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•Í Crs 3,00 Em Todo O Brasil

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O ciegdnl/U/mo Go/den floom do Copacabana Palace, com \]aí se encontram os cigarros Hollywood Suas magníllcds couejtrcn e ifiowi ínfernacionais c o pon- to' de unido preterido pelo y y7 o/íj soe dddc canoed.Xf /y O Convívio dela... o ambiente agradável de uma boite elegante... e um cigarro Hollywood, são prazeres que se completam. Fumar um Hollywood é algo de repousante — um complemento perfeito das horas de lazer ou de tra- balho. Hollywood é, de há muito, uma tradição da socie- //^\ dade brasileira ... por sua suavidade toda especial... por seus fumos escolhidos. Por isso você simplesmente não ///iMfll pode dispensar Hollywood . . . ollpooò

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Companhia de Cigarros SOUZA CRUZ 88008-H A HISTORIA DE UM BEIJO

S^//~*°^^ EZ horas da noite. Ela estava ansiosa. Talvez um pouco nervosa. Um pouco, ¦ X m não; muito. No entanto, não havia motivo algum ficasse assim. _ff§ÉͧÉii / ^ para que : ¦¦¦? PI Só iria vê-lo, depois ¦ porque de dois anos? Ora, deixasse de bobagem. ¦y/mm I/ Afinal, não era a primeira vez que êle se ausentava. Sim, não era a primeira vez... mas acontece que não escrevera nenhuma caria. A não ser aquela em que lhe participava sua chegada. Lera e relera dezenas de vezes. Não compreendia. Nada havia naquelas linhas que justificasse o seu silêncio. Tudo muito simples, muito banal. O tempo parecia não ter significação. A distância também não significava nada. Mas a dúvida lhe roera a cabecinha inquieta durante dois anos. Dois longos anos. E isso representava martírio, apreensão, angústia, ansie- dade. Cada chamado telefônico era a esperança da sua voz. Cada batida do correio era a mesma decepção. Nunca deixara de pensar nele. Chegara a pensar que êle a ACENA esquecera, que êle a abandonara, sem uma satisfação, para não magoar a sua sen- sibilidade. Sabia perfeitamente que se êle lhe desse alguma satisfação, apresentasse algum motivo ela não compreenderia. Êle a conhecia perfeitamente e sabia avaliar N* 41 o amor que ela lhe dedicava. Não havia um só momento em que não recordasse, com ^ 11 de saudades, o seu passado feliz. Lembrava-se do seu sorriso, das suas carícias, dos seus outubro de 1949 presentes. Lembrava-se também do seu primeiro beijo. Sim, as mulheres nunca esquecem o primeiro beijo... Ela era ainda uma menna. Dezesseis anos. Êle se formava em medicina. Namoraram algum tempo. Êle não tinha intenções de casamento, até o dia em que seus lábios se tocaram. Apesar de ter beijado tantas outras, sentiu alguma coisa diferente que êle mesmo não sabia explicar. Era como se algo entrasse em sua alma e ali se alojasse, até que seus lábios deixavam os lábios dela. E vinha então ó m desejo dé uni-los novamente, novamente, sem que nunca mais se separassem. E' quase sempre nesses momentos que os homens são pedidos silenciosamente em casamento. "Quer ¦ E aceitam. E falam: ser minha esposa?". A resposta é muda, estampa-se nos 11^ olhos. Depois o vestido de noiva, a aspiração de toda mulher, os sinos, a lua-de-mel, os filhos. Ela tivera taml^ém um filho. Nesse tempo êle já estava fora, já havia iniciado SUMÁRIO suas viagens periódicas. Nem sequer conhecera o seu Bob — como êle queria que se Mi chamasse. Ela lhe participara o seu nascimento, mas êle nem sequer respondera. Talvez A história de um beijo — (Leon Eliachar) 3 não tivesse recebido a carta. Talvez essa palavra sempre a fazia perdoar. E há um Clássicos do cinema (Mo- ano e meio que ela o perdoava. O seu amor era ainda forte. Mais forte do que ela niz Viana) 4 mesma supunha que fosse. E só tendia a crescer mais e mais... Telas da cidade (Alex Via- ny) 6 Dez e cinco. Um apito agudo despertou-a bruscamente. Voltou a si. A estação' estava — Victor"Louisiana Mature close-up 7 apinhada de gente. Talvez cada uma daquelas pessoas tivesse também um drama Story" (Robert igual ao trem arrastava-se abafando, com o seu resfo- Flaherty) 8 seu. Talvez não. O pesadamente, Flashes legar cansado o ruído das vozes. Percebeu que deixara cair um da mão. Apa- 10 "Espere-me papel Kathryn Grayson — close- nhou-o: a carta! Leu-a novamente, com cuidado: na estação às 10 e 5. up 11 Parto hoje definitivamente. Recebi todas as suas cartas mas, infelizmente, não me senti (Moniz Viana) 12 "querida" •v? Quarenta anos de cinema com forças para respondê-las. Breve nos encontraremos. Ricardo.''. Até o '¦¦ ¦_ polonês 13 êle suprimira da carta. Mas novamente ela o perdoou. Talvez fosse esquecimento. O Luminares da camera (N. m trem' Seus olhos buscavam a sua figura, ainda gravada em sua retina, tal como Couto) 13 parou. "Até Futuras o vira da última vez, quando se despediram e êle lhe dissera: breve, querida". estréias 14 "querida"! Cinema britânico 14 Como sentia falta desse Estava cada vez mais nervosa. Agora suas mãos Sheley Winteres 15 tremiam. A multidão misturava-se numa ânsia louca. Homens desciam, casais abraça- Rua proibida — cine-ro- mance 16 vam-se. Beijos, abraços. Alguns chegavam, outros partiam. Sorrisos. Lágrimas. Lenços. Faço anos amanhã (Leon iiif Fisionomias tristes. Fisionomias alegres. Alguém lhe esbarrou. Voltou-se. Era êle. As Eliachar) 18 lábios. Abraçou-o: — palavras quase não lhe saíram dos A dança dos milhões — resumo 20 Ricardo! Melodias para você 22 yyyy Êle não se moveu. Estava completamente cego. Coluna do fan . .  23 Cartas ao editor 23 Uma simples palavra. Uma simples cena. Mas aí estava toda uma vida, toda uma Correio do fan 23 história contada num filme. Essa exclamação deveria estabelecer uma divisão momen- Adriana Beneti 24 e de todo o seu futuro. Aí haveria de conter todo o seu Jazz (Sylvio Túlio Cardoso) 27 tânea de todo o seu passado Rádio (A. C.) 28 estado emocional, guardado em seu íntimo durante dois anos e desabafado num segundo. Macdonald Carey — close- Ela deveria vibrar. Sua voz deveria tremer, devia fazer-se sentir. A camera apanharia up 31 sua cabeça de costas, sem perceber ainda a cegueira do marido, enquanto os olhos O jazz no cinema (Billy McBrown) 32 deste, embora abertos, divagassem no espaço. E toda a tragédia, toda a situação dra- Curiosidades 33 mática seria transportada para o íntimo do espectador emocionado, enquanto a música Pausa para meditação ... 34 anunciaria o fim do espetáculo. A CENA íala 34 Cinema é assim. Uma simples cena, um simples gesto pode significar muito — diante de uma camera. Uma série interminável de pequenas particularidades é estudada'. Efeitos de luz, som, fotografia, ângulos, interpretação. O diretor manobra tudo. Ensaios. Repetição. Até que fica tudo em ordem. Na sala de corte continua o trabalho com a montagem, reunindo os takes. E só assim, depois de todas essas operações., uma cena de cinco segundos, como a do beijo dessa história, poderá adquirir a pujança e a dramaticidade desejadas; poderá ter, evidentemente, alguma significação positiva para o espectador; poderá causar um estado emocional dentro da realidade adquirida.

NOSSA CAPA Ann Pearce, nova estrelinha leon eliachar da V'-International, que tem um maio muito bonitinho e o corpo mais lindo ainda... «ihiiwih, 1.1ii, initaB

¦¦,'¦¦¦¦æ¦¦::. .¦¦;'.¦...¦'.:¦.'-.-¦:•¦;•.?-'.: --¦.-..¦¦ ¦'¦"¦,-..¦¦¦¦,. r y ¦¦',¦:¦:. CLÁSSICOS DO CINEMA SELEÇÃO DE MONIZ VIANNA (SÉRIE 1940/49)

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;J» p :.'.»«->*¦•,-;.BBB111I1 THE LETTER (A Carta) de WILLIAM WYLER

Cenário de Howard Koch História de Somerset Maugham '¦'¦'•¦ bHwíSíÍ*-^^-!**»^" .-í'ÍSBBM$?A&'•'¦'¦* ."''"•'•'^"Ib^B^ Fotografia de Tony Gáudio Música de Direção musical de Leo F Forbstein.

Cast:

Bette Davis, Herbert Marshall, James Stephen- son, Gale Sondergaard, Sen Yung, Frieda Ines- cort, Cecil Kellaway, Elizabeth Earl, Bruce Lester, Doris Lloyd, Willi Fung, Tetsu Komai.

The Letter, o segundo filme da trilogia que William Wyler realizou com Bette Davis, figura com os outros dois, Jezebel (1938) e The Little Foxes (Pérfida, 1941), no nível mais destacado da obra do grande dire- tor, em que se situam ainda Dead End (Beco sem Saída, 1937), Wuthering Heights (O Morro dos Ventos Uivan- tes, 1939), The Westerner (O Galante Aventureiro, 1940) e The Best Years of our Lives (1946) . Baseou- se Wyler na conhecida novela de Somerset Maugham, que Howard Koch, agindo com a sua costumeira habili- dade, soube verter para uma linguagem cinematográ- fica de primeira ordem. E graças também a Bette Da- vís pôde Wyler fazer um filme de ponta a ponta percor-

*J~?'-T'i"^'¦ "*-*fw.JMP76lB¦ - .-.. - jSM&jBEBf»EfiEBlay^cf^ • .'.."'¦".''.:^v^v%r ^^jHyjJ^gÃafiSKfe-'..^^^^-*/- . rido pelo calor das grandes realizações. The Letter é, provavelmente, a melhor fita extraída da obra de So- merset Maugham, sem embargo de algumas excelentes "Of qualidades encontradas em Human Bondage" (ver- são de John Cromwell, com Bette Davrs e Leslie Ho- "Chuva": ward), nas duas versões de a de Raoul Walsh ("Saddie Thompson", com Gloria Swanson) e a de Lewis Milestone ("Rain", com Joan Crawford e Wal- "The ter Huston); e em Moon and Six Pence" (Um gosto e seis vinténs), de Albert Lewin. O desempenho magistral de Bette Davis, muito bem coadjuvada por Gale Sondergaard (em uma impressio- nante e trágica caracterização), James Stephenson, fale- cido poucos meses depois, e Herbert Marshall, um dos intérpretes da primeira versão de The Letter", na qual estreou como ator no cinema silencioso; a segurança de Wyler, que é, sem dúvida, um dos diretores mais efi- cientes em atividade nos últimos doze anos; a música de Max Steiner, funcionando cm intimidade com a ima- gem e a beleza plástica desta; tudo isso faz de The Letter um filme merecedor de toda a admiração.

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íY; ___$ Elenco: Lucüle Bali, Franchot Tone, Edward Everett Horton, Mikhail Rasumny, Gene Lock- hart, Nana Bryant, Jonathan Hale, Paul Man- ton, Mabel Paige, Frank Mayo, Pierre Watkin, . Carl Leviness, Dick Gordon, Douglas Wood, Jack Rice, Clancy Cooper, Charles Wilson, Char- les Trowbridge, Selmer Jackson, Arthur bpace. Uma boa idéia, e um cenário interessante, in- teiramente estragados por causa da burrice crônica de Sylvan Simon, um dos diretores mais medíocres de Hollywood. Dizendo-se que a idéia merecia um René Clair ou um Preston Sturges, calcula-se a distância que a separa de uma boa realização..-. .,, . A história trata da febre publicitária ame- e, se não faz nenhum comentário mais ricana mar- profundo e irônico sobre essa fabulosa mita, pelo menos leva a coisa para o campo De ALEX VIANY da chanchada. A culpa é inteiramente do dire- tor se não houve melhor aproveitamento do John Ireland. Noah Beery Jr., assunto, sem dúvida excelente. Hecht & Lede- Walter Brennan. e, Rio Vermelho o falecido Harry Carey e seu filho — todos são rer ousaram fazer nonsense em seu cenário ótimos tipos que Hawks sabe aproveitar. Na com certeza, irritarão muitas pessoas que gos- REI) RIVKit — Produção Charles K. Feld- Gray, num minús- tam de ver tudo muito lógico e explicadinho. Dis- parte feminina, Coleen papel — situa- man-lloward Hawks (Hollywood), L947/48. culo, aparece melhor que Joanne Dru — justa- Mas, a meu ver, o nonsense isto é, as Produção e direção nem cabeça — tem tribuição da United Artists. mente por aparecer menos. Miss Dru é bonita, ções aloucadas, sem pés do Howard Hawks. Cenário de Borden Chase seu devia ser mais limi- sido pouco e mal explorado no cinema, inclu- num romance de lá isso é, mas papel mais o e Charles Schnee, baseado tado. Se ela aparecesse apenas como um inci- sive no terreno que lhe seria propício: Chase. Cinegrafia de Russell Harlan. Poucas esperanças nos res- Borden dente, durante a penosa caminhada da caravana, desenho animado. Efeitos cinegráficòs especiais de Allan Thomp- tam. Lubitsch morreu. Clair está fazendo co- Vinton tudo estaria bem. Mas Howard Hawks cometeu — aos son. Sonografia de Richard de Weése e transformar a médias de maneiras a não ser que"Fausto". volte de John Datu Arens- um erro gravíssimo ao pretender sua versão de E Vernon. Direção artística sua epopéia num apressado romance de amor. bons tempos com "Odeio-te, ma. Partitura musical composta o regida por Sturges, depois de meu amor!", di- Dimitri Tiomkin. Coordenação de Christian rigiu Betty Grable, Clark Gable e Lana Turner. no de Janeiro em setembro Nyby. Lançado Rio aqui Se quiserem ver a oportunidade"Que perdida por de 1949. Eles passaram por um mau diretor, vejam mundo tentador!". Elenco: John Wayne, Montgomery Clift, Wal- FOUH FACES WEST, ou THEY WENT THAT Mas não o vejam se acham que uma mulher ter Bren min, John Ireland, Noah Beery Jr., WAY. Produção Enterprise (Hollywood), 1946/47, de vasta bigodeira, ou um homem de cabeça Harry Carey, Harry Carey Jr., Mickey Kuhn, Distribuição da Metro-Goldwyn-Mayer. Produ- de vidro, não é coisa engraçada. Paul Fix, Chefe Yowlatchie, Hank Worden, ção de Harry Sherman. Direção de Alfred Green. Na parte interpretativa, Lucille Bali e Fran- Ivan Parry, IIul Taliaferro, Paul Fiero, Blllie Cenário de Graham Baker e Teddi Sherman, ba- chot Tone fazem o que podem, mas nota-se que Sclf, Ray Hyke, Joanne Dru, Coleen Cray. sendo no romance "1'asó por aqui", de Eugene não têm direção. Mikhail Rasumny diverte bas- "Rio Vermelho" é mais uma prova de que Manlove Rhodes. Cinegrafia de Russell Harlan. tante num papel secundário. não devemos esquecer o nome de Howard Hawks Efeitos cinegráficos especiais de Robert II. Mo- Planeja- quando citamos os diretores mais seguros do reland. Sonograíia de Frank Webster. cinema americano. Através dos anos, êle tem mento de produção de Duncan Cramer. Decora- Q uem manda e o amor se mantido coerente e consistente, por mais ções de Ray Robinson. Partitura musical com- EASY TO WED — Produção e distribuição da que sua carreira esteja cheia de altos e baixos. posta e regida por Paul Sawtell. Coordenação Metro - Goldwyn - Mayer (Hollywood), 1946/47. E este trabalho seu, apesar das muitas falhas de Edward Mann. Lançado no Rio de Janeiro Produção de Jack Cummings. Direção de Ed- que nole poderemos encontrar, ó bastante forte: em setembro de 1949. ward Buzzell. Adaptação de Dorothy Kingsley um filme masculino como poucos, que merece Elenco: Joel MeCrea, Francês Dee, Charles do cenário "Libeled Lady" (O noivo de minha mesmo figurar entre os melhores e mais repre- Bickford, Jospeh Calleia, William Conrad, Mar- noiva), de Maurine Watkins, Howard Emmett sentatlvos westerns de todos os tempos.. De tin (íarralaga, Raymond Largay, John Parrish, Rogers e George Oppenheimer. Cinegrafia de lembra um certa maneira, a direção de"O Hawks Dan White, Davison Clark, Houseley Stevenson, Harry Stradling. Sonografia de Douglas Shea- pouco o John Huston de tesouro de Si erra George McDonald, Eva Novak, Sam Flint, For- rer. Direção artística de Cedric Gibbons e Hans Madre". Talvez no impacto dramático, que é rest Taylor. Peters. Decorações de Edwin B. Willis. Números violento como o de Huston. Infelizmente, Hawks musicais encenados e dirigidos por Jack Dona- não consegue mantê-lo aé o final. O filme ter- Um deveras extraordinário: não tem hue. Partitura musical composta e regida por mina uma nota de ridículo: depois de fabricar nem tampouco um tiroteio. Green. Coordenação de Blanche Sewell. insuportável, du- vilões bigodudos, Johnny uma atmosfera de suspenso Os fãs de hoje, habituados com pontapés na Lançado no Rio de Janeiro em setembro de rante a qual quase rezamos para que John logo cara do herói e esporadas no rostinho da he- 1949. Wayne e Montgomery Clift defrontem-se a da Elenco: Lucille Bali, Keenan Wynn, Esther vez, acabando com a agonia, Hawks roina, talvez estranhem quietude produção de uma de Harry Sherman — um homem que já traba- Williams, Van Johnson, Cecil Kellaway, Ben \ põe unia espingardihhá na mão de unia he- "mocinhos" Blue, Lockhart, Grant Mitchell, Josephine resolve toda a tensão lhou com todos os grandes do ei- June roina de última hora, e Mas "Eles aqui", isso Whittell, Paul Harvey, Jonathan Hale, James dramática da maneira mais gaiata e implausivel nema. passaram por por mas- mesmo, é especialmente recomendado à garo- Flavin, Célia Travers, Sybil Merritt, Sondra que poderíamos imaginar. Uma história Rodgers, Carlos Ramirez, Ethel Smith. culina foi, assim, estragada intrusão des- tada, e a todos os que não vão ao cinema à pela sadismo. propositada de um rabinho de saia. procura de muita coisa boa. Filmada em no Novo México, Outra refilmagem, desta vez de uma come- Mas o filme é grande, e tem grande parte dia tinha William Powell e Jean Harlow A idéia, de uma boiada a a película apresenta uma excelente cinegrafia. que própria gigantesca nos papéis principais. Se Lucille Bali, uma das atravessar uma enorme região despovoada e O cenário é bom, bastante cinematográfico, e o cinema assume heróicas foi dirigido de maneira adequada Alfred melhores comediantes de que dispõe cheia de perigos, proporções por atualmente — e de que dispõe mal —, pode ser em sua apresentação cinematográfica. Os per- Green. Na interpretação não há nomes a desta- comparada favoravelmente com Jean Harlow, muitas vezes, no meio car, todos atuam num uniformemente calços da caravana têm, pois plano ninguém há de dizer que Van Johnson possa ser da violência do homem e da natureza, um tom razoável. Mas vale destacar, porém, o trata- comparado com Bill Powell. se sabe — mento simpático os mexicanos recebem. Quando de elegia. A cinegrafia de"Eles Russell Harlan que que Esther Williams também está presente, os que também fotografou passaram por Coisa rara. fãs de bom gosto terão razão de sobra para fugir aqui" — sabe usar os magníficos cenários na- do cinema. Acrescente-se a isso o fato de Van turais, e aumenta a grandiosidade da emprei- Johnson e Esther Williams cantarem (sic) o tada. E esplêndido 6 o grupo de atores reunido Que mundo tentador ! mais macarrônico atentado contra "Boneca de por Hawks. John Ford, especialista no gênero, HER HUSBANDS AFFA1RS — Produção pixe", e ter-se-á uma ligeira idéia do efeito não o teria feito melhor. Aliás, Ford teria es- Cornell-Çolumbia (Hollywood), ií)47. Distribui- geral do filme, que é lamentável. colhido John Wayne, sem dúvida alguma, para ção da Columbia. Produção de Raphael Hakim. LuciUe Bali, entretanto, está encantadora, e 0 papel central. Bruto, estóico. expressivo na Direção de S. Sylvan Simon. Cenário de Ben consegue fazer rir em algumas cenas de bebe- própria inexpressividade de seu rosto másculo, Hecht e Charles Lederer. Cinegrafia de Charles deira simulada. Keenan Wynn ajuda-a um pou- reage bem "í:sse Wayne é um ator que sempre "Rioquando Lawton Jr. Sonografia de Frank Goodwin. Di- quinho. A história, tal como a de im- tem bom diretor. Seu trabalho em Ver- reção artística de Stephen Goossón e Carl An- pulso maravilhoso", outra recente refilmagem, melho" é um dos melhores de sua carreira; é derson. Decorações de Wilbur Menefee e Louis pertence àquele enorme ciclo de comédias ma- mesmo comparável ao de Montgomery Clift, Diage. Partitura musical de George Duning, trimoniais e pseudo-matrimoniais que tivemos um dos bons atores novos do cinema americano, regida por Morrir W. Stoloff. Coordenação de há uns dez anos. Mais valeria uma reprise da que aqui faz a sua estréia. ("Perdidos na tor- Al Clark. Lançado no Rio de Janeiro em setem- comédia original, mesmo porque muita gente menta", exibido antes, foi o seu segundo filme.) bro de 1949. gostaria de rever Jean Harlow.

