O Mundo Negro ”: a Constituição Do Movimento Negro Contemporâneo No Brasil (1970-1995)
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Universidade Federal Fluminense Área de História Programa de Pós-Graduação em História “O Mundo Negro ”: a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970-1995) Tese apresentada no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, sob a orientação da Profª Dra. Hebe Maria Mattos, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor. Amilcar Araujo Pereira Niterói Março/2010 1 Amilcar Araujo Pereira “O Mundo Negro ”: a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970-1995) Tese apresentada no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, sob a orientação da Profª Dra. Hebe Maria Mattos, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor. Banca Examinadora: _______________________________________________________________ Profª Dra. Hebe Maria Mattos (UFF) (Orientadora) _______________________________________________________________ Profª Dra. Martha Abreu (UFF) _______________________________________________________________ Profª Dra. Verena Alberti (CPDOC/FGV) _______________________________________________________________ Prof. Dr. Álvaro do Nascimento (UFRRJ) _______________________________________________________________ Prof. Dr. Jacques d’Adesky (UCAM) _______________________________________________________________ Profª Dra. Mônica Lima (UFRJ) (suplente) _______________________________________________________________ Prof. Dr. Marcelo Bittencourt (UFF) (suplente) 2 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá P436 Pereira, Amilcar Araujo. “O Mundo Negro” : a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970-1995) / Amilcar Araujo Pereira. – 2010. 268 f. ; il. Orientador: Hebe Maria Mattos. Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2010. Bibliografia: f. 244-255. 1. Negro - Aspecto histórico - Brasil. 2. Negro - Identidade racial - Brasil. 3. História oral. 4. Relações raciais. I. Mattos, Hebe Maria. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. III. Título. CDD 305.896081 3 Dedico este trabalho aos meus pais, Neusa e Amauri, fontes inesgotáveis de força e inspiração. 4 Resumo: O principal objetivo desta tese é examinar aspectos da história do movimento negro no Brasil e das trajetórias de algumas de suas principais lideranças, que têm se dedicado à luta contra o racismo e por melhores condições de vida para a população negra em diversos setores da sociedade brasileira desde a década de 1970. Para tanto, a pesquisa iniciou-se com uma análise da construção da idéia de raça na Europa e nos Estados Unidos e de suas repercussões para a população negra na diáspora e para as relações raciais no Brasil. Utilizando a metodologia da história oral, este trabalho reuniu e analisou entrevistas com lideranças negras de todas as regiões do Brasil e com intelectuais negros norte-americanos com passagens pelo nosso país, que, juntamente com outras fontes históricas, forneceram o material necessário para a elaboração de uma história social do movimento negro contemporâneo no Brasil. 5 Agradecimentos São muitos os agradecimentos que devo fazer aqui, pois esse longo trabalho de pesquisa não teria sido possível sem as contribuições de muitas pessoas. Afinal de contas, esta tese representa a culminância de todo um processo de formação, do qual participaram professores, amigos e familiares. Mas devo começar os agradecimentos pelas pessoas entrevistadas desde 2003 para a realização deste trabalho, e que cederam seu tempo e seus conhecimentos sempre com enorme boa vontade, para que essa pesquisa fosse possível. A todas as pessoas entrevistadas eu agradeço muito! Agradeço tanto as pessoas que entrevistei aqui no Brasil quanto as que entrevistei em 2008 nos Estados Unidos. Toda a pesquisa nos Estados Unidos e grande parte da pesquisa aqui no Brasil somente foram possíveis graças às duas bolsas de estudos com as quais fui agraciado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Portanto, agradeço ao CNPq pela bolsa de doutorado que tive aqui no Brasil entre julho de 2006 e dezembro de 2007, e entre janeiro e agosto de 2009 e pela bolsa de doutorado sanduíche no exterior, que recebi durante o ano de 2008, enquanto estive realizando as pesquisas na cidade de Baltimore, na Johns Hopkins University (JHU), nos Estados Unidos. Quando penso nesse ano inteiro em que estive nos Estados Unidos, só consigo agradecer em primeiro lugar à minha esposa, Beth, que abriu mão de seus projetos pessoais, de seu emprego, ficou longe de seus amigos e familiares durante 12 meses, para me acompanhar nessa difícil empreitada em solo estrangeiro. Beth, aliás, além de ser o amor da minha vida, é uma companheira maravilhosa, que