GASTRÓPODES TERRESTRES DA COLEÇÃO MALACOLÓGICA “PROF. HENRY RAMOS MATTHEWS” DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Land gastropods from “Prof. Henry Ramos Matthews” Malacological Collection the Universidade Federal do Ceará Arquivos de Ciências do Mar

Anamaria Favero Rosenthal Betanho1, Luiz Ricardo Lopes de Simone2, Cristina de Almeida Rocha-Barreira3, Helena Matthews-Cascon4

RESUMO

O conhecimento da malacofauna terrestre no estado do Ceará é bastante escasso, uma vez que há poucos levantamentos e a maioria dos relatos e descrições é antiga, limitada em escopo, ou não apresenta dados sobre local de ocorrência. Este trabalho teve como principal objetivo ampliar o acervo da Coleção Malacológica “Prof. Henry Ramos Matthews”, do Instituto de Ciências do Mar, da Universidade Federal do Ceará com a inserção de exemplares da malacofauna terrestre de ambientes da caatinga e da mata atlântica do estado do Ceará e, assim, contribuir com estudos taxonômicos e ecológicos dos moluscos terrestres encontrados nessa região. Foram triados, identificados e catalogados 96 lotes, constituídos por exemplares armazenados sem processamento no Laboratório de Invertebrados Marinhos da UFC, e por exemplares coletados durante a realização deste projeto. O material foi identificado em nível de gênero e, quando possível, em nível de espécie. No total, foram identificados quinze gêneros, sendoAnostoma Waldheim, 1807 e Tomigerus Spix, 1827 os mais representativos. Sempre que disponíveis, dados ecológicos sobre o material foram incluídos, com o objetivo de proporcionar informações sobre o ambiente, vegetação e clima dos locais de coleta dos espécimes.

Palavras-chave: coleção zoológica, molusco terrestre, caatinga, semiárido, Mata Atlântica.

ABSTRACT

Knowledge of terrestrial malacofauna in Ceará state is scarce since there are few surveys of terrestrial mollusks, and most reports and descriptions are old, limited in scope or lack accurate data on occurrence. This paper aimed to expand the “Prof. Henry Ramos Matthews” Malacological Collection from Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará with the inclusion of specimens of terrestrial molluscan fauna from Caatinga and Atlantic Forest environments and thus contribute with taxonomic and ecological studies on terrestrial mollusks found in this region. They were sorted, identified and cataloged into 96 lots consisting ofspecimens stored without processing at the Laboratory of Marine Invertebrates of the UFC, and specimens collected during this research. The material was identified at the genus level, and, where possible, at the species level. In total, 15 genera were identified, being Anostoma Waldheim, 1807 and Tomigerus Spix, 1827 the most representative. When available, ecological data were included in order to provide information on the environment, vegetation and climate of the collecting sites.

Keywords: zoological collection, terrestrial mollusk, caatinga, semi-arid, Atlantic Forest.

1 Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Universidade Federal do Ceará. 2 Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil. 3 Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Brasil. 4 Departamento de Biologia, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Brasil.

Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 85 INTRODUÇÃO (LABOMAR), da Universidade Federal do Ceará (UFC) foi criada em 1966 e apresenta aproximada- Coleções zoológicas servem de fonte de in- mente 10.000 lotes, compreendendo cerca de 500 es- formação para pesquisas científicas, ambientais, go- pécies de moluscos. No entanto, seu enfoque prin- vernamentais, agronômicas, médicas e farmacêu- cipal foi sempre relacionado aos organismos da ticas (ZAHER; YOUNG, 2003). Elas estão na base plataforma continental da região nordeste do Brasil, das pesquisas sobre a diversidade , sendo de modo que o acervo é hoje constituído quase ex- tipicamente conjuntos de animais coletados e pre- clusivamente por espécies marinhas. parados para permanecerem em condições de es- Inúmeros artigos sobre o conteúdo de cole- tudo por séculos, funcionando como uma amostra ções científicas são publicados todos os anos com o da diversidade existente na natureza (TADDEY et objetivo de divulgar o material nelas depositado, ga- al., 2003). As coleções científicas detêm ainda o im- rantindo acesso valioso a pesquisadores de todo o portante papel de mantenedoras do material utili- mundo acerca dos organismos e informações nelas zado em trabalhos científicos, ficando este deposi- mantidos. Um dos exemplos mais recentes da área é tado como testemunho e devendo ser preservado o trabalho de Dornellas e Simone (2011) que lista (PAPAVERO, 1994), motivo pelo qual uma coleção aproximadamente 800 Tipos da coleção malacoló- mais completa e mais abrangente só tem a benefi- gica do Museu de Zoologia da Universidade de São ciar a comunidade científica. Paulo (MZUSP) e Cavallari e Simone (2015) que fi- Existem diversas coleções malacológicas no zeram uma análise estatística descritiva dos lotes da Brasil, sendo as mais significativas em importância e Coleção Jorge Vaz recentemente incorporada à co- número de lotes depositados: as do Museu de leção malacológica do MZUSP. Zoologia da Universidade de São Paulo (com cerca No caso da coleção malacológica “Prof. Henry de 130.000 lotes); do Museu Nacional da Universidade Ramos Matthews”, há alguns trabalhos publicados Federal do Rio de Janeiro (com mais de 80.000 exem- acerca dos moluscos nela depositados, no entanto, plares) (MUSEU NACIONAL, 2011); do Museu estes se referem exclusivamente a organismos mari- Oceanográfico “Professor Eliézer de Carvalho Rios” nhos. O próprio Prof. Henry Ramos Matthews, em da Fundação Universidade do Rio Grande (com conjunto com o Professor Eliezér de Carvalho Rios, 51.000 lotes) (FURG, 2011); do Museu de Malacologia publicou quatro inventários entre os anos de 1967 e “Maury Pinto de Oliveira”, na Universidade Federal 1974 (MATTHEWS, RIOS, 1967a; 1967b; 1969; 1974) de Juiz de Fora, em Minas Gerais (com mais de 45.000 e, mais recentemente, foi elaborada a Lista de Tipos conchas) (UFJF, 2011). A Coleção de Moluscos do da Coleção (ROCHA-BARREIRA; MATTHEWS- Instituto Oswaldo Cruz, CMIOC, no Rio de Janeiro, CASCON; SOUZA, 2011). possui mais de 7000 lotes e é especializada em mo- Poucos são os levantamentos de moluscos ter- luscos límnicos vetores (CRIA, 2016). Na região restres do Ceará, e a maioria dos relatos e descrições é Nordeste, além da Coleção Malacológica “Professor antiga, limitada em escopo, ou não apresenta dados Henry Ramos Matthews”, no Ceará, existe ainda o sobre local de ocorrência (Baker,1914; HAAS, 1938; Museu de Malacologia “Prof. Rosa de Lima Silva 1939; Van Benthem Jutting, 1943; DIAS-DA-ROCHA, Melo”, pertencente ao Departamento de Pesca da 1948; Lucena, 1948; 1949; 1950; 1951; Morretes, 1949; Universidade Federal Rural de Pernambuco (que 1953; Leme, 1980; 1984; Salgado e Leme, 1990; 1991; mantém uma coleção didática de moluscos, equino- 2000). Assim, o presente trabalho é pioneiro, uma vez dermos, cnidários e esponjas com mais de 45.000 que registra a ocorrência de espécies de gastrópodes lotes) (UFRPE, 2011) e a coleção de moluscos do terrestres para o Ceará e incorpora exemplares à Museu de oceanografia “Prof. Petrônio Alves Coelho” Coleção Malacológica “Prof. Henry Ramos Matthews”, da Universidade Federal de Pernambuco com apro- disponibilizando à comunidade científica, não apenas ximadamente 5 mil lotes (Magalhâes et al., 2005). uma fonte para pesquisa, mas também o acesso ao ma- Além dos grandes acervos existem também as terial utilizado nas pesquisas com moluscos terrestres, coleções de referência, as de pesquisa e as particu- depositado na referida coleção. lares, sendo que as de referência incluem espécimes utilizados para identificação em base regional, e são MATERIAL E MÉTODOS mais comuns nos departamentos das universidades (TADDEY et al., 2003). A realização deste projeto teve duração de um A coleção malacológica “Prof. Henry Ramos ano e meio. Foram inicialmente triados os exem- Matthews”, do Instituto de Ciências do Mar plares dos moluscos terrestres que estavam armaze-

86 Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 nados sem processamento no Laboratório de 8 famílias (Tabelas I e II). A família mais representa- Invertebrados Marinhos (LIMCE) da Universidade tiva foi Bulimulidae, com 6 gêneros, em seguida as Federal do Ceará (UFC). O material resultante desta famílias Euconulidae e Subulinidae com 2 gêneros triagem foi organizado e catalogado. cada e as demais (Achatinidae, Megalobulimidae, Além do material proveniente do LIMCE/ Streptaxidae, Veronicellidae e Limacidae) apresen- UFC, alguns exemplares foram oriundos de doações taram um gênero cada. A lista com a descrição dos recebidas de terceiros, e outros foram obtidos me- lotes depositados na CMPHRM é apresentada na diante coletas diretas efetuadas em pesquisas de Tabela III e nas Figuras 1 e 2. campo nos municípios de Fortaleza, Guaramiranga, Mulungu e Sobral nos anos de 2009 a 2011. As téc- Tabela I - Lista de táxons de moluscos terrestres procedentes nicas e práticas de coleta, transporte, anestesia do estado Ceará e que encontram-se depositados na Coleção (quando necessária), eutanásia, fixação e conser- Malacológica “Prof. Henry Ramos Matthews”. vação foram baseadas nas descritas por Vanzolini e Veronicellidae Papavero (1967), Oliveira e Almeida (2000) e Pearce Gênero Sarasinula Grimpe & Hoffmann, 1924 Sarasinula sp. e Örstan (2006). Bulimulidae Os trabalhos de triagem, identificação, sepa- Gênero Anostoma Waldheim, 1807 ração por gênero, organização e catalogação foram Anostoma sp. realizados nos laboratórios de Zoobentos do Gênero Cyclodontina Beck, 1837 Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), no Cyclodontina sp. Gênero Orthalicus Beck, 1837 LIMCE e no Laboratório de Malacologia do Orthalicus sp. MZUSP. Para tanto, a bibliografia existente foi con- Gênero Rhinus Martens in Aubers, 1860 sultada, especialmente o trabalho de Simone (2006), Rhinus sp. Gênero Sultana Shutleworth, 1856 além de comparações com exemplares da coleção Sultana meobabensis (Pfeiffer, 1855) do MZUSP. Amostras com partes moles foram pre- Gênero Tomigerus Spix, 1827 servadas em álcool 70% e registros fotográficos de Tomigerus clausus Spix, 1827 Tomigerus rochai Ihering, 1905 pelo menos um exemplar de cada gênero tombado foram realizados. Subulinidae Gênero Dysopeas Baker, 1927 Sempre que estavam disponíveis os dados Dysopeas sp. ecológicos de um lote, como clima, época úmida ou Streptaxidae seca, vegetação, ambiente no qual foi feita a coleta, Gênero Streptaxis Gray, 1837 assim como possíveis interações com outras espé- Streptaxis sp. cies, foram incorporados ao banco de dados. Megalobulimidae Gênero Megalobulimus Miller, 1878 Duas listas do material tombado na coleção Megalobulimus sp. foram elaboradas. A primeira é uma lista sistemática Euconulidae que contém as famílias e os gêneros, elaborada se- Gênero Euconulus Reinhardt, 1883 gundo a ordenação sistemática por família adotada Euconulus sp. por Simone (2006), e em ordem alfabética por gênero Gênero Pseudoguppya Baker, 1925 Pseudoguppya sp. e espécie (quando for o caso). A segunda apresenta cada lote com as respectivas informações de número de tombo, local (município e localidade) e data de Tabela II - Espécies de moluscos terrestres invasoras encontradas coleta, eventuais observações adicionais relevantes, no estado do Ceará, e que encontram-se depositados na Coleção coletor, determinador, número de exemplares por Malacológica “Prof. Henry Ramos Matthews”. lotes e preservação em via seca (sem anotação adi- Achatinidae cional) ou úmida (u). Nesta lista os gêneros são apre- Gênero Achatina Lamarck, 1799 sentados em ordem alfabética. Achatina fulica (Bowdich, 1822) Subulinidae RESULTADOS E DISCUSSÃO Gênero Subulina Beck, 1837 Subulina octona (Bruguière, 1792)

