COLEXIO OFICIAL DE ARQUITECTOS DE GALICIA - PROXECTOTERRA ©2012 D. L. C1467-2012 e batata, esta também introduzida que assim puderam seguir carreiras pertencente à actual freguesia de ISBN 978-84-96712-53-9 COORDENAÇÃO: após as Descobertas e profissionais qualificadas. Castro Laboreiro que podemos XOSÉ MANUEL ROSALES COLABORAÇÃO: que veio a substituir a importância encontrar os vestígios mais antigos de ÁLVARO DOMINGUES FERROL da castanha) e de um povoamento Hoje, o monte está bastante ocupação humana no concelho. De concentrado em pequenos povoados esvaziado, apesar da renovação do facto, a ocupação humana de Castro

SELEÇÃO E ELABORAÇÃO: Earth Google fonte: MARTA SOUTINHO castro laboreiro junto de prados regados. parque habitacional. Já não se vive da Laboreiro pode ser comprovada até A CORUÑA SAMUEL PINTO • pastorícia ou da agricultura pobres e ao longo passado de quatro ou cinco •porta de Lamas Até muito recentemente manteve- a maior parte dos residentes não são, mil anos a.C.. Nesta zona habitaram se o sistema das «brandas» e das de facto, permanentes. Houve como sucessivamente duas grandes culturas Lisboa, 2007 , ed. Argumentum, Lisboa, 2007 , ed. Argumentum,

«inverneiras», para onde gentes que um descolamento entre território que atingiram um grau elevado de Municipal de Melgaço Câmara fonte: Municipal de Melgaço Câmara fonte: e gados se deslocavam à procura e população: alguém tem uma casa desenvolvimento: a cultura dolménica dos pastos de Inverno (nos vales algures, mas também em Paris, ou e a cultura castreja. abrigados) e de Verão (nos altos das um apartamento em Braga ou noutra melgaço serras). A economia tradicional do cidade. A população é mais móvel e Impelidos por uma profunda devoção monte conservou quase até hoje uma esse facto faz com que se tenham pelos mortos, os povos dolménicos do Céu Visto do Céu Visto Portugal série de práticas comunitárias que quebrado as longas estabilidades que habitaram o território no Neolítico permitiam aprofundar a coesão dos do tempo em que determinadas expressaram a sua religiosidade grupos sociais e garantir melhores populações viviam e morriam sempre através de práticas funerárias e da © Filipe Jorge, © Filipe Jorge, resultados na exploração agro-pastoril. em determinados territórios. construção de antas ou dólmenes, © Filipe Jorge, Exemplos dessas práticas são: o forno monumentos megalíticos típicos das vista aérea do concelho de melgaço. do povo, os lameiros, a vezeira, o Hoje, o monte – parte dele sociedades pré-históricas, ligados a vista sobre a zona ribeirinha do minho, melgaço. ANTA DA PORTELA DO PAU, CASTRO LABOREIRO. VISTA AÉREA Do território montanhoso de castro laboreiro. ponte da cava da velha, castro laboreiro. baldio, ou a gestão da água. classificado no Parque Nacional funções simbólicas, sobretudo ao culto Em virtude da forte variação da altitude e do relevo, Melgaço apresenta-se como um território Entre os primeiros povos que terão habitado a região montanhosa de Melgaço encontram- Era no cimo dos montes que habitavam, há chegada dos romanos, os povos castrejos. SANTIAGO DE O concelho de Melgaço localiza-se na zona noroeste da Península Ibérica, na sub-região Auxiliados pela rede extensa de vias que cruzavam o território, permitindo a rápida 2 COMPOSTELA do Minho-Lima e ocupa uma área de 238,1 km , distribuída por 18 freguesias, que em 2011 O “monte” sempre foi uma terra Peneda-Gerês – está a conhecer da morte. heterogéneo, dominado por diferentes feições climáticas, ora de influência atlântica, ora se os povos dolménicos, que deixariam a marca indelével da sua passagem no conjunto Aí haviam erguido os seus povoados fortificados, cujas ruínas nomeadas de castros, progressão das tropas, logo os romanos se lançaram no domínio dos povos peninsulares, na contavam no seu conjunto com 9.213 habitantes. Trata-se do concelho mais setentrional de quase à margem, tardiamente uma segunda vida devido à sua continental. Especificidades geográficas bem distintas, que condicionaram de forma monumental de estruturas funerárias que pontuam, ainda hoje, a paisagem do Planalto de citânias e cividades, ainda enxameiam, no noroeste peninsular. Das diversas culturas que exploração da terra e dos seus recursos, da agricultura e dos metais. Da sua permanência Portugal, situado a cerca de 160 km da cidade do Porto e de 96 km da cidade de Viana do infraestruturada e com condições de excepcionalidade paisagística e ao A estrutura tipo de um dólmen evidente a ocupação do território, originando duas áreas com características diferentes. Castro Laboreiro. Testemunhos singulares da profunda devoção que estes antepassados se cruzariam no espaço geográfico do planalto serrano, a cultura castreja seria aquela ficaram a língua, a religião, as delimitações de propriedade, as calçadas e as pontes que nos Castelo, que corresponde à capital distrital. Uma, sob a influência do rio Minho, que surge quase como o prolongamento geográfico de longínquos nutriam pelos seus mortos, estes monumentos megalíticos denominados de que deixaria, por ventura, marcas mais profundas na vida das populações, ainda hoje séculos seguintes serviriam de suporte aos caminhos medievais e à passagem dos homens. acessibilidade muito más. Basta dizer seu potencial turístico. Verifica-se consistia numa ‘câmara’ circular ou A sul, em plena serra da Peneda, encontra-se o concelho de Arcos de Valdevez e a oeste, Monção, com uma paisagem moldada pelo homem, com os seus campos intensamente antas ou dólmenes, encontravam-se construídos com o recurso a grandes blocos de pedra denominadas de castrejas. Deixariam ainda as suas culturas agrícolas, assim como as práticas da arboricultura e Monção. A norte, o rio Minho corresponde ao principal curso de água que alimenta a economia que a própria rede eléctrica chega aqui ainda a re-descoberta de velhas poligonal formada por esteios ou trabalhados, cultivados de vinhas e outras culturas próprias das baixas altitudes como erguidos com esforço de modo a conformarem uma câmara fúnebre. Compreendendo o Dependentes das vicissitudes da natureza, respondendo aos seus estados, definiram as da viticultura que transformando-se em parte do quotidiano rural, influenciaram de modo do município, e a uma das fronteiras naturais seculares com a vizinha Espanha. A restante já no final do séc. XX. produções de grande qualidade ortostátos, grandes blocos de pedra o milho. Outra, com um relevo mais montanhoso, os seus vales encaixados, paisagens significado da natureza, com a qual viviam em estreita comunhão, não raras vezes eram populações serranas o essencial da sua própria cultura. Protegendo-se das intempéries decisivo a paisagem minhota e o destino das suas populações, de que depende o seu base da rede hidrográfica é constituída pelos rios Mouro e Trancoso, afluentes do Minho, e (carne, enchidos, mel, por exemplo), dispostos na vertical, que suportavam graníticas e pequenos aglomerados concentrados estende-se desde a freguesia de Fiães depois soterrados, para que o defunto pudesse retornar à terra-mãe, responsável pelos do inverno nos vales encaixados, e retornando ao alto planalto a tempo de aproveitar as sustento. ainda pelo rio Laboreiro, que desagua no rio Lima; rios que nascem na Serra da Peneda e A pobreza da montanha nunca que se dirigem a nichos de mercado uma laje também ela em pedra (a a Castro Laboreiro, integrando parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Aí a natureza ciclos da vida e da morte. benesses do verão, encontraram na rotina uma forma de fazer frente às exigências do meio. no Planalto de Castro Laboreiro e que exercem forte influência sobre a configuração de um permitiu muita prosperidade. Desde apreciadores dos produtos com “mesa”). omnipotente e o clima agreste, autorizam apenas a prática esporádica da agricultura. A sua Herança cultural dos povos castrejos, as brandas e as inverneiras são autênticos ocupação prende-se essencialmente com as formas tradicionais de criação de gado, com testemunhos do artifício e sapiência destes homens ancestrais, que confrontados com a terreno já de si muito acidentado, definindo os seus principais vales interiores. as migrações sazonais para outras Denominação de Origem Controlada. Contrastando com as áreas de montanha, onde a topografia acentuada chega, em cerca de a transumância, que não permite muito mais do que uma vida de subsistência sujeita às adversidade da natureza logo traçaram um plano para aproveitar todos os seus recursos, 20% do território, a atingir inclinações superiores a 30%, as áreas mais planas correspondem regiões do País, até à emigração para As antigas produções do auto- Em muitos casos esta câmara condições do meio. promovendo uma singular ocupação do território. paradoxalmente ao Planalto de Castro Laboreiro situado a uma altitude média de 1200m e à o Brasil, para a Europa e para os EUA, consumo familiar entram assim nos encontrava-se antecedida por um bacia do rio Minho, a cerca de 100m de altitude. que as terras se foram despovoando mercados globais dos produtos de corredor que lhe dava acesso, em toda a extensa área que hoje excepção. [A.D.] também ele marginado por esteios, e corresponde ao Parque Nacional da revestidas por uma couraça lítica que Peneda-Gerês e à sua envolvente. era depois coberta por um montículo Apesar das condições duras à partida, A CULTURA DOLMÉNICA artificial de terra, formando aquilo que PONTEVEDRA genericamente esta emigração teve Ainda que as zonas mais densamente se designa por mamoa. Acredita-se um grande sucesso e traduziu-se povoadas actualmente correspondam que a opção destes povos pagãos numa melhoria radical do nível de às freguesias ribeirinhas situadas em soterrar os seus monumentos vida para os emigrantes e seus filhos na bacia do rio Minho, é no território funerários se encontre relacionada