"QUEM MANDA E' O AMOR" "ELES PASSARAM POR AQUI" Lamentável Um belo "western", sem tiros - A CENA MUDA 11-10-49 Pág. 6

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Joseph Bourdrcaux, com olhar sonhador, contempla a moderna lancha dos pesquisadores de netróiPn «,,« c_> npn^n ««« * -, voltar com o surto do ™ maÍS tar(1* progresso para essas pouco conhecidas áreas dos estados UnidosP D H louisiji M STORY" "Em um dia de há •anos primavera, quase três Por ROBERT |j_P*f* atrás, estava FLAHERTY NOTA — 0 artigo que se segue é uma eu descansando em minha condensação de um outro, escrito fazenda, situada no Estado de Vermont, "Lou-por quando Robert Flaher.y, produtor do filme recebi uma carta, contendo a seguinte rigimos para as regiões de siituii Story". Provavelmente, pro- produção de pe- Mr. Fia- — estaria tróleo. Visitamos herty {> a figura do maior destaque, no posta: eu interessado em produzir cidades fantasmas e cidades campo de filmes documentários, file tem um filme que pusesse em relevo as dificuldades em febril agitação e progresso. Encontramos produzido inúmeros filmes, que se tor- e riscos enfrentados na extração de — planícies sem fim, de miram famosos nos Estados petróleo pontilhadas torres de pe- unidos e nos um filme industrial, tróleo. demais países em que foram exibidos, mas que tivesse enredo sua originalidade bastante e por grande e valor do- que prendesse a atenção do público No entanto, mantínhamos em mente a ne- comentário. Entre outros, foi o produtor em geral, de maneira a de "Nanook of "Man poder ser exibido nas cessidade movimento. Nas regiões "Moana lhe North", of casas de diversões ^de petrolí- Arai.", of the South Seas" e populares, onde fossem cc- feras, as torres se erguiam, impassíveis e eretas, "Elepliant Boy". bradas entradas? contra o céu. Nada se movia. Não tirávamos Depois de diversas conferências com os finan- de nossas cabeças a idéia de que ~e» verda- ciadores do filme, minha senhora e eu nos di- deiro drama do petróleo se desenrolava nas

SfLion Le Blatic, que desempenhou o papel de Frank Hardy, "Louisiana "Louisiana perfurador no filme Mr. riahertr, • MMoeeph. *««? filmt Story", morador Story e na Tida real. Buscando o talento produtor proprietário do filme ,,»ayous,\ é ben* um tipo ú— entre "Louisiana ffia rej-iáí» áei pessoas qu. nunca «sttyora», diante da* Story", duas tôeos laureado na IftüfelUati'"-. Wesca jceesa ?*"«• eenneearta ¦•* n.madocaa, M_r. Fiaheiaifcr ooauseame eotor Bnropa. por «ma técnica • yaler «atado* unidos plona naturalidade de emoçêes documentário

A CENA MUDA 11-10-49 Pág, 8

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entranhas da terra, naquele momento exato, fora do alcance das lentes das filmadoras. Em nossas viagens "bayous" chegamos à região dos (pântanos do Estado- de Louisiana). Ficamos encantados com os habitantes da re- gião, de maneiras gentis e pitorescas, descen- dentes de franceses, que vivem nessa zona, pouco conhecida, dos Estados Unidos. Seu foi- clore, seus costumes, suas superstições, seus contos de sereias e lobisomens, transmitidos de geração em geração, nos deliciaram. Contudo, estávamos no mesmo ponto em que havíamos começado, em relação ao filme sobre petróleo. Um dia, finalmente, estacionamos nosso carro, para almoçar às margens de um "bayou", quando, subitamente, sob cs topos da vegetação dos pantanais,'torre apareceu diante de nossos olhos uma de perfuração. A torre estava "bayou", sendo transportada através do rebocada por uma lancha. Em movimento, essa estrutura já tão conhecida tornou-se, repentinamente, põe- tica, suas linhas elegantes elevando-se, firme- mente, por sobre a planície sem fim dos pan- tanais. Nese momento, minha esposo e eu nos entre- olhamos e.:. sabíamos que tínhamos o argu- mento para o filme. Quase que imediatamente, um enredo começou a tomar forma em nossas mentes. Seria uma história de uma torre como a que tínhamos visto. No entanto, tínhamos ainda que traduzir nossa tese — a do impacto da ciência sobre, uma existência rural, simples — em termos de seres humanos. Para nosso^ herói, idealizamos um menino Cajun (descendente de franceses), semi-selvagem, "bayous". internando-se nas florestas e nos Para personalizar a indústria, ima- ginamos um perfurador, que se tornaria amigo do menino e que, com o tempo, , venceria a timidez natural do adolescente. Os demais per- sonagens do filme se desenvolveram natural- mente, em tomo dos dois. Todos os papéis seriam desempenhados, não por atores profis- sionais, mas por pessoas que jamais haviam estado diante das câmeras. Esta foi a diretriz que me guiou em todos os meus filmes, porque creio que por ela se obtém emoções mais sin- ceras e um drama mais convincente das reações naturais de pessoas comuns, do que do melhor talento que possa ser fornecido por Hollywood. m O enredo ^ quase que se escreveu sozinho; foi, logo após, aprovado. Somente nessa oca- 1 sião decidiu-se, definitivamente, a filmagem da película. m Transportamo-nos, então, com todo o nosso equipamento, "bayous" para o coração da região dos em Abbeville, Louisiana, onde esta- belecemos nossa sede de operações. Postou-se aí, diante de nós, o maior problema, no qual gastamos a maior parte do tempo do processo de produção do filme — encontrar-se o talento. E' nesse aspecto da produção que, segundo creio, jaz o segredo do sucesso de um filme documentário desse tipo. . Dividimo-nos em grupos e pesquisamos toda a região. Finalmente, foi encontrado Joseph Boudreaux, desempenha "Louisianaque o papel principal em Story". Do mesmo modo encon- trou-se Frank Hardy, um texano que havia sido criado na indústria e que se encontrava traba- lhando em um poço de petróleo nas proximi- dades. Os demais membros do grupo de tra- balhadores da torre foram retirados de uma turma de perfuração, gentilmente cedidos pela companhia para a filmagem. :yim O local de filmagem foi o magnífico cenário ' ¦ 7:yM de Avery Island, de propriedade do explorador, viq Síory' —» internacionalmente famoso, coronel Ned Mcllhen- m produção de Robert ny, que nos deu carta branca em suas terras. Flaherty — teve como Wm (Continua na pág. 26) w*y..v.'.:v.y que ce- t£»fl *&§ÉÍ^Íp animais, ainda que mais traba- [cuaittH iH no campo dos filmes documentário

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(iene Tierney e Richard Conte estudam juntos "FLAGRANTES No seu camarim, Charles Bickford passa os ok diálogos, antes entrarem "script" filme. Êle de "Whirlpool",em cena para & NOTÍCIAS olhos no de seu próximo "Whirlpool" a filmagem de da Fox faz o papel de uni detetive em "The Glenn Ford e Valll, esta última cedida por Hamilton Man He Found". O Victor Mature foi contratado por Howard próprio "Mrs. David Selznick, foram contratados por Howard autor escreverá os cenários do filme. Herman Hughes para o papel principal de Hughes para interpretar os papéis princi- Schlon foi designado a fita. Whiskers". "The para produzir pais do filme cia RKO White Tower", e E' uma história original de John Oates, em breve a Europa, onde partirão para os de- em que o motivo central é a regeneração de mais elementos do elenco já se encontram, in- um homem que não dá valor à cidadania cluindo-se entre eles Slr Cedric Hardwicke o Nicholas Ray, o jovem e brilhante diretor americana, até que se vê na iminência de Oscar Homolka. que tem continuado em Hollywood o sucesso ser deportado. O diretor Ted Tetzlaff" está nos já Alpes na Broadway, foi encarregado pela direção franceses e começará a filmar a logo "Carriage película do Entrance", película que tem os artistas lá cheguem. "Enchantment", que Ann Sheridan no papel principal. A produção de Samuel Baseada numa novela de êxito do "The grande "Bed Goldwyn, e a película Window", da RKO mesmo nome, do autor James Ramscy Ullman, Atualmente, Ray está dirigindo of Roses", da RKO. um drama romântico, Radio, foram premiadas em dois dos Festi- a película tem como tema a escalada de uma que tem como intérpretes Joan vais Cinematográficos europeus desta tem- montanha. São cinco homens e uma jovem principais Fon- taine. Zachary Scott, Joan Leslie porada. que realizam a difícil empresa — e a his- e Mel Ferrer. "Carriage No Festival de Locarno, na Suiça, "Enchan- tória de seus esforços e de sua vitórias, com Entrance" e a história de uma tment" foi apresentação de o aspecto romântico do amor de um dos mulher que usa sua beleza, sua e premiada pela posição seu argumento. "The Window" foi- homens pela jovem, que a livra dramática- sua fortuna com o fim único de se vingar. premiada, sua direção, no Festival Belas mente da morte, é fascinante e diferente, A A história passa-se em New Orleans, no pela de Artes prin- da Bélgica, em Knocke. película será filmada em Ansco Color. cípio do século atual. Baseia-se na novela, do mesmo título, de Polan Banks, que será o produtor da película, tendo Robert Sparks * A RKO-Radio adquiriu os direitos autorais como produtor executivo. Os cenários foram Howard Hughes escolheu Robert Mitchum cinematográfico para a obra original de Roy escritos por Marion Parsonnet. e Jane Russel. (Continua na página 30)

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"CiroV, IJdia Costallat, depois de seu sucesso no Quando Farley Granger e Marshall Thompson encontra- ram-se no coração de Paris, dançará uni frevo no próximo filme "In da cidade do ouro, para algumas to- macias loco" do Roseana McCoy, decidiram perder um carnavalesco de Moacir Fenelon dia na procura do precioso metal. Mas... "neca"!

A CENA MUDA — 11-10-49 — Pág. 10 $$m.

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"r.m Ann Sheridan o Ronald Rengan, numa cena de Cada Cr.ração t'm Pecado", sua obra máxima

A CENA MUDA11-10-49 - Pág. 12 ¦ ¦-¦¦-. ¦

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_A um ir. cs res da Camera (II) üe NEWTON COUTO (Copyright by Interpublic) as De HUGO SCHLESINGER "A As últimas fitas apresentadas ao público e notadamente última etapa" mostram cia- ramente o esforço realizado na Polônia para dar à sétima arte um cunho regional sem i deixar de aplicar a técnica mais moderna. l O cinema polonês rena^cente, está começando a rivalizar cora as internacionais. já grandes produções Há cerca de anos, um "metteur em conta da vV'1 "Pathé"quarenta "Antônioscène" conhecido realizou por ¦,*"'¦ produtora o primeiro filme polonês: vai pela primeira vez a Varsóvia", interpretado^ por um ator cômico popular, o grande Antônio Ferntner. Em 1914, o ei- nema polonês tomou certo impulso, especialmente em virtude da influência de Alexandre Hertz. dirigiu, em colaboração que "Meler com a firme francesa Pathé, os Films Sohinx. Seu primeiro êxito foi Ezofewicz", produzido em 1912, cujo enredo fei extraído dum rmance de Elisa Orzeskows. A gurra de 1914 coincidiu com o redobramento da atividade dos estúdios de Varsóvia. ''.;:;:.x:;i;^^.-¦¦¦",¦ '¦v-:.:':->:; Um homem ce teatro. Hic?.rdo Ordynski, a ;'"' fêz a sua estréia no cinema. Êle "Osdescobre jovem atriz Pola "ANegri, de quem Alexander Hertz iria fazer uma estrela com Mistérios de Varsóvia". Besta", "A Esposa", "Arabela" e "A Filha de Mme. X..." Mas, como Lia Mara, Pola Negri não tarda em abandonar Varsóvia, a fim de transferir-se para Berlim, onde se tornou uma grande estrela internacional. Os poloneses mais bem dotados para o cinema fizeram a

A CRN A Mt"PA IMS l*lVc VA I I II I I ,' '1 f*v\ Tf*É1W dm .,.-„,., © ¦^rtx,^.vl ¦..,.x,.,..*.-».,,,. ^E-^-^A- ..yv-yy^.^,, -i..!^ a DE LONDRES