No total, foram tombados 96 lotes, contendo Limacidae aproximadamente 500 indivíduos, distribuídos em Gênero Deroceras Rafinesque, 1820 15 gêneros de gastrópodes terrestres, pertencentes a Deroceras sp.

Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 87 Tabela III - Lista de lotes de moluscos terrestres depositados na 4084A Coleção Malacológica “Prof. Henry Ramos Matthews”, por ordem Anostoma sp. alfabética de gênero. Irauçuba Em lajeiro, área de Caatinga Gênero Achatina Lamarck, 1799 27 X 2009 Achatina fulica (Bowdich, 1822) Cascon, P Rosenthal-Betanho, AF 4077A (Figura 1a) 3 u Achatina fulica Mulungu - Serra de Baturité, Pousada Hofbäuhaus do Brasil 4085A Nas paredes da pousada e em folhas de bananeira, no final da tarde Anostoma sp. 05-06 III 2011 São Gonçalo do Amarante – Pecem - Linha de supressão da mata Rosenthal-Betanho, AF Correia de minério para a UTE Rosenthal-Betanho, AF 21 XII 2009 10 u Monteiro, F Rosenthal-Betanho, AF 4078A (Figura 1b) 1 u Achatina fulica Fortaleza - Praia do Futuro 4086A (Figura 1d) jardim de residência Anostoma sp. 14 IV 2011 Sobral - Fazenda Ovinos e Caprinos EMBRAPA Humberto, P Solo seco em área de Caatinga Rosenthal-Betanho, AF 20 X 2009 1 u Rosenthal-Betanho, AF Rosenthal-Betanho, AF 4079A 12 u Achatina fulica Fortaleza - Bairro Alagadiço Novo 4087A Quintal de residência Anostoma sp. 25 IX 2010 Guaramiranga - Entrada do Parque das Trilhas Rosenthal-Betanho, AF Entre vasos de residência Rosenthal-Betanho, AF 30 III 2009 1 u Rosenthal-Betanho, AF Rosenthal-Betanho, AF 4080A 3 u Achatina fulica jovem Mulungu - Serra de Baturité, Pousada Hofbäuhaus do Brasil 4088A Em paredes Anostoma sp. 07 III 2011 Itapipoca Rosenthal-Betanho, AF Entre pedras do lajeido, próx a cactos Simone, LRL 23 II 2011 5 u Castro, D Rosenthal-Betanho, AF Gênero Anostoma Waldheim, 1807 1 u 4081A (Figura 1c) 4089A Anostoma sp. Anostoma sp. Guaramiranga - Prox. Hotel Remanso Pentecoste - Fazenda UFC 27 X 2003 Sob rochas em Caatinga arbórea Matthews-Cascon, H.; Martins, I.X. 02 VI 2011 Rosenthal-Betanho, AF Matthews-Cascon, H. 3 u Rosenthal-Betanho, AF 5 u 4082A Anostoma sp. 4090A Itapipoca – Sítio Pedra D’Água Anostoma sp. Época seca – sob pedras Pentecoste - Faz Experimental Vale do Curu 24 XI 2009 Caatinga Col: ? 18 IV 2011 Rosenthal-Betanho, AF Monteiro, F 9 u Rosenthal-Betanho, AF 2 u 4083A Anostoma sp. 4091A (Figura 1e) Palmacea - Sitio Bica Anostoma sp. 27, 28 VI 2002 Pacatuba Turma de malacologia Coletado jovem e mantido em terrário por 2 anos para observar Rosenthal-Betanho, AF crescimento. Desenvolvimento da concha irregular. Morreu antes 2 u de completar a última volta