VIGO Num espaço que recorda, nas suas ENTRE A RIBEIRA E O MONTE uma policultura muito intensa e que com a sua forte relação quotidiana A permanência destes povos serrano, a cultura castreja foi por que constitui ainda hoje a parte mais agreste do Gêres, a forte presença aspectos essenciais da sua cultura, longas barbas brancas, a destreza A geografia Física e Humana de conheceu profundas mudanças com com a terra, fonte de vida, que acaba caracterizou-se pela predilecção pelos ventura aquela que deixou marcas significativa e genuína dos habitantes romana na região não se justificava mediante o pagamento de impostos. humana, desenham-se as exigências Melgaço é bastante clara quanto à a introdução do milho no final século por se converter no próprio objecto pontos elevados, onde ergueram mais profundas no quotidiano das de Castro Laboreiro, denominados de pela exploração da agricultura que de tempos pautados pelo respeito dicotomia que caracteriza o concelho XVI. Sendo uma planta sub-tropical, votivo da sua religiosidade. os seus povoados fortificados, populações serranas e mais contribuiu “castrejos”. aqui subsistia com dificuldade, mas Data do final do século I a.C., o Castro e que é própria de todo o Entre Douro o milho é uma cultura de verão que denominados de “castros” ou “citânias”. para a afirmação do seu estilo de essencialmente pela mobilidade das da Cividade, em , um pequeno MELGAÇO pela Natureza. Aí, na Natureza, fixou o Homem a sua primeira casa, e na e Minho. Este “anfiteatro virado para exige regas frequentes e adubação CHAVIÃES Os vestígios destas construções Respondendo simultaneamente às vida único, que aqui sobreviveu, Em virtude da ancestralidade das tropas e pela exploração dos metais, povoado castrejo que, ao contrário do terra-mãe encontrou abrigo, sustento o mar” como diziam os geógrafos intensa. A necessidade de estrumes megalíticas podem ser encontrados exigências de uma vida pautada preservado pelo isolamento da Serra suas tradições, que para além da em particular do ouro, abundante na Castro de Laboreiro e da generalidade VALENÇA vai desde as alturas da Peneda, do levou à estabulação do gado e à sobretudos nas zonas situadas a pelas condições geográficas, ligada do Gerês. transumância abarcam aspectos região de León. dos assentamentos castrejos, se e protecção; e reconhecendo-lhe toda PAÇOS a sua importância dedicou-lhe, depois, Gerês ou do Marão até ao Atlântico, necessidade de cortar matos no monte maior altitude, correspondentes à pastorícia e a uma agricultura próprios da cultura celta, como o culto situa a uma cota baixa, nos terrenos as suas crenças. cortado por rios de orientação NE/ para as camas do gado e para essa PRADO às freguesias de , Parada do que seria incipiente, bem como às Tal como os povos castrejos que do fantástico e do oculto, a crença Ao longo da antiga via romana que mais férteis situados ao largo do rio SO que constroem uma espécie de produção de fertilizante. REMOÃES Monte e de Castro Laboreiro, onde necessidades de defesa próprias de seriam anteriormente transumantes, em seres mágicos da natureza e ligava Portela do Homem a Castro Minho, devendo corresponder pelas Uma outra postura ecoou da voz teclado, alternando fundos de vales (a MELGAÇO se localiza um dos maiores núcleos um período da história em que todavia aspecto que aqui nunca terá do curandeirismo, Castro Laboreiro Laboreiro e Bande nas terras da suas características a um povoado dos homens audazes, crentes numa “ribeira”) com os relevos (o “monte”) Esta policultura regada, combinava Cota 200 dolménicos da Península Ibérica. No não existia um regime administrativo desaparecido por completo dadas passou a personificar toda a cultura Galiza, podemos ainda hoje encontrar eminentemente agrícola sob influência ROUSSAS FIÃES MEL vida melhor, que impondo vontades, que dividem as bacias hidrográficas – as culturas vegetais com a criação horizonte do imenso planalto podem do território, estes assentamentos as exigências do clima e a escassez castreja. um conjunto de pontes romanas, romana. poderes, políticas sobre o meio, se “portela” é um topónimo que assinala de gado, os cereais com o pasto (os vislumbrar-se os restos do que terá de forma elíptica, apresentavam-se de recursos que determinam a algumas reformuladas na Idade PONTE lançaram na construção de um ideal de lugares altos onde se passa de uma campos de lima, regados no Inverno sido uma grande necrópole neolítica, como um aglomerado de habitações deslocação das populações por Média, que terminada a ocupação Coincidência ou não seria DE LIMA Civilização. E em nome do poder, da bacia para outra. A rocha-mãe, o para evitar os danos da geada), as que se estendia para território galego, rudimentares cobertas com colmo, um vasto território, os habitantes O LEGADO ROMANO romana se mantiveram como pontos precisamente nesta zona, situada religião, do progresso... delinearam-se granito, associada à abundância das pequenas hortas e pomares, o cultivo SÃO PAIO composta por cerca de uma centena rodeadas de uma ou mais faixas de Castro Laboreiro, chegado o No ano de 218 a.C. os romanos de referência para a mobilidade das na bacia hidrográfica do Minho, VIANA DO PADERNE CASTELO fronteiras e ergueram-se fortalezas de chuvas, permite uma intensa erosão do milho e do feijão, a criação de de monumentos funerários, datados de muralhas, que se dispunham tempo frio, desciam até aos vales lançaram-se na conquista da populações locais que viviam da que se haveria de desenvolver convicção. que foi alargando os vales, alguns aves, coelhos e porcos e, sempre, a na sua grande maioria dos 5º e 4º estrategicamente tirando partido do encaixados, situados a uma altitude