Amor (Não) Se Explica: Torcida, Topofilia E Estádio De Futebol
FuLiA/UFMG, v. 5, n. 2, maio-ago., 2020 – ESTÁDIOS DE FUTEBOL: POLÍTICAS E USOS Amor (não) se explica: torcida, topofilia e estádio de futebol Love (Can’t Be) Explained: Fans, Topophilia and Football Stadium Phelipe Caldas Universidade Federal de São Carlos, São Carlos/SP, Brasil Doutorando em Antropologia Social, UFSCar RESUMO: Qual a relação do torcedor com o estádio de futebol de seu clube do coração? E como isso pode interferir no desempenho deste clube em campo? Essas são algumas perguntas que pretendo refletir neste artigo, que parte do Estádio Almeidão, de João Pessoa, casa do Botafogo-PB, para discutir o conceito de topofilia no contexto futebolístico. Proponho-me a analisar como esses ambientes são ressignificados pela coletividade torcedora, que, por exemplo, coloca questões subjetivas como memória e afeto num patamar mais importante do que conforto e modernidade. Vou tentar discutir também, a despeito dos anseios da época, como pode reverberar criticamente o fato de João Pessoa ter ficado de fora da Copa do Mundo de 2014 e assim ter mantido sua praça esportiva com características e feições mais alheias ao processo de arenização que tomou boa parte dos grandes estádios do país. Para tanto, a título de comparação, vou resgatar a experiência traumática do Náutico com a Arena Pernambuco. PALAVRAS-CHAVE: Topofilia; Estádio; Arena; Torcidas; Antropologia das práticas esportivas. ABSTRACT: What is the football fan's relationship with the stadium that be longs to his club? And how cant his interfere with the performance of this club on the field? These are some of the questions I intend to reflect on in this article, which starts at João Pessoa's Almeidão Stadium, home to Botafogo/PB, to discuss the concept of topophilia in the soccer context.
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