Cruz, esta sub-bacia possui uma grande quantidade de condomínios particulares que, segundo informações locais, ao longo dos anos foram implantando seus próprios dispositivos de drenagem pluvial e pavimentação. Estas vias possuem características geométricas semelhantes, ou seja, são paralelas entre si e caminham em direção ao córrego Vereda da Cruz. Algumas possuem pavimento intertravado, outras com pavimento asfáltico e as demais não possuem qualquer tipo de revestimento. Isto evidencia que a implantação de infraestruturas na região não seguiu um critério único, inclusive nas obras de drenagem pluvial. As redes de drenagem, bem como seus lançamentos, foram executadas sem seguir os padrões técnicos adotados no Distrito Federal e sem o dimensionamento adequado. Alguns moradores, quando das visitas a campo, relataram que contrataram engenheiros civis para a elaboração destes projetos e que inclusive fizeram o acompanhamento das obras. Porém não apresentaram quaisquer documentos que comprovem tais afirmações e, mesmo que o dimensionamento tenha sido bem elaborado, verifica-se que as obras não seguem os padrões exigidos. Na Figura 565 evidencia-se que a execução das redes de drenagem pluvial ocorreu em desacordo com as normas, podendo apresentar avarias no futuro. Notam-se sinais de movimentação de máquinas no local, o que denota o risco de danos aos tubos e às caixas é elevado.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 421

Figura 565: Compactação de aterro executado próximo a caixa coletora - risco de danificação, cujas marcas no solo indicam uso de equipamento pesado próximo à caixa coletora. Coordenada UTM X = 178556.4028 / Y = 8246003.7476.

Nos cadastros enviados pela NOVACAP não constam redes de drenagem pluvial oficiais nesta região, tornando o aproveitamento das redes existentes pouco prováveis. Caso seja decidida a utilização das mesmas, é recomendável que seja feito um levantamento para verificar os materiais utilizados na execução e as suas características geométricas para confirmar se o dimensionamento foi corretamente elaborado. (Figura 566 e Figura 567).

Figura 566: Falta de rejuntamento entre os tubos indicando que o restante da rede também pode estar. Coordenada UTM X = 175783.8089 / Y = 8244791.5639.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 422

Figura 567: Lançamento executado por moradores. Coordenada UTM X = 177225.9148 / Y = 8245869.1713

O local onde foi identificado o dispositivo irregular e mal dimensionado de drenagem de águas pluviais (Figura 568) será redimensionado de modo a evitar futuramente a formação de processos erosivos.

Figura 568: Lançamento executado por moradores: dispositivo irregular e fora dos padrões. Coordenada UTM X = 177229.2396 / Y = 8245864.2321.

O local onde foi identificado dispositivo irregular e mal dimensionado de drenagem de águas pluviais (Figura 569) será redimensionado de modo a evitar, num futuro próximo, a formação de processos erosivos.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 423

Figura 569: Dispositivo com má qualidade de execução e com materiais impróprios. Coordenada UTM X = 177229.2396 / Y = 8245864.2321.

O local onde foi identificado o processo erosivo (Figura 570) será mitigado através de recomposição topográfica, retaludamento das seções, implantação de sistema de drenagem de águas pluviais e sistema de contenção através de barragem de gabião. (Figura 571 a Figura 575).

Figura 570: A erosão neste local avançou muito em direção às residências. Notar que a árvore foi amarrada para não cair no córrego. Ponto 21, Janela de Ampliação 07/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 177227.5971 / Y = 8245865.7908

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 424

Figura 571: Neste local os moradores afirmaram que a rede de drenagem foi executada com tubo PVC DN=150 milímetros, o que confirma a necessidade de uma nova rede de drenagem pluvial. Coordenada UTM X = 176265.1450 / Y = 8245564.4046.

Figura 572: Rede de drenagem pluvial executada com tubo PVC. Fora do padrão. Coordenada UTM X = 176269.1424 / Y = 8245558.5082.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 425

Figura 573: Boca de lobo. Fora do padrão e danificada. Coordenada UTM X = 176060.4479Y = 8245591.7705

Figura 574: Solução adotada por moradores para escoar a água do fundo dos lotes para a rua. Coordenada UTM X = 177854.4305 / Y = 8246222.9067.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 426

Figura 575: Solução adotada por moradores para escoar a água para a rua. Coordenada UTM X = 177804.4609 / Y = 8246198.5223.

Entre as quadras 203 e 204 do bairro Águas Claras (Sul) existe um canal que conduz as águas precipitadas nesta área até o córrego Vereda da Cruz. Percebe-se pela Figura 576 e Figura 577, que os materiais utilizados não são apropriados para este tipo de estrutura e que este canal já apresenta danos em sua estrutura.

Figura 576: Entrada do canal. Residências construídas ao longo de seu percurso. Coordenada UTM X = 176879.9822 / Y = 8246089.1967.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 427

Figura 577: Canal com estrutura danificada. Coordenada UTM X = 176891.8421/ Y = 8246062.0022.

A execução mal executada deste dispositivo causa erosões em seu lançamento, tal afirmação pode ser verificada naFigura 578 e Figura 579.

Figura 578: Lançamento de água através de canal. Material inapropriado para este tipo de estrutura. Coordenada UTM X = 176931.2975 / Y = 8245757.0900.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 428

Figura 579: Erosão causada pelo lançamento do canal. Ponto 18, Janela de Ampliação 07/22 do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, coordenada UTM X = 176935.9050 /Y = 8245757.6115.

Outro problema comum encontrado nesta região foi o fato de existirem muitas vias com a declividade longitudinal em direção a pontos sem saída, ou seja, a água precipitada escoa superficialmente, ou através de redes irregulares, que passam por baixo das residências. Alguns locais oferecem a opção de construção de uma futura rede de drenagem por dentro dos terrenos, em que os tubos podem ser assentados onde atualmente existe uma rampa de garagem. Desta forma, torna-se viável a execução das redes de drenagem e uma eventual manutenção destas. É importante salientar que as larguras para a faixa de servidão deverão ser respeitadas e as larguras existentes conferidas.

Figura 580: Possível local para passagem de tubos de concreto. Coordenada UTM X = 176503.7730 / Y = 8245601.0994.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 429

Figura 581: Rampas de garagem podem ser alternativas para a passagem rede de drenagem pluvial. Coordenada UTM X = 176511.4315 / Y = 8245591.4172.

Porém, nem todos os lugares oferecem esta possibilidade, tendo em vista que nos locais mais indicados à passagem de tubulações e às redes pluviais foram erguidos muros e construções que impedem a execução dos elementos necessários a uma drenagem adequada. Nestes casos, deve ser feito um estudo específico para encontrar alternativas de equipamentos ou caminhamento da rede.

Figura 582: Rede de drenagem clandestina passa dentro do terreno. Coordenada UTM X = 176351.8427 / Y = 8245588.7654.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 430

Figura 583: Uma futura rede de drenagem se torna inviável devido a interferências. Coordenada UTM X = 175741.8885 / Y = 8245185.4154.

Os locais mostrados nas Figuras acima apresentadas são alvo de procedimentos contidos no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

Sub-Bacia 10

A sub-bacia 10 (Figura 584) tem a menor área de contribuição dentre todas as sub-bacias presentes na poligonal de estudo. Ela é cortada pelo córrego Vicente Pires, o qual se constitui num de seus contribuintes, e recebe, também, as águas pluviais do córrego Vereda da Cruz. Esta sub-bacia abrange parte da antiga Colônia Agrícola Águas Claras, parte do Guará e parte do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03. Na área da antiga Colônia Agrícola Águas Claras não existe sistema de drenagem pluvial oficial, mas moradores afirmaram existir tubulação de coleta de águas de chuva, o que não foi confirmado nas visitas a campo. Alguns moradores relataram que, em dias de chuvas fortes, o nível do córrego Vicente Pires sobe consideravelmente, mas que não chega a atingir as moradias. As áreas de inundação estão descritas com mais detalhes no item Análise da Capacidade Suporte. Com base no exposto, julga-se prudente não considerá-las visto que nem mesmo de maneira visual foi possível fazer qualquer tipo de análise. Na outra margem do córrego Vicente Pires existe o Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03 que também não possui dispositivos de coleta e transporte de águas de chuva, sendo que estas escoam superficialmente até o córrego.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 431

Figura 584: Localização da sub-bacia 10.

Sub-Bacia 11

A sub-bacia 11 (Figura 585) abrange o bairro Águas Claras e o Parque Ecológico Águas Claras e já possui sistema de drenagem pluvial implantado, o qual segue as antigas normativas para concepção tradicional de drenagem pluvial. Isto significa que não se previam reservatórios de detenção de águas, o que foi verificado nas visitas feitas ao local e nos cadastros recebidos. Todas as redes de drenagem são lançadas diretamente na área do parque que, por sua vez, deve executar a manutenção delas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 432

Figura 585: Localização da sub-bacia 11.

Apesar desta vazão, chegar a um local com extensa área verde, não há previsão de que o aumento do escoamento superficial gerado pela implantação do bairro Águas Claras seja amortecido, tendo em vista que o nível do lençol freático é bastante elevado. Estas informações foram confirmadas juntamente com os funcionários do parque e em trabalhos de campo, onde foi possível constatar que o acréscimo na vazão tem causado sérios danos nas margens do Córrego Águas Claras (Figura 586).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 433

Figura 586: Erosão no córrego Águas Claras. Figura obtida dentro da área do parque. Coordenada UTM X = 176487.7344 / Y = 8247483.9910.

O córrego Águas Claras percorre o fundo da Escola La Salle. Em visita feita ao local e com a colaboração de funcionários da escola, foi possível verificar que são grandes as erosões e a quantidade de entulho e lixo que são transportados em dias de chuvas fortes. Tendo em vista que a área da sub-bacia 11 não está dentro da Área de Influência Direta, mas que sua contribuição afeta de maneira significativa o regime fluvial do Córrego Águas Claras, visitou-se alguns pontos deste córrego e constatou-se que a impermeabilização de pontos à montante desta sub-bacia gera vazões muito superiores a que o córrego suporta (Figura 587).

Figura 587: Estragos causados pelas chuvas. Coordenada UTM X = 177037.2230 / Y = 8248236.1662.

Sub-Bacia 12

A sub-bacia 12 (Figura 588) possui uma área relativamente grande se comparada com as outras sub-bacias. Situada no ponto mais a montante da área de estudo, recebe águas precipitadas na antiga Colônia Agrícola Águas Claras, Guará, Águas Claras, Park Way, Super Quadras Brasília, além

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 434

da vazão do córrego Vicente Pires e Samambaia. Esta área possui declividades transversal e longitudinal baixas, o que provoca uma área de alagamento extensa. Isto tem gerado constantes inundações nas áreas mais próximas ao córrego obrigando, inclusive, a adoção de medidas feitas pelos próprios moradores para se protegerem destes acontecimentos, o que pode ser comprovado pela Figura 589 e Figura 590

Figura 588: Localização da sub-bacia 12.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 435

Figura 589: Proteção feita por morador para evitar alagamento. Coordenada UTM X = 178877.7753 / Y = 8248152.9354.

Figura 590: Proteção feita por morador para evitar alagamento. Coordenada UTM X = 178880.2318 / Y = 8248152.0004.

Estas áreas não só ficam sujeitas a inundações em dias de chuvas intensas, como também reduzem as alternativas de solução para redução de picos de cheia, uma vez que o nível do lençol freático é alto em praticamente todas as épocas do ano. Este afloramento ficou evidenciado nas figuras feitas próximas ao córrego Vicente Pires em que a equipe verificou vários pontos onde as águas subterrâneas afloram e são canalizadas para pontos de cotas mais baixas (Figura 591).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 436

Figura 591: Águas subterrâneas coletadas. Coordenada UTM X = 178844.9059 / Y = 8248128.3906.

Alguns pontos podem ser considerados fundamentais para esta análise e serão preponderantes para a elaboração de um eficiente sistema de drenagem pluvial. O córrego Vicente Pires passa sob a linha do metrô. Por este motivo, deve-se fazer um minucioso trabalho de levantamento de campo para se determinar a real capacidade da seção do córrego neste ponto, já que o viaduto existente pode ser um limitador de vazões, assim como os demais pontos onde existem outras obras de arte. A necessidade de um cuidado maior neste ponto dá-se em função da complexidade da estrutura existente, com fundação composta por várias estacas de sustentação e que impede uma eventual abertura da seção do canal. Além disso, a natureza de sua utilização (metrô) pode gerar reparos de custos expressivos em um fortuito dano estrutural, sem contar os danos sociais de uma casual interrupção no fornecimento do serviço.

Sub-Bacia 13

A sub-bacia 13 (Figura 592) compreende uma área relativamente grande, se comparada com as demais áreas estudadas, devido ao fato de se estender desde a junção dos córregos Vicente Pires e Samambaia até a DF-097.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 437

Figura 592: Localização da sub-bacia 13.

O córrego Vicente Pires tem como afluente o córrego Samambaia. É exatamente neste ponto que os estudos de vazões e capacidade de suporte dos córregos deverão iniciar-se, pois as vazões

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 438

estimadas até este local já foram calculadas no Estudo de Capacidade Suporte do Setor Habitacional Vicente Pires, elaborado por esta empresa. As vazões afluentes podem ser verificadas no Gráfico 85 e são de 210 m³/s para um Tempo de Retorno (TR) de 25 anos, 170 m³/s para TR=10 anos e 135 m³/s para TR=5 anos.

Descarga Final Cór. Vicente Pires - Cenário 2 (com infiltração)

250

200

150 TR 5 TR 10 TR 25 Vazão (m3/s) 100

50

0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Tempo (min)

Gráfico 85: Descarga córrego Vicente Pires confluência córrego Águas Claras (TOPOCART, 2010).

Existe rede de drenagem pluvial que coleta as águas de chuva precipitadas em Águas Claras e são conduzidas até o córrego Águas Claras. O lançamento desta rede pode ser verificado na Figura 593 a Figura 596.

Figura 593: Lançamento da rede no córrego Águas Claras. Coordenada UTM X = 177380.1917 / Y = 8248675.8146.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 439

Figura 594: Margens do córrego Águas Claras sob o pontilhão da EPVP. Marcas no muro gabião indicam forte vazão que vem do córrego Águas Claras. Coordenada UTM X = 177374.7056 / Y = 8248667.3638.

Figura 595: Vão entre as duas pistas da EPVP sobre o córrego Águas Claras. Coordenada UTM X = 177360.0561 / Y = 8248660.6964.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 440

Figura 596: Rede de drenagem da EPVP lançada incorretamente na margem da via. Coordenada UTM X = 177329.1286 / Y = 8248682.2774.

Cadastro dos Lançamentos Existentes

O cadastro realizado permite compreender os impactos atuais e auxiliará a adoção de medidas mitigadoras futuras de forma mais eficaz e muitas vezes pontual. Todos os lançamentos existentes foram levantados com auxílio de GPS de navegação, trena métrica e cadastrados fotograficamente para referências futuras. No Anexo 3.3 são apresentados os 137 pontos cadastrados com suas respectivas coordenadas. Cabe informar que alguns pontos cadastrados não são formalmente lançamentos, mas podem ser pontos de interesse para cadastro. Os pontos foram cadastrados, também, de acordo com sua situação, tendo sido classificados em regular ou irregular, conforme cadastro fornecido pelos órgãos responsáveis, solicitados por Cartas-Consulta. Se houvessem registros da execução dos sistemas pelo poder público o sistema era cadastrado como regular, e seu responsável foi lançado na coluna correspondente, caso contrário assumiu-se que o lançamento é irregular, não havendo responsável legal. Notou-se que dos 113 lançamentos encontrados, somente 30 tinham sido executados formalmente por agências governamentais, ou seja, aproximadamente 26% dos lançamentos cadastrados são regulares. O restante foi executado por moradores de forma irregular e implantado em desacordo com os padrões e bases conceituais de um sistema de drenagem tradicional. Notadamente, percebe-se a necessidade de minimizar esses problemas com a implantação de estruturas adequadas que permitam o amortecimento de vazão (bacias de detenção ou de retenção), e de estudos técnicos, econômicos e ambientais para que os sistemas existentes e os projetados possam operar de maneira adequada, permitindo mitigar os impactos ambientais e sociais. Com relação à situação ambiental atual dos pontos de lançamentos das redes de drenagem de águas pluviais dos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão - SHBS e áreas do setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03, constata-se que, do ponto de vista ambiental, estes

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 441

encontram-se com alto grau de antropismo decorrente dos processos irregular e desordenado sem planejamento de ocupação ao longo dos anos. Dentre os principais impactos ambientais identificados nos pontos de lançamentos, os que ocorrem com maior frequência são:

• Formação de processos erosivos; • Remoção da cobertura vegetal; • Solapamento das margens dos corpos receptores; • Acumulo de lixo; Visando minimizar estes problemas, deverão ser implantados dispositivos de drenagem e recomposição da cobertura vegetal nas faixas de servidão das redes para evitar o aumento do escoamento superficial, a formação de processos erosivos e, consequentemente, o assoreamento dos corpos receptores. Por intermédio da implantação das medidas propostas poder-se-á recuperar a situação ambiental dos pontos dos locais de lançamentos, visando manter o equilíbrio dos corpos receptores, havendo assim uma diminuição no fluxo de água e uma melhor qualidade dos corpos receptores. É fundamental que haja um trabalho de educação ambiental junto à população local, durante a implantação das infraestruturas de drenagem.