Península Ibérica. Expulsos os pastorícia e da exploração de gado. abundantemente a cultura da quase rectilíneos, por aproveitarem presença da vinha. Tradicionalmente, milénios a.C.. terreno. entre os 700 e os 800m, onde o cartagineses do litoral mediterrâneo, O seu grande número denúncia a vinha, hoje um principais recursos Esmorecendo-se a determinação dos linhas de fracturas geológicas. o trabalho nos campos da «ribeira», inverno não é tão rigoroso e o gado logo tiveram de enfrentar os povos importância estratégica do povoado económicos da região; uma cultura homens, logo a vida se faz de novo combinava-se com a exploração das Constituídos por uma mamoa, A fundação, na Idade do Ferro, do pode pastar. peninsulares que se concentravam fortificado de Castro Laboreiro que introduzida pelos romanos que No fundo do vale e na meia lenhas, matos e de algum pasto nas couraça lítica e câmara megalítica, actual povoado de Castro Laboreiro no terreno montanhoso do noroeste pela sua condição geográfica no alto seria responsável por uma imensa BRAGA loba, e a Natureza omnipresente GA reclama o lugar que lhe pertence, encosta, sensivelmente até à cota bouças, seguindo usos comunitários estes monumentos apresentam-se deve-se, tal como o nome indica, a Aí concentravam-se nas “inverneiras”, peninsular, onde conseguiriam resistir de uma falésia escarpada, seria à transformação da paisagem natural. fazendo-nos perceber o quão próximos 350-400, observa-se uma intensa que muitas vezes incluíam a vezeira (o por vezes isolados, dominando a estes povos que aí terão erigido um pequenos aglomerados rodeados até ao ano de 19 a.C.. época, como foi durante toda a Idade estamos, afinal, desse Homem ocupação agrícola, desde as veigas rebanho comum). Monumento Megalítico paisagem, ou em grupos próximos antigo castro, que foi sucessivamente de hortas e lameiros ocupados Média, um ponto de defesa militar GUIMARÃES ancestral. Mudam-se os tempos... (pequenas planícies aluviais por Necrópole Megalítica CUBALHÃO LAMAS DE das principais portelas naturais e das reutilizado e reformulado pelos sazonalmente por um número Dominados os povos, logo os romanos e um obstáculo à progressão das vezes inundáveis), aos socalcos A Ribeira, pela fertilidade da sua MOURO nascente do rio Laboreiro e das corgas povos seguintes restando poucos reduzido de famílias que chegado se lançaram na exploração das terras legiões romanas. PÓVOA DO mudam-se os meios e as formas, e no Vestígio Proto-Histórico Cota 900 VARZIM horizonte outros desafios se perfilam, das encostas sempre presentes na agricultura, sempre foi muito povoada. afluentes, sendo que os núcleos onde vestígios do primitivo assentamento, o calor se redistribuiam pelos locais e dos seus recursos, apoiados numa mas a Natureza permanecerá sempre fisionomia da paisagem. Estamos Os lugares, casas e caminhos formam Castro | Citânia se concentram em maior número se que se localizaria no local do castelo mais elevados situados no planalto, extensa rede viária que ligava os Ao contrário de se assumir como um como esse abrigo primitivo onde o perante uma paisagem intensamente um rendilhado contínuo característico localizam no Alto da Portela de Pau, medieval. as “brandas” que ofereciam melhores principais centros do Império. factor de divisão e eventual motivo de Ponte Romana ou Medieval GAVE Homem, em tempos de incerteza trabalhada e artificializada ao longo do povoamento disperso e denso. PARADA no Alto dos Piornais e nas Barreiras oportunidades de alimentação ao decadência dos povos peninsulares, encontra alento: herança incontornável de séculos. Os muros dos socalcos Após a emigração – primeiro para Castelo DO MONTE Brancas. A intensa ocupação de toda a área gado e se revelam mais agradáveis e A proximidade de Melgaço com a presença romana representou uma ÇO na qual reside a sustentabilidade e o permitem acumular e estabilizar solo o Brasil no séc. XIX, e depois para Mosteiro medieval envolvente a Castro Laboreiro neste produtivas durante o Verão. uma das principais vias romanas oportunidade para o desenvolvimento futuro deste território. artificial em campos aplanados que a Europa no pós II Guerra – este Igrejas e Capelas existentes Cota 950 período da história pode ainda ser do noroeste da Península Ibérica, da economia, a partir de uma correcta podem ser regados por complicados povoamento densificou-se ainda mais CASTRO A CULTURA CASTREJA confirmada pelas gravuras rupestres O legado castrejo consolidado a Via XVIII ou Geira, inaugurada no exploração da agricultura, e contribuiu Pesqueira PORTO sistemas de condução e distribuição com as novas casas construídas por LABOREIRO Ainda na pré-história fixaram-se de carácter geométrico-simbólico nesta cultura milenar intimamente, final do século I, que ligava Braccara para a unificação dos povos desde Termas de água captada em ribeiros, minas e quem emigrou e voltou. Cota no mesmo território, anteriormente deixadas nos afloramentos graníticos relacionada com os ritmos que Augusta a Asturica Augusta (Astorga) então chamados de latinos, que nascentes. 1000 ocupado pelos povos dolménicos, do local do Fieiral. pautam a própria natureza, atravessou atravessando o Gerês, deixa antever a eliminadas as necessidades de Cámara Municipal No «monte», o clima agreste e a os povos castrejos, povos celtas que gerações conseguindo sobreviver de forte romanização a que esteve sujeito defesa puderam baixar dos seus de Melgaço Este recortado minifúndio com vinhas pobreza do solo eram a razão de uma ocuparam o noroeste peninsular entre De todas as culturas que se cruzaram modo surpreendente às mudanças todo o território envolvente. Realce-se assentamentos até áreas mais férteis