" --\W\ ^fflB§ ^ S Ha¦EfE'' BfTIB^ flEV^I^Bf . m WW Am¥9mm1m\m\fÉk^&lm EBl - CINEMA BRITÂNICO Por L. S. WALLACE Copyright do BNS, especial para A CENA MUDA FORD E MILESTONE NO OESTE -r-m Os jornais londrinos noticiam gran- dioso empreendimento cinematográfico Dois respeitadíssimos diretores do cinema americano acabam de lançar filmes que foram que está sendo levado a> efeito numa destroços dos mal recebidos crítica: O veterano do vasta área coberta de pela John Ford e Lewis Milestone. primeiro, gênero bombardeios, situada por trás da Ca- far-west, parece ter feito uma chanchada que mistura religião, côr. chavões e pieguice em tedral de São Paulo. O filme, para o — ainda cenário está sendo The Three Godfathers'. O segundo, que é mais famoso em outros gêneros que qual"Three este preparado, Carícla Fatal tenha sido, menos em ambiente, um western — ter conseguido e Men and a Girl" (Três homens pelo parece e uma moça), produção de Anatole desperdiçar uma série de boas histórias de John Steinbeck em The Red Ponv. de Grunwald, tendo por intérpretes Burgess Meredith e Apula O próprio Steinbeck adaptou as suas histórias para o cinema, mas o filme, no dizer de principais "está Valenska. John McCarten. em The New Yorker, muito longe de ser tão encantador como o E' este um exemplo típico do mé- trabalho original". Cheio de chavões de Hollywood, motivações confusas, e panoramas es- todo que está sendo adotado pelos pro- ainda um óbvio exemplo de desloca- dutores cinematográficos britânicos, os tandardizados em tecnicolor. é mais prejudicado por cenários ao ar livre — fazendeiro, um Miss quais procuram mento a instalação de Myrna Loy como uma esposa de papel que para as seqüências importantes das pe- Loy interpreta como se continuasse na companhia de William Powell. Como o garoto que lículas. Uma das realizações mais no- é louco por cavalos. Peter Miles é bastante improvável, e o pequeno mérito que o filme táveis da indústria cinematográfica foi de Billy Buck, o desenvolvimento da organização en- possa ter é o resultado de bons desempenhos de Robert Mitchum, no papel carregada dos cenários e dos locais, a o capataz. e Louis Calhem, como o avô falador." qual, durante os últimos anos, atingiu alto de eficiência. Resulta daí New " grau Em Republic, Robert Hatch discorda sobre este último ponto: O avô que lutou certa nota de autenticidade nas peli- contra os índios foi um desajeitado embelezamento da história de Steinbeck; interpretado cuias prontas que não pode ser obti- Louis Calhem atrás de uma de barba de crepe branco, êle é da com os cenários confeccionados nos por quantidade uma tola estúdios, apesar de toda a engenhosi- intrusão." dade de construção. Constitui isto mais um atrativo o Em seu artigo, Hatch destaca, entretanto, uma cena do filme, que, a seu ver, difícil- para público em "Ocorre todas as partes do mundo que pode mente poderá ser esquecida. quando o menino, Tom (Peter Miles), encontra o assim ver realmente a Grã-Bretanha seu cavalinho morto numa ravlna, com aves de rapina trepadas em seu corpo. Êle pega soore a tela. uma das grandes aves, e a luta resultante é sangrenta e assustadora, cheia de um horror Além de "Three Men and a Girl" doentio. Excetuando-se esse momento brutal mas efetivo, o filme é interpretado num nível três outras películas estão sendo fil- macias em localidades de Inquieto emoclonalismo, consegue fugir inteiramente da O tom "The londrinas. São que jamais pieguice. elas Blue Lamp" (A Lâmpada da história de Steinbeck repousava em sua compreensão das esperanças e angústias de Azul), "Seven Days to "TheNoon" (Sete um menino, e Milestone não foi capaz de arrancar de Peter Miles qualquer força emotiva. dias até ao meio-dia) e Night and Êle é uma criança frágil, com um rosto sensível estranhamente, reflete senti- the City". Em Appledore, no condado que. pouco de Devon, encontra-se uma mento. A sentlmentalidade visceral da história de Steinbeck equipe (...) jamais deveria ser ten- completa que trabalha na produção de tada na tela sem uma criança que pudesse conservar os seus sentimentos simples e diretos. Disney anglo-americana "Treasure Is- Miles interpretar um conceito adulto de infância, e o resultado, apesar de toda land" (A ilha do Tesouro), enquanto parece outro a sinceridade do esforço, mais das nostálgicas grupo se encontra no condado parece uma paródias de Disney." de Shropshire filmando cenas ao ar livre "Gone também para a película do Earth" Time não conseguiu encontrar qualidades no filme de Steinbeck e Milestone, (A Fuga da Raposa). sinal, é colorido. Terminando sua "O "Three que, por a crítica, diz: enchimento e a hesitação Men and a Girl" é a história não deram resultado. De toda a filosofia confusa, só um duro fato emerge: Hollywood, das aventuras de uma moca e três ho- I' com a conivência do cenaristn Steinbeck, desperdiçou o autor Steinbeck a sua his- mens no continente europeu e durante tórla." uma viagem até a Inglaterra. Uma das seqüências mais importantes se em Berlim passa- John Ford. por sua vez, não tinha uma boa história para desperdiçar. Lamentável, no devastada pela guerra. Considerações de tempo e dinheiro fi- entanto, é o desperdício de seu grande talento em The Three Godfathers, uma história zeram com que "BerlimAnatole de Grunwald r que êle próprio já filmou antes, no cinema silencioso, e que já teve pelo menos uma outra resolvesse criar devastado", na versão no cinema falado (Os Três Padrinhos, com Chester Morris). área igualmente devastada atrás da Catedral de São Paulo. Esta área, que Tal desperdício é registrado pela crítica de Time. que lamenta não só o caso de Ford, já lora limpada, foi novamente coa- mas também o de seu Merlam C. Cooper, e o de seus lhada de destroços, distribuídos com produtor, cenarlstas, Laurence toua Stallings e Frank Nugent. "O final dá ao observador arte, a íim de criar o ambiente produto a espécie de choque que po- da cidade alemã. Foram deria ter se visse todos os Wallendas Volantes instalados caírem da corda-bamba ao mesmo tempo. lampiões especiais, e o esqueleto de Godfathers está perto de ser uma paródia não-intenclonal do western à antiga". A his- um antigo armazém de exportação transformado "boite" foi tórla conta as aventuras de três bandidos desalmados Wayne, Pedro Armendariz numa berlinense (John e metade em ruínas. O trabalho Harry Carey Jr.). que herdam uma criança recém-nascida de uma mãe agonizante. foi rea- "começam jovem lizado rapidamente; aparelhos de som Imeditamente, êlcs a estremecer com espasmos de antiquada religião, or- montados em caminhões foram liados "câmeras"camu- gulho paternal de segunda mão. e consciência de primeira mão". Depois de assistir à entre as ruínas, e as "Wayne foram montadas em morte heróica de seus companheiros, fica tão se entrega à lei. trilhos especial- "novo" purificado" que mente instalados. A manobra havia sido Naturalmente, o John Ford não pode castigá-lo muito: o ex-bandido pega uma planejada de antemão, e a transfor- sentença à-toa, e, também, a filha do banqueiro. maçao da área foi executada em menos de um dia. Segundo o Inglês William Whitebait, que escreve em The New Statesman Nation, "excita & Muitos recantos de Londres aparecem o filme de John Ford e deprime como trabalho de um homem nos faz sentir e£V^e B1Ue que TLamP"' com °s astros valer a pena ocupar uma cadeira de cinema. A história deste western primitivo, acerca Jack Warner e Jimmy Hanley. E esta de três uma historia da lorça policial de Lon- façanhudos fugitivos no deserto de dres A equipe EnnHMHÉ de produção dos Estú- ^li—^tUtímmytmmmm^tíimjUifi^^y"»"yjBlJgWBHHWBBBBBBBMHMBWBWnMMBBBEQPWI Arizona, encontram um que bebê numa car- aios Ealing visitou todos os bairros da roça coberta e vêem a estrela de Belém a cidade em procura de locais apropria- brilhar sobre as montanhas, é tão incrível af deleSacias do West End e do que i,astS°S+~^ End. as sossegadas mal se pode acreditar ainda no fato de ter ruas subur- panas, os bairros operários, o bairro sido realizada. O próprio Ford não se apressa boêmio de Soho.. ¦_ 1?wBF^BWMfc.JPK^;*'¦ yxx-'-''¦^jSiSp^SjSj^;'"' ¦•¦.'VP9fi '' O filme está sendo em fazer tais revelações. Passam-se trinta rodado com a colaboração da se relere polícia minutos ou mais antes que desconfiemos da eu c , ?°iKque à autenticidade como na manutenção da parábola, e esses minutos estabelecem uma ordemEÍ%aÍ,Btalhes quando a multidão, espetáculo atraída pelo perseguição no deserto com um efeito real- da filmagem realizada em mente magnificente". "clmeras--: Se agl°mera em tôrno *£ Em The New Yorker, John McCarten O ambiente é de "TheLondres foi também menos paciente para com o filme de Ford, produzido em Night and the classifica como "tolice". yity . enredo emocionante adaptado que uma O que mais do romance de ter intrigado Gerald Kersh, onde parece o critico. é a resistência aparecem tipos do "basfond" londrino do bebê. Em sua opinião, êle agüenta um A película é estrelada pelo ator norte- dobrado, teria exaurido americano Richard Widmark, o qual que até um camarada no decurso do filme, habituado é perseguido desde a correr seis dias de bicicleta. Mr. o bairro de Lambeth até o de White-  ' V&•'"'''¦y-:-.'.y''-iy'-EyE'- \ chapei. Um McCarten lamenta, também, que o film© tenha dos locais mais interessantes que aparecem no filme sido dedicado à memória de é a área na Harry Oarey. O margem sul do Tâmisa, ao lado da velho vaqueiro merecia de Waterloo. ponte uma homenagem bem (Continua na págf 30) •Tohn rnrrl melhor evidentemente. — a V.

A CENA MITDA 11-10-49 Pág U '.; Py : ;

ATRAVESSA FINALMENTE WINTERS A PORTA DA FAMA

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'¦¦"> " * ¦ ¦¦'¦:¦ OI concedido, finalmente, à Shelley Winters um lugar na imensa t . __ 1---.P: constelação de Hollywood como estrela de primeira grandeza com F o papel de protagonista, ao lado de William Powell, no filme Take one False Step", película da Universal International que, aqui no Brasil, terá o título de "Um Passo em Falso". Esta me- recida distinção coube-lhe em conseqüência de"Fatalidade" sua caracterização no papel de Pat Kroll, a garçonette da película (A Double Life), que concedeu à Ronald Colman o "Oscar" da Academia como o melhor ator de 47. Ao exibir-se esta película começaram a chegar aos estúdios, mi- mares de cartas que proclamavam Shelley Winters como a maior vamp do cinema, ou como "a melhor e mais feminina, completa personalidade depois"uma de Jean Harlow". Diziam também que Shelley Winters era nova atriz cuja imagem ficava gravada na mente do espectador desde o primeiro contacto com ela (na tela). A cri- tica mundial mostrou-se de acordo com o julgamento do público e elogiou Shelley Winters sem fazer reservas de frases bonitas. Depois desta tão discutida película, vimos recentemente "Aves de Rapina , onde Shelley Winters mostrou-se com direito ao título estrela. Seu modo de a* p:# de falar,"vampiresca" a inflexão de sua vôz e, além disso, apre- sentou-se como a mais estrela do cinema atual. Se ^ em Fatalidade" Shelley Winters foi a promessa de talento, em "Aves de Rapina" foi uma revelação. O que estará nos reservando esta inquieta pequena ao lado de William Powell em "Um Passo em Falso"? Esperamos que não seja um passo em falso...

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CINE ROMANCE....p - y ( .V—- HGF?ratwa^~»ai ______} •¦ --iü f,_l 3r%- Cfc= ) B11 ,_____, - i___43^__stó/y i r J i I .1[___= J/ t Irá. 1 Aos onze anos, Adelaide ora e tipo característico da menina volua- tariosa. Para satisfazer o mais absurdo de seus caprichos, toda a família ne movimentava. Punha, constantemente em sobresalto seu pai. ^J~*gB^g3^^j^^^^^@^fT^5?!BB5PHf c*. Culver ^^^MMPm^^^^^^&mWmTMM^MM^^^''''' ¦ jfla mãe e a velha da Mansão dos Culver. Quando desejava sua governante "Impulsiva!" alguma coisa, Adelaide obtinha-a, de qualquer forma. — '$4' -Vj* *'%¦ 'Úít-^&y *¦ ' •rm'-,W!&mmWW^S- ''¦' '-''^ 'y^^H — diziam seus pais resignados. ¦ f-'' •tfo-^&y-'- íyjt. j ?*' Certa manha, anunciou, Incisivamente, ã sua prima Alice Humbro: ²Ninguém tem coragem de ir visitar a estalagem Britânla, não é? A gente só vai lá perto, quando a mlher do noseo cocheiro adoece, náo é verdade? ²Sim — respondeu Alice. ²Pois eu irei até lá! Irei porque sinto-me bem naquele ambiente! A estalagem Britânla era um velho casarão cinzento, onde residia gente da pior espécie. Ficava situado fronteiro à cocheira da Mansão dos Culver. Da Janela de seu quarto, Adelaide, durante noites a ílo, se punha a observar o estranho movimento de pessoas naquele recanto escuso. Admirava, fascinada, o borborinho que se formava à porta da Taverna "O Galo", não muito distante da estalagem, onde o velho Sam costu- ' 'Jll^MMMry^^jMMmW9>tft mava encostar a sua parelha de animais. a o^^B MM'ffiwry^-ifi'3^^L.»§&^'' sk iyHBK,yy'- Jw «F jRGS&tTk ^WÊ i Cumprindo o prometido, certa noite, Adelaide aventurou-se a ir até lá. numa escapula; peraltice engendrada pelo seu cérebro pequenino de menina obstinada.

na taverna, um estranho qualquer íèz-lhe 'y^^S—^^SÊ—M^MÀWÊWm' Quando tentou penetrar ¦*.V -j<''y* &m!'WmiWy[&vy È^MMt \ uma advertência, recomendando-lhe que crianças não deveriam ingerir oebidas alcoólicas... com o estômago vaaio. Ao tentar obsequiar com uma f - A CENA MUDA - 11-10-49 Pág. 16 ai MmAl

