Estudos Literários Pedro Bustamante Teixeira Trans

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Estudos Literários Pedro Bustamante Teixeira Trans 1 Universidade Federal de Juiz de Fora Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários Pedro Bustamante Teixeira Transcaetano: Trilogia Cê mais Recanto Juiz de Fora 2015 2 Pedro Bustamante Teixeira Transcaetano: Trilogia Cê mais Recanto Tese apresentada ao programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários, área de concentração em Teorias da Literatura e Representações Culturais, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Letras. Prof. Dr. Alexandre Graça Faria (orientador) Juiz de Fora 2015 3 Pedro Bustamante Teixeira Transcaetano: Trilogia Cê mais Recanto Tese apresentada ao programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários, área de concentração em Teorias da Literatura e Representações Culturais, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Letras. Aprovada em ___/___/___ BANCA EXAMINADORA ______________________________________________ Prof. Dr. Alexandre Graça Faria Universidade Federal de Juiz de Fora ______________________________________________ Prof. Dr. Gilvan Procópio Ribeiro Universidade Federal de Juiz de Fora ______________________________________________ Prof. Dr. André Monteiro Guimarães Dias Pires Universidade Federal de Juiz de Fora ______________________________________________ Prof. Dr. Júlio Cesar Valladão Diniz Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro ______________________________________________ Prof.a Maria Ângela de Araújo Resende Universidade Federal de São João Del Rey 4 Dedico esta tese a Caetano Veloso. 5 AGRADECIMENTOS Aos meus pais, pelo amor de todo dia e a confiança depositada em mim. À Luanna, por ter me acompanhado por mais quatro anos, com amor e alegria. Ao Professor Alexandre Graça Faria, meu orientador, pelo exemplo, a amizade, o engajamento e o carinho. Por me permitir, desde a especialização, sonhar novos sonhos na vida. Ao Professor Gilvan Procópio Ribeiro, meu guia, pela amizade, pelas conversas, ensinamentos e orientações. Ao Professor Júlio Diniz, que me convidou para cursar a sua disciplina na PUC-Rio, algo que foi imprescindível para essa tese. Por ter participado da banca de qualificação com comentários precisos acerca do trabalho. Pela amizade e consideração. À Universidade Federal de Juiz de Fora e à CAPES por permitirem, através de uma bolsa de estudos, que eu me dedicasse mais a minha pesquisa. Aos professores da pós-graduação, em especial a professora Maria Luiza Scher Pereira e Terezinha Maria Scher Pereira. Às professoras Márcia, Prisca, Silvana e Regina, pelo período em que trabalhamos juntos. À coordenadora do PPG-Letras: Estudos Literários, Ana Beatriz, pela dedicação. Aos meus irmãos, João, Tiago e Daniel, por existirem comigo. À Glória, por estar sempre presente. À minha filha Lis, pelo seu sorriso diário e o seu carinho que afaga. Por ter me ensinado a gostar de Recanto e entender “Miami maculelê”. 6 À Ana Bustamante, pelo incentivo e o carinho. Aos meus padrinhos queridos, Xico e Eleny. Aos meus primos, Felipe, Tomás, Elisa, David, André, Juliana, Vinicius e Ismael. Aos meus avós, Mozart (in memoriam), Célia, Antônio e Lucila. Aos amigos Victor Guelber, Rodrigo Lopes, Márcio Guelber, Daniel Sotto Maior, Marcelo Gehara, Luiza Miguel, Guto, Flaviana, Henrique Nogueira, Pedro Paiva, André Monteiro, Capilé, Zita, Mariana Caetano, Virgínia, Álvaro e todos os que ainda, apesar das minhas ausências, continuam comigo. 