Music and Lyrics
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Music and lyrics: notes on Italian songwriting Autor(es): Babino, Cristina Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/40001 DOI: DOI:https://doi.org/10.14195/978-989-26-1115-0_9 Accessed : 5-Oct-2021 17:32:03 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. pombalina.uc.pt digitalis.uc.pt (COORDENADORES) MARIA DO CÉU FIALHO JOÃO CORRÊA-CARDOSO João Corrêa-Cardoso Doutorado em Linguística Portuguesa pela Faculdade de JOÃO CORRÊA-CARDOSO As línguas e as cidades são irreverentes: nunca se deixa(ra)m reduzir às suas Letras da Universidade de Coimbra, é Professor Auxiliar de Linguística Portuguesa MARIA DO CÉU FIALHO materialidades. Cidades não equivalem a cidades e línguas não equivalem a nessa instituição. A 26 de Julho de 1999, no Instituto de Letras da UERJ, Rio de (Coordenadores) línguas. As línguas e as cidades são indisciplinadas mesmo perante qualquer Janeiro – Brasil, foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Lingüístico e Filológico Oskar normativo que se lhes dirija porque o pensamento e a língua, por não serem Nobiling e o respectivo Diploma pela Sociedade Brasileira de Língua e Literatura. Da definitivos, alteram-se enquanto cada ser falante, no exercício da cidadania e em sua carreira docente salienta-se a leccionação em Seminários de Romanística das qualquer época, desejar afirmar-se como uma pessoa livre e cada comunidade Universidades alemãs de Hamburg, de Göttingen, de Kiel, de Leipzig, de Freiburg linguística desejar proteger a sua identidade. É apenas em liberdade que o Série Investigação e de Jena. Tem publicado diversos trabalhos, sobretudo na área da Sociolinguística A LINGUAGEM saber e o progresso humanos, incondicionalmente assentes no exercício da • – nas vertentes rural, urbana e escolar –, e ainda na área da Dialectologia, de que Imprensa da Universidade de Coimbra linguagem verbal, se realizam. se poderão destacar os seguintes títulos: O Dialecto Misto de Deilão (1995), Estudo Coimbra University Press 2016 NA PÓLIS de sociolinguística escolar em torno das atitudes das crianças de Maputo (I) (1998), Languages and cities are irreverent: they never let / have never let themselves Sociolinguística rural. A freguesia de Almalaguês. (1999), Wo meine Heimat ist, be reduced to their materiality. Cities are not equivalent to cities and languages weiss ich nicht genau: aspectos da construção linguística da identidade em crianças A LINGUAGEM NA PÓLIS are not equivalent to languages. Languages and cities are undisciplined even IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA portuguesas residentes em duas cidades alemãs (2000), Sociolinguística urbana de COIMBRA UNIVERSITY PRESS in the face of any norm to which they are subjected, as thinking and language, contacto. O português falado e escrito no Reino Unido (2004). by not being definitive, changes with each speaker, in the course of the exercise of their citizenship regardless of the age, wishes to affirm himself/herself as a Maria do Céu Fialho Professora Catedrática na Faculdade de Letras da Universidade free person and each linguistic community wishes to protect its identity. It is only de Coimbra. Os seus interesses de investigação centram-se nos Estudos Literários, through liberty that the knowledge and progress of humankind, unconditionally Línguas e Literaturas Clássicas e sua Receção. Neste âmbito publicou vários trabalhos, based on the exercise of verbal language, are accomplished. dos quais se destacam: «Coimbra na obra de Vergílio Ferreira», Boletim de Estudos Clássicos. Coimbra. 41 (2004) 63-70; “Mito, narrativa e memória” in Que fazer com este património? Em memória de Victor Jabouille. Lisboa, 2004; Introd. e tradução de “Rei Édipo, Traquínias, Electra, Édipo em Colono” in: M. H. Rocha Pereira, J. R. Ferreira, M. C. Fialho, Sófocles. Tragédias, introd. trad., Coimbra Capital da Cultura, 2003; “Sob o olhar de Medeia de Fiama Hasse Pais Brandão” in Medea: versiones de un mito desde Grecia hasta hoy. Granada, 2003:1. P. 1125-1135; “Cidadania e celebração na Grécia Antiga” in Europa em mutação. Cidadania. Identidades. Diversidade cultural, coord. M. M. Tavares Ribeiro. Coimbra, 2003, P. 13-30; “Sófocles, Rei Édipo”, introd. trad., Madrid-Conímbriga, 2003. 