College of Staten Island /CityUniversityofNew – CollegeofStaten York, EUA. Brasil, comrealizaçãodeintercâmbionoDepartmentofMediaCulture Mestre emComunicaçãopelaUniversidade Federal deSergipe–UFS, [email protected] | Filho Ricardo Costa Gomes Brasil. –UFS, Sergipe de Federal Universidade da Letras em Pós-Graduação de Programa eno Comunicação em Pós-Graduação de Programa no pesquisadora e professora como Atua Brasil. –PUCSP, Paulo São de Católica Universidade Pontifícia pela eSemiótica Comunicação em doutora É Brasil. –UFRGS, Sul do Grande Rio do Federal Universidade pela eInformação Comunicação em Pós-Doutorado Realiza Brasil. UNICAMP, – Campinas de Universidade pela Arte da História em Pós-Doutora [email protected] | Lilian França Monteiro Cristina True-Life Adventures Wildlife films.FilmeDocumentário. Palavras-Chave produções imagéticasprecursoras. não sóaoswildlifefilms,mastambémàquetratade assim, àpesquisabibliográficadaliteraturadedicada dogêneroemquestão.Recorreu-se, na construção possíveisquantoaimportânciadasérie tornaram desses filmescomosambientessociaisque analisartantoasrelações perspectiva quepermita o surgimentodacâmerafotográficaparatraçaruma reprodução imagéticadeanimaisnãohumanosdesde socioculturais eeconômicosqueacompanhama como wildlifefilms.Foram privilegiadososaspectos daquiloqueéconhecido 1948 e1960,paraaformação True-Life Adventures, lançadapelaDisneyentre Este trabalhovisadiscutiraimportânciadasérie Resumo A contribuiçãodasTrue-Life Adventures paraaformação Lilian CristinaMonteiroFrança & RicardoGomesCostaFilho do gênerowildlifefilms (Bousé, 2000, p.62) de tudoospopularizoucomo nuncaantes” unificada, porémflexível,uma forma eacima (ou história doschamadosfilmesdevidaselvagem e 1960–foramumeventodereferênciana curtas elongas-metragenslançadosentre1948 dos estúdiosWalt Disney–umasériede14 Nesse percurso,asTrue-Life Adventures entre osmaisrentáveisfilmesdocumentários. o segundoevigésimolugar, respectivamente, Michel Debats),cujasbilheteriaslhesconferiram direção deJacquesPerrin, JacquesCluzaude de LucJacquet)eMigraçõesAladas(2001, filmes expressiva atençãodopúblico,aexemplo dos que utilizamatemáticacomomotetêmobtido midiática da‘vidaselvagem’.Documentários narepresentação Animal Planet,muitoocorreu no séculoXIX,eoseriadoMeerkatManor,do explorador sul-africanoJamesChapman,tiradas Entre asfotografiasdezebrasmortasdo 1 Introdução wildlife films):elas“osconsolidaramem A Marcha dosPinguins(2005,direção .
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1/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. maneira específica. discussão, eissoclaramente éfeitodeuma escrevem sobrehistóriaqueoscolocamem Gomery, 1993; Jenkins,1991);sãoaquelesque afinal, não‘falamporsimesmos’(Allene tudo issoemumesforçointerpretativo.Fatos, comosetomahistórico. É,também,aforma é deliberadamenteditoounãoemumdiscurso mas oqueestáemquestãonãoéapenas precedente podemilustrarissodealgummodo, As escolhasdepercursodescritasnoparágrafo como certo,eelesanalisamosdados”. importante escrever, aquiloque elestomam o mundo,aquilosobrequeelespensamser comqueoshistoriadoresolhamparaforma (1993,p.8),a“culturacondiciona Gomery explanadonão objetiva.Conforme emAllene uma visãodahistoriografiacomoatividade De partida,érelevanteconsiderarbrevemente uma produçãosobreanatureza. ao empreendimentodosestúdiosDisneyem aos de fundosocioculturaleeconômicorelacionado Também seráabordadonestetrabalhoopano True-Life eaimagéticavoltadaàvidaselvagem. bibliográfica, asrelaçõesentreasériedas Serão levadasemconta,atravésdeanálise aspectos doseusurgimentoedesenvolvimento. vida selvagem,serãodiscutidos,principalmente, no panoramahistóricodogênerodosfilmesde Partindo dolugardasTrue-Life Adventures 1
Todas astraduções foramrealizadaspelosautores. wildlife films,bemcomoosfatoresligados