'¦¦*¦-¦"¦"- lllllllll llllllll III II.IIIIH.M^^M.^I^.H. esmola a uma menina dt sua idade, andrajosâ, tinha saído com o marido « ninguém ficara ainda do que a própria Princesa Àdormõ- que por ali brincava, tudo o que recebeu como em casa. Adelaide pensou em dispensar o cida? . agradecimento, foi um olhar de «scárneo, ante professor de desenho; todavia, obedecendo a E subitamente Lambert beijou apaixona- a sua atitude, que revelava a sua origem um estranho impulso, desceu até o salão damente seus lábio». nobre de gente de aristocracia. vazio, onde só Lambert ali permanecia, cum- Depois desse dia, as lições de desenho eona- À medida que Adelaide foi crescendo, mais primentando-a com a polidez de costume. tituíram um sonho ardentemente desejado ardente era a fascinação que sentia por Ao notar a indecisão que a dominava, Lam- por Adelaide. aquelas paragens. bert pensou em tranquilizá-la com uma per- Era o amor que vinha ao seu encontro. Para compensar a impossibilidade de in- gunta um tanto chocante para o momento. Outros encontros fortuitos tiveram. E a na Taverna "O Galo", Adelaide ten- Adelaide. gressar ²Nunca ficou a sós com um homem? felicidade inundava o coração de tava reproduzir os tipos ela via constan- que O coração de Adelaide bateu acelerado, Passeavam juntos à tarde no jardim da temente ali reunidos. Desenhava-os exata- quando Lambert aproximou-se, dirigindo-lhe Igreja. mente como sua mente febril os imaginava. ²Mas. A sua família não um sorriso galante. O senso de respeitabili- . . Adelaide! po- E isso trazia os Culver em admi- depois. . . "Que perplexa dade, contudo, fê-la interrogar: deria tolerar a minha presença, ração. — estranha concepção!" — mur- depois do aconteceu conosco! "Se ²Diga-me a verdade, sr. Lambert. O se- que muravam apreensivos. — Adelaide ²Devemos até gosta nhor sabe não tenho nenhuma vocação nos manter prudentes de desenhar, não escolhe ela os cisnes que porque para desenho. . . O senhor continua a vir que... seu futuro esteja assegurado, meu negros do nosso lago os as Torres da Igreja aqui somente causa. . . causa do querido! de S. João?" — interrogavam-se. por por dinheiro ²Não que recebe? há nenhuma criatura como você no Todavia, Adelaide Culver, que não possuía mundo— e beijou-a longamente em plena ²Adelaide! — sua voz nenhuma inclinação para as artes, não de- era doce e a face praça pública, à vista de todos! nunciava mesmo nenhum gosto apurado, nem Os comentários fervilharam em torno dessa ao menos tinha algum interesse pelo estudo, demonstração pública do amor ardente que não se perturbava pela reprovação de seus ELENCO: unia as duas criaturas. pais. Os Culver decidiram então, para remediar Isso evidenciava a característica marcante Henry Lambert ..Dana Andrews uma situação insustentável, retirarem-se para de sua índole. Adelaide possuía, obviamente, AdelaideMaureen 0'Hara o interior da Inglaterra, abandonando a uma vocação estranha e rebelde. f ;MDame S y b i 1 Mansão. Jamais acedera em participar das atividades The Sow Thorndike Quando a notícia foi trazida a Adelaide, sociais dos Culver. E quando sua mãe in- The BlazerDiane Hart toda a família estava preparada para en- quiría-a a respeito desse isolamento, Ade- Alice Anne Butchart frentar os protestos da filha. ao ²Sim, laide fugia assunto. Mr. Culver ...... Wilfred H y d e - querida. Todos nós sabemos quão Ainda agora, ao completar 21 anos, perma- White difícil é para você perder seus amigos, por necia obstinada. Foi por essa época que ela Mrs. Culver Fay Compton aqui; todavia, lá terá oportunidade de travar conheceu Henry Lambert. The Old-Un Herbert Walton novas relações, fazer novas amizades. .. Es- — O sr. Lambert era um cidadão circuns- Treff Anthony colhemos uma casa maravilhosa Platt End — pecto. Tinha sido convidado para seu pro- Tancred nos arredores de Farnhan! Dentro de uma fessor de desenho, ministrando-lhe aulas re- Milady ...... Mary Martlew semana lá estaremos instalados. gulares, em companhia de sua prima Alice. Adelaide olhava aturdida um por um dos ²Um João-Ninguém! — disse-lhe certa presentes. — Farnham! — murmurou entre- "um vez Alice. — Apesar de simpático e moço dentes. Era o mesmo que dizer outro ainda, não passa de um plebeu.. . Filme da Twentieth Century-Fox, dfrl- planeta". ²Você dizer — retrucou Adelaide — quer gido por Jean Negulesco, produzido por Como poderia ela viver longe de Henry? E que êle poderia ser respeitável se vendesse William Perlberg e história de Ring êle, que possibilidades tinha de se juntar ações de seguros, como seu irresistível admi- Lardner, baseada no "Britânia Mews", aos Culver pelo casamento? Se nem ao menos rador Fred Baker? algum dia o convidaram ²Você de Margaret Sharp para jantar!... fica indignada só por que Fred Adelaide conjeturou por um breve instante. me acha bonita? E, além disso, Adelaide, Depois, decidiu-se: Henry Lambert mora na Estalagem Bri- ²Mamãe! Papai! Tenho uma grande re- tânia.. . expressiva. Parecia um apaixonado, prestes velação a fazer. Vou-me casar com Henry! Mas, Adelaide não via nada de estranho a declarar-se. — Prefiro morrer a ter que A sra. Culver ficou horrorizada. no fato de Lambert morar num quarto alu- ferir seus sentimentos. Se alguma coisa eu ²Querida, se esse indivíduo ousou "ate- propor- gado na Britânia, onde mantinha o seu disse com relação ao seu aproveitamento nas lhe semelhante tolice, saiba que. . . lier" de pintura. aulas ministro, perdoe-me de coração. A sra. Culver, no ²Quantos que entanto, nada comentou artistas famosos não tinham Se menti algumas vezes dizendo-lhe que po- a respeito. Mme. Culver falava indignada. sido pobres na sua mocidade? E de repente tornar artista, Era a deria se perdoe-me. —• . . . êle não é um homem você! Náo o mundo a admirá-los e respeitá-los, vê-la constan- para passa única maneira que tinha de tem sequer meio reconhecendo-lhes o real valor, dando-lhes um de vida para s« manter. temente! E em ambiente de relevo na sociedade, como Sir que vive, Santo Deus! Um posição Suas mãos seguraram as dela com afeição. simples de Joshna Reynolds... professor desenho! Adelaide, por ²Ainda está zangada? favor, no está ²Qual nada! — dizia de si si. — pense que dizendo! para A súbita revelação de Lambert parecia- ²Eu Morar na Britânia é de um romantismo ex- amo Henry! E isso basta! lhe deliciosa e seus olhos inexperientes dei- traordinário um artista. Dali Henry caminhava de modo um tanto va- 1 para jovem xavam transparecer a alegria que lhe invadiu viria um dia a inspiração a Glória • cilante, pelo efeito da bebida que ingerira para alma, naquele instante. L a Fortuna. a há pouco, quando veio ao encontro de Ade- laide Certa manhã, Alice anunciou-lhe que não ²Alguém já lhe disse que você é linda... para ser informado do que sucedera Mais naquela tafde. poderia comparecer à aula. A sra. Culver linda como um quadro de Holbein. (Continua na página ZS)í

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A «UNA M¥»A ll-li-49 Pág. 17 ".'¦ :¦ ...;;,.¦¦¦¦'iX' -;, y;.!1 TBpH^pppBppBBBMBBBBipB^^ #/ AVANT-PREMIÊRE

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AUTO - BIOGRAFIA, EM HOMENAGEM

Quando nasci, era pequeno por fora e grande por dentro. Hoje sou grande por íora e muito maior por dentro. Aos 5 anos, fugi de casa para ir ao cinema. Levei uma surra terrível e minha íamília começou a íicar apreensiva com meu estado de saúde. E só quando surgiu Shirley Temple íoo que eles começaram a se convencer de que na vida real também poderia existir um garoto-prodígio. Era eu. Aos 10 anos, tornei-me entusiasta dos íilmes de cow-boy, e quebrei muitas ^^Wí$ cadeiras de cinema — que até hoje não íoram consertadas. "mocinho" Aos 12 anos, aprendi a assoviar o esmurrava o bandido; quando "mocinha" aos 14 anos, aprendi a assoviar quando a ajeitava a liga. Aos 15 anos, comecei a invejar os galãs que beijavam as estrelas; aos 16, AOS 5 ANOS comecei a namorar, fazendo inveja Eu era um cordeirinho aos próprios galãs. Aos 18 anos, apaixonei-me pela natureza: o mar, a brisa, o céu, as estrelas. Vocês já viram alguma coisa mais bonita do que as estrelas de maio? Aos 19 anos, comecei a escrever. E embora tenha dado cartaz a muita estrela, íoram elas realmente que me deram cartaz. Aos 21 anos, conheci Lana Turner. Mas logo a esqueci, quando apareceu em minha vida. Creio que ela me abandonará para íicar com Rosselini. Gosto não se discute. Nem divórcio. Aos 22 anos eu não era muito lido, mas aos 23 toda minha família acompa- nhava meus artigos. Agora, até o médico mostra interesse em minhas crônicas. Atualmente, faço o que muita gente gostaria do fazer mas não tem coragem. EÊÊÊrTmmWlÊm.•yMTBÍ. ¦'¦¦¦¦'¦'' Isso, por exemplo. Particularidades: tenho uma ligeira inclinação para a publicidade. Pelo menos noto isso em meus artigos (sou meu leitor assíduo). Acho que a modéstia é pobreza de espírito — e se eu não dissesse isso, Bernard Shaw o teria dito. Essa tendência para falar na primeira pessoa eu a adquiri depois de longo contacto com o sr. Sigmund Freud, que muito respeito e admiro (se êle fosse vivo ix;x*-.' diria o mesmo de mim). Graças AOS 21 ANOS "ego" a êle, Freud, foi que cheguei a conhecer o meu Conheci a Lana Turner — de quem me tornei profundo admirador. Olivia vai bem, obrigado.

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lembro-me'que levei uma ferrível surra de meu pai por mos- trair-me apaixonado por Ginger Rogers. Êle também estavaATU-

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Autógrafo bem caprichado NESSE DIA: para comemorar MÊÈÊÊÈÈmf'*___ IPJjwp-.': a data Em 1492 — Cristóvão Colombo descobre a América. ^& HBRT''- IIIbI jfx Jrll- Em 1922 — A América, me descobre. ríirT!A*&fô$'_____¦__¦ BUfcf" fe, ¦_6__«««S&8_&&f'-*'* IlllSSM&íiP^aait ___tfl_____HB^ -__.^í^Hf i í? '"Ai* B_l _BP^B^ >;¦:- ' ¦ f ^^P_IP^ ft ''<.':-'______fÍ_____E»|SiWlÉMinill __BfIp^^ ff tfv:-.'_H *g#M.<-." TRISTES S E

$t '_I__B (Dedicado a mim mesmo) NOTA ~mysm Ao meu nascimento ^P * D A í11 *'~ - ^»-*^_f Só a parteira compareceu Lembro-me, também, REDA Ç A O ¦ Que minha mãe estava presente; \ WÈ Ao meu enterro, ninguém irá Só eu. O autor r*'JF tem duas JMfgfBBl caras I I AMANHÃ, em minha residência, oferece- « i<1_b§ rei um coquetel às leitoras de A CENA. mk J___f_l_a_ O traje exigido é esse se vê *' _^^B«IL que na foto, \I ¦'"¦•"i":AÊWmk.í" -*_BP_ desenhado especialmente por Travis Ben- I______¦ __BI______t ton. Se a moda pega, muita gente que eu conheço v a i oferecer coquetéis. . .

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¦. MINHAS_,»»_... „ SECRETÁRIAS.. ._.'_..¦ "Preparando-me .para receber os convidados DO FILME I RESUMO

BÉ&^BBbl^BVm^vI^^tii^^y^^^^^B^fM&iBHEwcffffffiffiffif L':''".¦''*¦?' ^SflHfcJÍtf 3^-EjSXEítfe^£t&wca 3C^^tBBmC^mBBmÍ.*B ^ aJDB:B^E£%Tí.^^^9 Há muitos anos já que o velho Denno Noonan vem recebendo um bom salário para tomar conta do jovem Schuyler Ta- tlock, pertencente a uma família de muito dinheiro, e que, por Título original : sofrer das faculdades mentais, fora enviado para o Havaí. Quando, "THE TATLOCK MILLI há dois anos atrás, Schuyler desaparecera, após ter corrido o boato de que êle morrera num incêndio, Noonan não comunicou o fato Personagens: a seus patrões, a fim de que seu ordenado não fosse suspenso. Agora, Nancy Tatlock .  . WANDA HENRIX porém, devido ao falecimento dos avós de Schuyler, e da grande Burke JOHN LUND fortuna eles deixada, a família por Tatlock telegrafa a Noonan so- Denno NoonanBARRY FITZGERALD llcitando-lhe a presença de Schuyler, para a cerimônia da aber- Miles TatlockMONTY WOOLEY tura do testamento. Noonan perturba-se, a princípio, mas logo Gifford Tatlock DAN TOBIN toma a decisão de procurar alguém que se pareça fisicamente com Emily Tatlock DOROTHY STICKNEY Cassie Van AlenILKA CHASE Schuyler, encontrando por fim Tim Burke, que concorda em ajudá-lo. Nicky Van AlenROBERT STACK A família Tatlock — constituída de Miles; sua esposa, Emily; seu Cora ELIZABETH PATTERSON irmão solteirão, Gifford; e sua irmã, Cassie Van Allen — não Pete CLIFFORD BROOKE Griggs ROGER DAVIS se sente muito feliz com a volta do desequilibrado sobrinho. O Dr. MasonLEIF ERICKSON mesmo não se dá, porém, com Nan Tatlock, a encantadora irmã ca- çula de Cchuyler, a quem êle não revê desde sua partida, quando Produção de CHARLES BRACKETT * Direção de RICHARD ambos eram crianças. HAYDN • Foto PARAMOUNT

Tim Burke não sente dificuldades em fazê-los acreditar que êle é Schuyler; e, desempenhando muito bem seu papel de idiota, vai ouvindo curiosas conversas particulares e irritando a todos com sua com exceção presença, de Nan, que está muito satisfeita com sua apaixonada pelo simpático Nick. E, para aumentar a confusão,;| volta. Burke descobre que está apaixonado por sua suposta irmã. . . A leitura do testamento dos Tatlock foi um terrível choque para Um acidente que origina um ferimento no braço de Burke, provoca-fj Miles, Cassie e Gifford, que estavam certos de que seus pais, mortos tuna tal situação que força o rapaz a fazer com que todos acreditem; "; no mesmo dia, haviam deixado seus milhões para serem divididos haver êle recuperado o juízo. Nan fica tão alegre com o sucedido, entre os três. Grande decepção experimentaram, pois ao descobrir que se esquece momentaneamente de Nick, para dedicar todo o que toda a fortuna ficou para Schuyler! Noonan e Burke ficam seu tempo a Burke. Eis que, inopinadamente, Cassie descobre quey igualmente decepcionados, pois julgavam que terminada a leitura do Burke é um impostor! testamento, eles poderiam, felizes e tranqüilos, voltar para a boa Ao confessar a verdade, Burke ouve de Cassie uma súplica para vidinha do Havaí. que continue a dizer ue é Schuyler, pois se ficar provado que este Burke mostra desejos de confessar a verdade, mas Noonan pede- morrera antes dos avós, toda a fortuna irá para o Clube dos Jardins Burke concorda e embarca o Havaí, lhe para que espere um pouco, até que êle arrume os papéis para da América. para juntamente com Noolan, ficando decidido mais tarde, Nan atin- sairem do país, pois a descoberta do seu truque poderá acarretar que quando a maioridade, Noolan escreveria dizendo seu irmão mor- a intervenção da polícia. Outro motivo que concorre para o si- gisse que rera afogado, então toda a fortuna Nan, Cassie lêncio de Burke, é a descoberta que êle faz a respeito das más in- passando para já que impedir o casamento com Nick. tenções de Miles, Cassie e Gifford, que planejam ficar controlando prometera a grande fortuna, na qualidade de tutores do sobrinho incapaz. Todos esses planos vêm a fracassar quando, inesperadamente, surge E como Nan é a legítima herdeira de Schuyler, Cassie decide casá-la o verdadeiro Schuyler, que fugira do Havaí em companhia de uma com seu filho Nick. nativa, com quem se casara. Determinado a defender os interesses de Nan, Burke não mais Nan, ao saber que Burke não é seu irmão, constata que seu amor dela se afasta, impedindo por todos os meios e modos que Nick fale por êle nada tem de fraternal, e embarca às carreiras para o Havaí, com ela. Mas, para surprêea de Burke, a moça demonstra estar a fim de dizer-lhe. de viva voz, essa grande descoberta,

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A CENA MUDA — 11-10-49 — Pág. 21

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Música Brasileira Música Francesa CADÊ A JANE LA VIE EN ROSE De Wilson Batista e Erasmo Silva 'A ¦ e Música de Edith Plaf Grav. dos "Os Cariocas" Letra

Cadê a Jane, cadê; Edith Piai Com. Acomp. de Orq Cadê a Jane. cadê; Dir ; Guy Lúypaerts Pergunto a todos sem ninguém me | responder Des yeux que fint baisser les miens, Nosso romance estava táo azul Un rire que se perd sur sa bouche, A malvada eu não sei se foi pro Norte voilá le portrait sans retouche, [ou pro Sul. De 1'homme auquel j'appartiens. .. Cadê a Jane, cadê; Cadê a Jane, cadê; il me dans ses bras Ela faz isso p'ra o meu coração sofrer Quand prend II me toubas, Com muito gesto e muita meiguice parle Je vois Ia vie en rose; Era tudo mentira o que a Jane me II me dit des mots d'amour. [disse. Des mots de tous les DIRCINHA BATISTA jours Et ca m'fait chose! Será Está com ótimo repertório para quelque que ela Já se esqueceu o Carnaval de 50 Dos doces beijos que me deu Ela dizia sorrindo II est entre dans mon coeur Que seu coração era meu Une parte de bonheur Depois cie uma briguinha à toa Dont je connais Ia cause, As pazes... Que coisinha boa! Cest lui pour moi, Cadê a Jane? Cadê a Jane? Moi pour lui dans Ia vie, 0. \ II me l*a dit, Ta Eu ciou um prêmio a quem a en- jure pour Ia vie. . . Et dés 1'apercois contrar. ü Bp^x 7 «¦:>¦•ámfflWMmWEm que je f Alors / '^üi je sens en moi '?-"7...::...,m-'- ' Mon coeur qui bat. . . •'. ¦_X X.'7;..";"! mmW ::às&£&x, æ¦::¦:¦' wr-m': - .¥ m^WBgr mmmWm. "EXALTAÇÃO A BAHIA" ®#§#7 -7. -7.. YwÈMmWÊÊÊg De Vicente Paiva e Chlanca de Garcia Música Larino-Àmericana

Gravação de Helenlnhn Costa AY DE MI! Bolero Ob! Bahia vatapá e azeite de dendê ' * Umbu, w ;¦¦ -¦ i' '^aAW- ;Fm E tem moamba Letra é música de Osvaldo Farrés P/ra nego bamba fazê cangerê. ^^i^i^^^^mm^mmmWÊ^-y-' ntnT35. > Ayer me dijiste Um nome à história vou buscar jJÈÊÊÊm Que tú me querías Sargento Camarão, ¦ j;iffi__MllrSP_iB_™^ .ja_-___SSBH>WWgSiaBgffi»wi»l^i;^ <hoy te pregunto Herói foi da Bahia! <de dices: "Tal vee"... Castro Alves nos faz relembrar. P E R R <COMO O melhor vocalista americano Pero.. . Tempos d'Abollçao. deste ano Ay de mi! Poeta da Bahia. SI no me quieres Rui Barbosa, fogo triunfal, Ay de mi! Voz da raça e do bem Si me abandonas O gênio da Bahia! Yo seré E há nesse encanto natural, Como una hoje suelta Que a baiana tem, En ei vaivén A graça da Bahia! De mi tormento.

