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•í CrS - "'::^»t^'^1 3,00 em todo o Brasily ^ ^.^MSBfes I" Ei E C WUMtKü:jk^ii m ^ m ti __, _ , JT*/** v<**V»v*„l| mmmmm^mmmmmm W^^Wmm^ÊmmWSmlmmWLw * 1» mmWVlrnmWtWEE*»m^mWmm^^L^^^^Ê^mW^^^^^mW<^ ''&' ' '^-''M^^*^«3l»:---'- '^S^';^^^^^- ÍMHfiffllt^^ mmn/WMmmm^^^Êf^^^ÊlS§L%mW 3KÍ . "'OlBR^''^R' ' I^SjilIft-MpjM^BgW•* -* -¦¦¦¦<¦•' --¦—^•a^-^-j^x.^--<w't>^^L3t^* ^. mWLmm.fmWBmw*' ^^ ,.,'JEk^, %afe^^^B^B$ Jll^ísBB™^c»&^ffi^iíil^^^^ HH WWBB^^^WW*.i^»»u.^-M.a>.,,tiiii.i„n^mtmmMTmik.* \ O ciegdnl/U/mo Go/den floom do Copacabana Palace, com \]aí se encontram os cigarros Hollywood Suas magníllcds couejtrcn e ifiowi ínfernacionais c o pon- to' de unido preterido pelo y y7 o/íj soe dddc canoed.Xf /y O Convívio dela... o ambiente agradável de uma boite elegante... e um cigarro Hollywood, são prazeres que se completam. Fumar um Hollywood é algo de repousante — um complemento perfeito das horas de lazer ou de tra- balho. Hollywood é, de há muito, uma tradição da socie- //^\ dade brasileira ... por sua suavidade toda especial... por seus fumos escolhidos. Por isso você simplesmente não ///iMfll pode dispensar Hollywood . ollpooò ¦/AA/ZAAyááW&ã^sák ^AA?/A^Atf& Companhia de Cigarros SOUZA CRUZ 88008-H A HISTORIA DE UM BEIJO S^//~*°^^ EZ horas da noite. Ela estava ansiosa. Talvez um pouco nervosa. Um pouco, ¦ X m não; muito. No entanto, não havia motivo algum ficasse assim. _ff§ÉͧÉii / ^ para que : ¦¦¦? PI Só iria vê-lo, depois ¦ porque de dois anos? Ora, deixasse de bobagem. ¦y/mm I/ Afinal, não era a primeira vez que êle se ausentava. Sim, não era a primeira vez... mas acontece que não escrevera nenhuma caria. A não ser aquela em que lhe participava sua chegada. Lera e relera dezenas de vezes. Não compreendia. Nada havia naquelas linhas que justificasse o seu silêncio. Tudo muito simples, muito banal. O tempo parecia não ter significação. A distância também não significava nada. Mas a dúvida lhe roera a cabecinha inquieta durante dois anos. Dois longos anos. E isso representava martírio, apreensão, angústia, ansie- dade. Cada chamado telefônico era a esperança da sua voz. Cada batida do correio era a mesma decepção. Nunca deixara de pensar nele. Chegara a pensar que êle a ACENA esquecera, que êle a abandonara, sem uma satisfação, para não magoar a sua sen- sibilidade. Sabia perfeitamente que se êle lhe desse alguma satisfação, apresentasse algum motivo ela não compreenderia. Êle a conhecia perfeitamente e sabia avaliar N* 41 o amor que ela lhe dedicava. Não havia um só momento em que não recordasse, com ^ 11 de saudades, o seu passado feliz. Lembrava-se do seu sorriso, das suas carícias, dos seus outubro de 1949 presentes. Lembrava-se também do seu primeiro beijo. Sim, as mulheres nunca esquecem o primeiro beijo... Ela era ainda uma menna. Dezesseis anos. Êle se formava em medicina. Namoraram algum tempo. Êle não tinha intenções de casamento, até o dia em que seus lábios se tocaram. Apesar de ter beijado tantas outras, sentiu alguma coisa diferente que êle mesmo não sabia explicar. Era como se algo entrasse em sua alma e ali se alojasse, até que seus lábios deixavam os lábios dela. E vinha então ó m desejo dé uni-los novamente, novamente, sem que nunca mais se separassem. E' quase sempre nesses momentos que os homens são pedidos silenciosamente em casamento. "Quer ¦ E aceitam. E falam: ser minha