reflexão sobre‘verdade’ – esuastensõesem certamente, poderialevarauma sempredifícil Esta brevediscussãosobrefactualidade–que, comparativamente (Jenkins,1991,p.47). como fontesmenoresquandoelassãotomadas razões paradesacreditarasfontessecundárias históricos potencialmenteproblemáticos,nãohá que falamporsimesmos,mascomotraços asfontesprimáriascomofatos considerarmos fetiche comodocumento”;noentanto,senão prioridade àfonteoriginal,temumarelaçãode dificuldade sobaóticadahistoriografiaque“dá Jenkins (1991,p.47-48),estapoderiaseruma bibliográficas.Deacordocom de informações mencionado,sevalerá,principalmente, conforme as interpretaçõesquefazemosdeles.Esteartigo, reflete sobreos‘fatos’,seustraçoshistóricose uso defontesprimáriasesecundáriasquandose consideração asditasquestõesdevalidadeno Da mesmamaneira,tambémérelevantelevarem pelos quaiselesseinteressam. pelos historiadoresdoseventosecircunstâncias eoexameentre aquiloqueocorreu queéfeito passado efatoshistóricos–ouseja,adistinção (apud AlleneGomery, 1993,p.7)entrefatosdo perceber adiferençadescritaporEdwardCarr ‘se ateraosfatos’.Éimportante,dessaforma, ‘abrangente’ dizserouoquantoargumenta declarar neutraoudefinitiva,nãoimportaoquão Nenhuma historiografia,portanto,poderiase www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 2/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. construção discursivadavida,osdocumentários construção em quevivemos”.Assimcomooutrostiposde eles manufaturam“umarepresentação itálico nooriginal),nãoreproduzemarealidade; filmes, comoesclareceNichols(2005,p.47,em diferenciar suassupostasqualidades.Masesses de verdadequeécomumenteutilizadapara documentário comorealismoeumanoção “retórica”, “discursiva”(Tagg, 1993,p.8-9),do são. Apesardisso,existe umaassociação percepções doquenãodocumentários em umprocessoquelevaconsideração são,assim,geralmentenegociados formais cotejamento comoutrosgêneros.Seuscontornos “relativa oucomparativa”,istoé,emum de fazê-lodeveráfuncionarsempreforma p. 47),nãosãofáceisdedefinir:umatentativa Documentários, deacordocomNichols(2005, vidas, seuscomportamentos? no original),comoseriapossíveldesvendarsuas (2011,p.29;emitálico como descreveDerrida o animalessemisterioso“completamenteoutro” reproduzir avidadosanimaisemtela?Ou,sendo pode aquiloquechamamosdedocumentários científico docomportamentoanimal.Como,afinal, com ocampodahistórianaturaledoestudo emmenteassuasrelações em especialsetivermos partida parainiciarumexame doswildlifefilms, trabalhos acadêmicossãoumbompontode 4 3 2
outro queeleschamamanimal, (Derrida, eporexemploum gato” 2011, p. 29). Para informações arespeitodaquestãoanimal na Filosofia, consultar Kalofe Fitzgerald (2007). otermo Doravante “animal” seráutilizadocomosinônimode “animal nãohumano”. Ou, doautor, comocolocadomaispropriamente notextoeemreferênciaàespecificidade daobservação “completamente do mundo 2 , racionalidade se preocupou,emespecial,comaquestãoda Pitágoras, emumdebateque,namodernidade, a respeitodessesanimaispelomenosdesde vêm discutindoquestõesontológicaseéticas animais nãohumanos.Filósofoseacadêmicos evidente quandoessestemasserelacionama Essa dificuldadeé,talvez,particularmente objetos quelhesinteressam. estão longedeseconstituíremespelhosdos artigo Focalizar essasquestõesexcede apropostadeste humano imaginaria“comoéser”umanimal. poderíamos fazerseriapensarsobrecomoum saber oqueéserumanimal,ousetudo em direçãooposta,seperguntandoépossível Thomas Nagel(1974,p.435),porexemplo, vai um dessesexames maisrecentes sobreaquestão, que segregariahomemeanimal.Entretanto,em para adistinçãocartesianadecorpoeespírito diretae conveniente paraaideiadeobservação pode serdefinidocomomecânico–umanoção de seusprópriosinstintos,eseucomportamento mais influentes:animaisnãohumanossãopresas fezentãoumadescriçãodas da ciênciamoderna, da vidacotidiana,dizJohnBerger(1980)–eisso contemporâneo. Osanimaisestãodesaparecendo estado dapresençadoanimalnomundohumano 4 . Masnãohá,porexemplo, comoignoraro 3 . Descartes,naprópriafundação www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 3/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. Cynthia Chris: cívica” (Berger, explica 1980,p.21).Ou, conforme tinha quereivindicarumafunçãoindependentee embora partidáriodaideologiadoimperialismo, instituições públicasdoséculoXIX,ozoológico, “Comotodasasoutras ‘progresso’ einstrução. outro emumcontexto sãoaliembrulhadas de ao colonialismoeacertassuposiçõessobreo ideiasconectadasàciência, à modernidade: relacionadas com mentalidadesdealgumaforma os zoológicosestãofrequentementepreenchidos acontece comosbichosdepelúcia.Espaçoscomo e deconsumoprivadosuasimagens,como de exposição deanimais,comooszoológicos, (1980), quandotratadeestabelecimentospúblicos bemilustradaporBerger é particularmente com quenosrelacionamoseles.Essasituação commudançasimportantesnamaneira ocorre diferente ànossaprópriaexistência aomesmo em certamedida,vagaparanós –similare importam tanto?Sendoaexistência dosanimais, Mas eporque,afinal,osanimaisnãohumanos 5 realistas deanimais (Berger, 1974, p. 26). Para oautor, oanimaldeestimaçãourbano éum “novo fantocheanimal”, cujademandaestárelacionadaaosbrinquedos