A Bahia tem conventos Tem macumba e tem moamba, Ay de mi! Mas onde ela é mais Bahia. Si no me quiere* E' no batuque e no samba! Ay de mi! Si me abandona* ' Foi na Bahia ¦ ¦ . Das Igrejas todas de ouro Yo seré Onde vale a morena um tesouro Como una hoje suelta En Como nenhum nfto pode haver... ei vaivén Salve a baiana De mi tormento. Com sandália e balangandãs, Sufriré Vai mostrar ao mundo inteiro '/¦:¦/'¦¦:yi/^./'- Si nó me quieres, Nosso samba brasileiro mm^/m/m Sufriré Do aurl-verde <habrá en mi alma H E L Bahia E N I N H A COSTA Un gran dolor A graciosa e versátil intérprete Alegria, oi. da Nacional <a ti tan solo culparé Do Brasil. Mi amor, Toda Ia vida.

im.:,**-r*.mm*.:m<******4 A CENA MUDA — ll-lÜ-49 Pfií? 22 ""' -•'.-'."-' 'jBr-**-"^**—"~m W m \<- i ii Bf v. n 'Ptywiy * ' i WgWi ^-AAA^y--jámMÊfy A £A WM ;::;í^l:''"*'. wflBM CARTAS AO EDITOR "São Paulo, 26 de setembro de 1949. Am^mWÉÊm^S Am Sr. Editor de A CENA MUDA. ' Ism»:'•¦:: Cf ^^felliU"' •¦¦¦ '  ¦¦•' Sobre a nova orientação ¦^^"^^BW*'"'' ¦'¦¦¦ ¦¦: ;:*'-: '¦•¦•.•.'¦¦'¦:-'--'.,Av>.'^,.'v:v.Vri: de A CENA -•--"¦'**- ¦' ¦' úU ''¦•••¦• :='>'»•¦•-•¦*•'- M-:-v.';'^,i^:v^'.'^ *r*fr %%*fi*N^\X*N v>>|'* MUDA, devo dizer que está muito boa, ou melhor, mais modernizada. "OBSESSÃO" Penso que devem procurar agradar a vista dos leitores, apresentando coi- aÍÍngÍUl COm "climax" coSeluindS^ a s^i™^1^0 ° aPós-g™rra, o seu artístico, sas novas, novidades cinematográficas, trilhas embora algumas ^^^^^^^^¦'^:^Vei^a^í^0^b^m. apitadas. ^ue' já percorridas "escola enfim, artigos bem selecionados. ^^S^--ò5J-^íí?"S2 E* dentre os chamados filmes da °bJa de Luchmo Viscontí, se intitula "Osses- Discordando um pouco a respeito de Son™ Extra?do dl m±fdm?V€l que "CINE ^Mríl^âte-^^TÇSS1^? ja P°r,duasalways vêzes fumado (na França e nos Estados uma leitora que disse ser AQUI ^^iidí^^^^^S+FÍS^^ rin§s twice"' de James v- Cain- nunca uma "palhaçada", acho não, P nesta versao italiana. Infelizmente, não tive a que por- onníti^frinrtP ío ,fo?« ieitado, ??.mo calcados que todas as revistas têm a sua fazer no mesmo ass™to e. devido a isto, não pá- SodereP as ^e^SSS?? hS^^ todavia- tenno a impressão de nenhum gina cômica e "CINE AQUI", é m^^-á^^^ii^S^-^^S^9^'a*\f&3Q °™alismo tao chocante que que, í ,fQoiJL e nem tenham captado tão bem as reações dos uma seção cômica não fugindo a heróis da historia, como nesta versao peninsular.. as- suntos cinematográficos. Sendo O diretor Visconti revelou-se um grande cineasta, na mais assim sendo eficientemente límpida e oura acencão da volte "CINE AQUI"... palavra, ajudado na direção por Giuseppi de SantisP que vTria mSs que tarde apresentar sozinho esta jóia que foi "Caccia trágica". Sobre outros artigos devo mencionar auxiliado Domenico A fotografa de Aldo Toíiti por Scalla, é excelente. Não abusf de ângulos novos ecomSlicados "TELAS DA CIDADE", substituído porém, discretamente atinge o fim almejado "metteur-en-scéne"; "COTAÇÕES por as cenas na pelo a pr^ova disto são DA SEMANA" ao passadas praia, após a reconciliação dos heróis, ou senão aquela quando Massimo que, Girotti sai do rio arrastando Clara Calamai, já morta, com os olhos desmesuradamehte meu ver, parece que o meu caro cri- abertos^ e assim, munas e muitas outras. A música de Giuseppi Rossatta acompanha com tico só fala na direção, na fotografia, discreçao o ritmo do filme, atingindo deste modo, a verdadeira finalidade como arte. do cinema etc, mas, sobre os artistas? Nada, apenas os^ menciona mas, não os critica. Reservo agora os mais calorosos aplausos ao homogêneo "cast", tão bem soube os de Cain. Massimo que viver Temos também "CLÁSSICOS DO Cl- personagens "Duas Girotti e, principalmente, Clara Calamai (que virá pro- ximamente no elogiadissimo Cartas anônimas") estão Esta NEMA", boa novidade. num complexo e perfeitos. última então papel difícil, não interpreta, porém, vive de forma magistral a atormen- Mas, sobre " CINE -TESTE"?.. . Para tada heroina. Atinge o auge na cena de sua morte; contribuindo, assim, com o seu inegável talento, para a perfeição de um dos maiores filmes quê essa seção? Será para distrair o "Viver "Oitalianos dos últimos tempos, mui dieno sucessor de Roma, cidade aberta", em paz", coração manda" e "Um dia na vida". leitor, ou para ocupar espaço na re- Ivan Dantas (Belo Horizonte) vista?... As capas, DOCUMENTÁRIOS DESPORTIVOS acho-as formidáveis em seus estilos. fabu11.os° J- ¦,n?o Arthur Rank apresentou-nos o seu documentário sobre as Olimpíadas de Os outros artigos todos bem ade- 1948, realizadas em Lonçtres de "tecnicolor", (esportes inverno na Suíça), e tudo em com quados à uma boa revista. perto de 2 horas e 15 minutos de projeção, numa sucessão de cinematográficos, monótonos, iguais a Jornais E assim sendo, devo uma infinidade de .jornais a que estamos acostumados a ver, e quero dar os meus salientar que o Olímpio British Jornal, durante as realizações das competições, mandou-nos parabéns a todos os colaboradores e coisas muito melhores, bem assim a Fox-Film e a Paramount News. a CENA MUDA, "Tre Olimpics Games of 1948", que continua a ser precedido da fama de os ingleses serem grandes do- a minha revista cumentanstas, decepcionou, a não ser uns poucos exemplos de bom cinema na parte predileta. inicial e na prova de Maratona. Peço desculpas se errei no meu ponto Documentações de vista, mas desta natureza são de difícil adaptação à Arte Cinematográfica, pois o os senhores pediram opi- que menos^ se observa é a mobilidade da camera para as tomadas de melhores ângulos; no niões a seus leitores, e essa é a minha. exemplo deste documentário britânico, se esta (a câmara) aparentemente, é móvel, o que Muito obrigada. Da leitora assídua temos,_ em verdade, são as mudanças constantes de desportistas — uma simples sucessão — provas Edna Navajas de jornais e não vi naquelas exibições atléticas nada de mais, sendo que a Voei" longa projeção nos leva ao cansaço, fazendo-nos reanimar na da Maratona, com algum interesse. prova Desta vez os ingleses falharam num documentário, como também, em "Juventude em I O FAN Marcha","Juventude falharam os russos. em Marcha", com todos "Montage" os defeitos primários, tanto no como — na angulação, teve a sua parte artística (artística desportiva e não cinematográfica, é Odilon Lorena (Rio) Positiva- bom frisar); daí o interesse despertado. mente, não foi má vontade do sr. Enquanto "The Olimpics Games of 1948" apresentou-nos uma série de disputas para Luiz Alípio por não ter publicado o seu os primeiros lugares em diversos esportes, representados delegações atléticas de di- "Lapsos versos "Juventude por trabalho de Nosso Cinema" — países, em Marcha" foi um espetáculo para os olhos, a coordenação de "am- movimentos duma grande massa de jovens desportistas, exibindo-se em notáveis efeitos que você torna a nos remeter, de ginástica coletiva, formando pirâmides humanas, círculos pliado e melhorado". A verdade é bem diversos gigantescos, quadriláteros e, magistralmente, ondas do mar! outra. Embora o seu texto contenha O documentário soviético, realizado pouco depois do término da guerra (1945 ou 46), embora com "montages", boas observações, a sua linguagem ó uma"show" cinematografia pobre em angulações, mobilidades, etc, foi como que um repleto de surpresas e em sua estrutura, confusa, independente de ser o seu "agfacolor" grandioso bem "Florcolorido pelo sistema alemão do (atualmente muito usado pelos russos, cujo de português muito mal escrito. Talvez xwia c um cAtmpiu inuoiiuet-cavei aa superioriaaae ao agiacoior ) o sr. Luiz Alípio, usando da sua de- O colorido inglês, tanto neste "The Olimpics Games of 1948", como em "The Thef of "The ''Black licadeza característica, Bagdad" (O Ladrão de Bagdad). Smueelers" (Contrabando). Narcissus" (Nar- não o quisesse ciso Negro), etc, é dum efeito raramente em "técni- contrariar, alcançado"Gone Hollywood, e poucos são os prometendo a leitura de colors" de lá com os efeitos bonitos como em With the Wind" (...e o vento levou), seu trabalho e a sua Atual- ou "The Yearling" publicação. "The (Virtude Selvagem). mente, com A Olimpics Games of 1948", como documentário, muito deixou a desejar como CENA sob a nossa cinema e como exibições desportistas; "Juventude em Marcha", se não conseguiu ser orientação, não usamos desse processo. cinema, pelo menos alcançou a finalidade da demonstração de ritmo e arte aliados ao Preferimos dizer a verdade ao nosso esporte, porém, ambos merecem a atenção dos entusiastas desportistas. leitor, sem desejos de alimentar Dario Hauer falsas (Rio) esperanças e sem a intenção de feri- SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO CINEMA PORTUGUÊS lo. Procure, portanto, melhorar a forma e torne a aparecer, teremos Apareceu recentemente o único trabalho sobre a história do cinema que publicado por- o máximo prazer em seus tra- tuguês, tão vasta como a do próprio cinema, pois datam de 1896, as filmagens com que publicar Pais dos Reis colocou Portugal na vanguarda dos países que primeiro fizeram cinema. balhos. Mas, conforme já esclarecemos, • Este livro, além da história, síntese de todas as fitas, respectivos técnicos e artistas, apre- os artigos de nossos colaboradores, an- senta nos seus últimos capítulos, a história da imprensa, da especialidade e da biblio- tes de publicados são lidos e subme- grafia cinematográfica portuguesa, além de um esboço das atividades de cinema de ama- dores, descrição dos principais estúdios bem como a história de algumas importantes fir- tidos a um julgamento. Do contrário mas da arte de imagens. seria muita sopa, não acha?... O seu autor, Antônio Horta e Costa, merecia inicialmente a sua apresentação aos nos- Alcides G. Silva, (Paraguaçu Pau- sos leitores. Vem a no entanto, fazê-lo aqui, se atendermos ao propósito, interesse ma- lista) — Como você deve ter notado, as nifestado por tudo quanto seja progredir, como demonstramos: Trabalhador incansável pela cinematografia em geral, segundo nos demonstraram seus contra-capas da revista são ocupadas completíssimos arquivos caseiros, jornalista e produtor de nome formado, Horta e Costa, por anúncios, sendo, portanto, impôs- muito se tem interessado pele desenvolvimento cinematográfico português. sível atender o seu Assim, em 1946, é diretor da melhor revista sobre cinema pedido para a pu- "O "Grande portuguesa até hoje publi- blicação cada K", depois Plano", que por motivos vários infelizmente desapareceu, de fotos. No entanto, publi- e em 1947, toma a si a de caremos, oportunamente, "Sintra,o arrojado encargo de puxar produção um documentário que dentro da se denominou Jardim de Portugal", uma vila que pelas suas belezas naturais foi revista, as fotos de Ingrid Bergman e classificada por Byron, o grande poeta inglês, e um dos maiores gênios poéticos do mundo inteiro, — como a oitava maravilha do mundo. Susan Hayward. Já publicamos uma Colaborador em diversas revistas e jornais, onde predominam especialmente os assun- foto de Linda Darnell no número 40, tos sobre cinematografia, o seu livro não teve duvidas de um grande êxito, por se tratar de de 4-10-49. Tudo OK? trabalho único até agora publicado. Waldemar R. Sabemos Horta e Costa tem em mãos novos trabalhos a Melo, (São Gariel, R. que "Subsídiospublicar sobre cinema, G. — entretanto, aconselhamos aos nossos leitores, a leitura de para a História do S.) O endereço de Dorothy Cinema Português", que já se encontra a venda no Brasil. Lamour é: Paramount Studios, Holly- De nossa parte agradectemos ao autor o volume autografado que nos foi oferecido. wood, Califórnia, U.S.A. Francisco R. Tavares (S. Paulo)

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Entre Jacque Catelain e Georges Marchai, numa cena de "Os Últimos Dias de Pompéia" (Foto Art)

Por GINO VISCONTTI A talentosa Adriana Benetti nasceu em Ferrara, cidade italiana, a . de dezembro de 1019, isto é, pouco depois da Primeira Grande Guerra. Pertence à geração que cresceu com o cinema expressio- niKta, caligàristà, cubista, com o charleston e o íox-trot domi- nanao nos salões (sim, mesmo na Europa), com a moda dos vestidos curtes e de mangas cavas com a cintura lá em baixo.. . com o cabelo à ;a garçonne... cem a nostalgia de outrora... com a fome ron- ranJo os lares, o íracr.sso do Tratado de Versalhes e da Sociedade das Nações, a filosofia do ceticismo imperando, uma juventude de- sesperançada com a arte modernista, a crise econômica e a ameaça íaí.ciHtíi que, infelizmente para a Itália, se transformou em triste realidade. Adriana, <._ família católica, criou-se nos sadios princípios cristãos de amar ao próximo como a si mesmo. De índole jovial mas sempre multo recatada, teve uma infância mais ou menos semelhante à de ^_0______l'__¦______[ todas as meninas: brincou de casas de bonecas, mas também trepou em árvores, balançou-se em trapézios e nadou bastante. Os exer- cícios aprimoraram-lhe as gentis formas. ____B___^ ¦ •-__* -___D ______t>^B Hr__t .'^_>tí*'.______$is Loura angélicr. e feiticeira, a face angelicamente esboçada, os olhes brilhantes como duas estrelas, ombros e gargantas de uma v.pludez extra-terrena, um corpo jovem e tentador com uma cintura r'c garça, quem diria que a estrela cinematográfica de hoje já foi professora de Escola Normal? Pois foi: logo após os primeiros estudos decidiu ser mestra de primeiras letras. Bem, foi uma experiência proveitosa.. , Assim, Adriana Benetti aprendeu o francês e o inglês, idiomas que, atualmente, íala e escreve correntemente. Desde a infância nunca foi pessoa qu_ se esquivasse ao estudo: ao contrário, ninguém mais aplicada, entre as colegas. Não desejava ser atriz profissional, a principio;. Depois, veio unia vontadezinha de representar, uma só vez que fosse. Inscreveu-se H T ._ X A H V, V F T T 1 A T> '•IVrdlclas" \ - tí *-;.!_¦"/"...!*_:. de repr*???ntnr. ( ron ti nua na 26 Filha «I#» FBl.rl2.i_ «m.i página )