de arredor (latadas) caracterizava economia pastoril (com algum centeio Equidistancia de curvas nivel 20 M os séculos VI a. C e VI d.C.. no espaço geográfico do planalto impostas pela história, de tal forma que no caso específico do território nas cotas baixas, preservando os 85 e + 80 - 84 75 - 79 70 - 74 65 - 69 60 - 64 55 - 59 50 - 54 45 - 49 40 - 44 H M 35 - 39 30 - 34 25 - 29 20 - 24 15 - 19 10 - 14 5 - 9 0 - 4 6543 21 0123456

Fonte:Recensea mento Geral da População (1950), INE, Lisboa muralhas da vila, e que haveria de Condicionada pelos limites da antiga a freguesia de Castro Laboreiro ocupa de grande parte da população jovem ditar um novo sentido na expansão do muralha medieval e da fortaleza uma área superior a 88 km2. que, à semelhança do que tinha burgo. abaluartada, a expansão processou- acontecido no início do século com se de forma lenta, ao início, com Assim, a expansão urbana seria os emigrantes Brasileiros, deixou 85 e + No século XVII, no contexto da Guerra sucessivas concessões de terrenos fomentada essencialmente pelo massivamente o país entre o final 80 - 84 da Restauração da Independência por parte do ministério da guerra. desenvolvimento da agricultura e por da década de 50 e até à queda da 85 e + 75 - 79 80 - 84 portuguesa, as defesas da vila Declarada como inválida para fins uma melhor exploração dos recursos ditadura em 74, tendo por destino 70 - 74 75 - 79 sofreriam novas obras de adaptação, militares no início do século XIX, a naturais, a que não terá sido alheia privilegiado a França. 65 - 69 70 - 74 recebendo desta feita linhas tenalha vem a ser destruída em 1855; a introdução generalizada de novas fonte: http://www.cm-melgaco.pt/ fonte:

