O Gênero Holocheilus Cass. (Asteraceae-Mutisieae-Nassauviinae)

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O Gênero Holocheilus Cass. (Asteraceae-Mutisieae-Nassauviinae) O gênero Holocheilus Cass. (Asteraceae-Mutisieae-Nassauviinae) ... 161 O Gênero Holocheilus Cass. (Asteraceae-Mutisieae-Nassauviinae) no Rio Grande do Sul, Brasil Cláudio Augusto Mondin & Carla de Lima Vasques Laboratório de Taxonomia Vegetal, Centro de Ciências da Saúde, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Av. Unisinos, 950, Caixa Postal 275, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. RESUMO – Este trabalho apresenta o estudo taxonômico sobre quatro espécies do gênero Holocheilus Cass. que foram pesquisadas: Holocheilus brasiliensis (L.) Cabr., H. illustris (Vell.) Cabr., H. monocephalus Mondin e H. hieracioides (D. Don) Cabr. Holocheilus é um gênero subtropical, com- posto por sete espécies herbáceas, cinco das quais ocorrem no norte da Argentina, cinco no sudeste- sul do Brasil, três no Uruguai e uma no Paraguai. As espécies ocupam lugares abertos, secos ou úmidos, desde planícies baixas até habitates montanhosos. O trabalho inclui uma chave analítica, descrições, ilustrações, informações sobre o hábitat, a época de floração e a distribuição geográfica das espécies no estado do Rio Grande do Sul. Palavras-chave: taxonomia, distribuição, época de floração, Holocheilus. ABSTRACT – The genus Holocheilus Cass. (Asteraceae-Mutisieae-Nassauviinae) in the State of Rio Grande do Sul, Brazil. This paper presents a taxonomical study about four species of the genus Holocheilus Cass. which have been surveyed: Holocheilus brasiliensis (L.) Cabr., H. illustris (Vell.) Cabr., H. monocephalus Mondin and H. hieracioides (D. Don) Cabr . Holocheilus is a subtropical genus, composed by seven herbaceous species, five of which occur in Northern Argentina, five in Southern Brazil, three in Uruguay and one in Paraguay. The species occupy dry or wet open places, from low plains to montane habitats. The paper includes an analytical key, descriptions, illustrations, habitat comments, time to blossom and the geographical distribution of the species in the State of Rio Grande do Sul. Key words: taxonomy, distribution, time to blossom, Holocheilus. INTRODUÇÃO (Cabrera, 1977; Jäger, 1987), sendo que os demais se distribuem pelos trópicos da África, Ásia, Aus- Asteraceae (Compositae) é a maior família trália e ilhas do Pacífico. O Sul do Brasil, em con- de Magnoliopsida (Dicotyledoneae), com cerca de junto com países limítrofes, é considerado um im- 23.000 espécies conhecidas, agrupadas em 1.535 portante centro de diversidade da tribo (Cabrera, gêneros, 17 tribos e três subfamílias (Bremer, 1994; 1977; Jäger, 1987; Bremer, 1994). Judd et al., 1999). Apresenta ampla distribuição A subtribo Nassauviinae tem cerca de 24 gêne- geográfica, estando mais bem representada em re- ros e 320 espécies de ervas e arbustos (Bremer, giões temperadas e subtropicais com formações 1994), a grande maioria concentrada na região vegetais abertas. O principal centro de diversidade dos Andes Meridionais (Crisci, 1980). À exceção da família corresponde aos Andes Setentrionais de Adenocaulon Hook., que apresenta espécies (Gentry, 1982). ocorrentes na Ásia, todos os demais gêneros são A tribo Mutisieae apresenta cerca de 85 gêneros exclusivamente americanos (Mondin & Baptista, e 1.062 espécies (Bremer, 1994), distribuídos, so- 1996). bretudo, em habitates montanhosos de zonas semi- Holocheilus Cass. é um gênero subtropical, úmidas, apesar de ocorrer também em regiões ári- constituído por sete espécies herbáceas, cinco das das (Jäger, 1987). Tem distribuição predominan- quais ocorrem no norte da Argentina, cinco no su- temente neotropical, uma vez que cerca de 75% deste-sul do Brasil, três no Uruguai e uma no dos gêneros e espécies são restritos às Américas Paraguai. As espécies ocupam lugares abertos, se- IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 59, n. 2, p. 161-172, jul./dez. 2004 162 MONDIN, C. A. & VASQUES, C. L. cos ou úmidos, desde planícies baixas até habitates RESULTADOS E DISCUSSÃO montanhosos. O presente trabalho tem por objetivo realizar o Holocheilus Cass., Bull. Sci. Soc. Philom. Pa- levantamento do gênero Holocheilus no estado do ris, v. 1818, p. 73. 