te primitivosmodosdevida(Chris, 2006, p. 4). aparentemen- dedistantese reflexos confiáveis essas representaçõesesimulaçõesforneciam ção”, uma suposiçãotomadacomocertadeque argumenta, acessoao “mundo-enquanto-exibi- tantes, mastambém, como Timothy Mitchell mances procedentedeterraseculturasdis- dade físicaeacessovisualaobjetosperfor apenas “exibições domundo”, istoé, proximi- europeiasdoséculoXIXnão ram àscapitais Exposições zoológicaseetnográficasfornece- - telefone, ofilmeerádio”. psicanálise eemmídiastecnológicascomoo da humanidadesobresimesma:nafilosofia, pelo reaparecimentodamesmanareflexão vida selvagemdohábitatdahumanidadee “pode serdefinidapelodesaparecimentoda demonstra Lippit(2000,p.2-3),amodernidade inverso tambémpodeserconsideradoválido:como enquanto entidadesontológicasnamídia.Eo simbólicas implícitasnareemergênciadosanimais para compreenderarelevânciadasadaptações em itáliconooriginal).Essaéumaideia-chave entre ohomemesuaorigem”(Berger, 1980,p.6; Ou seja,funcionam“comoumaintercessão de referênciametafóricoparasereshumanos. tempo –,elesaparecemcomoumtipodeponto vida cotidiana”,reforçaBerger(1980,p.26) quando osanimaiscomeçaramaserretiradosda comercial deimagensanimais:tudocomeçou brinquedos realistasdeanimaiseaextensa difusão muitos outroselementosagem.“Oszoológicos,os a educação,oconsumo,entretenimentoe um campotensionado,ondeodiscursocientífico, em ressurgir –massobumaluzdemodernidade, Nos 2 Os e remoto”(Berger, 1980,p.26). animais sãotratadoscomoalgo ainda“maisexótico trazem osanimaisdevolta;nocasodasimagens, entanto, deacordocomele,essas“inovações”não , os animais selvagens parecem wildlife films,osanimaisselvagensparecem wildlife
films www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 5 . No . No 4/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. (Guggisberg, 1977, p.14). de 1870porCharlesA.Hewins, deBoston” anos 1930,foi“tiradaemEstrasburgo emmaio empoleirada emseuninho” encontradanos um animalvivo,umaimagemde“cegonha p. 12).Possivelmente, aprimeirafotografiade mas emplantasepaisagens(Guggisberg,1977, que nãopareciamuitointeressadoemanimais, principalmente porseucompanheiroJohnKirk, viagem decertoDavidLivingstone;foiusado de fotografiaestavaentreoequipamento em 1858,aproximadamente, uminstrumento a portarumacâmeranocontinenteafricano: animais mortos.Eletambémnãofoioprimeiro eramimagensdeele tinhaaofinaldajornada problemas comseuequipamento,tudooque ele nãoobtevesucessototal.Depoisdealguns (Bousé, 2000;Chris,2006;Guggisberg,1977).Mas expedição àÁfricaporvoltade1858ou1862 fotografar umanimalnanatureza,duranteuma foi oresponsávelpelaprimeiratentativade Como indicadonoiníciodestetexto, Chapman aparecer comoumadessasferramentas. metade doséculoXIX,nãodemoroumuitopara da caça.Acâmerafotográfica,criadanaprimeira daciênciae cominstrumentos estavam armadas ao mundo‘inexplorado’, ‘nãocivilizado’,eque pessoas instigadaspelainclinaçãomoderna por pesquisadores,exploradores ecaçadores: mecanicamente. Essesesforçosforamrealizados esforços emcapturaraimagemdoanimal bem aauraquerecobrealgunsdosprimeiros “Remotidão” eexotismo sãopalavrasqueilustram fotógrafos interessados emobjetosmovimento disponíveispara mais apropriadossetornariam Pela década de1870,entretanto,equipamentos animais mortosnaÁfrica(Bousé, 2000,p.195). professor alemãoG.Fritschtambémfotografaria selvagem nametadedoséculoXIX.Em1863,o técnicas eramumentraveparaafotografiadevida Como sugereaexperiência deChapman,questões cenário (Chris,2006,p.1). configuravam, então,umfatorimportantenesse aventureiros edaindústriafílmicaemsi”se caçadores, naturalistas, conservacionistas, ocasionalmente sobrepostosesforçosdecientistas, e 2006, p.1).Os“frequentementeconflituosos diferenças sexuais edopodercolonial”(Chris, e delinearoslimitesdasdiferençasraciais, visuais dopré-cinema[...]usadasparadescrever de exploração e“pelasconvençõesdetecnologias seriam influenciadospelasprimeirasfotografias de animaisqueviriammaistarde.Oswildlifefilms faziam dafotografiaseriaessencialparaosfilmes acordo comChris(2006),ousoqueosexploradores deexploração. câmera eraumnovoinstrumento De ‘homens brancos’emummundo‘selvagem’–ea fundamentação doswildlifefilms:aqueleseramos dos elementossocioculturaismaissignificativosna umvislumbredealguns àquele momentofornece e de animais,apresençadelesnaqueleterritório estivessem diretamenteenvolvidosnafotografia Embora naquelaocasiãoosdoisúltimosnão Kirk eramédicoenaturalista(Guggisberg,1977). elefantes; Livingstone,tambémumexplorador. Chapman eraumexplorador, umcaçadorde www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599
