A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução The amazon cooperation treaty organization: a critical analysis of the reasons behind its creation and development

Paulo Henrique Faria Nunes doi: 10.5102/rdi.v13i2.4037 A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução*

The amazon cooperation treaty organization: a critical analysis of the reasons behind its creation and development

Paulo Henrique Faria Nunes**

Resumo

O Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), adotado em 1978, reúne oito dos doze Estados sul-americanos: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Em 2002, após um período letárgico, os países-membros resolveram relançar o projeto e criaram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Não obstante, a criação de uma entidade intergovernamental e uma secretaria permanente não foi capaz de conferir à diplomacia pan-amazônica o dinamismo necessário. Este trabalho visa analisar os motivos que levaram à assinatura do TCA e as ra- zões que estimulam e arrefecem as ações da OTCA. Embora a literatura sobre o sistema de cooperação amazônico seja muito limitada, o autor in- vestigou documentos oficiais, livros e artigos relacionados ao assunto. A pesquisa conduz à conclusão que a OTCA atravessa longos períodos de inércia e é, brevemente, reanimada quando os países-membros desejam re- futar argumentos relativos à internacionalização da Amazônia ou apresentar posição conjunta nas negociações globais sobre o meio ambiente. Além dis- so, o excesso de projetos de cooperação e integração sul-americanos relega à OTCA um papel secundário na política externa dos Estados-membros. Palavras-chave: Amazônia. Cooperação. Organização do Tratado de Coo- peração Amazônica. Política externa. Soberania.

Abstract

The Amazon Cooperation Treaty (ACT), adopted in 1978, comprehends eight amongst the twelve South American states: , Bolivia, Colombia, * Recebido em 21/04/2016 Ecuador, Guyana, Peru, Suriname and Venezuela. In 2002, after a lethargic Aprovado em 12/06/2016 period, member countries relaunched the project and created the Amazon ** Doutor em Ciências Políticas e Sociais Cooperation Treaty Organization (ACTO). Nevertheless, the creation of an (Université de Liège – Bélgica), mestre em Geo- intergovernmental entity and a permanent secretariat was not able to warm grafia (Universidade Federal de Goiás – UFG). Advogado, professor e pesquisador da Escola up the Pan-Amazonian diplomacy. This article analysis the purposes behind de Direito e Relações Internacionais da Pontifí- the signature of the ACT and the reasons that stimulate and discourage the cia Universidade Católica de Goiás e da Univer- ACTO actions. Although the literature regarding the Amazon cooperation sidade Salgado de Oliveira. E-mail: phfnunes@ system is very scarce, the author investigated official documents, books and gmail.com. atores favorecem e/ou dificultam a discussão conjunta discussão a dificultam e/ou favorecem atores sul-americana? Quaiselementos e integração da nário maior proeminência. nicas ganhassem pan-amazô relações as que para suficiente foi não isso (OTCA). Amazônica No entanto,tado de Cooperação doTradotada de personalidade jurídica: a Organização em uma nova etapa, a criaçãode uma associaçãoformal da região. secundário, estratégica incompatível com aimportância um papel àcooperaçãoamazônica signatários relegam Entretanto,tam a Amazônia. percebe-se que os países cor Caribe, ao Pacífico e Oceano ao acesso de redores de interconexão física entre os países, inclusive os cor nica oupicosdivisores de águas. Osmaioresprojetos pontos aslinhasdemarcatóriassãoriosdabaciaamazô de seus vizinhos estão no domíniodaHileia,em vários 1978. As áreas fronteiriçasentre o Brasile a maiorparte oito dosdozeEstados sul-americanos lebrado por em vizinhos paraodesenvolvimento e regional. interno com os dodiálogo do reconhecimento daimportância munidade Andina de Nações e a UNASUL são símbolos chancelarias dosubcontinente. OMERCOSUL, aCo continentais têm uma posição privilegiada das na agenda merciais extracontinentais sejam vitais, as questões intra tomados revela que, embora asrelações políticas e co expressivo de projetos e iniciativas instituídos e/ou re notável de institucionalização.çaram umgrau Onúmero 1. I Organization. Cooperation. Foreign policy. Sovereignty. Keywords: thememberstates. of policy agenda projects, ACTO role inthe foreign plays a secondary SouthAmericancooperationandintegration excess of the negotiations.mental global Moreover, asresult of joint positioninthe hold environ or the Amazonia of the internationalization to refute arguments concerning reanimated whenmemberstates desire it isshortly and the research is that ACTO isusually in standby mode of about the subject. In brief, the main conclusion articles Pergunta-se:ce no papel daAmazônia qual oreal Em 1998, os signatários doTCAresolveram investir O Tratado(TCA) foi ce Amazônica de Cooperação Nas últimas décadas, asrelações sul-americanas alcan ntr odução Amazonia. Amazon Cooperation TreatyCooperation Amazon Amazonia. ------vros sobreotema. Chama-se a literatura a atenção para eli discursos,e documentos relatórios oficiais), artigos teprojeto, legislação dos países-membros da OTCA, de estudo. por último, apresenta-se uma análise crítica do objeto a evoluçãopara e institucional da OTCA.E, normativa peração amazônica.Posteriormente, o foco é dirigido seguida, apresentam-se os objetivosda coo e princípios diatos” (anos 1960 e 1970) à assinaturadoTCA.Em cooperação amazônica,a e osverdadeirosas razões motivos que fundamentam a o papeldaOTCAnocenárioregionaleglobal? Qual de calmaria? períodos pentinas eentraemlongos plomacia pan-amazônicaapresenta algumas ondas re e dos problemas questões a ela inerentes? Por que a di em nossapolítica continental.RiodeJaneiro: Paz eTerra, 1974. ização, do mundo e suas implicações barragem no Brasil,damaior PEREIRA, OsnyDuarte. plomacia e direito naBaciadoPrata.SãoPaulo: Acadêmica, 1991; 1 oreceio de um possíveldespertou isolamentoregional país possuía fronteiras vivas e maisvínculo comercial atritos do subcontinente com aporção com a qual o de Itaipu dabarragem raguai sobreaconstrução estabelecidas com o Pa das negociações em virtude estavam pois asrelações com a Argentina estremecidas se aproximarnos anos1970, dos vizinhos amazônicos relevância global. noâmbitoregionale de fatos de países negociadores requer a análisede uma rede complexa de interesses dos A compreensãodas razões que levaramà sua assinatura lômbia, Equador, Venezuela Guiana,Peru, e Suriname. região –Brasil,Bolívia,Co da Estados independentes adotado,de 1978, 3 dejulho pelos oito aos emBrasília, antecedentes 2. O elaboração epublicaçãodesteartigo. limitada sobre oobjeto de estudo, fato que motiva a CAUBET,G. Christian O autorpesquisou(TCAeseu an fontes primárias Investigam-se, inicialmente, os “antecedentes ime investigar convém questionamentos, esses a Frente Ressalta-se, inicialmente, quenecessitava Brasília O Tratado(TCA) foi Amazônica de Cooperação T ra t ado

imedia de C Itaipu oopera As grandes manobras de Itaipu As grandes manobras tos : prós e contras: ensaiosobrealocal : prós ratio amazonensis ção A m a . zônic : energia, di a 1 : . Os ------

222 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 Cooperation Treaty. Uppsala: UppsalaUniversity, 1998. kael. that the Venezuelan had counted on.” government ROMÁN, Mi UnitedStates was to SouthAmerica.The notapowerfuljourney ally wardsannounced the hewould visit proved, however, after shortly as President Carter to be fruitless Venezuelan regime as highly opportunistic. The military aspirations position with the United States commented and byon the Brazilian afavorable as an attempt to gain was regarded by most observers rights. human statement This its nuclearpoliciesviolation of and Carter’s regime for military condemned the exampleand Brazilian 3 sity, 1998. Treaty.Cooperation theAmazon UniverUppsala Uppsala: case of 2 era convenienteção delicadaenão manter-se distante países amazônicos colocava aVenezuela em uma posi obstante, a boareceptividade pelos da proposta demais dos Países de Petróleo.ganização Exportadores Não condizente não com suacondiçãode membro daOr umpapelsecundário,aos demais negociadores legar leiros e temia do Itamaraty que uma manobra pudesse brasi interesses verdadeiros dos desconfiava também, majoritariamenteditatoriais de governos po democrática e consideravase temeráriojuntar aumgru mente, pois eraopaíssul-americano de tradição maior regional. sobre aviabilidadede países um acordo amazônicos brasileiro consultou os demais ço de 1977, o governo à Pan-Amazônia.concernentes Pouco depois, emmar e Venezuela em 1975 – favoreceu a discussão de temas instituído Equador,Brasil, Bolívia, Colômbia, por Peru Proteção e o Manejo da Flora e da Fauna Amazônicas – de AuxílioàNavegação noRioAmazonas Técnico Destinado a EstudaroEstabelecimento de um Sistema Região Amazônica na Utilização de Estações para Acordo Costeiras e de Navios a Amazônia para Subcomissão MistaBrasileiro-Peruana uma deles relacionados àHileia: tratados, vários e assinaram dez seencontraram alguns Em novembro de 1976, os presidentes Geisel e Bermú Florada a Conservação Fauna eda dos Territórios Amazônicos um e técnico-científica cooperação teiriças, acordosem bilaterais1975, sobrefirmaram zonas fron tos relativos aumprojetode amazônica cooperação amazônica. a voltar-sebrasileira e forçouadiplomacia a região para “President Pérez followed the President same month US Jimmy Mikael. ROMÁN, Brasil e Peru Brasil e começaram Peru os primeirosentendimen A Venezuela não demonstrou entusiasmo inicial a para A criaçãodoComitê Intergovernamental The implementation of international regimes international The implementation of , Acordo para a Constituição de um Grupo Grupo de um Constituição a para Acordo The implementation of international regimes international The implementation of Acordo para a Constituiçãode Acordo para both Caracas and Brasilia on his on Brasilia and Caracas h aeo the Amazon : the case of . Acordo para Acordo 3 . Caracas, : the 2 e, e, ------, . sileiro atomariniciativa pan-amazônica elemento esse que levouprincipal foi o bra governo o da região.temores nos governantes ParaJulio Portillo, de proteção ambientaldespertaram didas internacionais difundidas peloClubedeRomadiscurso deme – eo visões sobre oslimites do crescimento – amplamente meio ambiente. A Conferênciade Estocolmo, as pre com o preocupações manifestadas em tom alarmista amazônico.o diálogo Citam-se,lugar, emprimeiro as do tratado. negociação da emparticipar concordou, formalmente, positivose, àcooperaçãopan-amazônica em novembro, de 1977, o presidente Andrés Pérez Carlos deu sinais mercado brasileiro nãopodiaser desprezado. Em julho de sua zona intercâmbio zuelano ampliar comercial e o Guiana). Além do mais, interessava vene aogoverno e (Colômbia territoriais com osquaistinhaproblemas doispaíses daqual participariam de uma negociação 1842-1982. Caracas: Editorial Arte, 1983. 1842-1982. Caracas: EditorialArte, 4 que colocou opetróleo, sul-americanos ogásecarvão acrise energética mundial – vários países negociadores; pendentes entre mencionam-se: os litígiosterritoriais e à diplomaciaamazônica, biente ao diálogo propício deItaipu. barragem da construção da um possível isolamentoemvirtude com brasileira preocupação a finalmente, e, ambiental; dos problemasamazônicosem sintonia com a proteção documento que resguardasse a exclusividade da gestão um o desejo deapresentaràsociedade internacional na região e afastar ofantasmadainternacionalização; fim degarantir a continuidade dos projetos econômicos eosrecursos naturais,o território sobre de soberania a afirmação de anseio o seguintes: as foram TCA do tura sua identidadenapolíticaregional. afirmar buscaram que membros, seus dos parte maior a para prioritário era oprojetoregional ainda Andino tusiasmo foi omesmo após aassinatura.OPactonão econômicos naAmazônia. a continuidade dos projetos e o interesse em garantir os recursosnaturais sobre tação arespeito da soberania PORTILLO, Julio. Existem certas questões que favoreceramglobais Existem certas Dentre os principais fatos que Dentre favoreceramos principais umam Conclui-se a assina que fundamentais as razões para en TCA, o do sucessonegociação do na Apesar Soma-se à reaçãoaodiscurso ambientalista a inquie Venezuela-Brasil : relaciones diplomáticas: 4 . ------

223 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 Pan-Amazônia 6 2002. : Juruá, Damas da. tion Treaty.University,Uppsala Uppsala: 1998; SILVEIRA, Edson regimes international mentation of Mikael. ROMÁN, 1984; jan./mar. 177-196, p. 81, n. 21, Amazônica. Cooperação RICUPERO,de TratadoUFPA,1982; Rubens. O Belém: tegração. 1979; MATTOS,Meira. Adherbal diferencias. Pactoy el Amazónico Tratadode la Cuenca del Plata: y analogías hadores. SãoPaulo: LTr, 1996; GREÑO VELASCO, José Enrique. de Sousa. FILHO,FRANCO abr./jun.Georgenor 1980; p.83-90, 2, n. racas, Tratado Amazónica. de Cooperación mentais, Cf. FIGUEREDO PLANCHART, Emilio. Comentarios al 5 ção parlamentar, aos 18 de outubro de 1978. Até o final paísaconcluiroprocessode aprovaBrasil –primeiro também possui,espaçosamazônicos. de “Amazôniapactual” XXVII). de Pan-AmazôniaA noção foi substituída pela à adesão(art. gociadores. O documento é não aberto nov. a10dez. 1946), o TCAérestrito aos países ne mundoconferência daUnesco(20 duranteaprimeira apresentada ao daHileiaAmazônica, to Internacional elaboração, dotratado. conclusãoeentradaemvigor XXVI aXXVIII) atinentes à (art. elementos formais destinados c) a XXV)à aplicaçãodoacordo; –órgãos XX (art. b) elementos ouorganizacionais estruturais, propósitos, ações, e limites do tratado; instrumentos fundamentais: a) elementos materiais osquais podem ser divididos em três grupos artigos C 3. E mica daAmazônia. econô condução dosprojetosnacionaisde exploração (Mar del Plata, 1977); a busca a mútuo de apoio para 1972) sobre aÁgua e aConferênciadasNações Unidas sobre oMeioAmbiente (Estocolmo,Unidas Humano de âmbito global,aexemplo daConferênciadasNações bientalista em ascensão e a realizaçãode conferências brasileiras; omovimentona pautade prioridades am oopera FRANCO FILHO, Georgenor de Sousa. de Georgenor FILHO, FRANCO os elementosSobre materiaisdoTCAeseus funda princípios Paraexercer afunção de depositário, escolheu-se o Diferentemente de criaçãodoInstitu da proposta O TCAé composto de um preâmbulo e vinte e oito lementos Relações de trabalho naPan-Amazônia Direito socioambiental Direito Revista dePolíticaRevista Internacional ção : acirculaçãodetrabalhadores. SãoPaulo: LTr, 1996. A

fund m a Revista de Informação Legislativa deInformação Revista zônic ament 6 , visto que a Guiana Francesa, Guiana a que visto , : TratadoAmazônica. de Cooperação : the case of the Amazon Coopera the Amazon : the case of a Pacto Amazônico ais Revista de Derecho Público de Derecho Revista , n.165, p. 75-92, sept./oct.