esposa?". A resposta é muda, estampa-se nos 11^ olhos. Depois o vestido de noiva, a aspiração de toda mulher, os sinos, a lua-de-mel, os filhos. Ela tivera taml^ém um filho. Nesse tempo êle já estava fora, já havia iniciado SUMÁRIO suas viagens periódicas. Nem sequer conhecera o seu Bob — como êle queria que se Mi chamasse. Ela lhe participara o seu nascimento, mas êle nem sequer respondera. Talvez A história de um beijo — (Leon Eliachar) 3 não tivesse recebido a carta. Talvez essa palavra sempre a fazia perdoar. E há um Clássicos do cinema (Mo- ano e meio que ela o perdoava. O seu amor era ainda forte. Mais forte do que ela niz Viana) 4 mesma supunha que fosse. E só tendia a crescer mais e mais... Telas da cidade (Alex Via- ny) 6 Dez e cinco. Um apito agudo despertou-a bruscamente. Voltou a si. A estação' estava — Victor"Louisiana Mature close-up 7 apinhada de gente. Talvez cada uma daquelas pessoas tivesse também um drama Story" (Robert igual ao trem arrastava-se abafando, com o seu resfo- Flaherty) 8 seu. Talvez não. O pesadamente, Flashes legar cansado o ruído das vozes. Percebeu que deixara cair um da mão. Apa- 10 "Espere-me papel Kathryn Grayson — close- nhou-o: a carta! Leu-a novamente, com cuidado: na estação às 10 e 5. up 11 Parto hoje definitivamente. Recebi todas as suas cartas mas, infelizmente, não me senti Sam Wood (Moniz Viana) 12 "querida" •v? Quarenta anos de cinema com forças para respondê-las. Breve nos encontraremos. Ricardo.''. Até o '¦¦ ¦_ polonês 13 êle suprimira da carta. Mas novamente ela o perdoou. Talvez fosse esquecimento. O Luminares da camera (N. m trem' Seus olhos buscavam a sua figura, ainda gravada em sua retina, tal como Couto) 13 parou. "Até Futuras o vira da última vez, quando se despediram e êle lhe dissera: breve, querida". estréias 14 "querida"! Cinema britânico 14 Como sentia falta desse Estava cada vez mais nervosa. Agora suas mãos Sheley Winteres 15 tremiam. A multidão misturava-se numa ânsia louca. Homens desciam, casais abraça- Rua proibida — cine-ro- mance 16 vam-se. Beijos, abraços. Alguns chegavam, outros partiam. Sorrisos. Lágrimas. Lenços. Faço anos amanhã (Leon iiif Fisionomias tristes. Fisionomias alegres. Alguém lhe esbarrou. Voltou-se. Era êle. As Eliachar) 18 lábios. Abraçou-o: — palavras quase não lhe saíram dos A dança dos milhões — resumo 20 Ricardo! Melodias para você 22 yyyy Êle não se moveu. Estava completamente cego. Coluna do fan . 23 Cartas ao editor 23 Uma simples palavra. Uma simples cena. Mas aí estava toda uma vida, toda uma Correio do fan 23 história contada num filme. Essa exclamação deveria estabelecer uma divisão momen- Adriana Beneti 24 e de todo o seu futuro. Aí haveria de conter todo o seu Jazz (Sylvio Túlio Cardoso) 27 tânea de todo o seu passado Rádio (A. C.) 28 estado emocional, guardado em seu íntimo durante dois anos e desabafado num segundo. Macdonald Carey — close- Ela deveria vibrar. Sua voz deveria tremer, devia fazer-se sentir. A camera apanharia up 31 sua cabeça de costas, sem perceber ainda a cegueira do marido, enquanto os olhos O jazz no cinema (Billy McBrown) 32 deste, embora abertos, divagassem no espaço. E toda a tragédia, toda a situação dra- Curiosidades 33 mática seria transportada para o íntimo do espectador emocionado, enquanto a música Pausa para meditação ... 