Intituto a Vez Do Mestre Gestão De Transportes
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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INTITUTO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE TRANSPORTES COLETIVOS Por: Evandro de Carvalho Gonçalves Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2010 2 PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INTITUTO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE TRANSPORTES COLETIVOS Apresentação de monografia á Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Logística Empresarial. Por.: Evandro de Carvalho Gonçalves 3 DEDICATÓRIA Este trabalho e dedicado à minha digníssima esposa Damiana Sobreira Gonçalves, à minha amada filha Ana Luísa Sobreira Gonçalves, e ao meu querido sobrinho e futuro parceiro de negócios Gabriel Gonçalves de Castro, e como não poderia ser diferente, dedico igualmente a todos os “guerreiros alunos” que ao menos conseguiram ingressar no terceiro grau, após décadas da conclusão do ensino médio, aos que enfrentaram uma série de dificuldades financeiras, pessoais e culturais, mais jamais perderam a esperança de concluir um curso de pós- graduação. 4 AGRADECIMENTOS A Deus, aos meus Pais, aos Bons espíritos e aos meus colegas de classe que direta ou indiretamente me ajudaram a atingir este objetivo 5 RESUMO O presente trabalho aborda a importância do segmento do transporte coletivo de passageiros junto a sociedade Fluminense, que necessita diariamente do transporte de milhões de pessoas para o desenvolvimento das atividades econômicas, sociais e públicas. Conseqüentemente remete o referido segmento a assumir um papel extremamente indispensável, devendo ser contínuo, seguro e confiável. O objetivo desta pesquisa é justamente registrar e demonstrar este alto grau de essencialidade, através de um estudo exploratório, onde fica identificado também os problemas enfrentados por este segmento, em especial nos últimos anos; pois este setor vem sensivelmente se degradando em virtude de problemas cruciais como: excesso de gratuidade, baixa produtividade dos veículos, altas cargas de impostos, violência urbana e a concorrência desleal e predatória; todos estes problemas acarretados exclusivamente por fatores externos, tais como: interesses pessoais de políticos, falta de planejamento urbano e regional, falta de planejamento para o transporte público e a falta de políticas voltadas para o social. 6 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa exploratória e explicativa. Exploratória pelo fato de dar transparência ao atual cenário, objetivando expor os fatos e as causas, através das pesquisas. E explicativa porque visa esclarecer os fatores que contribuirão para sanar o problema exposto. Quanto aos meios, classifica-se como bibliográfica e estudo de caso. Bibliográfica, pois foram desenvolvidos com base em materiais publicados jornais, em livros e revistas especializadas, gentilmente cedidas pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI) e pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Janeiro (FETRANSPOR). E também estudo de Caso, pois foi voltado especificamente a uma unidade de análise. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPITULO I - Justificativa do tema e o Problema 10 CAPITULO II - Sistema de Transporte 12 CAPITULO III – Estudo de Caso 37 CONCLUSÃO 44 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45 ÍNDICE 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO 8 INTRODUÇÃO As atividades econômicas, sociais e públicas no Estado do Rio de Janeiro requerem diariamente o transporte de milhões de pessoas responsáveis pelo funcionamento dos setores produtivos, de comércios, educação, saúde, segurança e lazer. O transporte coletivo, conseqüentemente assume um papel de alto grau de essencialidade, tornando-se indispensável, devendo ser contínuo, seguro e confiável. Para efeito de regulamentação, o transporte coletivo de passageiros divide-se em três diferentes sistemas independentes, distribuídos entre as três esferas do governo: as prefeituras municipais (cuidam do transporte urbano), os governos estaduais (supervisionam as linhas intermunicipais dentro de cada estado) e o governo federal (responsável pelos transportes interestadual e internacional de passageiros), no caso do transporte internacional existe um acordo e convenio bilateral celebrado entre o Brasil e os demais países do MERCOSUL. No primeiro capitulo, além da importância junto à sociedade, pretende- pretende-se evidenciar que a operação de serviços de transporte de passageiros em qualquer um dos meios enfrenta problemas que muitas vezes fogem inteiramente à sua alçada, tais como: condições de vias, congestionamentos, ocupação de solo e outros, pois, a cada dia os espaços urbanos estão mais povoados, apresentando crescimento tão vertiginoso quanto sem planejamento, principalmente em cidades como Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São