Memorial Descritivo do Projeto de Drenagem

 Introdução e Generalidades A Drenagem Pluvial é um conjunto de obras e equipamentos devidamente projetados para drenar a água precipitada em uma tormenta e transportá-la para os corpos hídricos mais próximos, com o intuito de evitar alagamentos em áreas urbanizadas ou rurais. Naturalmente, o termo é frequentemente confundido com a drenagem pluvial urbana, tendo em vista que neste ambiente os efeitos das precipitações são maiores que em uma área rural, sobretudo pela impermeabilização do solo e a ocupação desregrada. Mesmo assim, a drenagem urbana não se restringe somente aos aspectos técnicos impostos pelos limites restritos à engenharia. Compreende o conjunto de todas as medidas, sejam estruturais ou não-estruturais, que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações, dos quais a sociedade está sujeita. No ambiente natural o caminho percorrido pela água é definido pela topografia. Esse escoamento, inicialmente, é laminar, difuso e lento. Ocorre de cotas mais elevadas para cotas mais baixas e, conforme escoa, a água vai moldando o solo, criando caminhos preferenciais, pequenos regatos e talvegues. Esses talvegues têm comportamentos semelhantes aos de canais e o encontro de vários talvegues acaba por formar um corpo hídrico (CHRISTOFIDIS, 2010). Em um ambiente urbanizado, o percurso das águas passa a ser determinado pelo traçado das ruas e acaba se comportando, tanto quantitativa como qualitativamente, de maneira bem diferente de seu comportamento natural. Para analisar este comportamento os sistemas de drenagem são subdivididos em dois grupos, a microdrenagem e a macrodrenagem. A microdrenagem é o sistema composto por sarjetas, bocas de lobo, condutos e equipamentos responsáveis pela captação e lançamento de determinado volume de área em um sistema de macrodrenagem. Os mecanismos de macrodrenagem são destinados ao escoamento de grandes vazões e são responsáveis pelo recebimento dos efluentes da microdrenagem. É possível caracterizá-los pelos

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 442

canais naturais e galerias por onde escoam os cursos d'água que cortam o meio urbano. Estes cursos d'água podem ser retificados ou canalizados, tal como se podem considerar como sistema de macrodrenagem canais e bacias de regularização de vazões, construídos especialmente para este fim(CHAMPS, 2009). Percebe-se claramente que a escolha dos pontos de lançamento da água pluvial deve ser feita atendendo critérios técnicos, econômicos e ambientais e que após a análise das diversas opções existentes deve-se definir o local e o equipamento responsável pelo lançamento. Também é importante uma análise ampla englobando toda a Bacia Hidrográfica da região de estudo, pois o seu comportamento é integrado e todas as ações que ocorrem dentro de sua delimitação geográfica, no que se refere à precipitação e drenagem pluvial, podem ser consideradas como um sistema fechado.  Concepção para o Projeto de Drenagem Pluvial O comportamento do escoamento superficial direto sofre alterações substanciais em decorrência do processo de urbanização de uma bacia, principalmente como consequência da impermeabilização da superfície, que produz maiores picos de cheia em um menor espaço de tempo e maiores vazões. Em outras palavras, as edificações e o asfalto das ruas, recobrem a cidade como uma película impermeável e reduzem a infiltração. A água que deveria infiltrar acaba escoando superficialmente acarretando enchentes, poluição de corpos hídricos, degradação do solo, problemas com o abastecimento urbano e a redução do nível freático dos lençóis, reduzindo a disponibilidade hídrica nos períodos de estiagem. Desta forma a equipe de engenheiros da TOPOCART, no presente trabalho, buscou sempre administrar, em conjunto, todos estes problemas para obter um resultado efetivo e eficiente. Para tanto, buscam-se soluções multidisciplinares, que são necessárias para a regularização de áreas ocupadas, realizando um planejamento integrado, visando sempre à mitigação dos impactos gerados no ambiente, a fim de se conseguir o maior grau de sustentabilidade. Neste contexto, o presente estudo busca ser amplo e apontar as considerações necessárias para determinar as diretrizes que levam a nossa concepção a ser satisfatória no contexto das condições de moradia urbana, com toda infraestrutura que seja necessária, levando em conta o impacto ambiental gerado, e adotando as técnicas necessárias para mitigá-lo e compensá-lo. Christofidis (2010) compilou os preceitos da drenagem urbana sustentável e elencou-os:

• Não ampliação da cheia natural: é uma das principais medidas da drenagem urbana sustentável. Este princípio governa todo o planejamento e as estruturas do sistema sustentável de drenagem urbana. Para sua aplicação são necessários estudos de compatibilização de vazões da drenagem pluvial com as vazões naturais dos corpos hídricos receptores, estudos da vazão anteriormente infiltrada e escoada e empenho na recuperação da dinâmica que ocorria anteriormente à urbanização. • Prioridade dos mecanismos naturais de escoamento: a ocupação urbana e os sistemas de drenagem deverão priorizar o uso de mecanismos naturais de escoamento, como infiltração, superfícies gramadas, entre outras, que são áreas de detenção do escoamento e promotores de infiltração naturais.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 443

• A bacia hidrográfica como unidade de planejamento: é a principal base e unidade de planejamento, devendo o planejamento urbano municipal obedecer às determinações de toda a bacia. Devem ser avaliados os impactos causados em toda a sua extensão e as soluções adotadas devem mitigar os efeitos adversos e sua propagação para que não atinjam outras cidades, reduzindo, assim, as externalidades negativas das ocupações urbanas. • Medidas de controle no conjunto da bacia: a adoção de um conjunto de medidas estruturais e não estruturais coerentes e que possam ser implantadas em todas as áreas da bacia hidrográfica, até mesmo em diferentes municípios. • Controle permanente: por ser composta de diversos mecanismos, estruturais e não estruturais, são necessárias fiscalização atuante e manutenção constante, que irão proporcionar o correto funcionamento do sistema. Esse controle pode ser feito exclusivamente pelo Estado ou contar com participação da população afetada. • Educação ambiental: a educação de engenheiros, arquitetos e outros profissionais envolvidos, da população e de administradores públicos é essencial para que as decisões sejam tomadas conscientemente. • Tratamento do escoamento pluvial: é uma ação importante a fim de não acarretar poluição aos corpos hídricos receptores. Permite a redução dos impactos ambientais causados pelo carreamento de substâncias tóxicas pelo sistema de drenagem. Conforme os preceitos dos projetos de drenagem urbana sustentável a concepção do sistema de drenagem pluvial para a área de estudo foi elaborada levando-se em consideração que a mesma está inserida dentro de uma bacia hidrográfica, como já foi citado na introdução do capítulo. Sendo assim, os projetos de drenagem pluvial, sejam do macrossistema ou do microssistema, bem como os dispositivos de amortecimento, foram elaborados considerando a contribuição de áreas que estavam fora da poligonal de estudo. Porém, estas áreas afetam diretamente o projeto e a operação do sistema e não podem ser desvinculadas, pois influenciam o dimensionamento dos equipamentos propostos. Para a coleta e o transporte das águas deverão ser utilizadas sarjetas dispostas nas laterais das vias, conforme o projeto geométrico das mesmas e suas áreas de contribuição, podendo ser em apenas um ou dos dois lados das vias. A sarjeta tem por finalidade captar e conduzir as águas precipitadas para as bocas de lobo, que por sua vez, as encaminham para a tubulação coletora que lançará no sistema de macrodrenagem. (Figura 597 e Figura 598).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 444

MEIO FIO

LÁMINA D'ÁGUA CALÇADA

PAVIMENTO

SARJETA

Figura 597: Desenho esquemático de uma sarjeta (TOPOCART).

Figura 598: Desenho esquemático de uma boca-de-lobo (TOPOCART).

Existem casos em que o uso de sarjetas e bocas-de-lobo não poderão ser adotadas e, para estas situações, outros dispositivos poderão ser utilizados, tais como valas de escoamento ou canais. Com isso, poderão também ser adotadas alternativas técnicas para o lançamento no corpo hídrico, tais como o lançamento em uma área verde em frente aos lotes seguindo, posteriormente, para o corpo hídrico mais próximo. A Figura 599 mostra este tipo de lançamento. Nesta solução, a redução do pico de cheia ocorrerá em função da redução da velocidade de escoamento e esta alternativa é aconselhável para locais com pequenas áreas de contribuição. Assim, deverão ser previstos dispositivos de amortecimento de velocidades ao seu final, tais como colchão reno, pedra de mão, argamassada ou outro a ser definido conforme a necessidade do local.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 445

Figura 599: Exemplo de lançamento em área verde.

Outra alternativa é a adoção de pavimentos permeáveis, a fim de se auxiliar na redução da velocidade do escoamento superficial. Conforme diversos estudos realizados, a utilização deste tipo de pavimento pode reduzir em até 20% a quantidade de água que escoa superficialmente, em comparação ao asfalto, auxiliando no amortecimento dos picos de cheia. Vale lembrar que a utilização deste tipo de pavimento deve estar de acordo com os projetos de pavimentação (Figura 600).

Figura 600: Figura de pavimento intertravado realizado no interior de condomínio. Coordenada UTM X = 175625.8592 / Y = 8245043.4539.

Para a execução do sistema de drenagem pluvial, todos os materiais empregados e métodos executivos devem seguir o Termo de Referência e Especificações para a Elaboração de Projetos de Sistema de Drenagem Pluvial da NOVACAP.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 446

Notas:

O item 4.1 – Condições gerais do levantamento - pede que o levantamento topográfico seja realizado com o Sistema Cartográfico do Distrito Federal (SICAD), mas no presente trabalho foi utilizado, em todo seu conteúdo, o SIRGAS-2000, devido ao fato de o Termo de Referência exigir tal sistema. No item 5 – Parâmetros de Projeto, o período de recorrência sugerido foi de 5 anos, mas recomenda-se que seja para 10 anos, uma vez que os projetos de drenagem pluvial estão sendo elaborados, dentro do meio técnico, com este tempo, o que confere maior segurança. Para a adoção de soluções alternativas que não constem no Termo da NOVACAP, poderão ser utilizadas outras referências e/ou bibliografia, desde que em comum acordo com a TERRACAP. Nos pontos de lançamento deverão ser construídos reservatórios de detenção com a finalidade de amortecer os picos de cheia e reter a carga de poluentes a ser lançada no corpo receptor, conforme orienta a Resolução nº 9 de 8 de abril de 2011 da ADASA. Este estabelece os procedimentos gerais para o requerimento e obtenção de outorga de lançamento de águas pluviais em corpos hídricos de domínio do Distrito Federal. Conforme disponibilizado no Anexo 3.4. Considerando o TR recomendado de 10 anos conforme a resolução ADASA supracitada, foi definido, de acordo com os parâmetros de uso do solo, e de dinâmica superficial existentes, e considerando ainda, o cenário projetado para o sistema de drenagem na área abrangida pelos setores, O tempo de Retorno (TR) foi estipulado em 20 anos. Nos locais onde não for possível a adoção de reservatório, deverá ser construído dispositivos que diminuam o impacto e a velocidade das águas pluviais, como bacias de detenção enterradas (Figura 584), descidas d’água em degraus com barramentos sucessivos ou pequenos reservatórios ao final das redes coletoras que possuírem pequenas vazões (Figura 601 a Figura 603).

Figura 601: Exemplo de reservatório de detenção.

Estas estruturas podem ser executadas em gabião ou em concreto armado. Pode haver interferências com áreas ambientalmente sensíveis, o que será tratado adiante no prognóstico de impactos ambientais.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 447

Estas estruturas podem ser executadas em gabião ou em concreto armado. Pode haver interferências com áreas ambientalmente sensíveis, o que será tratado adiante no prognóstico de impactos ambientais.

Figura 602: Croqui de bacia de detenção enterrada (PDDU-DF).

Figura 603: Modelo em corte de microreservatório para pequenas vazões (TOPOCART).

Em todos os lançamentos deverão ser construídos dissipadores de impacto, mesmo naquelas redes em que o lançamento ocorra em reservatórios de detenção.

Dispositivos de infiltração, dimensionamento preliminar e traçado básico

 Dispositivos de Infiltração A utilização de locais de infiltração ou percolação das águas de chuva pode ser uma alternativa de projeto. No projeto da urbanização de uma área, a preservação da infiltração da precipitação permite manter condições mais próximas possíveis às condições naturais. Os dispositivos usuais de infiltração (pavimentos permeáveis, mantas ou planos de infiltração, valos de infiltração, bacias de infiltração, poços de infiltração) e os dispositivos de percolação (bacias de percolação ou trincheiras) têm como principais vantagens: aumento da recarga de aquíferos, preservação da vegetação natural e redução do transporte de poluição, tamanho dos condutos e das vazões máximas a jusante. Assim como permitir uma integração maior com o ambiente natural na sua concepção (CHRISTOFIDIS, 2010).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 448

As principais desvantagens dos sistemas que permitem a infiltração são: elevação do nível dos lençóis freáticos que podem atingir fundações de construções, a contaminação do lençol freático local por metais pesados carreados e a falta de manutenção. Para reduzir os problemas causados por contaminação podem ser incluídos mecanismos de tratamento antes da infiltração e a criação de rotinas periódicas de limpeza e manutenção(CHRISTOFIDIS, 2010). Sob as seguintes condições, a disposição de águas pluviais por infiltração não é recomendada:

• A profundidade do lençol freático no período chuvoso for menor que 1,20 metros, abaixo da superfície infiltrante; • A camada impermeável a 1,20 metros ou menos da infiltrante; • A superfície infiltrante está preenchida (ao menos que este preenchimento seja de areia ou cascalho limpo); • Os solos superficiais e subsuperficiais são classificados, segundo o SCS, como pertencentes ao grupo hidrológico D, ou a taxa de infiltração saturada é menor que 7,60 mm/h, como relatado pelas pesquisas de solo do SCS. Na área de estudo, foram realizados oito ensaios de infiltração por anéis concêntricos para avaliação de capacidade de infiltração e, conforme os levantamentos de campo, a região de estudo apresentou permeabilidades variando de baixa à alta. Nos trechos em que a permeabilidade foi baixa o tipo de solo, a profundidade da camada impermeável, a compactação e textura do solo e a deficiência de drenagem foram os principais fatores. Nos trechos em que a permeabilidade foi alta, os principais indicadores responsáveis foram a porosidade proporcionada, juntamente com a textura e índices de vazios do solo. Verificou-se que a mesma ocorre na taxa máxima permitida pelo solo até atingir sua saturação. Notou-se que os pontos de menor permeabilidade se situavam próximos aos córregos e estes possuem profundidades do nível do lençol freático menor que 1,20m, mesmo em períodos de estiagem. Este elevado nível do lençol reduz a eficiência dos sistemas baseados em infiltração e, também, poderá causar acúmulo de água, gerando proliferação de insetos. Devido a estes motivos não se considerou este fator na determinação e dimensionamento das estruturas de amortecimento da drenagem pluvial. Cabe ressaltar que, durante o projeto executivo do sistema de drenagem, deverá ser prevista a execução de ensaios complementares de infiltração para determinar a capacidade correta de infiltração de cada estrutura projetada. As áreas prioritárias de recarga de aquíferos na região estão localizadas nas superfícies de cabeceiras dos córregos Arniqueira, Vereda Grande e Vereda da Cruz, conforme pode ser observado no mapa 23 no Anexo I do Volume V. Recomendam-se nestas áreas o máximo de áreas verdes possíveis, como forma da infiltração de água no solo, para continuar atuando na recarga dos aquíferos locais.

Metodologia para o Pré-Dimensionamento das Estruturas

Para o pré-dimensionamento das estruturas de drenagem pluvial foram utilizados os seguintes softwares:

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 449

Para o cálculo das redes de drenagem pluvial foi utilizado o software C3DrenEsg que é um programa que permite uma avaliação precisa das redes coletoras de drenagem pluvial. A partir de parâmetros previamente definidos pelo usuário, tais como recobrimento mínimo, velocidade máxima, tirante máximo dentro do tubo, entre outros, o programa desenvolve todos os cálculos hidrológicos e hidráulicos necessários para o dimensionamento de tubos e/ou galerias a serem adotados, apresentando os resultados esperados com uma interface gráfica simples e de fácil compreensão. Cabe ressaltar que este software foi usado para um pré-dimensionamento de forma que se possa ter uma ideia do porte do sistema após a sua execução. O método de dimensionamento utilizado para os reservatórios foi o de Pulz, que consiste na avaliação do volume armazenado em cada intervalo de tempo, em função das vazões de entrada e de saída do reservatório, ou seja, para cada intervalo de tempo é computado o volume de água que entrou neste reservatório e o volume que saiu, ficando a diferença armazenada. Desta forma, faz- se a iteração destes volumes para cada intervalo de tempo durante o tempo de entrada e de saída deste reservatório. Equação 1: Equação para cálculo de cheia de reservatórios pelo método de Pulz: 1 1 1 (I1 + I 2 ).∆t + S1 − .O1.∆t = S2 + .O2.∆t 2 2 2 Onde: S: armazenamento; I: vazão de entrada; O: vazão de saída; Subíndices1 e 2: indicam os valores nos instantes de tempo t e t+1. O método de cálculo utilizado para a determinação da vazão de projeto das redes foi o Racional, considerando que as áreas de contribuição são de, no máximo, 300 ha (hectares). Equação 2: Equação de cálculo da vazão pelo método Racional: Q = C.I.A

Onde: Q = vazão (m³/s); C = Coeficiente de escoamento superficial (adimensional); I = intensidade da chuva (mm); A = área de contribuição (m²). O Coeficiente de Escoamento determina uma relação entre a quantidade de água que precipita e a que escoa em uma área, com um determinado tipo de cobertura de solo; quanto mais impermeável for à cobertura do solo, maior será esse coeficiente. Para a fixação do Coeficiente de Escoamento Superficial podem ser usados valores tabelados, apresentados pela bibliografia, para a determinação do Coeficiente de Escoamento de acordo com as superfícies urbanas. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (NOVACAP) recomenda os valores dispostos na Tabela 185. No caso em que uma mesma área possua tipos diferentes de coberturas é

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 450

necessário a compatibilização dos coeficientes. Esta é feita realizando-se uma média ponderada dos valores, conforme a Equação 3:

n ∑ AiCi i=1 C = n ∑ Ai i=1 Equação 3: Equação de cálculo de média ponderada Onde: Ai é a área parcial i considerada; Ci é o coeficiente relacionado à área Ai Tabela 185: Valor de Coeficientes de escoamento superficial conforme a cobertura do solo. SUPERFÍCIES C Calçadas ou impermeabilizadas 0,90 Intensamente urbanizadas e sem áreas verdes 0,70 Residências com áreas ajardinadas 0,40 Integralmente gramadas 0,15 Fonte: Termo de Referência e Especificações para Elaboração de Projetos de Drenagem Pluvial - Novacap, Adaptado.

O Plano Diretor de Drenagem Urbana do Distrito Federal (PDDU-DF) especifica que a escolha e a definição do coeficiente de escoamento ficam a critério do projetista, mas recomenda que se adote a ponderação dos valores conforme a Equação 3. Na Figura 603 é ilustrado o detalhamento da ponderação dos coeficientes em parte da sub-bacia 01, tendo em vista que neste local em específico, a proposta do urbanismo não considerou nenhuma alteração no uso e ocupação atual.

Figura 604: Detalhamento de áreas no cálculo do coeficiente de escoamento superficial.

