E MAIS Brasil, a Construção Interrompida Impactos E Consequências Do Golpe De 1964

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E MAIS Brasil, a Construção Interrompida Impactos E Consequências Do Golpe De 1964 Brasil, a construção LINE interrompida ON- Revista do Instituto Humanitas Unisinos IHUNº 439 - Ano XIV - 31/03/2014 ISSN 1981-8769 (impresso) ISSN 1981-8793 (online) Imagem: Golpe de 1964 em Porto Alegre/ Imagem: Golpe de 1964 em Porto Acervo Iconographia - Biblioteca Nacional Jair Krischke: José C. Moreira: Alexandre Rocha: O regime militar é a “Não há tema mais atual do A invenção interrompida da trajetória da mentira que a memória” cultura da diversidade Charles Camosy: Bernardo Kucinski: Marcus Mello: O domínio sobre K. em busca da verdade. Livro Noite e nevoeiro: os animais na ética reúne realidade e ficção para “Um alerta para as cristã histórica revisitar os anos de chumbo futuras gerações” E MAIS Brasil, a construção interrompida Impactos e consequências do golpe de 1964 ão há tema mais duação em Ciências Criminais da Pon- festações culturais brasileiras antes e Editorial atual do que a me- tifícia Universidade Católica do Rio depois do Golpe — uma força ativa e mória”, afirma o Grande do Sul - PUCRS e vice-presi- criativa combatida pelos militares. “Npesquisador José dente da Comissão de Anistia, analisa A historiadora Claudia Wasser- Carlos Moreira. “Entender o passado as relações entre empresários e mili- man, também professora da UFRGS, como morto é o caminho mais rápido tares e o favorecimento aos simpati- analisa a Campanha da Legalidade e para eliminarmos nosso futuro”, des- zantes do regime com financiamentos o seu legado para a sociedade brasi- taca ele em entrevista publicada nesta e contratos públicos. Juremir Macha- leira. Por fim, o documentarista Paulo edição. O direito à memória e ao não do, jornalista, historiador e professor Fontenelle, diretor de Dossiê Jango esquecimento são as principais razões da PUCRS, descreve a relevância do (2012), defende que não investigar o para a IHU On-Line publicar este se- papel da mídia na legitimação do re- falecimento do ex-presidente é fechar gundo volume sobre os 50 anos do gime golpista. os olhos para nossa própria história. Golpe Civil-Militar. As duas edições Marco Aurélio Santana, soció- Complementam esta edição en- inserem-se no contexto do ciclo de logo e professor da Universidade Fe- trevistas com o crítico de cinemaMar - estudos 50 anos do Golpe de 64. Im- deral do Rio de Janeiro - UFRJ, retrata cus Mello, sobre a obra do cineasta pactos, (des)caminhos, processos, as dificuldades e conquistas dos mo- francês Alain Resnais, especialmente promovido pelo Instituo Humanitas vimentos sindicais antes e depois de o filme Noite e Nevoeiro (1955); com Unisinos - IHU. 1964. Fábio Pires Gavião, historiador o jornalista e escritor Bernardo Ku- Ricardo Ismael de Carvalho, di- e coordenador da licenciatura em cinski, sobre seu livro com inspiração retor do Centro Internacional Celso História da Universidade Anhanguera Furtado de Políticas para o Desenvol- de São Paulo, aborda a constituição autobiográfica K. Relato de uma bus- vimento, analisa o golpe de Estado dos movimentos sociais católicos de ca (São Paulo: Cosac Naify, 2014); e, a partir da perspectiva da produção esquerda no contexto do golpe civil- finalmente, com o teólogoCharles Ca- intelectual de Furtado, um dos mais militar de 1964. mosy, professor da Universidade de importantes economistas brasileiros. Antônio Cechin, irmão marista, Fordham (Estados Unidos), sobre a re- Jair Krischke, ativista dos direitos hu- preso e torturado durante o regime, lação do ser humano com os animais manos, ressalta a trajetória de men- aponta que grande parte da Igreja Ca- na perspectiva da ética cristã. Integra tiras que marcou todo o histórico do tólica apoiou o golpe. No entanto, gru- o material, também, uma matéria es- regime militar no Brasil e suas reper- pos minoritários alinhados ao Concílio pecial sobre o Cadernos IHU ideias nº cussões na América Latina, analisando Vaticano II tornaram-se importantes 205, intituladoCompreensão histórica as origens do pensamento militar bra- grupos de resistência. Já Alexandre do regime empresarial-militar brasi- sileiro que levou ao golpe de Estado. Rocha, jornalista e professor da Uni- leiro, de Fábio Konder Comparato. José Carlos Moreira, professor e versidade Federal do Rio Grande do A todas e a todos uma boa leitura pesquisador do Programa de Pós-Gra- Sul - UFRGS, resgata a força das mani- e uma excelente semana! Instituto Humanitas REDAÇÃO Colaboração: César Sanson, Unisinos André Langer e Darli Sampaio, IHU Diretor de redação: Inácio do Centro de Pesquisa e Apoio Neutzling ([email protected]). aos Trabalhadores – CEPAT, de Endereço: Av. Redação: Inácio Neutzling, IHU On-Line é a revista Curitiba-PR. Unisinos, 950, semanal do Instituto Andriolli Costa MTB 896/MS Projeto gráfico: Agência São Leopoldo/RS. Humanitas Unisinos – IHU ([email protected]), Experimental de Comunicação CEP: 93022-000 ISSN 1981-8769. Luciano Gallas MTB 9660 ([email protected]), da Unisinos – Agexcom. Telefone: 51 3591 1122 – ramal 4128. IHU On-Line pode ser Márcia Junges MTB 