7 É o tempo do muito do tanto Que eu vejo a nossa semelhança E todo o toque já é novidade Juntos a um passo do distante A nossa diferença nos faz Iguais ao sabor Desse sal, doce sal Que tempera a nossa cidade Nossa luz, sal do céu Nos olha e mira, atira Dispara e se espalha em som André Carvalho – “Nada Tudo” 8 RESUMO Entre os anos de 2006-2013, o compositor Caetano Veloso, depois de mais de quarenta anos de carreira, vive uma nova fase autoral ao se juntar aos jovens da Banda Cê. Nesse período, o artista inverte as expectativas e, ao invés de produzir a geração do seu filho mais velho, o músico, cantor e compositor, Moreno Veloso, se deixa produzir por ela. A tese discute este momento do artista através da análise dos seus três discos com a Banda Cê, Cê, Zii e Zie e Abraçaço, e do disco Recanto da cantora Gal Costa, todo ele de canções inéditas do compositor. Partindo da premissa de que não há como se ler canção sem se considerar o seu aspecto musical, recorre-se na tese a uma série de abordagens, literária, histórica, sociológica, antropológica, musical, para se analisar as canções e os discos desse período que revelam, nesse movimento de troca com uma nova geração, o esforço continuado do artista para estar no mundo em presença. Enfim, conclui-se que para além do monumento Caetano, ressurge, em meio aos jovens da geração de seu filho, Moreno Veloso, o artista que compõe, escreve, canta, pensa, que discute com um pensamento singular, tropicalista, os grandes temas do Brasil na contemporaneidade. 9 ABSTRACT Between the years 2006-2013, the composer Caetano Veloso, after a career of more than forty years, is experiencing a new phase as an author after having joined the youth of Cê Band (Banda Cê). During this period, he reversed expectations and, instead of being the inspiration for the young generation of his eldest son, the musician, singer and composer Moreno Veloso, the artist allows himsel to be inspired by it. The thesis discusses this phase of the artist through the analysis of his three latest albums with Banda Cê, intitled Cê, Zii e Zie and Abraçaço, and the album Recanto of the singer Gal Costa, being the last totally composed of unreleased songs of Caetano Veloso. Assuming that there is no way to read a song without considering its musical aspect, the thesis uses a number of approaches – literary, historical, sociological, anthropological, musical – to analyze the songs and albums of this period, which reveal, in this movement of exchange with the new generation, the continued effort of the artist to be a presence in the present world. Finally, it is concluded that, reaching beyond the “monument” Caetano Veloso, the composer rearises among the youth of the generation of his son, Moreno Veloso, as an artist who composes, writes, sings, thinks, discussing with a singular thought, tropicalista, the great themes of contemporaneous Brazil. 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 11 1 CÊ - POR UM CAETANO MENOR 20 1.1 PRELÚDIOS 20 1.2 CAETANO, JORGE, PEDRO, MORENO, MARCELO, KASSIN E RICARDO 22 1.3 CÊ 28 1.4 LADO B: VIRANDO O DISCO, VIRANDO A PÁGINA 37 1.5 BONUS TRACK: “O HERÓI” 44 1.6 CÊ AO VIVO 51 2 ZII E ZIE 58 2.1 OBRA EM PROGRESSO 58 2.2 ZII E ZIE 60 2.3 TRANSAMBAS 63 2.4 ZIO 81 2.5 ZIE E ZIE – AO VIVO 95 3 A ESCRITA CONTEMPORÂNEA DE RECANTO 99 3.1. RECANTO ESCURO 99 3.2 MUNDO 102 3.3 MADRE DEUS E MANSIDÃO 111 3.4 SEXO E DINHEIRO, MIAMI MACULELÊ E SEGUNDA 117 4 ABRAÇAÇO 122 4.1 LADO A 122 4.2 LADO B 137 4.3 SOBRE CAPAS E ENCARTES 149 4.4 ABRAÇAÇO AO VIVO 151 5 NOTAS FINAIS 157 5.1 PARA ALÉM DA BANDA CÊ 164 REFERÊNCIAS 166 11 INTRODUÇÃO No livro de ensaios de Silviano Santiago, intitulado Nas Malhas da Letra, após o artigo “A permanência do discurso da tradição no modernismo”, escrito para uma conferência realizada no ano de 1985, há o texto do debate que se seguiu à conferência. Nesse, quando se menciona que estaria em curso uma tentativa de “retomar os anos 60 sem tocar no tropicalismo”, Silviano primeiro afirma que enquanto Gil e Caetano estiverem vivos “não adianta a gente querer discutir ou assassinar o tropicalismo”, ou seja, é complicado discutir um movimento que, apesar de se