A determinação das áreas representadas na Figura 604 classifica-se em: integramente gramadas, calçadas ou impermeabilizadas e residências com áreas ajardinadas, não tendo assim, neste local, nenhuma área analisada como intensamente urbanizadas sem áreas verdes. Assim, com a determinação dessas áreas e aplicação da Equação 3, determinou-se os coeficientes de projeto. A metodologia exemplificada permitiu a determinação dos Coeficientes de Escoamento superficial para todas as sub-bacias. Em casos específicos optou-se por subdividir as sub-bacias para melhor

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 451

representar as situações de usos e ocupações diversas e melhor modelar o sistema de drenagem (Mapa 41 – Cálculo Coeficiente de Escoamento Superficial, vide Anexo I) e memória de cálculo dos coeficientes das sub-bacias (vide Anexo 3.5). Para as vazões de saída foram utilizadas duas fórmulas, uma para o orifício de saída e outra para o cálculo da descarga do vertedouro de emergência. Equação 4: Dimensionamento descarga do orifício de fundo do reservatório:

1 Q = K xA x(2xgxh) 2 0 0 Onde: Q=vazão de descarga (m³/s); A0=área da seção transversal do orifício (m²); g=aceleração da gravidade (9,81 m/s²); h=altura da água sobre a geratriz superior da galeria ou da tubulação (m); K0=coeficiente de descarga do orifício (adimensional). Equação 5: Dimensionamento do vertedouro de emergência:

3 Q = 1,71xLxH 2 Onde: Q=vazão de descarga (m³/s); L=largura do vertedouro (m); H=altura da água sobre o vertedouro (m). Vazão máxima de descarga: 24,4 L/s x ha; Velocidade máxima de descarga da rede: 6 m/s; Velocidade mínima de descarga da rede: 1 m/s; Declividade mínima: Para galerias e canais: 0,5 %; Para tubos de concreto: declividade mínima para garantir a velocidade mínima ≥ 1 m/s. Declividade máxima: Para galerias e canais: 2%; Para tubos de concreto: 5%. Recobrimento mínimo: uma vez e meia o diâmetro do tubo, ou uma vez e meia a altura da galeria, se for o caso. Em caso de área verde não é necessário a adoção deste recobrimento; Tempo de entrada na primeira boca de lobo: 15 min. As vazões de projeto seguem as recomendações da ADASA, que limitam a vazão de descarga no corpo hídrico em 24,4 L/s x ha. De acordo com o Anexo 3.1 foi demonstrado para a ADASA que as vazões naturais, ou seja, antes da ocupação urbana, eram superiores aos valores especificados. Mesmo assim, buscou-se atender esta recomendação para o dimensionamento de todas as estruturas de amortecimento. Também para o cálculo das vazões futuras e para a estimativa de área de alagamento foram considerados estes valores Figura 605.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 452

PLANILHA DE CÁLCULO DA LAGOA DE DETENÇÃO MÉTODO RACIONAL

LOCAL: Arniqueira - Sub bacia 2 -Lagoa 6 Período de retorno de 20 anos Dados da bacia: Resultados da bacia: Tempo de recorrência: 20 anos Volume reservatório: 3.180,94 m3 Coeficiente runoff: 0,70 Lâmina máxima: 1,55 m Bacia de contribuição: 8,10 hac Área do fundo: 1.850,00 m2 Tempo de concentração: 18,00 min Área do topo: 2.257,35 m² 2 Tc + Tc (Tempo final de entrada): 54,00 min Rampa de terraplenagem: 1 : 1.5 V : H Dados do extravasor: Vazão máxima de saída: 0,19 m3/s Inclinação do orifício: 0,01 m/m Altura do coroamento: 2,00 m Diâmetro orifício: 1 x 200 mm Altura vertedor elevado: - m Diâmetro vertedor elevado: - mm Altura vertedor emergência: 1,50 m Largura vertedor de emergência: 5,00 m

Vazão máxima bacia: 23,85 L/s x hac. Amortecimento: 90,9%

Volume Volume saída Duração Intensidade Coeficiente Vazão N.A. da Volume entrada a cada Vazão saída a cada Δt da chuva de chuva de retardo entrada bacia reservatório Δt (min) (min) min L/s x hec n m 3 /s m 3 m 3 /s m m 3 m 3 0 ------5 - - 0,59 177,46 0,00 0,09 - 177,46 10 - - 1,18 354,93 0,03 0,25 9,84 522,55 15 - - 1,77 532,39 0,05 0,51 15,95 1.038,99 18 375,583 1,00 2,13 383,32 0,06 0,69 11,51 1.410,80 20 - - 2,01 241,35 0,07 0,80 8,38 1.643,77 25 - - 1,72 514,64 0,08 1,04 24,26 2.134,15 30 - - 1,42 425,91 0,09 1,23 26,65 2.533,41 35 - - 1,12 337,18 0,09 1,38 28,37 2.842,21 40 - - 0,83 248,45 0,10 1,49 29,52 3.061,14 45 - - 0,53 159,72 0,18 1,54 52,94 3.167,91 50 - - 0,24 70,99 0,19 1,55 57,96 3.180,94 54 - - - - 0,15 1,53 35,92 3.145,03 55 - - - - 0,14 1,53 8,33 3.136,70 60 - - - - 0,11 1,51 33,00 3.103,70 65 - - - - 0,10 1,50 29,59 3.074,10 70 - - - - 0,10 1,48 29,45 3.044,65 75 - - - - 0,10 1,47 29,27 3.015,39 80 - - - - 0,10 1,45 29,13 2.986,25 85 - - - - 0,10 1,44 28,98 2.957,27 90 - - - - 0,10 1,43 28,83 2.928,45 95 - - - - 0,10 1,41 28,68 2.899,77 100 - - - - 0,10 1,40 28,52 2.871,25 105 - - - - 0,09 1,38 28,37 2.842,88 110 - - - - 0,09 1,37 28,22 2.814,66 115 - - - - 0,09 1,36 28,07 2.786,59 120 - - - - 0,09 1,34 27,90 2.758,69 125 - - - - 0,09 1,33 27,76 2.730,92 130 - - - - 0,09 1,32 27,61 2.703,31 135 - - - - 0,09 1,30 27,46 2.675,85 140 - - - - 0,09 1,29 27,31 2.648,55

HIDROGRAMAS DE ENTRADA E SAÍDA 2,5

2 /s) 3 1,5

1 VAZÃO (m 0,5

0 0 60 120 180 Hidrograma de entrada Hidrograma de saída TEMPO (min)

Figura 605: Exemplo de planilha de dimensionamento dos reservatórios de detenção. No dimensionamento dos dispositivos de drenagem pluvial devem ser usados os seguintes parâmetros e limites:

Traçado Básico

O traçado proposto neste trabalho procurou adequar-se às condições reais existentes, ou seja, considerou as redes de concessionárias presentes no local. Entretanto, não foi possível que se eliminassem por completo todas as interferências com estas estruturas. Mesmo assim, pelo fato de existirem poucas estruturas de drenagem pluvial que serão aproveitadas no projeto, será possível a compatibilização com as redes de outras concessionárias, tendo em vista que o cadastro destas

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 453

estão disponíveis para consulta. Mesmo após a compatibilização do projeto, durante a execução do sistema de drenagem, podem ser encontradas interferências com alguma estrutura existente no local. Nestes casos, a empresa responsável pelos projetos executivos deverá realizar consulta com as responsáveis por estas estruturas (redes, adutoras, cabos, entre outros) para verificar a compatibilização do projeto proposto, averiguando com estas a melhor solução para sanar a interferência. Nas consultas realizadas junto às concessionárias foi evidenciado que não existem redes coletoras de esgoto dentro da poligonal de estudo. As redes coletoras existentes são, em sua maioria, locais e direcionadas a fossas sépticas e sumidouros. Também não foi verificada a existência de redes elétricas subterrâneas que venham a interferir no traçado de rede de drenagem pluvial proposto, a rede verificada se encontra no canteiro central da DF-079. Foi verificado, apenas, cruzamento de redes de águas e linhas telefônicas com o traçado inicialmente proposto. Estas interferências devem ser cuidadosamente analisadas para que as futuras redes de drenagem pluvial não interceptem as eventuais adutoras da CAESB ou cabos de fibra ótica que porventura venham a existir. As interferências encontradas no local são:

• Interferência com redes de abastecimento de água e esgoto (Mapa 43no Anexo I do Volume V); • Interferência com redes de energia elétrica (Mapa 44 no Anexo I do Volume V); • Interferência com rede de drenagem existente, faixas de servidão e rodovias (Mapa 40 no Anexo I do Volume V); Para as interferências com a faixa de servidão devem ser consideradas as seguintes larguras:

• Para redes com diâmetro até 800 milímetros: 12,00metros; • Para redes com diâmetro entre 800 e 1.500milímetros: 15,00metros; • Para redes com diâmetro maior que 1.500 milímetros, galerias e canais: 20,00metros. Estas informações foram adquiridas junto aos técnicos da NOVACAP e devem ser confirmadas oficialmente durante a execução do projeto executivo. Sendo respaldado pela Lei 6.766 de 1979 que dispõe sobre o parcelamento do solo para fins urbanos, e estabelece em seu Art. 5º:

“O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada loteamento, a reserva de faixa non aedificandi destinada a equipamentos urbanos. ” Parágrafo único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado.

O Mapa 40 também traz informações quanto ao traçado básico proposto e demais estruturas de drenagem, as quais foram pré-dimensionadas seguindo as orientações já apresentadas anteriormente. Isto significa que a captação será lançada em estruturas capazes de amortecer os picos de cheia do sistema de forma a lançar no corpo hídrico uma vazão compatível com a sua capacidade de absorção, quando assim for possível. Atualmente, a ausência de redes de drenagem pluvial e a existência de redes irregulares ou redes executadas sem os corretos parâmetros, critérios de dimensionamento e lançamento e nenhuma preocupação com o meio ambiente tem acarretado muitos problemas na área de estudo. Estes já

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 454

foram descritos e podem ser resumidos, como o assoreamento dos corpos hídricos, a erosão das margens e trechos de solos expostos e trechos com inundações. A instalação das estruturas hidráulicas para a drenagem pluvial irá minimizar estes impactos ambientais aos corpos receptores da área de estudo.

Análise da Capacidade de Suporte dos Córregos

Para a correta elaboração de uma proposta de drenagem pluvial é necessário conhecer a capacidade de escoamento do córrego receptor das águas de chuva em uma situação prévia à ocupação urbana, ou seja, qual era o comportamento dos córregos no meio natural. O estudo da situação ambiental demonstrou que várias nascentes e trechos de córregos foram aterrados e canalizados e várias veredas foram suprimidas. Entretanto, os dados levantados em campo, por aerolevantamento e topografia e a análise de ortofotos antigas permitiram uma reconstituição da situação natural, importante para a análise, e possibilitou que se obtenham informações próximas as que ocorreriam no ambiente natural. Desta forma, cria-se um parâmetro de projeto em que se possa analisar qual era a capacidade hídrica dos córregos antes da ocupação urbana, quais as vazões atuais e quais serão as vazões futuras estimadas com a ocupação urbana proposta. Desta maneira, foi feito um consistente trabalho de estimativa de precipitação, escoamento e vazão para se determinar qual a capacidade dos córregos que estão dentro da região de estudo para receber os incrementos de vazão gerados pela implantação do empreendimento e, com isso, comparar as situações. Nos sistemas de drenagem pluvial convencionais, as vazões geradas com a implantação do empreendimento reduzirão a vazão atualmente lançada no corpo hídrico, pois é prevista a instalação de dispositivos de amortecimento. Estes dispositivos impedem que a crescente urbanização e impermeabilização de uma determinada área não causem tantos danos à jusante, pois buscam simular a situação natural do corpo hídrico. Estas serão menos afetadas por alagamentos em dias de chuva forte, tendo em vista que a implantação do novo sistema levará à redução dos picos de cheia, diferentemente do que ocorre com frequência no Brasil. A modelagem do comportamento hidráulico dos rios foi feita com o auxílio de softwares computacionais que permitiram uma modelagem do terreno e do comportamento dos rios. Destaca-se que os programas usados têm sido regularmente utilizados nos países desenvolvidos para esta função e são sancionados por diversos órgãos ambientais internacionais:

HEC-HMS

Para a modelagem e simulação das vazões por bacia, utilizou-se o software Hydrologic Modeling System - HMS 3.5, concebido para os processos hidrológicos precipitação-vazão. O HEC-HMS é um produto do Centro de Engenharia Hidrológica (Hydrologic Engineering Center) do U.S. Army Corpsof Engineers e foi desenvolvido em 1992 como um substituto para HEC-1; tem sido considerado um padrão para simulação hidrológica (HEC, 2010a). O modelador hidrológico do sistema HEC-HMS foi projetado para simular os processos de precipitação-escoamento em bacias hidrográficas. Este software foi projetado com uma ampla

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 455

gama de utilização, podendo ser usado desde os projetos de bacias hidrográficas, como um todo, até o projeto de bacias urbanas localizadas. Dentre suas aplicações, a modelagem de vazões para a simulação de inundações e enxurradas urbanas, ou naturais de bacias hidrográficas foi empregada neste estudo. Os hidrogramas produzidos pelo programa foram utilizados diretamente ou em conjunto com outros softwares, para outros estudos necessários à modelagem do sistema de drenagem pluvial proposto (HYDROLOGIC ENGINEERING CENTER, 2008). O programa permite que se descrevam bacias hidrográficas diversas a partir de parâmetros inseridos. Para tanto, o ciclo hidrológico é separado em diversas partes gerenciáveis que representam o escoamento superficial, subterrâneo, infiltração, evapotranspiração, entre outros. Desta forma, todos os parâmetros de fluxo de massa e energia podem ser corretamente modelados e considerados na análise do sistema. Os diversos modelos matemáticos presentes no programa permitem adaptá-lo para uma elevada gama de situações específicas que dependerão do conhecimento e da sensibilidade do operador e das condições ambientais que serão consideradas no projeto.

Modelagem do volume escoado diretamente no escoamento superficial

Para simular o volume escoado direto adotou-se o modelo Curva Número do Serviço de Conservação do Solo (Soil Conservation Service - SCS), apresentado em 1975. Esse modelo é utilizado para a simulação de hidrogramas de cheias de projetos de obras hidráulicas e para a quantificação e classificação do risco de enchentes para uma área em estudo. Este modelo é amplamente empregado em estudos hidrológicos por possuir o número de parâmetros sucinto e ser representativo quanto ao relacionamento de parâmetros e às características físicas de uma bacia (SCS, 1975).O modelo é do tipo discreto, concentrado e empírico. A precipitação efetiva é estimada por meio de uma função com as seguintes considerações: precipitação acumulada, cobertura do solo, uso do solo e umidade existente no solo antes da precipitação. O volume superficial é descrito por uma relação entre a razão da precipitação acumulada (P, mm) e a razão entre a infiltração e o escoamento da bacia. Para a precipitação, além da perda inicial, tem- se: Equação 6: Cálculo da vazão de escoamento superficial do SCS:

(P − I )2 Q = a P + S − I a Onde a perda inicial é representada por Ia e S é o armazenamento do solo. O valor é geralmente estimado como 0,25xS. Para o cálculo da capacidade de absorção de água na camada superior do solo, o SCS estabeleceu uma curva de absorção onde a variável é o parâmetro CN. Essa escala leva em consideração fatores como condições de cobertura do solo, variando entre superfícies pouco permeáveis e muito permeáveis, com base no uso e ocupação do solo, além de avaliar os quesitos referentes ao tipo do solo superficial. A relação entre CN e S é dada por:

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 456

Equação 7: Relação entre S e CN estabelecido pelo SCS: 25400 S = − 254 CN O parâmetro CN refere-se ao método do Soil Conservation Service - SCS-USDA, que o estima baseando-se no conceito de que a lâmina de escoamento superficial produzida em um dado evento é uma função da altura total da lâmina precipitada e das abstrações iniciais, que representa as perdas que ocorrem, devido à infiltração, à interceptação vegetal ou à retenção em irregularidades do terreno. Estes valores são tabelados de acordo com o tipo de solo e com a classe de uso existente no local. Quando há um uso diversificado de solo, que não se enquadre na tabela desenvolvida, este parâmetro é estimado considerando-se as alterações das respostas hidrológicas de acordo com as alterações naturais ou antrópicas. (NETO et al., 2013). No caso presente foram utilizados os valores tabelados, que foram julgados compatíveis com as classes de usos existentes no loteamento.

Modelagem do volume escoado no escoamento subterrâneo

Os modelos de escoamento subterrâneo simulam a drenagem subsuperficial e subterrânea da água do sistema para os canais de drenagem superficial. Para o presente estudo, o modelo de Recessão Exponencial foi adotado, pois é o que melhor representa o processo que ocorre naturalmente nas bacias hidrográficas. O modelo define a vazão subterrânea em qualquer tempo a partir de um valor inicial estabelecido no tempo zero. A relação é expressa como: Equação 8: Relação da vazão subterrânea:

Q = Q ⋅ k t t 0 Sendo: Qt a vazão subterrânea no tempo t (m³/s); Q0 é a vazão inicial (m³/s) e k uma constante de decaimento exponencial no tempo t. Em virtude da ausência de dados fluviográficos na rede hidrográfica em estudo foi adotada a vazão inicial como sendo a descarga mínima específica indicada pelo Plano Diretor de Águas e Esgotos do Distrito Federal (CAESB, 2003). Tal valor é equivalente a 4 x 10-2 L/s x km², sendo o km² referente à área de drenagem de cada sub-bacia estudada. O valor da constante de decaimento adotado foi 0,9, tendo em vista ser este o valor que representa o patamar indicado pelo Manual Técnico do HEC-HMS para as sub-bacias sem dados.

Modelagem do escoamento em canais

Para simular o fenômeno de escoamento em canais adotou-se o modelo Muskingun-Cunge, uma adaptação do modelo Muskingun, que por sua vez, baseia-se na equação da continuidade e na equação de armazenamento. Essa adaptação considera que nas ondas de cheia o escoamento em rios e canais pode sofrer o amortecimento da onda, devido à variação na capacidade de armazenamento e do efeito das forças dinâmicas tornando o amortecimento numérico mais próximo do real (CUNGE; HOLLY et al., 1980).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 457

O modelo Muskingun-Cunge é do tipo Armazenamento e Onda Cinemática (TUCCI, 2005b), concentrado e quase-conceitual. Foi adotado para todos os trechos discretizados no presente estudo, por não ser restritivo quanto à declividade do talvegue e por utilizar os dados disponíveis. Os parâmetros para o cálculo são:

• A descrição da seção transversal e extensão do canal; • O coeficiente de rugosidade; • A declividade da linha de energia, estimada a partir da declividade do fundo do canal.

Cenários estudados

O modelo hidráulico construído permitiu a análise hidrológica de precipitação-vazão de diferentes cenários de ocupação do solo nas bacias hidrográficas em estudo, além de servir como instrumento para a verificação das medidas estruturais e não estruturais que devem ser adotadas para o sistema de drenagem pluvial. A avaliação de cenários implementou modificações nos parâmetros físicos das bacias da área do empreendimento estudado. Constituem os cenários avaliados:

• Cenário 01 - Situação natural: nessa situação as bacias hidrográficas foram modeladas como se não houvessem sofrido nenhum processo antrópico. • Cenário 02 - Situação atual: nesse cenário as atuais condições físicas atuais das bacias hidrográficas foram avaliadas e modeladas. • Cenário 03 - Situação futura: nesse modelo considerou-se a projeção futura das condições físicas das bacias hidrográficas, com dispositivos estruturais de amortecimento da vazão de saída do sistema de drenagem pluvial.

Dados e parâmetros utilizados no modelador hidrológico HEC-HMS

Para a modelagem do sistema em estudo aplicou-se técnicas e algoritmos de geoprocessamento, também disponibilizados e mantidos pelo US ARMY CORPS OF ENGINEERS, o geoHMS, para:

• Delineamento das bacias hidrográficas (Figura 588) de acordo com a necessidade de discretização da Bacia do córrego Riacho Fundo; • Delineamento do caminho mais longo de uma gotícula de água na bacia hidrográfica (Figura 606); • Desnível máximo geométrico da bacia hidrográfica. • Cálculo da área de cada bacia hidrográfica.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 458

Figura 606: Delimitação das Bacias Hidrográficas da Unidade Hidrográfica do Riacho Fundo.

Figura 607: Delineamento do caminho mais longo de uma gotícula de água em cada bacia hidrográfica dos afluentes do córrego Vicente Pires.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 459

Seguindo prerrogativas do Plano Diretor de Drenagem Urbana do DF, para a definição do modelo CN foi escolhido o grupo de solos C e a condição de umidade antecedente do solo tipo II. O valor de CN para cada bacia hidrográfica foi estimado por meio do exposto pelo Serviço de Conservação do Solo dos Estados Unidos da América (SCS, 1975). O tempo de concentração de cada bacia hidrográfica foi calculado por meio da fórmula de Kirpich modificada, definida pela expressão: Equação 9: Fórmula de Kirpich para o cálculo do tempo de concentração:

0,385  L3  T = 1,42*  c  H    Onde o tempo de concentração é obtido em horas, L é o comprimento do curso d’água em km e H é o desnível máximo geométrico da bacia hidrográfica em metros. Essa equação empírica fornece dados adequados para as bacias de diversas dimensões e é uma modificação realizada pelo U.S. Soil Conservation Service da equação de Kirpich (KIRPICH, 1940). Para as bacias pequenas a Equação 9 resulta em uma velocidade média de 4,0 km/h e para as bacias maiores, de 4,8 km/h. Esses valores corroboram a aplicação dessa expressão para um leque expressivo de áreas (DNIT, 2005). A precipitação utilizada possui o tempo de recorrência de 20 anos, com duração unitária – DU igual a 15 minutos. Para o cálculo da precipitação x frequência unitária utilizou-se o aludido no livro “Chuvas Intensas no Brasil” (PFAFSTETTER, 1982). Tal obra, apresenta equações de chuva para o cálculo da precipitação relativa para 98 postos pluviográficos no Brasil. Essa precipitação relativa é definida pela expressão: Equação 10: Equação para o cálculo de Precipitação relativa: P = K *[a * +t + b *log(1+ c *t)]

Onde a, b e c são constantes para o posto pluviográfico mais próximo à área de estudo. Para o presente estudo, adotaram-se as constantes a, b e c do posto de Formosa-GO, com valores 0.5, 27 e 20 respectivamente. P é a precipitação em mm. O parâmetro K é calculado conforme a seguinte equação: Equação 11: Cálculo do parâmetro K:

α +β K = TR TR0,25 Onde TR é o período de recorrência, em anos, α e β são obtidos por meio da Tabela 186 a seguir: Tabela 186: Valores de α e β.

t 5min 15min 30min 1h 2h 4h 8h 24h 2d 4d 6d α 0,108 0,122 0,138 0,156 0,166 0,174 0,176 0,170 0,166 0,156 0,152 β 0 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08

Fonte: Manual de Hidrologia Básica DNIT – 2006.