9447 Editoração: Rafael Tarcísio E-mail: [email protected]. acessada às segundas-feiras, ([email protected]), Forneck no sítio www.ihu.unisinos.br. Patrícia Fachin MTB 13.062 Atualização diária do sítio: ([email protected]) e Inácio Neutzling, Patrícia Fachin, Diretor: Prof. Dr. Inácio Neutzling. Sua versão impressa circula às www.ihu.unisinos.br Ricardo Machado MTB 15.598 Fernando Dupont, Juliete Rosy Gerente Administrativo: Jacinto terças-feiras, a partir das 8h, ([email protected]). de Souza, Suélen Farias e Julian Schneider ([email protected]). na Unisinos. Revisão: Carla Bigliardi Kober 2 Índice LEIA NESTA EDIÇÃO TEMA DE CAPA | Entrevistas 5 Ricardo Ismael – Brasil, a construção interrompida 11 Jair Krischke – Regime militar: A trajetória da mentira 18 José Carlos Moreira – “Não há tema mais atual do que a memória” 25 Juremir Machado – A imprensa prepara para o golpe 27 Marco Aurélio Santana – Retração e reação - Os movimentos sindicais no contexto pré- Golpe 30 Fabio Gavião – Igreja e movimentos sociais – Da legalidade à clandestinidade 36 Antonio Cechin – Igreja, entre o apoio e a resistência ao golpe de 1964 42 Alexandre Rocha – A invenção interrompida de uma cultura da diversidade 50 Claudia Wasserman – Conquistas e derrotas da Campanha da Legalidade 53 Paulo Fontenelle – Dossiê Jango – Vida e morte de controvérsias 56 Baú da IHU On-Line DESTAQUES DA SEMANA 58 Destaques On-Line 59 Marcus Mello – Noite e nevoeiro: “Um alerta para as futuras gerações” 62 Bernardo Kucisnki – K. em busca da verdade 65 Charles Camosy – “Os animais são nossos companheiros, não nosso alimento” IHU EM REVISTA 68 Agenda de Eventos 69 Especial – Fábio Konder Comparato - A memória do regime empresarial-militar brasileiro www.ihu.unisinos.br 70 Publicação em Destaque – Cadernos Teologia Pública: O lugar da mulher nos escritos de Paulo 71 Retrovisor twitter.com/ihu http://bit.ly/ihuon www.ihu.unisinos.br 3 Tema de Capa Destaques da Semana IHU em Revista www.ihu.unisinos.br 4 SÃO LEOPOLDO, 00 DE XXX DE 0000 | EDIÇÃO 000 Brasil, a construção interrompida Capa de Tema Ricardo Ismael de Carvalho lança luz sobre o golpe de Estado brasileiro, em 1964, desde a perspectiva da produção intelectual do economista Celso Furtado Por Ricardo Machado e Andriolli Costa evidente que o golpe é um desfecho queria um capitalismo regulado, cuja inspiração é trágico para uma geração que sonhou o Estado de bem-estar social. (...) Ele deseja um “É com um Brasil que se modernizasse na capitalismo que garanta emprego, educação, saú- economia, mas que também avançasse no pon- de e previdência, que são os pilares clássicos do to de vista democrático e social. É uma geração Estado de bem-estar social”, complementa. impedida de levar a cabo um projeto concebido Ricardo Ismael de Carvalho é graduado em por tantos anos. (...) O livro [Brasil, a Constru- Engenharia Elétrica pela Universidade Federal ção Interrompida. Rio de Janeiro: Paz e Terra, de Pernambuco – UFPE. Trabalhou na Compa- 1992], portanto, tenta resgatar uma bandeira nhia Hidro Elétrica do São Francisco, empresa que foi muito carregada por Celso Furtado e sua integrante do grupo Eletrobrás, no período de geração: a ideia de retomar a construção de um 1984 a 1992, na qual foi também membro elei- Brasil economicamente moderno e forte, demo- to da Comissão Sindical do Sindicato dos Urba- crático e socialmente justo. Essa é a construção nitários de Pernambuco. Em 1992 iniciou uma interrompida”, esclarece o professor e diretor do transição profissional e concluiu o mestrado Centro Internacional Celso Furtado de Políticas em Ciência Política pelo Instituto Universitário para o Desenvolvimento, Ricardo Ismael de Car- de Pesquisas do Rio de Janeiro – Iuperj, onde valho, em entrevista concedida por telefone à também se doutorou em Ciência Política, em IHU On-Line. 2001. Realizou pós-doutorado no Centro de Es- Poucos anos após a reabertura democrática tudos da Metrópole – CEM, em São Paulo, em do Brasil, Celso Furtado tenta diagnosticar a situ- 2013. Atualmente é professor e pesquisador do ação político-econômica nacional da época, mas Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia a interpreta a partir dos impactos gerados pelo Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC- Golpe Civil-Militar de 1964, embora o contexto -Rio, onde leciona desde 1995, e diretor do Cen- globalizante da década de 1990 impunha novos tro Internacional Celso Furtado de Políticas para desafios. “O livro Brasil: a construção interrom- o Desenvolvimento. pida vem em um momento de muita inquietação As obras de Celso Furtado continuam a ser intelectual de Celso Furtado, em um contexto editadas permanentemente nesses dez anos histórico marcado pela redemocratização e crise desde a morte dele. O ano passado foi o livro econômica no Brasil, tendo como pano de fundo Essencial Celso Furtado (São Paulo: Companhia a lógica da globalização. A partir dos anos 1990, das Letras/Penguin, 2013), seleção de textos de depois da Constituição de 1988, o desafio nacio- sua autoria, tanto de economia como de política, nal é diferente daquele dos anos 1950, marcado cultura e ciência.
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