fonte: http://www.monumentos.pt/ fonte: 60 - 64 65 - 69 fonte: Câmara Municipal de Melgaço Câmara fonte: 55 - 59 Municipal de Melgaço Câmara fonte: Municipal de Melgaço Câmara fonte: abaluartadas que envolveram o a demolição parcial da cerca medieval culturas, em particular a batata A pirâmide que mostra a distribuição Municipal de Melgaço Câmara fonte: 50 - 54 60 - 64 recinto medieval, e que pretendiam aconteceria logo depois. É a partir e o milho, que possibilitaram um da população por idades em 1981, 55 - 59 45 - 49 fazer frente ao desenvolvimento deste momento que se consolida a crescimento moderado da população bastante irregular em relação à 40 - 44 50 - 54 H M 35 - 39 45 - 49 da artilharia, já capaz de destruir estrutura urbana da vila com grandes ao longo do século XIX e primeira de 1950, ilustra bem os efeitos 30 - 34 40 - 44 facilmente as altas muralhas dos surtos de edificação, suportados em metade do século XX, altura em que provocados pela emigração, que 25 - 29 H M 35 - 39 antigos castelos medievais. parte pelos retornados do Brasil. o concelho registou o seu máximo afectaria sobretudo a população 20 - 24 30 - 34 populacional (18.211 hab. em 1960). masculina activa, com idades 15 - 19 25 - 29 O plano da praça-forte de Melgaço, A morfologia do antigo sistema compreendidas entre os 15 e os 10 - 14 20 - 24 5 - 9 15 - 19 desenhado em 1713 por Manuel defensivo orientaria depois o 59 anos, conduzindo a uma falta 0 - 4 10 - 14 de Villa Lobos, mostra a fortaleza crescimento de Melgaço ao longo MEMÓRIA E FRONTEIRA generalizada de mão-de-obra nos 6543 21 0123456 5 - 9 medieval incrementada com os do antigo terreiro onde se dispunha Durante o domínio do Estado Novo, campos durante a década de 60, facto antigo mosteiro de paderne, paderne. vista aérea da vila MILITAR de melgaço. praça da república, VILA. memórias da emigração, ESPAÇO MEMÓRIA E FRONTEIRA. 0 - 4 principais elementos do sistema a tenalha, que daria origem à actual que entre outras repercussões ditou que seria parcialmente colmatado pela porta de lamas, LAMAS DE MOURO. paisagem vinícola. Fonte:Recensea mento Geral da População (1950), INE, Lisboa No período seguinte à Reconquista Cristã, o repovoamento dos territórios seria pautado As necessidades de defesa da fronteira natural do rio Minho, aquando da formação do Reino Uma vez declarada a inadequabilidade da fortaleza seiscentista, inicia-se a expansão 654No século XX, durante3 o regime21 ditatorial, 01o comércio transfronteiriço234 permitiria56 que Melgaço abaluartado: falsas bragas, três Praça da República, o facto urbano um progressivo isolamento do país afluência de população dos concelhos Depois da dissolução das fronteiras, o município vira-se progressivamente para o exterior, A “revolução do vinho” Alvarinho é o maior motor da transformação da paisagem da ribeira pela instituição da Igreja, representada pelos mosteiros medievais, que em muitos casos de Portugal, terão estado na origem da fundação da vila militar de Melgaço. Sucessivamente urbana da vila para fora dos seus limites históricos, precipitando a demolição das antigas readquirisse parte do protagonismo de outrora, mas a prática ilícita do contrabando serviria baluartes e uma tenalha, estrutura mais significativo desde as reformas ao exterior, a fronteira terrestre vizinhos. para a exportação e para o turismo, procurando rentabilizar o seu património cultural, de Melgaço. A monocultura da vinha reproduz a fragmentação dos campos, a mistura com a Fonte: Recenseamento Geral da População (1981), INE, Lisboa substituíam o senhor feudal no domínio das terras. Centros religiosos de cultura, de incrementada por forma a dar resposta aos avanços militares em curso, o destino da praça- estruturas defensivas. também de pronúncio ao surto de emigração que se faria sentir a partir dos anos 50. O defensiva construída entre os flancos militares da vila. readquire parte do protagonismo que ambiental e paisagístico através da promoção de equipamentos ligados à divulgação da edificação e as manchas de arvoredos que ocupam terrenos pedregosos. A velha policultura conhecimento e de troca ao abrigo dos quais se fixaram em abundâncias as populações, os forte, assim como do núcleo urbano que terá crescido à sua sombra, sempre andou par e No lugar da obsoleta tenalha nasceria a nova praça da República. Espaço Memória e Fronteira recorda hoje essa vida clandestina passada com os olhos de dois baluartes, destinada à defesa outrora alimentou o desenvolvimento história, ao desporto e ao lazer. Situado numa das entradas do Parque Natural Peneda- regada quase de subsistência, deu lugar à modernização e à especialização da produção mosteiros de Fiães e Paderne terão desempenhado um papel protagonista na organização passo com o contexto político da época. postos em França. Gerês, a Porta de Lamas funciona como estrutura de apoio aos visitantes do parque e meio que acumula notoriedade no mercado global do vinho. do território de Melgaço. avançada. Pela sua posição excêntrica no interior económico de toda a região raiana. ACTUALIDADE de sensibilização para o património natural da região. 