O gráfico abaixo apresenta os valores utilizados para simular a precipitação nas Bacias Hidrográficas em estudo.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 460

Gráfico 86: Precipitação x Duração Unitária de uma chuva de 15 minutos.

Resultados do modelador hidrológico HEC-HMS

A Figura 608 esboça espacialmente como a bacia hidrográfica em estudo foi configurada para a simulação dos cenários estudados no software HEC-HMS. A Tabela 187 apresenta a vazão máxima, por bacia hidrográfica, de cada trecho inserido na área estudada; esses dados são o resultado das simulações realizadas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 461

Figura 608: Visualização do arranjo do modelo hidrológico para a geração dos cenários estudados.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 462

Tabela 187: Resumo dos dados e parâmetros utilizados na modelagem e simulação dos processos hidrológicos. Bacia Córrego Área Qsub(l/s) (Vazão Tempo de CN Impermeabilização (%) Desnível geométrico Comp. do talvegue Declividade (Km² ou 10²ha) da sub-bacia) Concentração Natural Atual Futuro Natural Atual Futuro (m) (km) (m/m) (horas) 1 C. Riacho Fundo 7.0988 28.40 1.2727 88 88 88 40 40 40 51.8191 3.3910 0.0153

2 C. Guará 29.6901 11.88 4.0532 88 88 88 60 60 60 118.0187 12.1627 0.0097 3 C. Vicente Pires 4.3408 17.40 1.6421 86 86 86 0 52 60 57.8547 4.3863 0.0132 41 C. Riacho Fundo 12.1421 4.86 1.5383 88 88 88 40 40 40 127.5370 5.3948 0.0236 42 C. Riacho Fundo 28.7039 11.48 4.6510 88 88 88 10 10 10 221.9131 16.9111 0.0131 43 C. Riacho Fundo 40.8067 16.32 4.4491 88 88 88 10 10 10 219.3802 16.2116 0.0135 5 C. Vicente Pires 5.5613 2.22 1.4586 86 86 86 0 71 71 87.9143 4.5509 0.0193 61 C. Ver. Grande 1.3036 0.52 0.7303 83 86 86 0 52 56 93.3580 2.5507 0.0130 62 C. Ver. Grande 0.6966 0.28 0.8661 83 86 86 0 71 71 20.0000 1.7693 0.0222 63 C. Ver. Grande 0.2575 0.10 0.2331 83 86 86 0 52 56 45.0000 0.7442 0.0079 64 C. Ver. Grande 0.4792 0.19 0.9590 83 86 86 0 71 71 15.0000 1.7556 0.0335 65 C. Ver. Grande 0.8106 0.32 0.7103 83 86 86 0 68 68 131.3296 2.7902 0.0385 66 C. Ver. Grande 1.1539 0.46 0.4575 83 86 86 0 71 71 118.3778 1.8416 0.0424 67 C. Ver. Grande 0.5896 0.24 0.4469 83 86 86 0 68 68 102.6342 1.7209 0.0661 7 C. Vicente Pires 0.7723 0.31 3.2647 86 86 86 0 62 71 1.9554 2.5711 0.0008 81 C. Arniqueira 0.3101 0.12 0.5177 83 86 86 0 62 71 43.4921 1.4681 0.0089 82 C. Arniqueira 0.1777 0.07 0.2344 83 86 86 0 68 73 38.0088 0.7069 0.0325 83 C. Arniqueira 0.3869 0.15 0.4806 83 86 86 0 62 71 47.0851 1.4134 0.0112 84 C. Arniqueira 0.3651 0.15 0.5428 83 86 86 0 68 73 118.4015 2.1356 0.0935 85 C. Arniqueira 0.7151 0.29 0.7496 83 86 86 0 62 71 116.0281 2.8052 0.0099 86 C. Arniqueira 0.2718 0.11 0.3565 83 86 86 0 68 73 106.3654 1.4319 0.0975 87 C. Arniqueira 0.5469 0.22 0.3626 83 86 86 0 62 71 62.0638 1.2143 0.0074 89 C. Arniqueira 0.9748 0.39 0.6212 83 86 86 0 62 71 128.8351 2.4688 0.0094 811 C. Arniqueira 0.2818 0.11 0.3097 83 86 86 0 68 73 88.0531 1.1903 0.0147 813 C. Arniqueira 0.2117 0.08 0.2361 83 86 86 0 68 73 86.8973 0.9368 0.0277 815 C. Arniqueira 0.0855 0.03 0.1543 83 86 86 0 68 73 89.7272 0.6553 0.1257 817 C. Arniqueira 1.7220 0.69 0.4594 83 86 86 0 68 73 119.5944 1.8546 0.0805 9 C. Vicente Pires 7.0575 2.82 1.9565 86 86 86 0 61 67 90.0000 5.9145 0.0002 101 C. Ver. da Cruz 0.2009 0.08 0.5028 83 86 86 0 61 67 31.4047 1.2841 0.0099 103 C. Ver. da Cruz 0.4597 0.18 0.4777 83 86 86 0 61 67 47.2383 1.4076 0.0154 105 C. Ver. da Cruz 1.4179 0.57 0.6910 83 86 86 0 61 67 42.3656 1.8687 0.0094 107 C. Ver. da Cruz 1.0899 0.44 0.5481 83 86 86 0 61 67 75.0000 1.8495 0.0160 109 C. Ver. da Cruz 0.8482 0.34 0.5651 83 86 86 0 61 67 106.1591 2.1323 0.0168 111 C. Ver. da Cruz 2.3860 0.95 0.6592 83 86 86 0 61 67 103.4835 2.4160 0.0394 11 C. do Valo 14.0546 5.62 3.3391 88 88 88 80 80 80 175.8733 11.7465 0.0150 121 C. Vicente Pires 1.9999 0.80 2.7712 88 88 88 80 80 80 109.5481 8.5364 0.0128 122 C. Água Clara 5.7403 2.30 3.3203 90 90 90 70 70 70 135.0000 10.7028 0.0126 123 C. Vicente Pires 14.4193 5.77 3.7216 88 88 88 80 80 80 160.0000 12.5025 0.0128 13 C. do Valo 5.9848 2.39 1.8954 88 88 88 10 10 10 154.9611 6.8969 0.0225 14 C. Cana do Reino 8.6737 3.47 1.7971 88 88 88 10 10 10 155.0000 6.5867 0.0235 Nota: Cabe ressaltar que quanto à unidade de área não se pode converter Km² em ha, visto que existem grandezas representadas em unidade compatível na mesma tabela (oi: Comprimento do talvegue em Km)

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 463

Tabela 188: Vazão máxima, por bacia hidrográfica, de cada trecho inserido na área estudada. Bacia Córrego Vazão máxima por trecho (m³/s) Natural Atual Futuro 01 3 C. Vicente Pires 240,8 271 204,67 5 C. Vicente Pires 214,9 239,2 187,50 7 C. Vicente Pires 187,4 193,8 167,83 9 C. Vicente Pires 151,7 192,6 145,36 61 C. Ver. Grande 25,9 35 17,17 62 C. Ver. Grande 12,25 17,2 8,44 63 C. Ver. Grande 21,4 34,8 17,07 64 C. Ver. Grande 9,3 12,5 6,13 65 C. Ver. Grande 8,8 6,4 3,14 66 C. Ver. Grande 7,8 12,9 6,33 67 C. Ver. Grande 6,7 6,6 3,24 81 C. Arniqueira 27,5 40,1 19,67 82 C. Arniqueira 4,3 6,9 3,39 83 C. Arniqueira 24,8 39 19,13 84 C. Arniqueira 2,4 4 1,96 85 C. Arniqueira 22,7 35,7 17,51 86 C. Arniqueira 1,9 3 1,47 87 C. Arniqueira 21,2 33,5 16,44 89 C. Arniqueira 18,1 29 14,23 811 C. Arniqueira 13,7 23,6 11,58 813 C. Arniqueira 13,2 20,4 10,01 815 C. Arniqueira 0,6 1 0,49 817 C. Arniqueira 11,7 19,2 9,42 101 C. Ver. da Cruz 35,7 45,8 22,47 103 C. Ver. da Cruz 34,8 44,2 21,68 105 C. Ver. da Cruz 29 36 17,66 107 C. Ver. da Cruz 21,4 30,4 14,91 109 C. Ver. da Cruz 18,8 23,8 11,68 111 C. Ver. da Cruz 16,2 24,7 12,12

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 464

Análise da Área Sujeita à Inundação

Para a modelagem e a simulação das planícies de inundação na área o estudo utilizou o software River Analysis System - RAS 4.0, US ARMY CORPS OF ENGINEERS, desenvolvido para efetuar cálculos hidráulicos em um sistema de canais naturais ou construídos(HEC, 2010b). O software RAS modela o escoamento em canais considerando tanto o regime supercrítico quanto o regime misto. Os passos de cálculo são solucionados pela equação da energia unidimensional, perdas de carga são estabelecidas pela equação de Manning e a contração ou expansão das seções transversais é calculada por um coeficiente multiplicado pela velocidade principal. A equação da energia, formulada por Bernoulli, é fundamental aos passos do cálculo hidráulico, que descrevem o escoamento, é apresentada da seguinte forma: Equação 12: Equação de Bernoulli para o cálculo hidráulico do escoamento em canais:

2 2 α 2 *V2 α1 *V1 Y2 + Z 2 + = Y1 + Z1 + + ∆h 2g 2g Onde: Yn = coluna d’água, em metros, para um Δxn no canal; Zn = elevação do fundo do canal principal em relação a um determinado referencial, em metros; Vn = velocidade média na seção transversal, em m/s; g = aceleração da gravidade, em m/s²; α = coeficiente de ponderação da velocidade; Δh = perda de carga entre os trechos analisados n e n+1. A perda de carga resultante do atrito do fluido com a superfície do canal por contração ou expansão das seções transversais é dada pela seguinte equação: Equação 13: Equação de cálculo da perda de carga por atrito das laterais e fundo dos canais.

α *V 2 α *V 2 h = L*S + c* 2 2 − 1 1 e f 2g 2g

Na equação supracitada, o primeiro termo é referente à perda por fricção; o segundo representa a perda por contração ou expansão. Sendo: L = distância ponderada entre duas seções; Sf = declividade da linha da perda de carga por fricção entre duas seções; C = coeficiente de perda por expansão ou contração das seções transversais. A distância ponderada L, entre as seções calculadas, é observada pela seguinte equação:

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 465

Equação 14: Cálculo das distâncias ponderadas: L *Q + L *Q + L *Q L = lob lob ch ch rob rob Q + Q + Q lob ch rob Onde: Llob, Lch e Lrob= ∆x entre seções específicas para o fluxo na margem esquerda (lob), canal principal (ch) e margem direita (rob); Qlob, Qch e Qrob= média aritmética das vazões entre seções na margem esquerda (lob), canal principal (ch) e margem direita (rob). Para determinar a vazão total e a velocidade para cada seção transversal o software realiza uma subdivisão do escoamento, particionando as áreas laterais nos pontos onde ocorrem mudanças no coeficiente n da equação de Manning em áreas onde a velocidade seja uniforme. A vazão, então, é calculada para cada subdivisão da seção transversal embasada no coeficiente de Manning; cuja equação é: Equação 15: Equação de Manning:

3 2 A* R * S f Q = n Considerando: Equação 16: Equação para o cálculo da capacidade de vazão de cada subdivisão:

A* 3 R 2 K = n Onde: K = Capacidade de vazão em cada subdivisão; n = Coeficiente de Manning para a subdivisão; A = Área do fluxo na subdivisão; R = Raio hidráulico para a subdivisão. Para cada passo de cálculo o software soma todos os incrementos de vazões, para obter uma vazão nas margens esquerda e direita. Em relação ao canal principal, a vazão é calculada como um elemento de fluxo único. A vazão total na seção transversal é obtida somando-se as vazões nestas três subdivisões. O simulador hidráulico opera com um perfil unidimensional da superfície d’água e uma única energia cinética média para cada seção transversal. Por meio do cálculo da energia cinética ponderada das três subdivisões da seção transversal, obtém-se a energia cinética média para uma elevação da superfície d’água. Para o cálculo da energia cinética média, o coeficiente de ponderação (α) da velocidade principal deve ser obtido com a seguinte equação: Equação 17: Cálculo da energia cinética média:

Q *V 2 + Q *V 2 +...+ Q *V 2 α = 1 1 2 2 n n 2 Q*V

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 466

Este coeficiente é calculado a partir dos três elementos de fluxo (margem esquerda, canal principal e margem direita) e também pode ser escrito em termos do fluxo e da área. A perda por fricção é avaliada como produto da declividade da seção e do comprimento do trecho em análise. A fricção (inclinação da linha do gradiente de energia) em cada seção transversal é calculada por meio da equação de Manning, por meio da Equação 18. Equação 18: Cálculo da fricção.

2  Q  S f =    K  O software HEC-RAS aplica esta equação como configuração padrão, caso seja necessária outra diretriz esta deverá ser introduzida pelo operador. A perda de carga por contração e expansão do escoamento é avaliada através da Equação 19: Equação 19: Perda por contração expansão do escoamento:

α *V 2 α *V 2 h = C * 2 2 − 1 1 c,e 2g 2g

Para fins de cálculo hidráulico o software assume que a contração ou expansão é existente, quando a velocidade principal à jusante é diferente da velocidade a montante. Seguindo a lógica de escoamento em canais, quando a velocidade no trecho à jusante é menor que a do trecho à montante, a tendência é que o canal tenha expandido, caso contrário, o canal contraiu. Quando a mudança na seção transversal de um rio é pequena e o fluxo opera no regime subcrítico, os coeficientes de contração e expansão são adotados como iguais a 0,3 e 0,5, respectivamente.

Dados e parâmetros utilizados no modelador hidráulico HEC-RAS

Para o desenvolvimento desta análise foram utilizados os dados fotogramétricos levantados pela TOPOCART para a área em estudo. Com o intuito de criar um modelo fiel à realidade local foram cruzadas diversas informações, tais como imagens de aerolevantamento atuais e de períodos anteriores e foi elaborado um modelo digital do terreno com base no perfilamento a laser realizado na área de estudo. As vazões de input, para cada trecho em estudo, foram obtidas por meio dos cenários modelados no HMS. O perfilamento laser (LIDAR - Light Detection and Ranging) utiliza-se da emissão de feixes de laser no canal do infravermelho próximo e realiza o mapeamento do terreno e cobertura vegetal, bem como de edificações, a partir do retorno de cada pulso elétrico emitido em direção aos alvos. Nesse sentido, tanto a linha do solo como tudo o que se encontra acima dele é mapeado (vegetação, edificações, carros, e outros elementos). Os produtos gerados através desta tecnologia são pontos no terreno e superfície que serão classificados na fase de pós-processamento. O conjunto de softwares que realiza tal atividade é composto por uma série de filtros pré-estabelecidos e programáveis. Em função da altura do objeto e densidade, pode-se obter a classificação automática. Mesmo assim, essa classificação

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 467

é refinada manualmente utilizando-se como plano de fundo a ortofoto originária do voo Fotogramétrico. De posse dos pontos do Perfilamento Laser foi gerado o Modelo Digital do Terreno (MDT) que corresponde a um conjunto de pontos que representam a superfície do terreno. No perfilamento obteve-se uma malha uniforme com 3 pontos por metro quadrado. A densificação dos pontos deste método permite adquirir um modelo de terreno com precisão compatível, ou superior, aos dados gerados por topografia tendo em vista que abrange de forma igualitária toda a área do projeto. Em função da quantidade de pontos gerados podem-se identificar vários detalhes mínimos do terreno, tais como erosões, talvegues, canais de rios e córregos que podem ser perfeitamente identificados no pós-processamento. A Figura 609 mostra detalhes em planta e perfil dos dados obtidos com o Perfilamento Laser.

Figura 609: Exemplo de dados obtidos com a execução do perfilamento Laser.

Para o estudo foram traçadas seções transversais aos córregos a partir do modelo digital de terreno elaborado, cujo procedimento permitiu traçar seções para a análise das cotas de inundação dos trechos avaliados. Após esta simulação, obtiveram-se as superfícies de inundação com uma precisão aceitável. Ao todo foram estabelecidas 403 seções transversais no estudo, 61 seções no córrego Vicente Pires e 342 seções em seus afluentes. Os parâmetros adicionais para a caracterização e simulação das áreas foram definidos individualmente para cada caso analisado. A Figura 610 mostra as seções transversais adotadas nos afluentes do Vicente Pires e a Figura 611 mostra as seções adotadas no córrego Vicente Pires.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 468

Figura 610: Seções transversais dos afluentes do córrego Vicente Pires.

Figura 611: Seções transversais do córrego Vicente Pires.

Os Gráficos 87 a Gráfico 90 as seções de alguns trechos analisados para a exemplificação do cálculo da área de inundação e ilustram os perfis das seções transversais com ID 7974, 6634, 5119 e 0844 são apresentados para exemplificar a superfície de inundação gerada no software RAS.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 469

Gráfico 87: Seção transversal do corte ID 7974.

Gráfico 88: Seção transversal do corte ID 6634.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 470

Gráfico 89: Seção transversal do corte ID 5119.

Gráfico 90: Seção transversal do corte ID 0844.

Para as simulações hidráulicas de delimitação de áreas inundáveis no campo de estudo, dois modelos foram gerados: um para os afluentes e outro para os trechos do córrego Vicente

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 471

Pires. Cada modelo rodou nos três cenários modelados no HMS, gerando uma superfície de inundação para cada situação analisada. O Mapa 42 no Anexo 1 apresenta as superfícies de inundação calculadas. Conforme as simulações realizadas foram possíveis estabelecer as vazões de escoamento nos córregos. Os cenários utilizados foram os seguintes: • Cenário 1: Pré-ocupação da área: a área encontrava-se com cobertura vegetal e sem nenhuma ocupação urbana; • Cenário 2: Ocupação atual: conforme os levantamentos de campo foram estabelecidos os parâmetros da ocupação atual da área para o cálculo, também foram considerados os sistemas de drenagem existentes; • Cenário 3: Ocupação prevista: conforme a proposta de uso e ocupação do solo e o sistema de drenagem proposto foram previstas as vazões futuras dos lançamentos de drenagem pluvial e as vazões finais dos córregos.

Resultados do Modelador Hidráulico HEC-RAS

Para os cenários elencados foram obtidas as vazões constantes na Tabela 189 e o tempo de retorno considerado para os cálculos foi de 20 anos. Tabela 189: Vazões dos córregos da área de estudo conforme cenário estudado: Córrego Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Vereda da Cruz 35,70 m³/s 45,80 m³/s 22,47 m³/s Arniqueira 27,50 m³/s 40,10 m³/s 19,67 m³/s Vereda Grande 25,90 m³/s 35,00 m³/s 17,17 m³/s Vicente Pires 240,80 m³/s 271,00 m³/s 204,67 m³/s

Nota-se que, conforme as vazões atualmente lançadas nos corpos hídricos são de 12,54%, superior em relação à vazão natural calculada e que a proposta do sistema projetado tende a amortecer o lançamento atual em 24,48%, em relação à situação atual, reduzindo, inclusive, a vazão lançada naturalmente no córrego Vicente Pires na situação natural em aproximadamente 15%. Tal fato ocorre devido ao dimensionamento das estruturas para o atendimento das normas da ADASA de limitação de lançamento em corpos hídricos, podendo ser revista durante o projeto executivo, tendo em vista que naturalmente o corpo hídrico recebe uma vazão superior à projetada.