88 Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 2 IV 2009 4099A Martins, I.X. Cyclodontina sp. Rosenthal-Betanho, AF Crateus - Serra das Almas 1 u Na serrapilheira VIII 2010 4092A Silveira, AP Anostoma sp. Rosenthal-Betanho, AF Guaramiranga - Próx. Hotel Remanso 4 u 17-19 II 1989 Cascon, LM 4100A Rosenthal-Betanho, AF Cyclodontina sp. 2 u Sobral - Fazenda Ovinos e Caprinos EMBRAPA Solo seco em área de Caatinga 4093A 20 X 2009 Anostoma sp. Rosenthal-Betanho, AF Guaramiranga - Parque das Trilhas Rosenthal-Betanho, AF Trilha da Mata Serrana 1 u X 2009 Brito, LB de M Rosenthal-Betanho, AF 4101A 2 u Cyclodontina sp. Crateus - Serra das Almas 4094A 31 IV 2011 Anostoma sp. Col. ? Sobral - Fazenda Ovinos e Caprinos EMBRAPA Rosenthal-Betanho, AF Solo seco em área de Caatinga – achado vivo e mantido em ter- 1 u rário por 19 meses – morte natural 20 X 2009 4102A Rosenthal-Betanho, AF Cyclodontina sp. Rosenthal-Betanho, AF Icapuí - Praia das Placas 1 u 25 IV 2009 Meireles, C 4095A Rosenthal-Betanho, AF Anostoma sp. (jovem) 35 u Sobral - Fazenda Ovinos e Caprinos EMBRAPA Solo seco em área de Caatinga 4103A (Figura 1f) 20 X 2009 Cyclodontina sp. Rosenthal-Betanho, AF Mulungu - Serra de Baturité, Pousada Hofbäuhaus do Brasil Rosenthal-Betanho, AF Paredes em período chuvosos 3 u 05 III 2011 Rosenthal-Betanho, AF 4096A Rosenthal-Betanho, AF Anostoma sp. (jovem) 6 u Guaramiranga - Parque das Trilhas Trilha da Mata Fria, próx ao mirante 4104A 2 V 2009 Cyclodontina sp. Rosenthal-Betanho, AF Fortaleza - Cidade dos Funcionários Rosenthal-Betanho, AF V 2010 1 u Brito, LB de M Rosenthal-Betanho, AF 4097A 38 u Anostoma sp. (jovem) Pentecoste - Fazenda UFC Sob rochas 4105A 02 VI 2011 Cyclodontina sp. Matthews-Cascon, H. Guaramiranga - Próx. Hotel Remanso Rosenthal-Betanho, AF 17-19 II 1989 2 u Cascon, LM Rosenthal-Betanho, AF Gênero Cyclodontina Beck, 1837 1 u 4098A Cyclodontina sp. 4106A Itapipoca – Sítio Pedra D’Água Cyclodontina sp. (jovem) Época seca – sob pedras Palmacea 24 XI 2009 27 VII 2002 Col.: ? Matthews-Cascon, H. Rosenthal-Betanho, AF Rosenthal-Betanho, AF 1 u 1 u

Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 89 Gênero Orthalicus Beck, 1837 Rosenthal-Betanho, AF 4107A 3 u Orhtalicus sp. Guaramiranga - Parque das Trilhas 4115A Serapilheira Trilha da Mata Fria Orthalicus sp. 2 V 2009 Itapipoca Rosenthal-Betanho, AF Entre pedras do lajeido, próx a cactos Rosenthal-Betanho, AF 23 II 2011 2 u Castro, D Rosenthal-Betanho, AF 4108A 1 u Orthalicus sp. Guaramiranga - Sitio São José 4116A 26 VI 1990 Orthalicus sp. Otoch, R Crateus - Serra das Almas Rosenthal-Betanho, AF 31.IV.2011 3 u Col. ? Rosenthal-Betanho, AF 4109A 3 u Orthalicus sp. Quixadá - RPPN Não me Deixes 4117A (Figura 1m) 24 II 2000 Orthalicus sp. Col. ? Pentecoste - Fazenda UFC Rosenthal-Betanho, AF 02 VI 2011 1 u Matthews-Cascon, H Rosenthal-Betanho, AF 4110A 15 u Orthalicus sp. Crateus - Serra das Almas Gênero Rhinus Martens in Aubers, 1860 Na serrapilheira 4118A (Figura 2b) VIII 2010 Rhinus sp. Silveira, AP Crateus - Serra das Almas Rosenthal-Betanho, AF Na serrapilheira 1 u VII 2010 Silveira, AP 4111A Rosenthal-Betanho, AF Orthalicus sp. 24 u Pentecoste Na mata 4119A 1 e 2 X 2010 Rhinus sp. Azevedo, VMC Pentecoste Rosenthal-Betanho, AF Na mata 2 u 1 e 2 X 2010 Azevedo, VMC 4112A (Figura 1l) Rosenthal-Betanho, AF Orthalicus sp. 2 u Serra de Maranguape Na beira da estrada 4120A 28 V 1997 Rhinus sp. Col. ? Sobral - Fazenda Ovinos e Caprinos EMBRAPA Rosenthal-Betanho, AF Solo seco em área de Caatinga 2 u 20 X 2009 Rosenthal-Betanho, AF 4113A Rosenthal-Betanho, AF Orthalicus sp. 1 u Chapada Ibiapina Na gameleira 4121A 1 - 2 VIII 1998 Rhinus sp. Col. ? Pacoti - Sitio Florestinha Rosenthal-Betanho, AF Em folhiço na mata 1 u 15 VIII 1993 Borges-Nojosa, DM 4114A Rosenthal-Betanho, AF Orthalicus sp. 1 u Sobral - Fazenda Ovinos e Caprinos EMBRAPA Solo seco em área de Caatinga 4122A (Figura 2c) 20 X 2009 Rhinus sp. Rosenthal-Betanho, AF Eusébio - CEAC