-»4 A i tt í F- 4f» P*._: "'¦-¦'vnB ²Sinceramente! RUA PROIBIDA Vccê deve ouvir o que Adelaide nada retrucou, lirnitando-ee a dei- d??om cís mim na estalagem (Cont. da pág. 17) onde moro! Lá, tar-eé, imersa em profundo:-: ficará pensamentos. ²Que sabendo quem eu seu, realmente. Henry, contudo, insistiu disse seu depois para que pales- pai de tudo? Não Não me importam os mexericos que cor- trascem amistosamente. proibiu que falasse comigo? rem a seu respeito! Tenho uma renda anual ²Por irá vocò magoar-se com Adelaide contou-lhe a reação que isso?- que a no- de cem libras esterlinos, isso nos ajudará a Todos nós aqui somos iguais. Somos ticia produziu no velho Culver, gente acresceu- viver! do mesmo estofo. Eu. vccâ e os Blaser! tando, para mudar de assunto: ²Só ²Casar-nos-emos se for na Estalagem Britânia. Sua vos continuava arrastada: -- Dize-me; tão cedo quanto ²Sim. Na estalagem Britânla mesmo — sível! pos- Adelaide! Por que razão casou-se. comigo? ratn.cou-llie Adelaide com olhar sonhador. Se ²Oh! .Não, — não gosta da vida que leva, qua culp» não! frizou Henry. — — Em seis meses concluirá seus estudos na tenho eu? Por acaso fui eu quem insistiu Não vê que é impossível?.,. Academia ²Não de Pintura e então poderemos viver nessa união? me ama mais, querido? independentes. ²Amei ²Você você perdidamente! Suponho é a mais deliciosa. . . ²Os que homens medíocres, usualmente, não tenha sido um amor inconseqüente; todavia. Adelaide não esperou resto pelo da frase. podem manter-se do salário que percebem. amei-o muito! ²Então, está tudo decidido! Somente os grandes artistas podem fazê-lo. ²E já não me ama d-ais? Henry, todavia, como o último esforço E vccê ²Não para será um deles, querido! sei! — murmurou Adelaide caída díssuadí-la dessa idéia louca, resolveu falar- em prantos. lhe com toda franqueza. Êle. que para Ade- Henry continuou imperturbável: laide, parecia o homem puro, sem vícios, ²Adverti-a era a tempo! Naquela época tudo um beberrão inveterado. Não dispunha, Seis "tabu" de meses depois Adelaide Lámbert pa- o que eu desejava era quebrar o duma pro\entQs suficientes sustentar para os dois, recia identificada com um mundo estranho aristocracia podre! TJrn ambiente corrompido, caso levassem avante o projeto. ela que {ninais sonhara existir. onde eu só consegui penetrar como simblen O velho Sam na Estalagem Brítnnia, a con- assalariado', siderava como a aristocrata romântica; ²Henry! to- Por favor, você não sabe o que cUivia, cs demais cizinhos seus não escondiam está dizendo! Você e^tá bébedo! ²Da o desprezo que erntiam por Adelaide Lam- boca dos bêbedòs só saem verdades! P_?T3 3 QSÍnHo P íí 0 11Q b' rt. ei $ v? _L_4 Estou bêbedo é certo, e acho que vou regressar A que morava no quarto fron- à Taberna para beber mais ¦ ainda. 8 a teirt i ^ í1* ?¦* í* 3 ao sen, então, era a pior do todas. Levantou-se vacilante o fêz uma revôrên- íüS- S6üS c i, _ ií ^ i y ^ , Eram os Blaser, cuja única filha era aquela cia exagerada: menina andra'oca a quem Adelaide corta vez ²Boa noite, virtuosíssima e.-pôsa. tentara dar r.roa esmola. Quando urn dia Num ímpeto de raiva, Adelaide empurrou-o Adelaide referiu-'-, ' í 1*1 Ali à mulher de Blaser, cha- oi altamente para fora do quarto, ba.endo a lí U Ü U mando-a de Mae, Blazér, foi, inopirada- porta com estrèpito. m.enfe, >A. advertida pela matrona de que seu Pouco depois, um ruído surdo, evidenciava n nome era Harriet OM£ POBTÉ Compreendeu, tardiamente, dçnara de vez ás : uas telas cllspehder que ela agora Pedidos 3 para fazia daquela o tempo parte mesma gente ignóbil/ na Taberna. Desgostou-se Caixa Postal 4.272 - RIO - D. F. A rua obra-prima — A filha do Faraó — profundamente, a ponto de passar a freqüentar a taverna, onde para quem Adelaide servira de modelo por beberi- cara como os demais. Constatava com uns tempos, jazia abandonada a um canto. tris- t-^za amarga, a repulca lhe devotavam O desespero dela aumentou quando Henry que r«? vizinhos da Britânia. E assim a convidou a filha dos Blazer para posar. Aquilo passava existência de Adelaide Lambert, Gil- BEL - UOhMOb tudo era insuportável para Adelaide. Mas, a quando bert apareceu. viça do casal errria entre arrufos pequenos, Gilbert Landerdale em muito se assome- Qunr.ru- o bü»Ui í».x t.i.oifioHíitc ou *ei; sem maiores conseqüências, até o dia em que "marionettes" lhava a Henry, sua firmeza, u.s« Bfil.aORMON n« V, Adelaide viu as escondidas na na fisionomia simpática. f.>r «.,: . t>atr>,« io, quando deniaelao» sótão. Adelaide notou-o logo que o u da primeira D_e..ir,e 7o3yri.ot.ti'. •._/¦>_ B_.ü~í50RMüN i gaveta do "O 2 "Mrrionettes" vez, ao entrar na taverna Galo". Pare- P«Li-H(>H1ví.í>.N, â í..aú_e d<* horitif - — coisa ridícula um "¦¦,. níoa ~> ütr> r»r».*_rar&Viü mftderh.^siàT para ceu-lhe como um homem solitário *'f:.*.•»•?••»,. artista entreter-se — que ir apíic«içÃP Ura! p results pensou. precisava urgentemente de auxílio, tal era a doa irn*M_ifítoa. Adqvíira-o nas íarms Henry, todavia, não era da mesma opinião. expressão trlstonha de seus olhos azuis. Na- ²Suprema revelação de característico que quola mesma noite, ouviu-O recitar ShakeV- imortalizou Moliére — tii^c-Jhe. — Durante peare. e à saída oferecer-se gentilmente DJsíHbuíd^ret os anos de minha mocidade em Paris, "tilbury" para ps..- passada arranjar um rara ccnduzí-la à era meu divertimento favorito. E é ao que casa, sem imaginar f.-lè morar F*fr..*<;<>.íAtlic_- Quí> me vou dedicar! que pudesse '•-«v Vínhfii na Estalagem fronteira. Adelaide o controle dos nervos, ante perdeu ²Quantos cavalheiros como o senhor tanta displicência. «tf. deixam a alta sociedade oferecer con- ²Quer voltar, então, ao era antes? para que dução a uma simples mu'her cio como ¦¦/ Pescer mais ainda? Tcrnar-se um povo, ' 5 $Ét_ílHfe__^. João- eu? Não de "tilbury". muito obrigada! f|| Ninguém. . . preciso Mero aqui mesmo — AS*1*"^•í^^_5B^_®____lSÍÇS5'í&'ÍÍ disse-lhe Adelaide com y'4 Nessa mesma noite, Adelaide despertou ao simpatia. som do vozerio que vinha lá de baixo da ²Perdoe-me, sinceramente! Há í.un ligeiro L.r.d* • Queir«_r» *»£_Y_»r s>.:- r • ».«-*-; rua. Desceu apreensiva livrar Henry de ' para equíveco em tudo isco. Não pertenço á alta ÕÍHO P- 3tál Wtí t'W; i".

nome aparece nas páginas de SAM WOOD "The Rise of American Film*" Entre "A Night at the Opera" tão no apogeu da popularidade, "The — cronologicamente, após com realiza Great situado "A I quem "Let em Have it" — e Day Moment" (O Grande Momento), the Races", Wood apresenta "" (Ao ardor do at "Whipsaw" e "Unguarded Hour", Chicote), "Her Husband's Tra- sem interesse. Dei- demark", "The Gilded Cage" (A obras grande Comemorando o "My os Marx, realiza, em 1937, Dourada), American xando Gaiola "Madame X", com Gladys Wife" Esposa Modelo), outra (Minha "Blue- — um dramalhão de "The Prodigal Daughter", George de engraxate — e, no mes- dia das Américas-- beard's elght wife (A Oitava Es- porta "Beyond "Navy Blue and Gold", do Barba-Azul), mo ano, posa Lionel Barrymore, Robert the Rocks" e "Don't Tell Eve- com e James Stewart. rything". Nove filmes com La Young em exibição hoje e do verdadeiro Wood, que Swanson e outros tantos êxitos Nada também em "Lord comerciais. não aparece Petulante), com verdadeiro Wood, o Wood Jeff" (Pequeno O e Mickey toda a semana no artista, ainda não surgira. E Freddy Bartholomew em "Stablemats", custaria, aliás, a aparecer. Na Rooney, ou Beery e Mickey Paramount, na Metro, com Ma- com Wallace de 1938. Na Me- rion Davies (The Fair co-ed), Rooney. ambos Rio e em São Paulo, a maioria desses com ("The La- tro, onde realiza situação é nitida- test from Paris" (Moda em filmes, a sua de Paris), com William Haines (Tel- mente inferior à qualquer não ling the World), Wood vai cons- Robert Z. Leonard, para •9 Frank truindo sobretudo uma sólida falar em Victor Fleming. Cukor, Clarence reputação aos produtores Borzage, George junto na oca- e aos atores mais famosos do Brown e Jack Conway, "His City. momento. Até 1934 realiza: sião trunfos em Culver conse- a *ni

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Por SYLVIO TÚLIO CARDOSO "OS MELHO RES DE TODOS OS TEMPOS"

al C°mem°raÇÕes de seu sexagésimo quinto aniversário, a "Metronome" - veterana prfíf6 - revista de música popular, publicada em Nova York instituiu entre seus leitores um concurso para a eleição dos maiores intérpretes da música de todos os tempos. Como os resultados popular oferecem grandes surpresas, reproduzimos aqui a relação — dos que foram escolhidos pelos jovens - leitores em sua maioria — do prestigiado mensário: :

¦ -¦'. MELHOR ORQUESTRA MELHOR 1 CONJUNTO MELHOR VOCALISTA (MASC.) 1 Duke Ellington l Sexteto Benny Goodman Billy Eckstine 2 Stan Kenton 2 Charlie Ventura Bing Crosby 3 Woody Herman 3 King Cole Frank Sinatra 4 Glen Miller 4 Louis Armstrong ( Louis Armstrong 5 Benny Goodman 5 Lennie Tristango I 6 Dizzy Gillespie : 6 Charlie Parker Herb Jeffries 7 Tommy Dorsey 7 Dizzy Gillespie Perry Como 8 Harry James ( John Kirby Mel Tormê ( Gene Krupa 8 | Gene Krupa Frankie Laine I ( Artie Shaw Nat Cole ( Artie Shaw Al Hibbler

MELHOR VOCALISTA (FEM.) MELHOR INSTRUMENTALISTA "SONG" 1 Billie Holiday 1 Benny Goodman "Star Dust" 2 Ella Fitzgerald 2 Louis Armstrong "Body And Soul" 3 Sarah Vaughan 3 Charlie Parker "How High the moon" 4 June Christy 4 Dizzy Gillespie "St. Louis Blues" 5 Dinah Shore 5 Bill Harris "Laura" 6 Anita 0'Day 6 Harry James "Night anda Day" 7 Doris Day "Ali 7 Gene Krupa ( the things you are" 8 Peggy Lee "Begin 8 Charlie Ventura ( the beguine" 9 Bessie Smith ( Bunny Berigan I ( Mildred Bailey 9 | Coleman Hawkins ( "Blue Moon" 10 I ( Johnny Hodges ( "The Man I Love" ( Jo Stafford

MELHORES DISCOS DE TODOS OS TEMPOS — "I — "Sing,Can't Get Started" Bunny Berigan (RCA-Victor) WtiAmmmlfà%Ê$Ê&ffiÊftAS3@3i — Sing, — "Old Sing" Benny Goodman (RCA-Victor) — Man River" — Frank Sinatra ¦* -' Hna&SfleKraâVp A AÊÊÊÍWSÊ "Bijou" (Columbia) yyyyy-yy. i — — Woody Herman W MBB6§jspp&^ Jira! "Summer (Columbia) "Artistry — Sequence" — Woody Herman (Columbia) e in — "BodyRhythm" Stan Kenton (Capitol) — And Soul" — Coleman Hawkins (RCA-Victor) — "In the — "Concerto Mood" Glenn Miler (RCA-Victor) — To End Ali Concertos" — Stan Kenton "Apple — (Capitol) A.Bk&Sí^ÍÉ. — Honey" Woody Herman (Columbia). mWatrsLâmyy^mmÈ mmm^^^A^^^^^S^^&^^^^^^^-'- -^^Smmmmm^^ mèAmB96. • ^H mmzwíSsSS^^Kyii^x-aff^SvK^^x' ^^ç9sWAlBaü^mm\'jfiÊmmm ' \ Como oitenta cento "Metronome" wWjSAÊJLAAA^A^:W®mm&ÊmMmmm ., V ¦. ) por dos leitores da situa-se m WsÈ& entre os adolescentes das grandes cidades norte-americanas, não se afigura tão clamorosa o injustiça de serem esquecidos alguns nomes ^Aw--'-A" Y^^^L^^^^^^k^SmwS^^^^^^^^AA'y- ¦-. *üSh que tinham obrigação de figurar na lista. Por exemplo: como justificar a ausência de Count Basie e Jimmy Lunceford Wb&-'- '¦ /^fmwm m^BmmaÍFfâ$í^./''Á'¦'¦¦'¦ tSSbR\ no mÈÊÊmsm BBwfe1,, '^W WfâÊÉÊMÊÊAyÈmWÊ& primeiro grupo?. Unicamente porque foi a nova geração quem votou neste concurso, a "moçada" "grandes" de após-guerra, que só co- WÉLhr^m nhece os verdadeiramente de todos os tempos de nome W AyMSWffot - Tmm.yYy] ou fotografia. Como justificar a ausência do Fats Waller num ¦SWêêAA»' ', semelhante? ¦ '-'.•:.A pleito Bessie Smith em nono lugar? Por quê? E por- que nenhum disco de Ellington — '"¦'¦.'''/-'¦'¦'; '¦ '¦:';¦''-A-.',.'¦" "¦¦¦'' '¦'¦'/.' '¦'¦'¦''¦'-"¦æ'¦• na lista dos melhores, se '¦ A A.'! A-r~ ¦'¦¦¦..-..¦''.''! menos — pelo "moçada" 4 ou 5 deviam figurar?... A escolheu. Se nesta escolha, porém, foram es- quecidos vários nomes a quem os hoje "grandes" devem muito, isso nao importa. Eles ficaram trás, desapareceram, ninguém lembra para Earl Bud Powell se mais. Porque a juventude atual sabe prestigiar ra- pidamente, mas — também — sabe esquecer mais rapidamente

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...... II:

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MICROFONE ABERTO A Rádio Roquete Pinto já está transmi- O verme da inveja tindo propaganda comercial. Não só os defeitos e misérias do corpo nos diminuem e "A apoucam a vida, mas também os defeitos e misérias da alma. A PRD-5 lançou o programa nossa ci- dade", da autoria de Pedro Bloch. (Manuel Bernardes) Infelizmente, neste Mundo é mais fácil achar dores do que prazeres: e o invejoso, ([liando uma alegria e des- encontra alguém que sofre, sente por instantes profunda O apreciado cantor Chucho Martines é a carrega então um pouco de bills; mas apenas se apercebe do rumor duma carruagem grande atração internacional da Rádio que o humilha, apenas ouve o ressoar das gargalhadas argentinas de um homem Globo. feliz, apenas vê brilhar alguma coisa que o deslumbre, o fígado torna a dilatar-se e incha, incha, incha, até lhe causar a hidropisia Pode ser que eu vos pinte com cores falsas a inveja, porque, para falar a verdade, A PRE-3 vai seguidamente apresentar os pouco ou mesmo nada conheço deste verme, e ainda menos o compreendo. A feli- cidade alheia fêz-me sempre um bém; e. estou de mau humor, não seguintes cartazes: Eliane Umbrun, cantora grande quando "Rainha encontro nada melhor, para me retemperar ou para me tornar alegre, do que ler francesa cognominada a da Rádio algum artigo que eu não saberia escrever, do que ouvir um bom programa radiofô- Paris", e Feliciano Brunelli e sua orquestra. nico que não teria talento para confeccioná-lo, do que contmeplar algum quadro, que não saberia pintar, alguma estátua divina que não poderia esculpir; e, então, sentindo-me desvanecido na admiração daquelo que é maior, mais belo, mais glo- rloso do que eu, parece-me receber e absorver algum raio dessa grandeza, dessa be- Outra figura das nossas letras passa a co- leza, dessa felicidade. E desta arte sou transportado às alturas e prossigo na vida laborar no rádio. Trata-se de Lúcia Bene- feliz com a grandeza e com a superioridade dos outros. detti que apresenta na emissora da Prefei- Parece que a maior parte dos homens se sentem, pelo contrário, humilhados com tura "Uma Carta para Você". a grandeza alheia c sofrem por causa dela. Esse fato no rádio é incontestável. Há pouco um amigo meu, depois de ter feito alguns programas de êxito, foi olhado com desmedida inveja pelos colegas da emissora, procurando estes boicotar-lhe o pro- grama. Mas êle entendeu a tempo o lampejo do verme que abrigava os seus espí- A rádio-atriz Zezé Fonseca vai fixar, tem- ritos e como imitando o Augusto dos Anjos, certamente falou consigo: que poeta porariamente, residência na Argentina. "Com um pouco de saliva cotidiana mostro meu desprezo pela raça humana". Nas sociedades fracas e corruptas cada um olha para quem está alguns degraus acima, na grande escala das jerarquias, e ao rancor desses olhares enraivecidos e inve- josos, envenena todas as existências. Ninguém está contente com o lugar que A Guanabara transmite todas às quartas- "Tribuna ocupa. feiras à 1 da madrugada o programa Afigura-se-me, todavia, sãs e laboriosas, os que, nas sociedades homens estão de do Rádio", destinada a debater os problemas ordinário mais contentes lugar. Lisboa, com o seu Em por exemplo, entre as muitas do nosso sem-fio. e belíssimas coisas que admirei, vi também esta: o varredor das ruas tinha desvane- cimento da sua vassoura e varria com dignidade e com prazer. O condutor de bonde tinha orgulho do seu uniforme, dos seus botões brilhantes '¦ e do seu boné diferente do b< i do ministro da Fala-se na saída de José Vasconcelos da pouco guerra. Nacional. Entre nós, até os secretários gerais r a . furiosos por não serem ministros, os lite- ratos por não ocuparem as cadeiras da Academia de Lretras, os chefes de departa- mentos das emissoras têm inveja dos diretores e cada um inveja o outro e gerais, Geisa Boscoli é o comentarista teatral da n morde, não o podendo matar, e psearra-lhe nos sapatos, não tendo coragem de Cruzeiro do Sul. lhe escarrar na cara. Acaso pode a inveja ser epidêmica? Não sei. Repito: conheço pouquíssimo este verme, talvez por que o não soube es- A novela "O estranho hóspede" tem nos tive vontade disso, sempre me repugnou ao extremo, tocar as tudar ou pouca pois principais papéis, Urbano Lóis, Lúcia Delor, coisas sujas ou venenosas. Daisy Lúcidi e Marilena Alves.

