Níveis De Tolerância Em Acessos E Cultivares Da Gramínea Forrageira Panicum Maximum À Cigarrinha Notozulia
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10o CICAM 49 NÍVEIS DE TOLERÂNCIA EM ACESSOS E CULTIVARES DA GRAMÍNEA FORRAGEIRA PANICUM MAXIMUM À 017 CIGARRINHA NOTOZULIA ENTRERIANA (HEMIPTERA: CERCOPIDAE).* SILVA, L.C.**; VALÉRIO, J.R.; TORRES, F.Z.V.; RÔDAS, P.L.**; OLIVEIRA, M.C.M. Embrapa Gado de Corte, Laboratório de Entomologia de Plantas Forrageiras Tropicais, Av. Rádio Maia, 830, CEP 79106-550, Campo Grande, MS, Brasil. E-mail: [email protected] Levels of tolerance in accessions and cultivars of the forage grass Panicum maximum to the spittlebug Notozulia entreriana (Hemiptera: Cercopidae). Os danos causados pelas cigarrinhas-das-pastagens têm se constituído importante restrição biótica dentro da bovinocultura de corte nacional. As cigarrinhas reduzem a produção, a qualidade e a capacidade de suporte das pastagens. Há a necessidade de se avaliar e propor métodos alternativos de controle, considerando que o uso de inseticidas químicos em pastagens é consid- erado antieconômico. A utilização de gramíneas forrageiras resistentes a esses insetos apresenta grande potencial. Na Embrapa Gado de Corte, germoplasmas de gramíneas forrageiras têm sido avaliados quanto à resistência às cigarrinhas. Neste ensaio, 5 acessos da espécie Panicum maximum de códigos H8; H46; H64; T46 e T65, juntamente com os cultivares testemunhas P. maximum cv. Tanzânia, Mombaça e Massai, foram avaliados quanto ao nível de tolerância à cigarrinha das pastagens Notozulia entreriana. As gramíneas foram comparadas quanto aos danos causados por adultos dessa cigarrinha, com base nos níveis de clorose (dano típico da cigarrinha), estimados através do medidor de clorofila SPAD meter Minolta 520. Foram utilizados 20 vasos (capacidade 2 kg de solo) para cada acesso e cultivar, sendo que, no início do teste, em todos eles as plantas foram uniformizadas a 35 cm, e engaioladas. Nessa ocasião, na metade das repetições (10 vasos), as plantas foram infestadas com 10 cigarrinhas adultas, durante 10 dias. Utilizaram-se cigarrinhas coletadas no campo, com reposição diária dos insetos mortos. Utilizaram-se somente fêmeas, uma vez que fêmeas e machos diferem na intensidade dos danos que causam. Findo o período de 10 dias, procederam-se a 6 leituras com o SPAD meter por folha, em 5 folhas por repetição (vaso). Com base nas leituras, tanto das plantas infestadas como das não infestadas de cada acesso e cultivar, foi possível calcular o percentual de redução de clorofila [(Não Infestado–Infestado)/ Não Infestado)*100]. As reduções observadas foram de 54% (H8); 55,3% (cv. Tanzânia); 59,9% (H46); 66,2% (cv. Mombaça); 66,6% (T46); 71,8% (T65); 73,4% (H64) e 78,5% (cv. Massai). Percentuais mais baixos indicam maior tolerância, tendo em vista que a mesma pressão de insetos determinou menor redução no teor de clorofila. Diferença significativa entre os acessos foi constatada apenas entre o acesso H8 (mais tolerante) e os acessos T65 e H64 (menos tolerantes). Os acessos H46 e T46 apresentaram níveis intermediários. *Financiador: EMBRAPA, CNPq, FUNDECT, UNIPASTO. **Bolsista CNPq. LEVANTAMENTO PRELIMINAR DOS EULOPHIDAE (INSETA: HYMENOPTERA) DA SERRA DA CANASTRA, MG, 018 BRASIL. GONÇALVES, R.R.1*; IMPERATO, R.1*; ZAMPIERON, S.L.M.2; COSTA, V.A.1 1Instituto Biológico, Centro Experimen- tal, Rod. Dr. Heitor Penteado, km 3, CEP 