Carregadores, guias e caçadores: trabalho e resistência na expedição portuguesa ao interior da África (1884 - 1885) Antônio José Alves de Oliveira Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Cultural na Univer- sidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bolsista da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Graduado em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ênfase em pesquisas na área de História Ambiental, principalmente no que concerne às ideias, valores e percepções do mundo natural na extensão do Império colonial português, na segunda metade do século XVIII. Endereço eletrônico:
[email protected] José Nilo Bezerra Diniz Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Cultural na Universida- de Federal de Santa Catarina (UFSC). Graduado em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desenvolve trabalhos em História da África, principalmente no que concerne à movimentação dos reinos e impérios, hidrografi a e cartografi a ao longo do século XIX. Endereço eletrônico:
[email protected] Durante a segunda metade do século XIX, pulularam ex- pedições científi cas na África, auspiciadas pelas então potências europeias, notadamente Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha e Portugal. Essas incursões pelo interior do continente só foram possíveis pela presença de centenas de trabalhadores africanos, quer aqueles engajados em atividades logísticas, como o carre- gamento dos materiais científi cos, dos víveres, dos presentes e Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 46, n. 2, jul/dez, 2015, p. 93-115 94 ANTONIO JOSÉ ALVES DE OLIVEIRA e JOSÉ NILO BEZERRA DINIZ dos produtos de troca; quer aqueles responsáveis pela caça e pelo preparo dos alimentos, além de intérpretes e guias.