85 e + 85 e + do país, Melgaço não sofreria os Apesar de se encontrar sujeita a A adesão de Portugal à Comunidade 1950, INE. 1981, INE. 2001, INE. 80 - 84 85 e + 80 - 84 processos de industrialização que um rígido controle por parte das Económica Europeia (CEE) em O LEGADO MONÁSTICO A importância da cultura monástica 75 - 79 80 - 84 75 - 79 O CRESCIMENTO URBANO atingiram fortemente outras vilas autoridades alfandegárias, a prática 1986 seria protagonista de uma das Depois da queda do Império Romano em Melgaço, durante o período 70 - 74 75 - 79 70 - 74 Importante reduto no contexto das e cidades do norte litoral do país, clandestina do contrabando converte- mais profundas mudanças sociais a partir da abertura das fronteiras Como refere o geógrafo Álvaro 65 - 69 70 - 74 65 - 69 20.000 hab. do Ocidente, no decurso das invasões seguinte à Reconquista Cristã, é 65 - 69 Guerras da Aclamação, a fortaleza mantendo-se na sua génese como se numa actividade atractiva para e económicas operadas nas vilas e a implementação de políticas de Domingues: “Agora há cada vez mais 60 - 64 60 - 64 18.000 hab. germânicas em inícios do século V, comprovada pela existência de dois 60 - 64 seiscentista de Melgaço entraria em um assentamento essencialmente as populações executada como militares raianas. livre-trânsito de pessoas e bens não agricultura sem ruralidade. O “rural” 55 - 59 55 - 59 55 - 59 16.000 hab. o noroeste peninsular seria ocupado importantes mosteiros na região, que 50 - 54 50 - 54 rápida degradação ao longo do século rural. Esta excessiva dependência complemento da agricultura que surtiram, pelo menos de imediato, os enquanto significado da sociedade, 50 - 54 14.000 hab. pelos suevos. Pouco ou nada se até à independência de Portugal se 45 - 49 45 - 49 XVIII, convertendo-se a vila militar da agricultura e da terra, que é mais permitia apenas uma vida de Durante quase um milénio, a fronteira efeitos desejados sobre os territórios do espaço e da cultura rurais, não 45 - 49 40 - 44 40 - 44 12.000 hab. sabe sobre a sua permanência no assumiram como os principais centros 40 - 44 num mero ponto de concentração um dado histórico do que um dado subsistência. que funcionara como espaço de adjacentes, que entraram num ciclo parece hoje um conceito adequado, H M H M 35 - 39 território de Melgaço, assim como da de poder e de desenvolvimento da 35 - 39 H M 35 - 39 e aprovisionamento de tropas. As estatístico, reflecte-se na própria defesa, à sombra do qual nasceram e regressivo. por se encontrar demasiado conotado 10.000 hab. 30 - 34 30 - 34 30 - 34 8.000 hab. posterior passagem dos visigodos região: o Mosteiro de Fiães, um 25 - 29 invasões francesas que se seguiram extensão das freguesias do concelho Mas, a actividade comercial com se desenvolveram importantes praças- com uma sociedade rústica, rude, 25 - 29 25 - 29 que por aqui terão permanecido até mosteiro beneditino cuja fundação 20 - 24 colocariam a nu as debilidades do que contam com uma área bastante a Espanha que terá constituído fortes permanentemente reforçadas Regra geral, a perda de importância intelectualmente pobre. Não existe 6.000 hab. 20 - 24 20 - 24 4.000 hab. à invasão muçulmana da Península deve remontar ao final do século X e 15 - 19 15 - 19 15 - 19 sistema defensivo da vila, que era superior às freguesias do litoral, de um incentivo para a economia da pelo poder estatal com homens e dos limites terrestres apenas veio a iliteracia que arredava as pessoas Ibérica no ano de 711 d.C.. Sabe-se o Mosteiro de Paderne, um convento 10 - 14 10 - 14 10 - 14 então já praticamente obsoleto, facto forma a fazerem face às suas próprias região não teve o dom de fixar as robustos edifícios, havia-se convertido acentuar a condição periférica dos de outros saberes e as afastava de 2.000 hab. 5 - 9 5 - 9 que a reconquista dos territórios pelos de freiras fundado no século XII, 5 - 9 que precipitaria a expansão urbana necessidades, facto que se acentua populações por muito tempo, pelo instantaneamente numa barreira sem territórios limítrofes como Melgaço, muitas oportunidades; movemo-nos 0 hab. 0 - 4 visigodos refugiados na zona das por D. Paterna, viúva do conde 0 - 4 0 - 4 da vila para fora dos seus muros sempre que as condições do terreno contrário o contrabando funcionou significado. E, as medidas que previam que encontrando-se destituído da com facilidade, somos permeáveis 6543 21 0123456 6543 21 0123456 1911 1970 1981 1991 2001 2011 1878 1890 1900 1920 1930 1940 1950 1960 Astúrias se processou lentamente Hermenegildo, senhor de Tui, que 6543 21 0123456 medievais. tornam os recursos mais escassos. Só como um forte aliciante para a saída o desenvolvimento da economia sua função originária, e mantendo-se aos meios de comunicação social e ao 1864 como um concelho essencialmente universo e valores que eles veiculam, originando pequenos reinos que logo no século XIII, passou para as mãos Fonte:Recensea mento Geral da População (1950), INE, Lisboa Fonte: Recenseamento Geral da População (1981), INE, Lisboa Fonte: Recenseamento Geral da População (2001), INE, Lisboa rural, se viu afastado dos principais etc. Os agricultores são cada vez mais entraram em disputas entre si, entre dos cónegos regrantes de Santo os quais o Reino da Galiza a que terá Agostinho. A fundação da actual vila centros políticos e industriais, sofrendo empresários agrícolas e é a cultura pertencido o território de Melgaço até à de Melgaço é posterior, e situa-se no EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO POR Paços, Cristóval, Chaviães e Fiães Olhando para o mapa hidrográfico Em geral, a Idade Média acentuou A PRAÇA-FORTE DE MELGAÇO já no início do século XIII, dividindo- dos efeitos próprios do isolamento empresarial e o conhecimento das EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA DO CONCELHO IDADES NO CONCELHO DE MELGAÇO. DE MELGAÇO, 1864 - 2011. INE. formação da nacionalidade portuguesa. contexto da formação de Portugal pertencentes ao actual concelho, rapidamente percebemos que as tendências de desenvolvimento85 e + Mas seria sobretudo a vila militar de se os autores entre os anos de 1205 geográfico. técnicas e dos mercados que torna a e consolidação das suas fronteiras povoações e propriedades na vizinha este espaço geográfico que a enunciadas pela ocupação romana,80 - 84 Melgaço a beneficiar da conjectura e de 1212, ano em que, juntamente produção do Alvarinho competitiva e Neste contexto de instabilidade política terrestres. Galiza; já no caso de Paderne incluíam partir de então irá assumir um que previam o abandono das zonas75 - 79 política da época. A formação do com outras praças vizinhas, fez frente O recente investimento em infra- exigente.” 