do : a circulação de trabal 5

Relações na de trabalho T (art. I aXIX) – (art. ra : cooperaçãoe in t ado , Brasília, ano , Brasília, The imple

de , Ca

------A igualdade pode ser encontrada em várias partes no partes A igualdadepodeserencontradaem várias formais. doTCAe não asobrigações gerais princípios apenas, aqui, definir os busca se que igualdade,visto de cionalização daAmazônia. quaisquer discursos referentes aumapossível interna dos signatárioserarefutar,propósitos expressamente, equidade ambiente político que envolve sua negociação: Amazônico nodia12deagosto. ção, ratifica doPacto possível o que a entradaem tornou vigor de instrumento último do depósito o houve foi referendadoem 1980. Aos 13 de julho desse ano, ria brasileira,com exceção da Venezuela, onde otratado seus de instrumentos ratificação juntamente à chancela jáhaviam depositado de 1979, os demais negociadores especialmente nos aspectos de transportes e comunicações.especialmente aspectos nos de transportes Conse física adequada entre seus respectivosuma infraestrutura criar países, 8 tórios amazônicosàsrespectivas economiasnacionais”. terri seus de incorporação plena a lograr de fim a e povos seus de volvimento entre as Partes Contratantes,elevar para o nível de vida umadistribuição equitativa dosbenefícios desse que desen permita promovertre si,para daAmazônia, odesenvolvimento harmônico vêm empreendendo, tantoem seus respectivoscomo en territórios 7 evidente nopreâmbulo mica, umaconstante desde década de 1950, a está bem e asuavalorizaçãonacional econô território ao zônia econômico.da Ama A inquietação com aincorporação sustentável: o conceito se que antecipaao TCA dedesenvolvimentoo tudo,à conclusãoprecipitada chegar não éimportante mento socialsãoelementos presentes no tratado. Con no: saúde, condições sanitárias, epidemias, desenvolvi meio ambiente. É evidente o cuidado com o serhuma do voltadosa preservação mentos para internacionais texto do Pacto o instru com osprincipais Amazônico harmonizar de fim a correta politicamente medida Todavia, percebe-se que a temática ambiental foiuma ção econômica da regiãoe com aproteçãoambiental. – éumaevidênciada preocupaçãocomaexplora clara expressão consolidadanasdécadas seguintes conforme especial aos“paísesdemenordesenvolvimento”. XVII fazmenção texto,único doart. masoparágrafo “Artigo X. As Partes Contratantes coincidem na conveniência de “Animadasos esforços que comumdo propósito deconjugar Optou-se por utilizar a palavra equidade no lugar Optou-se utilizar apalavrapor equidade lugar no aparece emdestaque,soberania A um dos pois fundamentaisOs princípios do TCAretratambem o O desenvolvimento harmônico –ousustentável,O desenvolvimento harmônico ; desenvolvimento harmônico leitmotiv , à época, era odesenvolvimento 7 e no art. X enoart. , ou 8 sustentável . ; cooperação soberania ------. ;

224 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 Estado de Goiás a norte do paralelo de 13º e a do Maranhão a oeste a Maranhão do de 13ºea paralelo do norte a Estado de Goiás de 16º, a do do paralelo do Estadode Mato Grossoanorte a parte federais do Acre, e ainda, e RioBranco Guaporé Amapá, territórios Parápelos Estadosdo compreendidaregião a Amazonas,e do pelos jamento econômico e execução do Plano definido nesta lei, abrange Mato Grosso:“Art.efeito brasileira, para de 2.º AAmazônia plane do que contemplavaa atual, pois não a todaaáreacorrespondente 12 Boa Vista,v. 2,n.26,p. 7-28,2015. na região.Pan-Amazônia indígenas e dos territórios 11 relacionam comasmatériasquesãoobjetodesteTratado”. órgãos de cooperaçãolatino-americanos, nos camposde ação que se entre e si colaboração e com os de informações bio permanente 10 do presenteartigo”. primeiro parágrafo no definidas científica e técnica cooperação de execuçãona de estudos, e projetosresultantes das formas programas e conveniente, internacionais de organismos solicitar a participação 9 vas economiasnacionais”. amazônicos àssuas respecti plenamente seus territórios de integrar o objetivo de lograr cada paíspara prioritário os planose programas conta em tendo telecomunicações, de e aéreos fluviais, transportes cas de estabelecer ou aperfeiçoarasinterconexões rodoviárias, de maisharmôni quentemente, comprometem-se a estudar as formas mentar 124/2007). 2.º dalei comple a oeste 44º” (art. porção do Meridiano Roraima,dônia, Tocantins, Parásua na edoMaranhão Acre,dos do Amazonas, Amapá, Grosso, Mato Ron responde àAmazônianacional. que definem com clareza a porção do território que cor internas dispõem denormas todos osEstados-partes a Amazônia é, isto Tropical, Floresta da e/ou Amazônica Bacia da II), de modo que se extrapolou adimensão (art. -parte decadaEstado Legal de Amazônia é asomadaárea Pactual autônoma.AAmazônia legal de determinação tentável deÁreasFronteiriças naAméricadoSul. e do Projeto DesenvolvimentoAmazônica ração Sus criados, aexemplode Coope doProjetoPlurinacional foram específicos programas e amazônicos países os canos (OEA) tem desenvolvido ações em parceria com latino-americanas. dosEstados Ameri A Organização outras entidades, comespecial destaque a organizações e XV segundo IX(parágrafo mos internacionais. Osartigos deoutrosorganis aparticipação restringe tratado não peração entre os Estadoscontratantes. Noentanto, o adjetivoé “regional”.Éclaroque a coo a prioridade “As Partes Contratantes poderão,necessário sempreque julgarem No Brasil, a Amazônia Legal “[...] abrange os Esta “[...] abrange Legal No Brasil, a Amazônia espacial dotratadodepende deabrangência A área No tocante à cooperação, optou-se eliminar o por A Amazônia brasileira, conforme a lei1.806/1953 era menor conforme brasileira, A Amazônia NUNES, PauloHenrique Faria. Dificuldade dedemarcação da “As Partesmanter umintercâm por Contratantes se esforçarão 10 preveem a possibilidadede ações conjuntas com sensu stricto 12 NaBolívia,“[...] la totalidaddel de . Noentanto,hoje, ainda nem 11 Textos e Debates, 9 ------) - - - - nacional (art. 3.1): nacional (art. 27.037/1998 faz umaminuciosa descrição da Amazônia Estado doAmazonas. ao corresponde aLei NoPeru, Venezuela,pelo TCA abrangida do território a porção -Chinchipe (decreto legislativo 41, de 5 ago. 1980). Na Orellana, Napo, Pastaza, e Zamora Morona-Santiago de Francisco Sucumbíos, de províncias as inclui riana do decreto 3.083/1986). A RegiãoEquato Amazônica mayo, Amazonas, Guainía,Guaviare eVaupés 1.º (art. de Caquetá, Putu é constituída pelos departamentos colombiana Constituição de 2009). Legal A Amazônia 390 da II doart. del Beni” (parágrafo del departamento tamento de La Paz y las provincias Vaca Díez y Ballivián dePando,partamento del depar provincia la Iturralde do meridianode 44º”. de Huanta y Aina, San Miguel ySanta Rosay Aina,San de Huanta de la b) Distritos de Sivia y Ayahuanco de la provincia Ucayali, AmazonasySanMartín. deLoreto,a) Losdepartamentos de Dios, Madre comprende: Paraefecto de la presente Ley, la Amazonía de Huancabamba del departamento dePiura. de Huancabambadeldepartamento k) Distrito de de Carmen la Frontera de la provincia deLaLibertad. departamento j) Distrito de Ongón de la provincia de Pataz del Huancavelica. la provincia de Tayacaja de del departamento i) Distritos de Huachocolpa y Tintay Puncu de dePuno.Sandia, deldepartamento y PatambucoSandia Inambari, delaprovincia de Juan delOro, Limbani,Yanahuaya,y Alto Phara y e San Gabánde la provincia de Carabaya y San h) Distritos de Ayapata,Coaza, Ituata, Ollachea Pasco. de g) Provinciadel departamento de Oxapampa deJunín. departamento f) Provincias de Chanchamayo y Satipodel deHuánuco.del departamento Tomayquichua y Ambo de la provincia de Ambo de laprovinciaAmarilis deHuánuco, Conchamarca, del Valle,María Santa Chinchao, Huánuco y de la provinciaMonzón de Huamalíes, Churubamba, y Pachitea,Marañon así comolosdistritos de e) Provincias de Leoncio Prado, Inca, Puerto de Quispicanchis, de Cusco. del departamento de Paucartambo, Camanti y Marcapata de laprovincia provincia de laConvención, Kosñipata de laprovincia d) Distritos deYanatile de laprovincia de Calca, la de Cajamarca. c) Provincias de Jaén y San Ignaciodel departamento deAyacucho.provinciadel departamento deLaMar - - - -

225 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 finalidades dopresente Tratado”. ocumprimento das que permitam jurídicos pertinentes strumentos e acordos e entendimentos operativos,concertarão assim como osin informações trocarão fim, tal Para único. Parágrafo territórios. e utilização racional dos recursos naturais desses a conservação proveitosos, domeio ambiente e a preservação assim como para resultados equitativosações conjuntas produzam e mutuamente de seus respectivosamazônicos, territórios a que demodo essas e ações conjuntas a fim de promover o desenvolvimento harmônico 13 ção de medidas conjuntas de desenvolvimento da regiãoe, por isso, busca-se a ado III). Reconhece-se dosriosno XIX (art. a importância Bacia Amazônica, tema em discussão desde o século liberdade denavegaçãocomercial a reafirmaram Estados-partes Os fraestrutura. eaosrecursosnaturais”. às culturasindígenas da “sem prejuízodas disposições nacionais de proteção XIII) prevê que essa atividade deve(art. ser desenvolvi XIV.art. O dispositivo que trata dofomento ao turismo nológicas earqueológicas” no vaga aparece de maneira populações autóctones. dasriquezaset A“conservação XI). (art. tes a promover odesenvolvimento econômico e social” ção deestudos de e medidas a adoção conjuntas tenden tão somente se comprometerama“estimular arealiza enaturais”,osEstados dos recursos humanos racional posição dedestaque;“emprego da mençãoao apesar Às políticas de não foidada proteção dos trabalhadores VIII). condições sanitárias e endemias controlar (art. as melhorar de fim a conjuntas, medidas estudar vem Estabeleceu-se que os órgãosnacionaisde saúde de VII). V),àfloraefauna(art. hídricos (art. naturais,zas conferiu-se atenção especial aos recursos pios fundamentaisdaproteçãoambiental. com os princí todos e que seja conduzida em harmonia resultados satisfatórios para econômica gere exploração I tes contratantes (art. desenvolvimentoo das par amazônicos dosterritórios áreas deflorestatropicaldosdoispaíses. ca. Assim, consideram-se incluídas na Pan-Amazôniaas ternas específicas tampouco a integram bacia Amazôni Uma das matérias de maior relevodas matériasde maior Uma noTCAé a in as para claras políticas define não também, TCA, O social dotratadoébastante A dimensãolimitada. das rique No tocante naexploração à racionalidade Os signatáriostêm uma meta comum fundamental: in dispõem denormas não Suriname e o Guiana A “Artigo IAsPartes Contratantes convêmesforços em realizar 13 ). No entanto, almeja-se que a nos rios internacionais da internacionais nosrios utilização racional dos recursos utilização racionaldos recursos ampla ------conhecido o bem separados.foram foi re e “integração” Àprimeira Pactoassim, osconceitos Amazônico; de“cooperação” Temia-see o sistema entreo andino uma concorrência com exceção de umabreve referência preâmbulo.no Venezuela,ção da “cooperação”, elafoisubstituída por Contudo,trazia apalavra “integração”. reivindica por físicainternacional. na consecuçãodaintegração e fronteiras das vivificação na passo primeiro um seria às economias nacionais a Amazônia lidade de integrar de construção uma malha viária multimodal com a fina a que ressaltar comunicações. Vale as e aéreo) e fluvial (rodoviário, física eenfatizaostransportes fraestrutura VI). eficazesdecomunicação regional(art. trumentos vias navegáveis que para amazônicos sejam os rios ins das melhoramento ehabilitação o preendimentos para hídricos Estados-partes admitem a necessidade de se manter Estados-partes Destaca-se,último, por XV, oart. meio doqualos por IX). (art. o intercâmbio informacional do trazàbaila novamenteto socioeconômicodaAmazônia, o trata e tecnológica tendente à aceleração do desenvolvimen científica pesquisa da cuidar Ao VIII). (art. tona voltaà dições sanitárias, mesmoque indiretamente,questão a cada país.tado por saúde eàscon à que concerne No anualum relatório últimas medidas comporão apresen amazônicos (alínea Estado em seus territórios cada adotadaspor as medidasconservacionistas” sobre “um sistema regular de troca adequada de informações e de pessoal técnico” (alínea informações de intercâmbio o e científica “pesquisa da proteção da fauna e da flora (art. VII) prevê a promoção I. Odispositivoà único doart. consagrado parágrafo os signatários, previsto, ainda que de modo genérico, no elementares de cooperação entre um dos instrumentos TCA éointercâmbiodeinformações.no Trata-se de XIII). atenção (art. é outra atividade à qualfoiconferida e internacional, terais ou multilaterais adequados”; o turismo, interno pulações amazônicas limítrofes, mediante acordos bila produtos de consumo local entre suas respectivas po limita areconhecerutilidade do “comércio a varejode às atividades econômicas transfronteiriças, XII se oart. que concerne No formal. sem qualquercompromisso O anteprojeto elaborado pela chancelaria elaborado brasileira O anteprojeto de maneira maisexplícita, X aborda, a in O art. Além da infraestrutura, outro pontoque se sobressai Além dainfraestrutura, . Admite-se, igualmente, a necessidade de em status de etapa necessária à segunda, mas a ) e o estabelecimento de b ); essas ------