90 Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 Mata de tabuleiro em folha a 1,5m do solo a 50m de manguezal Fortaleza - Praia do Futuro 31 V 2011 jardim de residência Cascon, P 14 IV 2011 Rosenthal-Betanho, AF Humberto, P 1 u Rosenthal-Betanho, AF 1 u 4123A Rhinus sp. 4185A Pentecoste - Faz Experimental Vale do Curu Rhinus sp. Caatinga Fortaleza - Aldeota 18 IV 2011 jardim de restaurante após chuva Monteiro, F 20 II 2011 Rosenthal-Betanho, AF Rosenthal-Betanho, AF 5 u Rosenthal-Betanho, AF 1 u 4124A (Figura 2d) Rhinus sp. (jovem) Gênero Sultana Shutleworth, 1856 Mulungu - Serra de Baturité, Pousada Hofbäuhaus do Brasil Sultana meobabensis (Pfeiffer, 1855) Em folhagem em período chuvosos 05 III 2011 4131A (Figura 2k) Rosenthal-Betanho, AF Sultana meobabensis Rosenthal-Betanho, AF Chapada Ibiapina 4 u Na gameleira 1 - 2 VIII 1998 4125A Col. ? Rhinus sp. Simone, LRL Fortaleza - Campus do PICI 2 u Em desova de Leptodactylus vastus III 2010 Gênero Tomigerus Spix, 1827 Viana. SL 4132A Rosenthal-Betanho, AF Tomigerus sp. 1 u Guaramiranga - Campo experimental da Batalha 860m – interior de floresta, embaixo de folhas em decomposição 4126A 16 VIII 1994 Rhinus sp. Otoch, R Crateus - Serra das Almas Rosenthal-Betanho, AF 31 IV 2011 2 u Col. ? Rosenthal-Betanho, AF 4133A 2 u Tomigerus sp. Itapipoca - SítioPedra D’Água 4127A Época seca – sob pedras Rhinus sp. 24 XI 2009 Pentecoste - Fazenda UFC Col. ? Em troncos Rosenthal-Betanho, AF 02 VI 2011 3 u Matthews-Cascon, H. Rosenthal-Betanho, AF 4134A 11 u Tomigerus sp. Crateús - Serra das Almas 4128A IV 2003 Rhinus sp. Cascon, P Quixadá - RPPN Não me Deixes Rosenthal-Betanho, AF 24 II 2000 1 u Col. ? Rosenthal-Betanho, AF 4135A 44 u Tomigerus sp. 4129A Pentecoste Rhinus sp. Na mata Pentecoste - Fazenda UFC 1 - 2 X 2010 Em troncos Azevedo, VMC 02 VI 2011 Rosenthal-Betanho, AF Matthews-Cascon, H. 1 u Rosenthal-Betanho, AF 42 u 4136A Tomigerus sp. 4130A Ubajara - Chapada Ibiapaba Rhinus sp. Matinha do Hotel Village

Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 91 Borges-Nojosa, DM; Carnaval, ACQ; Amaral, ADM do Tomigerus clausus Spix, 1827 Rosenthal-Betanho, AF 4 u 4145A Tomigerus clausus 4137A Quixadá Tomigerus sp. RPPN Não me Deixes Serra de Pacatuba 24 II 2000 29 V 2003 Col. ? Barbosa, F Det.? Rosenthal-Betanho, AF 9 u 2 u 4146A 4138A Tomigerus clausus Tomigerus sp. Fortaleza - Campus do PICI Sobral - Fazenda Ovinos e Caprinos EMBRAPA Col. ? Solo seco em área de Caatinga Det.? 20 X 2009 5 u Rosenthal-Betanho, AF 5 u Tomigerus rochai Ihering, 1905

4139A (Figura 2j) 4147A Tomigerus sp. Tomigerus rochai Pentecoste Pacoti - Sitio São Luiz 10-11 XI 2010 14 II 1990 Turma do 3º sem Biol Borges-Nojosa, DM Rosenthal-Betanho, AF Det. ? 1 u 1 u

4140A Gênero Euconulus Reinhardt, 1883 Tomigerus sp. Pentecoste - Fazenda UFC 4148A 02 VI 2011 Euconulus sp. Matthews-Cascon, H. Mulungu - Serra de Baturité, Pousada Hofbäuhaus do Brasil Rosenthal-Betanho, AF Na parede em período chuvosos 19 u Exemplares da mesma coleta tombados no MZUSP 99985 07 III 2011 4141A Rosenthal-Betanho, AF Tomigerus sp. Simone, LRL Crateus - Serra das Almas 1 u 31.IV.2011 Col. ? 4149A (Figura 1j) Rosenthal-Betanho, AF Euconulus sp. 2 u Guaramiranga - Parque das Trilhas Em desova de anfíbio 4142A V 2010 Tomigerus sp. Brito, LB de M Pentecoste - Faz Experimental Vale do Curu Rosenthal-Betanho, AF Caatinga 1 u 18 IV 2011 Monteiro, F Gênero Pseudoguppya Baker, 1925 Rosenthal-Betanho, AF 2 u 4150A (Figura 2a) Pseudoguppya sp. 4143A Guaramiranga - Parque das Trilhas Tomigerus sp. Em desova de anfíbio Fortaleza - Cidade dos Funcionários V 2010 V 2010 Brito, LB de M Brito, LB de M Rosenthal-Betanho, AF Rosenthal-Betanho, AF 1 u 1 u Gênero Megalobulimus Miller, 1878 4144A Tomigerus sp. 4151A (Figura 1k) Fortaleza - Praia do Futuro Megalobulimus sp. jardim de residência Guaramiranga - Próx. Hotel Remanso 14 IV 2011 17-19 II 1989 Humberto, P Cascon, LM Rosenthal-Betanho, AF Rosenthal-Betanho, AF 1 u 2 u