5/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. exatamente oanimalemseuhábitat interesse fundamentaleraomovimento,não sempre eramdecativeiro(Chris,2006):seu 41). Contudo,osanimaisdeMuybridgequase marcos dacriaçãodocinema(Bousé,2000,p. também seriamreconhecidascomoumdos resolver umaapostasobreoassunto,mas para expor detalhesdogalopecavaloe (Bousé, 2000,p.195).Suasimagensserviriam fotografia, movimentoecomportamentoanimal” o “primeirocasodeumacombinação As fotografiasdeMuybridgesãoconsideradas 1977; Mitman,1999). (Bousé,2000;Chris,2006;Guggisberg, Califórnia OccidentgalopandoemPalode corrida Alto,na 1878 queEadweardMuybridgefotografouocavalo Hewins fotografousuacegonha;eentre1872 (Chris, 2006):foiem1870,comomencionado,que se tornado ciente dasfotografiasdeMuybridge se tornado Marey,natural francêsEtienne-Jules quehavia resultados. Otrabalhodoprofessordehistória modificações nascâmerasparaobtermelhores os fotógrafosdevidaselvagemexperimentavam Na medidaemqueoséculoXXseaproximava, cinematografia” (Guggisberg,1977,p.16). ele serentãoconsideradoumdospaisda ser projetadasemmovimento,podendo rotatório doqualsériesdefotografiaspoderiam mais tardeozoopraxiscópio,“umdisco ajuda deJohnD.Isaacs,Muybridgeinventaria 6
(Bousé, 2000). Isso, noentanto, emconstruirumuso não colocaMuybridgeforadogrupodosquesepreocupavam ‘científico’ dacâmera 6 . Coma Chris (2006,p.9). prolíficos produtoresdeimagem”,dizCynthia os caçadores-fotógrafoshaviamsetornado século, utilizandonovastecnologiasfotográficas, percurso deChapman,porvolta“daviradado generalizadoàépoca.Seguindoo que setornou imersasnocaráterinvasivo,caçador,dessa forma, preocupações técnicasdafotografiaanimaleram, 2000,p.41).Mesmoas reais” (apudBOUSÉ, animais imagináveisduranteseusmovimentos defogo,em1882,paracapturar“todosos arma de ele desenvolveuumacâmeraemformato em práticasuanoçãode“zoologiaanimada”, em 1878,éumcasoilustrativo:afimdecolocar cultura demassa,emqueaindústria docinema relacionavam aoentretenimento noambientede Essas exibições depodercadavezmaisse anos 1910e1920”(Chris,2006,p.11). de atualidadese,finalmente,longas-metragensdos representações deanimaisemtravelogues,filmes espetáculo sensacionalistatambémmarcavamas 1903 (Chris,2006).“Ao ação,oconflitoviolento e promovido peloinventorThomasEdison,em filmagem doeletrocutamentodeumelefante violentas eramaregra,comonafamosa a aparecercomoobjetosdefilmografia, exibições Quando ocinemaemergiueosanimaiscomeçaram e oentretenimento 3 Oanimalentreaciência www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 6/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. Os Johnson iniciaram sua carreira nos anos nosanos Os Johnsoniniciaramsuacarreira talvez osmaisexpressivos dentrodessesubgênero. Martin eOsaJohnsonapartirdessadécada a eles.Osfilmesdesafárirealizadospelocasal “sensacionalismo” (Chris,2006,p.13)emrelação o certa preocupaçãocoma“falsificação”e considerados educativos,jánosanos1920havia Embora algunsdessesfilmesfossem 2000; Chris,2006). e indivíduosdeascendêncianãoeuropeia(Bousé, exotismo eindiferençaperanteasvidasdeanimais preenchidas comconotaçõesprópriasderaça, para esseprocesso Big GameinAfrica comoummomentodecisivo autor creditaapopularidadedopróprioHunting ocentrodasexpedições; especial –setornaram o Rapidamente, noentanto,ostrópicos–aÁfrica,em naproduçãocinematográfica. mais recorrentes início doséculoXX,oÁrticoeraumdosambientes começaram aganharatençãodopúblico,no Segundo Bousé(2000),quandoosfilmesdecaça Roosevelt nãoeraoúnicoaterseussafárisfilmados. Kearton (Chris,2006,p.11-12). Selig, nãoporacaso,apeloumaisàaçãodoque Kearton, RooseveltinAfrica, lançadoem1910. bem-sucedido queo‘genuíno’filmedeCherry Theodore Rooseveltdaquelemesmoano,foimais por William Selig,para‘retratar’aexpedição de Big GameinAfrica, ofilmede1909,forjado se desenvolvia.Fraudeseramcomuns:Hunting 7