inscrever num determinado momento histórico - a saber, os anos 60 -, ainda está em curso. Logo depois, seguindo esse raciocínio, Silviano Santiago (2002 p.137) ainda faz um comentário sobre a história da literatura que para nós será precioso: Enquanto legado, a história é cruel, porque ela é narrada sempre do ponto de vista dos grupos que aparecem e não dos grupos que permanecem. A gente conta a história do modernismo a partir do surgimento dos grupos, a geração de 22, depois a geração de 30, depois a geração de 45, mas em 45 Drummond ainda está escrevendo. Se você lê numa história da literatura sobre 45, o que ela está nos falando? Está falando de João Cabral de Melo Neto, de Ledo Ivo etc. Se você passa para 58, 59, 60, são os concretos. Isso não quer dizer que durante o período concreto Murilo Mendes não estivesse escrevendo. O que existe num momento em que a gente faz uma reflexão mais ampla sobre a história da literatura é que, se você faz um recorte histórico preciso, o que existe é uma coexistência de muitas coisas. Caetano Veloso apareceu nos anos 60, com a terceira dentição da bossa nova e o Tropicalismo. Em 1965 tem a sua primeira música gravada, “É de manhã”; por Maria Bethânia; em 1967, grava em parceria com a cantora Gal Costa o disco Domingo, e lança com Gil, nos festivais, o “Som Universal1”. Em 1968, lança seu primeiro álbum solo e participa do disco manifesto da Tropicália: Tropicália ou Panis et Circensis. No final desse mesmo ano, ele e Gil são presos pelos militares. Depois de três meses de prisão, vão à Bahia para cumprirem pena domiciliar, depois embarcam para o exílio. Só retornando em definitivo no ano de 1972. Desde então, Caetano e Gil estão no grupo dos que permanecem. Em um intervalo curtíssimo de tempo, dois dos maiores nomes da Música Popular Brasileira, os tropicalistas Gil e Caetano, são arbitrariamente retirados da cena cultural brasileira.
Recommended publications
  • 1 Estrangeiro: Caetano Veloso Como Intelectual
    ESTRANGEIRO: CAETANO VELOSO COMO INTELECTUAL DIASPÓRICO 1 Isaías Francisco de Carvalho - UESC [email protected] Resumo : A proposta deste trabalho é ressignificar metaforicamente o conceito de diáspora , no âmbito da Crítica Cultural, para caracterizar Caetano Veloso como artista- intelectual diaspórico no cenário cultural brasileiro, condição que é exemplificada pela análise de fragmentos de sua obra, mas principalmente por uma entrevista que ele concedeu à revista Cult , em 2001. A partir de considerações de Stuart Hall e de Silviano Santiago, dentre outros teóricos da Crítica Cultural, a diáspora aqui é tomada como o encontrar-se num entre-lugar – na(s) fronteira(s) dos vários campos do conhecimento, através dos quais esse sujeito diaspórico migra como um erudito pós-moderno, dentro e fora do circuito acadêmico. Primeiramente, definiu-se e delimitou-se o conceito revisitado de diáspora . Portanto, o desafio não é o de criar um novo conceito, ou um novo paradigma, mas a modulação do diaspórico com o pretexto de penetrar o universo caetaneano, emblemático da atitude intelectual pós-moderna. Em um segundo momento, são oferecidos exemplos que demonstram o “Caetano diaspórico”, visando a uma análise crítico-descritiva da tomada de posição desse “doce bárbaro” diante da cena intelectual brasileira, para colocar essa concepção do diaspórico à prova. Finalmente, problematiza-se o lugar de fala – condição para se trabalhar no campo da Crítica Cultural –, tanto pela perspectiva do sujeito-pesquisador, quanto pelo ângulo dos objetos e recortes epistemológicos. Palavras-chave : Caetano Veloso; diáspora; Crítica Cultural; entre-lugar; Introdução Caetano Veloso não é a realização concreta do “super-homem”, como Silviano Santiago parece insinuar quando o apresenta como deus, artista e pessoa, ou como superior, diferente e semelhante, tudo ao mesmo tempo (SANTIAGO, 2000).