226 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 trodução crítica. Curitiba: Juruá, 2015. trodução crítica. Curitiba: Juruá, 15 noamericanos, 2008. Centro de Estudios Lati (1941-1942).el Amazonas Viña del Mar: no fue 14 realidade. laterais –parasetornar da assinaturade acordos futuros – bilaterais e/ou multi que depende Estados soberanos celebrado por formal – ouguarda-chuvado-quadro – istoé,umdocumento O Pactojurídicos pertinentes”. é Amazônico umtrata entendimentos operativos, assimcomoosinstrumentos acordose e concertarão natários “trocarãoinformações deixa dúvidas; a fim de alcançar os fins almejados os sig I não único doart. diretamente.obrigações Oparágrafo Tratado direitos e não gera deAmazônica Cooperação vos indígenas. Por último, destacar que o é importante enumeram-se: comércio, turismo, política social, po matérias secundárias,Como territorial. integridade respeito à soberaniae à intercâmbio de informações; e infraestrutura; TCA: desenvolvimento harmônico Condor, entrePerueEquador vigor – em 1981 –, houve os conflitos na Cordilheira do Pactodo são e, Amazônico em sua entrada poucoapós Janeiro (1942). A tensão persistiu mesmo após aconclu festar contrariamente à validade do ProtocoloRiode do TCA: XIX limites entre alguns vizinhosse faz presente no art. dos demarcação na indefinição a obstante, Não zônica. uma dasdiretrizes fundamentais da cooperaçãoama é a soberania levantes. dito anteriormente, Conforme -americanas. latino e entre eles e asentidades intergovernamentais entre si de informações um intercâmbio permanente O TCA define os princípios fundamentais e as áreas Em síntese, indicam-se os temas dominantesdo Durante a negociação, ase mani o Equadorchegou sãotemas re territorial A soberaniae a integridade NUNES, Paulo Henrique Faria. Henrique Paulo NUNES, Andrés. Claudio FIGUEROA, TAPIA Cf. : diplomacia chilena en el conflicto entre Ecuador y Perú en Perú y Ecuador entre conflicto el en chilena diplomacia : assuntos sustentecadaParte Contratante. que sobreestes das posições e interpretações tácita, ou ou expressa indireta, ou afirmação direta modificação, renúncia, ou aceitação alegar para celebração deste se a Tratadoou suaexecução as Partes,interpretar-se nempoderá ou invocar- existentes entre limites sobre ou direitosterritoriais entre as Partes, nem sobre quaisquer divergências vigentes outros tratadosouatosinternacionais sua execução terãoalgumefeito sobre quaisquer presente celebração do Nem aTratado, nema 14 Direito internacional público internacional Direito . 15 La negociación que : in ------permanente. Instituiu-se,máximo, no permanente. de umaproposta sob oscuidadosdeumaentidade intergovernamental obstante,Não inicialmente,aconteceu não cooperação a de cooperação.dos trabalhos projetos e à coordenação à implementação do tratado, àexecução dos objetivos e de diretrizes e estudos,órgãos destinados àformulação A or 4. Ó declaração deboasintenções, um de poder normativo. O Pacto, é uma parte, em grande dotadade autonomiaexecutivaintergovernamental ou se criou nenhumaentidade do dasuaassinatura,não bem simples. esboçar umquadroorganizacional Quan temáticas de cooperação. Entretanto, o texto se limita a 17 Press, 1989.p. 13. Universitynatural resources and the environment. London: Cornell 16 nacionais: inter distinguindo-os dos tratadosedasorganizações (CAN) eoMercadoComum doSul(MERCOSUL). mais relevantes –aComunidadede Nações Andina rença entre a OTCAe as duasiniciativas sul-americanas alcançar os objetivos propostos é uma significativa dife ressaltar que a ausência de para prazos É importante de construção m ganiz O texto original do Pactodo textooriginal O prevê alguns Amazônico List e Rittberger apresentam uma noção de regime, apresentamumanoção List e Rittberger Segundo OranYoung, regimessão IT Mri; ITEGR Vle. eie hoy and theory Regime Volker. RITTBERGER, Martin; LIST, YOUNG, R. Oran a zônic r gãos a ção a

the latter. provide for the “procedures” of where the former regimes intersect and organizations International personalitycanbeattributed. activities and alegal to which organizations. Itisonlyorganizations not. or Moreover, regimes are different from binding instrument these are laiddown in alegally whether rules, and norms compliance withcertain behaviourresult from of wherein stablepatterns and obligations, a regime is a social institution stipulating rights instrument [...] a treaty is alegal theseroles. among theoccupantsof practices or conventions relations rules governing clusters are of by together linked they roles recognized institutions, of consisting social all Like involved activities. in specifiable activities or sets of those the actions of [...] social institutions governing fund regime internacional regime

do

ament International cooperation International T 17 ra t ado ais

e sem um prazo definido.

constitução de non bindingagreement C : building regimes for oopera 16 ção

d a

. - - -

227 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 20 ca (OTCA).LaPaz: SecretaríaProTempore delTCA,2002. stitutivosdel Tratado de la Organización Amazóni deCooperación al. FLACSO,Rica: ta BALLIVIAN,SÁNCHEZ 2008; (Org.) Sergio et ganizacióndel Tratado Amazónica deCooperación ALTMANN, Jossette (Ed.); BEIRUTE, Tatiana(Comp.). bilizados nosítio da entidade , bem como disponi Pactooficiais Amazônico,o documentos sobre aos citadas 19 sity, 1998.p. 65. Treaty.Cooperation theAmazon UniverUppsala Uppsala: case of 18 Press, 1992.p. 90. ment KINGSBURY, Benedict (Ed.). In: HURREL,Andrew; environmental management. international XX). à realizaçãodosfinspropostos”(art. cooperação Amazônicae adotar asdecisões tendentes e avaliarapreciar doprocessode o andamentogeral comum, política da básicas diretrizes as “fixar de fim o supremo,órgão o amazônica, peração convocadacom ção deComissõesNacionais. Tempore, Comissões Especiais. Admite-se a cria ainda Conselho de Amazônica, Secretaria Cooperação Pro tuições: Reunião dos Ministros de Relações Exteriores, do TCA,écompostapelasseguintes to original insti órgãos oucapacidadedecisória. também não,internacional assim como a existência de é umelemento imprescindível;jurídica personalidade a mediante a celebração de um acordo,formalidade, não é uma instituição mais simples: a gime internacional ações de interesse comum de seus membros. Umre e/ou regulamentar executar coordenar, de finalidade com a jurídica própria, e personalidade permanentes tituída pela assinaturadeumtratado,de órgãos dotada actorsisspecificissueareas” theinteractionof vern, go or govern, to intended are that procedures -making principles, anddecision rules, agreed-upon norms, como“social institutions composed of internacionais Base jurídica delTratadoBase jurídica de CooperaciónAmazónica A ReuniãoA coo da instância máxima é a dos MRE dacooperação,formal consoanteotex A estrutura de Estados, ins Uma OIé uma associaçãoformal os regimes resumidamente, define, Román Mikael : actors, interests and institutions. New York: Oxford University A necessidade de reuniões anuais foi colocadaem evidência em já obras de partir a OTCA da institucional análise a Fez-se Mikael. ROMÁN, ordinárias são realizadas a cada doisanos a realizadas são ordinárias o seu regimento,que as reuniões que determina (23 e 24 out. de 1980). Aprovou-se nessa ocasião emBelém O encontro inauguralfoirealizado em vigor.entrada data da da contar a dois anos deveriaque primeira a dentrode serrealizada as para periodicidade estipulou-se,dos MRE, reuniões ordinárias apenas, uma definiu não TCA O The implementation of international regimes international The implementation of h nentoa oiiso the environ politics of The international 19 (OTCA). San José,(OTCA). San Cos : antecedentes con Dossier Or 20 : the ; as

18 ------. - - 2005); Lima (30 nov. 2010 (22 nov. 2002); (14 set. 2004); Iquitos (25 nov. dez. 1995); (6 abr.Caracas de la Sierra 2000); Santa Cruz (7 e 8 nov. de la Sierra Santa Cruz 1991); Lima (4 e 5 MRE: Cali(7 e 8 dez. 1983); Quito (6 e 7 mar. 1989); realizadasasseguintesdos da, foram reuniõesordinárias segue umsistemaderodízioporordemalfabética. ounãogovernamentais.vernamentais go internacionais como quaisqueroutros organismos Latino-americano (SELA); Sistema bem Econômico especializados; a ALADI;o a OEAe seus organismos Estadosinteressados; ONU,a qualidade deobservador: te dos Estados-membros.autorização Podemda gozar tre de 2006, ocorreu emLima 30denovembrotre de2006,ocorreu de2010. chanceleres; contudo o evento,o segundo para semes programado 21 2004, quandodarealizaçãoVIII Reunião dosMRE. de atividades decooperaçãoamazônica: suas funções englobam praticamente todo ouniverso de este autonomia decisóriaouexecutiva,disponha não MRE eadmitem-se, também,observadores. segundo o mesmocritériodasreuniõesdos terminado sãoprivadas.GT edoschefes dedelegação (GT). de trabalho As sessões dos a criaçãode grupos durante asreuniões,os trabalhos dinamizar é permitida intuito de No da maioria. contratante mediante apoio podemserconvocadasas extraordinárias qualquer por anuais;são XXI). nível”Suas reuniõesordinárias (art. diplomáticos dealto constituído de “representantes contratantes. dencia dos a posiçãodoTCAnapautade prioridade viamente estipulada não tem sido respeitada, o que evi El Coca(Equador–3mai.2013). A periodicidadepre Em sequência à Reunião de Belém, acima menciona do país-sede da Reunião dosMRE A determinação sãoadmitidos nas reuniões median Observadores O CCA é um órgão de énaturezaconsultiva.um órgão O CCA Embora O localde realização dasreuniões do Conselhoé de (CCA) é Amazônica O Conselhode Cooperação A Venezuela se ofereceu ser a sede para do décimo encontro de de maisquatro. contratantes,das partes desde que obtido oapoio podem ser convocadasextraordinárias qualquer por nas reuniõesdeMinistrosdasRelações Exteriores. 2. Velar pelo cumprimento das decisões tomadas do Tratado. 1. Velar pelo cumprimento dos objetivos e finalidade 21 ); Manaus (30 nov. 2011); ------

228 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 riano. iniciativapor equato organizada do CCA, traordinária dogoverno 23 22 comissões especiais, que das seguintes se ocupam áreas: sete atualmente, Existem, específicas. matérias sobre criação de comissões especiais desenvolverpara estudos aos objetivoslacionados doPacto, XXIV admite a oart. não numerado. da aos8de novembro de 2002decreto por presidencial supremo 11/1980). só foiinstituí A comissãobrasileira (decretoEquador executivo 539/1982) (decreto e Peru supremo 17.996/1981), (decreto Colômbia 464/1982), do TCA,aexemplo deBolívia(decreto entrada emvigor atribuir outrastarefas. TCA eosEstadospodemlhes ao às atividades ligadas XXIII). TaisCNP (art. comissões não estão restritas deveria – Permanente Nacional uma Comissão criar estabeleceu-see doCCA, dos MRE que cada Estado e Amazônico dasdeliberações tomadas nasreuniões Iquitos (24nov. 2005);Lima(29nov. 2010). (20 e21nov. Sierra de la 2002); (13 set. Manaus 2004); (5 e(4 e5abr. 6out.1998); Caracas 2000); Cruz Santa e 1.º dez.1995); Caracas (10 e 11 mar. 1997); Caracas 22 jul. 1993) a 18 mar. (2 a 5 mai. 1990); Quito (19 a 1988); Bogotá (5 a 8jul.1983); LaPaz(25 e26set. 1986); (16 Brasília Lima as seguintesdo CCA: zadas reuniões ordinárias dos MRE de realização de reuniões extraordinárias oportunidade Em virtude da gama de assuntos que podem ser re da gama Em virtude da suas CNPpoucodepois Alguns paísescriaram Paraa aplicaçãodasmedidas previstas no Pacto reali do TCA,foram em daentradavigor A partir pode,CCA O conveniênciaa recomendar ainda, ou Em Quito foi realizada a V Reuniãoa V Em Quitofoirealizada e IReuniãoOrdinária Ex IIIdoRegimentoArt. daReunião dosMRE. 22 . 23 6. Adotar as normas paraoseufuncionamento.6. Adotarasnormas bilateral oumultilateral. 5. Avaliar ocumprimentodosprojetosdeinteresse Permanentes. caso,o for das ComissõesNacionais cargo estaráa bilaterais oumultilaterais, cuja execução, quando a realizaçãode para estudos e projetos pertinentes apresentem as Partes e adotar asdecisões as iniciativas4. Considerar e os projetosque correspondente. das Relações otemário Exteriores e preparar de celebrarreuniõesMinistros oportunidade 3. Recomendaràs Partes conveniênciaa ou ; Lima (10 e 11 out. 1994); Lima (30 nov. - - - - - ria eram desenvolvidosria nopaísque receberia a próxima ção administrativa XXII).da Secreta Ostrabalhos (art. criou-se a Secretaria pessoa jurídicade direito públicoexterno. Noentanto, institucional. o mesmo cuidado aindanãoganharam nômica ilegal ça plano. Todavia, percebe-se que questões como seguran assuntos ou cobrir que colocados em foram segundo destaque ou menor Pactono maior ram e/ Amazônico monstra ointeresse temas que em aprofundar ganha Saúde e monitoramento. vigilância de sistema um de criação de possibilidade e fauna e flora união,comércio ilícito de como crimetransnacional, problemas cúpula dede Ministros Defesa e Segurança. Discutiu-se, nessa re 25 (dezembro de1995). são Especial de Educação (CEEDA) na VReunião ocorreu de MRE Especialde TurismoComissão a Comis da criação (CETURA). A anterior.ano NaIVReunião (maiode1990), doCCA estabeleceu-se Comissão Especial de Transporte; esta última havia sidocriadano doaperfeiçoamento da Reunião(maio de1990), deMRE é fruto e Comunicações (CETICAM), instituída durante aIV fraestrutura Reuniãode 1989). (março de Transporte, deMRE A Comissão In (CEAIA) foramcriadaspelaDeclaraçãode Quito, aprovada naIII sões especiais e Assuntos de MeioAmbiente Indígenas (CEMAA) mesma reunião.da SegundaSessão Plenária (CESAM), na Ascomis (março de CCA 1988); a ComissãoEspecial de Saúde da Amazônia instituída Sessão na PrimeiraPlenária daIIIReunião do Ordinária 24 cretaria permanente. conveniênciaum estudo a sobre de umaSe criação da voltadas aodesenvolvimento institucional, dentre elas vocar um grupo ali aSPT a con Amazônica”. Instruiu-se Cooperação Quito traz otítulo “Avaliação daMarcha doProcesso de item colocado em da Declaraçãode pauta. Oprimeiro deMRE, em 1989, tema foi capital equatoriana o na realizada IIIReunião Na de1980. década da fim no nas reuniões dos principaisórgãos nou matériacorrente houvesse anual. umaalternância esperava-seportanto do CCA, ordinária reunião que foram criadasem março de 1988 ( transfronteiriços, comissões asprimeiras especiais só cia etecnologia. e comunicações; turismo; educação; ciên infraestrutura ambiente; meiotransporte, saúde; assuntos indígenas; 25 Conforme dito acima, o TCA não instituiu ditoacima,oTCAnão uma Conforme A revisão da estrutura institucional doTCAse tor A revisãodaestrutura Apesar dacomplexidade da regiãoe dos problemas , crimes transnacionais, migração,eco exploração Em 13 de julho de 2006, realizou-se, em Bogotá, aprimeira Em 13 de julho de 2006, realizou-se, em Bogotá, A ComissãoEspecial de Ciência e Tecnologia (CECTA) foi ) 24 . A matériaaque se dedica cada comissão de ad hoc Pro Tempore Pro com o fim de propor medidas propor de fim o com (SPT), de órgão voca Ciência e Tecnologia e ------