34 anunciaria o fim do espetáculo. A CENA íala 34 Cinema é assim. Uma simples cena, um simples gesto pode significar muito — diante de uma camera. Uma série interminável de pequenas particularidades é estudada'. Efeitos de luz, som, fotografia, ângulos, interpretação. O diretor manobra tudo. Ensaios. Repetição. Até que fica tudo em ordem. Na sala de corte continua o trabalho com a montagem, reunindo os takes. E só assim, depois de todas essas operações., uma cena de cinco segundos, como a do beijo dessa história, poderá adquirir a pujança e a dramaticidade desejadas; poderá ter, evidentemente, alguma significação positiva para o espectador; poderá causar um estado emocional dentro da realidade adquirida. NOSSA CAPA Ann Pearce, nova estrelinha leon eliachar da V'-International, que tem um maio muito bonitinho e o corpo mais lindo ainda... «ihiiwih, 1.1ii, initaB ¦¦,'¦¦¦¦æ¦¦::. .¦¦;'.¦...¦'.:¦.'-.-¦:•¦;•.?-'.: --¦.-..¦¦ ¦'¦"¦,-..¦¦¦¦,. r y ¦¦',¦:¦:. CLÁSSICOS DO CINEMA SELEÇÃO DE MONIZ VIANNA (SÉRIE 1940/49) *¦> ! ''*—~^jjr^', Içfy nmÊr'*y* 't.*** , A: ¦¦ ¦"-'' JSfflHBBBHv^BBBBnBBM íit'"*^Biti': ícífcií*^ ''¦- SSfí' <'ÍA^'<-4SBBBiBBs93^BBfB 10 ;J» p :.'.»«->*¦•,-;.BBB111I1 THE LETTER (A Carta) de WILLIAM WYLER Cenário de Howard Koch História de Somerset Maugham '¦'¦'•¦ bHwíSíÍ*-^^-!**»^" .-í'ÍSBBM$?A&'•'¦'¦* ."''"•'•'^"Ib^B^ Fotografia de Tony Gáudio Música de Max Steiner Direção musical de Leo F Forbstein. Cast: Bette Davis, Herbert Marshall, James Stephen- son, Gale Sondergaard, Sen Yung, Frieda Ines- cort, Cecil Kellaway, Elizabeth Earl, Bruce Lester, Doris Lloyd, Willi Fung, Tetsu Komai. The Letter, o segundo filme da trilogia que William Wyler realizou com Bette Davis, figura com os outros dois, Jezebel (1938) e The Little Foxes (Pérfida, 1941), no nível mais destacado da obra do grande dire- tor, em que se situam ainda Dead End (Beco sem Saída, 1937), Wuthering Heights (O Morro dos Ventos Uivan- tes, 1939), The Westerner (O Galante Aventureiro, 1940) e The Best Years of our Lives (1946) . Baseou- se Wyler na conhecida novela de Somerset Maugham, que Howard Koch, agindo com a sua costumeira habili- dade, soube verter para uma linguagem cinematográ- fica de primeira ordem. E graças também a Bette Da- vís pôde Wyler fazer um filme de ponta a ponta percor- *J~?'-T'i"^'¦ "*-*fw.JMP76lB¦ - .-.. - jSM&jBEBf»EfiEBlay^cf^ • .'.."'¦".''.:^v^v%r ^^jHyjJ^gÃafiSKfe-'..^^^^-*/- . rido pelo calor das grandes realizações. The Letter é, provavelmente, a melhor fita extraída da obra de So- merset Maugham, sem embargo de algumas excelentes "Of qualidades encontradas em Human Bondage" (ver- são de John Cromwell, com Bette Davrs e Leslie Ho- "Chuva": ward), nas duas versões de a de Raoul Walsh ("Saddie Thompson", com Gloria Swanson) e a de Lewis Milestone ("Rain", com Joan Crawford e Wal- "The ter Huston); e em Moon and Six Pence" (Um gosto e seis vinténs), de Albert Lewin. O desempenho magistral de Bette Davis, muito bem coadjuvada por Gale Sondergaard (em uma impressio- nante e trágica caracterização), James Stephenson, fale- cido poucos meses depois, e Herbert Marshall, um dos intérpretes da primeira versão de The Letter", na qual estreou como ator no cinema silencioso; a segurança de Wyler, que é, sem dúvida, um dos diretores mais efi- cientes em atividade nos últimos doze anos; a música de Max Steiner, funcionando cm intimidade com a ima- gem e a beleza plástica desta; tudo isso faz de The Letter um filme merecedor de toda a admiração.