Apesar disso,Apesar complementa Bousé(2000), na deanimaisselvagens asprimeirasfilmagens Áfricaforamfeitasem1907porum cinegrafista desconhecido. 7 . Essas aventuras pessoais eram . Essasaventuraspessoaiseram são são gênero, comoficaráclaromais adiante. um elemento importantedentrodo se tornaria 2006, p.20-21).Tal buscaporumanatureza‘real’ sons deanimaisemseuspróprioshábitats(Chris, deumailusãonaturalistaaogravar e aconstrução Speaks, misturariaacaracterísticavisãoimperial – esteúltimo,emseutraveloguede1931,Africa da vidaanimalforamW. S.Van Dyke ePaul Hoefler que “abraçaramosensacionalismo”easimulação apoio (Chris,2006).Outrosrealizadorespopulares humanos) teriamlevadooMuseumaretirarseu Johnson emanimais(e,curiosamente,não ética envolvendoaspráticasempregadaspelos década, entretanto,controvérsiasdenatureza popularização dahistórianatural.Aofinaldessa que, supostamente,seriabeneficiadopela , do AmericanMuseumofNaturalHistory conseguiram, inclusive,obterauxíliofinanceiro bem-sucedidos. Nocomeçodosanos1920, Martin eOsaJohnsonforamrazoavelmente fim deseremfilmados”(Bousé,2000,p.49-50), “pseudoeventos preparadoseempreendidosa de Baseando seusfilmesemumafórmula a acompanharsuasproduções. 13-14). Apesardisso,otomimperialistacontinuaria possuíam umaaudiêncianotória(Chris,2006,p. razões mercadológicas,umavezqueosanimaisjá em animais,aoinvésdessa“etnografia”por equipe eporseusdistribuidoresaseconcentrarem mumificação. Foram, porém,persuadidosporsua 1910 comfilmessobrecanibalismoerituaisde www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 7/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. comercial” (Chris, 2006,p.25).Asexceções, desapareceu dadistribuição cinematográfica 2006, p.27),e“owildlifefilm denãoficçãoquase procedimentos tidoscomoescandalizantes (Chris, acabaram sendo“dissipados”porcontade Por voltadosanos1930,osfilmesde expedição exemplo dessatensão. recorrente quanto comerciais”(Chris,2006,p.25),éum por suaorigemtantoeminteressescientíficos filme deJulianHuxley, lançado em 1934e“notável desenvolveu. ThePrivateLifeoftheGannets, a educação,pesquisaeoentretenimentose de Hollywood,umintricadorelacionamentoentre narrativas emprestado algumasdasestruturas Quando pareceuinevitávelaelestomar em queaindústriadocinemaseconsolidava. suasobrasaomesmotempo século XXconstruíam envolvidos comafilmagemdeanimaisnoiníciodo De acordocomMitman(1999),osetólogos selvagem (Mitman,1999). realizadores nahistóriadosfilmesdevida compor oespíritoquemoviamuitosetólogos- científico eoethosdecaçaexploração iria integração dafotografiacomumpanodefundo uma relaçãoparticularcomoentretenimento.A pordesenvolver acadêmico equeterminariam de realizadoresinseridosemumambiente pode sercolocadaemperspectivacomaprodução entretenimento, sejaparaumditofimeducativo– em objetocinematográfico–sejaparafinsde tipo deexpediente parasublimaravidaanimal A posiçãodosrealizadoresquesevaliamdesse Estados Unidos. mas nãoforamdistribuídossignificativamentenos Painlevé, eramproduzidosnosanos1930e1940, deJean como osdocumentáriossurrealistas Chris(2006),algunsfilmesdeinteresse, Conforme audiências humanas”(Chris,2006,p.27). individuais eemotivos,espelhosparasuas personagens completamentedesenvolvidos, depois, reapresentandoossujeitosanimaiscomo Disney reintroduziuogêneroumadécadaemeia escassos noscinemasamericanosatéqueWalt Deal, osfilmesdevidaselvagem“permaneceram humanas eemesforçosrelacionadosaoNew documentários dopós-1929focavaemexperiências 1940 (Chris,2006,p.27).Comoaproduçãode prolífica fasede exibição nãocomercialnosanos nos anos1930,paraentãoadentraremuma Wildlife filmsacadêmicos“amadureceram” como tenha ganhadoumOscarem1938,elefoi,assim e 1933.EmboraThePrivateLifeoftheGannets Woolfe, FieldeBruce Mary lançadaentre 1922 e asériefílmicaSecrets ofNature, dePercy Smith, ambas britânicas,foramoprópriofilmedeHuxley de deWalt pós-guerra da jornada Disneynaprodução Como descritoporChris(2006,p.29),ocomeço 4 As aventurasnaturalistas de Disney Snow White and the Seven metragem deanimação SnowWhiteand theSeven que atingiriaumpicoem1937 comolonga- uma trajetóriabem-sucedida no ramodoscartoons, quanto a“consideraçõeseconômicas”. Vindo de wildlife filmssedeutantograças Secrets ofNature comercialmente. , frustrado à fortuidade àfortuidade www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599
8/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. perceptível naproduçãodeBambi , queutilizou naturalismo/realismo –algo particularmente ‘qualidade’ darepresentaçãoeaumdito fortemente conectadaauminteressena A veiadeentretenimentoDisneyestava um doscomponentesdessetrajeto. de Disneycomoliveactionapartir1941como (2000, p.63)tambémincluias“experimentações” especial nocasodasTrue-Life Adventures . Bousé em produções doestúdioduranteopós-guerra, comobasenas entre osdoiselementosserviria era oentretenimento,umasubsequentemescla Alémdisso,comoasuaespecialidade instrucionais. algumas oportunidadesnocampodasproduções recuperação ampladaempresa,masdeuaDisney bélico podeterseguradoalgunsprojetoseuma dinheiro adentrandosuasportas”.Operíodo manteve seuestúdioocupadoeumfluxode muitosdosplanosdeDisney,“interrompeu mas Segundo Maltin(1995,p.17),porém,aguerra 1999; Schickel, 1997). ano, asituaçãofinanceiradacompanhia(Mitman, assim comooprejuízomilionáriodeBambinaquele Mundialem1942agravou, na SegundaGuerra abaixo doesperado,oingressodosEstadosUnidos tenha aliviadoasériedelançamentoscomretorno (Mitman, 1999,p.111).EmboraDumbo,de1941, Fantasia rentáveisosfilmesseguintes–Pinnochio, tornar Dwarfs, Disneyencontroualgumasdificuldadesem 8