229 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 2009 quando foi eleito o peruano Manuel Ernesto Picasso Botto. Manuel Ernesto 2009 quandofoi eleito operuano até de abril assumiu como Secretário-Geral Interino e permaneceu go. Em julho de 2007, o colombiano Francisco José Ruiz Marmolejo 28 27 Escritório deTrabalho emManaus. 1, n. 3, dez./fev., 2004/2005). A SP/OTCAtambém conta comum definitiva foi inaugurada em janeiro de 2005 (Cf. soriamente no Ministério de Relações Exteriores doBrasil, sua sede (SP/OTCA) funcionouproviA SecretariaPermanente brasileira. 26 seus de e planos trabalho programas aos Estados-partes juntamente elabora Secretaria Permanente TCA, a do de cooperação. XXII Além das funções previstas no art. de planejamento dasações de uma novapanhada forma inaugurou umanova etapaadministrativa ano. Rosalíaequatoriana 2004, eleição da Em a Arteaga de 2002,zembro ummandatode um em Brasília –para extraordinariamente, Secretário-Geral Interino –em de é detrêsanos, admitida umareeleição. unanimidade.MRE por O mandatodoSecretário-Geral previamente o cargo. A escolha é feita pela Reunião dos de quem ocupou pode serconterrâneo sucessor não devede umdospaíses-membros, sernacional maso o regimento do órgão, -Geral. Conforme seu dirigente do Conselho deCooperação Amazônica” das Reuniões de Ministros de Relações Exteriores e no Tratado com asresoluções emana em conformidade de implementar osobjetivos previstos ela é“encarregada vo, trata-se de umórgãode competência executiva pois lia sediada em Brasí SPT porumaSecretaria Permanente XXIIdoTCA.Substituiu-se a alterou aredação doart. intergovernamentais.tados comEstadoseorganismos personalidade jurídicae competente celebrar tra para Amazônica (OTCA), Cooperação entidade dotada de do Tratado meio doqual se criou aOrganização por de nesse dia, em Caracas, o Protocolo de Emenda aoTCA sofreu uma alteraçãosubstancial. amazônica Adotou-se da cooperação formal dezembro de1998, a estrutura no futuropróximo.lada nacapital brasileira Aos 14 de a serinsta pela criaçãodeumaSecretariaPermanente MRE, emde 1995, dezembro decidiu-se formalmente 26 A instituição de um órgão permanente veio acom A instituição de um permanente órgão O boliviano SergioSánchez Ballivian foinomeado, está o Secretário À frente da Secretaria Permanente de 2002, O protocolo, em agosto que entrou em vigor de Lima,aprovadaDeclaraçãoNa V Reuniãona dos . Essa nova não é um órgão meramente administrati Após três anos à frente da OTCA, Rosalía Arteaga deixouApós três anosàfrente daOTCA,Rosalía ocar Arteaga Art. XXIIdo TCA,modificadopeloProtocolodeEmenda. Art. sediado na capital internacional A OTCAé o único organismo Boletim OTCA 28 27 . . , ano ------beu todososencontrosdoschefes deEstado. novembro de2009). rece de A cidade Manaus brasileira (maio de1989; fevereirorealizadas foram já de 1992; seja aReuniãotrês dosMRE,reuniõesdePresidentes -membros daOTCAlotadosemBrasília. ferencialmente,diplomáticos dosEstados agentes por de órgão função consultivaé e formado,auxiliar pre levante é a ComissãodedoCCA.Esse Coordenação cações eTurismo; Ciência,Tecnologia eEducação. Ambiente;Meio Transportes, eComuni Infraestrutura Indígenas; Assuntos Saúde; específicas: áreas a dicam Além desses, existem quatro coordenações que se de Executivo e Administrativo –e um Assessor Jurídico. tudadas eincluídasemplanosestratégicosplurianuais. de atividades. As metas, projetos e ações têm sido es oil Foinpls 2 d mro e 06; Reunião 2006); de março de 22 (Florianópolis, Social jul. 2005); Reunião deMinistrosdaSaúde e Proteção Intelectual de Propriedade (Rio de Janeiro, 30 jun. e1.º de Ciência eTecnologia (Lima, 26 ago. 2005); Reunião movidas a fim de tratar de assuntos específicos: Reunião reuniões de MRE,aperiodicidade jamais foirespeitada. Estado seriam anuais. Porém, acompanhando a praxe das Amazônia zes hánecessidadedecolocarumaemprimeiroplano. norar que suas entram agendas em conflito e muitas ve mantenham umarelaçãode competição, não se pode ig sília (2008); Bariloche (2009). as entidades Embora não Cusco (2004); (2005); Brasília Cochabamba(2006); Bra (2000); Sul: Brasília América do Guaiaquil (2002); da do 2009, foram realizadassete cúpulas de chefes de Esta debates sobre acooperaçãoamazônica.Entre2000 e consolidação deumblocosul-americanoofuscaramos cênio do século atual, as discussões sobre acriaçãoe de noprimeiro e a CANforamprojetosprioritários; 2000. Na última década do século XX, o MERCOSUL dospaíses sul-americanos nosanos1990 e externas das políticas dencial as prioridades incluídas na agenda entre a segunda e a terceira cúpula presi zo tãolongo Embora a instância máxima decisória da OTCA decisória da máxima instância a Embora Além da SP, de função re um órgão permanente dois diretores O Secretário-Geral– por é auxiliado Outras reuniões não previstas no TCAforampro Na primeira declaração presidencial, a Pode-seum pra para principal como razão apontar , estabeleceu-se que osencontros doschefes de Declaração da Declaração da ------

230 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 dade intelectual). cia e tecnologia, defesa, segurança) e uma reuniãotécnica (proprie cinco reuniões ministeriais (comércio, desenvolvimento social, ciên 29 dos acontribuições aberto e modificação à suscetível é rígida,pois ocronograma se trata de uma agenda MRE-OTCA/02). chanceleres aprovaramo PlanoEstratégico (RES/VIII SP. os pela fim, Porelaborado projeto do revisão a zer com aVIIIReuniãofa coubeàquele de MRE, órgão em setembrode2004 em conjunto realizada CCA, do Reunião XII Na científico. meio do personalidades e intergovernamentais, dasociedade de civilorganismos e representantes das ComissõesNacionaisPermanentes to provisórioe submetido foielaborado à apreciação de trabalho.de umplano elaboração a para tex Um aos Estados-membroseaprovados peloCCA. juntamente Esses documentos devem ser formulados administrativo.órgão apenas ao orçamento daSPnão de atividade e do dos programas de trabalho dos planos perseguidas emmédioprazo. serem a metas traçar de finalidade a com SP a e -partes contínuo entreosEstados um ambiente de diálogo de atuação, nessa novaperação; forma buscou-se criar de coo dostrabalhos de reformulação a umaproposta juntamente alterações macroestruturais.surge AOTCA às institucionais, resumem entretanto,dificações se não taria zônico, estabeleceu-se a OTCAe substituiu-se a Secre 5. OP especiais. das comissões trabalhos assim comonos foi adotado Nas Reuniões de MRE e no CCA,omesmo critério indispensável à aprovação dasdecisões e resoluções. natura doPacto Amazônico. Aunanimidadeé condição o mesmo desde a assi tomada de decisões permanece um avanço nomarcoinstitucional, todavia osistema de 13 de julho de 2006) de Ministros de Defesa (Bogotá, Esse documento cobreoperíodo2004-2012. Não se instalou aSP começaram ostrabalhos Tão logo XXII atribui aelaboração 2.º doart. O parágrafo PorPactoao Protocolo deEmenda meio do Ama indubitavelmente,A criaçãodaOTCArepresenta, Durante a VIIIReunião de MRE (set. 2004), decidiu-se realizar pro tempore pro l ano

pela Secretaria Permanente (SP). As mo pelaSecretariaPermanente estra tégico 2004-2012 29 ------. volvidos. dos benefícios oferecidos pelos projetos desen gozar social comaspopulaçõeslocais,promisso que deverão no Estratégico reconhece que aOTCAtem um com dade. sem real necessi burocrático permanente um quadro atropelamento de atividades, assimcomodesenvolver o evitar –, cooperação de ações das financiadoras veis cionais,– possí bloco e entidades alheias ao OTCA a Busca-se, com as ações coordenadas entre agências na do TCA. técnica pelas ações domínio de cooperação no em conjunto comasentidades nacionais responsáveis SP,da trabalho o orientar mento destinadoa que atua crítica daSPpormeioderelatóriosanuais. bianuaisde ação de planos Plano Estratégico ao é efetivadamediante a elaboração Estados-membros. de novos A incorporação elementos 2004. p. 19. AMAZÔNICA. 31 Plano Estratégico, duração, custosefontesdefinanciamento. executar e projetospor com o e,inseridos osprogramas articulação de2005; nesses são bianuaisdos planos ração aconteceria apartir 30 Tecnológico;câmbio e Competitividade Re Integração Naturais Renováveis; Gestão do ConhecimentoeInter Sustentável eUso dosRecursoscos são:Conservação tégicos e seis áreas programáticas. Oseixos estratégi eixos estra quatro de partir a definidos são Estratégico do Pacto: e amadurecidasdesde assinatura as metas a propostas e sua TCA No tocante ao desenvolvimento sustentável, o Pla é apresentadocomouminstru plano O primeiro Os espaços de intervenção vislumbrados noPlano Os espaços de intervenção A ORGANIZAÇÃODO TRATADO DECOOPERAÇÃO elabo a que previsto ficou 2004-2012, Estratégico Plano No visão do plano resume doplano os objetivos e princípios do missão de negociação dostemasdeinteresse regional. de negociação conjunto dos países em diferentes cenários globais do que aumentem a capacidade de negociação gerados, favorecendo de sinergias a construção como naequitativa distribuiçãodosbenefícios diferentes planos,e projetos, programas assim e execução dos regionais e locais na formulação a ativa dos países e dos atores participação desenvolvimento sustentável regional, fomentando bem efetivos e tornar os processos de integração financeiros, e como políticas comuns ou compatíveis, para técnicos instrumentos ou instâncias, ou criarosmecanismos fortalecer e em cumprimento aosmandatosdasdiferentes Tratado no consagrados No marcodosprincípios Plano Estratégico representa o anseio de tornar realidade anseio detornar o representa : 2004-2012. Brasília: SP/OTCA, 30 , submetidos apreciação à 31 ------