Operação e Manutenção do Sistema

Assim como todo equipamento, um sistema de drenagem pluvial deve prever serviço de manutenção periódico, com avaliação do desempenho e verificação das condições de eficiência do equipamento dimensionado. Durante a elaboração dos projetos de drenagem pluvial dever-se-á considerar, para os dispositivos de micro e macrodrenagem, ações preventivas e, quando necessárias, ações corretivas com o intuito de manter a integridade do sistema. Para o sistema de microdrenagem:

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 472

• A declividade longitudinal das sarjetas deverá ser adequada para que não haja acúmulo de resíduos nas mesmas, uma vez que a velocidade da água, a ser percorrido por elas, permita o transporte das partículas para os dispositivos de amortecimento (reservatórios, galerias de detenção, entre outros); • Sugere-se que o fundo das bocas de lobo seja inclinado em direção à saída do tubo de concreto; • Os tubos de concreto, bem como as possíveis galerias que vierem a ser construídas, também deverão possuir declividades mínimas para garantir o arraste das partículas sólidas, de acordo com o Termo de Referência e Especificações para a Elaboração de Projetos de Sistema de Drenagem Pluvial da NOVACAP. Os reservatórios e as galerias de detenção, os micros reservatórios, bem como outros dispositivos que tiverem por finalidade amortecer o pico de cheia das chuvas e a retenção de partículas sólidas deverão possuir rampas de acesso que permitam a limpeza e eventuais reparos estruturais. No caso de galerias de detenção, o serviço poderá ser executado manualmente com a entrada de funcionários dentro da galeria, portando equipamentos e ferramentas de pequenas dimensões. Para estas estruturas sugere-se que seja a NOVACAP, o órgão responsável pela fiscalização e manutenção do sistema. Os cálculos de estimativas de vazões foram feitos, considerando o cenário futuro de urbanização, conforme a proposta descrita no Item Aspectos Urbanísticos. Porém, alguns ajustes poderão ser necessários ao longo do desenvolvimento do projeto executivo de urbanismo, o que deverá ser levado em consideração, quanto ao desenvolvimento do Projeto Executivo de Drenagem Pluvial.  Conclusão Conclui-se que praticamente toda a região de estudo não conta com uma rede de drenagem pluvial adequada para atender às necessidades da região. As redes existentes, em sua maioria, foram executadas por moradores, sendo grande parte subdimensionadas, e mesmo as dimensionadas corretamente, não tiveram as preocupações adequadas no lançamento dos efluentes, resolvendo o seu problema pessoal e acarretando muitos outros para os moradores mais a jusante. Os problemas mais graves são aqueles encontrados na DF-079 (EPVP), onde ficou constatado total falta de comprometimento com a qualidade na execução dos serviços. Isto pôde ser notado em toda a extensão da via. Concluiu-se, também, que as redes legalmente adotadas e projetadas na região do estudo possuem concepção ultrapassada, o que acaba por gerar mais transtornos que soluções a longo prazo. Em muitas destas redes regulares notou-se a falta de manutenção adequada e a execução de forma incorreta, que não garante a sua operação de forma plena. A concepção e a execução dos sistemas de drenagem atualmente adotados pela maioria das cidades brasileiras baseiam-se em preceitos ultrapassados de projeto que tendem a causar elevados impactos ambientais. Dentre as principais premissas pode-se citar a concentração dos volumes e vazões, redução do tempo de concentração pelo rápido escoamento da precipitação e o lançamento pontual dos efluentes nos corpos hídricos receptores. Em longo prazo, essas medidas causam elevados

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 473

impactos no meio ambiente e urbano (CHRISTOFIDIS, 2010).Segundo Tucci (2005a) a Drenagem Urbana Tradicional, da forma que ainda é atualmente praticada e adotada no Brasil, segue dois princípios errôneos:

• A drenagem mais eficiente é a que transfere a vazão precipitada para jusante o mais rápido possível; • A microdrenagem e a macrodrenagem são projetadas por trechos sem um enfoque global e sem a avaliação de impactos e consequências. Tucci e Orsini (2005) afirmam que a impermeabilização de solos por telhados, ruas, calçadas, compactação do solo, entre outros, faz com que a água, que anteriormente infiltrava no solo, passe a escoar pelas superfícies impermeáveis e condutos do sistema. Com a urbanização, o volume que ficava retido no solo, nas plantas e depressões acaba por escoar e ser coletado por tubulações, exigindo maior capacidade do sistema para escoar esta água. Ocorrem, assim, as seguintes consequências iniciais e diretas:

• Durante a precipitação a vazão que escoa para os rios é superior a natural, elevando o seu nível de forma brusca, causando enchentes, carreando resíduos sólidos e contaminando as águas. Esse aumento pode ser de seis a sete vezes maior que a vazão natural (TUCCI, 2003). • Os níveis dos lençóis freáticos são reduzidos e, consequentemente, o nível dos rios no período de estiagem, podendo acarretar racionamentos em algumas cidades. • Redução da evapotranspiração devido ao escoamento rápido das águas e pequena retenção no solo e nas plantas. • Os custos das soluções estruturais adotadas podem ser até dez vezes superiores a outras soluções de compensação e amortização de vazões na fonte (TUCCI, 2003). Com base nos dados apresentados foi observado, na região de estudo, um elevado grau de modificação do meio natural devido aos lançamentos inadequados de redes de drenagem pluvial e até mesmo fluvial, tendo em vista que muitas nascentes e córregos também foram canalizados. As principais consequências foram à erosão e o assoreamento dos corpos hídricos. O córrego Riacho Fundo é um dos principais contribuintes do assoreamento do Lago Paranoá. Pode-se afirmar que uma grande parcela da contribuição deste assoreamento advém da Bacia do córrego Vicente Pires, tendo em vista a grande ocupação urbana de forma desordenada que esta bacia tem sofrido nos últimos anos. A esse respeito destaca-se a matéria publicada pelo Correio Braziliense, no ano de 2010, a qual retratava, sobretudo, o assoreamento de leitos e a poluição dos cursos d´água da bacia hidrográfica do Paranoá, por seus contribuintes. A Figura 612 mostra a Bacia do Riacho Fundo destacada pela matéria (CORREIO BRAZILIENSE, 2010). Considera-se extremamente necessário realizar um estudo completo para a implantação de uma rede de drenagem pluvial adequada na região, tendo em vista que a mesma é dotada de várias nascentes e é importante para o abastecimento de água do Distrito Federal. Esta rede deverá adotar conceitos de projeto sustentáveis para integrar-se, de forma mais adequada, ao meio ambiente natural e construído.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 474

Figura 612: Assoreamento do Lago Paranoá. Detalhe para a Bacia do Riacho Fundo. Fonte: CORREIO BRAZILIENSE, 2010.

Sistemas de Abastecimento de Água

Em seus diversos usos a água se faz um elemento necessário para o desenvolvimento econômico, atividades antrópicas e vida humana. Para atender tais objetivos a água dever atender a requisitos mínimos que buscam garantir a quantidade e a qualidade necessários para tais fins. Para a obtenção da água o usuário pode tomar medidas individuais ou soluções coletivas, mas em ambos os casos o usuário deve vincular-se ao responsável pela fiscalização do uso. Uma solução coletiva é o sistema de abastecimento de água (AMPLA, 2016). O sistema de abastecimento de água é uma solução que apresenta as seguintes vantagens: proteção ao manancial que abastece a população, facilidade na manutenção e supervisão das unidades que compõem o sistema, controle da qualidade da água e as vantagens de ser um sistema em grande escala Um sistema de abastecimento de água convencional é composto pelas seguintes unidades: manancial, captação, adução (condução da água ao tratamento), tratamento, reservação, rede de distribuição e as estações elevatórias de recalque, quando necessárias (AMPLA, 2016). A Figura 613 exemplifica tal sistema.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 475

Figura 613: Sistema de Abastecimento de Água. Fonte: Martins, 2016.

Mananciais de Abastecimento Para a escolha do manancial mais adequado deve-se considerar a qualidade, e a quantidade hídrica do manancial, além do aspecto econômico, uma tomada de decisão baseada nesses três aspectos aumenta as chances de uma decisão bem-sucedida (SILVA E GIMARÃES, 2016). Os mananciais podem ser de águas superficiais ou subterrâneas. As águas superficiais são captadas em rios e lagos. Os rios podem apresentar variações importantes na qualidade de água, principalmente quando ocorre mudanças das estações climáticas, já os lagos apresentam problemas de estratificação e eutrofização no verão (REGO, 2004 apud MARTINS, 2016). Já as águas subterrâneas têm suas características definidas em função do tipo de solo ao qual elas tem contato. A presença de contaminantes pode ser associada ao uso e ocupação do solo da região e entorno ao qual essas águas subsuperficiais se encontram, a depender das atividades desenvolvidas podem ser encontrados nitratos, detergentes ou metais pesados, por exemplo (REGO, 2004 apud MARTINS, 2016). As caraterísticas das águas subterrâneas variam, em função do tipo de solo com o qual contatam. A presença de contaminantes químicos, como os nitratos, detergentes ou metais pesados é, sobretudo função da atividade agrícola ou industrial existente nas proximidades (REGO, 2004 apud MARTINS, 2016). Legislação de Potabilidade Para garantir a potabilidade das águas que chegam por meio do sistema produtor deve-se adotar medidas de comando e controle. Com esse intuito o Ministério da Saúde e o Ministério do Meio Ambiente - MMA, por meio do CONAMA7 criaram legislações que determinam a qualidade da água que é extraída e a água que chega ao consumidor. A portaria do Ministério da Saúde é a nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, estabelece as metodologias e responsabilidades referentes a fiscalização e o controle da qualidade da água para abastecimento e os padrões de potabilidade. Já a resolução CONAMA nº 357 de 18 de março de 2005, estabelece a classificação dos corpos hídricos e determina diretrizes ambientais para o seu enquadramento que, por sua vez, define seus usos, além de estabelecer as condições e padrões de lançamento de efluentes. Para as águas doces essa legislação define que as classes especial, 1, 2 e 3 podem ser destinadas ao

7 CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 476

abastecimento após passarem pelo devido tratamento. Essa resolução é alterada pela resolução CONAMA nº 430 de 13 de maio de 2011, contudo essa dispõe sobre lançamento de efluentes, o que não altera as condições para mananciais. Sistema de Abastecimento do DF e da Região de Estudo A CAESB é responsável pelo sistema produtor e distribuidor de água do Distrito Federal, além disso ela também coleta, trata e lança os esgotos sanitários da região. Esse sistema é caracterizado pela adução de água bruta de mananciais naturais, tratamento e adequação de sua qualidade, transporte e fornecimento à população através de rede de distribuição. Para atender a demanda a CAESB dispõe de 5 sistemas produtores, que possuem 24 mananciais e 114 poços, com capacidade de produção de 9.506,1 L/s de água, 09 Estações de Tratamento de Água, 56 Unidades de Tratamento Simplificado ou de Cloração de Poços, 8.377 km de redes de distribuição/adutora e 583.701 ligações (CAESB, 2016). O Sistema Integrado do Rio Descoberto é responsável pelo abastecimento das RAs de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Guará, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Gama e Santa Maria. Esse sistema tem outorga para explorar 6.614 l/s, em períodos de longa estiagem a retirada do manancial é de até 5.389 L/s. A Figura 614 apresenta o sistema produtor e distribuidor de água do Descoberto (CAESB, 2016).

Figura 614: Sistema Produtor e Distribuidor do Rio Descoberto. Fonte: CAESB, 2008.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 477

A Estação de Tratamento de Água – ETA prevista para abastecer a região é a ETA do Rio Descoberto, a capacidade nominal da mesma é de tratamento de 6.000 L/s por meio de filtração direta, opera por filtração direta com pré-floculação e o seu nível de automatização garante a otimização de recursos e maior confiabilidade no sistema. Após tratamento, as águas são encaminhadas para o Reservatório Apoiado RAP-MN1, nas imediações da estação. As demais estações de tratamento do sistema operam com desinfecção simples, fluoretação e correção de pH. De acordo com a carta 235/2009 (em anexo), expedida pela Caesb, a grande maioria do Setor Habitacional Arniqueira já é atendida com o sistema de abastecimento de água da empresa, com condições de haver complementação para as ocupações remanescentes, desde que haja a manutenção das características atuais de ocupação e porte de edificações. O relatório técnico EPRC -11/011(em anexo), também expedido pela Caesb, mostra que a região estudada se apresenta como parte da área atendida pelo sistema de produção e distribuição integrado do Rio Descoberto. O Setor Habitacional Arniqueira é abastecido pela adutora ADT-T10 a qual alimenta a rede de distribuição de forma direta, rede essa que corresponde à Unidade de Distribuição de Água UDA AC4. Uma vez que a CAESB atende a área de maneira integral, não se fazem necessários estudos complementares para avaliação da capacidade de abastecimento dos corpos d’água superficiais e subterrâneos da região de estudo, pois esses não terão a função de manancial para o abastecimento de água do local.

Sistema de Esgotamento Sanitário

Um sistema de esgotamento sanitário eficiente pode acarretar em uma série de melhorias para o ser humano e o meio ambiente, tais como melhores condições sanitárias, conservação dos recursos naturais, redução de doenças de veiculação hídrica e consequentemente diminuição dos gastos com tratamento de tais doença, além da diminuição de locais de contato com poluição, uma vez que os corpos hídricos estão mais limpos (AMPLA, 2016). Quando não há serviço público de esgotamento sanitário ou por escolha, pode ser feita a implementação de soluções individuais para a disposição de efluentes, visando evitar a contaminação do solo e da água da região. Algumas das soluções individuais existentes são: fossa seca, fossa séptica, infiltração subsuperficial, sumidouro e filtro anaeróbio (ReCESA, 2016). Quando é possível a interligação com um sistema coletivo de esgotamento sanitário ele pode ser de duas formas: parcial ou coletivo, a depender da rede. O sistema parcial recebe de forma conjunta as águas pluviais e os esgotos sanitários, e os dois são encaminhados para o tratamento adequado. Já o sistema separador absoluto possui duas redes diferentes para águas pluviais e águas residuais. No Brasil é comum a implementação do sistema separador absoluto (ReCESA, 2016). Ainda sobre os sistemas coletivos de esgotamento sanitário, esses podem possuir as seguintes etapas, quando são sistemas convencionais: coleta, transporte, tratamento que

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 478

pode ser constituído por primário, secundário ou terciário (quanto mais etapas maior o número de parâmetros tratados), emissão e descarte no corpo receptor ou o solo de infiltração. (CESAN, 2016). Corpos Receptores Como foi dito anteriormente a qualidade da água define quais serão os usos ao qual essa poderá ser submetida. Para se determinar quais os corpos d’água que podem ser receptores de efluentes tratados a principal característica a ser analisada é a capacidade de autodepuração dos mesmos. A autodepuração é a capacidade do corpo hídrico de retornar ao equilíbrio por vias naturais após receber um lançamento de efluentes, por meio dela é possível avaliar quais são os melhores cursos d’água para receberem despejos e garantir que esses despejos não estejam acima do que pode suportar o corpo d’água. Legislação para Lançamento de Efluentes Uma das formas de se manter a qualidade dos efluentes que chegam nos cursos d’água é adotar medidas de comando e controle. Com esse objetivo o Ministério do Meio Ambiente – MMA, por meio do CONAMA criou duas resoluções que determinam o enquadramento do curso d’água que pode receber águas residuais. A resolução CONAMA nº 357 de 18 de março de 2005 estabelece a classificação dos corpos hídricos e determina diretrizes ambientais para o seu enquadramento que, por sua vez, define seus usos, além de estabelecer as condições e padrões de lançamento de efluentes. A resolução nº 430 de 13 de maio de 2011, altera a CONAMA n º 357/2005 e determina as condições e padrões de lançamento de efluentes. Para as águas doces, que são os únicos corpos receptores possíveis no Distrito Federal os efluentes podem ser lançados em corpos d’água de classe 1, 2, 3 e 4; é vetado o lançamento em corpos d’água de classe especial. Esses lançamentos devem obedecer às condições e padrões das classes nas condições de vazão de referência ou volume disponível. Sistema de Esgotamento Sanitário do DF E da Região de Estudo A CAESB é responsável pelo sistema produtor e distribuidor de água do Distrito Federal, além disso ela também coleta, trata e lança os esgotos sanitários da região. Esse sistema é caracterizado pela adução de água bruta de mananciais naturais, tratamento e adequação de sua qualidade, transporte e fornecimento à população através de rede de distribuição. Atualmente a CAESB atende 88,9 % da população do DF, e 100% dos esgotos coletados são tratados. A rede de coleta é composta por 5.169 km de redes coletoras, 15 estações de tratamento (CAESB, 2016). De acordo com o relatório técnico ERPC – 11/011 elaborado pela Caesb, não há sistema de esgotamento sanitário implementado na área de estudo, ou mesmo nas proximidades, capaz de oferecer uma ligação imediata da mesma. Atualmente a maior parte da população da área faz uso de fossas sépticas, algumas vezes ligadas a sumidouros, para a disposição e tratamento dos efluentes domésticos. Há uma previsão de atendimento para a área com o Sistema de Exportação de Esgotos da Região de Águas Claras. Este Sistema está sendo implementado em três etapas: a primeira etapa é a construção da Estação Elevatória de Esgotos (EEE) do Parque

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 479

Águas Claras, a segunda etapa é a construção das Estações Elevatórias de Esgotos de Águas Claras e Vicente Pires e por último, a terceira etapa consiste na construção de várias Estações Elevatórias de Esgotos na região de Arniqueira e Vizinhanças. Esse sistema visa exportar os esgotos coletados para a bacia do Rio Melchior, onde serão tratados pela ETE Melchior. A primeira etapa tem capacidade para uma vazão de bombeamento de 510 L/s, podendo atingir 780 L/s nos picos de vazão. Esta EEE, citada anteriormente, irá recalcar o esgoto até um PV de transição que se interligará com o PV-1 do interceptor Melchior, esse interceptor concluirá o lançamento à ETE-Melchior. Serão atendidos por esse sistema a cidade de Águas Claras, parte de Vicente Pires, Arniqueira e Vereda da Cruz, Vereda Grande e Vila São José, SMPW e o Setor Habitacional Jóquei Clube. A segunda etapa contempla a construção das EEEs de Águas Claras e Vicente Pires. A EEE de Águas Claras possui uma capacidade de bombeamento de 440 L/s, podendo atingir picos de 546 L/s e irá recalcar seus efluentes até a EEE do Parque de Águas Claras. Não foram fornecidas informações acerca da EEE Vicente Pires no relatório técnico elaborado pela CAESB. A terceira etapa, que abrange as áreas de Arniqueira, Park Way, Vereda Grande e Vereda da Cruz contempla a execução de quatro elevatórias de pequeno porte para o recalque dos efluentes até as EEEs Parque de Águas Claras e Águas Claras. A área de estudo somente terá sistema de coleta de esgotos quando esta etapa estiver concluída. Conforme dados da ADASA (2016) a ETE Melchior tem uma vazão média de projeto de 1465 l/s com capacidade para realização do tratamento do efluente a nível terciário. Atualmente a ETE atua com uma vazão média de 754,75 l/s, cerca de 51,5 % da capacidade total da ETE Melchior. A CAESB em resposta à Carta-Consulta enviada à ETE Melchior, afirma que, ainda, consegue absorver a demanda gerada pelo empreendimento sem a necessidade de ampliações. Contudo, para atender a uma população superior à projetada é necessário estudo específico para avaliar as condições de adaptação do sistema. Ainda de acordo com o relatório técnico (ERPC – 11/011) as Estações Elevatórias de Esgoto que atenderão a região do Setor Habitacional Arniqueira são a EEE Park Way (EE-5-PAS-IV), EEE Arniqueira (EE-6-PAS-IV) e EEE Vereda da Cruz (EE-7-PAS-IV). Essas Estações Elevatórias de Esgoto enviarão os efluentes para as Estações Elevatórias de Esgotos Parque Águas Claras e Águas Claras, a EEE Parque de Águas Claras conduzirá o esgoto sanitário para um interceptor, o qual, finalmente, lança-os na ETE Melchior. Uma vez que esses efluentes sanitários serão exportados da bacia do Paranoá, não serão lançados nos corpos hídricos da região e serão tratados na ETE Melchior, não se fazem necessários estudos da capacidade de autodepuração dos mesmos, pois esses não terão a função de corpos receptores para os efluentes do local.

Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos

Para maior confiabilidade às análises a serem efetuadas sobre o sistema de resíduos sólidos, delimitou-se como Área de Influência Indireta todo o território do Distrito Federal, tendo como

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 480

justificativa sua operação consistir em atividades integradas e para a Área de Influência Direta, definiu-se o perímetro proposto de ocupação urbana e áreas limítrofes. Com isso, na realização de uma análise preliminar do sistema de resíduos sólidos, buscou-se na fase de diagnóstico obter informações a partir das seguintes estratégias:

• Visitas em campo – com o objetivo de caracterizar a área de estudo e entorno, avaliando os cenários futuros de ocupação; • Reunião com os técnicos do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) – com a finalidade de obter informações e discutir alternativas tecnológicas para a área de estudo; • Envio de Cartas-Consulta ao SLU – com intuito de oficializar o posicionamento desta autarquia sobre os questionamentos gerados; • Reuniões com os técnicos do presente Estudo Ambiental – com intuito de desenvolver o projeto de forma integrada, buscando mitigar os impactos ambientais negativos; • Pesquisa bibliográfica – com objetivo de reunir informações técnicas na área que abrange a poligonal de estudo e os sistemas de operação nas regiões contiguas. Para o componente de resíduos sólidos, que faz parte do diagnóstico de infraestrutura do presente EIA/RIMA, busca-se identificar os diversos tipos de resíduos gerados por domicílios particulares, pelas atividades econômicas, bem como uma caracterização da estrutura física atual na área de estudo que compreende os Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão– SHBS e as ocupações irregulares nas áreas intersticiais/remanescentes e de parcelamento futuro do projeto de urbanismo do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03, localizados nas Regiões Administrativas de Taguatinga (RA III), Guará (RA X) e Núcleo Bandeirante (RA VIII). Segundo a Constituição Brasileira e a Lei nº 11.445, de janeiro de 2007, é de competência do poder público local o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos em suas cidades. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) realizada em 2008, 61,2% das prestadoras de serviços de manejo de resíduos sólidos eram vinculadas à Administração Direta do Poder Público, 34,5% eram empresas privadas sob o regime de concessão pública e o restante eram entidades na forma de Autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista ou consórcios (IBGE, 2008).Ressalta-se que as operações para coleta manejo e disposição de resíduos sólidos têm um impacto significativo nas despesas municipais, podendo alcançar cifras de até 20% do orçamento municipal. Conforme a PNSB, 50,8% dos locais de destinação dos resíduos sólidos do Brasil ocorrem em vazadouros a céu aberto, comumente conhecidos como lixões. Apesar de o percentual ser elevado este tipo de disposição tem sido reduzido paulatinamente ao longo dos anos, com a implementação de aterros controlados e sanitários. A Tabela 190 mostra a evolução do destino final de resíduos de 1989 até 2008. Observa-se uma redução de 37,4% na destinação de Vazadouros a céu aberto e um crescimento de 39,5% na adoção de aterros controlados e sanitários nos últimos 20 anos no Brasil (IBGE, 2008).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 481

Tabela 190: Destino final dos resíduos sólidos, por unidades de resíduos no Brasil - 1989/2008. Destino final de Resíduos Sólidos, por unidade de destino dos resíduos Vazadouro a céu Aterro Controlado Aterro Sanitário Ano aberto % Variação % % Variação % % Variação % 1989 88,2 - 9,6 - 1,1 2000 72,3 -15,9 22,3 +12,7 17,3 +16,2 2008 50,8 -21,5 22,5 +0,2 27,7 +10,4 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 1989/2008 (IBGE, 2008) Adaptada.

Segundo o PNSB, no Distrito Federal são recolhidos diariamente aproximadamente 5.800 t de resíduos sólidos. Destaca-se que, neste índice, estão incluídos os resíduos de construção civil. Segundo dados do Plano Diretor de Resíduos Sólidos do Distrito Federal (TC/BR e GDF, 2008b), a coleta domiciliar e comercial geram aproximadamente 2.500 t/dia de resíduos sólidos resultando em uma taxa aproximada de 1,05 kg/hab./dia. Esta taxa de produção está acima da média nacional de aproximadamente 800 g por Habitante(IBGE, 2008; ABRELPE, 2009).A parte executiva dos serviços de limpeza urbana está a cargo do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA), nos Termos da Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, e conforme Decreto nº 27.898, de 23 de abril de 2007. O sistema de gerenciamento de resíduos sólidos do Distrito Federal é composto por três unidades operacionais, as Unidades de Transbordo, as Unidades de Tratamento e a Unidade de Disposição Final. As Unidades de Transbordo têm o objetivo de reduzir os custos de transporte dos resíduos coletados nos centros de geração até o seu destino final. Nestes centros ocorre uma operação de troca intramodal. Os veículos coletores, em sua maioria, possuem capacidades reduzidas que facilitam as manobras dentro de áreas comerciais e residenciais, sendo sua capacidade média de9 m³ a 15 m³. Estes veículos se dirigem até uma estação de transbordo para a transferência de sua carga para carretas com capacidade de até 45 m³ que irão transportar o resíduo até a Unidade de Disposição Final. O Distrito Federal possui cinco Unidades de Transbordo localizadas no Gama, Brazlândia, Sobradinho, Asa Norte e Ceilândia, sendo que suas instalações físicas (prédios, pátios e acessos) encontram-se bastante precárias, necessitando de uma infraestrutura adequada, no sentido de minimizar os impactos decorrentes da emissão de odores, material particulado e chorume. As Usinas de Tratamento de Resíduos Sólidos têm como função processar os resíduos sólidos de acordo com as suas características, de forma a permitir a sua destinação final adequada, adotando técnicas que visam reduzir a quantidade dos resíduos em sua massa e volume, minimizando sua periculosidade antes de sua disposição final. O Distrito Federal conta com cinco Unidades de Tratamento, a saber: Serviço de Operações da Usina de Tratamento de Lixo (SOUTL) e Unidade Central de Coleta Seletiva (UCCS) localizadas na Asa Sul, a Usina experimental de Brazlândia (UDBRAZ), o Serviço de Operações da Usina Central de Tratamento de Lixo (SOUCTL) e Serviço de Operações da Usina de Incineração de

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 482

Lixo Especial (SOUILE) na Ceilândia. Na Tabela 191 são caracterizadas as cinco Unidades de Tratamento que fazem parte do sistema em análise, assim como seus aspectos operacionais. Tabela 191: Dados operacionais da capacidade nominal de processamento das Unidades de Tratamento do DF. USINAS INÍCIO DE CAPACIDADE DE ÁREA DE ATENDIMENTO OPERAÇÃO PROCESSAMENTO SOULT 1963 700 t/dia Asa Sul, Asa Norte, e SOUCTL 1987 600 t/dia Ceilândia, Taguatinga e Samambaia SOUILE 1986 Cap. Nominal para 40% do DF incinerar até 30 t/dia UDBRAZ 1992 20 t/dia Brazlândia UCCS 1997 - Asa Sul e na Asa Norte Fonte: Plano Diretor de Resíduos Sólidos para o Distrito Federal, Julho 2008. (TC/BR e GDF, 008b).

A Unidade de Disposição Final dos resíduos sólidos coletados no DF é o Aterro Controlado do Jóquei (ACJ) (F Figura 615), destinado a receber em caráter definitivo os resíduos, submetidos ou não, aos processos de tratamento. Operando oficialmente desde 1974, o ACJ situa-se na malha urbana da cidade do Guará (RA X) e está a 9 km do Plano Piloto, localizado nas adjacências do Parque Nacional de Brasília. A área total do aterro é de 198 hectares, sendo que somente 145 hectares poderão ser usados para a disposição de resíduos (TC/BR e GDF, 2008b). O ACJ possui diversos problemas operacionais que são suficientes para descaracterizá-lo como aterro controlado, permitindo que seja propriamente qualificado como um vazadouro a céu aberto. Dentre as principais deficiências que podem ser citadas estão à falta de coleta e tratamento do chorume e de gases de forma adequada e a presença de catadores. Segundo o PDRS-DF, estima-se que o ACJ já extrapolou sua capacidade nominal, em 2005, e que anteriormente era o despejo dos dejetos em valas com 6,00 metros de profundidade. (Figura 615).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 483

Figura 615: Localização do Aterro Controlado do Jóquei.

Estas, atualmente já excederam o previsto e os detritos que continuam a ser depositados na superfície alcançando uma altura de até 6,00 metros acima do nível do terreno. Entretanto, o Aterro continua sendo usado e prevê-se uma sobrecarga na sua capacidade de suporte, quando receberá mais de 1.460.000 toneladas de resíduos até a sua completa desativação (TC/BR e GDF, 2008a). Conforme a avaliação feita no PDRS-DF, a principal característica do resíduo sólido recebido no Aterro do Jóquei é o proveniente da coleta residencial e comercial, recebendo também rejeitos da usina de triagem e compostagem, entulhos gerados na construção civil, resíduos de serviços de limpeza pública, lodos da estação de tratamento de esgotos (ETE), cinzas do incinerador de resíduos dos serviços de saúde, resíduos de grande porte como geladeiras, móveis, além de resíduos dos hipermercados de todo o Distrito Federal. Atualmente, cerca de 2.500 toneladas/dia de resíduo domiciliar/comercial são coletadas no DF pelas empresas terceirizadas pelo SLU, sendo que 80% são conduzidas diretamente ao Aterro do Jóquei. (Figura 616).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 484

Figura 616: Fluxograma das principais entradas de resíduos no aterro do Jóquei. Fonte: Plano Diretor de Resíduos Sólidos do Distrito Federal, Julho 2008.

O SLU, também, é responsável pelos serviços de varrição dos logradouros públicos, pintura de meios-fios, frisagem de meios-fios, catação de resíduos leves em áreas gramadas ou ajardinadas, limpeza em locais de feiras livres ou após a realização de eventos, remoção de animais mortos, varrição mecanizada e a limpeza das passagens subterrâneas e abrigos para pedestres (TC/BR e GDF, 2008b). Com relação aos resíduos de construção civil, os mesmos são de responsabilidade do gerador, o qual deverá providenciar o transporte adequado para o ACJ. Entretanto este tipo de tratamento somente ocorrerá em obras de porte médio ou grande, a maioria das pessoas, em pequenas obras, contrata carroceiros que, na sua grande maioria, não levam o resíduo ao local adequado, despejando-o em terrenos baldios ou desocupados. No DF existem de 15 a 100 pontos de disposição de resíduos de construção civil clandestinos (TC/BR e GDF, 2008b). Na Figura 617 visualizam-se as principais áreas de disposição de resíduos do Aterro do Jóquei.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 485

Figura 617: Principais áreas de disposição de resíduos do Aterro do Jóquei. Fonte: Adaptado dos Estudos Básicos de Avaliação do Aterro do Jóquei PDRS-DF, março 2008.

O SLU respondeu às perguntas formuladas pela TOPOCART na Carta-Consulta nº 009/2011 de 17 de janeiro de 2011 por meio do Ofício nº 018/2011 - DIOPE/SLU, informando que não existem restrições para o atendimento de coleta de resíduos sólidos na região de estudo, desde que não ocorram interrupções no tráfego viário. Segundo as informações encaminhadas em todos os setores, a coleta ocorre regularmente de segunda a sábado, de 07h30minas 15h00min para o Setor Habitacional Arniqueira - SHAr e Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03 e de 19h30minas 03h00min para o Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS, sendo que este último se encontra em área industrial. A coleta é feita por meio de caminhões coletores que encaminham os resíduos para o aterro sanitário da Estrutural. Na área abrangida pelo projeto são coletadas aproximadamente 24 toneladas de resíduos sólidos diariamente. A Tabela 192 apresenta os dados encaminhados pelo SLU.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 486

Tabela 192: Dados operacionais do SLU na área que abrange a poligonal de projeto. SETOR HABITACIONAL ARNIQUEIRA – SHAr Coleta regular na área Sim Frequência da coleta Segunda a sábado das 07h30min às15h00min Volume coletado diário 15 Toneladas por dia Destino final dos resíduos Aterro Sanitário (Estrutural) Tipo de veículo Caminhão Coletor Coleta é seletiva Não SETOR DE MANSÃOES PARK WAY – SMPW TRECHO 03 Coleta regular na área Sim Frequência da coleta Segunda a sábado das 07h30min às 15h00min Volume coletado diário 6 Toneladas por dia Destino final dos resíduos Aterro Sanitário (Estrutural) Tipo de veículo Caminhão Coletor Coleta é seletiva Não SETOR HABITACIONAL BERNARDO SAYÃO - SHBS Coleta regular na área Sim Frequência da coleta Segunda a sábado das 19h30min às 03h00min Volume coletado diário 3 Toneladas por (noite) Destino final dos resíduos Aterro Sanitário (Estrutural) Tipo de veículo Caminhão Coletor Coleta é seletiva Não Fonte: Adaptado do Ofício nº 018/2011-DIOPE/SLU.

De acordo com essas informações e estudos que estimam a população atual é possível traçar um diagnóstico da quantidade de resíduos gerados per capita nos Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03 e Bernardo Sayão - SHBS. A geração per capita no Setor Habitacional Arniqueira - SHAr é da ordem de 0,53 kg/hab./dia, no Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03 este índice sobe para 0,96 kg/hab./dia e no Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS o índice é de 0,40 kg/hab./dia. Estes índices corroboram diversos estudos que demonstram que existe uma correlação direta entre o poder aquisitivo da população com a quantidade de resíduos sólidos produzidos. Tal correlação foi destacada no PDRS-DF em que foram encontrados índices variando de 0,75 kg/hab./dia até 1,96 kg/hab./dia para faixas de renda de 3 a 50 salários mínimos, respectivamente (TC/BR e GDF, 2008b). Na área como um todo a média de produção de resíduos é de 0,57 kg/hab./dia, abaixo da média de produção do DF que é da ordem de 1,05 kg/hab./dia e do Brasil, que é na faixa de 0,80 kg/hab./dia (TC/BR e GDF, 2008b). Na área de estudo, atualmente, são coletados diariamente 24 toneladas de resíduos sólidos com projeção futura para 2030de aproximadamente 68 toneladas de resíduos sólidos diariamente, aplicando-se a média atual do DF de produção sobre a população estimada de 64.806 habitantes. Apesar do ACJ não comportar mais nenhum resíduo por já estar esgotada a sua capacidade operacional, não existe atualmente nenhum outro local para a destinação dos resíduos coletados e os mesmos continuarão sendo destinados ao ACJ, conforme já exposto anteriormente.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 487

Na área de estudo, constatou-se, em grande parte, um sistema adequado de disposição dos resíduos sólidos gerados, conforme pode ser verificado na Figura 618 a Figura 620.

Figura 618: Disposição de resíduos sólidos em contêineres (Setor Habitacional Arniqueira - SHAr). Coordenada UTM X = 175517.0524 / Y = 8244708.9398.

Figura 619: Disposição de resíduos sólidos em contêineres (Setor Habitacional Bernardo Sayão - SHBS). Coordenada UTM X = 179006.9030 / Y = 8248689.0923.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 488

Figura 620: Disposição de resíduos sólidos em lixeira (Setor de Mansões Park Way- SMPW Trecho 03). Coordenada UTM X = 178786.0309 / Y = 8246885.8905.

Contudo, apesar da coleta regular realizada pelo SLU, em alguns pontos são descartados rejeitos ao lado dos contêineres e lixeiras, conforme pode ser notado na Figura 621 e Figura 622. Tais resíduos são oriundos da má conscientização de alguns moradores do local e/ou devido à presença de animais nas ruas que reviram o local de depósito de resíduos, deixando um ambiente propício para o aparecimento de vetores de doenças, tais como ratos, ratazanas, mosquitos, baratas, entre outros. Estes resíduos também podem ser carreados pelas águas das chuvas até as galerias pluviais, entupindo-as e reduzindo a eficiência dos sistemas de drenagem.

Figura 621: Disposição de resíduos sólidos em contêineres, acúmulo de lixo ao lado. Coordenada UTM X = 175771.0782 / Y = 8245453.0363.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 489

Figura 622: Disposição de resíduos sólidos em lixeira, acúmulo de lixo ao lado. Coordenada UTM X = 175534.9955 / Y = 8245333.4663.

O lançamento de resíduos provenientes de restos de construção civil, resíduos domésticos, animais mortos, dentre outros, em terrenos baldios, são frequentemente encontrados na área, mostrados na Figura 623 e Figura 624.

Figura 623: Disposição de resíduos sólidos em terreno baldio. Coordenada UTM X = 175871.6861/ Y = 8244530.1544.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 490

Figura 624: Disposição de resíduos sólidos em terreno baldio. Coordenada UTM X = 176077.3769 / Y = 8245297.5950.

Em atenção à Carta-Consulta nº 039/2011, enviada pela TOPOCART ao SLU solicitando informações complementares para efeito de diagnóstico da área de estudo, o SLU, por meio da Carta-Resposta do dia 10 de março de 2011, contribui com importantes dados e orientações de cunho geral para o Projeto de Regularização, os quais são descritos a seguir. Segundo o SLU, a poligonal de projeto está inserida em uma área nova no âmbito do DF, sendo necessária uma infraestrutura para a coleta e o transporte dos resíduos gerados pelos estabelecimentos, de modo que favoreça a realização contínua das coletas domiciliares e seletivas em vias e logradouros públicos, composto por um sistema viário pavimentado e nas dimensões adequadas, que permita manobras dos caminhões compactadores variando de (15 a 19m3). A locação e instalação de contêineres e outros recipientes de armazenamento provisório de resíduos em vias e logradouros públicos é vetada, sendo recomendado pelo SLU que não sejam contempladas áreas específicas de armazenamento de resíduos nestes locais. Esta temática será regulamentada em breve por lei específica. O gerador de resíduos deverá providenciar por meios próprios os recipientes necessários ao acondicionamento dos resíduos gerados, levando em consideração suas características e quantitativos, bem como as recomendações determinadas pela ABNT. O SLU fornece pouca orientação sobre o tipo de cestos coletores (lixeira/recipientes) de resíduos em calçadas e passeios públicos, que devem seguir os padrões adotados no DF. A coleta dos resíduos de serviços de saúde, entulhos de construção civil, coletas de grandes fontes geradoras, entre outros, não estão no escopo dos serviços oferecidos pelo SLU, sendo recomendado pela Autarquia que o gerador seja responsável pelo destino adequado dos mesmos. O SLU propõe, ainda, que os pequenos e grandes geradores separem na origem os resíduos conforme a tipologia da área: resíduo orgânico e resíduo reciclável (seco). Esta separação deverá ocorrer antes da implantação completa da coleta seletiva oficial, devendo os resíduos ser entregues a alguma Cooperativa ou Associação de catadores. Também é sugerido seguir a padronagem de cores: verde para reciclável e laranja para o orgânico. A composição dos resíduos sólidos domiciliares no DF é apresentada na Tabela 193.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 491

Tabela 193: Composição média do resíduo urbano domiciliar do Distrito Federal. Material Composição (%) Matéria Orgânica 43,08 Papéis e Papelão 13,71 Plásticos 16,53 Metais 2,86 Vidros 1,31 Trapos, Couros e Borrachas 4,2 Madeira 0,04 Inertes 0,83 Outros 17,47 Fonte: (TC/BR e GDF, 2008b) adaptada.