13092-543, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected] 2Universidade do Estado de Minas Gerais, Fundação de Ensino Superior de Passos, Departamento de Ciências Biológicas, Belo Horizonte, MG, Brasil. Preliminary survey of Eulophidae (Insecta: Hymenoptera) of the “Serra da Canastra”, MG, Brazil. A Serra da Canastra, localizada no Parque Nacional da Serra da Canastra, é uma cadeia montanhosa que está próxima às Cidades de Delfinópolis, Sacramento e São Roque de Minas. O parque, fundado em 1972, é um dos mais importantes em nosso País, pois abriga, além das nascentes do Rio São Francisco, uma gama de espécies nativas de fauna e flora do cerrado, algumas delas em perigo de extinção, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, o veado-campeiro, gaviões, o tatu-canastra e o pato- -mergulhão. A flora da região é composta basicamente por vegetação de transição entre “borda de Mata Atlântica” e “início de Cerrado”. Muito pouco se conhece sobre a sua fauna entomológica, menos ainda sobre os Eulophidae (Insecta: Hymenoptera), um grupo de insetos de grande importância na manutenção do equilíbrio ecológico, por serem reguladores das populações de insetos fitófagos, dentre os quais várias pragas agrícolas. O objetivo deste trabalho é fazer um levantamento de eulofídeos nessa região. Para tanto, foram utilizados parasitoides coletados por pesquisadores associados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitoides da Região Sudeste do Brasil (INCT-Hympar Sudeste) na Serra da Canastra. As coletas tiveram início em março de 2009 e estenderam-se por 2 anos, tendo sido feitas com armadilhas de Malaise. O material coletado foi levado ao Laboratório de Controle Biológico, do Centro Experimental do Instituto Biológico, onde foi feita a secagem em secador de ponto crítico, a montagem em retângulos de papel cartão e a etiquetagem. A seguir, foi feita a determinação das famílias, sendo os Eulophidae identificados até gênero, com o auxílio de literatura pertinente ao grupo. Devido à falta de chaves para a Região Neotropical, foram utilizadas chaves para a Região Neártica, mas nem todos os espécimes puderam ser identificados. Foram coletados 463 espécimes de himenópteros pertencentes à superfamília Chalcidoidea. Destes, 94 espécimes eram de Eulophidae, tendo sido encontrados os seguintes gêneros (número de espécimes entre parênteses): Chrysocharis (2), Horismenus (47), Omphale (1) e Proacrias (4) (Entedoninae); Euderus (1) (Entiinae); Deutereulophus (1), Diglyphomorpha (3), Elachertus (2), Elasmus (1), Euplectrus (3), Grotiusomyia (1) e Hoplocrepis (1) (Eulophinae); Aprostocetus (8), Galeopsomyia (9), Oxypracetus (1), Pentastichus (1) e Tetrastichus (1) (Tetrastichinae). Além destes, restam, ainda, 1 Eulophinae e 6 Tetrastichinae com gênero a determinar. Os gêneros Aprostocetus, Chrysocharis, Elachertus, Elasmus, Euplectrus, Horismenus e Tetrastichus são ricos em espécies, várias delas associadas a dípteros e lepidópteros, pragas agrícolas. Galeopsomyia ainda tem poucas espécies descritas, mas muitas a descrever, sendo particularmente abundante na Região Neotropical. Proacrias tem, pelo menos, uma espécie de importância para o controle biológico de pragas. Levantamentos desse tipo são importantes para formar coleções de referência, as quais servirão, um dia, para a elaboração de chaves para gêneros do Brasil. *Bolsista CNPq/PIBIC/IB. Biológico, São Paulo, v.74, n.2, p.31-73, jul./dez., 2012.