231 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 tigaram aseconomiaslatino-americanas.tigaram da dívida externa e um grave processo inflacionário cas América doSul. A crise na e integração de cooperação nosprojetos momento produtividadede baixa e diálogo Na verdade, a primeirametade dadécada de 1980 é um tem seu aspectoos países contratantes. secundáriopara suplementar, atos dasreuniões dosMREe doCCA. daOTCAe,ainda, osboletins informativos em caráter reuniões doschefes de Estado. Noentanto, buscaram-se, cipalmente, pelo exame dasdeclarações elaboradas nas amazônicas.um perfildasrelaçõesformais demais escolhidaspaíses natentativaforam de se traçar mítrofes com oEquador, suas relações bilaterais comos li áreas possui não só e sul-americana tropical floresta que o Brasilé o paísque detém o maiornacodagrande bilaterais celebrados,vez Uma um recorte. optou-se por cípios eobjetivos doTCA. como osEstados-membros buscaram destacar os prin bilaterais eregionais,o modo bemcomoacompanhar normativa, identificar os temas prioritários nos diálogos nico”. Na verdade, busca-se, com a análisedaevolução que compõem um “direito pan-amazô junto de regras lução normativa decisões de carátervinculante. Portanto,expressão a tomar para dotados deautonomia dispõe deórgãos não A 6. E edocumentos.formações e iniciativase publicaçãodein regionaiseaelaboração com outrosatores da, acooperaçãoe/oucoordenação georreferencia cionais ouso de sistemas de informação Energia eComunicações. deTransporte,Social: SaúdeeEducação;Infraestrutura Infraestrutura mentos Humanos e Assuntos Indígenas; gia e Biocomércio; Ordenamento Territorial, Assenta Naturais Protegidas; Diversidade Biológica,Biotecnolo máticas são as seguintes: Água; Florestas/Solos e Áreas progra áreas as E Institucional. Fortalecimento gional; m Os anos que sucederam à conclusão do TCA refle TCA do conclusão à sucederam que anos Os No tocante aosaspectos institucionais, optou-se, prin do númerode países e de instrumentos Em virtude PactoO OTCA e a éumacordo-quadro Amazônico Além dos planosbianuais, opera são instrumentos a volução zônic a não é empregada nosentido de um con nãoé empregada

norm a tiv a

d a C oopera ção

evo ------passado recente micamente, perderam oprestígio que lhes conferira o distantes das capitais e das áreas mais dinâmicas econo amazônicas, internacionais Assim, asfronteiras muito de seus mais próximos centros principais produtivos. países sevoltaramprojetos dentro epriorizaram para marasmo,ao -americana. Oentusiasmo cedeu lugar os da diplomaciasul imune a esse período modorrento dino. do Pactoentre osparceiros aduaneira de umaunião An instituição a previstos para de Quitoeliminouosprazos Protocolo o 1987, em e, estagnado ficou também gena Entendimento um firmado tenha Brasil o Embora 1980. va quandodaassinaturadoTratado de Montevideu em comércio comoseespera de fomentaro foi capaz não (ALADI) a Associação Latino-americanade Integração 34 27, p. 161-176,2015. e perspectivas.agentes Amazônia: 33 na Laura; ARROYO,(Org.). Mónica Venezuela. In: LEMOS, SILVEIRA,Inés Geraiges; Amalia María una visión desde ylaocupacióndeAmazonia: de laglobalización desafíos Los Delfina. FIGHERA, TRINCA supranacional.” zación la creacióndeunaorgani plase ningunadisposiciónque permitiese de sus respectivassobre laregión;de allí que soberanías no contem el ejercicio era –y es –lade reservarse que la intención de las partes – en vezla Amazonia de vincularpaíses compartida: –, entendiendo esse Con acciones tratado se sobre unaregión pretendía coordinar suscrito (1978). hace Amazónica, enBrasília 26 años Cooperación Tratadodel llamado comopaíssignatario ese ‘lado’ que participa de ezuela mantiene históricamente relaciones con Brasil,aunque es por “Sin embargo,que Venamazónico’ essu ‘lado precisamente no por Delfina Trinca Fighera comenta as relações entre Brasil e Venezuela: 32 km 3.423 estende por se Brasil-Bolívia limítrofe área a conflitos; intensos de objeto foi que ra dois países,de frontei oBrasilpossuiumaextensa zona razões óbvias. por TCA. Issoocorre a esses Próximo do Bolívia e no períodoanterioràs Peru negociações do BrasilcomosdemaispaísesdaAmazôniaPactual. obstante, discutem-se, brevemente, asrelações bilaterais com os demais inflaria demasiadamente essa seção. Não daregião do temordainternacionalização refecimento foi aredução da diplomaciapan-amazônica . BuenosAires:CLACSO; SãoPaulo: USP, 2006.p. 210. Taao e oprço mznc no ficou não Amazônica Cooperação de Tratado O iniciativas àsprincipais No que concerne regionais, É nítida a predileção brasileira em seus diálogos com em seus É nítidaapredileçãobrasileira diálogos A análise das relações de cada país-membro do TCA A distância entre Brasília (DF) e Rio Branco (AC) é de 3.123 Km. UE, al Hniu Fra Itrainlzço da Internacionalização Faria. Henrique Paulo NUNES, A respeito centros,dessa dos principais distância da Amazônia com o Grupo Andino,com oGrupo oAcordodeCarta 32 . Outro fatorque contribuiu para oar Questões territoriais naAméricaLati Questões territoriais Textos e Debates 34

, Boa Vista, v. 1, n. e com o Peru a e comoPeru 33 Memorando de . ------

232 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 la infraestructura vial.Amsterdam: CEDLA/UVA,la infraestructura 2007. problemática Construcción PAL: de Chile, 2006; VAN Santiago DIJCK,Pitou; DEN HAAK. y sus afluentes principales en Brasil, Colombia, Ecuador y Perú. CE en lacuencacentral-occidental amazónica detransporte corredores MEIER. 142-151; BARA NETO, Pedro;Ricardo J.; SÁNCHEZ, WILMS SãoPaulo:Legal; Hídricos e da Amazônia 1996. Memorial, v.3. p. Amazônia a unacarretera. de In: PAVAN, a través Crodowaldo (Coord.). suvinculación de problemática la fico: 37 poblacion>). www.dane.gov.co/index.php/estadisticas-por-tema/demografia-y- tica. AdministrativoDepartamento COLOMBIA. Nacionalde Estadís 36 ). e Estatística. Tabatinga.cidades: Amazonas: [2016?]. Brasília, Disponível em: Geografia de Brasileiro Instituto BRASIL. 35 penais. Esses temas, entretanto,são consequência não e energia,segurançaedefesa, questões infraestrutura guintes, são entorpecentes, as matérias preponderantes aoPactosão pertinentes Amazônico. Muitos desses temas recursos naturais e infraestrutura. clear, medidas sanitárias, cooperação técnica e científica, dos parceiros:comércio,maioria dos coma energianu “pacote” de acordos genéricos de temas variados firma pelas maisdiversasses sejam prioritárias razões,um há dramática. rior, referente aColômbiae Venezuela, é aindamais gundo, ante porque asituação retratada noparágrafo porque são Estados de emancipação recente; em se de tratados é bem maisresumido. Emprimeiro lugar, ao OceanoPacífico de umdosprováveisesteja rota na deacesso corredores Brasil, embora dispõe deáreaslimítrofescomo não dor batinga a cidade tríplice de fronteira Brasil-Colômbia-Peru, Ta na regional umcentro possua embora demográficos, vazios hoje constituem países ainda grandes primeiros secundária. fronteiriças doBrasilcomosdois As zonas VenezuelaColômbia, e Equador tinhamumaposição riça commaiordensidadedemográfica. frontei tocante Bolívia, trata-se de umaárea à tudo no linha demarcatória alcança 2.995 km. Além disso, sobre Na parte final da década de 1980 e nas décadas se décadas nas e 1980 de década da final parte Na Nota-se que, conquantoasrelações com algunspaí Com aGuianae oSuriname, obviamente, onúmero com do TCAosdiálogos Antes das negociações Demografia y población y Demografia Cf. AMAYO ZEVALOS, Enrique.y el Pací La Amazonía (fonte: 40.673 de era 2013 de fim no estimada população A (Fonte: 58.314 de era 2013 de fim no estimada população A 35 Hacia un desarrollo sustentable e integrado de la Amazonía Hacia undesarrollo –contígua a Letícia . Brasília: Ministério do Meio Ambiente,do . Brasília:Ministério dosRecursos : IIRSA y las asociaciones público-privadas en 37 . Bogotá, [2016?]. Disponible en:

233 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 relatório final dessa CPI foi publicado no Diário da Câmarados da de22fev.Deputados Diário 1994. no foi publicado CPI dessa final relatório O Amazônia. da Internacionalização a de Inquéritosobre lamentar Rio de Janeiro, deu início àComissão Pardos Deputados a Câmara 41 Fundação GetúlioVargas, 1991. DESENVOLVIMENTO. 40 Todavia, osegundodocumento apresentaumaredação depolíticaspúblicas;dívidaexterna. formulação ção na ambiental; direitos dos povos e sua participa indígenas da educação e daconsciência promoção progresso; recursos naturais naconsecução do bem-estar e do volvimento sustentável; livre direitode utilização dos funda muitos dos temas da sua antecessora: desen com VistasàCNUMAD. cumento de Posiçãodos Países Conjunta Amazônicos e a Declaraçãode o Do Manaus sobreaCNUMAD cumentos foram aprovados aos 11 de fevereiro de 1992: Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) cutidas das NaçõessobreMeio Conferência na Unidas no intuito de definir posições conjuntas que seriam dis vos etóxicos. de resíduos radioati com a transferência internacional e o desarmamento com exclusivamente pacíficos), fins nucleares e uso daenergia nuclear para crição dasarmas questão com a nuclearpreocupação ressaltado éa (pros ceira e tecnológica. Um último ponto que merece ser os quais deveriam promover ações de cooperação finan aos Estadosdesenvolvidos, daAmazônia conservação da responsabilidadepela atribui parte ainda Amazônia senvolvidos eem desenvolvimento. ADeclaraçãoda entre a disparidade ospaíses de e para dívida externa da crise da decorrentes os problemas a atençãopara econômicas e sociais de seus povos. Também chama só épossívelAmazônia das condições comamelhoria adoção de medidas de proteção domeio ambiente na do to sustentável, amplamente difundido com a publicação redação em sintonia com o conceito de desenvolvimen ambiental ecooperação. Odocumento apresenta uma dos conservação elementaresTCA: soberania, do princípios alguns reafirma que – parágrafos dez em vidido vou-se a Relatório Brundtland A declaração presidencial de 1992 reafirma e apro e reafirma 1992 de presidencial declaração A A segunda Reunião dePresidentes foi convocada declaração presidencial destaca A primeira que a apro presidencial, encontro primeiro do final Ao Registra-se que pouco antes da realizaçãoCNUMAD, no AMBIENTE E SOBRE MEIO MUNDIAL COMISSÃO Declaração da Amazônia da Declaração em1986 Nosso futuro comum Nosso futuro 40 , umtextosucinto – di . . 2 ed. Rio de Janeiro: 41 . Doisdo ------defendida pelospaísesamazônicos: bem aposição 4ao8daDeclaraçãorepresentam grafos derante e ao papeldospaíses desenvolvidos. Os pará mais áspera em relação aomodelo econômico prepon 43 MRE daOTCAparaaConferência Rio+20. dos em 2010. Em novembro de 2011, aprovou-se a Declaração dos Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica foram promovi 42 francês vembro, também contoucomapresença do presidente de dezembroemCopenhague. dança Climática (COP15), entre realizada os dias7e 18 cos na 15.ª Conferência dasNações Unidas sobreMu conjuntas a serem apresentadas pelospaíses amazôni posições definidas fossem que para 2009 de outubro da segunda. O encontrofoiconvocado pelo Brasil em teceu em um contexto, aparentemente, semelhante ao comum masdiferenciada sobretudo,MAD prioriza, o O encontro, realizado em Manaus, no dia26 de no A terceira Reunião de Presidentes da OTCAacon CNU a sobre Nota-se Declaração deManaus que a Na VIII reunião dos MRE, em 2004, aprovou-sedos MRE, VIII reunião Na participação a Encontros semelhantes relacionados à10.ª Conferência das 43 . Apesar de anteceder . Apesar uma conferênciaglobal, comerciais e em resolvermedidas para oproblema maior acesso a tecnologias, na ampliação dos fluxos se traduza na expansão dos recursos financeiros, no que atitude em relaçãoàcooperaçãointernacional, ambientais está estreitamente vinculada aumanova meio ambiente. Portanto, asoluçãodosproblemas fundamental e grave efeito da deterioração do 6. O subdesenvolvimento é, por sua vez, causa condicionantes aospaísesemdesenvolvimento. controles ecológicos podem pretenderimpore não qual pela suficiente razão ambiente, meio do países desenvolvidosdeterioração progressiva na 5. responsabilidade dos É reconhecida amaior condenada amaioriadossereshumanos. deterioração doecossistema aque e tem a pobreza dos paísesem desenvolvimento, especialmente, a de meioambiente dos problemas estão raiz na produção, consumo e distribuição internacionais 4. nossaReafirmamos convicção que os padrões de do mercado. que deverá transcender asimples lógica dasforças dosEstados e dos indivíduos,decidido parte por ambiente requer, ademais, um esforço consciente e 8. A superaçãodaproblemáticaatual do meio princípios. baseada em novos internacional da cooperação contam comoapoio se não a pobreza eliminar para insuficientes serão urgência de internas Medidas 7. da dívidaexterna. eorespeitoàsoberania. princípio da responsabilidade da responsabilidade princípio 42 ------

234 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 o técnicosaconsolidar lostrabajosenelmarcodel Tratado.” a todos aquellos países que han contribuido con recursos financieros expresar unpúblicoagradecimiento para también debe ser propicia ministerial reunión internacional.La financiamiento de fuentes las y sean atractivos valor para sean de interés agregado regional, tengan manente. En este sentido, debe tomarse en cuenta que los proyectos apoyen lassolicitudes Secretaría,Tempore seaésta de la Pro Per o do, que los Ministros pueden estrategias proponer de los Gobiernos para financiar tales proyectos,generalmente costosos. En este senti cución de proyectos, pues los respectivos países carecen de recursos yeje la formulación para tinuará derecursosexternos dependiendo “Es una realidadque el Tratadocon Amazónica de Cooperación cia financeiradasaçõesdoOTCA: em realizada abril de 2000, reconhece-se, a dependên abertamente, Internacionais), Financeiros e Técnicos Recursos – 10 (item MRE vadosa VIReunião para daOTCA.NaAgenda pelosórgãos de é umaconstante documentos nos apro internacionais organizações 44 AndinadeFomento.e daCorporação dores, da representantes França, da Comunidade Andina de Nações da IX Reuniãoiparam dosChanceleres, na condiçãode observa seguinte,da OTCA.Noano nostrabalhos partic de observadores nais Permanentes. e) estabelecimento ereativaçãodas ComissõesNacio externos financiamentos de OTCA da dependência a de países,financiamento nospróprios afim de eliminar com os Estados-partes, para identificar possíveis fontes um estudo pelaSecretaria Permanente, em coordenação de d) elaboração talecimento da Secretaria Permanente; de umanovab) elaboração Estratégica; c) for Agenda temas: a) renovaçãodo papeldaOTCA; e modernização e cobrem osseguintes apresentadas em sete parágrafos da eequitativa”. participativa, compartilha uma “administraçãointegral, consecução do desenvolvimento sustentável na região a da unidadesul-americanaeassocia-se a fortalecimento tância da cooperaçãoentre os países amazônicos no metas do TCA.Nopreâmbulo, reconhece-se a impor os principaiselementosdodocumento. observar tenha fracassadoparcialmente, éimportante a Organização de Estados sobre Chefes aprovou-se, naterceira, um novo texto, a perdeu muito desuaimportância. reunião a que modo de (França),Sarkozy Nícolas e na) JagdeoLuís Inácio LuladaSilva (Brasil), Bharrat (Guia dos paísesparticipantes. Somente estiveram presentes presença dos chefespela baixa foi marcada de Estado assim comoacúpula presidencial de 1992, essa última As decisões Declaração de2009 adotadas na são e de 2009 alguns princípios Declaraçãoatualiza A reuniões delíderes,nas duasprimeiras Assim como A captação de recursos juntamente a governos estrangeiros e estrangeiros captação derecursosjuntamente governos A a . Embora o evento. Embora Declaração dos 44 ------; sistemas; segurança alimentar; saúde;fomento do eco recursos hídricos comvistas àsegurança de seus ecos desenvolvimento; proteção, dos e preservação gestão político dospovos e tribais e seu consequente indígenas institucional e mentação de tais medidas; fortalecimento tentável e àcaptação de recursos queassegurem aimple ção dodesmatamento, aoaproveitamento racional e sus da biodiversidade meio de por ações destinadas àredu cooperação regional amazônica; proteção e das florestas da Estratégica: visão integral serem incluídas naAgenda 3). Constituem metas a mento econômico” (parágrafo odesenvolvimentolação local, lograr globale ocresci amazônicos para melhorar a qualidade de vida da popu tentável e racional dabiodiversidade e outros recursos complementares e solidárias para o aproveitamento sus trias regionais”; e “adoção de alternativas econômicas fundamentais:por doisprincípios “redução dasassime cluir ações de curto,prazoe ser orientada médio e longo Na VIReunião(Caracas, de MRE, de 2000), abril foi aprovado desafio asersuperado. um permanecem financeiras dificuldades as entanto no ganização, a execução um fundo que das garantiria atividades e projetos da or de criação a época à Idealizou-se financiamento. de fontes outras contribuições dos Estados-partes,administrar poderia aOTCA 46 consultar osítiooficialdaOTCA:. (Lima, nov. mais detalhadas e atualizadas, 2010). Para informações 45 mento externo financia do dependência região.A da fora de recursos da captaçãode Amazônia na as açõesdecooperação par reconhecimento dencial éo da necessidade de emanci riamente àregiãoamazônicataiscomoosquilombolas. origina indivíduospor pertenciam que não formados só dospovosção não indígenas, mastambém de grupos bais”. Reconhece-se, portanto, anecessidade de prote aexpressão“povos e que tri foi empregada indígenas -se a influência daConvenção 169 daOIT(1989), visto Estratégica realizadas em 2006–àsações daAgenda de Saúde e de Proteção Social edeMinistros de Defesa, teriais Setoriais –aexemplo dasreuniões de Ministros Minis Reuniões das incorporação florestas); versidade, para acooperação amazônica(mudança climática, biodi realizadas pela SP sobre temas centrais das negociações respeito aoconhecimento tradicional; prosseguimento com tecnológico e científico desenvolvimento turismo; Estabeleceu-se que a Agenda Estratégica deveriaEstabeleceu-se que aAgenda in Outro pontorelevante na terceira declaraçãopresi No que diz respeito às populações tradicionais, nota No Plano Estratégico 2004-2012, ficou previsto que, além das além que, previsto ficou 2004-2012, Estratégico Plano No Estratégica foi aprovadaA Agenda naXReunião dosMRE 46 tem sido umaconstante das atividades 45 . ------