611143 789892 9 M U S IC AND LYRIC S . N OTE S ON I TALIAN S ONG W RITING Cristina Babino Poeta em Residência Universidade de Coimbra 2008 [email protected] Resumo: Longa viagem pela história literária e cultural da canzone ita- liana tomada como uma das possíveis marcas definitórias da expressão do espírito itálico. Palavras chave: canzone; literatura; música; história da cultura italiana; semiótica. Abstract: Canzone as a musical/literary form and as a cultural phenomenon reflects the search for a national identity and the peculiarity of Italy, a Country always defined by contrasts and differences, by both geographical and symbolic borders. Keywords: canzone; literature; music; history of Italian culture; semiotics. Preliminary notes on Canzone The first example of canzone as a literary composition accom- panied by music is the choral poetry of Greek poet Pindarus (Vth C BC). DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-1115-0_9 It is in the Middle Ages, then, that these compositions spread consistently, particularly in France, where troubadours travelled from court to court singing their chansons while playing an instrument. Canzone as a genre changed through the centuries and poetry slowly developed losing its original musical accompaniment. In Italy, it was largely used by Sicilian and Stilnovo poets in the XIIIth C., then refined by Francesco Petrarca and later mastered by Giacomo Leopardi; this noble metrical composition became, in time, some- thing different from the popular canzone (song), which continued to flourish in common oral and musical culture and in such a peculiar genre as Italian Melodramma. The great literary tradition of Italian poetry has many points of contact with music, and canzone in particular: just to quote a few eminent examples, Dante writes the Divina Commedia and divides it into Cantiche, Petrarca writes Canzoni and he collects them into the Canzoniere (the same title of Umberto Saba’s famous collection of poems, centuries after), Orlando furioso and La Gerusalemme liberata are full-length epic poems in rhyme also called Cantari, while Giacomo Leopardi’s major poetry book is called “Canti”.1 Canzone (song) as a musical/literary form and as a cultural phe- nomenon reflects the search for a national identity and the peculiarity of Italy, a Country always defined by contrasts and differences, by both geographical and symbolic borders. The construction of Italian national identity was longly influenced by its historical, political, cultural and consequently linguistic fragmentation, and by the huge role played by the ecclesiastical power. Italy as a nation was born in fact only in 1861 – and a complete law on proper compulsory education was introduced only in 1923 1 Alfio Squillaci in La canzone italiana tra poesia e quotidianità. Appunti sparsi per una lezione da tenersi all’Istituto della Comunicazione di Milano, maggio 2003, http://www.lafrusta.net/fili_canzone_italiana.html 204 by the Fascist regime – but it can well be said that only with the advent of television, in the Fifties, Italian as a language fully spread throughout the nation, reaching people in their own homes, where they kept using their local dialects, often languages on their own. We can identify two waves in the popular tradition of Italian musical storytelling: one widespread in the North, characterized by the narration of events and tales and constructed as a monologue of the singer, the other one widespread in the South, mainly cor- responding to the form of dialogue, often a love dialogue, or fight (strambotto or stornello). Canzone napoletana (Neapolitan song: villanella, serenata) is particularly interesting as it is the only form of expression in dialect that was at the same time “national” and popular, due to the fact that Naples was already back in the XVIth C. a reign on its own. Neapolitan song can be considered as an actual link between popular culture - as it originated from the lower classes – and the Illuminist bourgeois class. It was then in the XIXth C. that Romanticism, with its interest in recovering legacy and traditions of the past, boosted the attention on folk and popular songs and oral tales: once written down and passed on, this oral and “under- ground” heritage became part of the shared literary culture of a newborn nation. Alongside with Canzone, the poetic tradition offers other com- positions meant to be accompanied by music: Madrigale, Frottola, Romanza (which will be recovered mostly in Opera singing), and Ballata (ballad). The latter is a poetic composition, born in French Provence around XII C., written to be sung and danced, made of stanzas and refrains, whose structure remains almost unchanged through the centuries, reaching modern song (one example of mo- dern ballad: Fabrizio De André’s La canzone di Marinella). Modern ballad is characterized by an easy and clear melody, where the narrative element (a tale) prevails on a lyrical attitude.