    [Show full text]
  • ETNOPOÉTICA DO OLHAR Gilmar Rocha*
    ETNOPOÉTICA DO OLHAR Gilmar Rocha* Resumo Antes de ser um fato jurídico, língüístico ou político, o estrangeiro é uma narrativa sobre a diferença produzida pelo olhar, cuja principal característica está em revelar um sistema de significados sociais. A música O estrangeiro, de Caetano Veloso, propõe um exercício de reflexão conduzido por um “olhar antro- pológico”, isto é, por um processo de transformação do familiar em exótico e do exótico em familiar, sobre o significado do estrangeiro no contexto da pós- modernidade. Palavras-chave: Estrangeiro, olhar antropológico, pós-modernidade. Quem sou eu? O estrangeiro, composição de Caetano Veloso (1989) desempenha um valor semelhante ao que Roberto DaMatta (1973) chama de “letra de referência”: um texto deflagrador que serve de introdução a um imaginário capaz de revelar como os homens refletem sobre a sua própria realidade, bem como a um exercício de estranhamento quanto à significação dessas mesmas experiências sociais. O ponto de partida é o da etnopoesia. Nela, o próprio texto ganha vida, torna-se referência não de uma realidade determinada strictu sensu, mas de um imaginário social. Cruzamento de outros textos, a etnopoesia é intertextual, “o resultado é”, nas palavras de Bader, em introdução à Etnopoesia de Fichte (1987, p. 19), * Professor do Núcleo de Antropologia, Departamento de Sociologia da PUCMinas. E-mail: [email protected] na planura do texto geral como dentro de cada parte, uma composição aberta, não unívoca, surpreendente, múltipla, que dá ao leitor a liberdade de entrelaçar e ligar: partículas da realidade são constantemente desfeitas e associativamente combinadas, lugares, pessoas e épocas são montados diretamente lado a lado, percepções do autor misturam-se a experiências autênticas dos protagonistas.
    [Show full text]
  • A Historiografia Da Música Popular Brasileira (1970-1990)
    A historiografia da música popular brasileira (1970-1990): síntese bibliográfica e desafios atuais da pesquisa histórica [email protected] Annablume/Fapesp, 2001. político eindústriaculturalna MPB(1959-1969).SãoPaulo: entreoutroslivros,de Autor, to deHistóriadaUSP. doDepartamen- (USP).Professor Doutor emHistóriapelaUniversidade deSãoPaulo Marcos Napolitano “Seguindo acanção” Affonso Romano de Sant’Anna. Música popular e moderna poesia brasileira. 1986 (detalhe da capa). : engajamento A historiografia da música popular brasileira (1970-1990): síntese bibliográfica e desafios atuais da pesquisa histórica* Marcos Napolitano RESUMO ABSTRACT Este artigo se propõe a sintetizar as ten- This article aims to sum up and analyze dências e autores que marcaram a re- the research trends and authors in the field flexão sobre a música popular no Bra- of popular music studies in Brazil, since sil desde o final da década de 1970. the late 1970’s. I’d try to drawn a parallel Procuramos demonstrar a gênese da between the appearance of song as subject canção como tema de estudos acadê- of academic studies and the social and micos, paralelamente ao reconheci- cultural recognition of popular music, in mento sociocultural da música popu- the late 1960’s. Besides, I’d try to sum up lar em fins dos anos 1960. Também res- the subject matters and historical pers- saltamos os temas e perspectivas his- pectives, dominants from 1970 to 1990. tóricas mais destacadas ao longo dos Finally, I take aim some tendencies and vinte anos de produção analisados. Fi- heuristic challenges which mark the field nalmente, apontamos algumas tendên- of popular music studies, in Brazil, cur- cias e desafios heurísticos que envol- rently.