92 Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 4152A Rosenthal-Betanho, AF Megalobulimus sp. 26 u Guaramiranga - Prox. Hotel Remanso 27 X 2003 Gênero Streptaxis Gray, 1837 Matthews-Cascon, H.; Martins, I.X. 4160A Matthews-Cascon, H.; Martins, I.X. Streptaxis sp. 2 u Guaramiranga - Prox. Hotel Remanso 27 X 2003 4153A Matthews-Cascon, H.; Martins, I.X. Megalobulimus sp. Rosenthal-Betanho, AF Palmacea 1 u 28 VII 2002 Queiroz, ACM; Melo, CB 4161A (Figura 2h) Tannus, R e Garcia, TM Streptaxis sp. 1 u Palmacea 27 VII 2002 4154A Matthews-Cascon, H.; Rabay, S.; Garcia, TM Megalobulimus sp. Rosenthal-Betanho, AF Guaramiranga - Serra de Baturité 20 u Na mata 15 II 2009 4162A Rosenthal-Betanho, AF Streptaxis sp. Rosenthal-Betanho, AF Fortaleza - Campus do PICI 1 u Matinha do PICI 09 IV 2008 Gênero Subulina Beck, 1837 Gustavo Subulina octona (Bruguière, 1792) Rosenthal-Betanho, AF 1 u 4155A (Figura 2g) Subulina octona 4163A (Figura 2i) Pentecoste Streptaxis sp. 10-11 XI 2010 Guaramiranga - Próx. Hotel Remanso Turma do 3º sem Biol 17-19 II 1989 Rosenthal-Betanho, AF Cascon, LM 5 u Rosenthal-Betanho, AF 2 u 4156A Subulina octona Gênero Sarasinula Grimpe & Hoffmann, 1924 Fortaleza - Bairro Meireles 4164A Jardim de prédio Sarasinula sp.? 12 VI 2011 Chapada Ibiapina Rosenthal-Betanho, AF Na gameleira Rosenthal-Betanho, AF 1 - 2 VIII 1998 32 u Col, ? Rosenthal-Betanho, AF 4157A 1 u Subulina octona Fortaleza - Campus do PICI Em desova de Leptodactylus vastus 4165A III 2010 Sarasinula sp.? Viana, SL Ubajara - Chapada Ibiapaba Rosenthal-Betanho, AF 30 V 2001 1 u Borges-Nojosa, DM; Carnaval, ACQ; Amaral, ADM do Amaral Rosenthal-Betanho, AF 4158A 1 u Subulina octona Fortaleza - Bairro Meireles 4166A (Figura 2e) em jardim de prédio Sarasinula sp.? 22 X 2010 Mulungu - Serra de Baturité, Pousada Hofbäuhaus do Brasil Rosenthal-Betanho, AF No gramado cedo pela manhã em período chuvoso Rosenthal-Betanho, AF 07 III 2011 5 u Rosenthal-Betanho, AF Rosenthal-Betanho, AF 4159A 3 u Subulina octona Fortaleza 4167A (Figura 2f) 4 VI 1981 Sarasinula sp.? Col. ? Guaramiranga - Parque das Trilhas

Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 93 Em desova de anfíbio Brito, LB de M 2010 Rosenthal-Betanho, AF Brito, LB de M 1 u Rosenthal-Betanho, AF 1 u Gênero Dysopeas Baker, 1927 4170A (Figura 1i) Gênero Deroceras Rafinesque, 1820 Dysopeas sp. Fortaleza - Campus do PICI 4168A (Figura 1g) Exemplares da mesma coleta tombados no MZUSP 99126 Deroceras sp. 24 V 2003 Mulungu - Serra de Baturité, Pousada Hofbäuhaus do Brasil IX Martins No gramado cedo pela manhã em período chuvoso Simone LRL 07 III 2011 5 u Rosenthal-Betanho, AF Simone, LRL 4171A 1 u Tomigerus clausus Pacatuba 4169A (Figura 1h) 2 IV 2009 Deroceras sp. Martins, I.X. Guaramiranga - Parque das Trilhas Simone, LRL Trilha da Mata Serrana 1 u V 2010

Figura 1 - (a) Lote 4077A, Achatina fulica, Mulungu (C. 53mm). (b) Lote 4078A, Achatina fulica, Fortaleza (75mm). (c) Lote 4081A, Anostoma sp., Guaramiranga (C.50mm). (d) Lote 4086A, Anostoma sp., Sobral (C. 35mm). (e) Lote 4091A, Anostoma sp., Pacatuba (C.33mm). (f) Lote 4103A, Cyclodontina sp., Mulungu (C. 21mm). (g) Lote 4168A, Deroceras sp., Mulungu (C. 13mm). (h) Lote 4169A, Deroceras sp., Guaramiranga (C. 7,7 mm). (i) Lote 4170A, Dysopeas sp., Fortaleza (C. 4,7mm). (j) Lote 4149A, Euconulus sp., Guaramiranga (C.2,7mm). (k) Lote 4151A, Megalobulimus sp., Guaramiranga (C. 83mm). (l) Lote 4112A, Orthalicus sp., Maranguape (C. 31mm). (m) Lote 4117A, Orthalicus sp., Pentecoste (C. 40mm).