H_s5^És_f__S^^r^<vv^ ___S__SS3 _í_-_i^íittfrtfífwrtifl^æ¦y ';'••"" O declamador português João Villaret vol- Dfe.,« ______teJH._$^Í9PP'.:S4Y; *- " -y'?~- "' _B_EM__k ' - Bt ^SBk ¦ cará no microfone da Rádio Globo no pró- '"( '. ' (£_£_¦ __H__T^B___fc,í__.__,^*^4«__*?< "*¦* lllllll^fr UM1ÈM-__-_-_--.i___R___t__. ' SSSÍÉSiWS&X& ximo mês. ¦¦•¦'¦¦¦ WmW mmIr D¦¦•." yy. \&$mli K

He.- ¦:.láé&yFF-^Jz&ití&mm O cantor italiano Renzo Messina tem ' WmÊBmmmmWmfmy WÊmwFy^' .3______f H_&____t__> ^a^'"-' :-'WWWe atuado Ml W com acerto em vários programas da ':-'*:íi«.: JK__x &•_*^^Bmm^fi'"- A-*ÍJS _&1______)_H Rádio Mayrink Veiga. ___í_í_________K- '..?"* .d$r''''^____V___P_^' <'^mWWm^mm^:F 'W.;v;..;'St ¦ 'aF mfc-k •'-t.fr _^&; * • - mm . y^ymm ^mJ&&'- ¦¦•/'y.. '^_rfriÉp_r":a_BtB___Bc^ ...•»- . «53»- •.: isi______ar __B__i-v '¦ ¦:_____éH_ÉPvEa—k^——^ ' .VsSjSB __1___!S&SP___!5'._____¦ -_»__ w_ ^_|~mmm Wk..yto*^Jmm .Mi *¦_ *__Bf- °* Aili - Bkm.1ÊépI_.^BS__ TSsffityyy-ns "Horror - na Madrugada", vem sendo apre- mtfr. :'¦'¦¦ -'.'"_"¦.*•»'.^m^Ê^^m^^L^ʦ .-.-.Ay:____>^^I_S_____K__^^« sentado todas as terças-feiras, à 1 hora da yWÈmmüjàmTlül_fe % flj3& madrugada na Rádio Guanabara. '"a.':;.a¦%: -.¦¦•; ¦-...... <=* ' '¦'¦' ,•¦':¦ AA:/-'—-- ..' yy! ^^^fBB ¦'""Í^lws-HB _____K ?____.' m^F___:'^';" immmk 111 mmmm/mtmmmà™ '*'%thyyfl^m^SmmS^Síf

O cantor Sílvio Caldas LUIZ MENDE S LIA DE AGUIAR é o atual diretor- "boitV Melhorando sempre Expoente do rádio paulista artístico da Casablanca.

A CENA MUDA11-10-49Pág. 2S ). RI isíãII «lh% PEL LTUR DO Ü_-_P li ^ffl ^dr 1 Ü__S ÍÉ S GRANDES CONCERTOS'

tedráticos de universidades, que, re- Ricardo Wagner não poderia rea- ligiosamente, escutam as páginas lizar a sua extraordinária revolução clássicas da música com o respeito e artística se não se tivesse aproxi- concentração espiritual que qualquer mado do povo. Foram as lendas po- arte exige e merece. pulares da Alemanha que o irispi. raram, e Wagner, entendendo que Esse arrojado empreendimento, e "a música devia ser fertilizada dissemos arrojado por que é fácil de pela não 'Tan- ver-se como num meio como e o nosso, poesia", teria produzido o nhauser", "Lohengrin", "Ouro repleto de convencionalismos com- o o do Reno", a "Valquíria", "Siegfried", plexos e mediocridades agaloadas, o se não se conseguiu levar avante essa em- se inspirasse nas maravilho- JOSÉ SIQUEIRA sas lendas da Renânia e de outros Orientador musical presa, lutando com o ceticismo dos incoerentes e de certos medalhões países germânicos. Na Alemanha, Um dos empreendimentos mais de cabeça vazia. também Brahms, nas suas composi- importantes dos últimos anos na ções juvenis, se inspirou em algumas A Rádio Globo, José radiodifusão brasileira foi, sem dú- Siqueira e canções populares. vida, os Sílvio Bhering, estes últimos os cé- Grandes Concertos, pro- Resulta então que os gênios não rebros que confeccionam os pro- grama que poucos se apercebem da fizeram mais do que externar, atra- sua importância gramas, quebraram dessa forma o na educação mu- "tabu" vés das suas várias modalidades ar- existente ser sical do nosso país. Devemos consi- que proclamava tísticas, os sofrimentos, os anseios, uma tolice irradiar concertos derar essas audições de caráter na- pelo as aspirações e as venturas do rádio sistematicamente, povo. cional, tal é sua envergadura e sen- porquanDo, E o povo compreende essas obras. além de dispender grandes capitais, tido altamente didático que vem não seriam bem Ao mesmo tempo fala-se da mú- exercendo essa série de concertos, aceitos pela massa. que sica francesa, italiana, alemã, pare- completou há o seu 26.° recital, pouco Eles se esquecem que os maiores cendo significar que há uma lin- sempre apresentando obras mestras artistas do universo em todos os guagem musical francesa, outra ita- da música universal, num critério tempos se inspiraram na alma po- liana, outra alemã. Na realidade, o muito acertado o maestro José que pular, refletindo nas suas obras toda que existe é distinção no modo de Siqueira tem seguido, procurando, a grandeza que ela encerra. Num sentir e de conceber os pensamentos. nas "Monde primeiras audições, atrair o ou- artigo brilhante do Musical" Porque a linguagem é só uma e en- vinte melodia as obras eru- pela para — dizia há pouco o célebre Cortot: tendida por todos. ditas para depois, lentamente, sem "L'enrichissement intellectuel n'est Destas colunas enviamos a nossa que eles notassem, se sentissem aptos pas tant fait de ce qu'on apprend gratidão, como dever de brasileiro a entender um Mozart, um Bach, um que de ce qu'on éprouve". que sente a presença na nossa ban- Haendel, um Heinrich Hoffmann e deira do lema "Ordem e Progresso", outros compositores menos acessíveis Quantos poetas enriqueceram a emprestado da filosofia positiva, a ao grande público, pela riqueza téc- sua inspiração, aproximando-se do todos que colaboraram e continuam nica que demonstram nas suas grande Poeta anônimo que é o povo! jóias colaborando nessas audições, resga- musicais. Hoje vemos na Escola Na- tando os pecados do rádio indígena cional de Música, operários, comer- ciários, neste último decênio. estudantes, e ca- " professores BW___f.j_Im__::::::: : ______r_?-___H ______I->S-Pyy, -&___.¦•'•'."¦•- '¦•'¦ ______mWãmmmmW^t ^' àW™ ">*¦¦¦*rrt*______—¦ _

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A CENA MUDA 11-10-49 Pág. 29 F L A S H E S (Cont. da pág. 10) Luminares da Camera (II) BICICLETAS "Shangai Incident", um filme da RKO-Radio, (Cont. da pág. 13) baseado numa história original de Warren largos conhecimentos de iluminação, Este escritor foi, sua vez, contra- Duff. por apresentando aquele belo trabalho de tado serviços à RKO. durante para prestar claros e escuros, onde soube dosar com largo tempo, e está trabalhando nos es- já muita felicidade aquele mundo de som- túdios, como escritor-produtor. caracterizou o filme de Henri "Shangai é um drama do nosso bras que Incident" Clouzot, valorizando ainda mais cenário a cidade chi- Georges tempo, que tem como teve que ilu- se rendeu aos comu- o seu trabalho, quando nesa que recentemente a sede da fran- somente aspectos minar própria polícia nistas, e apresentará náo — Des Orfèvres, fazendo-o como terá também interesse ro- cesa Qual históricos diversas dependências daquela or- Russell fará o de uma nas mántíco. Miss papel onde trabalharam também as marcas filha de norte-americanos e edu- ganização, do todas jovem, pais os agentes da polícia. cada no Extremo-Oriente. próprios "HotcJ do Norte" (Hotel Du Nord) A rodagem de "Shangai Incident" será Em À VISTA E À PRAZO que Mareei Carne dirigiu, Armand Thi- iniciada nos princípios do ano próximo. um des:io CrS 150,00 mensais rard, apesar de não ter apresentado grande trabalho fotográfico, conseguiu deixar uma vez A da Warner Bros. "The Foun- ainda assim patente, MÁQUINAS DE produção seu talento, desta vez talnhead" não só adiantará a carreira de Pa- mais, o grande de comum acordo com tricía Nral. estrela o filme com Gary trabalhando COSTURA que Louis Née, dando-nos Cooper, mas talvez ajude ao irmão Peter, o seu colega exteriores notáveis, onde desde CrS 250,00 mensais de 13 anos. a iniciar a sua carreira também. aquelas cenas cais, onde se achava RÁDIOS, ENCERADEIRAS Peter. veio com sua mãe, Mrs. W. B. fotografou aquele que Hotel do Norte, mostran- Neal. de Knoxville. Tennessee, seu lar, para localizado o tempo duas facetas TROCAS Hollywood, foi descoberto um caçador de do-nes ao mesmo FAZEM-SE por valer ao fotografá-lo. talentos no hali do teatro na noite da estréia de seu inestimável À vista em am- pelo dk. "Tin-1 Fountaínhead". O resul- de noite e de dia, apresentando película composições. tado foi um teste cinematográfico, e. talvez bos momentos magníficas REEMBOLSO POSIÍL "Anjo Perverso", outro bom trabalho — venha trabalhar com sua irmã numa pro- RUA BUENOS AIRES, 184 1' dução da Warner. De acordo com Miss Neal seu, Armand Thirard, além de conseguir efeitos extraordinários naquelas sequên- TELEFONE: 43-7954 -- RIO o garoto é o tipo de . cias do deserto, apresentando aqui um Jack L. Warner anunciou a assinatura de verdadeiro quadro de pintura, como um longo contrato de Anthony Veiler como naquela cena em que nos mostra aquele imenso céu à noite com a silhueta dos produtor para a Warner. Veiler terminou há atravessando o deserto, adap- CINEMA BRITÂNICO pouco "Chain Lightning. um drama de ação, judeus esplêndida ao dl- (Cont. da pág. li) original de John Twist, estrelado por Errol tou-se de maneira "Colorado fo- tadas as novas e decorativas constru- FJynn. Territory", apresentando nâmico estilo de Clouzot, sendo o ções da margem do rio; esta área em Joel McCrea, Virgínia Mayo e outros astros/ tógrafo preferido do marido de Suzy sua condição atual, coberta de pedre- Delair, tendo trabalhado com êle em e de choças é o ce- é uma produção de Veiler, como é também gulho pequenas "Eíick nada menos de três dos seus quatro nárlo ideal para as peripécias da fuga fire", cuja estréia foi marcada para o "O do malfeitor. As cenas que ocorrem fim desse ano, com a belíssima atriz sueca filmes como assassino mora no 21" perto da ponte foram rodadas à noite, Viveca Lindfors, Dane Clark, Virgínia Mayo (I/Assassin Habite Au 21), ainda iné- sendo que a famosa torre onde antiga- — dito nós, "Crime Em Paris" e "Anjo mente eram manufaturadas as balas —• a loura padrão e Edmound Brien. para o fo- Perverso" (Manon), que já aludimos para a defesa da cidade é ponto "Sombra cálizaddr dos momentos mais palpitan- O "set" de uma foi construída acima, só não trabalhando em Vemos também a igreja prisão, que tes da película. 10 anos nos estúdios da Warner Bros., do pavor" (Le Corbeau). de Santo André arruinada pelos bom- há bardeios, serve de esconderijo o está sendo reedificado no palco n.° 6, em Armand Thirard, que já fotografou para "The "Desonra", "Rea- fugitivo. Burbank para a película Cage", história outros filmes como "t Boultlng Brother está produzindo sobre a vida das mulheres numa bilitação", que é a continuação do pri- P "Seven Days to Noon", história policial, prisão, que brevemente entrará em filmagem com John meiro e também ainda inédito entre porém, a pedido dos produtores, a im- "Águas prensa não publicará o enredo, pois, o Cronwell na direção e Jerry Wald como pro- nós e Tempestuosas", que, mais desfecho constitui surpresa. O elenco dutor. uma vez, fotografou ao lado de Louis foi propositadamente escolhido entre Nce, deve ser considerado um dos bons artistas desconhecidos, a fim de impri- niir maior autenticidade à película; diretores de fotografia e que ainda po- pela mesma razão a maior parte do fil- RUA PROIBIDA dera fazer muito pelo cinema francês, me será rodada ao ar livre ou em pré- (Cont. da pág. 25) onde é um de seus baluartes, criando dios especialmente escolhidos em vários já do Londres, figurar Adelaide sorriu. novas obras que amanhã constituirão pontos país. por ²Sim, "lady**... proeminentemente, conta com um qua-r já fui uma parte da história do cinema. tel-general temporário da equipe de A amizade entre ambos cresceu rápida- produção, estabelecido no bairro de Lambcth. mente. Nem o fato de Gilbert parecer-se fi- "Gone Fuga sicamente com Henry alterou a admiração Quanto à to Earth (A — da Raposa), uma bela e comovedora de Adelaide por êle. Logo cedo compreen- como outrora havia acontecido a Henry história baseada na obra- deram feitos um o outro. quando Gilbert pensou em se utilizar dos pastoral, Jones que pareciam para prima de Mary Wcbb. Jennifer Gilbert a dividir o salário semanal "marionettes" para um espetáculo privado virá de Hollywood, a fim de inter- passou com ela; e também a dispender o tempo aos freqüentadores da taverna. pretar a heroina. Uma equipe de pro- dução lá está trabalhando na filma- juntos. Numa noite, Adelaide, seguindo os Gilbert se adestrava cada vez mais no ma- dos cenários ao ar livre no con- conselhos de Gilbert nejamento dos bonecos, até um dia apa- gom se a a respeito de reação que dado dc Shropshire, onde passa se esvai receu "O Galo" um empresário teatral, história. que não dos seres humanos quando pelo Enquanto isso, a pitoresca aldeia de oprimidos, resolveu contar-lhe a respeito da Appledere, no condado de Devon está atitude indecorosa da Bruxa chantagista. Na encarre- sendo filmada pela "Treasureequipe manhã seguinte, na de Gilbert, tudo Rada dos cenários de Island" presença (A Ilha do Tesouro) produção anglo- ficou esclarecido, terminando a odiosa opres- CASPA! americana de Disney, o primeiro filme são da perversa mulher. do célebre produtor que não contém ²Agora, vccê está livre regressar CABELOS animado. Foram es- para à nenhum desenho Mansão dos 'a colhidos prédios antigos da aldeia para Culver! figurarem como as tabernas e casas ²Não sei se quero mesmo voltar para BRANCOS! tio cais, sendo que alguns deles rece- casa... — murmurou. — Creio os necessários a que juntos beram toques para ainda ser felizes, algum dia. caracterização por parte dos técnicos poderíamos dos estúdios. No ancoradouro encon- ²Só se eu conseguir um emprego melhor trava-se uma escuna. correspondendo e deixar de beber também... m em todos os detalhes, embarcações de ²Não o faça... nunca dos anos do sé- peço que o impe- seu tipo primeiros direi de fazer ~V culo 19. a qual aparecera nas sequên- aquilo que gosta! uUlm' cios de viagem do filme. ²Talvez você me falando assim vá con- Graças ao magnífico tempo de verão seguir aquilo que jamais conseguiria se fWa 1 a Grã Bretanha vem experimen- LOÇÃO A MBU que m'o . . tando este ano. as atividades cinema- proibisse. Os rumores e mexericos CABELOS BRANCOS OU GRISALHOS tográficas ao ar livre puderam prosse- que corriam pela VOLTAM sem interrupção, resultando em estalagem a respeito dos dois — a A' SUA CÔR NATURAL. guir ponto ELIMINA A CASPA - ÊXITO GARANTIDO. películas que mostrarão ao público dos vizinhos se referirem a Gilbert como algo de verdadeira Grã-Bretanha. o "sr. Lambert" — não chegaram sequer a LABORATÓRIO — Rua Souza Dantas n' 23 perturbar Adelaide. Tampouco a enfureceu Pedido» paio Reembolso Postal — Rio de Janeiro