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As True-Life - 11/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. pela açãoepeloexótico” (Chris,2006,p.46) expedição dosanos1910e1920emsuapredileção de aventuramasculinareminiscentedosfilmes outros refizeramogênerooutravezcomoumasaga contraparte dealém-mar, Jacques-Yves Cousteau,e 1950 e1960,Perkins, DavidAttenborough [...],sua ambiente dosanimais,dizChris(2006).“Nosanos preponderante como‘guia’doespectadornoexótico por meiodesuaexpressão culturaldeautoridade, existente; avozmasculinaecaucasianacontinuava, dorádioedaproduçãofílmica emprestadas formas omeiotelevisivotomou No processodesuaformação, e sensacionalismo na década de 1990. Nesse e sensacionalismonadécadade1990.Nesse deinvestimentos,autoridadecientífica guerra que seexpandia apartirdesseambienteemuma Channel eaDiscovery, seapropriariamdomercado players, nomeadamenteaNationalGeographic no começodosanos1980(CHRIS,2006).Outros pública americanasobreoseumercadodoméstico a natureza,ouoprópriodomíniobrevedatelevisão BBC enquantoumexportador deprogramassobre aventuras Marlin Perkins (Mitman,1999,p.132),comoas esquemática deexibição zoológicadoshowman espectadores presenciariam,assim,tantoa einovações.Os por diversasreformulações A programaçãowildlife 10 9
A primatologista JaneGoodallseriaumadaspoucas–ecélebres –vozesfemininasaemprestarsua A primatologista “credibilidade científica” 2006, p. 46). como à programaçãowildlife;outrasmulheresgeralmenteapareceriam “exceções etéreas” àparticipaçãomasculina(CHRIS, mundo” (MITMAN, 1999, p. 201). da guerra. [...]Comopartedaherança domundo, edesfrutadapor todos oscidadãosdo deveriaserapreciada avidaselvagem decontençãoquegerminounasconsequências fundamentalmente modificadapela SegundaGuerraMundialepelaestratégia protegernosanos1950enocomeço dosanos1960eraumapaisagem buscavam mundo queosconservacionistas
Como eradeseesperar, aumcontextomaisamplo: emconsonânciacomanseiosrelativos essa tendênciaestava “O in locodeAttenborough eaascensãoda televisiva passaria televisiva passaria 9 .
Nature, de1982.Dizaindaaautora: de Aufderheide(2007),dasériefílmicabritânica Adventures, comoéocaso,segundoaavaliação influenciada pelolegadodasTrue-Life ressalte-se,continuavabastante internacional, A produçãodedocumentárioscirculação tecnológica (Chris,2006;2012). reality show,eprodutosdeexuberante qualidade o inusitados,como meio, desfilavamformatos 1950 wildlife, principalmenteapartirdadécadade aprodução passariaapermear conservacionista fazer ressalvasàsuaefetividade,umaética Como aprópriaautorairáreconhecer, nãosem 10 . “Conforme a consciência ambiental crescia, aconsciênciaambientalcrescia, . “Conforme ordinários queapresenta. condições [ambientais]paraosanimaisextra- de queaaçãohumanaestátransformandoas plora osoceanosdomundosemmuitaspistas natural,de feitiçariatecnológicaemaravilha ex- plo excelente. Essasériedetirarofôlego, cheia Channel produzidaem2001, forneceumexem- violência). movida pela reprodução e pela predação (sexo e influência humana, dramática eumanarrativa grandes animais, umaausênciadehumanosou transmissão. Tais documentáriosapresentam produção internacionaldedocumentáriospara mercado financeiro]setornaramummarcoda [uma referênciaàsaçõesmaisbemcotadasdo Os assimchamadosdocumentáriosblue-chip Blue Planet, asériedaBBC/Discovery www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 12/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. forma geraldoswildlifefilms. forma seriaintrojetadana de ‘respeito’e‘preservação’ obter boastomadas(Aufderheide,2007).Umaaura humana equepoderiaatéprovocaranimaispara ‘realista’queminimizavaousodaimagem formato aum houvesse artifíciotécnico,conformação dentro dessasproduçõesmaisconscientes (Aufderheide, 2007,p.121),muitoemboramesmo maisecomuns” esses temassetornariam do séculoXXe osfilmesdesafárisinalizavam p. 28).Seasfotografiasdo século doXIXeinício (Chris,2006, valores familiaresdopós-guerra” individualismo, prosperidade nacionalesupostos e mergulhadasemideologiasdeprogresso também sentimentais,antropomorfizantes einfluentes;elasforam ambiciosas, arriscadas Adventures deDisneyforam,então,“inovadoras, bem-sucedido edepoisrepelido,asTrue-Life Nascendo paraocuparumgêneroprimeiramente afetam essasimagens. das mudançasnosethosenasperspectivasque com otempo,mastambém–eprincipalmente dos desenvolvimentostecnológicosquesederam à vidaanimalsebeneficiadaconsideraçãonãosó historiográfica dafotografiaedosfilmesvoltados em suaproduçãocomoumtodo.Umaanálise e àsquestõeseconômicasqueestãoimplicadas nassociedadesenvolvidas culturais queocorrem são intensamenteconectadosaoselementos Os usosdeumaimagéticadanaturezanamídia Considerações finais possivelmente, atéagora”. outra entidadesozinhafezatéaquelaépocae, codificar ogênerodoswildlifefilmsquequalquer 70), asTrue-Life Adventures “fizerammaispara dos wildlifefilms.ComoditoemBousé(2000,p. década acaboumarcandoseriamenteaconstrução do públicoqueasériedepoucomaisuma Disney levouasTrue-Life Adventures atalestima O foconoentretenimentodaconduçãodeWalt tambémapontadoporChris(2006). conforme imperialismo, emcertamedida)esuasansiedades, (oque,obviamente,incluíaviolênciae guerra estava maispreocupadocomoespíritodopós- o programadeideiasdasTrue-Life Adventures relação aosanimaisepopulaçõesnãoeuropeias, abordagens imperialistaseatéviolentasem Seguir). SãoPaulo: EditoraUnesp,2011. Sou(a DERRIDA, Jacques.OAnimalqueLogo University ofMinnesotaPress,2006. CHRIS, Cynthia.Watching Wildlife . Minneapolis: of Pennsylvania Press,2000. Derek.WildlifeBOUSÉ, Films.Philadelphia:University Books, 2002. BURT, Jonathan.AnimalsinFilm.Londres:Reaktion NovaYork:John. AboutLooking. Pantheon, 1980. LookatAnimals?”.In:BERGER, BERGER, John.“Why Press, 2007. Short Introduction. NovaYork: OxfordUniversity AUFDERHEIDE, Patricia. Film:AVery Documentary Theory andPractice.Boston:McGrawHill,1993. ALLEN, Robert;GOMERY, Douglas.FilmHistory, Referências www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 13/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. University ofMinnesotaPress,1993. Essays onPhotographiesandHistories.Minneapolis: TAGG, John.TheBurdenofRepresentation: Elephant Paperback, 1997. Time, ArtandCommerceofWalt Disney. 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Palabras clave de imágeneslavidasilvestre. que seocupanconlasproduccionescontemporáneas a laspelículasdewildlifefilms,sinotambiénparalos al análisisbibliográficodelostextos dedicadosnosólo así delgéneroencuestión.Serecurrió construcción sociales comolaimportanciadeserieen tanto lasrelacionesdeestaspelículasconentornos investigar para trazarunaperspectivaquepermite humanos desdelaaparicióndecámarafotográfica la reproduccióndeimágeneslosanimalesno socioculturales yeconómicosqueacompañana wildlife films.Fueronprivilegiadoslosaspectos delgénero entre 1948y1960,paralaformación serie True -LifeAdventures, producidaporDisney, En estetrabajoseanalizalaimportanciade Resumen La contribucióndelas wildlife para la formación del paralaformacióndel film True -Life -Life True www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 15/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015. Itania MariaMotaGomes, UniversidadeFederal daBahia, Brasil Herom Vargas, UniversidadeMunicipaldeSãoCaetanodoSul, Brasil Gustavo DaudtFischer, Universidadedo Vale doRiodosSinos, Brasil Goiamérico Felício CarneiroSantos, UniversidadeFederal deGoiás, Brasil Gabriela Reinaldo, UniversidadeFederal doCeará, Brasil do Paraná, Brasil Francisco Paulo Jamil Almeida Marques, UniversidadeFederal Elinaldo TeixeiraFrancisco , UniversidadeEstadualdeCampinas, Brasil Erick Felinto deOliveira, UniversidadedoEstadoRiodeJaneiro, Brasil Elizabeth MoraesGonçalves, UniversidadeMetodistadeSãoPaulo, Brasil Eduardo Vicente, UniversidadedeSãoPaulo, Brasil Daniela Zanetti, UniversidadeFederal doEspíritoSanto, Brasil de MinasGerais, Brasil Eduardo Antonio deJesus, Pontifícia UniversidadeCatólica Correa Araujo,Denize Universidade Tuiuti doParaná, Brasil Irmgard Vogel ,Daisi UniversidadeFederal deSantaCatarina, Brasil Cláudio NovaesPintoCoelho, Faculdade CásperLíbero, Brasil César GeraldoGuimarães, UniversidadeFederal deMinasGerais, Brasil Ângela Freire, Prysthon UniversidadeFederal dePernambuco, Brasil Álvaro Larangeira, Universidade Tuiuti doParaná, Brasil Arthur Ituassu, Pontifícia doRiodeJaneiro, UniversidadeCatólica