94 Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 Figura 2 - (a) Lote 4150A, Pseudoguppya sp., Guaramiranga (C. 48mm). (b) Lote 4118A, Rhinus sp., Crateús (C. 26mm). (c) Lote 4122A, Rhinus sp., Eusébio (C. 9,2mm). (d) Lote 4124A, Rhinus sp. jovem, Mulungu (C. 5,4mm). (e) Lote 4166A, Sarasinula sp.?, Chapada Ibiapina (C. 23mm). (f) Lote 4167A, Sarasinula sp.?, Guaramiranga (C. 8,5mm). (g) Lote 4155A, Subulina octona, Pentecoste (C. 9,7mm). (h) Lote 4161A, Streptaxis sp., Palmacea (C. 20mm). (i) Lote 4163A, Streptaxis sp., Guaramiganga (C. 18mm). (j) Lote 4139A, Tomigerus sp., Pentecoste (C. 5,9mm). (k) Lote 4131A, Sultana meobabensis, Chapada Ibiapina (C. 45mm).

Dos 15 gêneros encontrados, 3 foram repre- sua verdadeira distribuição e consequentemente sentados por espécies invasoras (Tabela II): Achatina prejudicando possíveis estratégias de controle. Por fulica (Bowdich, 1822), da familia Achatinidae, origi- este motivo os lotes das espécies invasoras foram in- nária da África e introduzida no Brasil nos anos 80 corporados à coleção. para substituir a criação do “escargot verdadeiro” e O conhecimento dos moluscos existentes em considerada hoje uma praga e uma séria ameaça à uma determinada região, inclusive dos invasores, bem malacofauna nativa brasileira (FRANCO; BLANCO, como seus nichos ecológicos e microhabitats, é impor- 2007), e considerada pela FAO (2011) entre os 100 tante para a saúde e economia do ser humano, visto piores invasores do mundo (“100 World’s Worst” in- que vários gastrópodes podem ser vetores de doenças vaders); Subulina octona (Bruguière, 1792), da familia em humanos ou em animais e outros são considerados Subulinidae, originária das ilhas de Guadalupe e de pragas na agricultura (BOFFI, 1979; BORRERO et al., São Domingos (República Dominicana e Haiti), no 2009; KAY, 1995; LIMA et al., 1992; OLIVEIRA; Caribe, conforme descrição original na página 325, ALMEIDA, 2000; SIMONE, 1999b; THIENGO et al., espécie nº 47 (Bulimus octonus) (BRUGUIÈRE, 1792); 2007; THOMÉ; GOMES; PICANÇO 2006). e Deroceras sp., da familia Limacidae, originária da Os gêneros Anostoma Waldheim, 1807 e Europa (SIMONE, 2006), considerada praga em jar- Tomigerus Spix, 1827 foram os mais representa- dins, hortas e plantações (THOMÉ; GOMES; tivos, com 17 lotes cada um. Rhinus Martens in PICANÇO, 2006). O costume de não incluir animais Aubers, 1860 apresentou 14 lotes, Orthalicus Beck, exóticos nas coleções zoológicas ou listas de ocor- 1837, 11 lotes, e Cyclodontina Beck, 1837, 9 lotes. Os rência faz com que, muitas vezes, informações im- gêneros Achatina Lamarck, 1799, e Megalobulimus portantes acerca da área de ocorrência destes ani- Miller, 1878 tiveram 4 lotes tombados cada. Dos gê- mais não sejam levadas em consideração, mascarando neros Euconulus Reinhardt, 1883 e Deroceras

Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 95 Rafinesque, 1820, foram tombados 2 lotes e, por Achatinidae) sob condições experimentais. Ser.Bras. fim, os gêneros Sultana Shutleworth, 1856, Pseudo­ Zoo., v. 9, n.1, p.57-61, 2007. guppya Baker, 1925 e Dysopeas Baker, 1927 tiveram FURG – Fundação Universidade do Rio Grande. um lote cada tombados. Museus e Centros da FURG. Rio Grande. Disponível Os táxons de moluscos terrestres depositados em , acesso em 05.07.2011. tribuídos em 14 microrregiões do estado do Ceará IPECE – Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (IPECE, 2010). As microrregiões que apresentaram do Ceará. Caracterização Territorial. Disponível em: lotes (com os respectivos municípios) foram as se- http://www2.ipece.ce.gov.br/publicacoes/ceara_ guintes: microrregião do Baixo Curu (municípios de em_numeros/2010/territorial/01_caract_territorial. Paracuru, Paraipaba e São Gonçalo do Amarante/ pdf. Acesso em 17.07.2011 Pecem); Baixo Jaguaribe (Jaguaruana); Baturité (Pacoti, Palmacea, Guaramiranga e Mulungu); Cariri Magalhães, C., Kury, A.B., Bonaldo, A.B., Hajdu, E., (Barbalha e Crato); Fortaleza (Aquiraz, Eusébio, Simone, L.R.L.. 2005. Coleções de invertebrados não- Fortaleza, Itaitinga, Maranguape e Pacatuba); -Hexapoda do Brasil: panorama atual e estratégias para Ibiapaba (Ibiapina, Tianguá e Ubajara); Itapipoca sua consolidação. Electronic Database accessible at (Itapipoca); Litoral de Aracati (Icapuí); Litoral de http://www.cria.org.br/cgee/documentos/oleco- Camocim e Acarau (Camocim); Médio Curu esdeInvertebradosMagalhaesBonaldoKuryHadju. (Morrinhos, Pentecoste e São Luiz do Curu); Sertão doc. Rio de Janeiro, Brazil. Captured on 18 may 2016. de Crateús (Crateús); Sertão de Quixeramobim Matthews, H. R.; Rios, E. De C. Primeira Contribuição (Quixadá e Quixeramobim); Sobral (Irauçuba, ao Inventário dos Moluscos Marinhos do Nordeste Mucambo e Sobral); e Uruburetama (Uruburetama). Brasileiro. Arq. Est.Biol. Mar. Univ. Fed. Ceará, Por fim, este trabalho representa o início da Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 67-77, junho, 1967. organização, ampliação, catalogação e divulgação Matthews, H. R.; Rios, E. De C. Quarta Contribuição dos exemplares da malacofauna terrestre do Ceará ao Inventário dos Moluscos Marinhos do Nordeste na Coleção Malacológica “Prof. Henry Ramos Brasileiro. Arq. Est.Biol. Mar. Univ. Fed. Ceará, Matthews” (CMPHRM) da Universidade Federal do Fortaleza, v. 14, n. 1, p. 47-56, junho, 1974. Ceará, servindo de base e incentivo para futuras pes- quisas sobre os aspectos taxonômicos e ecológicos Matthews, H. R.; Rios, E. De C. Segunda Contribuição dos moluscos terrestres no Estado. ao Inventário dos Moluscos Marinhos do Nordeste Brasileiro. Arq. Est.Biol. Mar. Univ. Fed. Ceará, Agradecimentos - À Fundação Cearense de Apoio Fortaleza, v. 7, n. 2, p. 113-121, dezembro, 1967. ao Desenvolvimento Científico (Funcap) pelo auxílio Matthews, H. R.; Rios, E. De C. Terceira Contribuição financeiro que me deu através da bolsa de mestrado. ao Inventário dos Moluscos Marinhos do Nordeste Às todas as pessoas que coletaram e doaram os mo- Brasileiro. Arq. Est.Biol. Mar. Univ. Fed. Ceará, luscos para a realização deste estudo. Fortaleza, v. 9, n. 1, p. 27-35, junho, 1969. Museu Nacional – Museu Nacional da Universidade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Federal do Rio de Janeiro. Exposições: Zoologia. Rio de Janeiro. Disponivel em http://www.museuna- Encyclopédie méthodique Bruguière, M. . Histoire natu- cional.ufrj.br/ MuseuNacional/ZOOLOGIA/A_zo- Paris, v. 1, 757p. relle des vers. 1792 ologia.htm. Acesso em 05.07.2011. Dornellas, A. P. S.; Simone, L. R. L. Annotated list of Oliveira, M. P.; Almeida, M. N. Malacologia. Juiz de type specimens of mollusks deposited in Museu de Fora: Associada, 2000. 215p. Zoologia da Universidade de São Paulo, Brazil. Arq. Zool., Museu de Zoologia da Universidade de São Papavero, N. Fundamentos Práticos de Taxonomia Paulo, v. 42, n. 1, p. 1-81, 2011. Zoológica. São Paulo: Unesp-Fapesp, 1994. 285p. FAO - Food and Agriculture Organization of the Pearce, T.A.; Örstan, A. Terrestrial . In: United Nations. Pest Fact Sheet: Giant African Snail. Sturm, C.; Pearce, T. A.; Valdés A. (eds.). The Disponível em < http://www.fao.org/ docrep/012/ Mollusks: A Guide to Their Study, Collection, and al333e/al333e00.pdf>. Acesso em 10.07.2011. Preservation. Boca Raton: American Malacological Franco, D. de O.; Blanco, S. V. P. Comportamento re- Society, 2006. Chapter 22, p. 261-285. produtivo de Achatina fulica Bowdich, 1822 (, Rocha-Barreira, C De A; Matthews-Cascon, H;

96 Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 Souza, L S. Molluscan Types in the Malacological UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora. Collection ‘’ prof. Henry Ramos Matthews ‘’ of the Museu de Malacologia Professor Maury Pinto de Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal Oliveira. Juiz de Fora. Disponível em http:// do Ceará. Ar www.ufjf.br/malacologia/institucional/. Acesso q.Cien. Mar, Fortaleza, v.44, n. 1, p. 99-106, 2011. em 05.07.2011. Simone, L.R.L. Land and Freshwater Mollusks of Brazil. UFRPE – Departamento de Pesca da Universidade São Paulo: FAPESP, 2006. 390p. Federal Rural de Pernambuco. Museu de Malacologia Taddey, V. A.; Martins, U. R.; de Vivo, M.; Percequillo, Prof. Rosa de Lima Silva Melo. Disponível em A. R. O. Cap. 1. Museus e Coleções Zoológicas: 49-67. , acesso em 16.07.2011. do Estado de São Paulo. Síntese do Conhecimento ao Vanzolini, P. E.; Papavero, N. Manual de coleta e pre- Final do Século XX. Vol. 7. Parte 2: Infra-estrutura para paração de animais terrestres e de água doce. São Paulo: conservação ex-situ da biodiversidade / Brito, M. C. Secretaria de Agricultura de São Paulo, 1967. 223p. W. & Joly, C. A. (eds). São Paulo: FAPESP, 1999. 150 p. Zaher, H.; Young, P. S. As Coleções Zoológicas Thomé, J. W.; Gomes, S. R.; Picanço, J. B. Os Caracóis Brasileiras: Panorama e Desafios. Ciência e Cultura. e as Lesmas dos Nossos Bosques e Jardins. Guia ilus- v. 55, n. 3, São Paulo, Julho/Setembro 2003. Print ISS trado. Pelotas: USEB, 2006. 124p. N 0009-6725.

Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2016, 49 (suplemento): 85 - 97 97