CENA MUDA ~- 11-30-49 - Pág. 3G

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Schildkraut, cujo tema se asse- melhava muito ao de "Os Três Padrinhos", várias vezes filmado iff V* SAÚDE SEGURA "f um filme com um belo movi- JA ESTA A VENDA ! mento final: (O Diabo e a Mulher, VELAS 1941), com Jean Arthur e "EU Char- les Coburn — sátira social tra- SEI TUDO" tada admiravelmente; o famoso For Whom the Bell Tolls (Por quem os Sinos Dobram), um de DE OUTUBRO seus filmes menos significativos; (Casanova Ju- nior), com Gary Cooper e Te- Não deixem de ler: resa Wight), excelente comédia; Trunk Como elas se vingam... Q HOMEM ENGANAVA A PRÓ- (Mulher Exó- PRIA IDADE... UMA MULHER tica, 1945), com Gary TUDO DESCOBRE! Sim, Cooper e O Homem é 100.000 anos mais velho (pelo menos). Ingrid Bergman, bom até Homens de 4 metros! Mas.. as . Uma vergonha: "eloCabeças últimas cenas, em que quase todo pequenas e pés de 55x22! Encontrado, afinal o per- o trabalho do diretor dido"? "happy-end" se anula no forçado e de MISTINGUETT PROTESTA: "Nada disso! Não tomei o mau o "soro" de Bogomoletz!". gosto; fraquíssimo Guest E enquanto"jitterburg"... isso continua fa- Wife (Esposa de Dois Maridos), zendo cabriolas e dançando o aos oitenta e quatro anos! E as suas pernas continuam perfeitas e com Claudette Colbert, Dom de causar inveja às modernas "girls". Ameche e Dick Foran; a versão "Robin americana da francesa "Bat- GIULIANO, o Hood" Siciliano, escreve ao presi- peça dente Truman! Enquanto tement du coeur", intitulada a policia e o exército não lhe dão tréguas, êle derruba o 83.° guarda que o Heartbeat Bater de um recebe a perseguia, fABPIÇAOASA D A S (O Co- adesão de várias aldeias, recusa contratos cine- ração), com Ginger Rogers, matográficos e tem mais íans do Clark Gable. PELO PROCES SO SENUN Basil que Rathbone e Jean-Pierre Aumont; A mais completa reportagem sobre a famosa Torre e Ivy, com Joan Fontaine, Eiffel, em verdadeiro símbolo da capital francesa. Quanto pesa? SAM WOOD que só havia a destacar a mag- Quanto custou? Seus operários ganhando um décimo dos nífica fotografia de Russel Metty seus colegas de hoje, almoçavam... galinha! Apesar das (Cont. na pág. 26) aparências a Torre é imprestável... os suicídios! e a planificação de William Ca- para com Fred Mac-Murray, Albert meron Menzies, um precioso co- E AINDA : Dekker, Gilbert Roland e Joseph laborador de Wood em seus prin- A CIÊNCIA AO ALCANCE DE TODOS * INFORMAÇÕES ÜTEIS OU CURIOSAS * VIDA DO CAMPO * NO MUNDO DOS, SELOS * CHARADAS * DICIONÁRIO DE NOMES PRÓPRIOS * QUEBRA-CABEÇAS ir NO MUNDO DA GRAMÁTICA • DOIS ROMANCES * CONTOS * TUDO Grande descoberta para os calvos FARTAMENTE ILUSTRADO. "AMARALINA" t1» ; : .rsn TÔNICO CAPILAR — (Trata-se da famosa COMPRE HOJE MESMO SEU EXEMPLAR descoberta verificada na Bahia). De base vegetal dá certeza absoluta que seus cabelos tornarão a nascer. Os fabricantes garantem devido a milhares de casos em todo o Brasil. Gom um vidro detém a queda dos cabelos, elimina totalmente a REDAÇÃO: RUA MARANGUAPE. 15 - RIO DE JANEIRO caspa e com a continuação fará voltar a sua saudosa cabe- leira. Encontra-se em Drogarias, Perfumarias, Farmácias, etc, a Cr$ 35,00 o vidro cipais filmes, pelo que alguns Siratton Story, com James Aceitamos Reembolso Postal. pedidos pelo Preço: foram levados a acreditar que Stewart., j.| Cr$ 45,00, livre de porte. M. M. BURLE & CIA. Menzies" e não Wood tivesse sido LTDA. — Avenida Rio Branco, 137 — 6? andar o responsável pelas gfendes qua- QUEDA DOS CABELOS — Sala 616 — RIO DE lidades de Our Town ou Kings JANEIRO Row. Câlvície precoce A obra de Sam Wood, como K_Sr_ín ipi __j_»f '* se vê, é desigual, mas não raro PiM ri i l*^*mn1r\ ¦•j.»-:"('.,í;, ""v ¦-. ,: ¦ ______.'• »'_•>•¦..' • ;;__'..•._'•¦'" ¦ :¦< •>¦¦¦¦¦ adquire uma força só encon- ÜDM3 trada nos grandes realizadores. ALEXANDRE .~Jm*-• SaOiliilíCLARINHA BELEZA ^&§i||||^. ¦:¦¦¦-¦¦ - ¦¦ æ'¦://-, Wood deixa dois filmes ainda b VIGOR inéditos no Brasil, que fazem oos fi INSUPERÁVEL CABELOS parte de seu último contrato Hà cinqüenta anos DSiliosos brindes na chapinha com a Metro: Command Deci- sion, com Clark Gable, e The

que ficou maravilhado com a exibição das ²Mas... Gilbert e não Henry? O mesmo acontecendo com o ' marionettes", por que jovem professor propondo-lhe a instalação de — certa vez. de desenho, a todos achavam extrema- um perguntou quem teatrinho para aqueles espetáculos no vi- ²Todos nós trabalhamos em teatro mente simpático, agora. No larejo que salão, em com- de Albion. usamos nomes supostos — explicou-lhe. panhia de Alice, viera em companhia Na que noite da estréia, metade das entradas ²Bem, o nome não importa — acrescentou dos filhos, a segredou-lhe, tiveram prima confiante: que ser cedidas aos vizinhos da es- o Treff. — Gosto de Gilbert. E' um — Sinceramente, simpatizo muito mais com ilagem. jovem O espetáculo, todavia, foi um su- sujeito simpático e creio que titia e ti tio irão Gilbert do que com o sr. Lambert — e aper- ?sso. Poucas semanas depois, com o apareci- achá-lo também! tando a mão de Adelaide, perguntou.lhe, com mento de famoso empresário de Londres, a Adelaide jamais houvera pensado na possi- afeição: — Diga-me o que fizeste, levar da de Adelaide para 'ecia e Gilbert tomou outro rumo. bilidade de apresentar Gilbert à família e essa vida tão venturosa e feliss? incrível que de um momento para muito menos como se fora o finado Henry!... utro todas as dificuldades tivessem sido • FIM. encidas, de uma só vez! Agora, principia- Certa manhã, Gilbert batera aflito na porta vam a fazer fortuna, e tudo lhes. sorria. Uni- de seu aposento. Adelaide não pôde conter mente, a situação de ambos se agravava a alegria que a dominou. A esposa de Gilbert, da vez mais, sem que regularizar na América, solicitou divórcio, exigindo uma Atrás das cenas egalmente pudessem a união de ambos, em face da resposta urgente do marido. I imposibilidade (Cont na pág. 9) de Gilbert contrair matrimô- ²Você, divorciado? — foi tudo quanto ¦o. pois, o verdadeiro motivo só agora êle conseguiu Essa propriedade contém todos os espécimens •onfessaya: pronunciar. "bayous", Era casado e sua esposa, de tem- ²E livre para casar!... Se nos apressarmos da flora e da fauna da .região dos amento irascível, havia se separado dele ainda encontraremos o, vigário na Igreja! o que muito facilitou a nossa tarefa, reduzindo pouco tempo depois, embarcando a de muitos meses o tempo de filmagem. América. para • No fim de outra semana, Treff anunciou, No início, o grupo de perfuradores que tra- A situação agravou-se ainda mais, com a o que êle mesmo chamava balhavam na torre nos olhou como intrusos, iita pomposamente, chegada do jovem Treff, irmão de sua de Vitória na Batalha dos Culver. Tinha sido que iriam atrapalhar seu trabalho. Com o prima Alice. Treff lembrava-se convidado o domingo na Mansão. correr do tempo, eles também ¦mry, vagamente de para passar porém, pegaram quando criança, e Adelaide resolveu Adelaide, casada há cinco anos atrás, não a febre da filmagem e se interessavam grande- mtê-lo na ilusão de que Gilbert era o era a mesma menina que dali sairá, inex- mente pelas atividades. mesmo Henry. periente. Estava mudada, todos reconheceram. (Cont. no próximo número)

A CENA MUDA — 11-10-49 — Pág. 31 - tWÊk. $Mymm SíS^as-5?PlliiF as©»aralPiiM .-^BM »*£.-¦b^& - . . .hy-y.. tmikftMtmWMmSSm -'•'". '** %-; Xy S>7X

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i ii i: <; o r d e n g a t e q v a h t e t Kítmo tem por cento 0 JAZ Z NO CINEMA Por BILLY MCBROWN ao realizar uma película desse gê- GRANDES nero, contrataria uma orquestra fa- Dorsey, Benny Good- REUNIDAS Os filmes musicais de Hollywood mosa (Tommy ORQUESTRAS Artie Shaw, Glenn Miller, Kay têm sofrido uma forte influência da man, NUM FILME transformando-se Kayser, ou qualquer outra que esti- música de jazz, "jam- Evi- em verdadeiras vesse em evidência na época). DE atualmente isso aconteceu. Cada sessions". Há uns quatro ou cinco dentemente, filme musical lançava aos olhos do DANNY KAYE anos atrás, a companhia produtora,

I, I O X E L H A M P T O N LOUIS ARMSTRONG V DORSEY ¦ O mago do trumpete T O M M *• O rei do v i b r a f o n e s w e e t l r o m b o n

- 32 A CENA MUDA 11-10-49Pàg. -y

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CURIOSIDADES <¦:

Suzy Delair, a estrela de "Pattes Blanches", é casada com o famoso di- retor Henri-Georges Clouzot. • •%, ¦-¦> :-Çrd wmm& msFm. y-yyl\ < Antes de atingir o estrelato em "Es- cravas do Amor" e "Hotel Clandestino" (Macadam) — Simone Signoret fêz muitas "pontinhas" no cinema francês inclusive uma em que ela"Sua apenas tinha yyy que dizer em cena: Majestade está no salão". W%mS

;Yyyy "¦ -Y: Os movimentos de câmera, no filme -Festim .yy Diabólico", de Hitchcock, são tão suaves e tão perfeitos, que nos dão a impressão de terem sido filmados com uma câmera de 5 (cinco) quilos ape- ^ nas — mas na verdade o foram feitos cem uma câmera tecnicolor de 5.500 mm quilos (cinco toneladas e meia) . A Wm vista dos arranha-céus de Nova York mm que se vê através da janela do cenário de "Festim Diabólico", é toda ela em miniatura, não ultrapassando mesmo a altura de um homem de estatura ms- diana; e no entanto parece realidade devido a minuciosidade de detalhes com que foi construída. As nuvens, o fumo ilPfli das chaminés, a variação do colorido HsüÉÜ no céu, a fim de se fazer notar o cre- yy:. púsculo, tudo foi feito depois de um S$tllilÍ grande trabalho e minucioso estudo. Como sabem, as nuvens nunca são as ssásãà 'vá»»!®»!! mesmas; mesmo quando o tempo está bom.. O filme apresenta 8 (oito) mu- danças no colorido das nuvens durante seus 10 rolos. Quando o filme começa, o céu está cheio, mas quando vai che- MEL POWELL gando ao fim somente resta uma ou Faz misérias no piano duas nuvens. A fim de captar todos os diálogos, onde quer que se encontras- sem os atores, foram colocados dois mi- mundo uma orquestra conhecida musicais .apresentam agora muito crofones extras, e cada um desses mi- dos discos, e o espectador mais — um cômico de renome enca- crofones era manejado por três ho- através "cast" mens. teria a oportunidade de conhecê-la beca o composto de formosas mais de perto, pois, além de ouvi-la pernas, e o par de pernas mais bo- tocar, poderia vê-la. Há uns dois nito sustenta a cabecinha de uma Bette Davis, que já foi beijada (em musicais, agra- estrela famosa. Uma do frente as câmeras) num estábulo, num anos, os filmes para prova que farol, numa cabine telefônica, num ciarem ao público, tinham de trazer afirmamos é o próximo filme de vagão de estrada de ferro e num salva- infalíveis — Harry Danny Kaye, "A Canção Prometida", vidas, acrescentou à essa lista curiosa duas orquestras "score" de locais pouco usados para beijos, o James e Xavier Cugat (esta última que apresenta um musical de ósculo que recebe de David Brian, em "cacoete" cima da mesa de bilhar, numa cena ainda é um da Metro). primeira linha, onde atuam as mais de "Beyond the Forest". Mas isso não bastava. Os musicais destacadas figuras de jazz do mo- passaram a trazer números de bai- mento, como sejam: Tommy Dorsey, lados, de sapateados, de pernas bo- Lionel Hampton, Louis Armstrong, "shows" montados, havendo Charlie Barnet, Mel Powell, The O argumento humano é comovente nitas, de de "A Gaiola dos Rouxinóis" (La Cage uma pequena percentagem para os Samba Kings, um conjunto de Russo au Rossignols) — é de autoria do pró- clássica. Daí fir- do Pandeiro, "The Page Cavanaugh prio intérprete capital do filme, o ator amantes da música "The Noel-Noel, que o escreveu de parceria marem-se contratos com cantores fa- Trio", Golden Gate Quarfet", com René Wheller. mosos, que seriam apresentados além da encantadora Virginia Mayo — sozinha é um verdadeiro dentro do mais berrante tecnicolor. que já ¦'¦. Hoje isso não é suficiente. Os filmes espetáculo... a Benard Blier, aquele sincero intér- "Escravas Amor" E T prete de do (Dédée ( H A R L I E BAR N D'Anvers), o dono do bar que protegia Grande conjunto Simone Signoret, nasceu em. . . Buenos Aires. . . e num dia 11 de Janeiro de 1917.

O verdadeiro nome de Renée Saint Cyr, a "estrela de "A Mulher Perdida", é Raymonde Vittoret.

Jean Murat, aquele coronel de "His- tória de um pecado" (Bethsabee), ca- sou-se com Annabella em setembro de 1934 e dela se divorciou em 1939.

Jean Marais, o intérprete de "Além da Vida" (L'Eternel Retour) — teve um curso de arte dramática com o cé- lebre ator Charles Dublin, "Crimeo mesmo que morreu assassinado em de Paris" (Quai des Orfvres).

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'¦¦• FALAM DE M^MjfMMMMj&f- •*'jã'^j|W|TÍi'í^^*?-mmmm^f INTELECTUAIS CINEMA

MMMMMmtâlBis''-'-'• 'svMMMMwMflsBMEt' Por motivo de força maior, deixou de sair neste número a seção de en- trevistas com os intelectuais patrícios, seção essa que vem agradando plena- '*':' ^V';';o.:"V "-¦¦";.¦;¦: j^-y'¦¦'' ¦'¦¦. .-.V...'"'-;'.íx mente, pela forma simples e direta com que é feita. Já no próximo número, no entanto, esta seção voltará a figurar em nossas páginas, apresentando, desta vez, a palavra de Joracy Camargo.

ACEITAÇÃO DE "A CENA"

Indiscutivelmente, a julgar pelas próprias opiniões de nossos leitores, A CENA está melhorando e, sem fazer alarde de nossas propósitos, melhorará ainda mais, em futuro muito pró- ximo. O melhor comprovante do que afirmamos é a sua crescente tiragem, de número para número, o que vem de encontro ao nosso desejo — resultando que não é em vão que empreendemos os nossos esforços.

A COLUNA DO FAN

Dado o grande número de cartas que temos recebido, e a fim de não prejudicar as colaborações dos leitores, pelo atraso da publicação de seus ar- tigos, resolvemos ampliar esta seção, certos de que, com essa medida, os próprios fans ficarão satisfeitos.

CINE-ROMANCE \> Em nossa próxima edição, publica- remos, dentro do critério de escolha que estamos adotando, a interessante novelização de "Memórias de Um Mé- dico", baseado no capítulo "Cagliostro", de Alexandre Dumas. Esse filme tem como intérpretes principais Orson Welles, Nancy Guild, Akim Tamiroff e Frank Latimore, entre outros. Tra- ta-se, portanto, de um ótimo filme, sem contar que o seu enredo é fasci- >x nante e atraente, prendendo o leitor até o final. \ \ CINEMA NACIONAL

Solicitamos obsequiosamente aos produtores, diretores, artistas, publi- cistas e todos os que labutam no ei- nema brasileiro, que nos enviem no- tícias, fotografias, textos e reporta- gens. relativos às suas atividades nos estúdios ou fora deles, a fim de que possamos selecionar e ir publicando, semanalmente, uma página que reflita o exato ' movimento de nossa produção. c **rm Sem essa colaboração dos próprios in- : / V teressados, nada poderemos fazer. Aqui . '^aai^,^-«~»a#í

L. DONNA MATTELL E. ( Universal-Internàtional )

A CENA MUDA 11-10-49 — PAg. 34 m&&i\ ®m par» settS

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A 'L s> o: &pr ¦~y Acentue a cor- mi**' dialidade e \M W- alegria dos ambien- •y*í>. tes com o saboroso Gin Dubar. Tome-O de preferência, com Água Tônica W AntarcticICQ ou em cocktaíls, "> mas sempre gelado! O Gin Dubar *>>. W& e produzido com álcool de cereais altamente reti- Ficado, aromatizado com "Juniper-berries" (bagas de zimbro) e matérias primas NATURAIS sob a seleção e a análise rigorosa do Laboratório-Con- '. f trôle da produtora. Como toda a linhagem Dubar ^^¦¦¦AA.'"l (Licores, Vermouths, Cognocs e Aperitivos) V, Gin Dubar 7. é isento de essências. Exija m A^';i'-'.\Íy sempre, no Empório ou no Bar, túAâM: produtos Dubar. è& mi

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RIO DE JANEIRO SAO PAULO: Rua Riaclmelo, 92 Rua Frederico Steidel, 156 - l.° andar SANTOB Rua Martím Affonso, 143 ur-——

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Sgu futuro deponde do presente - do sua ccpacidcde para dedicar-se aos estudos. Dependo das energias que o Tônico Infantil fornece ao organismo da criança. Contendo cm sua fór.r.ula fósforo, cálcio, e vitamines - os elementos do as SÔNICO arsênico, iodo, tanino quo I ; * '¦ crianças mais necessitam na idade escolar - Tônico Infantil HFANTII

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