    [Show full text]
  • A Canção Tropicalista: Um Percurso Crítico Belo Horizonte 2015
    Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Música Pedro Henrique Dutra Martins Rocha Elias A canção tropicalista: um percurso crítico Belo Horizonte 2015 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Música Pedro Henrique Dutra Martins Rocha Elias A canção tropicalista: um percurso crítico Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Música da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Música. Linha de pesquisa: Música e Cultura Orientador: Prof. Dr. Flavio Terrigno Barbeitas Coorientador: Prof. Dr. Marcos Rogério Cordeiro Fernandes Belo Horizonte 2015 E42c Elias, Pedro Henrique Dutra Martins Rocha A canção tropicalista: um percurso crítico. / Pedro Henrique Dutra Martins Rocha Elias. --2015. 107 f., enc.; il. Orientador: Flavio Terrigno Barbeitas. Área de concentração: Música e Cultura. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Música. Inclui bibliografia. 1. Tropicalismo (movimento musical) 2. Antropofagia. 3. Indústria cultural. I. Barbeitas, Flavio Terrigno. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Música. III. Título. CDD: 780.981 AGRADECIMENTOS Dedico estas páginas à memória de Nilza Marçal Dutra Martins, minha querida avó, que tanto fez para que eu chegasse até aqui. Agradeço: aos meus familiares, e à Camilla, por justificarem em cada gesto os laços afetivos que nos aproximam; aos professores que me acompanharam durante o trabalho, por me acolherem e inspirarem com exemplos de conhecimento e grandeza humana; aos meus amigos, pelos ouvidos e corações atentos; aos secretários do Programa, pelo auxílio sempre gentil; e à CAPES, que financiou esta pesquisa. RESUMO Este trabalho propõe o estudo da canção tropicalista como objeto de discussão e problematização da cultura no Brasil.
    [Show full text]
  • A Viagem E a Paisagem No Slow Cinema
    UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS I don’t know what the people do all day: A viagem e a paisagem no slow cinema André Francisco Tese orientada pelo Prof. Doutor José Duarte e co-orientada pela Prof.ª Doutora Filipa Rosário, especialmente elaborada para a obtenção do grau de Mestre em Estudos Comparatistas 2020 Agradecimentos Agradeço a todos os que directa e indirectamente me ajudaram ao longo deste percurso, com um especial agradecimento à Professora Doutora Filipa Rosário pela contribuição fundamental para este trabalho e ao Professor Doutor José Duarte por todo o apoio, paciência e dedicação a um trabalho que, sem ele, não teria sido possível. i Resumo Este estudo tem como principal objectivo explorar o modo como a viagem e a paisagem se apresentam no slow cinema. Inicialmente será efectuada uma caracterização do slow cinema tendo como base alguns momentos importantes da história do cinema. Posteriormente, tentar-se-á compreender como é que essas características, bem como os conceitos de viagem e paisagem, surgem nos filmes Wendy and Lucy (2008) de Kelly Reichardt, Liverpool (2008) de Lisandro Alonso e Da xiang xi di er zuo (An Elephant Sitting Still, 2018) de Hu Bo. O slow cinema está associado a uma série de características formais, como os longos planos-sequência e a uma determinada temporalidade, bem como a certos aspectos temáticos, como o foco em figuras marginais que, através da viagem e da consequente relação com a paisagem, procuram alterar as suas condições de vida. Para além da relação que o slow cinema estabelece com o road movie, iremos também verificar como este estilo se relaciona historicamente com movimentos cinematográficos como o Neorrealismo Italiano, o “First Durational Cinema” e o Cinema Transcendental.