1818. Rio Grande do Sul. Ervas perenes, eretas, rosuladas, escaposas. Fo- lhas da roseta geralmente pecioladas ou pseudo- MATERIAL E MÉTODOS pecioladas, devido à base da lâmina longamente decurrente, peninérveas; folhas do escapo alternas, A revisão de Holocheilus no Rio Grande do Sul sésseis com base semi-amplexicaule, decrescendo baseou-se na análise de exsicatas de vários herbários em tamanho da base para o ápice, onde tornam-se do extremo-sul do Brasil, da revisão da literatura, bracteiformes. Inflorescência escaposa de capítulos de observações a campo e de coletas obtidas em vá- solitários ou até 20, de disposição corimbiforme ou rias excursões realizadas no estado. O estudo inclui paniculiforme. Invólucro hemisférico ou campanu- uma chave analítica, descrições, informações sobre lado. Receptáculo convexo, nu. Brácteas involucrais hábitat, época de floração e distribuição geográfica, em 1-3 séries, todas com aproximadamente o mes- ilustrações e mapas de ocorrência das espécies no mo comprimento e com as internas um pouco mais Rio Grande do Sul. estreitas. Flores monoclinas, isomorfas, brancas, As siglas dos herbários consultados constam bilabiadas, o lábio externo tridentado no ápice, no “Index Herbariorum” (Holmgren et al., 1990): decrescente em tamanho nas flores da periferia FLOR, HAS, HURG, ICN, PACA, PEL e SMDB. em direção às do centro do capítulo; lábio interno Além destes, foram também estudados: Herbário dissecto, amarelo internamente, branco para o ápi- do Centro Nacional de Pesquisas de Ovinos, ce. Anteras sagitadas, tecas longamente atenua- EMBRAPA, Universidade Regional da Campanha, das na base, apêndice conetival lanceolado. Esti- Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil (CNPO); Herbário lete bífido, truncado e curtamente piloso no ápice. Aloísio Sehnem, Universidade do Vale do Rio dos Cipselas pentacostadas. Pápus de cerdas numerosas. Sinos, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil (HASU); Herbário do Museu de Ciências Naturais, Etimologia: do grego “holos” (todo) e “cheilos” (lá- Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, Rio bio), por serem todas as flores bilabiadas (seg. Grande do Sul, Brasil (HUCS); Herbário Rogério Cabrera & Klein, 1973) ou pelas flores apresenta- Bueno, Universidade Regional do Noroeste do Es- rem lábio completo (seg. Barroso, 1991). tado do Rio Grande do Sul, Ijuí, Rio Grande do Sul, Observações: Segundo Cabrera (1968), Holocheilus Brasil (HUI). foi descrito por Cassini, em 1818, baseado em A bibliografia consultada envolveu, além de H. ochroleucus, tendo sido redescrito por este autor obras clássicas, dissertações, floras e trabalhos ex- (Cassini, 1825), como Platycheilus, por considerar clusivos para o gênero: Baker (1884), Cabrera (1936, incorreto o primeiro nome porque naquela des- 1968, 1974), Cabrera & Klein (1973), Mondin crição ele indicava o lábio interior da corola como (1995, 1996), Mondin & Baptista (1996). sendo inteiro e, posteriormente, percebeu ser ele Os exemplares coletados, depois de examinados dividido em dois segmentos. Don (1833), basea- e identificados, foram incorporados ao Herbário do em Perdicium brasiliense L., descreveu o HASU. As plantas coletadas, bem como o material gênero Cleanthes, com as mesmas caracterís- revisado em herbários, serviram de base para a ela- ticas que Holocheilus. Lessing (1832) conside- boração das descrições do gênero e das espécies rou Platycheilus como uma secção de Perezia e para a montagem da chave de identificação das e Cleanthes