Brasil do Sul, Brasil Antonio CarlosHohlfeldt, Pontifícia doRioGrande UniversidadeCatólica André LuizMartinsLemos, UniversidadeFederal daBahia, Brasil Andrea França, Pontifícia doRiodeJaneiro, UniversidadeCatólica Brasil Ana ReginaBarrosRegoLeal, UniversidadeFederal doPiauí, Brasil Ana CarolinaRochaPessôa Temer, UniversidadeFederal deGoiás, Brasil Rio GrandedoSul, Brasil Ana CarolinaDamboriarenaEscosteguy, Pontifícia do UniversidadeCatólica Alexandre RochadaSilva, UniversidadeFederal doRioGrandeSul, Brasil Alexandre Farbiarz, UniversidadeFederal Fluminense, Brasil CONSELHO EDITORIAL de Comunicação, inseridoseminstituiçõesdoBrasileexterior. finalidade difundiraproduçãoacadêmicadepesquisadoresdaárea Comunicação (Compós). Lançadaem2004, temcomoprincipal da Associação NacionaldosProgramasdePós-Graduação em eletrônico A revistaE-Compóséapublicaçãocientíficaemformato Expediente CONTATO |[email protected] EDITORAÇÃO ELETRÔNICA|RokaEstúdio Revisão Assistente editorial|MárcioZanettiNegrini EQUIPE TÉCNICA Roberto Tietzmann, Baccega, Maria Aparecida Juremir MachadodaSilva,Pontifícia doRioGrandeSul, UniversidadeCatólica Brasil Francisco Rüdiger, Pontifícia doRioGrandeSul, UniversidadeCatólica Brasil Claudia Peixoto deMoura, Pontifícia doRioGrandeSul, UniversidadeCatólica Brasil CONSULTORES Universidade deSãoPaulo, Brasil Irene Machado Pontifícia doRioGrande doSul, UniversidadeCatólica Brasil Cristiane Freitas Gutfreind COMISSÃO EDITORIAL de textos |PressRevisão Pontifícia doRioGrandeSul, UniversidadeCatólica Brasil AD HOC AD Universidade deSãoPaulo, Brasil Marcia Tondato, Malcher,Maria AtaideUniversidadeFederal doPará, Brasil Maria OgéciaDrigo, UniversidadedeSorocaba, Brasil Malena SeguraContrera, UniversidadePaulista, Brasil Luciana MirandaCosta, UniversidadeFederal doPará, Brasil Luíza Mônica Assis daSilva, UniversidadedeCaxiasdoSul, Brasil Liziane SoaresGuazina, UniversidadedeBrasília, Brasil Lilian CristinaMonteiroFrança, UniversidadeFederal deSergipe, Brasil Kati Caetano, Universidade Tuiuti doParaná, Brasil Juçara GorskiBrittes, UniversidadeFederal deOuroPreto, Brasil José Luiz Aidar Prado, Pontifícia deSãoPaulo, UniversidadeCatólica Brasil José Afonso daSilvaJunior, UniversidadeFederal dePernambuco, Brasil Bonin,Jiani AdrianaUniversidadedo Vale doRiodosSinos, Brasil Janice Caiafa, UniversidadeFederal doRiodeJaneiro, Brasil Walmir Albuquerque Barbosa,Walmir Albuquerque UniversidadeFederal do Amazonas, Brasil Veneza MayoraRonsini, UniversidadeFederal deSantaMaria, Brasil Simone Maria Andrade Pereira deSá, UniversidadeFederal Fluminense, Brasil Sérgio LuizGadini, UniversidadeEstadualdePonta Grossa, Brasil Miani,Rozinaldo AntonioUniversidadeEstadualdeLondrina, Brasil Rose MeloRocha, eMarketing, EscolaSuperiordePropaganda Brasil Rogério Ferraraz, Universidade Anhembi Morumbi, Brasil Regiane ReginaRibeiro, UniversidadeFederal doParaná, Brasil Potiguara MendesSilveiraJr , UniversidadeFederal deJuizFora, Brasil Nísia MartinsRosario, UniversidadeFederal doRioGrandeSul, Brasil Mirna Feitoza Pereira, UniversidadeFederal do Amazonas, Brasil Micael MaiolinoHerschmann, UniversidadeFederal doRiodeJaneiro, Brasil Márcio SouzaGonçalves, UniversidadedoEstadoRiodeJaneiro, Brasil Mauro deSouza Ventura, UniversidadeEstadualPaulista, Brasil Mauricio RibeirodaSilva, UniversidadePaulista, Brasil do Norte, Brasil Maria dasGraçasPintoCoelho, UniversidadeFederal doRioGrande Maria ClotildePerez Rodrigues , UniversidadedeSãoPaulo, Brasil Marcel Vieira BarretoSilva, UniversidadeFederal daParaíba, Brasil e CulturaContemporânea-UFBA Programa dePós-Graduação emComunicação Edson Fernando Dalmonte Presidente em Comunicação Associação NacionaldosProgramasdePós-Graduação [email protected] Morumbi Universidade Anhembi Programa dePós-Graduação emComunicação Rogério Ferraraz Secretário-Geral [email protected] Programa dePós-Graduação emComunicaçãoSocial–PUC-RS Cristiane Freitas Gutfreind Vice-presidente E-COMPÓS [email protected] COMPÓS Indexada por Latindex |www.latindex.unam.mxIndexada porLatindex passa aservolumeanualcomtrêsnúmeros. A identificaçãodasedições, apartirde2008, Brasília, v.18, n.3, set./dez. 2015. de Pós-Graduação emComunicação. Revista da Associação NacionaldosProgramas Escola Superior de Propaganda eMarketing, Escola SuperiordePropaganda Brasil |www.compos.org.br |www.e-compos.org.br |E-ISSN1808-2599 www.e-compos.org.br | E-ISSN1808-2599 16/16 Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.18, n.3, set/dez. 2015.