    [Show full text]
  • 1 - Estrangeirismos
    1 - Estrangeirismos Natália Cristine Prado SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros PRADO, NC. Estrangeirismos. In: O uso do inglês em contexto comercial no Brasil e em Portugal: questões linguísticas e culturais [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, pp. 27-70. ISBN 978-85-7983-654-1. Available from: doi: 10.7476/9788579836541. Also available in ePUB from: http://books.scielo.org/staff/book/id/rxwst/attachs/9788579836541.epub All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. 1 ESTRANGEIRISMOS Neologismo No Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 1.0 (2009), no verbete neologismo, encontramos a seguinte definição: “1. emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma língua ou não; 2. atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na língua”. O Novo Dicionário Eletrôni- co Aurélio versão 7.0 (2010) traz uma definiação semelhante: “1. palavra ou expressão nova numa língua, como, p. ex., dolarizar, dolarização, no português; 2. significado novo que uma palavra ou expressão de uma língua pode assumir. [P. ex.: zebra, como ‘resultado inesperado’]”. Diferentes autores apresentam definições análogas para o vo- cábulo neologismo. Para Bechara (2009), as palavras que vão ao encontro das necessidades renovadoras da cultura, da ciência e da comunicação, de modo geral, constituem neologismos.
    [Show full text]
  • Lista De Inscripciones Lista De Inscrições Entry List
    LISTA DE INSCRIPCIONES La siguiente información, incluyendo los nombres específicos de las categorías, números de categorías y los números de votación, son confidenciales y propiedad de la Academia Latina de la Grabación. Esta información no podrá ser utilizada, divulgada, publicada o distribuída para ningún propósito. LISTA DE INSCRIÇÕES As sequintes informações, incluindo nomes específicos das categorias, o número de categorias e os números da votação, são confidenciais e direitos autorais pela Academia Latina de Gravação. Estas informações não podem ser utlizadas, divulgadas, publicadas ou distribuídas para qualquer finalidade. ENTRY LIST The following information, including specific category names, category numbers and balloting numbers, is confidential and proprietary information belonging to The Latin Recording Academy. Such information may not be used, disclosed, published or otherwise distributed for any purpose. REGLAS SOBRE LA SOLICITACION DE VOTOS Miembros de La Academia Latina de la Grabación, otros profesionales de la industria, y compañías disqueras no tienen prohibido promocionar sus lanzamientos durante la temporada de voto de los Latin GRAMMY®. Pero, a fin de proteger la integridad del proceso de votación y cuidar la información para ponerse en contacto con los Miembros, es crucial que las siguientes reglas sean entendidas y observadas. • La Academia Latina de la Grabación no divulga la información de contacto de sus Miembros. • Mientras comunicados de prensa y avisos del tipo “para su consideración” no están prohibidos,
    [Show full text]
  • Níveis 1 E 2 Manual Do Professor Ciclo Básico
    E-Book Manual do Professor Ciclo Básico - Níveis 1 e 2 1º Edição Autoras: Cibele Nascente Barbosa Fabiana Guimarães Coordenação: Edleise Mendes Revisão Geral: Greice Kelly Silva Direção Geral: Fabricio Müller Luiz Carlos Folster Diagramação e Desenho Gráfico: Mara Magaldi M2 Bureau Creativo Nascente Barbosa, Cibele Manual do professor. Brasil intercultural ciclo básico: níveis 1 e 2 Cibele Nascente Barbosa y Fabiana Guimarães ; coordinado por Edleise Mendes; dirigido por Fabricio Alexandro Müller. - 1a ed. - Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Casa do Brasil. 2015. E-Book. ISBN 978-987-27201-9-3 1. Enseñanza de Lenguas Extranjeras. 2. Portugués. I. Guimarães, Fabiana II. Mendes, Edleise, coord. III. Müller, Fabricio Alexandro, dir. IV. Título CDD 469.7 Fecha de catalogación: 29/04/2015 Hecho el depósito que marca la ley 11.723 Prohibida la reproducción total o parcial por cualquier medio o sistema sin el permiso expreso del autor. © Copyright 2015 - Casa do Brasil Diseñado en Argentina www.brasilintercultural.com.ar [email protected] Coleção Brasil intercultural Brasil Intercultural: língua e cultura brasileira para estrangeiros Manual do Professor Ciclo Básico 1) Apresentação da proposta da coleção A Coleção Brasil Intercultural – Língua e Cultura Brasileira para Estrangeiros compõe-se de um conjunto de quatro volumes, que cobrem os conteúdos de quatro ciclos de aprendizagem de português para falantes de outras línguas, com enfoque mais especíco nos falantes de língua espanhola. Cada um dos ciclos que estrutura o curso pleno em português organiza-se em dois níveis: Ciclo 1 (Básico 1 e Básico 2); Ciclo 2 (Intermediário 1 e Intermediário 2); Ciclo 3 (Avançado 1 e Avançado 2); Ciclo 4 (Avançado Superior 1 e Avançado Superior 2).