A implantação das ações previstas no Plano Diretor de Resíduos Sólidos do Distrito Federal (PDRS-DF) irá contribuir significativamente para tornar sustentável o sistema de manejo de Resíduos Sólidos no Distrito Federal. Neste contexto, por meio da integração dos Projetos de Infraestrutura e Urbanismo, esta previsto uma área destinada à construção de um Posto de Entrega Voluntária (PEV), também denominado de “Ecoponto”. A Figura 625 presenta o esquema de um PEV médio, que teria capacidade de atendimento de uma população de até 50 mil habitantes. De acordo com a proposta urbanística, deverá ser avaliado o tamanho e a quantidade de PEVs para o atendimento da população a área de estudos.

Figura 625: Esquema genérico do PEV médio, conforme PDRS-DF (TC/BR e GDF, 2008c).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 492

A Tabela 194 apresenta as características básicas de um PEV. Tabela 194: Características básicas dos PEVs propostos no PDRS-DF. PEV grande PEV médio PEV pequeno Superfície (m2) 3.500 2.500 700 População atendida < 150.000 hab. 5.000-50.000 <5.000 Custo total (R$) 1.050.000 525.000 262.500 Fonte: (TC/BR e GDF, 2008c).

O PEV proposto para o atendimento na área é grande (3.500m²) e tem capacidade de atendimento de até 150.000,00 habitantes, tendo em vista que a previsão de população da área de estudo, para 2030, é de 64.806 habitantes. Desta forma, o posto poderá complementar o atendimento das áreas no entorno da área de estudo, como Águas Claras ou Vicente Pires. Entretanto o estudo urbanístico deverá determinar uma localização adequada para a instalação deste dispositivo. Com base no exposto, considera-se que a disposição dos resíduos sólidos gerados no empreendimento não possui um local para a disposição final adequado, tendo em vista que o Aterro Controlado do Jóquei encontra-se esgotado e que sua operação o desqualifica como aterro controlado e o classifica mais como vazadouro a céu aberto. Entretanto, este quadro não é exclusivo da poligonal de estudo, é um problema crônico enfrentado por todo o Distrito Federal. Conclui-se que, de acordo com as normas legais, a área está atendida no que diz respeito à demanda gerada pelo empreendimento, bem como de sistema estrutural e operacional relativo ao sistema de coleta, transporte e a disposição final dos resíduos apresenta várias inconformidades. Cabe ressaltar que já foi elaborado um Plano Diretor que visa regular e regulamentar as atividades necessárias para o correto manejo e disposição dos resíduos sólidos no DF. Segundo o PDRS-DF, estima-se que deve ser construído um aterro com capacidade para absorver 600.000 t/ano de resíduos sólidos e os investimentos para a construção destes espaços deverão ocorrer em um horizonte mínimo de projeto de 20 anos. Para a implantação deste aterro já está em andamento à análise de uma área próxima à cidade de Samambaia (TC/BR e GDF, 2008c).

Sistema de Energia Elétrica

A Área de Influência Indireta (AII) para a análise do sistema de distribuição de energia elétrica abrange todo o Distrito Federal, porque a sua operação é integrada e para a Área de Influência Direta (AID) foi definido o perímetro proposto de ocupação urbana e áreas limítrofes. Com base na delimitação das áreas de influência do EIA-RIMA, buscou-se obter informações a partir de:

• Visitas em campo – com o objetivo de caracterizar a área de estudo e entorno, avaliando os cenários futuros de ocupação; • Reunião com os técnicos da Companhia Energética de Brasília (CEB) com a finalidade de dispor de informações e discutir alternativas tecnológicas para a área de estudo;

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 493

• Envio de Cartas-Consulta a CEB – com intuito de oficializar o posicionamento desta autarquia sobre os questionamentos gerados; • Reuniões com os técnicos do presente Estudo Ambiental – com intuito de desenvolver o projeto de forma integrada, buscando mitigar os impactos ambientais negativos; • Pesquisa bibliográfica – com objetivo de reunir informações técnicas na área que abrange a poligonal de estudo e os sistemas de operação nas regiões contiguas; Para a realização do componente de Energia Elétrica que faz parte do diagnóstico de infraestrutura do presente EIA/RIMA, faz-se, inicialmente, uma análise dos subsistemas de suprimento e sub distribuição do Distrito Federal, bem como uma caracterização da estrutura física atual na área de estudo que compreende os Setores Habitacionais Arniqueira - SHAr, Bernardo Sayão - SHBS, as ocupações irregulares nas áreas intersticiais/remanescentes e de parcelamento futuro do projeto de urbanismo do Setor de Mansões Park Way – SMPW Trecho 03, localizadas nas regiões administrativas de Taguatinga (RA III), Guará (RA X) e Núcleo Bandeirante (RA VIII). A concessão para a distribuição de energia elétrica que abrange todo o Distrito Federal é de responsabilidade da CEB, com área de atendimento de 5.822,1 km2, estruturada em 28 regiões administrativas, ao longo das quais estão instaladas as linhas, subestações e redes da empresa. O sistema da Eletrobrás Furnas, principal fornecedora de energia elétrica do Distrito Federal, conta com um complexo de 12 usinas hidrelétricas e 2 termoelétricas, com potência nominal instalada de 10.050 MW. O atual sistema da CEB é abastecido pelas instalações de Furnas Centrais Elétricas por meio de 3 subestações: Brasília Sul (345/138 kV), Brasília Geral (230/34,5 kV) e Samambaia (500/345/138 kV), com potências instaladas de 900 MVA, 180 MVA e 450 MVA, respectivamente. Esta potência instalada corresponde a aproximadamente 15% do total produzido pela Eletrobrás Furnas. A CELG também abastece as subestações de Samambaia, UHE Rio Vermelho e Brasília Sul, UHE Marajoara. O sistema da CEB que opera em 138 kV é abastecido pelas subestações Brasília Sul e Samambaia, alimentando as subestações da CEB de Águas Claras, Brasília Centro, Brasília Norte, Sudoeste, Ceilândia Norte, Ceilândia Sul, Contagem, Monjolo, Santa Maria, Sobradinho Transmissão e Taguatinga. O sistema de subtransmissão em 69 kV é atendido pelas subestações Ceilândia Sul e Sobradinho Transmissão, enquanto que o sistema em 34,5 kV está polarizado em torno das subestações de Brasília Norte e Taguatinga, da CEB, e também da subestação Brasília Geral, de Furnas. A subestação Brasília Norte tem como área de abrangência a Região Central do Plano Piloto, Asa Norte, Lago Norte, Lago Sul, região do Cruzeiro (Cruzeiro, SAI e Sudoeste) e juntamente comas subestações Sobradinho Transmissão e Contagem atendem à Região Leste do DF (Fábricas de Cimento, Sobradinho, Planaltina e PADF). Além das subestações de FURNAS, destacam-se ainda as conexões do sistema CEB pela Usina Hidrelétrica do Paranoá (30MW) e pela Usina Hidrelétrica Corumbá IV (127MW) e, ainda, eventualmente pela Usina Térmica de Brasília com (10MW) de potência instalada, as quais estão diretamente conectadas ao sistema de distribuição da CEB. Para interligação das

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 494

subestações, entre si e ao sistema supridor, dispõe-se de linhas de subtransmissão nas tensões de 138 kV, 69 kV e 34,5 kV, com extensão total de 815km. O Sistema de Subtransmissão da CEB possui, atualmente,31 subestações de distribuição, sendo 12atendidas em 138 kV, 3 atendidas em 69 kV e 15 em 34,5 kV. A capacidade dos transformadores de potência destas subestações é de 1.691 MVA, incluindo transformadores elevadores da Subestação da Usina Hidrelétrica (UHE) Paranoá. O sistema completo possui um total de 15.420km de extensão de circuitos alimentadores, sendo 8.521km na tensão de 13,8 kV, e 6.899km nos circuitos de baixa tensão. Na Figura 626 visualiza-se o Diagrama Geoelétrico de 2009 da área de influência do estudo com a localização das linhas e subestações de distribuição. Tendo em vista a necessidade de complementar as informações do sistema elétrico na poligonal, foi elaborado o mapa de cadastro (vide Mapa 44, Anexo 1) a partir dos arquivos” shp” (ArcGIS), enviados pela CEB.

Figura 626: Diagrama Geoelétrico da área de estudo e entorno (CEB, 2009, ADAPTADO).

Conforme pode ser verificado no mapa geoelétrico, dentro da área de estudo passam 3 linhas de transmissão. Duas linhas em circuito simples aéreo em tensão de 230 kV, uma linha é alimentada pela Subestação Bandeirantes de Furnas e alimenta a Subestação Brasília Geral. A segunda linha é alimentada pela Estação Brasília Sul e também alimenta a Subestação Brasília Geral. A terceira linha de transmissão possui 2 circuitos duplos aéreos de 138 kV. Esta linha de transmissão alimenta a Subestação de Águas Claras e irá alimentar a futura Subestação do Park Way e do Guará II. Conforme informações da CEB, a poligonal de projeto é atendida pelas subestações (SE) Núcleo Bandeirante (NB) com capacidade instalada de 37,5 MVA suprida por linha de distribuição em 69 kV a partir da Subestação Ceilândia Sul. A SE Águas Claras (AC) possui capacidade instalada de 64 MVA suprida por linha de 138 kV a partir da Subestação Samambaia (Furnas). A SE Guará (GR) possui capacidade instalada de 50 MVA e é suprida por

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 495

linha de 34,5 kV da SE Brasília Geral (Furnas). A partir destas subestações a poligonal é atendida por alimentadores de distribuição de 13,8 kV e por redes de baixa tensão em 380- 220V. As SE citadas estão esgotadas, pois já atingiram sua capacidade máxima de demandas e não podem atender à previsão de aumento populacional previsto na poligonal. A CEB prevê para 2012 a ampliação da SE-AC, com a instalação de mais um transformador com 32 MVA de capacidade e a construção da SE em Riacho Fundo, com capacidade instalada de 64 MVA, obras que contribuirão no atendimento do aumento de capacidade dentro da poligonal em questão. Também há previsão para 2017 a construção da Subestação Park Way, conforme indica o diagrama geoelétrico de 2009 e consultas à concessionária. Esta subestação seria suficiente para abastecer a área do estudo. Em resposta à Carta-Consulta nº 038/2011, a CEB respondeu as informações solicitadas por meio da Carta nº 044/2011-SPP, relativo ao sistema de energia elétrica existente na área de estudo. De acordo com os cálculos da CEB o projeto demandaria uma potência mínima instalada de 12 MVA atualmente e 18,5 MVA em 2030. A partir das informações fornecidas identificou-se que na área de estudo há distribuição de energia elétrica para as residências, parcelamentos, comércios e pequenas indústrias existentes. A CEB é responsável pela iluminação pública e faz o fornecimento de energia até as entradas dos condomínios, sendo os moradores os responsáveis pelas redes internas aos condomínios. Com os dados de cadastro enviado pela CEB que se encontram no Mapa 44 do Anexo 1, foi feito o levantamento das infraestruturas existentes do sistema elétrico dentro da poligonal de projeto. Dentre elas, torna-se importante destacar as interferências abaixo: A subestação NÚCLEO BANDEIRANTE (CEB) - 69/13,8 kV-Via DF-075-Lt. A - Núcleo Bandeirante (Fundos HJKO - IAPI), acesso no início da Estrada Parque, alimentada a partir da Subestação SAMAMBAIA (Furnas). (Figura 627).

Figura 627: Subestação Núcleo Bandeirante (CEB) – 69 kV/13,8 kV. Coordenada UTM X = 182891.0382 / Y = 8244102.4156.

A subestação Águas Claras (CEB) –138kV/13,8kV - Avenida Sibipiruna nº 23, Águas Claras - Taguatinga – DF, alimentada a partir da SE Brasília Sul (Furnas). (Figura 628).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 496

Figura 628: Subestação Águas Claras (CEB) - 138/13,8 kV. Coordenada UTMX = 174989.8748 / Y = 8245527.2079.

Uma linha de transmissão aérea à esquerda energizada a partir da SE Bandeirantes (Furnas) em 230 kV, conectada à subestação Brasília Geral (Furnas), no meio vê-se a linha de transmissão em 230 kV que interliga a Subestação Brasília Sul (Furnas) à subestação Brasília Geral (Furnas), sendo que parte deste trecho atravessa a poligonal de estudo. À direita (Figura 629) observa-se 4 linhas aéreas, energizadas a partir da SE Brasília Sul (Furnas) em 138kV, conectadas à Subestação Brasília Geral (Furnas).

Figura 629: Linhas de Transmissão – 138 kV.

Nas proximidades da área de estudo, em trecho paralelo à EPTG, encontra-se também uma linha de transmissão aérea, energizada a partir da SE Brasília Central (Furnas) com 34,5 kV, conectadas às subestações Guará e Taguatinga (CEB). Segundo o mapa geoelétrico da CEB o trecho entre as Subestações Guará e Taguatinga será desativado. Outros trechos identificados no cadastro de interferências para o projeto, e conforme levantamentos de campo, que devem ser destacados são: a presença de redes secundárias de iluminação pública que iluminam parte da rodovia DF-079. Esta rede é subterrânea e está localizada no canteiro central, como pode

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 497

ser visto na Figura 630 e Figura 631, também, ao lado da linha férrea no Setor de Mansões Park Way (Figura 632). Tais interferências podem ser visualizadas no Mapa 44 – Anexo I – Volume V.

Figura 630: Rede secundária de iluminação pública subterrânea na Rodovia DF-079. Coordenada UTM X = 177584.5549 / Y = 8248059.2940.

Figura 631: Rede secundária de iluminação pública subterrânea na Rodovia DF-079. Coordenada UTM X = 177496.5142 / Y = 8248237.7451.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 498

Figura 632: Rede secundária de iluminação pública junto à linha férrea no SMPW. Coordenada UTM X = 180657.9505 / Y = 8244284.0648.

A Figura 633 e Figura 634 mostram as condições atuais das redes secundárias de baixa tensão no interior dos condomínios, presentes na área de estudo, caracterizadas por boas condições de operação nestes locais.

Figura 633: Rede secundária no interior dos condomínios. Coordenada UTM X = 175601.4433 / Y = 8245048.0750.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 499

Figura 634: Rede secundária no interior dos condomínios. Coordenada UTM 175692.4556 /Y = 8245334.7547.

Na Figura 635 verifica-se a rede secundária de baixa tensão, localizada no eixo da via, será de grande importância nos projetos de drenagem pluvial, levando em consideração que a localização da mesma restringe a passagem da galeria no eixo da rua e as prováveis ligações das bocas-de-lobo com os poços de visita, caso seja adotado caimento duplo.

Figura 635: Rede secundária no interior dos condomínios. Coordenada UTM X = 176164.7817 / Y = 8245748.0606.

Nota-se que o abastecimento elétrico da área de estudo já está praticamente atendido pela CEB e a expansão da demanda será suprida em 2012 com a implantação das subestações que estão sendo ampliadas ou construídas. Desta forma, deverão ser notificadas as alterações na urbanização local da CEB, para atender à nova realidade e poder planejar as ações para o atendimento da região do estudo.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 500

5.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL DO SETOR HABITACIONAL ARNIQUEIRA

No Setor Habitacional Arniqueira, as áreas de risco e com restrições ambientais são as mais preocupantes, quando comparado aos outros setores em estudo. Isto se deve às fragilidades ambientais averiguadas durante o diagnóstico ambiental, as quais requerem dos órgãos governamentais atenção especial, principalmente nos aspectos que dizem respeito aos fatores geotécnicos e pedológicos que restringem as ocupações residenciais nestas áreas. O diagnóstico ambiental permitiu a compreensão dos reais problemas do Setor Habitacional Arniqueira, contribuindo para que o projeto de regularização se realize em bases pragmáticas conferindo consistência ao planejamento urbanístico e oferecendo um apoio realístico para a concepção da infraestrutura que o setor carece. As áreas de preservação permanente (APP’s) identificadas no referido setor habitacional apresentam alto grau de antropização, demonstrando que o processo de uso e ocupação do solo foi realizado de maneira desequilibrada e, atualmente, necessita de regularização e controle da qualidade ambiental. Com o intuito de fornecer suporte à tomada de decisão aos órgãos competentes, foi realizado um cadastramento ambiental, apresentado no Volume I - Parte A deste EIA, de onde decorreu a identificação e caracterização das nascentes e cursos d´água, avaliando o seu enquadramento e o grau de conservação. Somado a isso, verificou-se as áreas contidas em topografia acentuada, onde se sugere a remoção de residências e a fiscalização como forma de evitar a construção de novas residências, tendo em vista que se trata de áreas de risco. Outra questão levantada referiu-se à necessidade de implantação de infraestrutura urbana neste setor para o melhoramento da qualidade socioambiental, frente ao descarte de efluentes e resíduos sólidos esteja perfeitamente sob controle. Como a ocupação humana na área ocorreu de maneira irregular, este tipo de serviço não foi concedido pelos órgãos públicos e os moradores locais tornaram-se os principais responsáveis pela implantação e manutenção da infraestrutura. O levantamento da infraestrutura revelou que a região não conta com serviços de saneamento básico e tratamento de esgoto, mas existe abastecimento de água que é realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – CAESB. Foi detectada, ainda, a ausência de equipamentos públicos essenciais, tais como: Creches, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro Comunitário e Centro de Lazer. Isto revela a necessidade de políticas públicas de saúde e infraestrutura que atendam essa população. No aspecto socioeconômico, verificou-se que no SHAr os moradores dependem economicamente de outras Regiões Administrativas (RAs) do Distrito Federal, em virtude de não existir, ainda, estabelecimentos em número suficiente que garanta a oferta de serviços ou posto de trabalho para a população local. Desta forma, o deslocamento dos moradores até Águas Claras, Guará ou Taguatinga, torna-se uma rotina na busca de bens de consumo e serviços, cuja precariedade do transporte público urbano que serve o setor, tanto em qualidade dos veículos disponibilizados como na quantidade de horários, torna a realidade dos moradores de Arniqueira ainda mais embaraçosa.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 501

Apesar das adversidades e situação irregular da edificação, constatou-se que os moradores estão satisfeitos com suas moradias, tendo em vista o não pagamento de aluguel, a posição geográfica, a boa vizinhança e a segurança, que são considerados fatores da estabilidade familiar. Sobre a renda destas famílias, registrou-se que as mais elevadas acompanham os índices educacionais mais altos, e vice-versa. O Diagnóstico Ambiental forneceu uma série de dados que são importantes para compreensão dos problemas socioambientais, em diferentes escalas, existentes no Setor Habitacional Arniqueira. Para o projeto de regularização, com desdobramentos urbanísticos e de infraestrutura, levaram-se em consideração duas variáveis que são altamente significativas e restritivas no que se refere à ocupação humana na área em estudo: as áreas de preservação permanente (APP’s) e áreas de risco de inundação. As Áreas de Preservação Permanente (APP’s) foram definidas pelo Novo Código Florestal (Brasil, 2012) como mecanismos de proteção e conservação dos recursos naturais. As APP’s foram criadas para proteger o ambiente natural, o que significa que são locais de uso restrito devendo estar cobertas com a vegetação original que irá atenuar os efeitos erosivos e a lixiviação dos solos, contribuindo também para regularização do fluxo hídrico, redução do assoreamento dos cursos d’água e reservatórios, revertendo em benefícios para a fauna. As Áreas de Preservação Permanente não servem apenas à conservação da biodiversidade, através da manutenção da vegetação. Elas possuem uma função muito mais abrangente direcionada à preservação dos recursos hídricos, à paisagem, à estabilidade geológica, à biodiversidade, ao fluxo gênico de fauna e flora, à proteção do solo e, principalmente, para assegurar o bem-estar das populações humanas. A intervenção em APPs só é permitida em casos excepcionais de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, como determina a Resolução CONAMA Nº 369 de 28 de março de 2006. Por isso, apesar de não estar previsto intervenções nas APP’s, esta só poderá ser autorizada, quando for o caso, pelo órgão ambiental competente mediante a aprovação do projeto técnico. O Diagnóstico Ambiental detectou que no Setor Habitacional Arniqueira as APP’s de curso d´água, vereda e nascente estão altamente antropizadas, registrando-se alguns casos em que a recomposição natural poderá ser irreversível. Contudo, para o melhor tratamento do problema, foi realizada uma investigação sobre o grau de preservação ambiental destas APP’s e as interferências com a APA do Planalto Central e Unidades e Conservação de Uso Sustentável do Governo Federal. O SHAr possui 1.294,86 hectares de área territorial, sendo que desse total 233,89 hectares ou 18,06% são de área de preservação permanente. A APP nascente ocupa 30,7 hectares, correspondendo a maioria das nascentes mapeadas nos setores em estudo, a APP curso d´água possui 176,75 hectares de faixa de preservação, sobretudo, ao longo dos Rios Vereda da Cruzes, Arniqueira, Vereda Grande, Veredão e Vicente Pires, a APP vereda ocupa 54,44 hectares (Gráfico 91). No que tange à APA do Planalto Central, verifica-se que existem 694,72 hectares desta UC inseridos no SHAr, o que equivale a 58,43%, dos quais 165,66 hectares são de APP’s. Sobre o

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 502

estado de conservação destas APP’s, a análise ambiental demonstrou que, dentro da APA do Planalto Central são registrados 89,71 hectares de cobertura vegetal arbóreo-arbustiva.