235 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 países daHileia.São Paulo: Hucitec, 2005. 2009; PROCÓPIO, Argemiro. 3. ed. Curitiba: Juruá, segurança política humana, internacional. alimentar, segurança ambiental, agronegócio, segurança energética, Cf. PROCÓPIO, Argemiro. OTCA. com a pouco comprometimento dosEstados-partes o car 47 port ORGANIZATION. COOPERATIONdados foramcolhidosinAMAZON TREATY (BID).Os 1.900.000,00 US$ (UNCTAD); 200.000,00 US$ GEF); US$ – Fund externo: Environment (Global financiamento 700.000,00 US$ (FAO); do 380.000,00 dependência a evidencia que o OTCA, orçamento da ao foisuperior ismos intergovernamentais mesmoperíodo,No acaptaçãoderecursosprovenientes de organ bro de 2005, a SP administrou um orçamento de US$ 1.218.193,64. Guiana e Suriname: US$ 22.792,00 (2%). De maio de 2004 a setem US$ 398.860,00 eVenezuela:(35%); Peru Colômbia, US$ 182.336,00; US$ 74.074,00 seguintes (6,5%); valores:Brasil: Bolíviae Equador: Parao montante referido,compor com os osEstadoscontribuíram seu território,ao foi proporcional capacidade contributiva. masà nutenção da SP.de responsabilidadecadaEstadonão Oquinhão um orçamentoanual1.139.600,00 instalação ema de US$ a para bonsresultados. satisfatório gere marco normativo do,sem um pan-amazônica da burocracia se a expansão institucional. Questiona-se, contu mento da estrutura fortaleci no investe-se eficiente, normativo marco um OTCA existe uma lógica inversa: diante da ausência de Na o desenvolvimento organizacional. da estrutura eseconsolidaantes ou juntocom surge ma normativo insttuconal 7. A concretas. as intenções vão se converter efetivamente em medidas âmbito regional.Resta no de suaimagem zação saber se dar continuidade brasileiro dogoverno à valori forma dos países de menor desenvolvimentoparte por e uma pode ser,amazônicos mesmo tempo, ao umacobrança a questão da captação de países recursos nospróprios que Infere-se Internacional. Monetário Fundo o para acontribuir solidez maior da AméricaLatina e chegou de pontos dos um como afirmou-se mundial, projeção significativa uma época à obteve Brasil o instabilidade, ca mundial,desde 1929. da consideradaapior Apesar uma gravepor presidencial émarcado crise econômi da OTCA,oqueprejudicadinamismoentidade : may 2004tooctober2005.Brasília: PS/ACTO, 2005. Nas sociedades humanas, um siste normalmente, O momento de da terceira elaboração declaração Argemiro Procópiotem sido uma das principais vozesArgemiro a criti nálise

críti Integrating management re the Continental Amazon: a

d Sub a Destino amazônico

evolução de senvolvimento sustentável:

: devastação nos oito norm a tiv segurança a

e 47

. ------dos países sul-americanospode contribuiu,masnão domodelodemocrático em muitos A reconstrução cúpulapresidencial em1989? primeira foi a co maior o relançamento quais do TCA,cujo as razõesparamar todavia deve-se questionamento: fazerumimportante da de 1980, esse ambiente sofreu profundas alterações, déca da fim cooperação.No de regime do inércia pela do Pacto seguiram àentradaemvigor marcados foram práticos.se realizouemtermos extraordinárias,entanto,discutiram otema; no já pouco então,e e várias reuniões do CCA dosMRE,ordinárias te a IX Reunião dosMRE(novembro de 2005). Desde deuma negociação da OTCA.Cita-se,exemplo, por de do Peru aproposta mais retóricosdoque práticos, mesmo após acriação – nota-se que os avançosinternacional são ganização – antes amazônica somente um tratado, hoje umaor Yanomami 49 48 mi dosíndios Ianomâ e aslutas pela demarcação dasterras líder seringueiro ChicoMendes em dezembro de 1988 sa e foramdifundidosmundialmente. Oassassinato do também alcançaram os meios de comunicação demas pela “reativação” dessas duasinstituições. o estabelecimento da OTCA,sãoconstantes os apelos ridades governamentais,Desde sobretudoaprimeira. iniciativasreceberam odevidocuidadodasauto não e do ParlamentoUNAMAZ Amazônico;todavia essas adotadas, foram importantes aexemplo dacriação e Desenvolvimento (CNUMAD) Conferência dasNações sobre MeioAmbiente Unidas e em dezembro de1989 convocou-seinternacionais a ecológica estavaforos dia dosprincipais ordem do na foi igualmente reativo. No fim dos anos 1980, a questão nhado de uma revisão crítica do quadroinstitucional, do projetode cooperação amazônica,emboraacompa mento mais reativo doque propositivo. Orelançamento mas nãodevem sersobrevalorizados. no âmbitodaCANtambém são elementos importantes levariamà criaçãodoMERCOSUL e as conversações fator.como oprincipal ser apontada que Osdiálogos 49 Conforme registrado anteriormente, osanosque se registrado anteriormente, Conforme a evoluçãoAo se analisar dosistema de cooperação Os problemas ambientais e a Amazônia, em especial, Os problemas ambientais e aAmazônia,em especial, e aassinaturadoTCAfoiummovi A negociação – dispersos em áreas pertencentes aBrasil e Vene –dispersos em pertencentes áreas Sobre aquestão Ianomâmi,cf. BARAZAL, Neusa Romero. Resolução 44(XLIV)daAssembleiaGeralONU. : umpovo em luta pelosdireitos humanos.Paulo: São Carta Amazônica Carta 48 , apresentadaduran . Algumasmedidas ------

236 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 economia brasileira nos anos90 53 2009. rique Cardoso(1995-2002).Curitiba: Juruá, globalização assimétrica Bruxelles, 2008; SILVA,Luiz Reis André da. et les États-Unis Européenne 52 São Paulo: FTD, 1998. jurídica e sua construção ternacionais Augusto Guilhon; OLIVEIRA,Enrique Altemani (Org.). ao debate. Brasília: IPEA; CEPAL, 2003; ALBUQUERQUE, José 51 estatal.SãoPaulo: deum território IMESP,construção 2000. 50 intencionalmente referênciasantagônicas. indicadas foram isso por conflitantes, opiniões e debates gera hoje Ianomâmi EDUSP, 2001; BARRETO, LimaMenna. Alberto Carlos as privatizações de estatais companhias e as políticas de mentos dos quais os mão,Estados lançaram citam-se monetária estabilização e inflação controle da estatal, dução damáquina os esforçospor investimentosluta por ressaltados: a estrangeiros,re a uma zonadelivre comérciopan-americana de em uma alternativaram norte-americana àproposta mente,se converte Europeia asrelações com aUnião do comércio com osvizinhosdosubcontinente; igual sim, ospaísessul-americanos investiramampliação na de LivreÁrea das Américas(ALCA) Comércio contraasinvestidasvistos como possíveis barricadas da comércio regional.MERCOSULa ser passaram e CAN tários estavam do maisvoltadoso fortalecimento para da CúpulaTerra,os projetossul-americanos priori apresentadas naCNUMAD. serem a Estados-partes dos conjuntas posições definir de do encontroeraaelaboração um documento para aberto propósito o contas, de Afinal TCA. do mento de 1992, ro evidente deixa reativoo caráter dorelança ções se voltavam cada vez maisparaaFloresta Tropical. considerada acidade maispoluídadomundo, asaten localizadabrasileira noEstado de SãoPaulo –tenha sido nhou notoriedade mundial. EmboraCubatão –cidade uma campanhacontra ainvasão e ga de áreas indígenas europeus, britânico Sting, em acompanhado do artista países vários visitou Metuktire Raoni caiapó cacique O globaldosproblemasamazônicos.onda depercepção zuela –e Caiapó Outros aspectos dadécadade1990 merecem ser Nos 1990,anos emboraoBrasiltenha sido país-sede A segunda cúpula presidencial, em realizada feverei GAMBIAGI, Fabio; MOREIRA, Maurício Mesquita (Org.). SANTANDER, Sebastián. BAUMANN, Renato (Org.). MENEZES,Lúcia Pires de. Maria . Riode Janeiro: Bibliex,1995. A questão ainda Ianomâmi : a política externa do governo Fernando Hen Fernando governo do externa política a : 50 tiveram umpapel relevante nanova . Bruxelles: Éditions de l’Université. Bruxelles: de . RiodeJaneiro: BNDES, 1999. : a ALCAe os blocosinternacionais. Le régionalisme sud-américain, l’Union A Alca eoBrasil A ParqueIndígena doXingu 53 . Dentre os instru Do otimismoliberalà : umacontribuição 52 . Relações in 51 A farsa . As : a A ------com a Organização Pan-Americanacom a Organização de Saúde (fev. 2005); zônica –COICA(25 out. 2004); acordo de cooperação a daBacia Ama Indígenas Coordenação dasOrganizações com firmado entendimento, de Memorando 2004); set. (29 biodiversidade e florestas hídricos, recursos de conjunto na área mento OTCA-CAN sobre programa Bacia doPrata (30 ago. 2004); Memorando de Entendi da Comitê o com firmado cooperação, e informação de ta Amazônica (25 mai.2004); acordo sobre intercâmbio Flores da sustentabilidade de indicadores de lecimento cooperação financeira firmado com a FAO para o estabe acordo de como oscitados aseguir: mos internacionais e váriosfirmaram-se entendimentos com outros organis iniciativas foramtomadas e/ou apoiadaspela SP/OTCA nicas. apósacriação daOTCA,diversas que, logo Écerto lia, esperava-se um maior dinamismo das relações amazô enosetormineral. agronegócio calcadas no parte incentivo – em grande àsexportações Atlas, 2001. meio ambiente SOARES,Silva.Fernando1998; Press, Guido wood. 54 exerceramcertamente influêncianacriação daOTCA. florestas das proteção biodiversidadee climática, dança sobre mu internacionais aperfeiçoamento das normas 2000. A continuidade das discussões de e do trabalho de em 29dejaneiro de Cartagena cidade colombiana na adoção doProtocolosobreBiossegurança ocorreu Clima, foiconcluído em onze de dezembro de 1997. A tar àConvençãodo dasNações Unidas sobreMudança tal internacional em mente nha a evolução dodireitoambien normativa sem que sete pode serinterpretada institucional, não uma evoluçãodezembro de 1998, conquanto represente vação e UsoSustentável dosRecursos Naturais. do RioAmazonas;Iniciativa Amazônica paraaConser tável dosRecursos Hídricos Transfronteiriços naBacia e Susten por Mercúrio Integrado naAmazônia;Manejo Ação paraaCooperação Regional sobre Contaminação mento Sustentável Amazônico; proposta de umPlano de Desenvolvi do Solidário Fundo um de criação a sobre OTCABiodiversidade;Amazônica; Programa discussões Floresta da Sustentável Desenvolvimento de Programa daNatureza –UICN(19 jun.2006); para aConservação memorando de entendimento com aUnião Mundial Com a instalação em da Brasí Secretaria Permanente A assinatura do Protocolo de Emenda ao TCA em TCA A assinaturadoProtocolodeEmendaao HUNTER, David; SALZMAN, James E.; ZAELKE, Durn International environmental law & policy & law environmental International : emergência, obrigações e responsabilidades.: emergência, obrigações SãoPaulo: 54 . OProtocolode Quioto, complemen . New York:New . Foundation Direito internacional do internacional Direito ------