como um subgênero de Trixis. espécies. A forma e o indumento das estruturas De Candolle (1838) sinonimizou Holocheilus e basearam-se em Radford et al. (1974). Os dados Platycheilus com Cleanthes, na condição de uma de floração, hábitat e os mapas de distribuição das secção do gênero Trixis. A partir daí, a maioria dos espécies foram baseados no material examinado autores passou a utilizar Trixis, exceto Hoffmann e nas informações constantes nas etiquetas das (1894) que reabilitou Cleanthes por considerá-lo exsicatas. As regiões fisiográficas do Rio Grande do suficientemente distinto do anterior. Concordando Sul coincidem com aquelas sugeridas por Fortes com a concepção de Hoffmann (1894), porém obe- (1959). decendo ao direito de prioridade, Cabrera (1968) IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 59, n. 2, p. 161-172, jul./dez. 2004 O gênero Holocheilus Cass. (Asteraceae-Mutisieae-Nassauviinae) ... 163 reabilitou o gênero Holocheilus, após o mesmo fusiformes, castanhas ou pretas, com as costas ama- ter ficado em desuso por cerca de 150 anos, relo-claras, híspidas, pápus 5-8 mm, branco. desmembrando-o de Trixis por apresentar folhas Distribuição geográfica: Brasil, nas regiões Sudes- basais rosuladas, flores brancas e capítulo com te (Minas Gerais e São Paulo) e Sul (Paraná, Santa receptáculo nu. Catarina e Rio Grande do Sul), Nordeste da Argen- tina e Uruguai. Rio Grande do Sul: regiões fisio- Chave de identificação para as espécies de gráficas de Campos de Cima da Serra, Missões, Holocheilus ocorrentes no Rio Grande do Sul Planalto Médio, Encosta Superior do Nordeste, De- 1. Escapo normalmente com capítulos solitários, eventual- pressão Central, Campanha, Serra do Sudeste, En- mente em cimeiras de até três, com 70-200 flores por costa do Sudeste e Litoral. capítulo................................................... H. monocephalus 1’. Escapo com 2-20 capítulos reunidos em inflorescências Hábitat: encontrada principalmente em campos corimbiformes com 20-40 flores por
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    Revista Brasileira de Biociências Brazilian Journal of Biosciences http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs ISSN 1980-4849 (on-line) / 1679-2343 (print) ARTIGO A família Asteraceae no Morro Santana, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Ana Claudia Fernandes1* e Mara Rejane Ritter2 Submetido em: 14 de Abril de 2009 Aceito em: 14 de Outubro de 2009 Disponível on-line: http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/1220 RESUMO: (A família Asteraceae no Morro Santana, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil). O Morro Santana (30º03’S, 51º07’W) localiza-se entre os municípios de Porto Alegre e Viamão, no estado do Rio Grande do Sul. Foi realizado o inventário florístico da família Asteraceae, de março de 2007 a dezembro de 2008, com todos os tipos fisionômicos de vegetação amostrados, em toda a área deste morro. A família Asteraceae é bem representada nesta localidade, com 154 espécies, 63 gêneros e 12 tribos. As tribos com maior número de espécies são Astereae (32) e Eupatorieae (29). Anthemideae, Barnadesieae e Helenieae possuem apenas três espécies cada. Os gêneros com maior número de espécies são Baccharis L. (18) e Eupatorium L. (17), seguidos por Vernonia Schreb. (9), Mikania Willd. (8), Senecio L. e Pterocaulon Elliott (6). Os gêneros com apenas uma espécie somam 35. As espécies exóticas são nove. Quatro espécies encontradas no morro estão na Lista das Espécies Ameaçadas do Rio Grande do Sul (Gochnatia cordata Less., Mikania pinnatiloba DC., Pamphalea commersonii Cass. e Schlechtendalia luzulaefolia Less.). São apresentadas chaves de identificação para as tribos e espécies de cada tribo, nomes populares, informações de distribuição geográfica e ecológicas, e características distintivas de cada espécie.
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