85 e + 70 - 74 Reino de Portugal, num contexto à invasão das forças do Reino de 9 11 10 estruturas de mobilidade, que reforçam potencialidades do concelho que colecção do cinéfilo Jean Loup Passek e desorganização administrativa, as povoações de Prado, Remoães, papel protagonista na atracção da montanhosas em detrimento das 65 - 69 a reorganização da vida social e Para além de centros mediadores Peso, S. Paio, Cousso, Cubalhão 80e - 84 população, corresponde aos espaços zonas ribeirinhas onde se podia belicista e de incerteza política, levaria Leão no contexto da disputa entre D. as ligações do concelho quer a nível Assim, contrariamente a outros para além de uma gastronomia e como o Núcleo Museológico de 75 - 79 60 - 64 económica seria pautada sobretudo dos diversos aspectos que regiam Paderne, é dizer toda a parte ocidental situados nas margens mais planas praticar de um modo mais extensivo55 - 59 ao reforço logo nos primeiros anos Afonso II (1211-1223) e suas irmãs. 18 regional, quer a nível internacional, lugares ex-rurais que agora conhecem de excelência, conta com uma Castro Laboreiro, que pretende traçar 70 - 74 15 16 50 - 54 1 pela instituição da Igreja, unânime o quotidiano na época medieval, os do actual concelho, onde se situavam65 - 6 9 dos principais cursos de água, o que a agricultura. Impulsionadas pela da nacionalidade de toda a fronteira Contribuíram para esta campanha 14 poderá corresponder a um ponto de o esvaziamento da economia insubstituível paisagem natural e um uma retrospectiva do que terá sido a 45 - 49 Castro 726 entre os reinos católicos, que a mosteiros medievais de Paderne a maioria das planícies férteis, assim60 - 64 pressupõe uma clara inversão das influência da cultura monástica, e terrestre através da edificação e construtiva, além dos próprios viragem na trajectória do município, Laboreiroagrícola tradicional e o abandono vasto património cultural. evolução da ocupação humana desta 40 - 44 55 - 59 4 2 partir dos seus núcleos monásticos e Fiães eram também, de longe, como grande parte das pesqueiras do tendênciasH de desenvolvimento que ainda pelo comércio transfronteiriçoM 35 e- 3 9 remodelação de um conjunto de habitantes e do apoio real, os recursos 8 relançando a economia da região das populações, aqui vive-se numa freguesia e dar a conhecer a cultura 50 - 54 Cousso 361 assegurava o repovoamento e os maiores proprietários da região, rio Minho. Estes mosteiros detinham pautaram a evolução da ocupação pela actividade militar, as freguesias30 - 34 praças-fortes, que assumindo-se como do Mosteiro de Longos Vales e do 17 que agora se vira para o exterior, geografia cada vez mais desconfinada. Estes aspectos que têm vindo a particular das suas populações. 45 - 49 evangelização dos territórios recém- dominando amplos territórios ainda direitos de tributação de humana durante toda a pré-história. ribeirinhas situadas no curso do rio25 - 29 uma prioridade estratégica do reino Mosteiro de Fiães. 12 encontrando no vinho Alvarinho, um 3 ser apoiados por um conjunto de 40 - 44 Cubalhão 209 ocupados. Para além de centros cujos privilégios se encontravam propriedades em diversas freguesias Minho e as freguesias de montanha20 - 24 contavam com uma importante fonte vinho premiado internacionalmente Com a emigração, Melgaço estruturas ligadas ao desporto, ao Conhecer Melgaço é, ainda, participar H M 35 - 39 15 - 19 13 religiosos e culturais, os mosteiros devidamente regulamentados pelas de Valença, Monção e Ponte de Lima30 - 3 4 Como mostram os registos de seguem dois trajectos diferentes. de financiamento. No século XIII, no reinado de D. que é produzido apenas nesta região “globalizou-se”4 bastante cedo, com lazer e à cultura, com destaque para dos diversos eventos como a Festa do 10 - 14 Fiães 300 medievais funcionaram também como cartas de couto concedidas por D. e no caso do Mosteiro de Paderne25 - 29 tributação dos Mosteiros, a riqueza 5 - 9 Sancho II (1223-1248) o burgo da Península Ibérica, o seu principal transferências radicais de população o Complexo Desportivo e de Lazer Alvarinho e do Fumeiro ou a Festa da 2 3 eficazes unidades de exploração Afonso Henriques em 1141 (Mosteiro sobre as mercadorias que partiam20 e - 24 das populações encontrava-se Enquanto as primeiras caminham 0 - 4 A construção do castelo de Melgaço, medieval que se havia desenvolvido embaixador. daqui para5 uma metrópole mundial em Monte Prado, composto pelo Centro Cultura, onde tradição e inovação se Gave 280 agrícola, à sombra dos quais se de Paderne) e em 1173 (Mosteiro de chegavam ao interposto fronteiriço15 de - 1 9 intimamente relacionada com a no sentido de uma prosperidade primeiramente chamado de Castelo à sombra do castelo, e que seria já França ou nos EUA. Estas ligações de Estágios, Piscinas, Pousada da misturam evocando aquilo que é hoje 10 - 14 6543 21 0123456 6 desenvolveram as trocas comerciais e Fiães). Melgaço. proximidade com o rio Minho que que possibilita o comércio e do Minho, em 1170 por determinação numeroso, seria rodeado de uma nova Assumindo particular protagonismo nas históricas6 com o estrangeiro vêm- Juventude e um Hotel & Spa, e a o Município de Melgaço: um concelho 5 - 9 Fonte: Recenseamento Geral da População (2001), INE, Lisboa 1 Lamas 148 se fixavam inúmeras populações, onde 0 - 4 para além de uma fonte de recursos, alimenta o desejo de uma maior de D. Afonso Henriques (1112-1185), cintura de muralhas, cuja construção últimas décadas, o sector de produção de seMouro hoje facilitadas pelos meios de Porta de Lamas de Mouro, estrutura com história e simultaneamente com encontraram segurança e alguma Estes territórios incluíam no caso de Fora do jugo monástico encontravam- se assume como uma fronteira e um abertura ao exterior, concentrando terá correspondido ao primeiro contaria uma vez mais com o apoio do 7 deste vinho1 tem sido responsável por transporte7 e de comunicação que vocacionada para a recepção, recreio os olhos postos no futuro. 