237 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 56 2004. p. 26. AMAZÔNICA. 55 não se resume a estabelecer a aquisição alianças para de Countries rum – (GECF Gás de Exportadores ses Paí de Foro do membros – Venezuela e Bolívia com tem buscado parceriasnocampoenergético, mormente ximação; de outro, sãoumpontode atrito. OBrasil com cautela: analisados favorecemde um lado a apro fronteiriça edefesa. trans segurança narcotráfico, energia, como delicados temas a relacionados estão conflitos Esses sustentável. eaaplicaçãodeummodelodesenvolvimentotrução cons a como assim conjuntas políticas de definição a prejudicam conflitantes interesses Porém, avanço. um nota-se OTCA, entre osEstados-membrosda mados encenação équasesempreamesma. a final, ao e, novamaquiagem uma usam tuídos,outros são substi o picadeiro; alguns artistas e arma-se lona às medidas pragmáticas. A cadareunião, levanta-se a dade, mas, insiste-se novamente, aretóricase sobrepõe declarações aprovadosda enti nasreuniões dos órgãos distantes. Nota-se uma continuidade nos documentos e mais que as conferências se de âmbito global tornam debates à medida desses importantes um arrefecimento iniciativa maisdoque louvável. No entanto, percebe-se é, decerto, uma a regiãoerepresenta questão vital para colo deKyoto” Nações Unidas sobreaMudançaClimática e o Proto pela Conferência dasPartes do Convêniodas Marco senvolvimento Limpo,adotados osacordos conforme os projetosde Mecanismo de potencial De para grande Os diálogos sobrerecursos energéticos devem ser Os diálogos fir multilaterais e bilaterais acordos aos tocante No Uma política pan-amazônica sobreabiodiversidade O Plano Estratégico 2004-2012“um ignora não Cf. sítiooficial: . ORGANIZAÇÃODO TRATADO DECOOPERAÇÃO 56 nos interessesdosoitoPaíses MembrosdaOTCA. das RelaçõesMinistros Exteriores, mascomfoco por meio da Decisão 523 do ConselhoAndinode pelos paísesandinos,como aadotada regionais que seja complementar aoutrasestratégias sub- internacional, aos diversos de negociação fóruns frente deposições articuladas a construção para o desenvolvimentopara sustentável daregiãoe comuns a criaçãode mecanismos e instrumentos da Biodiversidade,Amazônica que contribua para e adoção de uma Estratégia Regional[...] a formulação ). Todavia, apolítica energética brasileira Plano Estratégico 55 erecomendaa : 2004-2012. Brasília: SP/OTCA, Gas Exporting FoGas Exporting ------Cúpula Energética Sul-americana (Isla Marguerita, abril cipalmente,Venezuela da gia eMineração(19defevereiro de2009). com em a China,oProtocolosobre Cooperação Ener Entendimento na áreade Biocombustíveis (6 set. 2007); de 2007); março com Moçambique,de Memorando o avançarpara em Biocombustíveis aCooperação (9 de 2006); com os EUA,de oMemorandoEntendimento ça, a DeclaraçãosobreBiocombustíveis (25 de maio de Fran a com 2005); de setembro de (12 Combustível de Etanol tocolo deIntençõesaProduçãoeUso para Pro o de 2002);Guiana, (8 de coma abril de Etanol referente Tecnológicaà Cooperação na áreade Mistura citam-se: de Entendimento com aÍndia,oMemorando bilaterais sinatura de instrumentos subcontinentedo mediante as dentro efora a alianças e o mercadodosbiocombustíveis gás e petróleo; ao Brasilinteressa aumentaroconsumo social. Paris: LesÉditions del’Atelier, 2009. p. 45-57. Le Venezuela au-delà du PAGNON, Olivier; REBOTIER, Julien; REVET, Sandrine(Dir.). RECONDO, David. Pétrodollars et politiques sociales. In: COM macia, estratégia e política, Brasília, n.9, p. 233-251, jan./mar. 2009; energética da AméricaLatinae Caribe. A integração Washington, Dec. 2006; HERNÁNDEZ-BARBARITO,A. Maria relations.regional policyand energy review of 59 port 58 cao_deve_cair.html>. com.br/arquivo/31jan2010/economia/7298-tarifa_de_importa e vieram conhecê-lo.”etanol brasileiro Cf.

mythe : Chávez, la démocratie, le changement 59 . Quando da realização da I da realização da . Quando 58 57 . Dentre esses atos e para isso busca e para Inter-american DialogueInter-american Biofuels for trans DEP : Diplo ------,

238 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 erno Federal”erno 1.º). (art. do Govsituações ação imediata ecoordenada e fatosque exijam sobre medidas propor e deliberar - VII FederalLegal; Amazônia na sobre projetos de lei relativoseral; VI- opinar àaçãodoGoverno âmbito fed no Legal a Amazônia para integrada da políticanacional a implementação V - acompanhar peciais ou decaráter emergencial; aatender a situações que exijam providências es política, de forma a implementação ações dessa para IV- articular Legal; a Amazônia federais voltadaspara a execução para integrada da política nacional as ações dos órgãos das populações; III - e coordenar harmonizar domeio ambiente e a melhoriadaqualidade de vida e preservação econômicas, odesenvolvimento garantindo sustentável, a proteção estaduais e municipais,ernos considerandoasdimensões sociais e em conjunto com os gov Legal, a Amazônia para cional integrada as ações da políticana e II- articular coordenar Legal; Amazônia a para integrada da implantação dapolíticanacional panhamento enoacom - assessoraroPresidente da Repúblicaformulação na cujas competências fundamentais são:“I lamenta oCONAMAZ, (Lei 8.746 de 9 de dezembro de 1993). O Decreto 1541/1995 regu Provisórian. 370 (11 nov. convertida emlei 1993), posteriormente 60 Em (CONAMAZ). Legal Amazônia da selho Nacional da novaDentre encontra-se os órgãos o Con estrutura Legal” “Ministério doMeioAmbiente e daAmazônia em o MinistériodoMeioAmbiente foi transformado as ações da OTCA.Emoutubrode1993, epara Legal a Amazônia depolíticaspara formulação confusão na existe uma nua e adequada. No Brasil,particularmente, vernantes, fato que compromete uma malmente as comissões são reféns da vontade dosgo (CNP) asersuperado.do TCAé outro problema Nor menta elusoindiscriminadodelagua”. sidades de alimentos, encarece el precio de éstos e incre satisfacer para las nece forestales y la cantidadde tierra sis alimentaria, incrementa reduce la pobreza, las áreas cri que prácticabiocombustibles la contribuye es una a producir de alimentospara (2009): “El usoirracional 16 da DeclaraçãoVIICúpulaALBA parágrafo o uso da bioenergia, a exemplonarem abertamente do conde oficiais documentos de ponto ao teriormente, tico “etc.”. Entretanto, otomdodiscursomudou pos abertamente... em vez disso, optou-se um diplomá por os biocombustíveis,se atreve masnão amencioná-los etc.”.energia eólica, energia solar condena Otexto não minicentrais hidroelétricas,rios, tais como: geotermia, uso de todas as alternativas disponíveis em seus territó de investigaçãoconjuntos elinhas o estímulo para do “desenvolverãodispõe que os Estados-partes projetos são mencionados expressamente.não II O§4.ºdoart. nos objetivos dodocumento, masosbiocombustíveis mento de fontes alternativas de energia está incluído A atuação das Comissões Nacionais Permanentes A atuação das Comissões Nacionais Permanentes Essa transformação foipromovidameio daMedida por Essa transformação performance contí 60 ------. previstos, crescente do Brasilcom facilitará aintegração que,um ProjetoAmazônico além dosefeitos internos sua sas oportunidades. Lê-se, exemplo,por no item n. 2 da com osobjetivosda políticanacional doTCAemdiver 1995) Legal zônia aprovação daPolíticaa Ama para Nacional Integrada te aoTCA diretamen CNP funções que vão além daquelas ligadas riças, todavia osEstados-membros podem atribuiràs e o outroé dedicado a questões transfrontei interna primeiro. Poder-se-ia que um tem órgão vocação alegar convidadossegundo epodemterrepresentantes o no compõem Legal que Amazônia compreendem a rados os Estados fede no CONAMAZ; estão representados CNP também na nistérios que possuem representantes novembro de 2002, instituiu-se aCNP brasileira. Osmi integradaa Amazônialegalpara HÍDRICOS EDACURSOS LEGAL. AMAZÔNIA 64 integrada paraaAmazônia legal HÍDRICOS EDACURSOS LEGAL. AMAZÔNIA 63 Fazenda, deabrilasetembro1994. Ambiente, de dezembrode 1993 de a abril 1994, e do Ministérioda do Brasil,que esteveparte TCA por à frente do MinistérioMeio Rubensa atuação do embaixador Ricupero, do negociador principal PNIAL. Ressalta-senos militaresena tambémnessacontinuidade são elementos faixa defronteira do Estado na presentes nos pla econômico, deusinashidrelétricas,presença aumentoda construção biente político.física econtinental, regional crescimento Integração castrenses mas umaadaptaçãodosplanos ao novopleta ruptura am militares estãopresentes,que uma com se percebe demodo não civil, pensadores muitos por erno elementos gerados dos projetos gov um aprovadapor sido tenha PNIAL a Conquanto FIEAM). – Raimar S. Aguiar (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas e teólogo) e (filósofo Caramuru Raimundo como civil sociedade da de outros segmentos bém atuaramcomoconsultores representantes Wanderley Messias daCosta–USP, HamiltonTolosa –IPEA); tam UFRJ, – Becker Berta UFPa, – Mendes Dias (Armando brasileiros tores estivessem renomados especialistas e estudiosos da geopolítica madas,a equipe de consul dentre os nomesque embora integraram Ar Forças das desvinculados consultores de equipe uma de apoio tante mudança é o fato de ter sido o documento com elaborado o Impor brasileira. a Amazônia depolíticaspara dade daformulação ao mesmo tempo,representa, ummarco na mudança e na continui 62 61 nacional” no sistema mundial –resguardada,sempre, asoberania desafio de definir um novo e melhor padrão de inserção os demais a enfrentaro países e amazônicos oajudará A principal medida adotada pelo CONAMAZ foi a pelo CONAMAZ medida adotada A principal BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOS RE DOS AMBIENTE, MEIO DO BRASIL. MINISTÉRIO RE DOS AMBIENTE, MEIO DO BRASIL. MINISTÉRIO (PNIAL) A PolíticaLegal a Amazônia para Integrada Nacional V. XXIIIdoTCA. oart. Concepção Básica Concepção 63 . Esse documento demonstra umaclarasintonia 64 61 . 62 . , meio por da Resolução n. 4 (14 de julho : “[...] delineia-se a estruturação de : “[...] delineia-se a estruturação . Brasília: CONAMAZ, 1995. . Brasília:CONAMAZ, p. 15. Cf. . Brasília:CONAMAZ,1995. Política nacional Política nacional ------

239 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 Amazônia. tou o Projeto de Lei 264, que a criaçãodoMinistérioda autoriza 66 Federal. já havia feito questionamentos semelhantes na tribunadoSenado Em 1999 o senadorJefferson Peres, do Amazonas, representante da área(Cf. DiáriodoSenadoFederal, 20mai.2008). o surgimento de discursos sobre a internacionalização do paísepara fato que o questionamentocontribui para da capacidade gerencial a Amazônia, mentar reclamoudaausência de políticaspúblicaspara fendeu do Senadoareativaçãona tribuna O parla doCONAMAZ. – de brasileira mais ocidentallocalizado naporção daAmazônia doPresidente da República, do Acre, representante Estado partido 65 Gerais. Básica e o item 10 das Diretrizes também o item n. 6 da Concepção e aOTCA,mesmoque indiretamente,a contribuiupara anos 1990, o MERCOSUL passavauma grave por crise dos fim no 1970; de década na Itaipu de barragem da construção relativasà discussões das quando Foiassim ções com os vizinhos doConeSul sofrem algum abalo. quandosuas rela brasileiro ordem dodiagoverno que tende a cooperaçãoamazônica a ser colocada na Protocolo de Emenda, duas décadas depois, percebe-se quedo período antecede a assinaturadoTCAe do seu Ao se relação àUNASUL. fazer umaanálisecomparada (MERCOSUL e CAN); e o mesmo pode ser dito em do subcontinente projetosde integração dois principais lugar-comum nos documentos aprovados noseio dos de desenvolvimento ambientalse tornou e preservação exatamente seus para países-membros? Aconciliação põem asrelações sul-americanas, oque ela representa de conferências,ranhado declarações e siglas que com uma crise OTCA passapor de identidade. Nesse ema dos objetivosalcançar Estados-membros no propostos. tantemente repetidas, o que demonstra a dificuldade dos tos”, “medidas efetivas”,realidade” são cons “tornar expressões como “ações concretas”, “projetos concre revelaou nasreuniõesdeMRE reuniões doCCA que documentos detalhada dosprincipais aprovados nas das vezes,maioria leitura saem elas do papel.Uma não sãopositivas.nais e intergovernamentais Contudo, na cedem o estabelecimento e projetosnacio de órgãos criação deumMinistériodaAmazôniaLegal tiva mais leve e eficiente, mas, em vez disso, propôs-se a coerente investir político-administra em uma estrutura to outroexibeumaaçãopoucodinâmica Em relação à sua função no contexto regional, a As intenções apresentadas nas discussões que ante Apesar daexistência de dois órgãos, tanto um quan Em 2 de agosto de 2005, Valdiro Senador Em 2de agosto Raupp apresen Em maiode 2008, – membrodomesmo o senadorTiãoViana 65 . Seriamais 66 . ------defesa da integridade da Amazônia eram assuntos daAmazôniaque defesa da integridade discutir a para complementação econômica eumforo Regional Sul-americana(IIRSA). fraestrutura específico,um foro aIniciativa daIn aIntegração para cia secundária. pelos EUA àOTCAumaimportân relegar –acabapor Equador e do usode instalações militares colombianas – aexemplocom Venezuelados atritosdeColômbia e os Pactualpaíses da Amazôna no âmbitodaUNASUL -amazônica iniciativa da norteadores sejam princípios berania pan e so regional cooperação embora UNASUL, mente na realização daprimeiraCúpulaSul-americana em 2000 que houve umfavorecimentoambiente necessário ao à aproximação doBrasilcom os países da CAN, de modo 69 2009. Curitiba: Juruá, tián; CAYÓN PEÑA,Juan (Org.). 68 2009.p.Cardoso (1995-2002).Curitiba:Juruá, 155. zação assimétrica brasileiras”. SILVA, AndréLuiz Reis da. foi atendida. Daí emdiante,não criou empecilhos às exportações Governomedidas do desequilíbrio e o compensar para brasileiro ao dólar, viu suas vendas a Argentina o Brasilcaírem. para Pediu do realdiante do dólar, emde janeiro 1999. Com opesoatrelado 67 exer países os formalmente externo; financeiro auxílio tar umapolíticasocioambientaleficiente. implemen dos EstadosdaHileiapara das nainaptidão se revelaas pressõesmotivaargumento contra umbom e perante ospaísesdasbaciasPlatinaeAmazônica bra regional e global, poisreforçasua capacidade de mano geopolítico deinstrumento serve OTCA a amazônica, dentes e concorrentes. Parapotência o Brasil,principal coinci sufocar uns aosoutrose que possuem agendas sul-americanos começam a cooperação e integração rias nassuasrelaçõesregionais. conseguiu reinserção detaismaté a brasileiro governo Conselho de Defesa Sul-americano demonstram que o entre MERCOSUL e CAN e o A IIRSA, os diálogos dasnegociações nodecorrer ou mitigados primidos doTCA,porémforamsu apareciam noAnteprojeto Chama-se a atenção para o fato que integração física, fato que o integração atenção para Chama-se a física sul-americanatambémdispõede integração A Segurança e defesa são temas discutidos prioritaria As ações da SP/OTCA ainda são dependentes do são dependentes As ações da SP/OTCA ainda Constata-se, portanto, que os diversos projetosde Cf. os artigos VIII, IX, X e XII do Anteprojeto doTCA. VIII,IX,XeXIIdoAnteprojeto Cf. osartigos CARVALHO, LeonardoArquimimo de; GARAY VERA,Cris “De fato, a crise no Mercosul começou com a desvalorização 68 : a política externa do governo Fernando Henrique Fernando governo do externa política a : . A discussão de problemas e tensões discussão . A de problemas entre Segurança na AméricaLatina e defesa Do otimismo liberal à globali 69 67 ------. . - .