Gonçalo e Niterói. No caso de Transporte Rodoviário, 9 em especial, os coletivos disputam lugar nas pistas com veículos ilegais, como: Kombi, vans, veículos de passeio, ônibus pirata e até mesmo veiculo de tração animal (como ocorre em Queimados, no grande Rio), além do grande numero de automóveis e motos particulares, que tornam intrafegáveis as vias e paralisam o trânsito. Já no segundo capitulo, certifica-se que as concessionárias, em especial as que exploram o modal rodoviário municipal e intermunicipal, através de ônibus; são remetidas a criar alternativas internas e externas, a fim de garantir sua sobrevivência, como o uso e investimento em novas tecnologias e o uso racional de combustível. No terceiro capitulo, evidencia-se o atual diagnostico da empresa pesquisada, é apresentado os “sintomas” gerados pelas conseqüências lógicas do atual cenário, ou seja, algumas empresas perdem a saúde, financeira sem meios para competir de igual para igual com a pirataria do transporte e entram num círculo vicioso, em que o reduzido número de passageiros diminui a capacidade de investimento, com reflexo na qualidade do serviço prestado, o que leva a perda de mais clientes. Esta pesquisa tende remeter o aluno pesquisador, bem como toda sociedade e as organizações, a refletir sobre a necessidade de empregar investimentos à este modal de transportes de passageiros, para que o mesmo funcione a contento, caso contrário, em breve vivenciaremos um sistema cada vez menos funcional, com todos os modais atendendo a população de forma menos que o razoável, uma vez que o Brasil apresenta características de transporte de predominância rodoviária. 10 CAPÍTULO I - SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO 1.1 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE TRANSPORTES Segundo Ballou (1993), sistema transporte defini-se basicamente como: todo conjunto de trabalho, facilidades e recursos que compõem a capacidade de movimentação na economia, esta grande capacidade implica o movimento de cargas e de pessoas, entretanto podendo incluir ao sistema, a distribuição de intangíveis, tais como comunicações telefônicas, serviços de imprensa e energia elétrica, enfatizando que sem o sistema de transporte, as extensões de mercado ficam limitadas às cercanias do local de produção. 1.2. CRIAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Segundo Freire (2001), as primeiras vias criadas no Estado do Rio de Janeiro, foram abertas pelos Tamoios, com objetivos estratégicos e de defesa, eram veredas no interior da floresta e dirigia-se ao interior da Serra do Mar, Os rios e a Baia de Guanabara eram as vias naturais utilizados por eles. Ainda Segundo Freire (2001), até os primeiros anos do século XIX o espaço urbano do Rio de Janeiro, se limitava ao quadrilátero formado pelos morros do Castelo, São Bento, Santo Antônio e da Conceição. Este chão foi duramente conquistado, aterrando-se brejos e mangues e eliminando morros. Considerando que até então os limites da cidade, como Campo de Santana ao norte, Largo do Machado ao Sul, e conseqüentemente não existia meios de transporte coletivo, pode-se afirmar que as maiorias dos deslocamentos eram realizadas a pé, em carros de bois e/ou lombo de animais, só posteriormente foram introduzidos às redes e as andas estes meios de transportes eram na verdade uma cama suspensa em longo varal, conduzida 11 nos ombros por escravos, um á frente, outro “a retaguarda, as pessoas tinham viajar deitadas ou sentadas”. Segundo Dunlop (1973), as viagens de longas distancia, neste período, aqueles que desejavam ir as Minas Gerais, São Paulo ou o interior do Estado, eram necessários utilizar animais e barcos e os trajetos começavam através de percursos pela Baia de Guanabara. Com a chegada da família real portuguesa, por volta de 1808, pela corte os coches e carruagens, todos os veículos voltados para o transporte privado, considerando-se os limites urbanos da cidade, bem como a característica daquela sociedade pode se afirmar que somente as “pessoas de posse”, ou que possuíam seus próprios meios de transporte, tinham condições e direito de deslocar-se para as localidades mais afastadas do Centro. Ainda segundo Dunlop (1973), o transporte publico só foi introduzido no Estado no ano de 1817, com adoção de gôndolas e diligencias, veículos de transporte coletivos movidos à tração animal (puxados a Burro burros e/ou cavalos), muito utilizado por todos que necessitavam deslocar-se dentro do perímetro urbano, estes veículos operavam o transporte de passageiros entre o Centro da Cidade e o Palácio na Boa Vista, no bairro de São Cristóvão. Os primeiros ônibus, também puxados por quatro animais, começaram a circular no Rio de Janeiro em 1838, por iniciativa do francês Jean Lecoq, eram carros compridos, com dois bancos longitudinais, semelhantes aos bondes fechados, transportavam de vinte a vinte e quatro pessoas, cuja concessão