    [Show full text]
  • Acervo-Circovoador 2004-2009.Pdf
    2004/2009 Primeira Edição Rio de Janeiro 2017 Roberta Sá 19/01/2009 Foto Lucíola Villela EXTRA / Agência O Globo Sumário 6 Circo Voador 8.Apresentação 21.Linha do Tempo/ Coleção de MiniDV 2004/2009 7 Apresentação Depois de mais de sete anos fechado, o Circo 13/07/2004 Voador foi reinaugurado no dia 22 de julho de Foto Michel Filho 2004. Os anos entre o fechamento e a reabertura Agência O Globo foram de muita militância cultural, política e judicial, num movimento que reuniu pessoas da classe artística e políticos comprometidos com as causas culturais. Vencedor de uma ação popular, o Circo Voador ganhou o direito de voltar ao funcionamento, e a prefeitura do Rio de Janeiro ‒ que havia demolido o arcabouço anterior ‒ foi obrigada a construir uma nova estrutura para a casa. Com uma nova arquitetura, futurista e mais atenta às questões acústicas inerentes a uma casa de shows, o Circo retomou as atividades no segundo semestre de 2004 e segue ininterruptamente oferecendo opções de diversão, alegria e formação artística ao público do Rio e a todos os amantes de música e arte em geral. 8 Circo Voador Apresentação Uma característica do Acervo Circo Voador pós-reabertura é que a grande maioria dos eventos tem registro filmado. Ao contrário do período 1982-1996, que conta com uma cobertura significativa mas relativamente pequena (menos de 15% dos shows filmados), após 2004 temos mais de 95% dos eventos registrados em vídeo. O formato do período que este catálogo abrange, que vai de 2004 a 2009, é a fita MiniDV, extremamente popular à época por sua relação custo-benefício e pela resolução de imagem sensivelmente melhor do que outros formatos profissionais e semiprofissionais.
    [Show full text]
  • Mais Esperto Que O Diabo: O Mistério Revelado Da Liberdade E Do Sucesso
    DADOS DE COPYRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: LeLivros.site ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." “Medo é a ferramenta de um Diabo idealizado pelo homem. A fé inabalável em si mesmo é tanto a arma que derrota este Diabo quanto a ferramenta que o homem utiliza para construir uma vida de sucesso. E é mais do que isso. É uma conexão direta com as forças irresistíveis do universo que apoiam o homem que não acredita em fracassos e derrotas, senão como experiências meramente temporárias.” Napoleon Hill Do original em inglês Outwitting the Devil COPYRIGHT © 2011 By The Napoleon Hill Foundation 1a edição em português: 2014 Direitos reservados desta edição: CDG Edições e Publicações Tradução M. Conte Jr. FRC, M∴M Preparação de texto e revisão José Renato Deitos Capa Pâmela Siqueira Projeto gráfico e editoração Isabel Kubaski Adaptação para eBook Hondana Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Hill, Napoleon Mais esperto que o diabo: o mistério revelado da liberdade e do sucesso.