sempre me deu todo o suporte para que eu pudesse realizar meu trabalho, principalmente o suporte emocional tão caro e importante para todo ser humano. Muito obrigado Beth Mofacto por completar minha vida! Nos Estados Unidos acabei tendo muito mais do que um co-orientador, Michael Hanchard tornou-se também um grande amigo. Suas indicações bibliográficas, suas críticas e sugestões em relação ao trabalho, a entrevista que me concedeu e o acesso que me permitiu ao seu arquivo de documentos do movimento negro brasileiro, sua disponibilidade e amizade, seus jantares maravilhosos (descobri que além de ser um grande intelectual, Michael é também um excelente cozinheiro!), enfim, tudo isso foi fundamental para que eu me sentisse sempre confortável, tanto em relação ao trabalho quanto no aspecto social. Faço aqui um agradecimento especial para Michael Hanchard! 6 Michael ainda nos apresentou a uma pessoa que também se tornou uma grande amiga minha e de minha esposa em Baltimore, Regina DeLuise, a quem também agradeço por todos os momentos agradáveis que nos proporcionou. Um casal de amigos norte- americanos acabou se tornando uma espécie de “anjos da guarda” para mim e minha esposa. Teresa Cribelli e Daniel Levine nos receberam em sua casa no nosso primeiro dia em Baltimore e foram sempre amigos e cuidadosos conosco até nosso último dia em sua cidade. Teresa, Daniel e seu rebento Ilai estarão sempre conosco, pois nossa gratidão a vocês é enorme. Outros amigos norte-americanos também nos ajudaram muito em 2008, especialmente Ollie Jonhson III e James Woodard, a quem também agradeço. Anani Dzidzienyo, da Brown University, além de me conceder uma importante entrevista, me convidou para dar uma palestra em sua grande universidade. Angela Gilliam abriu as portas de sua casa em Seattle e me concedeu uma longa e rica entrevista, além de me receber com uma simpática festa. Muito obrigado aos dois! Quero agradecer também a Emma Cervone, coordenadora do Programa de Estudos Latino-Americanos (PLAS) da JHU e aos doutorandos deste Programa, com os quais eu convivi e debati meu projeto de pesquisa durante o primeiro semestre de 2008. O grupo de brasileiros estudantes na JHU também foi importante para que a nossa conviência na cidade fosse sempre boa. Com eles aprendemos muito sobre várias coisas, e agradecemos muito a Rodrigo e Júlia, ao Luiz, ao Roger, a Marcelo e Carol e ao Arthur, companheiros brasileiros em Baltimore. Aqui no Brasil, devo iniciar os agradecimentos pela minha brilhante orientadora, Hebe Mattos, que, com sua perspicácia nas críticas e sugestões e com sua confiança no meu trabalho, sempre me apoiou e me proporcionou a construção de autonomia intelectual ao mesmo tempo em que me orientava para que fosse possível a realização desta tese. Serei eternamente grato a Hebe por tudo isso! Da mesma forma, tenho que fazer um agradecimento especial a Verena Alberti, brilhante intelectual que respeito e admiro, e que me deu a oportunidade de, em 2003 no CPDOC/FGV, iniciar em co- autoria com ela o projeto de pesquisa que resultaria, entre outras coisas, nesta tese de doutorado. Sem as oportunidades, o aprendizado e os intercâmbios de idéias que me foram proporcionados por Verena Alberti, possivelmente esta tese sequer existiria. Muito obrigado por tudo Verena! Agradeço também ao pessoal do CPDOC/FGV, especialmente a Angela de Castro Gomes, aos pesquisadores e estagiários, com quem convivi ao longo de mais de cinco anos e em muitos trabalhos. O CPDOC foi para mim uma verdadeira escola. 7 Agradeço também aos professores doutores Martha Abreu e Álvaro Nascimento por aceitarem fazer parte da minha banca de qualificação no doutorado, quando me fizeram críticas e sugestões que contribuíram muito para a melhoria desta tese. Agradeço aos eficientes funcionários do Programa de Pós-Graduação em História da UFF, na pessoa da Silvana, que se apresenta sempre solícita e simpática quando requisitada. Muito obrigado! Tenho que agradecer ainda a todos os meus familiares e amigos que relevaram minhas ausências e sempre me deram força para continuar nessa difícil caminhada rumo à vida acadêmica, principalmente a Neusa, minha mãe. Alguns são meus companheiros nessa batalha específica e compreendem bem as angústias e dificuldades da vida acadêmica, como meu pai, minha irmã Diana e meu cunhado Adolfo, meus amigos “em breve” doutores Giovana Xavier, Aderivaldo (Deri) Santana, Marcio André e Maria Cláudia, Gizele Avena e Marcelo, Regina Santiago, Patrícia Carvalho e muitos outros. Em maio de 2009 fui aprovado em concurso público de provas e títulos para a Faculdade de Educação da UFRJ e, desde então, tenho conciliado a minha pesquisa com o ensino de História, formando novos professores de História. Tenho aprendido muito e agradeço