Áreas de APP no SHAr

13% 19% Total geral de APP nascente Total geral de APP Curso d'água 68% Total geral de APP vereda

Gráfico 91: Áreas das APP’s no SHAr

Com o intuito identificar quais as APP’s que possuem passivo ambiental, tomaram-se como referência as áreas que apresentavam ausência de vegetação. Com isso, foi possível observar que no Setor Habitacional Arniqueira127,34 ha de APP estão sem cobertura vegetal, sendo a APP de nascente a que possui o maior grau de interferência antrópica com 1,57 hectares, de área não vegetada com estrato arbóreo arbustivo o que corresponde a 100% da área total desta APP. Sobre os lotes que estão dentro das Áreas de Preservação Permanente, as métricas utilizadas seguirão o disposto no Artigo 4º da Lei nº 12.651/2012 para as APP’s de Nascente (50 metros), Vereda (50 metros) e Curso d´água (30 metros para áreas fora de ARINE) e no Artigo 65da referida Lei para os Cursos d´água inseridos em ARINE (15 metros). Cabe destacar que, em função da ocupação não respeitar um padrão de urbanização, os cursos d´água que se enquadravam no Artigo 65 tiveram o buffer de 30 metros das APP’s desenhadas com base no aerolevantamento de 2010, até alcançar o limite de 15m. Com isso, o desenho final da APP de curso d´água ficou recortada, já que os lotes foram tratados caso a caso, com vistas à redução do impacto socioambiental na região. Assim, as linhas de APP’s de curso d’água em local com ocupação consolidada deverá ser de 15 metros, tendo como referência o levantamento aerofotogramétrico da poligonal de estudo, realizado em 2009.As ocupações dentro da APP de curso d’água no limite de 15 metros, conforme estabelecido na norma, deverão ser removidas e a área recuperada. Nas áreas de risco e nas áreas com declividade de 30% ou maior, deverão ser mantidas as APP’s de curso d’água de 30 metros. Como o objeto de regularização deste estudo ambiental é o lote, as áreas em que a ocupação está consolidada e o limite do lote é, atualmente, a margem do córrego, recomenda-se a regularização do lote, mantendo desocupado, no mínimo, os 15 metros da APP de curso d’água. Porém, em casos em que parte do lote sem edificação estiver dentro da APP de 30

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 503

metros do curso d’água e fora da APP de 15 metros, essa porção deverá ser classificada como área não edificante e deverá constar do Memorial Descritivo do Projeto de Urbanismo (MDE - URB).Caso o lote esteja a menos de 15 metros de distância do curso d’água, atendidas as condições urbanísticas, deve-se regularizar a porção que está fora dos 15 metros e informar-se em uma tabela a necessidade de desconstituição do mesmo, cuja informação também deverá constar no MDE. Conforme estabelece o Artigo 65 do Novo Código Florestal (inciso VII da Lei nº12.651/2012), poderão ser determinadas áreas de proteção maiores que a APP de 30 metros, em locais onde a ocupação humana ainda não foi consolidada, as quais deverão ser intituladas de áreas a serem resguardadas. A adoção de tal ação torna-se positiva tanto do ponto de vista social, pois os moradores locais teriam um adensamento da área verde (praças, parques, etc.), como do ponto de vista ambiental, conforme ilustra a Figura 636.

Figura 636: Áreas destinadas ao Parque no Setor Habitacional Arniqueira.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 504

Adverte-se, ainda, para a não regularização fundiária das áreas mapeadas como de risco de inundação e o não parcelamento nos locais com declividade igual ou superior a 30%, conforme lei nº6.766/1979. Contudo, em vários locais do SHAr, constatou-se a intervenção na topografia do terreno para fins de adequação da ocupação humana, das quais decorreram declividades igual ou superior a30%. Para estes casos, conforme destacado na parte A deste diagnóstico ambiental, recomenda-se a adoção de obras de engenharia para maior estabilidade dos cortes nos taludes. Com base nas constatações feitas e considerando arcabouço geomorfológico da região onde está inserido o Setor Habitacional de Arniqueira, pode-se afirmar que existem características distintas dos demais setores habitacionais (Park Way e Bernardo Sayão), as quais devem ser consideradas quando da execução dos programas ambientais propostos. As metodologias de controle e mitigação dos impactos que estão explicitadas nos programas ambientais devem necessariamente focar no controle da erosão e na estabilização dos terrenos localizados nas cristas e encostas das vertentes, predominantes nesse Setor. Ressalte-se que o SHAr situa-se topograficamente nas cotas mais elevadas da região, condição que associada às características geomorfológicas já descritas requerem a adoção de intensas medidas de recuperação, controle e monitoramento visando a preservação das nascentes e garantindo a qualidade da água nos mananciais mais próximos. Além disso, deve impedir a ocupação indevida nos locais de alto risco (alta declividade), garantindo a segurança da população e a diminuição do carreamento de materiais para as áreas mais baixas.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 505

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

O cronograma foi elaborado partindo do princípio que as obras serão iniciadas quando do início do processo de regularização, uma vez que a implantação da Subestação de Energia Elétrica de Riacho Fundo e a ampliação da Subestação de Águas Claras ocorrerão neste período. Para a execução de drenagem e pavimentação foram consideradas 5equipes de trabalho simultâneas. A previsão de instalação de equipamentos públicos pode variar, uma vez que a sua implantação depende da demanda futura (ex.: água, luz, estações elevatórias, entre outras).

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 506

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DAS OBRAS Quantidade trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres trimestres 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Pavimentação 3,179,800.00m2

Drenagem Pluvial 128,933.00m

Abastecimento de Água - FALTA HUGO COMPLETAR

Sistema de Abastecimento de Água Bananal Segundo a Caesb, este sistema entra em operação até o final de 2012.

Sistema de Abastecimento de Água Lago Paranoá Segundo a Caesb, estes sistemas têm a primeira fase concluídas até o final de 2013 Sistema de Abastecimento de Água Corumbá

Sistema de Esgotamento Sanitário - FALTA HUGO COMPLETAR

Sistema de Esgotamento Melchior

1.ª etapa - Estação Elevatória de Esgoto do Parque Águas Claras

2.ª etapa - Estação Elevatória de Esgoto de Águas Claras e Vic. Pires Todas estas estruturas são de responsabilidade da Caesb, que não informou um prazo definido para execuções

3.ª etapa - Várias Estações Elevatórias em Arniqueiras e vizinhanças

Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos

Construção de PEV-Ponto de entrega voluntária 1 unid.

Sistema de Energia Elétrica

Ampliação da Subestação de Águas Claras 1 unid.

Construção subestação Riacho Fundo 1 unid.

Construção subestação Park Way 1 unid.

Centro de orientação sócio-educativa / COSE 1 unid.

CRAS / CRES 1 unid.

Agência do Trabalhador 1 unid.

Módulos Culturais Locais / Centro Comunitário / Centro de Convivência 3 unid.

Módulos Culturais Regionais: Teatro, Biblioteca, Museu, Anfiteatro, etc. 2 unid.

Módulo Esportivo Regional: 3 unid.

Posto Policial (PCS) 4 unid.

Delegacia circunscricional 1 unid.

Companhia do Corpo de Bombeiros 1 unid.

Unidades Básicas de Saúde 5 unid.

Unidades de Pronto Atendimento - UPA 2 unid.

Postos de Apóio às Equipes Médicas do Programa Saúde em Casa 4 unid.

Hospital Regional 1 unid.

Centros de Educação Infantil e Creches 18 unid.

Centros de Ensino Fundamental 12 unid.

Centros de Ensino Médio 3 unid.

Escola de Ensino Profissionalizante 1 unid.

Oficinas de º Emprego 1 unid.

Espaços para Feiras Livres Semanais 4 unid.

Centros de Educação Tecnológica 2 unid.

Agência de Correios 1 unid.

Ponto de soltura / terminal micro-ônibus 1 unid.

Parque Urbano 1 unid.

Parques de Bairro 4 unid.

Praças Públicas + Jardins 7 unid. Parques de Vizinhança 12 unid.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837 Página | 507

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Toda e qualquer obra necessária ao empreendimento deve seguir às especificações técnicas da NOVACAP, relacionadas abaixo: 01 - Normas para execução de Serviços de Arruamento e Pavimentação 02 – Procedimentos utilizados para orçamentos de pavimentação e urbanização 03 - Especificações para fornecimentos, escavação, transporte e compactação de Solos (Esp. 13) 04 - Especificações para preparo e melhoria do Subleito do Pavimento (Esp. 14) 05 - Especificações para reforço do Subleito com Solo Selecionado (Esp. 15) 06 - Especificações para Imprimações Betuminosas (Esp. 06) 07 - Especificações para Camadas de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (Cbuq) - (Esp. 07) 08 - Especificações, Normas e Encargos para Serviços de Implantação de Meios-Fios e Cordão de Concreto (Normas Urb) 09 - Especificações, Normas e Encargos para Serviços de Implantação de Calçadas, Revestimentos de Taludes e Bancos de Concreto (Normas Urb) 10 - Especificações, Normas e Encargos para Serviços de Pavimentação em Blocos de Concreto Articulados E/ Ou Intertravados. (Normas Urb) 11 - Especificações, Normas e Encargos para Serviços de Jardinamento (Normas Urb) 12 - Especificações, Normas e Encargos para Serviços de Pavimentação de Calçadas com Pedra Portuguesa (Normas Urb) 14 - Especificações, Normas e Encargos de Serviços de Galeria em Túnel Pelo Método não Destrutivo. (Normas Urb) 15 - Durabilidade das Galerias e Bueiros Metálicos para Drenagem de Águas Pluviais e Especificações Técnicas de Revestimento de Chapas (Normas Urb) 16 – Especificações Técnicas para Execução de Cercamentos 17 – Especificações Técnicas para Execução de Capa com Asfalto Modificado com Borracha 18 – Especificações Técnicas de Micro Revestimento Betuminoso a Frio (Esp. 320) 19 – Guias e Sarjetas Extrusadas (Esp. 01) 20 – Base de Solo Agregado Fino Laterítico-Ala. (Esp. 02) 21 – Base Estabilizada Granulometricamente de Solo Laterítico - Sla - (Esp. 03) 22 – Base de Solo Laterítico Agregado de Granulometria Descontínua - (Slad) (Esp.04). 23 – Base de Solo Arenoso Fino Laterítico - Safl - (Esp. 05) 24 – Tratamento Superficial Duplo (Tsd) - (Esp. 08) 25 – Tratamento Superficiais Asfálticos (Esp. 09) 26 – Capa Selante

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

27 – Limpeza do Terreno (Esp. 11) 28 – Camada de Rachão (Esp. 12) 29 – Agulhamento do Sub- Leito do Pavimento (Esp. 16) 30– Base Estabilizada Granulometricamente com Utilização de Solos Lateritícos Concrecionados 31 – Lama Asfáltica 32 – Micro Revestimento Betuminoso a Frio (Esp. 320) 33 – Recuperação de Defeitos em Pavimentos Flexíveis 34 – Concreto Asfáltico com Alfalto Polímero (Esp. 385) 35 – Serviços de Implantação de Pavimentos em Concreto, para Tráfego de Veículos 37 – Gabiões

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

5.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABRELPE, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. Abrelpe; Caixa Econômica Federal. São Paulo, 210 p. 2009.

CAESB, COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL. Estudos Hidrológicos/Disponibilidade Hídrica. Brasília/DF. 2003.

______. Sinopse do Sistema de Abastecimento de Água no Distrito Federal. Brasília, 144 p. 2008

______. Carta 110/2011-DE. AMBIENTE, DIRETORIA DE ENGENHARIA E MEIO. Brasília: 21 p. 2011a.

______. A Empresa. 2011b, Disponível em < http://www.caesb.df.gov.br/_conteudo/aEmpresa/aempresa.asp?menuprincipal=1 >; Acesso em: 20/03/2011.

______. Produtos e Serviços - Água e Esgotos no Distrito Federal. 2011c, Disponível em < http://www.caesb.df.gov.br/_conteudo/produtosServicos/produtosServicos.asp >; Acesso em: 20/03/2011.

CEB, COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA. Mapa Geoelétrico do Distrito Federal. Brasília: CEB 2009.

CHAMPS, JOSÉ ROBERTO. Manejo de águas pluviais urbanas: o Desafio da integração e da sustentabilidade. In: CORDEIRO, BERENICE DE SOUZA (Ed.). Conceitos, características e interfaces dos serviços públicos de saneamento básico. Brasília: Ministério das Cidades, v.2, 2009. p.193.

CHRISTOFIDIS, DEMETRIOS. Comparação dos paradigmas de drenagem urbana. Brasília 2005.

CHRISTOFIDIS, HUGO DO VALE. Drenagem Urbana Sustentável: Análise do uso do Retrofit. Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2010. 163 p.

CORREIO BRAZILIENSE. Levantamento mostra que 5% do Paranoá está Assoreado. Correio Braziliense. Brasília: Diários Associados 2010.

CUNGE, J. A.; HOLLY, F., et al.Practical aspects of computacional river hydraulics ed.: [Pitman], 1980.

DNIT, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Manual de hidrologia básica para estruturas de drenagem 2ª Edição. ed. [Rio de Janeiro], 2005. 133 p.

HEC, HYDROLOGIC ENGINEERING CENTER. HEC-HMS, Hydrologic Modeling System 3.5 user's manual ed. [Davis, CA]: [U.S. Army Corps of Engineers], 2010a. 316 p.

______. HEC-RAS River Analysis System 4.1 user's manual ed. [Davis, CA]: [U.S. Army Corps of Engineers], 2010b. 766 p.

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. IBGE. Rio de Janeiro: IBGE. 1: 219 p. 2008.

KIRPICH, PHILLIP ZALMAN. Time of concentration for small sgricultural watersheds. Civil Engineering, v.V. 10, n.n 6, 362 p. Página Inicial: 1940.

NETO, J. R. A; PALÁCIO, H. A. Q.; DE ANDRADE, E. M.; DOS SANTOS, J. C. N.; PINHEIRO, E. A. R. Otimização do Número de Curva (CN-SCS) Para Diferentes Manejos na Região Semiárida, Ceará, Brasil. Irriga, Botucatu, Edição Especial, p. 264 - 279, 2012

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

PFAFSTETTER, OTTO. Chuvas Intensas no Brasil: relação entre precipitação, duração e frequencia em 98 postos pluviográficos. DNOS, Departamento Nacional de Obras de Saneamento. Rio de Janeiro, 426 p. 1982.

PINHO, CRISTIANO MAGALHÃES DE. Carta nº 235/2009 - DE/CAESB. CAESB, DIRETORIA TÉCNICA DE FSCALIZAÇÃO DA. Brasília 2009.

SCS, SOIL CONSERVATION SERVICE. Urban hydrology for small watersheds. U.S. Department of Agriculture. Washington, 26 p. 1975.

TC/BR e GDF, GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Avaliação do Aterro do Jóquei. GDF. Brasília, 39 p. 2008a.

______. Diagnóstico do Sistema de Limpeza Urbana do Distrito Federal. GDF. Brasília, 203 p. 2008b.

______. Plano Diretor. GDF. Brasília, 172 p. 2008c.

TUCCI, CARLOS EDUARDO MORELLI. Drenagem Urbana. Ciência e Cultura. 55: 36-37 p. 2003. Disponível em , Acesso em: 10-04-2008.

______. Gestão de águas pluviais urbanas ed. [Brasília]: [Unesco - World Bank - GWA - Ministério das Cidades], 2005a. 273 p.

______. Modelos Hidrológicos ed. [Porto Alegre]: [Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS], 2005b.

______. Águas urbanas. Estudos Avançados. São Paulo. 22: 97-112 p. 2008. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142008000200007&nrm=iso >, Acesso em: 11/11/2008.

TUCCI, CARLOS EDUARDO MORELLI e ORSINI, LUIS FERNANDO. Águas urbanas no Brasil: cenário atual e desenvolvimento sustentável. In: CIDADES, MINISTÉRIO DAS (Ed.). Gestão dos territórios e manejo integrado das águas urbanas. Brasília: Ministério das Cidades, 2005. p.243-268.

ADASA. Estação de Tratamento Melchior. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2016.

AMPLA. Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário - Parte 1. Disponível em:. Acesso em: 30 set. 2016.

CAESB, GDF. Sistemas de Abastecimento. Disponível em: . Acesso em: 29 set. 2016.

CAESB, GDF. Sistemas de Esgotamento. Disponível em: . Acesso em: 29 set. 2016.

CESAN. Tratamento de Esgoto. 2013. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2016.

MARTINS, T. Sistemas de Abastecimento de Água para Consumo Humano. 2014. Disponível em:

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

de%20A%CC%81gua%20para%20Consumo%20Humano_versa%CC%83o%20final.pdf>. Acesso em: 30 set. 2016.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 2.914, de 12 de Dezembro de 2011. Disponível em: . Acesso em: 28 set. 2016.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. RESOLUÇÃO Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005. 2005. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2016.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. RESOLUÇÃO Nº 430, DE 13 DE MAIO DE 2011. 2011. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2016.

RECESA. Esgotamento Sanitário. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2016.

SAAE. Sistemas de Tratamento de Esgoto. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2016.

SILVA; GUIMARÃES. Saneamento Básico: Abastecimento de Água. 2007. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2016.

SILVA; GUIMARÃES. Saneamento Básico: Captação. 2007. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2016.

VON SPERLING, Marcos. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos. 2ª. ed. Minas Gerais: UFMG, 1998. 243 pg.

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837

SIA Trecho 8 – Lotes nº51/60 - Brasília/DF CEP: 71.205-080. www.topocart.com.br Tel + 55 61 3799 5000 Fax +55 61 3226 9837