    [Show full text]
  • Universidade De Brasília
    UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA HELENA PACHECO DE AMORIM MORFOLOGIMUSICALIZAR UMA ANÁLISE DA CRIAÇÃO DE NOVAS PALAVRAS NA MÚSICA BRASILEIRA BRASÍLIA, DF 2018 Introdução A ideia do presente trabalho surge com a observação da letra de Língua, de Caetano Veloso, e a formação de novas palavras criadas por ele nesta música. Decide-se então pela pesquisa de outras músicas do repertório brasileiro que contêm formação de neologismos, a fim de mostrar a facilidade com que o ser humano é capaz de formar palavras anteriormente não existentes em sua língua. Para isso, se têm por base os conceitos de Competência e Criatividade linguística apresentados por Chomsky e reforçados por outros linguistas, como Mário Eduardo Martelotta e Eduardo Kenedy. Tem-se como ponto de partida o livro Estruturas Morfológicas do Português, de Luiz Carlos de Assis Rocha, sobre os principais processos de formação de palavra com base na regra de análise estrutural (RAE) e na regra de formação de palavra (RFP). Rocha fala sobre os processos de Derivação (e suas subcategorias), Composição e Onomatopeia, porém não se aprofunda muito no processo de composição. Com isso, foram também usadas as gramáticas normativas de Cunha e Cintra e José Carlos de Azeredo, Nova Gramática do Português Contemporâneo e Gramática Houaiss da Língua Portuguesa, respectivamente. Ainda é utilizado como base teórica um artigo de Margarida Basílio que complementa os processos de formação com um tipo de cruzamento vocabular que anteriormente seria analisado como processo de Composição, também reforçando o conceito de Criatividade. A partir das especificações de cada teórico sobre os processos de formação de palavras, são analisadas as letras de doze músicas de dez cantores ou grupos musicais diferentes.
    [Show full text]
  • Universidade Federal De Alagoas Faculdade De Letras Programa De Pós-Graduação Em Letras E Linguística
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGUÍSTICA TAZIO ZAMBI DE ALBUQUERQUE POESIA E TECNOLOGIA EM ARAÇÁ AZUL, DE CAETANO VELOSO MACEIÓ 2011 TAZIO ZAMBI DE ALBUQUERQUE POESIA E TECNOLOGIA EM ARAÇÁ AZUL, DE CAETANO VELOSO Dissertação apresentada à banca examinadora do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Alagoas como requisito para obtenção do título de Mestre em Letras, na Área de Concentração: Estudos Literários. Orientadora: Profa. Dra. Susana Souto Silva. MACEIÓ 2011 Catalogação na fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca Central Divisão de Tratamento Técnico Bibliotecária Responsável: Helena Cristina Pimentel do Vale A345c Albuquerque, Tazio Zambi de. Poesia e tecnologia em Araçá Azul, de Caetano Veloso / Tazio Zambi de Albuquerque. – 2011. 143 f. Orientadora: Susana Souto Silva. Dissertação (mestrado em Letras e Linguística: Estudos Literários) – Universi- dade Federal de Alagoas. Faculdade de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística. Maceió, 2011. Bibliografia: f. 138-143. Inclui anexos. 1. Veloso, Caetano, 1942- – Crítica e interpretação. 2. Crítica literária. 3. Poesia brasileira. 4. Tropicalismo. 5. Antropofagia. 6. Tecnologia. I. Título. CDU: 869.0(81).09 pra susana, isto & o resto Agradecimentos A Susana, pela alegria que foi, é e será. A meus pais, Madalena Zambi e Fábio Cunha, pelos primeiros livros e discos. A minha irmã, Ananda, presença carinhosa em todas as etapas deste percurso. A meu irmão André, que mesmo distante continua perto. A Gláucia Machado, que acompanhou grande parte deste trabalho como orientadora, pela amizade e pelas lições de poesia experimental. Aos amigos José Max Deivys, Marcelo Marques, Allan Nogueira, Ari Denisson, Helenice Fragoso, Vinícius Meira, Bruno César Ribeiro e Moreno Baêta, pelos leros e boleros.
    [Show full text]