240 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 Doacoes/>. fundoamazonia.gov.br/FundoAmazonia/fam/site_pt/Esquerdo/ provenientes da Petrobras, e Alemanha. Cf.: . ). Espera-se que uma parte considerável). Espera-se que dessas uma parte do Programa das Nações doPrograma 70 , vinculado 71 . slo ------Law) aelecontemporâneas. (TWAILWorld –Third Approaches toInternational tras so entredoTCAeou aintençãodosidealizadores internacional positivamenteo direito para originais com abordagens doTCA,poderiamter contribuído ca da negociação países em desenvolvimento. Ospaíses da região, àépo sibilita inúmerosdebates de interesse e propostas dos membros daOTCA. é umindíciorazoávelGuiana dadisputavelada entre os diante do reconhecimento amazônicos do presidente da dos países cio dasagências de parte notícias da maior dos vizinhos.parte explícito por tem um apoio silên O Venezuela,com a territorial fatos que comprome são em vernamental novembro de 2007, bem como olitígio da sua floresta tropical ao controle de umago entidade sília, v. 12,n.1,p.338-354, 2015. do direitointernacional? história 73 Internacional tivas dospovosdireito internacional. ao indígenas safios das TWAIL no contexto latino-americano a partir de perspec 72 regionalforte. tria farmacêutica dentre outraspossibilidades,ria, alavancaruma indús cursos naturais. Aricabiodiversidade pode amazônica re dos inventário minucioso um e científica pesquisa criação e valorização de universidades e institutos de isso, contudo, serianecessário um intensoprocessode gerados.var Parao númeroeaqualidade dos empregos ele dos mesmosa industrialização poisissopermitiria extrativismo e seus derivados), preferencialmente com (madeira, minérios,amazônicos produtosderivados do os produtos de preço mínimopara políticas de garantia de definição a e científico desenvolvimento o são rizar nio retórico. domí ao restritas mais ficaram indígenas e ambientais entre classes sociais internamente.Assim,asquestões vam – entre povos –mesmo que não abertamente ou futavam arelaçãocolonialentre Estados, mas a tolera comumre amazônicos masdiferenciada. Os governos desenvolvimentoda responsabilidade princípio ouno dospovos,midade na autodeterminação no direito ao ouanti-imperialistas e buscamlegiti cursos libertários Muitas dessas abordagens estão relacionadasadis Muitas dessas abordagens é um tema pan-amazônica que A cooperação pos Duas áreasestratégicas que a OTCAdeveria prio GALINDO, Bandeira.ParaRodrigo a George que serve FRANCO, Fernanda Cristina de Oliveira. e Oportunidades de Abordagens do Terceiro Mundo ao Direito Internacional Abordagens do Terceiro MundoaoDireito , Brasília,v. 12, n.2,p. 226-244, 2015. 72 , 73 . Noentanto, nota-se um descompas Revista de Direito Internacional deDireito Revista Revista de Direito deDireito Revista , Bra ------

241 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 el derecho internacional. BuenosAires: Latinoamericano,el derecho internacional. 1991. primas matéria-prima, sugere-se FANTA, Alma. 76 amazônica. Brasília:MMA,2006. p. 47. floresta da sustentabilidade de priorizados indicadores 15 de amazônica dação floresta da sustentabilidade de indicadores e critérios sobre 75 nível daunidadedemanejoflorestal –UMF;nível global). dação dosindicadores, (nível divididos nacional; em três categorias processo devalio para de palco os Estadosque serviram foram escolhidaspaís. áreas-pilotoemcada e foram Brasil, AcreePará No A execução doprojetolevou quase (jul. dois anos 2004 a mai.2006) técnica (TCP/RLA/3007(A)). do à FAO e as duas entidades celebraram um acordo de cooperação submeti e OTCA pela elaborado foi Amazônica Floresta da lidade O Projeto de Validação de de 15 Sustentabi Indicadores Priorizados que osmesmosdeveriam passarporumprocessodevalidação. iniciais,trabalhos e decidiu-se escolheram-se 15 comoprioritários em junho de 2001. realizada Dos 77indicadoresenumerados nos uma segunda reunião em Tarapoto,à SPT/TCA organizar aqualfoi 1998), aprovou-se meiodaqualse recomendou uma resoluçãopor Tarapoto (Peru) em fevereiro de 1995. Na IX reunião doCCA(out. cadores desustentabilidadeteve daAmazônia cidade de iníciona 74 recursos daAmazônia. deverealidade e aos à seradaptada participam, OTCA da membros vários quais das específicos, produtos de dematérias-primase de paísesexportadores nacionais giões e escassos em outras re abundantes em seus territórios minerais recursos de preços de política a influenciar de tém entreasmaioreseconomiasdomundo. mais deduzentos milhões dehabitanteseque se man são muitode um paíscomumapopulação tímidospara investimentos os contudo, financiadores; principais os como aindapermanecem as agências governamentais Brasil, no que, certo É nacional. científico volvimento mediante o desen sobre aAmazônia cício da soberania oexerse posicionem e ações priorizem que garantam as brasileiras,as autoridades nacionais, não mormente a validaçãopara deste indicador” nonível necessário desagregadas possuem informações te, lê-see que Estados não “os orçamentosdaUnião zões apresentadas peloMinistériodoMeioAmbien educação e transferência de tecnologia. Dentre as ra inclusive o de número 5: Investimentos em pesquisa, Tarapoto de (Processo Amazônica Floresta da Sustentabilidade Projeto de Validação de 15 de Indicadores Priorizados Além disso, as nações teriam amazônicas condição No Brasil, quando darealizaçãodos trabalhos do Sobre a constituição de associação de países exportadores de Sobre aconstituição de associação de países exportadores BRASIL. Ministério doMeioAmbiente. indi de definição a para processo um de desenvolvimento O : el derecho a organizarse: las asociaciones de productores en : elderechoa organizarse: 76 . Portanto, inter a experiência das organizações 74 ), quatro indicadores não foram validados,foram não indicadores ), quatro 75 Países de materias exportadores . É preocupante que Processo de TarapotoProcesso : vali ------senvolvimento sustentável.obstante, Não outros objeti de e o soberania fundamentais: a dois princípios sobre 8. C duos epessoasjurídicasnacionais. trariam facilidade estabelecer para parcerias com indiví encon não floresta da biodiversidade na interessadas rio, asredes de comércio ilícito e empresas estrangeiras associado às medidas acima mencionadas; caso contrá tanto,sentido quando sófaz de suaimportância, apesar sociais efetivos. ganhos mas isoladamente não gera Por voltado para a fiscalização é uma necessidade constante, aparato O etnobiopirataria. e à biopirataria combate à e fiscalização de ações as positivoque mais do impacto pode terum de preçosmínimos políticas garantidoras e desenvolvidas pornações e entidades alienígenas. Mas nia e de utilização deseus recursos naturais concebidas daPan-Amazônorar oimpacto daspropostas de gestão floresta estavagrande na ordem do dia; seria ingênuo ig ção dasoberania dosEstados sobre osquaisse espalha a afirma a Obviamente internacionalização. da fantasma de Itaipu) e o dabarragem em virtude sil e Argentina entre países andinos/amazônicos, problemas entre Bra vários países sul-americanos ( os atritos entre cedem aassinatura do TCA,mormente quepre negociações e conversações as influenciaram cretos substanciais. Questões não puramente regionais sul-americanas.ração eintegração de objetivos entre as entidades de coope concorrentes regionais.Verifica-se,declarações existência portanto, a nos acordose SA; aproteçãoambientalé recorrente da IIR física é o carro-chefe consolidação; aintegração MERCOSULCAN,e na em fase de uniõesaduaneiras elemento comercial éo que se sobressaino integração ricanos ( constitutivos e projetos sul-ame de outrosorganismos acordos nos figuram OTCA da objetivos vários TCA, do Protocolo de Emenda ao daentradaem vigor partir como educaçãoesaúde;proteçãodospovos indígenas. física; navegação; cooperação em setores infraestrutura voscomércio; sua adoção: da quando propostos foram O TratadoAmazônica se de Cooperação sustenta a associado região da científico desenvolvimento O O sistema pan-amazônico nãoproduziuefeitos con instituída iníciodonovoConquanto no milênio, a onsidera v.g. MERCOSUL, CAN,IIRSA). UNASUL,A ções

finais v. g. v. fronteiras indefinidas indefinidas fronteiras ------

242 NUNES, Paulo Henrique Faria. A organização do tratado de cooperação amazônica: uma análise crítica das razões por trás da sua criação e evolução. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 2, 2016 p. 220-243 ção maior esteja no território brasileiro, esteja território no ção maior muitos deseus sua por deixa issobemclaro:embora Amazonas rio de um sistema que envolve oito países. Adisposição do equilíbrio o pode comprometer em umterritório dação interestatal constante é vital pois adegra Um diálogo amazônicos. nos muitosespalhada população territórios qualidade devidada da melhoria a para pode contribuir é colocadanovamente norefrigerador. diminuem, a OTCA cussões sobre internacionalização poucas e de resultado questionável. Uma vez que as dis Asações concretas da Amazônia. são ternacionalização alguma provável ameaça de retomada dodiscurso de in invocadaé identificada sigla quando a que é constatado de acordos futuros, mas até o momento o que pôde ser celebração da depende eficácia cuja instrumento um é, papel verdadeiro erealdaOTCA? pergunta: qual o sim, faz-se necessária a constrangedora MERCOSUL,sada por CAN,e UNASUL IIRSA.As rios semomanejoadequado. de bensprimá produção – calcadona assim permanece predominante estavavia, omodelode exploração –e tável assegurar seu para crescimento econômico; toda se anteciparam aoconceito de desenvolvimento susten em desenvolvimento,pactual osEstadosdaAmazônia do mundode industrialização o ritmo frear biental para mais desenvolvidos souberamutilizaratemática am e industriais. Curiosamente, assimcomoosEstados empreendimentos mineiros, dos grandes agropecuários antes de qualquer outra coisa, assegurar acontinuidade maisradicais.servacionistas O Pacto Amazônico foi uma resposta aos discursos pre verde já em nadécada voga de 1970, de modo que o neral. Esses projetos entravam ematritocomodiscurso e da extraçãomi noincremento da agropecuária geiro que ao estran incluíam aassociaçãodocapital nacional vimento econômico voltados para a Floresta Equatorial possuíaprojetosde desenvolderável dos negociadores cionais. doTCA,parcelaconsi negociação da Quando as respectivas integrar “Amazônias”às economiasna dossignatários doTCA. dapolítica externa na agenda problemas, essencialmente amazônicos, perdem espaço maisdistantes,à medida que esses temores se tornam os A OTCAtem potencial ser para uma instituição que guarda-chuva,é umtratado queTCA o certo É isto político sul-americano,No quadro aOTCAéeclip mencionar ointeresse de Igualmente importante conservacionismo visava, ------R mentos externos. doque de medidas direcionadascontraele endógenos mais de ações e enfrentamentos e rompê-lo depende acentuadamente da dentrodeumparadigma retórico foi concebi OTCA Sul. A América do secundária na como umainstituição dica que aentidade permanecerá futuro próximo.no amazônica à cooperação Tudo in não se vislumbra umamudança substancial em relação do outroladodafronteira. e umambiente de desordem de combate à biopirataria eficiente nacional política uma vale nada de nacionais; ser ditosobrepovos erecursosnaturaistrans indígenas pode mesmo O vizinhos. países nos nascem afluentes de Chile, 2006. y Perú. Ecuador en Brasil,Colombia, CEPAL: Santiago amazónica central-occidental y sus afluentes principales la Amazonía MSMEIER. BARA NETO, Pedro;J.;Ricardo SÁNCHEZ, WIL -american Dialogue policy and regionalrelations. energy a review of ARRIAGADA, Genaro. Petropolitics in LatinAmerica: ACTO, 2005. may 2004 to October2005. PS/ Brasília: ment report: ZATION. COOPERATIONAMAZON TREATY ORGANI SãoPaulo:nia Legal; Memorial,1996.v. 3.p. 142-151. do MeioAmbiente, dosRecursos Hídricos edaAmazô tégia a Amazônia latino-americana para In: PAVAN,carretera. Crodowaldo (Coord.). una de través a vinculación su de problemática la fico: AMAYO ZEVALOS, Enrique. y La Amazonía el Pací 2008. Amazónica (Comp.). ALTMANN, Jossette (Ed.); BEIRUTE, Tatiana São Paulo: FTD, 1998. jurídica construção RA, EnriqueAltemani(Org.). ALBUQUERQUE,José Augusto OLIVEI Guilhon; eferências Lamentavelmente, diante da posturadosgovernos, Dossier Organización del Tratado deCooperación DossierOrganización

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