6543 21 0123456 5 Castro 726 Parada 487 estabilidade. Fiães para além das freguesias de se apenas os reguengos e terras eixo estruturador do território ao longo população, as segundas mantêm- ponto amuralhado de defesa do Mosteiro de Fiães. A muralha medieval Laboreirouma autêntica revolução económica, do permitemMonte a mobilidade constante da e informação dos visitantes do Parque Fonte: Recenseamento Geral da População (198fidalgas1), INE, Lisboa nas imediações de Melgaço, do qual circulavam mercadorias e se fiéis aos princípios que regiam rio, existente mesmo antes da vila dotada de quatro portas respeitaria social e 2paisagística do concelho, população8 ao longo do ano, e com ela Nacional Peneda-Gêres, onde se Cousso 361 Alvaredo 614 que abarcavam as freguesias de peregrinos no sentido de Santiago de os assentamentos pré-romanos, propriamente dita. Juntamente com o essencial da estrutura do centro à semelhança do que aconteceu da economia. desenvolvem ainda actividades lúdico- Roussas e parte de Chaviães (a Compostela. assumindo-se pelo seu isolamento Valença, Monção e Caminha, Melgaço urbano organizado a partir de dois anteriormente3 na generalidade do 9 pedagógicas sobre o ordenamento do Cubalhão 209 Chaviães 431 outra parte era pertença do Mosteiro como povoados essencialmente integrava o sistema defensivo do rio grandes eixos estruturadores que Minho aquando da introdução do O sector do turismo tem contribuído território. 85 e + Minho, um conjunto de fortalezas correspondiam ao prolongamento de milho. 4 activamente10 para rentabilizar as de Fiães), onde existiam quintas O desenvolvimento da vila de auto-suficientes regidos por uma Fiães Cristóval 80 - 84 300 619 O município conta ainda com uma particulares e paços, e os territórios75 - 79 Melgaço na Idade Média encontra-se economia baseada na pastorícia dispostas nos pontos de entrada no dois caminhos importantes: o caminho 5 11 de Lamas de Mouro e Castro 70 - 74 estreitamente associado a esta rota e e numa agricultura incipiente que território português que dão acesso internacional e o caminho que ligava diversificada rede de espaços Gave 280 Paços 379 Laboreiro. 65 - 69 à sua posição limítrofe num período pela sua excessiva dependência do às cidades estratégicas de Braga e a vila ao campo, principal porta de DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO PELAS museológicos como o Núcleo 60 - 64 em que as fronteiras se encontravam meio exigem uma disseminação das Porto. entrada dos produtos agrícolas e do FREGUESIAS6 DO CONCELHO, 2001. INE. 12 Museológico da Torre de Menagem, Lamas 148 Paderne 1235 Em finais do século XII e inícios 55 - 59 sujeitas a um apertado controle populações pelo território. gado. de Mouro onde se pode tomar contacto 50 - 54 do século XIII, o mapa político- administrativo, convertendo-se em O primeiro documento a referir a 1 7 13 com o património arquitectónico 45 - 49 Castro 726 Parada 487 Penso 563 administrativo da região centrado40 nos - 44 importantes locais de comércio e Não obstante, apesar da evidente existência da povoação é a própria A fortaleza medieval seria Laboreiro do Monte e arqueológico do concelho, H mosteiros medievais de PaderneM 35e - 39 fontes de receita. Correspondendo ao segregação a que pela sua condição Carta de Foral que lhe foi passada representada por Duarte d’Armas 2 8 14 desde a Pré-História até à Idade Cousso 361 Alvaredo 614 Prado 468 Fiães e na recém-criada vila militar30 - 34 último entreposto fronteiriço situado geográfica estariam vetadas as pelo mesmo soberano em 1183, no virar do século XVI. Entre outras Contemporânea, como as Ruínas de Melgaço dava origem a um novo25 - 29 ao longo da estrada real do rio Minho, freguesias de montanha também elas garantindo aos seus habitantes, por particularidades o desenho faz DENSIDADE POPULACIONAL POR 3 9 15 Arqueológicas da Praça da República, Cubalhão 209 Chaviães Remoães 124 20 - 24 solicitação dos mesmos, privilégios referência à existência de uma FREGUESIAS, 2001. INE. 431 que colocam a descoberto os aspectos esquema de desenvolvimento da 15 - 19 Melgaço assume-se como um ponto beneficiariam da nova organização semelhantes aos que gozava o barbacã, uma segunda muralha mais 4 10 16 próprios do sistema defensivo da região, que se traçava agora a partir10 - 14 privilegiado de mediação do comércio administrativa do território português, Fiães Cristóval Roussas Hab/ Km2 (Ribeira) Hab/ Km2 (Monte) 300 619 1139 de um triângulo económico-geográfico5 - 9 com a vizinha Galiza, de tal modo especialmente o povoado fortificado de feudo galego de Ribadavia. A partir baixa que circundava as muralhas vila, como o Espaço Memória e delimitado pelo rio Minho a norte, 0 - 4 importante que no século XV, por Castro Laboreiro, que pela sua posição de então, a vila fronteiriça progrediu da vila (possivelmente construída 5 11 17 Fronteira, dedicado à história recente < 200 [25; 55[ Gave 280 Paços 379 São Paio 639 6543 21 01pelo rio 234Trancoso a nascente,56 e pela decreto régio, todas as mercadorias militar estratégica mereceria a atenção com rapidez beneficiando da sua no século XIV) e uma couraça, uma [100; 200[ [10; 25[ do concelho, relacionada com o cadeia montanhosa de Terras de para o estrangeiro tinham que passar dos primeiros monarcas portugueses, condição estratégica, de tal forma que extensão amuralhada que protegia [75; 100[ < 10 6 12 18 contrabando e com a emigração, como Lamas 148 Paderne 1235 Vila 1274 Fonte: Recenseamento Geral da População (2001),Bouro INE, Lisboa a sul. obrigatoriamente por esta vila. sendo incrementado nas suas defesas. o primitivo castelo estaria concluído um ponto de água situado fora das [55; 75[ de Mouro o Museu de Cinema, que alberga a 7 13 Parada 487 Penso 563 do Monte 8 14 Alvaredo 614 Prado 468

9 15 Chaviães 431 Remoães 124

10 16 Cristóval 619 Roussas 1139

11 17 Paços 379 São Paio 639

12 18 Paderne 1235Vila 1274 13 Penso 563

14 Prado 468

15 Remoães 124

16 Roussas 1139

17 São Paio 639

18 Vila 1274